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Laboratório de Instalações

Industriais

Processos Industriais e Variáveis de Processo


Conceitos básicos e Terminologia
Histórico
Antes da década de 1940 a maioria das plantas industriais eram essencialmente
operadas de forma manual, utilizavam apenas controladores elementares e muitos
operadores eram necessários para manter o controle das diversas variáveis existentes
nestas plantas industriais.

Fonte: https://www.telegraph.co.uk/books/what-to-read/the-
forgotten-factory-girls-killed-by-radioactive-poisoning/
Fonte: https://www.zehndergroup.com/en/innovation-and-
tradition/history
Histórico
Com o aumento nos custos da mão de
obra, bem como o desenvolvimento de
novos equipamentos e processos de
maior performance nas décadas de 1940
e 1950, tornou-se antieconômico e
inviável, operar plantas sem dispositivo
de controle automático.

Fonte: https://www.alamy.com/stock-photo-industry-
vehicle-industry-assembly-line-in-opel-factory-1950s-
historic-24102533.html

Somente a partir da década de


1960 é que toda a teoria de
controle e análise dinâmica,
começaram a serem aplicadas em
plantas de processos industriais.

https://www.robotics.org/joseph-
engelberger/unimate.cfm
Histórico
Portanto….
• Inicio do século XX: utilização de instrumentos mecânicos e controle sendo realizado
localmente;
• 1940: uso de sistemas pneumáticos para transmissão de sinais relativos as variáveis
de processo a distância;
• 1950 e 1960: uso de instrumentos eletrônicos analógicos;
• 1970 e 1980: uso de instrumentos digitais e elevado grau de automação;
• 1990 até hoje: Robótica, automação e otimização de processos.

https://powerplantmen.files.wordpress.com/2013/04/power-
plant-control-room.jpg
Processos Industriais e Variáveis de Processo

Vários são os tipos de industrias existentes nos diversos ramos da atividade industrial.
Em geral, podemos distinguir as indústrias em duas naturezas:

Indústrias de Processo Contínuo

Indústrias de Processo Discreto


Processos Industriais e Variáveis de Processo
Indústrias de Processo Contínuo: são aquelas cujo o processo produtivo envolve de
maneira mais significativa variáveis contínuas no tempo.
A produção é medida em toneladas ou metros cúbicos, e o processo produtivo
essencialmente manipula fluidos. Podemos citar como exemplo as indústrias petrolíferas,
química, petroquímicas, tratamento de água, geração e distribuição de energia elétrica,
entre outras. Essas indústrias são tradicionalmente intensivas em capital, isto é,
movimentam grande aporte de capital, mas mobilizam pouca mão de obra.
Exemplos de variáveis nos processos contínuos: temperatura, pressão, vazão, nível,
condutividade elétrica potência, tempo, umidade, radiação velocidade, vibração, peso,
posição etc.

Torres de destilação de petróleo em


uma refinaria.
Foto: Golf_chalermchai /
Shutterstock.com

Fonte:https://www.infoescola.com/quimica/refinaria-
de-petroleo/
Processos Industriais e Variáveis de Processo
Indústrias de Processo Discreto: referem-se às unidades industriais cujo processo
produtivo envolve de maneira mais significativa variáveis discretas no tempo. A produção
é medida em unidades produzidas, tais como na indústria automobilística e fábricas em
geral. Essas industrias eram tradicionalmente intensivas em mão de obra, à medida que
seu processo produtivo necessitava de grande contingente de mão de obra.

Fábrica de sapatos na China.

Fonte: https://epoca.globo.com/ideias/noticia/2014/05/thomas-
piketty-o-profeta-bda-distribuicaob.html
Conceitos Básicos e Terminologia
Dinâmica: comportamento de um processo dependente do tempo.
Variáveis:
Variáveis de entrada ou manipuladas: são aquelas que iremos variar para controlar o
sistema ou identificadas como os fluxos de entrada dos processos.
Variáveis de saída ou controladas: são aquelas que queremos controlar ou
identificadas como os fluxos de saída dos processos.

Exemplo: Controle da temperatura da água através da vazão de vapor.

Fonte: Conceitos Básicos de Instrumentação, Autor: Carlos Amaral – UTFPR


file:///C:/Users/Alessandra/Downloads/1_2%20-%20Conceitos%20Basicos%20(2).pdf
Conceitos Básicos e Terminologia
Controle à Realimentação (feedback)
A maneira tradicional de se controlar um processo é:
1. Medir a variável a ser controlada;
2. Comparar seu valor com o valor de referencia, ou set point do controlador; e
3. Alimentar a diferença, o erro, em um controlador que mudará a variável
manipulada de modo a levar a variável medida (controlada) ao valor desejado.
Neste caso, a informação foi realimentada da saída, subtraída do valor de
referencia para, então, alterar a variável manipuladas de entrada.

Fonte: Alves, José Luiz Loureiro. Instrumentação, Controle e Automação de Processos. Autor: - 2° Edição - Ed.: LTC
Conceitos Básicos e Terminologia
Controle Antecipativo (feedfoward)
• Esta estratégia foi difundida posteriormente à realimentação negativa e se aplica a
processos com grandes atrasos.
• A técnica consiste em:
1. Detectar o distúrbio assim que este ocorre no processo; e
2. Realizar a alteração apropriada na variável manipulada, de modo a manter
a saída igual ao valor desejado.

• Dessa forma, a ação


corretiva tem inicio
assim que o distúrbio na
entrada do sistema for
detectado, em vez de
aguardar que o mesmo
se propague por todo o
processo antes de a
correção ser feita, como
ocorre na realimentação.
Fonte:
Alves, José Luiz Loureiro. Instrumentação,
Controle e Automação de Processos. Autor:
- 2° Edição - Ed.: LTC
Conceitos Básicos e Terminologia
Estabilidade: Um processo é estável quando esta passa do regime transiente para o
regime estável, ou seja o resultado converge (Figura 1). Um processo é instável se sua
saída ficar cada vez maior, ou seja o resultado não converge (Figura 2).
Num sistema real sempre haverá um limite para as oscilações (regime transiente),
porque existirá alguma restrição física, como uma válvula que ficará totalmente aberta ou
fechada ou uma esfera movendo dentro de uma superfície côncava até alcançar o
equilíbrio estável (Figura 3).

Figura 1: Sistema estável. Figura 2: Sistema instável.


Figura 3: Exemplos de
Sistemas
Fonte:
Fonte das Figuras 1 e 2: Prof. Felippe de Souza / UBI - https://mundoeducacao.bol.uol.com
Departamento de Engenharia Eletromecânica .br/fisica/equilibrio-estatico-
http://webx.ubi.pt/~felippe/texts/contr_systems_ppt10p.pdf dinamico.htm
Laboratório de Instalações
Industriais

Instrumentos para
Controle de Processos
Classificação dos Instrumentos
As diversas funções necessárias ao correto funcionamento de uma malha de controle
são desempenhadas por dispositivos chamadas de instrumentos para controle de
processos.
De acordo com a função despenhada, os instrumentos mais comumente encontrados
numa malha de controle são:
• Elemento Primário ou Sensor;
• Indicador;
• Transmissor;
• Controlador;
• Registrador;
• Conversor;
• Válvula de Controle;
• Chave.

Fonte: Instrumentação, Controle e Automação de Processos. Autor: José Luiz Loureiro Alves - 2° Edição - Ed.: LTC
Classificação dos Instrumentos

Elemento Primário ou Sensor: Parte de uma malha ou de um instrumento que primeiro


afere o valor da variável de processo.
Exemplos:
• Pressão: Bourdon, diafragma, capacitivo e etc;
• Temperatura: termopar, termoresistencia, radiação e etc
• Vazão: orifício, volumétrico, ultrassom e etc.
• Nível: flutuação, pressão, ultrassom e etc.

Indicador: Dispositivo que apenas indica o valor de uma determinada variável de


processos sem interferir no processo.

Fonte: Instrumentação, Controle e Automação de Processos. Autor: José Luiz Loureiro Alves - 2° Edição - Ed.: LTC
Classificação dos Instrumentos
Pressão Temperatura

Termopar Tipo
K de Superfície
Minipa Mtk-14b

Vazão

Manômetro de Bourdon Rotâmetro


Fontes:
• Faculdade SENAI de
Tecnologia Ambiental
(SENAI)
Eletrônica,Engenharia;
• https://www.termometr Fonte:https://www.antferramentas.co
orc.com.br/manometro m.br/termopar-tipo-k-de-superficie-
-de-bourdon minipa-mtk-14b/p

Fonte: tps://pt.banggood.com/LZS-
25-300-3000LH-Flow-Meter-Plastic-
Tube-Type-Water-Rotameter-Liquid-
Nível Flowmeter-Measuring-Tools-p-
1430754.html?cur_warehouse=CN

Sensor de Nível Hidrostático


Fonte:https://www.pasehidro.com.br
/produtos/sensor-de-nivel/
Classificação dos Instrumentos
Transmissor: Dispositivo que “sente” uma variável de processo por meio de um elemento
primário e produz uma saída cujo valor é geralmente proporcional ao valor da variável de
processo.

O elemento primário pode ser ou não parte integrante do transmissor.


Exemplo:
• Pulso (vazão)
• Pneumáticos 3-15 psig (0,2 – 1,0 kg/cm2)
• Analógico 4 – 20 mA 1-5 volts
• Controladores digitais, Protocolos HART e Fieldbus

Controlador: Dispositivo que tem por finalidade manter em um valor predeterminado uma
variável de processo.
Exemplo:
• Pneumáticos locais e de painel;
• Eletrônicos analógicos,
• Eletrônicos digitais multimalhas;
• CLP.

Fonte: Instrumentação, Controle e Automação de Processos. Autor: José Luiz Loureiro Alves - 2° Edição - Ed.: LTC
Classificação dos Instrumentos
Registrador: Dispositivo destinado ao armazenamento dos valores de uma determinada
variável de processo.
Essa função anteriormente era realizada por meio do traçado de gráficos sobre
um papel de forma contínua. Atualmente o armazenamento de tais informações é
feito de modo digital.
Exemplo:
Pneumáticos locais e de painel;
Eletrônicos analógicos;
Eletrônicos digitais multimalhas.

Conversor: Dispositivo que emite um sinal de saída padronizado modificado em relação


à natureza do correspondente sinal de entrada.

Válvula de Controle: É um elemento final de controle que manipula diretamente a vazão


de um ou mais fluidos de processo.

Fonte: Instrumentação, Controle e Automação de Processos. Autor: José Luiz Loureiro Alves - 2° Edição - Ed.: LTC
Classificação dos Instrumentos
Chave: Dispositivo que conecta, desconecta ou transfere um ou mais circuitos, manual
ou automaticamente.
Neste caso, atuado diretamente pela variável de processo ou seu sinal
representativo. Sua saída pode ser usada para atuar alarmes, lâmpadas-piloto,
intra travamento ou sistema de segurança. As chaves não participam do controle
contínuo das variáveis de processo.

• Conforme sua função, os instrumentos podem estar localizados no campo ou num


painel dentro de uma sala de controle.
• Os instrumentos recebem o nome correspondente à variável de processo sob
controle.
• Assim, pode-se ter um transmissor de nível, um indicador e controlador de
temperatura, uma chave de pressão (também chamada de pressostato, entre
outras combinações de funções e variáveis de processo.

Fonte: Instrumentação, Controle e Automação de Processos. Autor: José Luiz Loureiro Alves - 2° Edição - Ed.: LTC
Malha de Controle
Controlador e
Uma Malha de Controle é indicador de nível
composta de:

1- Sensor: detectar a variável


de processo que se quer
controlar;

2- Transmissor: converte o
sinal do sensor em sinal
pneumático ou elétrico Válvula
de nível
equivalente;

3- Controlador: compara o sinal


do processo com set point e
produz um sinal apropriado de
controle; Transmissor
de nível
4-Elemento Final de Controle:
altera a variável manipulada. Malha de Controle de Nível

Fonte: Instrumentação, Controle e Automação de Processos. Autor: José Luiz Loureiro Alves - 2° Edição - Ed.: LTC
Malha de Controle
1. A Malha de Controle é alimentada por uma fonte de até 45 Vcc;

2. O transmissor envia uma corrente que varia de 4 a 20mA em função da variável controlada do
processo detectado pelo sensor;

3. A corrente oriunda do transmissor é aplicada à entrada do Controlador;

4. O Controlador resolve o algoritmo


de controle, levando em
consideração o valor atual da
varável controlada e do set point
ajustado, fornecendo uma saída,
também em 4 a 20mA, que irá
variar a abertura da válvula de
controle;

5. Na válvula de controle um
instrumento denominado de
conversor de I/P transforma a
corrente de 4 a 20mA em sinal
pneumático de 3 a 15psig, que fará
com que o atuador pneumático
movimente a haste da válvula, Malha de
Controle de
abrindo ou fechando a mesma, de
Nível
modo a levar a varável controlada
para o set point.
Fonte: Instrumentação, Controle e Automação de Processos.
Autor: José Luiz Loureiro Alves - 2° Edição - Ed.: LTC
Malha de Controle
• O transmissor pode assumir a função de controle através dos transmissores inteligentes.

• O “transmissor inteligente” contem um controlador microprocessado incorporado e pode atuar


no campo.
1. O transmissor recebe a informação do sensor, (elemento primário de medição);
2. Transforma esta informação em valor digital;
3. Resolve o algoritmo de controle através de seu controlador microprocessado;
4. Envia um sinal de saída analógico de 4 a 20 mA para a válvula atuar na variável
manipulada.
Malha de Controle de Nível
• A troca de informações com o Transmissor Inteligente
operador, neste caso, dá-se através de
sinal digital superposto aos 4 a 20 mA,
sendo possível mudanças no set point e
de parâmetros em geral;

• O protocolo mais usado neste tipo de


comunicação chama-se HART (Highway
Addressable Remote Transducer, ou,
Larga Comunicação para Transdutores
Remotos Endereçáveis).
 Esse protocolo permite
comunicação digital simultânea
com o sinal analógico de corrente
de 4 a 20 mA*.
*Fonte: Parede, Ismael Moura Eletronica: Automacao Industrial / Ismael Moura
• Tanto a operação como a alimentação de Parede, Luiz Eduardo Lemes Gomes (autores); Edson Horta (coautor), Luiz
Carlos da Cunha e Silva (revisor); Jun Suzuki (coordenador). -- Sao Paulo:
até 45 Cvv são realizadas a partir da sala Fundacao Padre Anchieta, 2011 (Colecao Tecnica Interativa. Serie Eletronica,
de controle. v. 6). Disponível em: http://eletro.g12.br/arquivos/materiais/eletronica6.pdf
Malha de Controle

Porem....

• A indústria vem buscando consolidar um padrão para a comunicação digital de


campo entre instrumentos para o controle de processos (substituir o sinal analógico
de corrente de 4 a 20 mA);

• Essa tecnologia é chamada de barramento de campo ou Fieldbus

Vantagens do Fieldbus**:
Redução de cabos, bandejas, borneiras, etc;
Melhoria na qualidade das informações;
Os transmissores transmitem muito mais informações;
Os equipamentos indicam falha em tempo real;
Facilidade na manutenção.

**Fonte: Hermini, Helder Anibal. Redes de Comunicação em Automação Industrial – UNICAMP. Disponível
em: http://www.fem.unicamp.br/~hermini/ES746/aula%2009b.ppt.
Malha de Controle
CLP
• O CLP (Controlador Lógico Programável) ou em inglês PLC (Programmable Logic Controller);

• Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), CLP é um “equipamento eletrônico


digital com hardware e software compatíveis com aplicações industriais”.

• Já para a National Electrical Manufacturers Association (NEMA), trata-se de um “aparelho eletrônico


digital que utiliza uma memória programável para o armazenamento interno de instruções para
implementações específicas, tais como lógica, sequenciamento, temporização, contagem e aritmética,
para controlar através de módulos de entrada e saída vários tipos de máquinas e processos”.

• Surgiu no final da década de 1960 e revolucionou os comandos e controles industriais.

• Nessa época, a automação era executada quase totalmente por relés com base em lógica fixa, ou
lógica hardwired, o que resultava em enormes armários de relés eletromecânicos interligados por
circuitos elétricos e extensas fiações.
- Ele foi desenvolvido com o objetivo de substituir os armários empregados para controlar
operações sequenciais e repetitivas na linha de montagem da indústria automobilística
General Motors.

• O uso de microprocessadores e microcontroladores de última geração e o de arquitetura


híbrida, aliada às novas técnicas de processamento paralelo e às redes de comunicação,
contribuíram para o sucesso desse equipamento industrial.

*Fonte: Parede, Ismael Moura Eletronica: Automacao Industrial / Ismael Moura Parede, Luiz Eduardo Lemes Gomes (autores); Edson Horta (coautor),
Luiz Carlos da Cunha e Silva (revisor); Jun Suzuki (coordenador). -- Sao Paulo: Fundacao Padre Anchieta, 2011 (Colecao Tecnica Interativa. Serie
Eletronica, v. 6). Disponível em: http://eletro.g12.br/arquivos/materiais/eletronica6.pdf
• Com a adoção da norma IEC 61131-3, ocorreu a padronização da linguagem de programação e
a solução para softwares e aplicativos foi alcançada.

• Atualmente, os CLPs possuem funções específicas de controle e canais de comunicação que


permitem interligá-los entre si e a computadores em rede, formando um sistema integrado.

• Enquanto se estudavam as propostas de padronização do fieldbus (barramento de campo), as


redes wireless suplantaram essa tecnologia e se incorporaram aos CLPs como opção de
coleta de sinais de chão de fábrica.

• Dessa maneira, eliminaram-se os condutores usados para interligá-los, propiciando troca de


informações e distribuição de dados por todo o processo.

• As vantagens da utilização do CLP em aplicações industriais são inúmeras e resultam em maior


economia, superando o custo do equipamento. Essa evolução oferece grande número de
benefícios, por exemplo:

 Maior produtividade.  Maior confiabilidade.


 Otimização de espaço nas fábricas.  Fácil manutenção.
 Melhoria na qualidade do produto final.  Projeto de sistema mais rápido.
 Alto MTBF (tempo médio entre falhas).  Maior flexibilidade, satisfazendo maior
 Baixo MTTR (tempo de máquina parada). número de aplicações.
 Maior segurança para os operadores.  Interface com outros CLPs através de
 Menor consumo de energia. rede de comunicação.
 Redução de refugos.
 Reutilização do cabeamento.

*Fonte: Parede, Ismael Moura Eletronica: Automacao Industrial / Ismael Moura Parede, Luiz Eduardo Lemes Gomes (autores); Edson
Horta (coautor), Luiz Carlos da Cunha e Silva (revisor); Jun Suzuki (coordenador). -- Sao Paulo: Fundacao Padre Anchieta, 2011
(Colecao Tecnica Interativa. Serie Eletronica, v. 6). Disponível em: http://eletro.g12.br/arquivos/materiais/eletronica6.pdf
Malha de Controle
Malha de Controle de temperatura
Objetivo: convencional
Controlar a temperatura do
produto na saída do processo
através da troca de calor entre a
água quente e o produto que
circula pelos tubos internos ao
equipamentos trocador de calor.

Funcionamento:
O transmissor de temperatura TT
transmite o valor da variável de
processo para o controlador TIC
que, por sua vez, controla a
abertura da válvula TV que
manipula a vazão de água quente.

Fonte: Instrumentação, Controle e Automação de Processos. Autor: José Luiz Loureiro Alves - 2° Edição - Ed.: LTC
Símbolos Gráficos e Identificação dos Instrumentos

Cada função programada ou


instrumento deve ser identificado por
um conjunto de letras que o classifica
funcionalmente e um conjunto de
algarismos que indica a malha ao qual o
instrumento ou função pertence.*

Norma ISA 5.1 (International Society of


Automation, antiga Instrumentation
Society of America)**

Fontes:
*Alves, José Luiz Loureiro. Instrumentação, Controle e
Automação de Processos. Autor: - 2° Edição - Ed.: LTC

** Prof. Eduardo Stockler Tognetti - Simbologia e


Terminologia de Instrumentação da Norma ISA 5.1
Laboratório de Automação e Robótica (LARA) Dept.
Engenharia Elétrica - UnB Disponível em:
http://www.ene.unb.br/estognetti/files/Simbologia_ISA.pdf
Símbolos Gráficos e Identificação dos Instrumentos

Fontes:
*Alves, José Luiz Loureiro. Instrumentação, Controle e
Automação de Processos. Autor: - 2° Edição - Ed.: LTC

** Prof. Eduardo Stockler Tognetti - Simbologia e


Terminologia de Instrumentação da Norma ISA 5.1
Laboratório de Automação e Robótica (LARA) Dept.
Engenharia Elétrica - UnB Disponível em:
http://www.ene.unb.br/estognetti/files/Simbologia_ISA.pdf
Símbolos Gráficos e Identificação dos Instrumentos

Símbolos para linhas de instrumentos

Todas as linhas que interligam os


instrumentos devem ser mais finas do
que as tubulações de processos e,
dependendo da natureza do sinal de
transmissão, os símbolos a seguir devem
ser usados:

Fonte:
Alves, José Luiz Loureiro. Instrumentação, Controle e
Automação de Processos. Autor: - 2° Edição - Ed.: LTC
Símbolos Gráficos e Identificação dos Instrumentos

Símbolos gerais para


instrumentos ou funções

A tabela a seguir mostra os


símbolos gerais para instrumentos
ou funções programadas previstas
na ISA 5.1

Fonte: Alves, José Luiz Loureiro. Instrumentação, Controle e Automação de Processos. Autor: - 2° Edição - Ed.: LTC
Símbolos Gráficos e Identificação dos Instrumentos

Exemplo de um Fluxograma simplificado de tubulação e instrumentação (P&ID) de um


vaso de separador de produção

Nota do Autor: ESD (Emergency Shutdown System) e SDW (Shutdown Valve) não fazem parte do sistema de controle
de processo, mas do sistema de desligamento de emergência (ou sistema de intertravamento de segurança). Não
fazem parte da norma ISA 5.1.

Fonte: Alves, José Luiz Loureiro. Instrumentação, Controle e Automação de Processos. Autor: - 2° Edição - Ed.: LTC
Fontes Consultadas:

• ALVES, José Luiz Loureiro. Instrumentação, Controle e Automação de Processos. 2° Edição - Ed.:
LTC, 2017.

• AMARAL , Carlos. Conceitos Básicos de Instrumentação – UTFPR. Disponível em:


file:///C:/Users/Alessandra/Downloads/1_2%20-%20Conceitos%20Basicos%20(2).pdf. Acesso em: 19
agosto 2019.

• HERMINI, Helder Anibal. Redes de Comunicação em Automação Industrial – UNICAMP. Disponível


em: http://www.fem.unicamp.br/~hermini/ES746/aula%2009b.ppt. Acesso em: 19 agosto 2019.

• PAREDE, Ismael Moura; GOMES, Luiz Eduardo Lemes; HORTA, Edson; SILVA, Luiz Carlos da Cunha
e; SUZUKI, Jun. Eletrônica: Automação Industrial. - São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2011
(Colecao Tecnica Interativa. Serie Eletronica, v. 6). Disponível em:
http://eletro.g12.br/arquivos/materiais/eletronica6.pdf . Acesso em: 19 agosto 2019.

• SOUZA , Felippe de. UBI - Departamento de Engenharia Eletromecânica. Disponível em:


http://webx.ubi.pt/~felippe/texts/contr_systems_ppt10p.pdf. Acesso em: 19 agosto 2019.

• TOGNETTI, Eduardo Stockler. Simbologia e Terminologia de Instrumentação da Norma ISA 5.1


Laboratório de Automação e Robótica (LARA) Dept. Engenharia Elétrica – UnB. Disponível em:
http://www.ene.unb.br/estognetti/files/Simbologia_ISA.pdf. Acesso em: 19 agosto 2019.
Laboratório de Instalações
Industriais

Teoria e Propagação de Erros


Teoria e Propagação de Erros
Introdução:
A física e a engenharia baseiam-se fundamentalmente em relações entre
quantidades mensuráveis, contudo qualquer medida ou valor
experimental tem pouco valor (significado), a não ser que tenha uma
estimativa do seu erro ou incerteza e o valor medido reflita a precisão
com que foi mensurado.

As grandezas físicas possuem as seguintes características:


- Um valor numérico;
-Uma indeterminação;
-Uma unidade (existem alguns valores que são adimensionais).

Conteúdo Extraído: Instrumentação Industrial: Conceitos, Aplicações e Análises.


Autor: Arivelto Bustamante Fialho - 7° Edição - Ed.: Saraiva
Teoria e Propagação de Erros
Exemplos:
-Temperatura indicada pelo termômetro de um forno: (500,0 ± 3,0)°C;
-Pressão indicada pelo pressostato de uma caldeira: (200,0 ± 2,0)°bar;
-Resistência elétrica indicada por um multímetro: (300,0 ± 0,3) Ohms;

Ferramentas de Estudo dos Erros


Medidas Diretas: medidas tomadas com um tipo específico de instrumento,
como paquímetro, micrometro, medidor de perfil etc. (exemplo: medição do
diâmetro de um eixo, aspereza de uma superfície, perfil de uma rosca e etc).
Medidas Indiretas: o valor da grandeza é determinado a partir da medição
direta de outras grandezas (exemplo: ensaio de fratura, torção, tração e etc)

Conteúdo Extraído: Instrumentação Industrial: Conceitos, Aplicações e Análises.


Autor: Arivelto Bustamante Fialho - 7° Edição - Ed.: Saraiva
Teoria e Propagação de Erros
Método de Kleine e McClintock
O método Kleine e McClintok é um método baseado e fundamentado em aspectos
estatísticos.

Neste, o resultado do cálculo de erro é uma função das variáveis independentes X1,
X2, X3,...Xn. Ou seja,

ΔZ = f( X1, X2, X3,...Xn.)

Chamando de ΔZ o erro do resultado, tem-se:

(1)

sendo ΔX1, ΔX2, ΔX3,... ΔXn os erros das variáveis independentes.

Conteúdo Extraído: Instrumentação Industrial: Conceitos, Aplicações e Análises.


Autor: Arivelto Bustamante Fialho - 7° Edição - Ed.: Saraiva
Método de Kleine e McClintock
Equação geral do referido método é:

(2)

Exemplo 1: Calcule a frequência do período é T = 50s ± 5%

(3)

Conteúdo Extraído: Instrumentação Industrial: Conceitos, Aplicações e Análises.


Autor: Arivelto Bustamante Fialho - 7° Edição - Ed.: Saraiva
Método de Kleine e McClintock
Como a única variável independente é o T, deriva f em função de T:

(4)

Onde, (5)

Portanto, substituindo (4) e (5) em (2), tem-se:

(6)

Conteúdo Extraído: Instrumentação Industrial: Conceitos, Aplicações e Análises.


Autor: Arivelto Bustamante Fialho - 7° Edição - Ed.: Saraiva
Método de Kleine e McClintock
Substituindo em (6) os valores numéricos, tem-se:

(7)

Onde, (8)

Portanto, a frequência é:

(9)

Conteúdo Extraído: Instrumentação Industrial: Conceitos, Aplicações e Análises.


Autor: Arivelto Bustamante Fialho - 7° Edição - Ed.: Saraiva
Método de Kleine e McClintock
Exemplo 2: Calcule o volume do cilindro, sendo h = (50,0 ± 0,2) cm e D = (10,0 ± 0,2) cm.

O volume do cilindro é:
(10)

(11)

A equação do cilindro possui duas variáveis independentes que são: h e D, portanto


para aplicar o método de Kleine e McClintock é necessário derivar a equação do
volume duas vezes, uma em função de h e a outra em função de D e a equação
geral do método terá a seguinte configuração:

(12)

Conteúdo Extraído: Instrumentação Industrial: Conceitos, Aplicações e Análises.


Autor: Arivelto Bustamante Fialho - 7° Edição - Ed.: Saraiva
Método de Kleine e McClintock
A derivada de V em função de h é:

(13)

onde:
(14)

A derivada de V em função de D é:

(15)

onde:
(16)

Conteúdo Extraído: Instrumentação Industrial: Conceitos, Aplicações e Análises.


Autor: Arivelto Bustamante Fialho - 7° Edição - Ed.: Saraiva
Método de Kleine e McClintock
Substituindo na equação (12) os termos obtidos em (13), (14), (15) e (16), tem-se :

(17)

Portanto, o erro ou imprecisão é...

(18)

Assim, o valor do volume do cilindro é:

(19)

Conteúdo Extraído: Instrumentação Industrial: Conceitos, Aplicações e Análises.


Autor: Arivelto Bustamante Fialho - 7° Edição - Ed.: Saraiva
Método de Kleine e McClintock
Exemplo 3: Para realizar o tratamento de têmpera em uma determinada peça
mecânica, é preciso mantê-la aquecida durante certo período de tempo em um
forno elétrico a temperatura de 550°C. Sabendo que o erro (imprecisão) do
termopar utilizado é de ± 0,75% para essa faixa de temperatura, e seus cabos de
compensação produzem um erro de ± 1°C, e além disso um termômetro de
mercúrio monitora a temperatura ambiente (erro de ± 0,5°C), o erro do
instrumento digital de leitura é de ± 1°C. Qual será o erro final na temperatura do
forno?

Sabendo que: 0,75% de 550°C ≈ 4°C. (20)

Portanto aplicando o Método de Kleine e McClintock, tem-se:

(21)

Conteúdo Extraído: Instrumentação Industrial: Conceitos, Aplicações e Análises.


Autor: Arivelto Bustamante Fialho - 7° Edição - Ed.: Saraiva
Método de Kleine e McClintock
OBS:

No exemplo 3 tem-se a seguinte conclusão para a resolução com o método Kleine


e McClintock:

“o maior erro presente em um processo de medição contribui mais significamente


para o resultado final”

Conteúdo Extraído: Instrumentação Industrial: Conceitos, Aplicações e Análises.


Autor: Arivelto Bustamante Fialho - 7° Edição - Ed.: Saraiva
Erro em Instrumentos Analógicos
Um instrumento analógico é aquele que utiliza-se de ponteiro e uma escala para
determinar o valor a ser mensurado. Neste tipo de instrumento o erro é
geralmente em termos de fundo de escala, ou seja, o valor que é originado pela
deflexão total do ponteiro, levando-o até o fim de escala. Sua precisão é
normalmente expressa em percentual.

O Exemplo a seguir auxilia nesta compreensão:

Um voltímetro possui erra de 5% de fundo de escala está sendo utilizado na


escala de 1000 Volts, para medir uma tensão de 220V. Qual é o erro da medida?

Solução:

Sendo 5% de 1000V = ± 50V (22)

Portanto:

U = (220 ± 50V) ou U = (220V ± 23%)


(23)

Conteúdo Extraído: Instrumentação Industrial: Conceitos, Aplicações e Análises.


Autor: Arivelto Bustamante Fialho - 7° Edição - Ed.: Saraiva
Erro em Instrumentos Analógicos
Erro de Paralaxe: é o erro originado pelo posicionamento incorreto do usuário em
relação ao instrumento.

(I)

(III)

(I) - Observador a direita do mostrador;


(II) (II) - Observador a esquerda do mostrador;
(III) - Observador na posição correta.

Fonte das figuras: http://www.blogdaqualidade.com.br/o-


erro-de-paralaxe-parte-1/

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Autor: Arivelto Bustamante Fialho - 7° Edição - Ed.: Saraiva
Erro em Instrumentos Analógicos
Erro de Interpolação: é o erro que se origina em função do posicionamento do
ponteiro em relação à escala de medida do instrumento. Neste caso o ponteiro
acusa uma posição incerta entre dois valores conhecidos, a qual necessariamente
não é o ponto médio destes, ficando a critério do observador, em função da
proximidade, definir o valor correspondente ao traço da esquerda ou da direita.

O ponteiro marca uma posição não determinada


na escala.

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Autor: Arivelto Bustamante Fialho - 7° Edição - Ed.: Saraiva
Erro em Instrumentos Digitais
Todo o indicador digital proporciona uma leitura numérica que elimina o erro do
operador em termos de paralaxe e interpolação.

Em instrumentos digitais é sempre importante antes de iniciar a sua utilização ler


o manual, por neste informará o uso correto do equipamento.

Fonte de energia do instrumento ineficiente, como uma má conexão entre as


partes móveis do instrumento, podem originar erros na medida realizada com
instrumentos digitais.

Exemplo: Um instrumento digital está sendo usado numa escala de 20V e mede
uma tensão AC, e o valor indicado é 8,00V. A especificação do erro conforme
leitura no manual é de ± (0,8% Leitura + 3 dígitos). Como se interpreta a
informação e como se calcula o erro?

(24)
(25)
(26)

Conteúdo Extraído: Instrumentação Industrial: Conceitos, Aplicações e Análises.


Autor: Arivelto Bustamante Fialho - 7° Edição - Ed.: Saraiva
HIDROMET
RIA

ORIFÍCIOS, BOCAIS
E TUBOS CURTOS
PROF. Ms. LAURO BERNARDINO COELHO JUNIOR
HIDROMETRIA
HIDROMETRIA é a parte da Hidráulica que trata
de assuntos tais como:
◼ Medição das vazões;
◼ Velocidade dos líquidos em tubos ou canais;
◼ Profundidade e variação do nível da água;
◼ Medida das seções de escoamento e das
pressões;
◼ Ensaio de bombas e turbinas.
MEDIÇÃO DAS VAZÕES: MÉTODO
DIRETO
Volume ( v )
Vazão(Q ) =
Tempo (T )

O volume v pode ser dado em litros ou


metros cúbicos e o tempo T em minutos ou
segundos, dependendo da magnitude da
vazão medida.
Mede-se o tempo necessário para que a
água preencha completamente um
reservatório com volume conhecido.
MEDIÇÃO DAS VAZÕES: MÉTODO
DIRETO
Aplicação do método direto:

Pequenas descargas, tais


como nascentes, canalizações de
pequeno diâmetro e em
laboratório para medir a vazão
de aspersores e gotejadores.
V
Obs.: Quanto maior o tempo de
determinação, maior a precisão.
T=?
ORIFÍCIOS E BOCAIS
O que são?
São aberturas de perímetro fechado e forma geométrica
definida, feitas abaixo da superfície livre da água.

Onde são usados?


Em paredes de reservatórios, de pequenos tanques,
canais ou canalizações.

Para que servem?


Para medir e controlar a vazão.
ORIFÍCIOS

ORIFÍCIO JUNTO AO FUNDO DO RESERVATÓRIO


VELOCIDADE TEÓRICA DA
ÁGUA EM UM ORIFÍCIO

A1, V1, patm 2


V1 patm V 2 2 patm
+ +h= +
2g  2g 

h 2
V2
A2, V2, patm h=
2g
V 2 = 2 gh
Obs.: Q = V2.A2
ORIFÍCIOS

USO DE ORIFÍCIO NA
MEDIÇÃO DE VAZÃO
ORIFÍCIO USADO EM MEDIÇÃO DE
VAZÃO DE POÇO
ORIFÍCIOS: TAMANHOS
Quanto às dimensões:

Pequeno:
Quando suas dimensões
forem muito menores que a
h
profundidade h em que se
encontra.
Na prática, quando: d
d  h/3.
ORIFÍCIOS: TAMANHOS

Grande:

quando d > h/3, sendo


d a altura do h
orifício.
d
ORIFÍCIOS: FORMAS
Retangular; circular; triangular, etc.

ORIFÍCIO CIRCULAR ORIFÍCIO RETANGULAR


ORIFÍCIOS: NATUREZA DAS PAREDES

Parede delgada (e < d):

A veia líquida toca apenas


a face interna da parede do d
reservatório.

e
ORIFÍCIOS: NATUREZA DAS PAREDES

Parede espessa (e  d):


e
O jato toca quase toda a
parede do reservatório.
Esse caso será visto no d
estudo dos bocais.
SEÇÃO CONTRAÍDA
As partículas fluidas afluem ao
orifício, vindas de todas as direções,
em trajetórias curvilíneas.
Ao atravessarem a seção do orifício
continuam a se mover em
trajetórias curvilíneas.
As partículas não mudam
bruscamente de direção, obrigando
o jato a contrair-se um pouco além
do orifício.
Causa: A inércia das partículas de
água que continuam a convergir
depois de tocar as bordas do
orifício.
SEÇÃO CONTRAÍDA

CONTRAÇÃO DA VEIA LÍQUIDA


SEÇÃO CONTRAÍDA

Podemos calcular o coeficiente


de contração (CC), que expressa
a redução no diâmetro do jato:

CC = Ac / A

◼Ac = área da seção contraída


◼A = área do orifício.
TIPO DE ESCOAMENTO: LIVRE OU
SUBMERSO

d
QUANTO À POSIÇÃO DA PAREDE

◼ Vertical
◼ Inclinada,
◼ Inclinada para jusante
◼ Parede horizontal.
h

OBS: Quando a parede é


horizontal e h < 3d surge o
d
vórtice, que afeta o
coeficiente de descarga.
ORIFÍCIOS - CLASSIFICAÇÃO:
CONTRAÇÃO DA VEIA LÍQUIDA

CONTRAÇÃO COMPLETA CONTRAÇÃO INCOMPLETA


(EM TODAS AS FACES DO (SÓ NA PARTE DE CIMA DO
ORIFÍCIO) ORIFÍCIO)
CORREÇÃO DO COEFICIENTE Cd
PARA CONTRAÇÃO INCOMPLETA

Para orifícios retangulares, Cd assume o


valor de C’d, como mostrado abaixo:
C’d = Cd. (1 + 0,15.k)
perímetro da parte em que há supressão da contração
k=
perímetro total do orifício

b
Perímetro total = 2.(a+b)
a
CORREÇÃO DO COEFICIENTE Cd
PARA CONTRAÇÃO INCOMPLETA

b
k=
2.(a + b )

a+b
k=
2.(a + b )
2.a + b
k=
2.(a + b )
CORREÇÃO DO COEFICIENTE Cd
PARA CONTRAÇÃO INCOMPLETA
Para orifícios circulares, temos:
C’d = Cd. (1 + 0,13.k)
◼ Para orifícios junto a uma parede lateral, k =
0,25;
◼ Para orifícios junto ao fundo, k = 0,25;
◼ Para orifícios junto ao fundo e a uma parede
lateral, k = 0,50;
◼ Para orifícios junto ao fundo e a duas
paredes laterais, k = 0,75.
VELOCIDADE REAL
Na prática a velocidade real (Vr) na seção
contraída é menor que a velocidade teórica
(Vt) devido a:
◼ Atrito externo;
◼ Viscosidade.

Chama-se de Cv (coeficiente de velocidade) a


relação entre Vr e Vt.
VELOCIDADE REAL
Cv=
Vr
V r =Cv.Vt
Vt
Cv é determinado experimentalmente e é
função do diâmetro do orifício (d), da carga
hidráulica (h) e da forma do orifício. Na prática pode-
se adotar Cv = 0,985.
Definindo como coeficiente de descarga (Cd) ao
produto Cv x Cc, temos:
Cd = Cv . Cc
Na prática adota-se Cd = 0,61
VELOCIDADE REAL
Vt = Cd . 2 gh
Esta equação dá a velocidade real do jato
no ponto 2.
Lembrando que Vazão = velocidade x área
(Q = V.A, portanto V = Q/A), temos:

Q = Cd. A. 2 gh VAZÃO REAL ATRAVÉS


DO ORIFÍCIO
◼ 1) Qual a velocidade do jato e qual a descarga
de um orifício padrão (cv = 0,98 e cd = 0,61),
com 6 cm de diâmetro, situado na parede
vertical de um reservatório, com o centro 3 m
abaixo da superfície da água ?
◼ 2) Qual o diâmetro que deve ser dado a uma
comporta circular de coeficiente de vazão 0,62
e como centro a 2 m abaixo do nível do
reservatório, para que a mesma dê
escoamento de 500 l/s ?
◼ 3) A velocidade na seção contraída do jato que sai de
um orifício de 5 cm de diâmetro, sob uma carga de
4,5 m é de 9,1 m/s. Qual o valor dos coeficientes de
velocidade, contração e descarga, sabendo-se que a
vazão é de 11,2 l/s.
◼ 4) Um tanque fechado é dividido em duas partes que
se comunicam por um orifício de 5cm de diâmetro.
Num dos compartimentos o nível da água fica a 2,4 m
do centro do orifício e, no espaço acima da superfície,
a pressão é de 1,4 Kgf/cm2; no outro compartimento,
o orifício fica descoberto, e a pressão indicada por um
vacuômetro é de 25 cm de Hg. Calcular a velocidade
do jato e a descarga no orifício sendo cv = 0,97 e cd =
0,61.
VAZÃO EM ORIFÍCIOS GRANDES

Quando h1 é muito
diferente de h2, o uso
da altura média de h1
h2 h
água h sobre o centro
do orifício de diâmetro
D para o cálculo da
vazão, não é D
recomendado.
VAZÃO EM ORIFÍCIOS GRANDES

Razão:
A velocidade da água no centro de um
orifício grande é diferente da velocidade
média do fluxo neste orifício.
Chamando de D o diâmetro, diz-se
que um orifício é grande quando:
H < 2D
VAZÃO EM ORIFÍCIOS GRANDES
Orifício retangular grande
(projeção)

h1
h2 h

dh

L
VAZÃO EM ORIFÍCIOS GRANDES

Como calcular a vazão de um orifício grande?

É possível calcular a vazão que escoa através


de uma seção de área infinitesimal dS do orifício
grande:
dS = L.dh

Esta seção reduzida é um orifício pequeno. Então


vale a equação:
Q = Cd .S. 2 gh
VAZÃO EM ORIFÍCIOS GRANDES

Fazendo S = L.h, a vazão através de dS será:

dQ = Cd .L.dh 2 gh

Se a vazão através da área dS pode ser dada


pela equação acima, então, integrando-se a
mesma entre os limites h1 e h2, teremos a vazão
total do orifício.
VAZÃO EM ORIFÍCIOS GRANDES
h1
Q = Cd .L. 2 g  h .dh
h2

.Cd . L. 2. g .(h 23 / 2 − h13 / 2 )


2
Q=
3

2  h 23 / 2 − h13 / 2 
ou Q = .Cd .S . 2. g . 
3  h 2 − h1 

EQUAÇÕES DA VAZÃO EM ORIFÍCIOS GRANDES


ESCOAMENTO COM NÍVEL
VARIÁVEL
Durante o esvaziamento de um reservatório
por meio de um orifício de pequena dimensão,
a altura h diminui com o tempo.
Com a redução de h, a vazão Q também irá
decrescendo.
Problema: Como determinar o tempo para
esvaziar ou retirar um volume v do
reservatório?
ESCOAMENTO COM NÍVEL VARIÁVEL

Num pequeno intervalo de tempo dt a vazão que


passa pelo orifício será:

Q = Cd .S. 2 gh

E o volume infinitesimal escoado será:

dv = Cd.S. 2 gh.dt
Obs: Lembrar que v = Q . t
ESCOAMENTO COM NÍVEL VARIÁVEL

Nesse mesmo intervalo de tempo, o nível de


água no reservatório baixará de uma altura dh,
o que corresponde ao volume:

dv = Ar.dh

S = área do orifício (m2);


Ar = área do reservatório (m2);
t = tempo necessário par o esvaziamento (s).
ESCOAMENTO COM NÍVEL VARIÁVEL

Igualando as duas Ar.dh = Cd .S. 2. g.h .dt


expressões que fornecem
o volume, podemos isolar Ar .dh
o valor de dt: dt =
Cd .S . 2. g .h

h1
Ar
 .dh
−1 / 2
Integrando-se a t= h
Cd .S . 2. g h2
expressão entre dois
níveis, h1 e h2, obtemos
o valor de t. t=
2. Ar
(h11/ 2 − h21/ 2 )
Cd .S . 2. g
ESCOAMENTO COM NÍVEL VARIÁVEL

Quando o esvaziamento é completo,


h2 = 0 e h1 = h

Expressão aproximada,
já que quando h < 3
2. Ar vezes o diâmetro do
t = . h
Cd .S . 2. g orifício, este não poderia
mais ser considerado
pequeno.
ESVAZIAMENTO DE RESERVATÓRIOS:
EQUAÇÃO SIMPLIFICADA

O tempo para o esvaziamento total


de um reservatório de área
constante, através de um orifício
pequeno, pode ser estimado através
hi da equação:
d T = 2Vi / Qi

Vi o volume inicial de líquido


hi contido no reservatório;

Qi a vazão inicial que ocorre quando


h = hi (altura de água no início do
esvaziamento).
BOCAIS
BOCAIS são peças tubulares
adaptadas aos orifícios, tubulações ou
aspersores, para dirigir seu jato.

Seu comprimento deve estar


compreendido entre uma vez e meia (1,5)
e cinco vezes (5) o seu diâmetro.
BOCAIS

Bocais de aspersores são


projetados com coeficientes de
descarga Cd  1,0
BOCAL ACOPLADO A (mínima redução de vazão)
ORIFÍCIO
BOCAIS

A equação derivada para orifícios


pequenos também serve para os bocais,
porém, o coeficiente Cd assume valores
diferentes conforme o tipo de bocal.

Q = Cd .S. 2 gh
BOCAIS
PORQUE O BOCAL FAVORECE O
ESCOAMENTO?

Zona de formação de vácuo: o escoamento se dá contra pressão


menor que a atmosférica, contribuindo para o aumento da
vazão.
VALORES DE Cd PARA ORIFÍCIOS E
BOCAIS

Cd = 0,61
Cd = 0,98
Cd = 0,51
Cd = 0,82

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