Você está na página 1de 16

Índice

Introdução ..................................................................................................................................... 2
Objectivo geral .............................................................................................................................. 3
Objectivos gerais ........................................................................................................................... 3
Projecto de Electrificação para instalações residenciais ou de uso profissional ........................... 4
Planta da habitação ........................................................................................................................ 4
Planta de cota ................................................................................................................................ 5
Projecto de Electrificação para instalações residenciais ou de uso profissional ........................... 6
Dispositivos de Proteção ............................................................................................................... 9
Características dos disjuntores .................................................................................................... 11
Cálculo do diâmetro do Tubo ...................................................................................................... 11
Cálculo de corrente para cada secção .......................................................................................... 13
Termo de Responsabilidade ........................................................................................................ 14
CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 15
Bibliografia ................................................................................................................................. 16
Introdução
Nas instalações de edifícios, quer os destinados à habitação, quer os destinados a
serviços (escritórios, hotéis, hospitais, escolas, estabelecimentos comerciais), são
normalmente desconhecidos o tipo, as características e a potência dos receptores que
estarão ligados aos circuitos de utilização. Também o modo como à instalação será
explorada, poderá ser relativamente desconhecido.

Estes aspectos levam-nos a estabelecer alguns critérios que nos permitam determinar a
potência das instalações de utilização eléctrica, com base em valores estimados como
sejam:

Determinação da potência previsível da instalação tendo por base rácios de potência por
unidade de área (W/m²);

A Assumpção de determinado tipo de funcionamento, ponderando os valores de


potência pelo recurso a coeficientes de utilização e de simultaneidade.

2
Objectivo geral
 Elaborar um projecto de uma instalação eléctrica de uma habitação;

Objectivos gerais
 Calcular a potência da instalação;
 Determinar o diâmetro dos tubos;
 Fazer a escolha do disjuntor para a protecção da instalação.

3
Projecto de Electrificação para instalações residenciais ou de uso profissional

Planta da habitação

4
Planta de cota

5
Projecto de Electrificação para instalações residenciais ou de uso profissional

Esta memoria Descritiva e justificativa refere-se ao projecto de electrificação edifício de


habitação pertencente ao Sr. João Langa e a construir na província do Maputo, Bairro
Patrice Lumumba processo n° 520 parcela 19 talhão n° 58 cuja finalidade é de
iluminação interior e exterior, incluindo tomadas de uso geral. O Edifício é constituído
por :

Problema:

Um apartamento de 5 divisões principais e de uma área de 154,8869 𝑚2 que tem para


além de instalações de climatização e tomadas de uso geral, instalações de cozinha, de
aquecimento de água, climatização e máquina de lavar. Pede – se:

 Calcular a secção do ramal de chegada e a respectiva proteção;


 Determinar o diâmetro do tubo de entrada;
 Desenhar o diagrama unifilar dos circuitos de saída.

Solução:

Os factores que permitiram o cálculo da potência global a contratar, são apresentados no


presente capítulo (Artº 418 do R.S.I.U.E.E.). Abaixo são apresentadas, as potências
mínimas a considerar no dimensionamento das instalações de uso residencial ou
profissional.

Para Instalações de iluminação e tomadas para uso gerais:


 25w/m2
b) Para instalações de Climatização:
 80w/m2
c) Para Instalações de máquinas de Lavar
 3,3Kw
d) Para Instalações de Cozinha eléctrica:
 Até 3 divisões Principais: 3kw
 Para 4 divisões Principais:4Kw
 Para 5 Divisões Principais: 5Kw
 Para mais de 5 divisões principais: 8Kw

6
e) Para Instalações de aquecimento eléctrico de água:
 Ate 3 Divisões principais: 1,5Kw
 Para 4 Divisos Principais 2Kw
 Para mais de 5 Divisões Principais 3Kw

O Ks, caracteriza o regime de utilização da instalação, o que implica o conhecimento


detalhado da instalação e dos seus modos de exploração
a) Instalações de Iluminação e tomadas gerais ks=0,7-1
b) Instalações de cozinha Ks=0,8—1
c) Instalações de aquecimento, frio e ventilação Ks=1

Na contagem do número de divisões principais apenas deverão ser consideradas as que


tenham área superior a 4m^2, excluindo as cozinhas casas de banhos e corredores.

 Para Instalações de iluminação e tomadas para uso gerais: 25W/m^2


𝑃𝑖𝑡 = 𝐴 ∗ 25 𝑊 ⁄𝑚2 ∗ 𝐾𝑠

onde:

Ks = 0,7
A = 154,8869 𝑚2

𝑃𝑖𝑡 = 154,8869𝑚2 ∗ 25 𝑊 ⁄𝑚2 ∗ 0,7 = 3872,1725 𝑊

 Para instalações de Climatização: 80W/m^2


𝑃𝑐𝑙 = 𝐴 ∗ 80 𝑊 ⁄𝑚2 = 154,8869𝑚2 ∗ 80 𝑊 ⁄𝑚2 = 12390,952 𝑊

 Para Instalações de máquinas de Lavar: 3,3kW


𝑃𝑚𝑞 = 3,3 𝑘𝑊 ∗ 𝐾𝑠
Onde:

7
Ks = 1
𝑃𝑚𝑞 = 3,3 𝑘𝑊 ∗ 1 = 3300 𝑘𝑊
 Para Instalações de Cozinha eléctrica: 5 kW

𝑃𝑐 = 5𝑘𝑊 ∗ 𝐾𝑠
Onde:
Ks = 0,8

𝑃𝑐 = 5𝑘𝑊 ∗ 0,8 = 4000𝑊

 Para Instalações de aquecimento eléctrico de água:


𝑃𝑎 = 2𝑘𝑊 ∗ 𝐾𝑠
Onde:
Ks = 1
𝑃𝑎 = 2𝑘𝑊 ∗ 1 = 2000𝑊

A potência total do sistema será dada pela soma de todas as potências de


calculas acima.
𝑃𝑇 = 𝑃𝑖𝑡 + 𝑃𝑎 + 𝑃𝑚 + 𝑃𝑐𝑙 + 𝑃𝑐
𝑃𝑇 = 3872,1725𝑊 + 12390,952𝑊 + 3300𝑊 + 2000𝑊 + 4000𝑊
𝑃𝑇 = 25563,1245𝑊

A potência total P≥ 25000kW, o fornecimento deve ser trifásica, feito a 4 fios sendo 3
fases e 1 neutro. E tensões de 127V e 220V Potência trifásica é dada por:

𝑃𝑇 = 1,73 ∗ 𝑈𝐶 ∗ 𝐼 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝜑

A corrente de serviço do sistema será:525,92

𝑃𝑇 25563,1245𝑊
𝐼𝑠 = = = 48,6𝐴
1,73 ∗ 𝑈𝑐 ∗ 𝐶𝑜𝑠𝜑 1,73 ∗ 380 ∗ 0,8

8
a) A secção do ramal de chegada é de responsabilidade da entidade
distribuidora de energia. Na ausência de informações concretas sobre o ramal
de chegada, opta – se pela análise da potência contratada e da condição de
aquecimento.

𝐼𝑠 < 𝐼𝑧

Chegada subterrânea ou ramal sempre executada em cabos VAV, e será um ramal de


alumínio, em que os dados são retirados da tabela de cabos VAV.

A secção do ramal nas instalações residenciais e entradas deve basear se na informação


do distribuidor público sobre o previsto para a sua rede. No entanto na ausência dessa
informação podem utilizar-se, os valores convencionais seguintes:

Dados da tabela:

𝐼𝑧 = 89𝐴
𝑆𝑟𝑎𝑚𝑎𝑙 = 35𝑚𝑚2 de alumíniocom (𝜌 = 0,028 Ω⁄𝑚𝑚2)
𝑛°𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑏𝑜𝑠 = 3 𝑜𝑢 4Condutores.

Verifica-se a condição segundo RSIUEE:

Is < Iz (48,6A< 89 A)

A secção mínima para o ramal de chegada não pode ser inferior a 35𝑚𝑚2 ,
segundo RSIUEE.

Dispositivos de Proteção

Características dos curtos - circuitos fusíveis e disjuntores:

Protecções contra sobreintensidades

9
O dispositivo de protecção seleccionado é o Fusível Tipo gGque garante protecção
contra sobrecargas e curto-circuitos, como é exigido regulamentarmente.

Tabela de Fusíveis Tipo gG

A intensidade nominal (In) do fusível será de 50 A, (valor imediatamente acima da


corrente de serviço Is = 48,6 A).

A intensidade convencional de fusão/funcionamento (If) será de:

If = 1,6 IN

If = 80A

Protecção contra sobrecargas (Verificação):

1ª condição:

Is ≤ In ≤ Iz → 48,6A ≤ 80A ≤ 89 A – condição verificada

2ª condição:

𝐼𝑓 ≤ 1,45 Iz→ 80 A ≤ 1,45 x 89 A ⟶80 A ≤ 129,05 A – condição verificada

O fusível escolhido garante a protecção simultânea contra sobrecargas e curto –


circuitos, uma vez verificada a regra do poder de corte.

10
Características dos disjuntores

Os disjuntores para instalações residenciais e análogas são normalmente do tipo


modular de acordo com as normas EN 60898 e EN 60947.Para esta instalação
escolhemos os disjuntores com regulação em que Inf e Ifsão dadas pela tabela 3.6:

Inf=1,05 × IN⇒ Inf =1,05 x 100 =105 A

If=1,21 × IN=1,21 x 100 = 121 A

Conforme consta do Artº 134 do RSIUEE, onde Inf e If representam respectivamente a


intensidade de corrente convencional de não funcionamento e a intensidade de corrente
convencional de funcionamento para um disjuntor com regulação.

Cálculo do diâmetro do Tubo

Os diâmetros mínimos a considerar para os diversos tubos são função da secção e


número de condutores que se pretende alojar nesses mesmos tubos. Esses valores
mínimos sãoreferidos nos regulamentos nomeadamente: RSIUEE - Art. 243.º-
Diâmetros de tubos para instalações de utilização (tabela 4.1).

11
O diâmetro do tubo de entrada para a alimentação do quadro com uma secção nominal
de 4𝑚𝑚2 para os condutoresserá de 12 𝑚𝑚de diâmetro para o tubo VD.

O dimensionamento das canalizações eléctricas, segundo a RSIUEE, deverá também ter


em atenção valores para as secções mínimos dos condutores, que são função do tipo de
utilização, conforme se indica:

 Circuitos de iluminação = 1,5 mm²;


 Circuitos de tomadas e de equipamentos = 2,5 mm²;
 Circuitos de alimentação de quadros = 4 mm²;
 Circuitos de alimentação das entradas = 6 mm²;
 Colunas montantes = 10 𝑚𝑚2 .

12
Cálculo de corrente para cada secção

Para o cálculo da corrente de cada instalação, usamos a potência calculada para cada
instalação. Sendo a tensão composta igual a 380 V, temos:

𝑃𝑖𝑙 3872,1725 𝑊
Corrente para instalação de iluminação:𝐼𝑖𝑙 = = = 10,19 𝐴
𝑈 380 𝑉

𝑃𝑎𝑞 2000 𝑊
Corrente para instalação de aquecimento:𝐼𝑎𝑞 = = = 5,26 A
𝑈 380 𝑉

𝑃𝑖𝑙 4812,5 𝑊
Corrente para instalação de tomadas:𝐼𝑡𝑜𝑚 = = = 12,66 𝐴
𝑈 380 𝑉

𝑃𝑐 4000 𝑊
Corrente para instalação da cozinha:𝐼𝑐𝑜𝑧 = = = 10,53 𝐴
𝑈 380 𝑉

𝑃𝑐𝑙𝑖 12390,952 𝑊
Corrente para instalação de climatização:𝐼𝑐𝑙𝑖 = = = 32,60 𝐴
𝑈 380 𝑉

𝑃𝑚 3300
Corrente para instalação de máquinas de lavar: 𝐼𝑚𝑎𝑞 = = = 8,68 𝐴
𝑈 380

13
Termo de Responsabilidade

Pedro João Langa, filho de João Pedro Langa e de Inês Chauca, natural de Maputo
nascido aos 13 de Janeiro de 1995, solteiro e residente no bairro São Dâmaso Q.3, na
qualidade de Técnico Electrotécnico formado pelo Instituto Na escola Náutica, Inscrito
na Direcção Nacional de Energia com o n° 1232/2012, declara ter observado as
disposições regulamentares em vigor, bem como as regras de segurança técnicas de
uma moradia, sita no Bairro Patrice Lumumba n°29, Q.13 Pertencente ao Sr. João Pedro
Langa.

Maputo, 22 de Maio de 2018

_____________________________
Pedro Langa
(Eng. Elmec.)

14
CONCLUSÃO

A partir da área do apartamento, foi possível encontrar as dimensões mais adequadas


para os condutores. Então, calculou-se a potência requerida para a instalação, e por meio
desta, foi possível realizar a especificação da secção do ramal de chegada adequado para
o projeto em tabelas da RSIUEE.

15
Bibliografia
Vinícius de Araújo Moreira, Iluminação e Fotometria – teoria e aplicação,
EdgardBlucher ltda, 1987.

RSICEE – “Regulamento de Segurança das Instalações Colectivas de Edifícios e


Entradas”, Direcção Geral de Energia 1974.

16

Você também pode gostar