Você está na página 1de 11

Dia Nacional da Escola Dominical

3º Domingo de Setembro

QUEM É O PROFESSOR(A) DA ESCOLA DOMINICAL


(Homenagem aos professores da nossa Escola Dominical)
.....................................................................................................Ana Maria Prado

(Classe ...) A diretoria da Escola Dominical tem grande responsabilidade, diz a palavra de Deus: “
não havendo sábia direção, o povo cai” (Pv.11.14 e Ec.10.16).

(Classe ...) O professor(a) da Escola Dominical possui muitas qualidades, entre as quais: ser
aplicado na palavra de Deus, nas suas histórias, suas doutrinas e assuntos necessários ao bom
desempenho de sua missão.
TODOS - O aluno é o elemento mais importante da Escola Dominical. A escola existe por causa
dele.

(Classe ...) A posição espiritual do professor(a), é de honra e responsabilidade, pois ele ensina
por amor a Deus, por gratidão a Deus e porque Deus ordenou (Mt. 28.19-21).

(Classe ...) O professor(a), tem propósitos no ensino: ganhar almas para Jesus, desenvolver a
espiritualidade dos alunos e treinar os alunos para a vida e para o serviço do Mestre.

(Classe ...) O professor(a), deve ter preparo espiritual (l Pedro 3.15), intelectual, social, físico, ser
disciplinado, paciente, dedicado, comprometido e pontual.

(Classe ...) O material usado pelo professor(a), envolve a Bíblia, a revista da Escola Dominical, o
esboço da lição, as fontes de consulta, a arrumação da sala, as boas vindas aos alunos e
visitantes, os cumprimentos aos aniversariantes e a oração constante.

(Classe ...) O professor(a) tem seus métodos de ensino, podendo ser a preleção (Mt. 5.1),
perguntas e respostas, o método de discussão, da leitura, das tarefas, o demonstrativo e o
audiovisual.

(Todo o Departamento Infantil) O professor(a) pode usar como acessórios de ensino: quadro,
gravuras, flanelógrafo, projetor, transparência, slides, mapas bíblicos, livros de trabalho, manuais,
lápis de cores e cartolina.

(Classe ...) O professor(a) precisa ser crente fiel, vestir a camisa de discipulador de Cristo,
assíduo, preparar-se com antecedência para as aulas, e entender a Escola Dominical como
prioritária e fundamental na construção do reino de Deus.

(Superintendência) Afinal a Escola Dominical, está trabalhando no sentido de levar seus alunos
à estatura e semelhança de Cristo (Ef. 4. 11-16) e para isto os professores são guia e modelo. O
que ensina, esmere-se em fazê-lo (Rm 12.7b).

TODOS - “Queridos professores da Escola Dominical da Igreja Presbiteriana de ...., nós


agradecemos a Deus por suas vidas e somos gratos por todo o ensino que nos têm dispensado.
Abençoados sejam vocês pelo Senhor, constantemente, por tudo que fazem por nós!”
ESCOLA DOMINICAL - Poesia

Há uma Escola bendita


Onde se aprende a verdade,
Traz a mensagem inaudita
Da graça e da liberdade.
Nesta Escola conhecemos
O que fizeram os heróis,
Cujas vidas bem sabemos
São para nós qual faróis.
Vidas como a de Sansão,
De Moisés e de Josué,
Que nos falam ao coração
E nos incitam à fé.
Uma história tão bonita
É a do jovem Daniel,
De Ruth, a moabita
E do justo irmão Abel.
Também temos a história
Do puro e manso José,
Cujo exemplo, na memória,
Nos mantém sempre em pé.
Uma vida bem formada,
Sempre nela se advinha
De Dorcas, a bem-amada
E de Ester, a rainha.
Vidas assim consagradas
Para a Deus Pai servir.
Muitas mais nos são mostradas,
São exemplos a seguir.
Nesta Escola assim se aprende
A Jesus a gente amar,
Quem não vem se arrepende,
A Deus não vai agradar.
Esta Escola benfazeja,
De valor tão sem igual,
Vive aqui bem nesta Igreja,
É a Escola Dominical! Escrito por Wally Alves Fernandes
Jogral para 6 pessoas

1,2,3-Há escolas
4,5,6-e escolas...
1-Escolas que esquecem,
4-escolas que se recordam.
2,3-Umas nos trazem lembranças
1-desagradáveis e tristes.
4,5-Outras evocam recordações
6-saudosas e alegres.
1,2,3-Há escolas
4,5,6-escolas...
1-A escola primária
2-da meninice.
3-da peraltice
4-do bê-a-bá.
5-Da primeira professora,
6-do ansiado recreio
1,2,3-da merenda comida às pressas.
4,5,6-É o tempo mais gostoso
1,6-em que se aprende brincando
2,4-em que se vai à escola
3,5-pendurado nos braços da mãe.
6-São tempos que não voltammais...
1,2,3-Tempos que se apagam na areia da vida...
1,2,3-Há escolas
4,5,6-e escolas...
4-A escola secundária do tempo da adolescência
1-irriquieta,cheia de irreverência
5-e das indagações apressadas.
6-É o tempo da dúvida incômoda,
1-do primeiro namoro,
2-do desapego aos pais.
4-Tempos críticos
5,6-que deixam sulcos na personalidade.
1,2,3-Há escolas
4,5,6-e escolas...
1-A escola dos pais,
5,6-a escola dos amigos,
2-a escola da consciência,
3-a da razão e a do coração.
4,5,6-Todas deixam sua marca e forte impressão.
1,2,3-Há escolas
4,5,6-e escolas...
2-A escola do sofrimento, da dor
5-da angústia,da ansiedade, da expectativa...
6-Deixam lições,mas nos desgastam.
1-Diplomam seus alunos,mas exigem máximo esforço.
4,5-É a escola da vida
2,3-que continua suas provas
4-sem nunca chegar ao fim...

1,2,3-Há escolas
4,5,6-e escolas...
1,2,3-Umas nos iniciam.
4,5,6-outras dão continuidade...
1,2,3-Numas aprendemos.
4,5,6-noutras praticamos.
1,3-Mas todas se preocupam apenas com a razão...
4,5-Acumulam sobre nós conhecimento,
6-influenciam nossos pesamentos.
1,2,3,4,5,6-Mas são apenas escolas,escolas apenas...
1,2,3-Há uma escola
4,5,6-que é mas que uma escola...
1-É o laboratório da vida,
2-é um instintodo céu,
3-é um colégio de amor...
4,5-Nela se aprende
6-para a vida e para a eternidade.
1,4-Nela se fala
5-do presente e do futuro,
3-do pecado e da salvação,
6-do tentador e do Pai,
2-da tristeza e do perdão.
1,2,3-É uma escola,
4,5,6-mais que uma escola...
1-Não tem limite de idade,
2-não tem férias,
3-não tem preconceitos.
5,6-Fala desta vida
2,3-e prepara para o futuro
4-É a escola em que todos aprendem,
1-professores e alunos,
2,3-porque só tem um Mestre,
5,6-infalível,eterno,divino;
1,2,3,4,,5,6-Nosso Senhor Jesus Cristo.
1,2,3-Há uma escola
4,5,6-que é mais que uma escola...
1,2,3,4,5,6-É A ESCOLA DOMOINCAL!

(Maria Conceição Campos Franco SAF Vargem Alegre MG)


ENTREVISTA COM DONA ESCOLA DOMINICAL

(texto publicado na revista Voz Missionária adaptado por Rosete de Andrade)

( Entra um grupo de crianças):

Criança: Dona Escola Dominical, sabemos que hoje é seu aniversário. Queremos lhe dar os
parabéns e também conversar... podemos fazer uma entrevista?

Escola Dominical: Pois não, meus alunos e alunas! Que bom vocês terem lembrado! Sentem-se e
digam o que vocês gostariam de saber?

( As crianças se sentam e cada uma pega papel e lápis, como se fossem anotar a entrevista).

Criança: Gostaríamos que a senhora nos contasse um pouco sobre sua origem.

Escola Dominical (deve ser acompanhada com música bem suave):


- Ah... isso foi há muito tempo lá na Inglaterra. Era o ano de 1769. Eu nasci do sonho de uma
jovem metodista chamada Hanna Ball. Nasci do amor, e do compromisso dos metodistas com a
criançada empobrecida do século XVIII. Hanna, apoiada pelo Pastor John Wesley e muitas outras
educadoras metodistas, que foram colaborando com o movimento, desenvolveram formas
inéditas para alcançar essas crianças.
Era um tempo difícil, as famílias eram numerosas e trabalhavam muitas horas por dia. As
crianças também trabalhavam de segunda a sábado. No domingo, único dia em que estavam
livres do pesado trabalho, perambulavam soltas pelas ruas.
Hanna resolveu então juntar essas crianças no domingo para ensinar sobre o amor de Deus.
Além da Bíblia, ela as ensinava a ler e escrever, ensinava também matemática e dava-lhes
noções de higiene.

Criança: Tudo isso na Escola Dominical?

Escola Dominical: É, naquele tempo somente as crianças filhas das famílias mais ricas iam para a
Escola, por isso a preocupação de ministrar todos esses conteúdos. As crianças passavam
praticamente todo o dia de domingo aqui, na Escola Dominical.

Criança: Gente, que legal. Eu não sabia que a Senhora tinha nascido na nossa Igreja Metodista...
Como foi que se espalhou o movimento?

Escola Dominical:
Bem, o tempo foi passando, o grupo foi crescendo e aos poucos os resultados começaram a
aparecer. Aqueles encontros começavam a fazer diferença na vida daquelas crianças! As
pessoas viam os bons resultados e passavam a acreditar e apoiar o projeto. Foram surgindo
outros grupos, outras Escolas Dominicais!!
Em 1780, um outro jovem chamado Roberto Raikes, jornalista em Gloucester, também na
Inglaterra, deu um grande impulso ao movimento das Escolas Dominicais. Ele herdou de seu pai
um jornal e a situação dos meninos jornaleiros começou a preocupá-lo: tão pequenos e já
trabalhando; vendendo seu jornal muitas vezes na chuva e no frio. Sem instrução, crescendo nas
ruas em meio a vícios e crimes...
Robert sentiu um profundo desejo de ajudá-los. Ele queria contribuir para que aquelas crianças
tivessem alguma oportunidade de se tornarem pessoas úteis e felizes.
Assim, começou a reuni-los na Escola Dominical. Quatro anos depois, Robert Rakes recebeu o
título de "Benfeitor dos Pobres", e já haviam Escolas Dominicais espalhadas por toda a Inglaterra.

Criança: Puxa, deu resultado mesmo, heim? E no Brasil, quando começou? Como foi que
aconteceu?
Escola Dominical: Ah, no Brasil, a nossa primeira Escola Dominical também se deve à Igreja
Metodista. A primeira Escola Dominical em nossa terra foi fundada pelo Rev. Justin Spauding, um
missionário metodista, em junho de 1836. Infelizmente ele teve de retornar aos EUA e as
reuniões da Escola Dominical foram suspensas. Quase 20 anos depois, em 1855, foi que o
missionário congregacional Robert Kalley, fundou sua escola Dominical em Petrópolis.
Os metodistas também foram os pioneiros na publicação de revistas para a Escola Dominical. O
missionário metodista John James Ransom, que retoma o trabalho metodista no Brasil em 1875,
além de fundar o jornal Expositor Cristão, publica também logo depois de sua chegada as revistas
“A NOSSA GENTE PEQUENA”, para crianças, e “A ESCOLA DOMINICAL”, para adultos.

Criança: É, faz muito tempo! Qual o segredo para continuar atraindo sempre tantas pessoas?

Escola Dominical: Esta é uma boa pergunta, meu filho. Realmente já estou com mais de duzentos
anos... Mas o segredo é que eu me "renovo como a águia". As pessoas que vem aprender
comigo são de todas as idades, por isso meu programa tem que ser continuamente atualizado e
adequado a todas as idades. Não envelheço porque caminho sempre junto com os meus alunos e
alunas.

2ª Criança: E as coisas costumam acontecer exatamente como o planejado?

Escola Dominical: Ah, infelizmente não! Existem muitas coisas que atrapalham o meu bom
funcionamento. Naturalmente, agora não dá para lhes dizer tudo...

Criança: Sim, mas a senhora podia nos falar um pouco sobre as dificuldades que vem
enfrentando?

Escola Dominical: Está bem. Vocês sabem que vivemos na Escola Dominical como em uma
família, não é? Quando, às vezes, nos esquecemos disso, então eu não posso ir muito bem. Há
outras dificuldades... Quando, por exemplo, os professores não se preparam bem para
desenvolver sua missão; ou quando os alunos não estudam a lição em casa e conseqüentemente
não contribuem muito no estudo em classe; quando os horários não são respeitados... Eu não me
sinto nada bem quando as pessoas não me levam a sério! E há ainda aqueles que fazem de
conta que eu não existo: não estão nem aí para mim.

Criança: A senhora deve ficar muito triste quando estas coisas acontecem, não?

Escola Dominical: Olha, fico muito, muito triste! (Agora com a voz mais animada:) Mas há também
as muitas coisas boas que compensam: pessoas realmente preocupadas em estudar a Bíblia e
conhecer qual a vontade de Deus para as suas vidas; os grupos se preparando para melhor servir
a Deus; o Ministério da Escola Dominical se reunindo para planejar e avaliar as minhas
atividades... Esta é a receita para que eu caminhe bem.

SEGUNDA PARTE - TESTEMUNHOS:

01 representante de cada segmento (01 criança, 01 jovem, 01 pai ou mãe falando do atendimento
que o/a filho/a recebe, 01 idoso) partilhando sobre o que represente a ED na sua vida, o que
acrescenta, etc. Quem sabe contar uma história que marcou...

Criança: Dona Escola Dominical, antes de irmos embora gostaríamos que a senhora soubesse
que estamos muito felizes pelo fato da senhora existir e pela alegria que temos em conhecê-la e
aprender de Jesus e da vida com a senhora!

Criança: Temos aprendido muitas coisas...


Criança: Temos aprendido a ser mais amigos e companheiros;

Criança: Temos aprendido a dar nossa contribuição para construirmos um mundo mais feliz como
Deus quer;

Criança: É... a senhora tem nos ajudado a crescer como Jesus: em estatura, sabedoria e graça.

Criança: Damos graças a Deus porque podemos contar com a senhora, Dona Escola Dominical!
E porque a cada domingo podemos estar aqui para aprender mais.

Criança: Em nome de todas as crianças a quem a senhora ajuda queremos lhe agradecer.

Criança: Em nome de toda família que a senhora orienta queremos lhe falar da nossa felicidade.

Criança: Em nome de toda a Igreja de Jesus queremos lhe dar os parabéns por mais este
aniversário. Como presente preparamos uma música em sua homenagem, esperamos que goste
e que anime ainda mais nossos encontros dominicais.

Música: Domingo é um dia especial (CD Missão:Aventura Possível)

Terceiro Momento (logo após os testemunhos):

Escola Dominical: Muito obrigada, crianças! Quero cumprimentar a todos aqueles que de alguma
forma contribuem para o meu bom funcionamento: professores, coordenadores, alunos. Sem a
ajuda de todos vocês, eu não poderia existir.
Sem o empenho e o compromisso de todos vocês eu não cumpriria a contento minha missão
enquanto agência de formação da Igreja, enquanto espaço de reflexão bíblica e preparação para
o ministério para o qual Deus tem chamado a cada um.
E se você ainda não é meu aluno, experimente participar e descubra o quanto nossos encontros
são especiais.
Histórico da Escola Dominical

A minúscula semente de mostarda que se transformou numa grande árvore


A história da Escola Dominical
Por Ruth Doris Lemos:
Sentado a sua mesa de trabalho num domingo em outubro de 1780 o dedicado jornalista Robert Raikes
procurava concentrar-se sobre o editorial que escrevia para o jornal de Gloucester, de propriedade de seu pai.
Foi difícil para ele fixar a sua atenção sobre o que estava escrevendo pois os gritos e palavrões das crianças que
brincavam na rua, debaixo da sua janela, interrompiam constantemente os seus pensamentos. Quando as brigas
tornaram-se acaloradas e as ameaças agressivas, Raikes julgou ser necessário ir à janela e protestar do
comportamento das crianças. Todos se acalmaram por poucos minutos, mas logo voltaram às suas brigas e
gritos.

Robert Raikes contemplou o quadro em sua frente; enquanto escrevia mais um editorial pedindo reforma no
sistema carcerário. Ele conclamava as autoridades sobre a necessidade de recuperar os encarcerados,
reabilitando-os através de estudo, cursos, aulas e algo útil enquanto cumpriam suas penas, para que ao saírem da
prisão pudessem achar empregos honestos e tornarem-se cidadãos de valor na comunidade. Levantando seus
olhos por um momento, começou a pensar sobre o destino das crianças de rua; pequeninos sendo criados sem
qualquer estudo que pudesse lhes dar um futuro diferente daquele dos seus pais. Se
continuassem dessa maneira, muitos certamente entrariam no caminho do vício, da
violência e do crime.

A cidade de Gloucester, no Centro-Oeste da Inglaterra, era um pólo industrial com grandes fábricas de têxteis.
Raikes sabia que as crianças trabalhavam nas fábricas ao lado dos seus pais, de sol a sol, seis dias por semana.
Enquanto os pais descansavam no domingo, do trabalho árduo da semana, as crianças ficavam abandonadas nas
ruas buscando seus próprios interesses. Tomavam conta das ruas e praças, brincando, brigando, perturbando o
silêncio do sagrado domingo com seu barulho. Naquele tempo não havia escolas públicas na Inglaterra, apenas
escolas particulares, privilégio das classes mais abastadas que podiam pagar os custos altos. Assim, as crianças
pobres ficaram sem estudar; trabalhando todos os dias nas fábricas, menos aos domingos.

Raikes sentiu-se atribulado no seu espírito ao ver tantas crianças


desafortunadas crescendo desta maneira; sem dúvida, ao atingir a
maioridade, muitas delas cairiam no mundo do crime. O que ele poderia
fazer?

Por um futuro melhor

Sentado a sua mesa, e meditando sobre esta situação, um plano nasceu na sua mente. Ele resolveu fazer
algo para as crianças pobres, que pudesse mudar seu viver, e garantir-lhes um futuro melhor! Pondo ao
lado seu editorial sobre reformas nas prisões, ele começou a escrever sobre as crianças pobres que
trabalhavam nas fábricas, sem oportunidade para estudar e se preparar para uma vida melhor. Quanto
mais ele escrevia, mais sentia-se empolgado com seu plano de ajudar as crianças. Ele resolveu neste
primeiro editorial somente chamar atenção à condição deplorável dos pequeninos, e no próximo ele
apresentaria uma solução que estava tomando forma na sua mente.

Quando leram seu editorial, houve alguns que sentiram pena das crianças, outros que acharam que o
jornal deveria se preocupar com assuntos mais importantes do que crianças, sobretudo, filhos dos operários pobres! Mas Robert Raikes tinha um
sonho e este estava enchendo seu coração e seus pensamentos cada vez mais! No editorial seguinte, expôs seu plano de começar aulas de
alfabetização, linguagem, gramática, matemática, e religião para as crianças, durante algumas horas de domingo. Fez um apelo, através do
jornal, para mulheres com preparo intelectual e dispostas a ajudar-lhes neste projeto, dando aulas nos seus lares. Dias depois um sacerdote
anglicano indicou professoras da sua paróquia para o trabalho.

O entusiasmo das crianças era comovente e contagiante. Algumas não aceitaram trocar a sua liberdade de domingo, por ficar sentadas na sala de
aula, mas eventualmente todos estavam aprendendo a ler, escrever e fazer as somas de aritmética. As histórias e lições bíblicas eram os
momentos mais esperados e gostosos de todo o currículo. Em pouco tempo, as crianças aprenderam não somente da Bíblia, mas lições de moral,
ética, e educação religiosa. Era uma verdadeira educação cristã.

Robert Raikes, este grande homem de visão humanitária, não somente fazia campanhas através de seu jornal para angariar doações de material
escolar, mas também agasalhos, roupas, sapatos para as crianças pobres, bem como mantimentos para preparar-lhes um bom almoço aos
domingos. Ele foi visto freqüentemente acompanhado de seu fiel servo, andando sob a neve, com sua lanterna nas noites frias de inverno. Raikes
fazia isto nos redutos mais pobres da cidade para levar agasalho e alimento para crianças de rua que morreriam
de frio se ninguém cuidasse delas; conduzindo-as para sua casa, até encontrar um lar para elas.

As crianças se reuniam nas praças, ruas e em casas particulares. Robert Raikes pagava um pequeno salário às
professoras que necessitavam, outras pagavam suas despesas do seu próprio bolso. Havia, também, algumas
pessoas altruistas da cidade, que contribuíam para este nobre esforço.

Movimento mundial

No começo Raikes encontrou resistência ao seu trabalho, entre aqueles que ele menos esperava - os líderes das
igrejas. Achavam que ele estava profanando o domingo sagrado e profanando as suas igrejas com as crianças
ainda não comportadas. Havia nestas alturas algumas igrejas que estavam abrindo as suas portas para classes
bíblicas dominicais, vendo o efeito salutar que estas tinham sobre as crianças e jovens da cidade. Grandes
homens da igreja, tais como João Wesley, o fundador do metodismo, logo ingressaram entusiasticamente na obra
de Raikes, julgando-a ser um dos trabalhos mais eficientes para o ensino da Bíblia.

As classes bíblicas começaram a se propagar rapidamente por cidades vizinhas e, finalmente, para todo o país. Quatro anos após a fundação, a
Escola Dominical já tinha mais de 250 mil alunos, e quando Robert Raikes faleceu em 1811, já havia na Escola Dominical 400 mil alunos
matriculados.
A primeira Associação da Escola Dominical foi fundada na Inglaterra em 1785, e no mesmo ano, a União das Escolas Dominicais foi fundada
nos Estados Unidos. Embora o trabalho tivesse começado em 1780, a organização da Escola Dominical em caráter permanente, data de 1782. No
dia 3 de novembro de 1783 é celebrada a data de fundação da Escola Dominical. Entre as igrejas protestantes, a Metodista se destaca como a
pioneira da obra de educação religiosa. Em grande parte, esta visão se deve ao seu dinâmico fundador João Wesley, que viu o potencial espiritual
da Escola Dominical e logo a incorporou ao grande movimento sob sua liderança.

A Escola Bíblica Dominical surgiu no Brasil em 1855, em Petrópolis (RJ). O jovem casal de missionários escoceses, Robert e Sarah Kalley,
chegou ao Brasil naquele ano e logo instalou uma escola para ensinar a Bíblia para as crianças e jovens daquela região. A primeira aula foi
realizada no domingo, 19 de agosto de 1855. Somente cinco participaram, mas Sarah, contente com “pequenos começos”, contou a história de
Jonas, mais com gestos,do que palavras, porque estava só começando a aprender o português. Ela viu tantas crianças pelas ruas que seu coração
almejava ganhá-las para Jesus. A semente do Evangelho foi plantada em solo fértil.

Com o passar do tempo, aumentou tanto o número de pessoas estudando a Bíblia, que o missionário Kalley iniciou aulas para jovens e adultos.
Vendo o crescimento, os Kalleys resolveram mudar para o Rio de Janeiro, para dar uma continuidade melhor ao trabalho e aumentar o alcance
do mesmo. Este humilde começo de aulas bíblicas dominicais deu início à Igreja Evangélica Congregacional no Brasil.

No mundo há muitas coisas que pessoas sinceras e humanitárias fazem sem pensar ou imaginar a extensão de influência que seus atos podem ter.
Certamente, Robert Raikes nunca imaginou que as simples aulas que ele começou entre crianças pobres e analfabetas da sua cidade, no interior
da Inglaterra, iriam crescer para ser um grande movimento mundial. Hoje, a Escola Dominical conta com mais de 60 milhões de alunos
matriculados, em mais de 500 mil igrejas protestantes no mundo. É a minúscula semente de mostarda plantada e regada, que cresceu para ser
uma grande árvore cujos galhos estendem-se ao redor do globo.

Ruth Dorris Lemos é missionária norte-americana em atividade no Brasil, jornalista, professora de Teologia e uma das fundadoras do Instituto
Bíblico da Assembleia de Deus (IBAD), em Pindamonhangaba (SP)

A CPAD e a Escola Dominical

A CPAD tem uma trajetória marcante na Escola Dominical das igrejas brasileiras. As primeiras revistas começaram a
ser publicadas em forma de suplemento do primeiro periódico das Assembleias de Deus – jornal Boa Semente, que
circulou em Belém, Pará, no início da década de 20. O suplemento era denominado Estudos Dominicais, escritos pelo
missionário Samuel Nystrom, pastor sueco de vasta cultura bíblica e secular, e com lições da Escola Dominical em
forma de esboços, para três meses. Em 1930, na primeira convenção geral das Assembleias de Deus realizada em
Natal (RN) deu-se a fusão do jornal Boa Semente com um outro similar que era publicado pela igreja do Rio de
Janeiro, O Som Alegre, originando o MENSAGEIRO DA PAZ. Nessa ocasião (1930) foi lançada no Rio de Janeiro a
revista Lições Bíblicas para as Escolas Dominicais. Seu primeiro comentador e editor foi o missionário Samuel
Nystrom e depois o missionário Nils Kastberg.

Nos seus primeiros tempos a revista Lições Bíblicas era trimestral e depois passou a ser semestral. As razões disso
não eram apenas os parcos recursos financeiros, mas principalmente a morosidade e a escassez de transporte de
cargas, que naquele tempo era todo marítimo e somente costeiro; ao longo do litoral. A revista levava muito tempo
para alcançar os pontos distantes do país. Com a melhora dos transportes a revista passou a ser trimestral.

Na década de 50 o avanço da CPAD foi considerável. A revista Lições Bíblicas passou a ter como comentadores homens de Deus como Eurico
Bergstén, N. Lawrence Olson, João de Oliveira, José Menezes e Orlando Boyer. Seus ensinos seguros e conservadores, extraídos da Bíblia,
forjaram toda uma geração de novos crentes. Disso resultou também uma grande colheita de obreiros para a seara do Mestre.

As primeiras revistas para as crianças só vieram a surgir na década de 40, na gestão do jornalista e escritor Emílio Conde, como editor e redator
da CPAD. A revista, escrita pelas professoras Nair Soares e Cacilda de Brito, era o primeiro esforço da CPAD para melhor alcançar a população
infantil das nossas igrejas. Tempos depois, o grande entusiasta e promotor da Escola Dominical entre nós, pastor José Pimentel de Carvalho,
criou e lançou pela CPAD uma nova revista infantil, a Minha Revistinha , que por falta de apoio, de recursos, de pessoal, e de máquinas
apropriadas, teve vida efêmera.

Usava-se o texto bíblico e o comentário das Lições Bíblicas (jovens e adultos) para todas as idades. Muitos pastores, professores e alunos da
Escola Dominical reclamavam das dificuldades insuperáveis de ensinar assuntos sumamente difíceis, impróprios e até inconvenientes para os
pequeninos.

Escola Bíblica no Rio de


Janeiro, em abril de 1946

Na década de 70 acentuava-se mais e mais a necessidade de novas


revistas para a Escola Dominical, graduadas conforme as diversas
faixas de idade de seus alunos. Isto acontecia, principalmente, à
medida que o CAPED (Curso de Aperfeiçoamento de Professores
da Escola Dominical), lançado pela CPAD em 1974, percorria o
Brasil. Missionário Eurico Bérgsten e esposa
Foi assim que, também em 1974, com a criação do Departamento
de Escola Dominical (atual Setor de Educação Cristã), começa-se a
planejar e elaborar os diversos currículos bíblicos para todas as
faixas etárias, bem como suas respectivas revistas para aluno e
professor, e também os recursos visuais para as idades mais baixas.
O plano delineado em 1974 e lançado na gestão do pastor Antônio
Gilberto, no Departamento de Escola Dominical, foi reformulado e
relançado em 1994 na gestão do irmão Ronaldo Rodrigues, Diretor
Executivo da CPAD, de fato, só foi consumado em 1994, depois
que todo o currículo sofreu redirecionamento tendo sido criadas
novas revistas como as da faixa dos 15 a 17 anos e as do
Discipulado para novos convertidos, desenhados novos visuais,
aumentado a quantidade de páginas das revistas de alunos e mestres
e criado novo padrão gráfico-visual de capas e embalagem dos
Missionário Samuel Nyström
visuais.

Após duas edições das revistas e currículos (1994 a 1996 e 1997 a


1999), a CPAD apresentou em 2000, uma nova edição com grandes
novidades nas áreas pedagógicas, gráficas e visuais.
Em 2007, mais uma vez a CPAD sai na frente com a publicação do
novo currículo (vigente) — fundamentado nas atuais concepções e
pressupostos da Didática, Pedagogia e Psicologia Educacional.

 
Revistas antigas

Você também pode gostar