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Titulo: EFEITOS DA CRIOTERAPIA E COLOR SUPERFICIAL SOBRE A FORÇA

DE PREENSÃO PALMAR, SENSIBILIDADE CUTÂNEA PALMAR E TEMPO DE


REAÇÃO, EM ADULTOS JOVENS.

A crioterapia e a termoterapia são recursos fisioterapêuticos amplamente


utilizados na pratica clinica, possuindo, em muitos casos objetivos similares. A
crioterapia é o uso do frio como tratamento, com temperaturas que variam entre 0 e 18,3
°C (FREIRE et.al, 2015). Existem diferentes formas de aplicação de crioterapia como
compressas frias, massas de gelo, e por imersão em água fria. Seus efeitos são:
diminuição do metabolismo, diminuição do fluxo sanguíneo e analgesia; aumento do
limiar e tolerância a dor; redução da velocidade das fibras nervosas aferentes, sensoriais
e motoras, com queda da função reflexiva e motora (GREGORIO et al, 2014). Já a
termoterapia é a aplicação do calor de forma terapêutica, dividida em duas modalidades
calor superficial (ex.: bolsas quentes e banho de parafina) e calor profundo (diatermia,
ultrassom), tendo como efeitos o aumento da temperatura do musculo, aumento da
circulação local, aumento do metabolismo, aumenta da elasticidade e diminuição da
viscosidade do tecido conjuntivo, analgesia (COSTA et al, 2017; FELICE e
SANTANA, 2009). Embora ambos tenham efeito analgésico, os benefícios não são
produzidos de forma similar e o mecanismo de analgesia produzida pelo calor ainda não
foi completamente esclarecido (FELICE e SANTANA, 2009).

Na pele se encontram estruturas, os receptores cutâneos, que percebem os


estímulos aplicados sobre ela, transformam essa energia em impulsos nervosos, que são
transmitidos à medula e enviados para o córtex cerebral. Dentre estes receptores há os
termoceptores, os mecanoceptores e os nociceptores polimodais, os quais podem ter sua
resposte influenciada por estimulação térmica (CARVALHO e CHIERICHETTI, 2006).
Devido as suas peculiaridades, tanto o resfriamento quanto o aquecimento tecidual, tem
efeitos sobre o sistema neuromuscular, tendo efeito sobre a força e sobre o desempenho
muscular, efeitos estes que ainda não foram bem esclarecidos (ESTEVAM et al., 2015).
A força de preensão palmar (FPP) pode ser utilizada como um indicador da força
corporal global em testes de funcionalidade e de aptidão física. Sabe-se que a imersão
em gelo diminui significativamente a FPP (BARBOSA et al., 2013), mas ainda não foi
realizado nenhum estudo que compare os efeitos do calor superficial e da crioterapia
sobre esse parâmetro.
Com base no que foi exposto e devido a quantidade reduzida de estudos que
analise os efeitos dessas terapias sobre a funcionalidade dos membros superiores,
especialmente em relação a termoterapia, este estudo terá como objetivo comparar os
efeitos da crioterapia por imersão e termoterapia por calor superficial sobre a
sensibilidade cutânea palmar, a força de preensão palmar, e o tempo de reação em
indivíduos jovens saudáveis.
REFERENCIAS

BARBOSA, Luana et al. Efeitos da imersão em gelo na força de preensão palmar em


adultos jovens. Acta fisiátrica, v. 20, n. 3, p. 138-141, 2016.

CARVALHO, Gustavo A.; CHIERICHETTI, Heloisa Sousa L. Avaliação da


sensibilidade cutânea palmar nas aplicações de crioterapia por bolsa de gelo e bolsa de
gel. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 14, n. 2, p. 23-32, 2008.

COSTA, Leonardo Oliveira Pena et al. Efeitos do aquecimento por ultra-som e


atividade física aeróbica na flexibilidade do tríceps sural humano – um estudo
comparativo. Fisioterapia em Movimento, v. 19, n. 2, ago. 2017

ESTEVAM, Dayane de Oliveira et al . Efeitos do resfriamento e aquecimento articular


no desempenho funcional do ombro. Rev Bras Med Esporte, São Paulo , v. 21, n.
3, p. 168-172, June 2015.

FELICE, Thais Duarte; SANTANA, Lidianni Rosany. Recursos Fisioterapêuticos


(Crioterapia e Termoterapia) na espasticidade: revisão de literatura. Revista
Neurociências, v. 17, n. 1, p. 57-62, 2009.

FREIRE, Thiago Rocha et al . Análise do desempenho físico e do equilíbrio sob


influência da crioterapia em atletas de futsal. Rev Bras Med Esporte, São Paulo, v.
21, n. 6, p. 480-484, Dec. 2015.

GREGORIO, Odair Aparecido et al . Influência do tempo de aplicação da crioterapia na


sensibilidade cutânea. Rev. dor, v. 15, n. 1, p. 9-12, Mar. 2014.

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