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ÍNDICE
1- Introdução..........................................................................................................03
2- Elementos Fundamentais.................................................................................05
3- Cálculos no Beneficiamento.............................................................................08
4- Beneficiamentos Primários..............................................................................13
5- Histórico sobre Beneficiamentos Secundários...............................................30
6- Conceito de Cor................................................................................................37
7- Conceito de Colorimetria................................................................................43
8- Aplicações da Colorimetria.............................................................................48
9- Fibras Têxteis...................................................................................................49
10- Classificação dos Corantes..............................................................................62
11- Tensoativos........................................................................................................63
12- Máquinas de Tingimento.................................................................................70
13- Princípios Gerais do Tingimento....................................................................78
14- Branqueamento Ótico......................................................................................85
15- Controle de Qualidade dos Tingimentos........................................................89
16- O Tingimento....................................................................................................90
17- Tingimento da Lã..............................................................................................96
18- Tingimento do Acetato...................................................................................101
19- Tingimento do Poliéster.................................................................................104
20- Tingimento do Poliéster com Celulósicas.....................................................118
21- Tingimento da Poliamida...............................................................................124
22- Tingimento do Acrílico...................................................................................131
23- Tingimento de Micro Fibras..........................................................................138
24- Tingimento com Corantes Diretos................................................................143
25- Tingimento com Corantes Reativos..............................................................151
26- Tingimento com Corantes Sulfurosos...........................................................175
27- Tingimento com Corantes à Tina..................................................................182
28- Tingimento com Corantes Indigosol.............................................................189
29- Tingimento com Corantes Azóicos................................................................191
30- Tingimento de Fibras Mistas.........................................................................198
31- Aspectos Econômicos .....................................................................................210
32- Bibliografia......................................................................................................215
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• Polímeros
• Fiação
• Tecelagem
• Malharia
• Confecção
• Beneficiamento
1.1- Sistema
• Beneficiamento Primário
• Beneficiamento Secundário
• Beneficiamento Terciário ou Final
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1.2- Tratamento
1-São aqueles que empregam a água como solvente, que solubiliza ou dispersa
os insumos e se comporta como veículo, conduzindo os insumos para o substrato têxtil,
resultando daí o benefício.
2-São aqueles que utilizam elementos da física para produzir o beneficio. Esses
elementos são inerentes ao maquinário, exemplo: atrito, pressão, calor, chama e corte.
3-São aqueles nos quais são empregados uns solventes orgânicos, que possui a
finalidade de solvente e ao mesmo tempo de insumo, por exemplo o percloroetileno.
4-É aquele que independe da quantidade de solvente, podendo este ser água ou
solvente orgânico ou ainda uma mistura de ambos, quando aplicada junto a outros
insumos é suficiente tão somente para umedecer o substrato têxtil.
1.3- Processo
1.4- Operação
A operação nos indica a forma pela qual o substrato esta sendo beneficiado. Esta
forma pode se dar da seguinte forma:
• Operação Física: Neste caso o beneficio é realizado por meio de fenômenos
físicos.
• Operação Química: Neste caso o beneficio se dá por meio de reações químicas.
• Operação Biológica: Neste caso o beneficio ocorre por meio de Organismos
Vivos
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• Gás Natural
• Óleos derivados de Petróleo BPF -
• Energia Elétrica.
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2.3- Solventes
2.4- Insumos
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Portanto, uma relação de banho (RB) igual a 1:5, significa dizer que:
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Exemplo:
• massa de substrato = 100 kg
• volume de banho = 500 litros
• 2% de corante
• 20 g/l sulfato de sódio
• 1 ml/l umectante
cálculo do corante
Como a concentração de corante é dada em porcentagem, deve ser sempre
relacionada com a massa de substrato. Portanto:
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• Pick up = 70%
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Exemplo:
• de uma Solução 1:10
• Preparar 500 ml de solução 1:50
Portanto:
50 / 10 = diluição em 5 vezes, que corresponde a uma diluição 1:5
O volume necessário de solução 1:10 para preparar 500 ml de solução 1:50 será:
500/5 = 100 ml de solução 1:10
Insumos 1 2 3 4
Sol. corante amarelo 1:100 18 ml 18 ml 20 ml 20 ml
Sol. corante azul 1:100 5 ml 5,5 ml 5,5 ml 6,0 ml
Sol. umectante 1:50 5 ml 5 ml 5 ml 5 ml
Sulfato de sódio 1:5 10 ml 10ml 10ml 10mI
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4.1- Chamuscagem
4.2- Desengomagem
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Desde 1980 este novo tipo de Amilase Bacteriana termo-estável, vem sendo
oferecida no mercado, apresentando-se com sensíveis vantagens em relação às enzimas
do tipo convencional.
Características de uso:
• Temperatura; 60-850C (impregnação) e 950C (esgotamento)
• pH : 7,0 - 8,0
• Não há necessidade de utilizar sal durante a desengomagem, uma vez que são
mais resistentes às temperaturas elevadas. Apresenta maior compatibilidade com
agentes de umectação e, conseqüentemente, podem ser utilizadas em conjunto
com umectantes aniônicos.
• Processos de aplicação: graças à sua maior estabilidade podem ser utilizadas em
todos os processos convencionais (como pad-batch), mas também em processos
de equipamentos que trabalham com ou sem vapor e em altas temperaturas,
como pad-roll, pad-steam, bem como por esgotamento.
• Concentração da enzima;
• pH;
• Temperatura;
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pH: uma vez que o pH pode mudar a forma de uma proteína, as enzimas também
têm seu pH ideal de atuação.
SPOT TEST (teste rápido por gotejamento da solução de iodo sobre o tecido).
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Princípio:
4.3 Mercerização
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É fácil entender que a penetração da Sóda na fibra é um fator importante que irá
definir uma boa mercerização ou caustificação.
Vejamos, os fatores que influem na absorção da solução cáustica pela fibra:
• concentração do banho;
• viscosidade;
• temperatura;
• tempo;
• características do material têxtil;
• tensão aplicada;
• utilização de auxiliar de mercerização adequado.
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Concentração
Fica claro entender que somente em concentrações acima de 200 g/l de NaOH,
quando é aplicada tensão, consegue-se penetrar facilmente (aumento da velocidade) nas
regiões de difícil acesso.
A concentração de soda no banho influi também, no tipo de ligação química que
se forma entre a Celulose e a Sóda.
Viscosidade
Por outro lado, uma maior concentração implica num aumento de viscosidade,
que atua de forma negativa na penetração de Sóda na fibra.
Temperatura
Cabe aqui explicar que a temperatura implica na alteração de dois fatores no
inchamento da fibra. São eles:
• velocidade de penetração;
• formação de rede cristalina NaOH — celulose distinta com menor captação de
água e, portanto, menor inchamento.
Uma velocidade de penetração maior garante, de uma forma geral, uma melhor
uniformidade de mercerização. Por outro lado, trabalhar em temperatura elevada,
dependendo da concentração do banho, pode implicar na formação de Oxi-celulose
(degradação da fibra).
Tempo
Da mesma forma, temos que estar conscientes de que o tempo de contato é fator
primordial. Porém, não devemos esquecer que quando a celulose está em contato
prolongado com solução de Soda, sob a atmosfera contendo oxigênio pode iniciar a
formação de Oxi-celulose.
Tensão aplicada
Quanto maior a tensão, menor a facilidade de penetração da solução cáustica.
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• deve permitir a rápida penetração da Sóda até nas zonas de difícil acesso da
fibra;
• permitir a ação da Sóda ao longo de todo o material de forma homogênea;
• possuir ação dispersante das impurezas presentes no banho;
• apresentar facilidade de dissolução na preparação do banho;
• conservar sua eficiência por longo período;
• ter baixa tendência de formação de espuma;
• não ter alta afinidade com a fibra;
• ser facilmente removido do material por lavagem;
• não alterar a viscosidade do banho;
• resistir à alta alcalinidade do banho.
Brilho
A aparência do brilho é explicada pelo fato resultante de um inchamento sob
tensão, onde a fibra adquire formato mais regular com superfície mais lisa, refletindo
mais intensamente os raios de luz.
Uma intensidade maior ou menor do brilho é em função dos seguintes
parâmetros:
• concentração da lixívia;
• temperatura da lixívia;
• duração do tratamento;
• auxiliar de mercerização;
• tensão aplicada.
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Capacidade de absorção
Desde que a mercerização reordena regiões cristalinas, aumenta a acessibilidade
à fibra, resultando numa maior capacidade de absorção.
Vantagens
• brilho mais notável (intenso);
• dispensa a secagem intermediária;
• não necessita de uma refrigeração constante (da Soda).
Desvantagens
• contamina em maior proporção à lixívia com impurezas;
• não permite o reaproveitamento dos saldos de banho.
Vantagens
• aparência do tecido mais fechada;
• não contamina a lixívia com impurezas.
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Desvantagens
• antieconômico, devido à secagem intermediária;
• ocorre um leve amarelamento (alvejado);
• não favorece na intensidade do brilho.
Vantagens
• brilho mais superficial;
• eliminação de algodão morto;
• tonalidade mais brilhante.
Desvantagens
• alteração de tonalidade;
• acúmulo de resíduos de corantes nos banhos;
• toque mais seco e duro.
Vantagens
• dispensa a secagem intermediária;
• menor concentração de umectante.
Desvantagens
• implica na preparação de banho de reforço;
• controle rigoroso na concentração de lixívia;
• maior eficiência no sistema de refrigeração;
• atenção permanente com temperatura do banho de impregnação.
O substrato deve ser mantido sob tensão para evitar seu encolhimento, até a
remoção da Sóda Cáustica absorvida pela fibra.
A lavagem e a neutralização devem ser feitas com água quente nos primeiros
compartimentos (caixa); enxágüe a frio (contra corrente ou transbordamento);
neutralização.
Evitar a presença de água dura (sais de cálcio e magnésio), pois alteram o brilho
e podem provocar manchas de tingimento.
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4.3.13- Equipamentos
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Mercerizadeira de Fios
As meadas são colocadas nos braços tensores (hidráulico ou pneumático)
existentes na mercerizadeira e submetidas a uma tensão moderada, ao iniciar a operação
do processo. Posteriormente, são impregnadas com Sóda Cáustica pelo sistema de
imersão em cuba (bandeja), quando os tensores se abrem, provocando maior tensão nas
meadas.
Durante o processo de mercerização, as meadas passam por rolos espremedores,
garantindo assim, uma penetração uniforme da Sóda Cáustica no interior dos fios.
Após a impregnação (tempo de mercerização), as meadas são lavadas sob
tensão, com água quente, e enxaguadas com água fria.
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4.4- Caustificação
Dados Técnicos
• Material: tecidos de algodão
• Equipamento: foulard ou jigger
Procedimentos
Impregnar o material com soda cáustica, eliminar o excesso de banho,
acondicionar, descansar, lavar e neutralizar.
4.5- Limpeza
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Quando essas ceras, gorduras e óleos são aquecidos com solução de Sóda
Cáustica, elas se hidrolisam em glicerol e sal do ácido graxo correspondente. Esses sais
são solúveis em água e denominados “sabões”. Esta reação é chamada de saponificação.
Sabões
A molécula de um sabão é constituída por uma longa cadeia carbônica, tendo em
uma das extremidades o grupo carboxilato de sódio ou potássio.
O O
Cadeia C ou Cadeia C
O – Na O–K
4.6- Alvejamento
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Concentração
É medida em g/l ou % de Cloro ativo (Cl -, presente na solução de Hipoclorito de
Sódio).
Ex.: 20°Bé = 112,76 g/l de Cloro ativo
pH
Este produto é usado para branqueamento da celulose em condições de pH
variando de 10 a 12. O Hipoclorito de Sódio pela presença de álcali em sua composição,
quando colocado em solução aquosa apresenta pH alcalino. Em caso de necessidade de
correção de pH para maior estabilização dos banhos de longa permanência, o mais usual
é a adição de Carbonato de Sódio. Condições de pH inferiores propiciam a formação do
Ácido Hipocloroso (HOCl). Em valores de pH inferiores a 5, há liberação do gás cloro.
Abaixo de 3, há total desprendimento desse gás.
Existem textos que observam ser a condição de pH mais danosa a celulose, por
volta de 7. Entretanto, em nível de aplicação, condições de pH inferiores a 9 são
evitadas.
Temperatura
Normalmente utiliza-se temperatura ambiente, que como sabemos apresenta-se,
no Brasil, com variações que vão de 00C ( no inverno) a 500C (no verão), tendo em vista
as mais diversas regiões do País e no caso das máximas, ambientes interiores de fábrica.
Certamente, sob o ponto de vista teórico, uma aplicação sob estas diferentes
condições irá dar resultados diferentes. Sendo assim, ao dizermos temperatura ambiente,
dimensionamos 20 a 300C.
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Tempo
Está em função da forma de interação, da necessidade de branqueamento e da
própria resistência do material.
Concentração
• 35% = 130 volumes de oxigênio ativo
• 50% = 200 volumes de oxigênio ativo
Ferro
Presença indesejável, o elemento químico Ferro pode aparecer na água e no
substrato. Sabe-se que o mesmo exerce ação catalítica em presença de Peróxido de
Hidrogênio, provocando a oxidação da Celulose em nível de degradação.
Utiliza-se normalmente um agente sequestrante para eliminar sua influência.
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• pH: 9 a 11
• temperatura: para processo descontínuo (banho de esgotamento), o melhor
rendimento é obtido quando se utiliza temperatura em alguns graus inferiores a
de ebulição.
• tempo: varia em função da forma de interação, por exemplo, para processo
descontínuo (banho de esgotamento), é da ordem de 45 a 90 minutos.
Ácidos utilizados:
• Fórmico
• Acético
• Sulfúrico
• Oxálico - além de acidular, tem a propriedade de seqüestrar ferro do substrato.
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Temperatura:
Nos processos descontínuos (banho de esgotamento), as temperaturas utilizadas
dependem da espécie química do substrato, variando de 800C até a ebulição.
Nos processo contínuo e semicontínuo, a temperatura de impregnação é
comumente é de 50 a 900C.
Tempo:
Varia em função da forma de aplicação. No processo descontínuo (banho de
esgotamento), temos tempos da ordem de 60 a 90 minutos.
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Nesta coleção podemos encontrar diversos corantes, entre eles o Corante Natural:
• C.I. Branco Natural 1 / N0 de constituição — 75170
• Nome Comum: Guanino
• Peso Molecular: 151
• Descobridor: Jacquin (Final do século XVII)
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Alguns dos primeiros corantes preparados por esta reação foram, o Castanho
Bismarck em 1865 e a Crisoidina G em 1876. O laranja II, produto da copulação do
ácido Sulfanílico diazotado com Beta-Naftol, apareceu em 1876.
Em 1877, Roccelline, um corante azo, produto também desta reação de
diazotação e copulação, aumentou a lista dos que podiam colorir a lã e a seda.
A Púrpura do Tiro e Índigo, que tinham sido empregados desde tempos
imemoriais, possuíam propriedades de solidez que ultrapassavam de longe as dos
primeiros corantes sintéticos. Os antigos ficariam surpresos com os bons resultados
obtidos, utilizando métodos baseados inteiramente em conhecimentos empíricos. A
estrutura do milenar Índigo foi estabelecida em 1880 por Von Baeyer e foi seguida
pelas sínteses de numerosos corantes a tina, alguns dos quais tornaram-se comerciais a
partir de 1901.
Um procedimento análogo de obtenção de cores sobre o algodão e apresentando
satisfatória solidez à lavagem, consistia na síntese de um corante azo insolúvel dentro da
fibra (in situ).
Até 1884 os corantes sintéticos existentes não apresentavam uma
substantividade significativa para o algodão, o uso de mordente era normal, mesmo
sendo uma operação complicada, hoje pouco apropriada para nossos dias, quando se
consegue obter tingimentos rápidos e baratos.
Mas os Teares da Revolução Industrial, produziam pela primeira vez em grande
escala, e porém a demanda de matéria para colorir crescia. Neste momento Böttiger
preparou o Vermelho Congo, e mostrou que esse corante não necessitava de
mordentagem, e podia ser aplicado através de um método extremamente simples, no
qual somente era necessário ferver uma solução de corante em presença de eletrólito.
Este então chamado de corante Direto, resultante da descoberta de Böttiger, foi
extremamente útil e ainda tem em nossos dias ampla aplicação.
Pensou-se então na elaboração de um corante insolúvel que fosse obtido pela
combinação sucessiva de dois componentes solúveis. A.G. Green foi o primeiro, apesar
do resultado não ser exatamente um corante insolúvel.
Partindo de um corante Direto chamado Primulina, que é um corante de cor
amarela de baixo poder colorístico, diazotando o mesmo e em seguida copulando com
Beta-Naftol, obteve uma cor Vermelha de maior solidez a tratamentos Molhados e
Úmidos. Este tratamento posterior foi estendido a outros corantes diretos e ainda é
usado quando se precisa de maior solidez.
Em 1889 Meister, Lucius e Bruning, trabalhando com a Badische Company,
introduziram o Vermelho Para, no qual o substrato era impregnado com Beta-Naftol e
então copulado com Para-Nitroanilina Diazotada. Este método foi bem sucedido e em
curto espaço de tempo, substituiu inteiramente o uso da Alizarina no tingimento de cor
Vermelho sólido sobre o algodão. O Beta-Naftol não tinha afinidade para com o
substrato e era fixado temporariamente por secagem antes de se associar com o sal de
Diazônio. Este tingimento oferecia uma baixa solidez à fricção.
Em 1893, um químico francês chamado Raymond Vidal, obteve um produto que
podia tingir o algodão na cor preto esverdeado, pelo aquecimemnto de uma mistura de
Sulfeto de Sódio e Enxofre com Paranitrofenol ou Aminofenol. Este foi o primeiro
corante do grupo conhecido com corantes Sulfurosos ou ao Enxofre, e segue-se à
descoberta de uma serie de cores, se bem que restritas, e sem qualquer brilho, porém
eram de custo baixo e relativamente fácil de aplicar.
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Existem inúmeras tentativas para definição de cor. Podemos dizer que a cor é
uma percepção subjetiva causada no cérebro, em conseqüência de uma certa energia
radiante transmitida aos olhos.
Para a percepção de uma cor há necessidade de:
• Fonte de luz.
• Objeto colorido.
• Observador – a vista humana recebe a imagem e a transforma em impulsos que
são transmitidos, mediante o nervo óptico, ao cérebro onde se manifesta a
percepção da cor.
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Azul 430—485
• Vermelho
• Verde
• Azul
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e para o colorista:
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Como já foi dito, um substrato é branco, sob a luz solar, quando reflete todas as
cores do espectro. Quando queremos dar cor a esse substrato, precisamos modificar a
luz refletida, de modo a só sensibilizar à nossa vista a cor desejada. Isso se consegue
pela aplicação de produtos químicos que agem absorvendo seletivamente todas as faixas
do espectro menos a desejada, que deverá ser refletida. Esses produtos são chamados
CORANTES ou PIGMENTOS (Veremos mais adiante a diferença entre corantes e
pigmentos) e agem por subtração de cores. Por meio de espectrofotômetros, os
laboratórios de colorimetria estabelecem as curvas de remissão dos tingimentos, isto é,
para radiações de todos os comprimentos de onda, dentro do espectro de luz visível, é
determinada a porcentagem de reflectância de energia.
6.3- A Visão
A terceira condição essencial para que haja cor é a visão, que funciona como
receptor. Como já mencionamos, dentro do espectro de radiações eletromagnéticas há
uma banda de raios visíveis entre 400 e 700 nm. Os raios luminosos ao atravessarem o
cristalino vão atingir a retina, onde encontram os terminais do nervo óptico. Nesses
terminais existem dois tipos de células:
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razão vemos somente objetos cinza no escuro e não distinguimos cores. Em intensidade
normal de luz os bastonetes não são mais usados e, nesse caso só os cones são
decisivos.
• Cones - Os cones exibem diferentes sensibilidades ( caso contrário, não
haveria cores). Basicamente, distinguem-se 3 tipos de cones, sensíveis às radiações azul,
verde e vermelho.
6.4- Cérebro
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7.1- Introdução
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SEMENTES ALGODÃO
COCO
MALVA
RAMI
VEGETAIS CAULES LINHO
CÂNHAMO
JUTA
FOLHAS SISAL
CAROÁ
OVELHA
COELHO
CASHEMIR
PELOS CABRA
ANGORÁ
NATURAIS ANIMAIS MOHAIR
SECREÇÃO SEDA
CELULOSE VISCOSE
REGENERADA
CELULOSE ACETATO
MODIFICADA TRIACETATO
ARTIFICIAIS
ALGA ALGINATO
QUÍMICAS MARINHA
ANIMAIS CASEÍNA
POLICONDENSAÇÃO POLIÉSTER
POLIAMIDA
SINTÉTICAS
POLIPROPILENO
POLIMERIZAÇÃO POLIACRILONITRILO
POLIURETANO
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SIMBOLOGIA
FIBRA ABNT DIN FIBRA ABNT DIN
Acetato CA CA Acrílico PAC PAC
Alginato AL AL Algodão CO CO
Amianto A As Angorá WA Ak
Borracha LA LA Cabra WP Hz
Cashemira WK Kz Cânhamo CH -
Carbono CAR - Caroá CN -
Caseína K Ka Côco CK Ko
Coelho WE Kn Cupro CC CC
Elastana PUE PUE Elastodieno PB PB
Juta CJ Ju Lã WO WO
Lã de escórias SL - Lã de rocha ST ST
Linho CL CL Metálica MT MT
Modacrílica PAM PAM Mohair WM Mo
Multipolímero PUM PVM Poliamida PA PA
Policarbamida PUA PUA Poli-(Cloreto de Vinila) PVC PVC
Poli-(Cloreto de vinila) clorado PVC+ PVC+ Poli-(Cloreto de vinilideno) PVD PVD
Policlorotrifluoretileno PCF PCF Poliéster PES PES
Poliestireno PST - Polietileno PE PE
Polipropileno PP PP Poliuretano PUR PUR
Ramí CR Ra Seda S Ts
Sisal CS Si Triacetato CT CT
Vidro GL GL Vinal PVA PVA
Vinilal PVA+ PVA+ Viscose CV CV
9.1.1- Algodão
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Os ácidos inorgânicos diluídos a frio não atacam o algodão, porém, se, após a
impregnação com estes ácidos, secarmos o substrato, este será danificado fortemente. O
ácido sulfúrico concentrado e em ação prolongada transforma o algodão em compostos
solúveis como a dextrina. O algodão pode ser fervido em soluções alcalinas sem ser
prejudicado, sendo, porém, recomendável à eliminação do ar. A fervura em banho
alcalino na presença de ar pode enfraquecer a fibra pela formação de oxi-celulose.
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9.1.2- Linho
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9.2.1- Lã
C=O C=O
CH – CH2 – S – S – CH2 – CH
Ligação Cistínica
NH NH
C=O C=O
CH CH
NH NH
C=O C=O
CH - - CH
H+ .H2N – R – COO- H
O ponto isoelétrico da lã está entre pH 4,6 e 4,8. Abaixo desta faixa a lã torna-se
carregada positivamente e reage com produtos aniônicos:
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Outros pêlos podem ser aplicados na indústria têxtil, como os de alpaca, camelo,
cachemir, coelho, etc. As propriedades químicas e tintoriais são em princípio,
semelhantes às da lã. Os pêlos de lebre são muito usados na fabricação de chapéus.
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9.3.1- Viscose
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COO H H HN
| |
(CH2)4 + (CH2)6 ⇒ HOOC – (CH2)4 – CO – NH – (CH2)6 – NH2 + H2O
| |
COOH H2N
Ácido Hexametilenodiamina
Adípico
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n NH - (CH2)5 - CO (- CH - (CH2)5 – CO - )n
caprolactama poliamida 6
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nCH2 = CH . CN → (-CH-CH-)n
|
CN
Nesta forma, a fibra não tem afinidade para com os corantes e tem baixa
velocidade de difusão. Devido a isto, acrescentam-se co-monômeros na polimerização,
os quais proporcionam as propriedades específicas da fibra: estrutura cristalina,
tingibilidade, etc.
Co-monômeros que aumentam a velocidade de difusão: acetato de vinil, cloreto
de vinil, metacrilato de metila, etc.
Co-monômeros que aumentam a afinidade para com os corantes catiônicos:
grupos sulfônicos, grupos carboxílicos,
As fibras acrílicas tingíveis contêm cerca de 85% de polímero de acrilonitrila.
As fibras acrílicas resistem aos ácidos minerais diluídos e são atacadas pelos
ácidos sulfúrico e nítrico concentrados. São solúveis em dimetilformamida à fervura.
Ponto de amolecimento: de 1900C a 2300C.
59
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
-58-
N=CO OH
60
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
| |
(CH2)x + (CH2)y ⇒ OC = N - (CH2)x – NH – OOC - (CH2)y - OH
| | Poliuretano
N=CO OH
di-isocianato glicol
9.5- Microfibras
>7 Grossas
7 a 2,4 Médias
2,4 a 1 Finas
1 a 0,3 Microfibra
61
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Os corantes são classificáveis por sua estrutura química ou por sua aplicação. A
classificação pela estrutura química é de menor importância para o nosso curso. Nesse
caso, eles são subdivididos conforme o grupo químico principal. Por exemplo:
nitrofenol, nitrosofenol, azo, trifenilmetano, antraquinona, ftalocianina, vinilsulfônico,
pirimidina, triazina, etc.
X = Aplicado.
11.1- Introdução
62
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
• branqueadores ópticos
• resinas ou
• tensoativos ou surfactantes.
63
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
moléculas que estão abaixo delas, sofrem uma atração resultante para o interior do
líquido. A força resultante dá origem à tensão superficial. Devido à tensão superficial,
os líquidos comportam-se como se tivessem a sua superfície, revestida por uma
membrana invisível causando uma resistência à penetração. A tensão superficial
justifica a forma esférica das gotas dos líquidos, como também, explica o fenômeno
chamado capilaridade.
64
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
11.5- Dispersões
11.5.1-Tipos de Dispersão
a) Quanto à composição
• Líquido / Gás - Aerosol
• Sólido / Gás - Aerosol
• Gás / Liquido - Espuma
65
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
11.5.2- Dispersantes
11.5.3- Emulsão
66
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
• Emulsões de água em óleo (A/O) - nas quais a fase dispersa é a água e fase
externa o óleo. Aqui o emulsionante deve ser lipofílico (HLB: 3 -6).
11.6- Umectantes
11.7- Detergentes
67
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
68
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Os radicais aniônicos mais comuns são grupos carboxílicos, sulfônicos e sulfato, que
aparecem freqüentemente em detergentes, umectantes, dispersantes, emulsionantes, etc.
No caso do tenso-ativo não ionizar, ele é chamado não iônico. Os radicais não
iônicos mais comuns são: éter, hidroxi, éster, etc.
Certos tensoativos podem assumir o caráter catiônico ou aniônico, dependendo
do pH do meio, neste caso são chamados anfóteros.
Nos produtos tensoativos aniônicos ou catiônicos a parte polar ou hidrofílica é
constituída dos radicais que ionizam e o resto da molécula, constituída em geral por
cadeias longas de hidrocarbonetos, é lipofilica. Nos tensoativos não iônicos a parte
hidrófila corresponde ao grupo químico que caracteriza o produto. Assim, nos derivados
etoxilados a parte solúvel é a da cadeia etoxi.
É importante conhecermos o caráter iônico dos produtos químicos com os quais
operamos, pois não podemos misturar aleatoriamente produtos de caráter iônico
diferentes, ou seja:
• Produto catiônico + produto aniônico = incompatível
• Produto catiônico + produto não iônico = compatível
• Produto aniônico + Produto não iônico = compatível
12.1- Introdução
69
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Os materiais têxteis, quanto à sua forma física, podem ser tingidos em:
• Rama,
• Tops,
• Flocos (para artigos focados)
• Fios em bobinas em conicais ou em queijos,
• Fios em meadas,
• Rolos de urdume,
• Tecidos,
• Malhas.
70
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
71
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74
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
12.6.2- Jigger
A máquina consiste de dois cilindros paralelos, tendo abaixo deles um chassi por
onde o tecido passa durante o tingimento. As peças são costuradas umas nas outras e
enroladas abertas em um dos cilindros. Quando se aciona a máquina o tecido passa por
dentro do banho, auxiliado por roletes no fundo do chassi e é enrolado no outro cilindro,
quando, então, volta a circular em sentido contrário. A relação de banho é muito baixa:
aproximadamente 1:3.
12.6.3- Turbo
75
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
12.6.4- Jet
76
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
77
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
78
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
C=V
m
Onde:
C = n° de contatos / min.
C=F
L
Onde:
79
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
C=F + V
L m
80
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
81
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Aceleradores - são usados no tingimento de poliéster, pois esta é uma das fibras
sintéticas mais compactas. Só temperaturas bem acima de 1000C, possibilitam a difusão
relativamente rápida do corante disperso na fibra. Normalmente o tingimento é
processado a 1300C. Em certos casos, onde precisamos tingir em temperaturas inferiores
à acima ( por exemplo no caso de PES/WO, onde a lã é danificada acima de 106 0C),
usamos produtos, denominados carriers, que incham a fibra e permitem a difusão do
corante no PES.
Retardantes - podemos aplicar agentes auxiliares que retardam a montagem do
corante na fibra. Estes produtos são denominados retardantes ou igualizantes. Os
retardantes podem ter afinidade à fibra ou ao corante.
Os retardantes com afinidade à fibra, tem o mesmo caráter iônico que o corante
e, portanto, concorrem com ele durante o processo. Dependendo do poder de montagem
desses agentes auxiliares, eles bloqueiam total ou parcialmente os grupos químicos
reativos da fibra e, assim, retardam a montagem. Em temperaturas mais elevadas, eles
se deslocam para o banho permitindo que o corante ocupe o seu lugar. Retardantes com
afinidade ao corante formam um complexo com este. O complexo só se quebra com o
aumento da temperatura.
13.4- Migração
82
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
-pH
-velocidade de aquecimento
-temperatura
-eletrólitos, etc.
83
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Condições do maquinário:
• Condições do “foulard”: uniformidade do “pick~up”em toda largura
• Distribuição uniforme do calor nas câmaras de secagem ou de fixação ou no
vaporizador
• Uniformidade na lavagem
Receita e processo:
• Escolha de corantes e produtos adequados
• Receita bem estabelecida
• Estabelecimento de condições corretas de aplicação:
-“pick-up”
-velocidade/tempo
-temperatura de foulardagem
-temperatura de fixação
• Migração- relacionada a:
-corantes
-produtos auxiliares
-fibra
84
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
85
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Uma vez que o olho humano varia de observador para observador (vista defeituosa,
influência da idade, ...) e a fonte de luz do dia varia conforme o período do ano,
nebulosidade do céu e posição geográfica, o branco pode ser mais bem definido com
recursos de medição. Os valores de remissão podem ser obtidos com equipamento de
medição adequado e fonte luminosa padronizada.
Com modernas técnicas de computação é simples calcular, a partir dos valores
de remissão, os valores tristimulus X, Y, Z e destes, as coordenadas colorimétricas x, y,
z.
Entretanto, estes valores não são suficientes para uma avaliação comparativa de
brancos. A partir dos valores de remissão, dos valores tristimulus e das coordenadas
colorimétricas, vários autores (Berger, Taube, Hunter, Stensby) desenvolveram
fórmulas de grau de brancura.
No decorrer dos anos reconheceu-se, também, que uma única cifra era
insuficiente para avaliação de brancos. Isto porque, o grau de brancura somente
expressa a intensidade do grau do branco mas, não a sua tonalidade. Por esta razão, no
final de 1983 a CIE (Comission Internationale de L’Eclairage) concordou com um
método de avaliação que permite o cálculo de medidas colorimétricas do grau de
brancura e, também, do matiz. Foram registradas duas relevantes fórmulas
colorimétricas no padrão ISO 105-J05. Estas fórmulas, para o iluminante standard D65
e o observador padrão a 10°, são:
• Grau de brancura CIE W = Y + 800(0,3 138 - x) + 1700(0,33 10 - y)
• CIE Nuance T = 900(0,3138 - x) - 650(0,3310 - y)
86
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Destes três valores o que causa maior número de reclamações, quando difere do
padrão, é a tonalidade e, em seguida, a pureza. Quando a cor está na tonalidade e pureza
corretas, pequenas divergências na intensidade são, usualmente, relevadas. Entretanto,
quem, realmente, define o grau de tolerância é o cliente.
87
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
15.2- Igualização
88
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Diversos países têm as suas normas ditadas por associações locais, como a
Associação Suíça de Normas (SNV), Associação Americana de Técnicos, Químicos e
Coloristas Têxteis (AATCC), Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Entretanto, com a globalização da economia, cada vez mais prevalecem às normas ISO
(Organização Internacional para Estandardização).
As avaliações mais precisas são feitas por colorimetria. As notas de solidez aos
tratamentos úmidos variam de 5 a 1:
-Nota5: nenhuma alteração de nuance ou nenhum desbote
-Nota 1: grande alteração.
A avaliação da solidez à luz é feita com auxilio das escalas cinza e azul.
Conforme a norma adotada, as notas variam de 1 a 5 ou de 1 a 8 ( os números maiores
referem-se às melhores notas).
As fontes de luz empregadas são:
-luz de xenon: Xenotest
-luz de arco voltaico: Fadeômetro
-Luz solar.
89
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
16.1- Introdução
Para que um técnico de tinturaria seja bem sucedido é necessário que tenha os
conhecimentos teóricos suficientes para entender os fenômenos que ocorrem no
tingimento e, com isto, conduzir os processos com eficácia e obter tingimentos
igualizados, dentro das exigências de qualidade do mercado.
Em princípio, o processo de tingimento ocorre em 3 etapas:
• Passagem do corante do banho de tingimento para a superfície da fibra,
• Adsorção do corante através de regiões acessíveis da fibra,
• Difusão do corante na fibra.
A difusão dos corantes nas fibras e sua adsorção máxima dependem fortemente
da estrutura física e química da fibra e de sua capacidade de ser modificada antes ou
durante o tingimento.
Fibras têxteis, naturais ou sintéticas, são na realidade, polímeros de alto peso
molecular que contêm regiões em variado grau de ordem ou desordem molecular. Ao se
correlacionar à estrutura da fibra com o comportamento de tingimento são consideradas
duas principais características estruturais da fibra as quais governam sua capacidade de
tingimento:
• Permeabilidade
• Presença de grupos funcionais nas cadeias moleculares da fibra.
90
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
91
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
92
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
• Ligações iônicas.
- Corantes Ácidos/ Poliamida
- Corantes Ácidos/ Lã
- Corantes Catiônicos/ Fibras Acrílicas
• Ligações covalentes.
- Corantes reativos/ Fibras Celulósicas
93
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Na fase cinética é que ocorre a maior parte dos problemas de tingimento. O fator
determinante para se conseguir um tingimento igualizado e bem difundido reside no
controle da velocidade de adsorção do corante pela fibra.
O estudo da cinética do tingimento é, portanto, tão importante quanto à fase de
equilíbrio (fase termodinâmica).
Geralmente se confunde a velocidade em que o processo ocorre (cinética) e a
grandeza da força que provoca o processo.
Por exemplo: a existência de uma força motriz em um sistema mecânico não é
suficiente para garantir um movimento, visto que, esta força deve vencer certa
resistência antes que o movimento seja possível. Quanto maior a resistência ao
movimento, menor a velocidade para uma determinada força.
No tingimento admite-se uma força motriz ou afinidade, responsável para a
ocorrência do fenômeno e um parâmetro de velocidade ou o grau de resistência à
difusão do corante no interior da fibra.
A forma mais simples de expressar esta idéia é mediante a equação a seguir.
A velocidade instantânea do tingimento, portanto, depende de dois fatores:
• parâmetro de velocidade, diretamente ligado à cinética e o
• parâmetro de afinidade, ligado à termodinâmica do processo.
94
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
95
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
17.3.1- Introdução
96
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Grande parte dos corantes ácidos amarelos, vermelhos e quase a totalidade dos
escarlates e laranjas têm os grupos cromóforos azo.
Nesta classe estão também alguns azuis marinhos , como por exemplo, o Azul
ácido 113, alguns verdes escuros e a grande maioria dos pretos.
97
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Ficou evidenciado haver dois tipos de forças que são responsáveis pela afinidade
dos corantes ácidos com a lã:
• forças iônicas entre corante com carga elétrica negativa e fibra com carga
positiva (pH < 5,0)
• força de Van der Wall não iônicas entre as partes hidrofóbicas do corante e fibra
(PH> 5,0).
-Processo I
• 10 - 20% Sulfato de Sódio cristalizado
• 2 - 4% Ácido Sulfúrico 660Bé
-Processo II
• 10 - 20% Sulfato de Sódio cristalizado
• 1 - 2% Ácido Fórmico 85% ou
• 1 - 3% Ácido Acético 80%
-Processo III
• 10 – 20% Sulfato de Sódio cristalizado
• 1 - 3 % Ácido Acético 80%
-Processo IV
• 10% Sulfato de Sódio cristalizado
• 2 – 5% Sulfato ou Acetato de Amônio
-Processo V
• 10 - 30% Sulfato de Sódio cristalizado
98
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
São corantes que contêm metais, em geral Cromo, o que provoca melhores
índices de solidez em geral. Existem dois tipos:
• Corantes Complexos Metálicos 1:1
99
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
-Teoria
O tingimento se processa em banho fortemente ácido e o corante estabelece
ligações iônicas com a fibra -Receita e Processo
O banho deve ser preparado com: 8% Ácido Sulfúrico 660Bé
O emprego de um igualizante não iônico, derivado de óxido de etileno, ajuda a
igualização e permite reduzir a quantidade de Ácido Sulfúrico para 4 a 5%.
Tingir no mesmo processo utilizado com os corantes ácidos, prolongando a
fervura por 90 a 120 min.
-Teoria
O tingimento se processa em banho neutro ou levemente ácido (pH entre 5,5 a
7). O corante estabelece com a fibra ligações por forças de atração não iônicas.
-Receita e processo
Preparar o banho à 400C com:
• 2 - 4% Sulfato ou Acetato de Amônio
• Tratar por 15 mm. Elevar a temperatura até ebulição em 45 min., e ferver por
mais 45 min.
100
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
18.1- Introdução
Até 1920 existiam no mercado, fibras têxteis e corantes, ambos com caráter
iônico e que estabeleciam entre si ligações polares.
No início da década de 20 uma nova fibra foi introduzida no mercado o Acetato
de Celulose. Tratava-se de um produto obtido pela esterificação parcial da celulose,
mediante o tratamento desta com Anidrido Acético e Ácido Acético. Na fibra de
Acetato de Celulose, usualmente denominada Acetato, dois dos três grupos OH
existentes em cada anel celulósico, ficam esterificados.
Naquela época observou-se que o Acetato de Celulose, por ter boa parte de seus
grupos hidroxílicos bloqueados, não se deixava tingir com Corantes Diretos
(impossibilidade de estabelecer pontes de H). Por este motivo foram realizadas muitas
experiências até que se concluiu que deveriam ser desenvolvidos novos corantes com
baixa solubilidade em água e estrutura química simples de forma a permitir a difusão do
corante na fibra.
Após inúmeras tentativas foram desenvolvidos corantes insolúveis em água e
aplicados na forma de suspensões muito finas e que tingiam a fibra de Acetato. A esta
gama de corantes a SDC (Society of Dyers and Colourists) da Inglaterra recomendou a
denominação de Corantes Dispersos, a qual foi definitivamente adotada em todo
mundo.
Posteriormente, estes corantes encontraram aplicação em outras fibras químicas
como poliamida, poliéster, acrílicas.
101
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
102
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103
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105
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Ao contrário de outras fibras, a fibra de poliéster não tem grupos polares e, por
este motivo não pode ser tinta por mecanismos iônicos, com corantes hidrossolúveis
como os ácidos, catiônicos, diretos, etc. Somente é possível tingir poliéster com
corantes dispersos, não iônicos, e praticamente insolúveis em água fria. Os corantes
dispersos são aplicados em dispersões aquosas, sendo que o tamanho das partículas em
dispersão é de 0,5 a 1 µ. Eles têm limitadíssima solubilidade em água fria (somente uns
poucos mg/l).
Uma dispersão estável de tão pequenas partículas só é possível mediante a
adição de agentes dispersantes, os quais formam uma camada protetora ao redor das
partículas de corantes, prevenindo contra uma aproximação destas, o que ocasionaria
uma aglomeração dos corantes no tingimento com resultados desastrosos. Os
dispersantes são incorporados na finalização dos corantes, durante a moagem, após a
síntese. No processo de tingimento são, também, empregados dispersantes.
106
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
107
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
O “carrier” contem grupos hidrófilos, que aumentam a atração da fibra por água,
criando um meio pelo qual o corante se dissolve e se difunde.
O “carrier” difunde-se, inicialmente, na fibra e separa as cadeias poliméricas ,
criando
segmentos mais acessíveis. Isto equivale à redução da temperatura de transição do
estado cristalino ao semi-amorfo.
108
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
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110
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
D= 2% para tops e
V = F = C.D.F
t 80
onde
111
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20.1- Introdução
118
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
119
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
120
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
O Processo Thermosol
O mecanismo de fixação dos corantes dispersos no processo Thermosol é
basicamente análogo ao descrito para o tingimento de PES com corantes dispersos por
esgotamento; varia, porém, o sistema pelo qual o corante é depositado sobre a fibra e,
sobretudo, o meio pelo qual o corante se difunde na fibra. No processo por esgotamento
o meio usado para o corante se difundir na fibra é a água enquanto que no processo
Thermosol é o vapor do corante.
-Mediante foulardagem o banho é absorvido pelo algodão, por ser a fibra mais
hidrófila na mistura PES/CO.
-Ao aplicarmos calor, começa um mecanismo de transferência de massa e
energia, obedecendo as seguintes etapas:
121
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Até aqui descrevemos como ocorre o tingimento da parte PES do tecido misto
PES/CEL. O tingimento da celulose pode ser feito, entre outros, mediante os processos:
122
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
123
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
21.1- Histórico
124
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Poliamida 6.6
Derivada da reação de condensação do ácido adípico com hexametileno
diamino.
Representação simplificada
+
HOOC - R1 – CO – NH - R2 - NH2 ↔ OOC - R1 – CO – NH - R2 - NH3
Poliamida 6
Produto da reação de polimerização do ε caprolactan.
Polímero: ( - HN - ( CH2 ) 5 - CO - ) n
Poliamida 11
Derivada da reação de condensação do ácido amino undecanóico:
Já foi produzida no Brasil, com o nome de Rilsan, porém, não é mais fabricada
no país.
21.3.1- Texturização
125
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
21.3.2- Termofixação
Classes
• Dispersos
• Ácidos Selecionados
• Diretos — seleção restrita
• Cromo
• Complexos metálicos 1:1
• Complexos metálicos 1:2
• Reativos selecionados
126
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
127
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
128
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Nesse caso a fibra será saturada com menos corante do que no caso de um mono
ou dissulfonado.
Pelo mesmo motivo, quanto menor a porcentagem de AEG na fibra, mais baixa é
a saturação. Isto explica a menor saturação de corantes ácidos na Poliamida 6,6 em
relação à Poliamida 6.
Além disto, quanto mais grupos sulfônicos têm o corante, maior a tendência à
solubilização e, portanto, ao corante ficar no banho. Por isso, quando combinamos
corantes mono e trisulfônico na mesma receita, há a tendência do corante
monosulfônico montar primeiro na fibra, ocupar os grupos amínicos (que são limitados)
e bloquear a montagem do corante trisulfônico, que permanece no banho.
Dentre os corantes ácidos existentes, nem todos são adequados para o tingimento
de Poliamida, devido ao seu limite de saturação. São selecionados de preferência os
monosulfonados.
Os corantes ácidos para a PA são classificados em grupos, que podemos
denominar:
• Classe I e II: Corantes de saturação média, maior migração e pior solidez a
úmido. Exigem pH mais ácido em relação aos demais grupos. Empregados para
cores claras a médias.
• Classe III e IV: Corantes de maior saturação, pior migração e melhor solidez a
úmido. Empregados para cores escuras.
129
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Igualizante A:
Produto aniônico com afinidade à fibra de poliamida, como se fosse um corante
sem cor. Indicado como agente anti barramento químico. Empregado no mesmo banho
em tingimentos com corantes das classes I ou II ou em tratamento prévio em
tingimentos com corantes das Classes III e IV. Inicialmente bloqueia os grupos AEG e,
em seguida é deslocado pelo corante, durante o tingimento. Portanto, não tem ação
permanente de bloqueio. A faixa de afinidade é na faixa de pH 4 a 5. Tem excelente
efeito na cobertura de barramentos de origem química (variação das porcentagens de
AEG).
Retardante e igualizante B.
Produto ligeiramente catiônico.Têm afinidade aos corantes. Não precipita em
presença de produtos ou corantes aniônicos. Retardante ideal na subida dos corantes das
classes III e IV. Outra propriedade muito importante: aumenta a migração destes
corantes.
Tipos de barramento
• Barramento químico - irregularidade na porcentagem de grupos amínicos
terminais na estrutura química da fibra.
• Barramento físico pela velocidade de tingimento - dificuldade de difusão na
fibra.
• Barramento configuracional - variação de título, torção, brilho, batidas, etc., não
coberto por seleção de processo de tingimento ou corantes.
Teste de tingimento:
• relação de banho: 1:40
130
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
• 980C, pH 6
Corantes recomendados:
• A = CI Di Bl 3 - 0,5% Azul Artisil BSQ
• B = CI A Bl 25 - 0,4% Azul Nylosan 2AL
• C = CI A Bl 122 - 0,8% Azul Nylosan F-GBL
Tipo de Barramento A B C
1 * *
2 *
3 * * *
22- Tingimento de Fibras Acrílicas com Corantes Catiônicos (voltar para o Índice)
131
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
22.2.2.1- Solubilidade
132
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
22.2.2.2- Sensibilidade ao pH
Alguns corantes azo podem ser destruídos por redução. Por essa razão a água
contendo substâncias orgânicas redutoras ou, também, a lã e a viscose (em fibras
mistas) têm efeito negativo em tingimentos com corantes sensíveis à redução, causando
perda de rendimento colorístico.
133
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
134
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
SF (Dralon) = 2,1.
f ( verde malaquite) = 1
f = 2,1/4,2=0,5.
135
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
136
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
22.2.6- Observações
137
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
22.2.6.3- Substratos
23.1- Introdução
fio 100 dtex f 140 = fio de 100 dtex, contendo 140 fibrilas
o que significa que:
138
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
139
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
23.3.1- Microfibras de PA
140
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
141
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Observações:
• O ajuste de pH deverá ser em função da classe de corante ácido e da intensidade
da cor.
• Tingimentos podem ser executados a 1100C e nesse caso reduz-se 40 a 50 % os
tempos de permanência nessa temperatura.
• Tingimentos em pH<4,5 e em condições HT, causam piora da solidez à luz.
• São usados os igualizantes usualmente recomendados para a PA normal.
• Solidezes úmidas são melhoradas mediante tratamento posterior com os
fixadores aniônicos habitualmente usados para PA.
142
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
24.1- Introdução
143
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
144
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
145
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
• o cátion Na, por ser de menor tamanho entra inicialmente nos capilares da fibra
celulósica, neutralizando a sua carga negativa e reduzindo a repulsão do corante.
• o eletrólito atua sobre o estado de agregação do corante (o corante penetra na
fibra na forma de pequenos agregados).
146
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Corantes Sólidos à luz - Têm bons níveis de solidez a luz e com mediana
solidez úmida. Esta última é melhorada com um tratamento posterior com um fixador,
embora, fixadores para corantes diretos, em geral, provocam piora de solidez à luz.
Corantes tratáveis com fixadores contendo cobre - são corantes que alcançam
bons níveis de solidez a luz e aos tratamentos úmidos, quando sofrem um tratamento
posterior com fixadores contendo sais de cobre. Em geral, constituem uma seleção dos
corantes sólidos à luz.
147
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Tratamentos posteriores
Para a melhora de suas solidezes, os tingimentos com corantes diretos são
frequentemente submetidos a um tratamento posterior. No passado eram empregados
tratamentos com produtos químicos que agiam seletivamente em determinados corantes:
148
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
corante para ser adsorvido pela fibra. Há necessidade de determinar a dose correta de
emprego do igualizante uma vez que, especialmente em cores escuras, doses exageradas
podem bloquear a montagem do corante.
149
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
150
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
25.1- Introdução
151
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
A Celulose - (C6H10O5)x
152
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
O corante reativo
A estrutura de um corante reativo contem 3 tipos de grupos funcionais:
• grupo cromóforo - responsável pela cor
• grupos solubilizantes - são grupos sulfônicos, responsáveis pela solubilidade.
Respondem também pelo grau de migração, substantividade e lavabilidade.
• grupo(s) reativo(s) - são, sem dúvida, os que caracterizam os corantes reativos.
A reatividade do corante
Dizemos que alguns corantes têm maior reatividade que outros. A reatividade é
medida pela velocidade da reação em função da concentração de álcali e da temperatura.
Quanto maior a concentração alcalina ou a temperatura que o corante necessita para
reagir , menor a sua reatividade. Normalmente são denominados corantes a frio, os de
maior reatividade, cujas temperaturas do tingimento por esgotamento variam de 30 a
800C.
São chamados corantes reativos a quente, os de menor reatividade e que são
tingidos por esgotamento em temperaturas acima de 800C.
A reação
Em ambiente alcalino ocorrem duas reações, uma desejável com a fibra e outra
indesejável, porém inevitável, com a água. Estas reações podem ser:
• por substituição - quando o grupo reativo é portador de um ou mais átomos de
cloro ou de flúor.
Exemplos: Corantes de Monoclorotriazina, Diclorotriazina, Tricloropirimidina,
Diflúor monocloro pirimidina,
• por adição - quando se trata de um corante vinilsulfônico.
153
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
154
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Adição do eletrólito
Mediante a adição do eletrólito, o corante monta na fibra. Aqui ocorrem dois
fenômenos:
Adsorção e difusão.
Após a montagem do corante na fase de sal, se prolongarmos o processo na
temperatura de tingimento e, antes da adição de álcali, ocorrerá o fenômeno de
migração. A migração depende essencialmente da temperatura de tingimento e da
estrutura molecular do corante.
Adição do álcali
Ao adicionarmos o álcali ocorrerão dois novos fenômenos:
a) esgotamento adicional - o álcali funciona como um eletrólito, provocando um
esgotamento adicional do corante. Este esgotamento adicional varia em função do
corante. Os corantes de Monoclorotriazina e os de Tricloropirimidina, por exemplo,
têm baixo esgotamento adicional enquanto que os Corantes Vinilsulfônicos têm, em
geral, alto esgotamento adicional.
b) fixação - é a fase em que ocorre a reação: corante + fibra.
É importante conhecer as seguintes propriedades dos corantes reativos que serão
empregados:
• substantividade na fase de sal
• grau de difusão
• migração
• esgotamento (substantividade na fase de sal + esgotamento adicional)
• fixação
Lavagem - ensaboamento
Para se conseguir o máximo grau de solidez aos tratamentos úmidos, é
necessária a eliminação do corante hidrolisado, o que, é feito mediante processos de
lavagem e ensaboamento posterior.
156
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Processos de tingimento
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Os processos aplicados variam para cada grupo reativo. Como nos corantes a
quente, há processos tradicionais, por migração e “All In”, variando as condições das
adições de produtos, tempo e temperatura.
Com relação aos Corantes Vinilsulfônicos cabem as seguintes observações:
• O rendimento na fase de sal é muito baixo e por isso não há nenhuma vantagem
em um processo por migração (faríamos a migração de somente 20 ou 30% do
total de corante que monta). A maior montagem se faz após a adição do álcali ou
seja na fase de esgotamento adicional e, onde se deve ter os maiores cuidados.
• Devido ao exposto acima se deve fazer a dosagem progressiva do álcali,
portanto nesta fase acontecem simultaneamente o esgotamento adicional e a
fixação.
161
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
• Dureza da água
• Adequação para remoção do eletrólito
-Número de banhos
-Condições de drenagem
-Temperatura
• Mecanismo de ação do produto indicado para ensaboamento
162
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Para a boa remoção do corante hidrolisado é necessário que não haja resíduos de
eletrólito acima de 1 a 2 g/l.
A lavagem inicial é feita com água fria e quente com o objetivo de remover o
corante hidrolisado que permaneceu no banho e, principalmente, o eletrólito
remanescente (a presença de eletrólito, como já mencionamos, dificulta a remoção do
restante do hidrolisado no ensaboamento). Após as lavagens iniciais, procede-se ao
ensaboamento com o objetivo de remover o corante hidrolisado que permaneceu ligado
à fibra.
Quando se faz esta operação em tingimentos com corantes vinilsulfônicos,
recomenda-se, antes do ensaboamento à fervura, uma neutralização com ácido acético
até pH 6-7, pelos motivos anteriormente expostos.
163
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Na2CO3 ou NaOH
25.8.1- Introdução
166
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• Preparação do banho
• Preparação do tecido
• Impregnação
• Espremedura
• Enrolamento
• Condicionamento
• Lavagem e ensaboamento
Preparação do banho
a) Corantes
167
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b) Sistemas alcalinos
De um lado o sistema alcalino determina a estabilidade do banho de
foulardagem e de outro o tempo de fixação dos tingimentos.
Variam conforme a gama de corantes. Corantes de alta reatividade, em geral,
têm a possibilidade de fixação em mais de uma opção.
São os seguintes os sistemas alcalinos empregados:
Bicarbonato de Sódio (fixação lenta): usado na fixação dos corantes DCT (Procion MX)
Carbonato de Sódio (fixação lenta) Usado na fixação de Corantes FCP (Drimaren K, R),
MFT, (Cibacron F), DCQ (Levafix E) eDCT (Procion MX).
Vantagens:
• melhor aspecto do tecido
• maior tempo de estabilidade do banho
• Menor número de caixas na lavadeira em comparação com o processo com
Silicato de Sódio. Inicia-se a lavagem já a quente.
168
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Preparação do tecido
Muitas vezes o cliente deseja, por razões econômicas, tingir o tecido em cru
diretamente, sem o tratamento prévio, O êxito, nestas condições, é duvidoso e depende
da qualidade do algodão, do tipo de tecelagem e da encimagem. Recomendam-se testes
prévios para evitar surpresas desagradáveis. Para um processo seguro, os tecidos a
serem tintos devem sofrer um perfeito tratamento prévio. Para se obter maiores
rendimentos tintoriais, tecidos de algodão devem ser mercerizados e de viscose,
caustificados.
Temperatura do tecido: deve ser igual ao do banho (+ 25°C).
Impregnação
A foulardagem é processada em “foulard” de 2 a 3 rolos espremedores,
preferivelmente com volume baixo.
170
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Espremedura
• Os cilindros devem ter pressão uniforme.
• Dureza dos cilindros para tecidos ou malha aberta: 60 – 80o sh.
• Tecido deve ser dirigido sem ourelas enroladas ou vincos,
• “Pick-up” deve ser uniforme em toda a largura do tecido e de 60 a 80%
Enrolamento
• Enrolar o tecido ourela sobre ourela
• Menor tensão possível
• Curta distância entre rolos de espremedura e de enrolamento
• No final o rolo deve ser enrolado por um tecido de algodão, que também passou
pelo foulard, e em seguida, deve ser envolvido totalmente por uma folha de
plástico.
Condicionamento
171
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• quantidade do corante
• temperatura ambiente na estação de repouso
• do sistema alcalino e
• do substrato.
Lavagem e ensaboamento
Para alcançarmos as melhores notas de solidez, é muito importante procedermos
a uma perfeita lavagem posterior. Se foi empregado o sistema alcalino com Silicato de
Sódio, devemos usar água branda e fria no primeiro banho de lavagem. O ensaboamento
pode ser feito por processos contínuos ou descontínuos.
Fixação
Um tratamento posterior com uma marca de Fixador para Corantes Reativos
assegura ótimas solidezes úmidas, especialmente em casos, comuns na produção, de
ensaboamentos imperfeitos. Isto é válido, também, para tingimentos por esgotamento.
172
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26.1- Introdução
175
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176
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No banho de tingimento
I- Umectante
Deve-se usar um produto com alto poder umectante em banho fortemente
alcalino e redutivo.
178
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III. Redutores
No passado eram usados Sulfeto de Sódio e ou Sulfidrato de Sódio em
banho alcalinizado com Carbonato de Sódio. Hoje, existem duas alternativas, mais
interessantes, no mercado:
Um redutor tradicional à base de mistura balanceada de sulfetos alcalinos. O seu
uso é indicado no tingimento por esgotamento com os corantes não ecológicos e nos
processos semicontínuos com corantes eco.
Um redutor à base de dextrose - ecológico . Aplicado em meio fortemente
alcalino (NaOH) e em temperatura acima de 600C, nos processos por esgotamento com
Corantes ecológicos.
No banho de oxidação
Agentes oxidantes
No amaciamento
Amaciantes
• Amaciantes catiônicos - totalmente condenados (“tendering” devido acidez).
• Amaciantes não iônicos - por não serem substantivos seriam mais indicados para
processos contínuos.
• Foi recentemente desenvolvido um produto muito interessante por atender ao
problema do “tendering Trata-se de um agente protetor, tampão de pH e
amaciante. Evita a degradação da fibra durante a armazenagem de tingimentos
com Pretos sulfurosos.
179
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180
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181
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Os corantes à tina são insolúveis em água, porém, por redução em meio alcalino,
convertem-se nos chamados leuco-derivados, que são hidrossolúveis e têm
substantividade às fibras celulósicas. Após o tingimento é feita uma oxidação, quando o
corante volta a sua fórmula original e insolubiliza-se no interior da fibra. Posteriormente
à oxidação, procede-se a um ensaboamento, quando se faz a remoção do corante
superficial e, com isso, há melhora na solidez à fricção. Também, mediante o
ensaboamento, ocorre dentro da fibra um rearranjo molecular do corante,
proporcionando ao substrato a cor e solidez definitivas.
Os corantes à tina classificam-se em 3 grandes grupos:
-Corantes antraquinônicos
-Corantes indigoides
-Corantes derivados de carbazol
182
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183
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I- Redução do Corante
II- Tingimento propriamente dito
III- Lavagem e oxidação
IV- Ensaboamento
II-Tingimento - o corante à tina em sua forma leuco tinge as fibras celulósicas como os
corantes diretos, por adsorção pelas zonas amorfas, difusão e, em seguida,
estabelecendo ligações por pontes de H com a celulose. O processo de tingimento pode
ser dividido da seguinte forma:
• inchamento da fibra com a penetração da água nas zonas amorfas,
• adsorção das moléculas individuais e agregadas na superfície da fibra,
• difusão das moléculas no interior da fibra,
• fixação das moléculas do corante na fibra por pontes de H.
Corante e fibra têm cargas iguais que se repelem. Para que ocorra a adsorção, se
faz necessário vencer estas forças que se opõe, o que é facilitada pela adição de um
eletrólito (NaCl ou Na2SO4).
III- Oxidação - nesta etapa o corante volta à sua fórmula química original de pigmento
insolúvel em água. Isto ocorre com o corante no interior da fibra e por esta razão se
explica a sua grande solidez aos tratamentos úmidos.
A oxidação se dá por meio do ar atmosférico ou com um oxidante como
Peróxido de Hidrogênio, Perborato de Sódio, Bicromato de Potássio, Clorito de Sódio +
Ácido Acético, Hipoclorito de Sódio (este último para certas marcas de preto), etc. A
reação de oxidação do corante se dá como abaixo:
184
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
W - Corantes que tingem a morno - Precisam menos álcali, porém, devido à baixa
substantividade há necessidade de adição de eletrólito no banho por esgotamento.
Temperatura de tingimento: 40 - 500C.
185
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Etapas:
a) foulardar a dispersão do corante ultradisperso - “pick-up”: 65 / 70 %
b) Levar para o Jigger, onde se processa a redução - dar 4 a 8 passagens.
c) Oxidação e ensaboamento no Jigger.
186
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Etapas:
a) foulardar dispersão do corante + antimigrante - “pick-up” 65 / 70 %
b) secar ( secagem intermediária) em “Hot Flue”
c) foulardar no “foulard” de produtos químicos, a 20 - 250C, “Pick-up” 80 / 110 %:
• NaOH
• Na2S2O4
• NaC1
d) Vaporizar 15 - 45 seg. a 102 - 1050C
e) Lavar, oxidar e ensaboar na lavadeira contínua.
187
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
I- Manchas escuras
Causas prováveis:
• Oxidação parcial dos banhos de tingimento - insuficiente quantidade de Soda
Cáustica e ou Hidrossulfito de Sódio.
• Reforço dos banhos de tingimento - na adição de Soda Cáustica conc. haver
contacto direto com o substrato (efeito de caustificação).
• Diferenças de tensão no jigger - ourelas escuras devido o tecido desviar no
enrolamento. Especialmente em jigger sobrecarregado ou com banhos muito
curtos.
Causas prováveis:
• Tratamento prévio irregular - desengomagem ou purga insuficiente-
mercerização irregular.
• Manchas de bolor.
• Danificação da celulose por contato com ácidos inorgânicos e ressecamento
parcial.
• Formação de oxi-celulose no cozimento ou alvejamento em autoclaves.
• Algodão morto.
• Sensibilidade de certos corantes à luz solar (ourelas claras).
• Formação de tina ácida - Quando se faz o reforço de Hidrossulfito em banhos
contendo pouca alcalinidade, motivando acidez pelo excesso de Hidrossulfito.
Em jigger formam-se ourelas mais claras:
Causas prováveis:
• Misturas de fios de diferentes procedências.
• Viscose com diferentes graus de maturação.
• Diferenças de tensão no urdume ou na trama.
• Emprego de fios com títulos ou torções diferentes.
Causas prováveis:
• Oxidação parcial do corante na tina-mãe em banho curto demais ou devido ao
• prolongado repouso antes de usá-la no tingimento.
• Precipitação do corante no banho no final do tingimento por insuficiência de
redutor.
• Ensaboamento imperfeito.
• Tingimento em água dura.
188
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
28.1- Introdução
189
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Tingimento
O tingimento se processa em banho ligeiramente alcalino, adicionando-se
Sulfato de Sódio para aumentar a substantividade dos corantes indigosois.
Desenvolvimento
Trata-se da fase de oxidação e que é processada em presença de:
Tratamento posterior
Após o tingimento, o tecido deve sofrer uma profunda lavagem e neutralização
para, em seguida, ser ensaboado a fervura, quando, adquire, como com os corantes à
tina, a tonalidade definitiva e a máxima solidez.
I- Impregnação
Preparar o banho, o mais curto possível, a 600C, contendo:
• 1,0 g/l Carbonato de Sódio
• 50% do corante pré-dissolvido (receita do corante em g/l)
II- Desenvolvimento
Desenvolver, no mesmo jigger, sem enxaguagem e em banho novo, a 65/700C,
contendo:
• 20 - 35 ml/l H2S04 660Bé
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--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
III- Ensaboamento
Em 2 a 4 voltas em banho à fervura contendo:
• 1 - 2 ml/l Detergente
29.1- Introdução
191
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
192
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
193
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--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
29.3.2- Desenvolvimento
Composição do banho:
• O pH do banho influencia fortemente a velocidade do desenvolvimento. Existe
um valor ótimo para 3 grupos:
-1o grupo- c/ alta velocidade de desenvolvimento- pH ótimo: 4-5
-2o grupo- c/ média velocidade- pH ótimo: 5,5-6,5.
-3o grupo- c/ baixa velocidade- pH ótimo: 7 -8,2.
• Se o valor do pH do banho de desenvolvimento for inferior ao ótimo, a
velocidade de reação de copulação será menor. Por outro lado, valores de pH
acima dos ótimos produzem tonalidades turvas e excessivamente altas podem
destruir a estabilidade do banho.
• Agentes de neutralização da soda cáustica (“Alkali binding agents”) arrastada
com o naftol.
• A acumulação de álcali no banho pode destruir o sal de diazo. Devido a isso se
deve usar um agente de neutralização do álcali arrastado. O mais usual é Acido
Acético + Acetato de sódio.
• Eletrólitos - para reter o naftolato no interior da fibra. Caso este último venha a
migrar para a superfície da fibra haverá má solidez à fricção.
• Evita-se a adição de sal para certas marcas de baixa solubilidade.
195
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Nestes processos deve-se trabalhar com banhos o mais curto possível, prolonga-
se por 30 min. os tempos de naftolagem e desenvolvimento. Adição de eletrólitos
aumenta a substantividade dos Naftolatos.
196
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
197
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
30.1- Introdução
Os melhores resultados quanto à solidez são obtidos, quando isto for possível,
misturando-se fibras previamente tingidas antes de serem fiadas.
Na grande maioria dos casos, porém, as fibras são tingidas já misturadas e isto
requer uma série de cuidados com o objetivo de obter as melhores notas de solidez. Para
isso se faz necessário:
• Escolha de corantes com boa solidez e boa reserva com relação à outra fibra.
• Emprego de produtos que ajudem a reservar a fibra acompanhante.
• Escolha do processo e receita adequada.
30.2.1- Termofixação
198
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Procede-se assim:
I- Tingimento da parte PES em turbo ou jet a 1060C ou em barca fechada à fervura. A lã
é danificada em temperaturas acima de 1060C. Devido o tingimento ser à baixa
temperatura deve-se usar um “carrier”.
II- Limpeza redutiva em meio alcalino fraco e temperatura máxima de 600C. (Cuidado
com a sensibilidade da lã aos álcalis). objetivo: remoção do corante disperso depositado
na lã.
III- Tingimento à fervura da lã com corantes ácidos sólidos ou complexos metálicos 2:1.
o processo em dois banhos com limpeza redutiva intermediária quase não é mais usado
uma vez que o corante disperso, durante o segundo tingimento, pode ser desadsorvido e
migrar para a lã prejudicando a solidez. Além disto, o processo é longo e oneroso.
199
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
200
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Há várias alternativas:
• Processo em dois banhos com corantes ácidos / diretos
• Processo em banho único com corantes ácidos / diretos
• Processo em dois banhos com corantes reativos / ácidos
• Processo em dois banhos com corantes reativos com aproveitamento do
hidrolisado para a PA.
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Processos possíveis:
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II- Tratamento redutivo, para clarear a poliamida, em banho à 800C durante 20 min.:
-1,0 g/l Zinco formaldeído sulfoxilato
-0,5 ml/l Ácido Fórmico 85%
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--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
209
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
31.1- Introdução
Por outro lado, como já temos mencionado durante este curso, as condições
fundamentais para o sucesso de um processo são:
• Toque e aparência final
• igualização
• solidez de acordo com a finalidade de uso ou do processo posterior,
• boa reprodutibilidade,
• segurança do processo,
• produção econômica.
210
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
Lembramos que a aplicação de corantes com solidez acima das exigidas implica
em gastos adicionais desnecessários.
-A comparação de custos não deve ser de corante x corante mas pela avaliação
do custo da receita.
211
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
31.7- Maquinário
212
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
213
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
214
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
J.R.Aspland e outros – What are dyes? What is Dyeing? Textile Chemist and
Colorist – 12 artigos – 01 a 12/1980
215
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
W.F. dos Reis / S.A. Abri – Aplicação do Naphtol AS e Bases líquidas na Indústria
Têxtil
216
--------------------------------BENEFICIAMENTOS TÊXTEIS---------------------------------
217