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UNIVERSIDADE​ ​FEDERAL​ ​DO​ ​RIO​ ​DE​ ​JANEIRO

Escola​ ​Politécnica
Departamento​ ​de​ ​Engenharia​ ​Industrial
Curso​ ​de​ ​Engenharia​ ​de​ ​Produção

Instalações​ ​Industriais
Professor​ ​Sérgio​ ​Leal

Carolina​ ​Ferreira​ ​Silva


Daniele​ ​Araujo​ ​Freire
Érika​ ​Baptista​ ​Salgado

Rio​ ​de​ ​Janeiro,​ ​Junho​ ​de​ ​2016


Sumário

1.​ ​Produção 4

2.​ ​Seleção​ ​do​ ​Produto 4

3.​ ​Localização​ ​da​ ​Indústria 4

4.​ ​ ​Estudo​ ​de​ ​Viabilidade​ ​Técnica 5

4.1.​ ​Engenharia​ ​Simultânea​ ​(Produto​ ​x​ ​Processo) 5

4.1.1​ ​Projeto​ ​do​ ​Produto 5

4.1.2.​ ​Projeto​ ​de​ ​Produção 6

4.1.3.Nível​ ​de​ ​Produção 12

5.​ ​ ​Planejamento​ ​da​ ​Indústria 15

5.0.​ ​Estrutura​ ​Organizacional 15

5.1.Recursos​ ​Humanos​ ​e​ ​Materiais 18

5.1.1.​ ​ ​Recursos​ ​Humanos 18

5.1.2.​ ​ ​Recursos​ ​Materiais 18

5.1.2.1.Equipamentos 18

5.1.2.2.​ ​Insumos 21

5.2.1.2.​ ​ ​Área​ ​de​ ​Armazenagem​ ​de​ ​Insumos 24

5.2.1.3.​ ​Área​ ​de​ ​Armazenagem​ ​de​ ​Produtos​ ​Acabados 24

5.2.1.4.​ ​Área​ ​de​ ​Manutenção 25

5.2.1.5.​ ​Área​ ​para​ ​Refeitório/Vestiário/Banheiros 25

5.2.1.6.​ ​ ​Área​ ​da​ ​Administração/Projetos 25

5.2.1.7.​ ​ ​Áreas​ ​Dispensáveis 26

5.3.​ ​Instalações​ ​Prediais 26

5.3.1.​ ​ ​Estruturas​ ​Prediais 26

5.3.2.​ ​ ​Condições​ ​Ambientais​ ​Internas 27

5.3.2.1.​ ​Ventilação​ ​e​ ​Iluminação​ ​Naturais 27

5.3.2.2.​ ​Ventilação​ ​e​ ​Iluminação​ ​Artificiais 27

5.3.2.3.​ ​Instalações​ ​Elétricas 30

5.3.2.4.​ ​Instalações​ ​Hidráulicas 30

5.3.2.5.Ar-Condicionado​ ​(Refrigerado) 32
1
5.3.2.6.​ ​ ​Sistema​ ​de​ ​Combate​ ​a​ ​Incêndios 32

5.3.2.7.​ ​Equipamentos​ ​de​ ​Sinalização​ ​Sonora​ ​e​ ​Visual 33

5.3.2.8.​ ​Cores​ ​de​ ​Revestimentos 34

5.4.​ ​ ​Instalações​ ​Externas 35

5.4.1.​ ​ ​Rede​ ​de​ ​Águas​ ​para​ ​Uso/Reuso 35

5.4.2.​ ​ ​Rede​ ​de​ ​Águas​ ​Servidas​ ​e​ ​Esgoto​ ​(ETC/ETE) 35

5.4.3.​ ​ ​Castelo​ ​(Caixa​ ​d’Água)/Sistema​ ​Elevatório 35

6.​ ​ ​Projeto​ ​Ambiental 36

7.1.​ ​Topografia 39

7.2.​ ​Mercado​ ​Consumidor 40

7.3.​ ​Fornecedores 40

8.​ ​Referência​ ​Bibliográficas 42

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1.​ ​Produção
Foi escolhida uma fábrica de roupas para realização do trabalho. Apesar de variar
dependendo da peça (camisa, bermuda, etc), o processo produtivo é, basicamente, o
mesmo.​ ​As​ ​etapas​ ​de​ ​produção​ ​são:
-​ ​Modelagem:​ ​São​ ​os​ ​moldes​ ​que​ ​são​ ​feitos​ ​a​ ​partir​ ​do​ ​desenho​ ​enviado​ ​pelo​ ​cliente.
-​ ​Corte:​ ​A​ ​partir​ ​do​ ​molde,​ ​o​ ​tecido​ ​é​ ​cortado​ ​de​ ​acordo.
- Costura: Este processo é feito através de várias máquinas de costura, com acabamentos
feitos​ ​em​ ​Overloques.​ ​Podem​ ​também​ ​conter​ ​bordados​ ​e​ ​demais​ ​detalhes.
- Estamparia: Caso se trate de uma peça que contem estampa, ela passa por uma
estampadora​ ​após​ ​a​ ​etapa​ ​de​ ​costura.
- Acabamento: Por fim, esta é a etapa de finalização da confecção da roupa. Nesta fase são
colocados​ ​os​ ​acessórios,​ ​como​ ​botões,​ ​zíperes,​ ​caseamento​ ​e​ ​demais​ ​detalhes.

2.​ ​Seleção​ ​do​ ​Produto


O produto selecionado foi a camiseta, visto que é de grande aderência na sociedade
sendo bastante comercializado. Além disso, tal peça foi escolhida pela curiosidade em
descobrir o processo produtivo do mesmo, e também por ser um produto relativamente

simples​ ​de​ ​se​ ​encontrar​ ​bibliografias​ ​que​ ​podem​ ​enriquecer​ ​o​ ​presente​ ​trabalho.

3.​ ​Localização​ ​da​ ​Indústria

Os​ ​principais​ ​Pontos​ ​Considerados​ ​para​ ​a​ ​escolha​ ​da​ ​localização​ ​da​ ​indústria​ ​foram:
● Acesso a distribuição de matéria-prima: no processo de criação de camisetas é
preciso obter grandes quantidades de tecidos os quais chegam em grandes
caminhões. Por isso, o lugar escolhido deve garantir um fácil acesso e saída deste
tipo​ ​de​ ​veículo​ ​para​ ​um​ ​tranquilo​ ​recebimento​ ​e​ ​saída​ ​dos​ ​mesmos.
● Acesso para a distribuição de produtos acabados: assim como a necessidade de
receber a matéria-prima é necessário, ainda, buscar que o local escolhido para a
confecção de camisetas possua um bom acesso para a distribuição dos produtos
acabados neste caso tanto para os clientes interessados como também para outros
lojistas.

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● Dar preferência para imóveis que possuam ​estrutura a qual permita montar uma
planta industrial ​necessária para a elaboração e produção de camisetas em alto
nível​ ​de​ ​quantidade​ ​e​ ​qualidade.
● Mão de obra qualificada para trabalho: ​ao escolher o local em que será instalado
o seu novo negócio é preciso considerar se no mesmo vai ser fácil encontrar
profissionais habilitados neste ramo os quais são essenciais para garantir os
resultados​ ​e​ ​produção​ ​com​ ​a​ ​quantidade​ ​e​ ​qualidade​ ​pretendidas.

A indústria será instalada em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, por ser um pólo de fábricas
de​ ​roupas​ ​e​ ​englobar​ ​todos​ ​os​ ​pontos​ ​acima.

4. Estudo​ ​de​ ​Viabilidade​ ​Técnica


4.1.​ ​Engenharia​ ​Simultânea​ ​(Produto​ ​x​ ​Processo)
4.1.1​ ​Projeto​ ​do​ ​Produto

A camiseta a ser produzida em nossa fábrica deverá ser constituída de algodão


malha podendo ou não conter estampas. As medidas variam segundo o tamanho e
modelagem (feminina ou masculina). Nas figuras abaixo podemos ver o protótipo e as
medidas​ ​de​ ​cada​ ​modelagem​ ​e​ ​tamanho.

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4.1.2.​ ​Projeto​ ​de​ ​Produção

A​ ​matéria​ ​prima​ ​utilizada​ ​para​ ​a​ ​confecção​ ​das​​ ​camisetas​ ​será​ ​o​ ​algodão

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Na produção de uma T-shirt a primeira etapa será transformar (aglomerar) as fibras num fio,
através de um processo que se designa por fiação e que é composto por várias etapas.
Uma vez produzido o fio, este será tricotado em máquinas que se chamam teares circulares
de​ ​malha,​ ​de​ ​forma​ ​a​ ​obter​ ​a​ ​malha.

Uma vez fabricada a malha, está será tingida nas cores pretendidas e sofrerá ainda um
processo de acabamento. Depois da malha ser tingida e acabada passamos à etapa em
que​ ​se​ ​fará​ ​a​ ​produção​ ​da​ ​T-Shirt:​ ​A​ ​confecção.

1) Fiação

A fiação engloba um conjunto de operações em que as fibras são aglomeradas numa


espécie de fita, que depois vai ser afinada e finalmente torcida para dar origem a um fio.
Durante a fiação são também eliminadas algumas impurezas vegetais e minerais
(terras)​ ​que​ ​ainda​ ​se​ ​encontram​ ​agarradas​ ​às​ ​fibras​ ​de​ ​algodão.

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Este conjunto de operações, que se sucedem umas às outras e que nos permitem
transformar aglomerados de fibras carregados de impurezas num fio, são feitas em
máquinas diferentes, de grandes dimensões e que hoje conseguem assegurar o
processo​ ​de​ ​uma​ ​forma​ ​completamente​ ​automática.

Ao longo do processo de fabricação do fio, são realizados em laboratório, um conjunto


variado de testes de controlo de qualidade, quer sobre as fibras, quer sobre o próprio fio,
que permitem garantir que o produto resultante do processo (o fio) apresenta boas
propriedades​ ​para​ ​ser​ ​posteriormente​ ​utilizado​ ​na​ ​fabricação​ ​da​ ​malha.

2)​ ​Tricotagem

O fio chega à tricotagem colocado em bobines. Cada bobine, que possui um formato
cônico para facilitar o desenrolar do fio durante a operação de tricotagem, contém
aproximadamente 1 kg de fio. A tricotagem consiste em formar uma malha obrigando o
fio a formar laçadas sucessivas. Na figura seguinte podes ver a forma como os fios são
entrelaçados​ ​na​ ​formação​ ​de​ ​uma​ ​malha.

A formação da malha tem lugar em máquinas designadas teares circulares de malha.


Os fios são alimentados por cima do tear, através da colocação das bobinas num
suporte próprio e à medida que a malha vai sendo produzida, vai sendo enrolada na
parte inferior do tear. Cada rolo de malha é posteriormente retirado do tear e conduzido
para​ ​as​ ​operações​ ​seguintes.

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O tipo de malha (ponto) é programado no tear através de um computador, sendo
possível programar inúmeros tipos de ponto e mesmo de efeitos (relevos) na estrutura
da malha. Já deves ter reparado que existem T-shirts e pólos com diferentes tipos de
malha.

O​ ​tear​ ​onde​ ​se​ ​forma​ ​a​ ​malha​ ​é​ ​idêntico​ ​ao​ ​da​ ​figura​ ​e​ ​trata-se​ ​de​ ​um​ ​tear​ ​circular​.

3)​ ​Tingimento

A operação destinada a colorir uniformemente o substrato têxtil é designada por


tingimento e é numa seção designada por tinturaria. Mas antes de efetuar o tingimento,
deve-se efetuar um branqueamento da malha. O Branqueamento serve para retirar
certas impurezas ou manchas e branquear a malha. Isto é feito com Peróxido de
Hidrogênio (Água Oxigenada) juntamente com outros produtos auxiliares e vai garantir
que o grau de branco da malha antes de tingir é todo igual ao longo da malha. Com o
branqueamento pretende-se obter um artigo branco e preparado para as operações
posteriores​ ​de​ ​tingimento

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Para efetuar o tingimento, pequenas moléculas de corante têm que se fixar às fibras de
algodão, que como sabes são a matéria-prima que constituem os fios, que por sua vez
utilizamos para fabricar a malha que produzimos na tricotagem. Na seção de Tinturaria
as máquinas utilizadas para efetuar o tingimento industrial designam-se por Jets. Nos
Jets a malha e o banho estão em constante movimento e através da adição do corante e
dos produtos auxiliares vamos tingir a malha na cor pretendida. O controlo de
temperatura é muito importante, tal como o movimento da malha, pois é a conjugação
destes dois fatores, juntamente com a ação dos produtos auxiliares que irá permitir às
moléculas de corante fixarem-se no produto têxtil (malha) de uma forma homogênea e
permanente.

4)​ ​Corte
Antes da etapa de corte, são realizados o enfesto e o risco. O enfesto é a operação de
sobrepor várias folhas de tecido com medidas determinadas respeitando suas larguras,
comprimento estabelecido pelo risco e encaixe e principalmente a capacidade de corte da
máquina utilizada, não comprometendo a qualidade da operação. Posteriormente é
realizado o risco, as marcações de piques, identificações feita para o processamento na
costura,​ ​numerações,​ ​furos​ ​e​ ​observações​ ​com​ ​ênfase​ ​em​ ​detalhes​ ​poucos​ ​visíveis.
Considerando a estabilidade do tecido, o processamento do risco é executado em papel
especial, próprio para esse fim. Atendendo às orientações criadas no desenvolvimento,
modelagem​ ​através​ ​de​ ​fichas​ ​técnicas​.

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5)​ ​Costura

Para essa etapa são utilizadas principalmente máquinas e equipamentos de costura,


através de um sistema de alimentação e uma linha de montagem. O sistema de
alimentação é efetuado manualmente por distribuidoras de serviços. Este sistema busca
basicamente a ordem, a seqüência da fabricação e principalmente a individualização dos
lotes de trabalho. Dentro de um layout racional possibilitando um percurso curto, de fácil
manuseio,​ ​otimizando​ ​o​ ​fluxo​ ​das​ ​operações​ ​da​ ​costura.

Na linha de montagem cada operador efetua uma parte da peça final, mediante
observação ou medida apropriada. È importante também estabelecer níveis de produção,
para que a seqüência não seja interrompida. Os tipos de equipamentos utilizados são os
que a peça exigir, destacamos os mais comuns e normalmente utilizados na maioria das
peças; reta ponto fixo, ponto corrente, pespontadeira (duas agulhas) ponto zig-zag,
overlock, ponto invisível, máquina de bolso social, interlock, caseadeira, pregadeira de
botões.​ ​etc.

6)​ ​Estamparia

Nessa​ ​etapa​ ​é​ ​realizada​ ​a​ ​colocação​ ​de​ ​estampas(quando​ ​necessário)​ ​através​ ​de
máquinas​ ​de​ ​prensa​ ​térmica.

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7)​ ​Acabamento/​ ​Arremate

As operações de acabamento servem precisamente para dar aos artigos têxteis as


propriedades​ ​finais​ ​de​ ​toque​ ​e​ ​aspecto,​ ​mais​ ​apropriadas​ ​ao​ ​fim​ ​a​ ​que​ ​se​ ​destinam.

Os acabamentos são efetuados em máquinas parecidas às utilizadas na tinturaria e quase


sempre é necessário utilizar água e produtos químicos que em determinadas condições
de tempo e temperatura vão conferir à malha o toque, o aspecto e outras propriedades
desejadas. Um exemplo de um acabamento que se efetua é o anti-pilling serve para que
não se formem bolinhas na camiseta. Muito embora se trate de uma operação de
acabamento, este tratamento é normalmente feito no Jet (máquina de tingir) logo após o
tingimento.

As​ ​peças​ ​ainda​ ​passam​ ​também​ ​pela​ ​revisão​ ​e​ ​pelo​ ​arremate.
Na revisão ocorre a verificação de medidas, para ver se a peça está alinhada na sua
estrutura, os itens verificados são mangas, pernas, golas, etc. Testa-se a qualidade da
costura​ ​se​ ​há​ ​desvios​ ​na​ ​costura,​ ​e​ ​também​ ​costura​ ​repuxada​ ​etc..

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As​ ​peças​ ​que​ ​não​ ​passam​ ​pela​ ​revisão​ ​retornam​ ​para​ ​o​ ​setor​ ​de​ ​fabricação​ ​para​ ​sofrerem
os ajustes necessários e as peças aprovadas são encaminhadas para o setor de
arremate.

Nesta etapa os produtos são (arrematados), ou seja, todas as linhas e fios de tecido
excedentes são retirados e as peças ficam empilhadas aguardando serem passadas. A
per​sonalização de camisetas através de estampas está entre uma das atividades mais
atrativas do momento, tendo uma concorrência mediana e exigindo um investimento inicial
relativamente​ ​baixo.

4.1.3.Nível​ ​de​ ​Produção


Para estimarmos o nível de produção, levamos em conta os fatores econômicos e
relacionados a demanda de camisetas na atualidade. ​Estampar camisetas não é nenhuma
novidade no mercado, pois se trata de uma atividade já consolidada em termos de público,
mas que nos últimos anos vem crescendo, especialmente devido ao fato de existirem
grupos de pessoas que se interessam pelo mundo da moda e ao mesmo tempo buscam a
individualidade, recorrendo a peças com estampas exclusivas. A estabilidade e lucratividade
desta atividade também se dão através da demanda que existe em empresas que
necessitam​ ​de​ ​peças​ ​personalizadas.
Para realizar as estimativa do nível de produção, optamos por utilizar métodos e métodos e
modelos estatísticos de previsão de demanda (modelos qualitativos e de decomposição em
séries temporais). E ainda, para as observações e organização dos dados utilizou-se o
software​ ​Microsoft​ ​Office​ ​Excel.
Ainda optou-se por analisar a projeção de vendas de empresas parecidas para projetar
nossa​ ​previsão.
Chegamos​ ​então​ ​a​ ​seguinte​ ​previsão​ ​de​ ​demanda:

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Na​ ​tabela​ ​abaixo​ ​podemos​ ​encontrar​ ​os​ ​dados​ ​encontrados​ ​na​ ​previsão​ ​de​ ​demanda:

4.1.4.​ ​Funções​ ​Logísticas​ ​na​ ​área​ ​de​ ​material​ ​e​ ​RH


As​ ​funções​ ​logísticas​ ​na​ ​área​ ​de​ ​material​ ​são:
1.​​ ​ ​ ​ ​Receber​ ​a​ ​matéria-prima,​ ​entregues​ ​pelos​ ​fornecedores;
2.​​ ​ ​ ​ ​Controle​ ​da​ ​qualidade​ ​da​ ​matéria​ ​prima,​ ​por​ ​meio​ ​da​ ​verificação​ ​manual;
3. L
​ evar o algodão para área de armazenagem e alocá-lo de forma adequada no espaço

destinado​ ​até​ ​o​ ​uso;


4. L
​ evar o algodão que será utilizado para as máquinas de produção e operá-las atéo fim

do​ ​processo.
5.​ ​Acompanhar​ ​todo​ ​o​ ​processo​ ​produtivo

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6.​​ ​Encaixotar​ ​as​ ​embalagens;
7.​ ​Transportar​ ​para​ ​a​ ​área​ ​de​ ​armazenagem​ ​dos​ ​produtos​ ​prontos;
8.​ ​Transportar​ ​para​ ​a​ ​área​ ​de​ ​veículos​ ​de​ ​distribuição,​ ​quando​ ​necessário;
​ ​9.​ ​Limpar​ ​as​ ​instalações.

Já​ ​as​ ​funções​ ​logísticas​ ​na​ ​área​ ​de​ ​Recursos​ ​Humanos​ ​são:

1)​ ​Recrutamento

O trabalho de RH tem seu início no recrutamento. Quando abre uma vaga, há a demanda
de contratar profissionais novos e devidamente capacitados para realizar tal função. São os
funcionários de recrutamento que possuem a responsabilidade de efetuar um mapeamento
dos cargos, para dessa forma definir o perfil para a vaga, e assim buscar maneiras de
divulgá-la, a fim de contratar o melhor profissional para a oportunidade ofertada pela
companhia.

2)​ ​Admissão

Ao selecionar o candidato ideal para a vaga em questão, o departamento de admissão


assume a responsabilidade da contratação. Para tornar essa tarefa concreta, os
responsáveis têm como objetivo recolher os documentos do funcionário contratado. Nessa
fase ainda são realizados todos os registros de benefícios do profissional, como
vale-alimentação​ ​e​ ​transporte,​ ​além​ ​do​ ​plano​ ​de​ ​saúde.

3)​ ​Treinamento

Após o recrutamento e admissão do colaborador, o funcionário do departamento precisa


realizar a integração do mesmo com a equipe da empresa. Para tal etapa, o funcionário
precisa fazer treinamentos, com o devido acompanhamento e supervisão dos responsáveis
da área. Lembrando que os funcionários da empresa necessitam passar por constantes
treinamentos, além de acompanhamentos para que a companhia sempre tenha os melhores
resultados,​ ​e​ ​consequentemente​ ​os​ ​lucros​ ​pretendidos​ ​em​ ​cada​ ​área.

4)​ ​Compensação​ ​dos​ ​funcionários

Essa fase é fundamental para qualquer empresa, não importa sua área de atuação, já que
ela tem como função realizar o controle de frequência dos colaboradores. A demanda
integra parte da rotina de administração do ramo. Eles que possuem a responsabilidade
ainda de fazer todos os cálculos das remunerações, benefícios, impostos, entre outros.

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Portanto, é extremamente importante que o quadro de pessoal do departamento esteja
sempre em dia com as informações de leis trabalhistas, para não ocasionar nenhum tipo de
problema​ ​à​ ​empresa,​ ​como​ ​um​ ​processo​ ​na​ ​Justiça,​ ​por​ ​exemplo.

5)​ ​Desligamento

Com a responsabilidade de cuidar dos funcionários que entram na companhia, essa área
ainda trata de quem sai. Ao ocorrer um desligamento, não importa o motivo, seja por
demissão por justa causa ou outra razão, o setor tem como função cuidar dos itens
definidos por lei. O departamento faz o cálculo dos valores, estabelece o aviso prévio do
funcionário, efetua um termo de rescisão, entre outras tarefas necessárias para que o
colaborador se desligue da empresa da forma correta e dentro da lei. Lembrando que
mesmo que a área tenha como a devida responsabilidade representar a companhia diante
do funcionário, os sindicatos, além dos órgãos de Justiça, é importante não confundir o
cargo. O setor não faz pagamentos, no entanto, prepara todas as documentações que são

necessárias​ ​para​ ​que​ ​a​ ​área​ ​do​ ​financeiro​ ​possa​ ​realizá-los​ ​corretamente.

5. Planejamento​ ​da​ ​Indústri​a

5.0.​ ​Estrutura​ ​Organizacional


Pensou-se em utilizar o modelo de organização mais enxuto, que atualmente é visto
em​ ​muitas​ ​confecções.​ ​Desta​ ​forma,​ ​segue​ ​abaixo​ ​o​ ​organograma:

Com relação a estrutura organizacional da fábrica, deverá haver um diretor que irá
ter a responsabilidade de planejar e administrar a produção, atuando também na definição
do planejamento estratégico, assim como responsável pela gestão ambiental de toda a
empresa.
Abaixo​ ​dele​ ​haverá​ ​o​ ​gerente​ ​da​ ​produção​ ​e​ ​o​ ​gerente​ ​administrativo.

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O gerente de produção terá funções referentes a logística de distribuição e de
entrega de matérias primas da fábrica, assim como a logística interna dos produtos em
produção e acabados. Gerenciará a qualidade das peças produzidas, criando mecanismos
de inspeção peça a peça. Além disso, ele será o responsável por capacitar e auxiliar os
trabalhadores dos postos de produção, sendo também responsável por haver manutenção
adequada​ ​nas​ ​máquinas.
Os funcionários no setor de operações, seriam responsáveis por operar os
processos​ ​de​ ​fiação,​ ​tricotagem​ ​e​ ​tingimento.
Os operadores de fiação tem por principal objetivo operar máquinas com o objetivo
principal​ ​da​ ​produção​ ​do​ ​algodão​ ​penteado​ ​a​ ​ser​ ​utilizado​ ​no​ ​restante​ ​do​ ​processo​ ​têxtil.
Já os operadores de tricotagem utilizarão o maquinário de modo a formar malhas de
entrelaçamentos​ ​de​ ​fios,​ ​assegurando​ ​os​ ​padrões​ ​de​ ​qualidade​ ​estabelecidos.
Já os trabalhadores responsáveis pelo tingimento, utilizam tal processo para dar
acabamento​ ​a​ ​fibras​ ​soltas,​ ​fios​ ​e​ ​tecidos​ ​em​ ​geral.
O processo de modelagem consiste no processo de criar a peça que será feita, com
especificações técnicas para a reprodução da mesma (desenho técnico com as medidas e
moldes)​ ​e​ ​também​ ​com​ ​a​ ​visão​ ​da​ ​moda,​ ​objetivando​ ​agradar​ ​ao​ ​público​ ​final.
Os funcionários do corte devem possuir prática em trabalhar com as malhas, de
modo a saber como determinados materiais reagem ao corte e também com processos de
lavagem.
Na etapa de costura os funcionários a alinhavar através de máquinas de costura a
peça que está sendo produzida. Vale ressaltar que atualmente é mais comumente feito em
série tal etapa, onde cada costureira realiza o mesmo processo em cada camisa, por
exemplo.
No processo de estamparia, dependendo do modelo, é necessário que os
funcionários estampem as peças de acordo com o que foi previamente estabelecido para
cada​ ​modelo​ ​de​ ​acordo​ ​com​ ​a​ ​gerência.
Os funcionários do setor de acabamento tem um trabalho mais detalhista e
minucioso, que consiste em propriamente um controle de qualidade : verificando as
especificações do tamanho, checar defeitos dos processos anteriores e também preparar a
peça​ ​para​ ​a​ ​entrega​ ​em​ ​si.
O gerente administrativo tem por objetivo planejar e controlar os recursos da fábrica,
sendo responsável pelos setores financeiro, recursos humanos, marketing/comercial, de
suporte.

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Os funcionários do setor financeiro são responsáveis pelas contas a pagar, compras
de maquinários, avaliando o retorno financeiro de determinados projetos e sua viabilidade.
Também​ ​realizando​ ​análises​ ​com​ ​relação​ ​a​ ​produção​ ​de​ ​peças​ ​e​ ​as​ ​vendas.
O recursos humanos é responsável pela contratação de pessoal, sendo também
responsáveis pela etapa de recrutamento e divulgação do processo seletivo em si. Também
são responsáveis pela criação dos planos de cargos e salários, com seus respectivos
benefícios. Outra função é auxiliar nas capacitações dos funcionários das etapas de
produção.
O setor de marketing e comercial tem por objetivo divulgar a marca nas redes
sociais e em outras mídias, criando propagandas criativas que tornam a marca conhecida.
Além disso, são responsáveis pelo contato com possíveis locais de venda, sendo a conexão
entre​ ​a​ ​marca​ ​e​ ​as​ ​lojas.
Os funcionários do suporte tem por função auxiliar toda a fábrica, fornecendo auxílio
quando qualquer maquinário apresentar mal funcionamento. Além disso, deve prezar pela
segurança dos funcionários, podendo realizar capacitações de segurança do trabalho e
como​ ​melhor​ ​utilizar​ ​o​ ​equipamento​ ​de​ ​maneira​ ​adequada.
O setor jurídico é fundamentalmente utilizado para a realização de contrato com
lojas, fornecedores e funcionários. Além de estar fornecendo consultoria nos casos de
recisão. Este setor pode na realidade ser através de uma consultoria, e não
necessariamente​ ​fazendo​ ​parte​ ​do​ ​organograma​ ​da​ ​empresa.

5.1.Recursos​ ​Humanos​ ​e​ ​Materiais

5.1.1.​ ​ ​Recursos​ ​Humanos


A área de recursos humanos é uma das mais importantes dentro de uma empresa
pois permite que ela funcione propriamente. Desta forma, os funcionários deste setor serão
responsáveis pela divulgação do processo seletivo, seja através do site da empresa ou de
sites​ ​especializados.
Além disso, deverão realizar a triagem de currículos e posteriormente as possíveis
etapas do processo seletivo (dinâmicas, entrevistas, provas e etc), avaliando e
selecionando​ ​aqueles​ ​que​ ​possuírem​ ​o​ ​perfil​ ​e​ ​a​ ​experiência​ ​atreladas​ ​a​ ​cada​ ​cargo.
A parte burocrática da admissão e da demissão, estão serão específicas desses
profissionais,​ ​verificando​ ​o​ ​pagamento​ ​das​ ​contribuições​ ​e​ ​salários​ ​dos​ ​empregados.

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São ainda responsáveis pelos planos de cargos e salários, criando assim planos de
desenvolvimento que visam dar motivação e aspiração ao trabalhador, fora a escala de
férias.
Relacionado a motivação, é de extrema importância que tal setor da empresa tenha
o objetivo de gerar integração entre os empregados e um bom convívio na empresa. Sendo
assim, é essencial criar políticas de motivação como por exemplo comemorações mensais
dos​ ​aniversariantes​ ​e​ ​também​ ​confraternizações​ ​quando​ ​se​ ​atinge​ ​determinada​ ​meta.
Outra preocupação é com o bem estar dos funcionários e o desenvolvimento de
suas habilidades relativas ao posto de trabalho. Desta forma, deve ser responsável por
organizar palestras de capacitações específicas e de segurança do trabalho, além de
cartazes​ ​pela​ ​fábrica​ ​que​ ​reinterem​ ​tais​ ​procedimentos.
Também tem como função comunicar faltas e o remanejamento de funcionários
entre​ ​as​ ​diferentes​ ​áreas​ ​da​ ​empresa.

5.1.2.​ ​ ​Recursos​ ​Materiais

5.1.2.1.Equipamentos
No setor administrativo devem ter computadores para que os funcionários possam
realizar suas funções, assim como o diretor e os gerentes. Devem ainda possuir internet,
impressora​ ​e​ ​servidor.
É importante também que haja ar condicionado na fábrica e também no escritório
para maior conforto dos funcionários, podendo ser o de janela por possuir menor custo
agregado.
No processo de acabamento deve-se conter ferros de passar, máquinas
etiquetadoras.

Já​ ​no​ ​processo​ ​de​ ​estamparia,​ ​deve-se​ ​ter​ ​uma​ ​máquina​ ​de​ ​estampar​ ​artigos​ ​têxtil.

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Na​ ​costura​ ​deve-se​ ​conter​ ​máquinas​ ​de​ ​costura​ ​para​ ​todos​ ​nesse​ ​posto.

No corte, há máquinas que ajudam na hora de realizar tal função de modo a ser
mais​ ​preciso​ ​e​ ​evitar​ ​desperdício.

No processo de modelagem é importante que tais funcionários tenham


computadores para realizar tais moldes de maneira mais prática, possuindo no mesmo
programas​ ​de​ ​visualização​ ​3D,​ ​como​ ​o​ ​AUTOCAD​ ​por​ ​exemplo.
No​ ​tingimento,​ ​deve-se​ ​utilizar​ ​a​ ​máquina​ ​de​ ​tingimento​ ​têxtil​ ​em​ ​escala​ ​industrial.

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Na tricotagem deve ser utilizado um tear industrial, além de outras ferramentas que
auxiliam​ ​em​ ​tal​ ​processo,​ ​como​ ​a​ ​pinça​ ​e​ ​a​ ​lançadeira.

No processo de fiação há alguns processos que visam ao final transformar as fibras


em fio. Sendo assim, deve-se utilizar uma carda, máquina esta que tem por função a
limpeza​ ​mecânica​ ​das​ ​fibras.

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Em seguida, deve-se utilizar o passador que através dos seus cilindros uniformiza o
peso​ ​das​ ​fibras.
A fiação penteada depende da utilização de três máquinas : reunideira, penteadeira
e​ ​a​ ​laminadora.
A reunideira basicamente reúne as fitas saídas da carda de modo a formar uma
manta.
A penteadeira tem por função uniformizar o comprimento das fibras, descartando os
que​ ​não​ ​se​ ​encontram​ ​de​ ​acordo​ ​com​ ​o​ ​padrão​ ​de​ ​qualidade.
A laminadora além de reduzir a espessura do fio também muda sua ductilidade de
acordo​ ​com​ ​o​ ​grau​ ​de​ ​laminação.
Após tais máquinas, o fio deve passar pela maçaroqueira onde o mesmo, que ainda
possui​ ​grande​ ​dimensão,​ ​será​ ​diminuído​ ​até​ ​a​ ​espessura​ ​de​ ​3​ ​a​ ​5​ ​mm​ ​de​ ​espessura.

5.1.2.2.​ ​Insumos
Para iniciar o processo de produção, torna-se indispensável o tecido a ser utilizado,
podendo​ ​o​ ​mesmo​ ​ser​ ​qualquer​ ​um​ ​que​ ​se​ ​adeque​ ​ao​ ​que​ ​irá​ ​ser​ ​produzido.
No​ ​caso​ ​de​ ​camisetas,​ ​utiliza-se​ ​muito​ ​algodão,​ ​linho,​ ​viscose​ ​e​ ​elastano.
Vale ressaltar que a escolha do tecido também pode estar atrelada ao design da
camisa​ ​ou​ ​até​ ​mesmo​ ​do​ ​propósito​ ​da​ ​mesma.
Na estamparia é de extrema importância a utilização da água, onde os corantes
devem​ ​se​ ​dissolver.
No processo de acabamento, são necessárias ferramentas como tesoura, agulha e
linha (para possíveis ajustes). A linha e a tesoura também se torna necessária no processo
de​ ​costura,​ ​assim​ ​como​ ​a​ ​agulha.
Na​ ​estamparia,​ ​se​ ​torna​ ​necessário​ ​a​ ​estampa​ ​necessária​ ​a​ ​ser​ ​impressa​ ​na​ ​peça.
No corte precisam-se de tesouras e equipamentos de medição, como réguas e
esquadros,​ ​assim​ ​como​ ​níveis​ ​para​ ​verificar​ ​se​ ​o​ ​corte​ ​possui​ ​a​ ​angulação​ ​desejada.

5.2.​ ​Planejamento​ ​de​ ​Instalações


5.2.1.​ ​ ​Projeto​ ​da​ ​Planta​ ​–​ ​Áreas
Para​ ​melhor​ ​visualização​ ​do​ ​espaço,​ ​foi​ ​elaborada​ ​uma​ ​planta​ ​baixa
da​ ​fábrica.
O prédio foi dividido em dois andares, sendo o primeiro destinado a produção e
escritórios,​ ​e​ ​o​ ​segundo​ ​ao​ ​refeitório,​ ​banheiros,​ ​etc.

21
5.2.1.1.​ ​ ​Área​ ​de​ ​Produção​ ​(Layout/Arranjo​ ​Físico)

As áreas de produção principais são: Operações, Modelagem, Corte, Costura,


Estamparia​ ​e​ ​Acabamento.
As áreas de operações, corte e modelagem ficam em salas separadas, enquanto a
costura, estamparia e acabamento dividem um mesmo espaço. Por motivos de
conveniência, é importante que a modelagem e o corte fiquem lado a lado, pois são

22
atividades que acontecem em sequência. O mesmo se aplica a costura, estamparia e
acabamento,​ ​que​ ​também​ ​devem​ ​ficar​ ​juntas.
Foi estimada uma produção de aproximadamente 1000 camisas por mês, e as
áreas​ ​foram​ ​dimensionadas​ ​de​ ​acordo​ ​com​ ​esse​ ​volume​ ​para​ ​atender​ ​a​ ​demanda:

Não existe nenhuma restrição forte para as áreas de produção. É interessante que
o​ ​corte​ ​fique​ ​o​ ​mais​ ​isolado​ ​possível,​ ​principalmente​ ​dos​ ​escritórios.
Além disso, as áreas de produção devem ser bem iluminadas, pois a costura,
principalmente, exige um alto nível de detalhamento, e bem ventiladas, para garantir o bem
estar​ ​dos​ ​funcionários.

5.2.1.2.​ ​ ​Área​ ​de​ ​Armazenagem​ ​de​ ​Insumos


Para a produção definida (1000 camisas por mês), se os insumos são comprados
uma vez por mês é necessário ter área de armazenagem para 2 meses. Em 1 mês a
quantidade necessária de tecido, estimando uma média de 1 m² de tecido por blusa, seria
de​ ​1000​ ​m².
Então, será necessário reservar uma área para estoque suficiente para armazenar
pelo menos o dobro disso, ou seja, 2000 m² de tecido. Um espaço de dimensões 50m x
40m​ ​ ​x​ ​1m,​ ​por​ ​exemplo,​ ​seria​ ​suficiente​ ​para​ ​isso.

5.2.1.3.​ ​Área​ ​de​ ​Armazenagem​ ​de​ ​Produtos​ ​Acabados


As camisetas possuem dimensões, em média, de 45cm x 67cm x 1 cm, volume de
3015 m² e peso de 250 g. Então, seriam vendidos 7,5 kg de roupas. Estimando um estoque
final​ ​para​ ​15​ ​dias,​ ​seria​ ​necessário​ ​espaço​ ​para​ ​armazenar​ ​apenas​ ​3,5​ ​kg​ ​de​ ​roupas.
Desse modo, não seria necessário ter um espaço muito grande disponível para o
estoque​ ​final.

23
5.2.1.4.​ ​Área​ ​de​ ​Manutenção
Em relação à manutenção, não foi reservada uma área específica da fábrica. O
motivo foi que, em primeiro lugar, a fábrica não possui espaço sobrando para a construção
de tal área. Além disso, máquinas de costura não são tão complexas e, caso ocorra um
problema,​ ​seria​ ​mais​ ​fácil​ ​chamar​ ​um​ ​serviço​ ​terceirizado​ ​para​ ​resolver.

5.2.1.5.​ ​Área​ ​para​ ​Refeitório/Vestiário/Banheiros


É extremamente importante que os funcionários possuam um refeitório e vestiários,
visto que passam boa parte do dia na fábrica. Foi escolhido o segundo andar para a
localização dessas áreas, pois fica longe da produção e, consequentemente, é mais
silencioso. Isso é importante também para que eles tenham um local de descanso, que fique
longe​ ​da​ ​área​ ​de​ ​produção.
Os banheiros estão incluídos na área dos vestiários, que ficam logo acima dos
escritórios.

5.2.1.6.​ ​ ​Área​ ​da​ ​Administração/Projetos


Em relação à área de escritórios, foi decidido que todos os escritórios ficariam
juntos no mesmo espaço, para facilitar o fluxo de informações. Dentro da área destinada aos
escritórios, haverá uma estação de trabalho para cada um destes: Diretor, Gerente de
Produção, Gerente Administrativo, Financeiro, RH, Marketing/Comercial, Suporte, além de
uma​ ​sala​ ​de​ ​reuniões.
Para facilitar o deslocamento das pessoas, é interessante que a mesa do Gerente
de​ ​Produção​ ​fique​ ​o​ ​mais​ ​perto​ ​possível​ ​da​ ​área​ ​de​ ​produção.

5.2.1.7.​ ​Área​ ​Externa


Na parte da área externa, foi feito um único estacionamento tanto para
carga/descarga quanto para visitantes. O espaço em frente à fábrica é suficientemente
grande para dar conta da entrada/saída de matéria prima e produtos e pelo menos 2 vagas
reservadas​ ​para​ ​eventuais​ ​visitantes.

24
Também é importante que haja um vigia no local, de modo a manter a segurança
das​ ​instalações.

5.2.1.7.​ ​ ​Áreas​ ​Dispensáveis


Não serão necessárias as áreas para subestação, grupo gerador, área para
depósito de combustíveis e área para guarda de veículos e reparos. A fábrica é de pequeno
porte, não possui muito maquinário e o processo de produção das camisas é simples. A
energia pode ser adquirida de forma convencional e, caso o serviço de gerador elétrico seja

necessário,​ ​ele​ ​pode​ ​ser​ ​terceirizado​.

5.3.​ ​Instalações​ ​Prediais

5.3.1.​ ​ ​Estruturas​ ​Prediais


O tipo de estruturas prediais depende das atividades que serão desenvolvidas ali
dentro. Sendo assim, foi-se decidido utilizar estruturas de concreto armado visto que as
mesmas​ ​possuem​ ​maior​ ​vida​ ​útil.
Na fábrica, deve-se ter um pé direito de 5 metros, enquanto que nos escritórios, terá
apenas​ ​3​ ​metros.
Com relação ao telhado, o modelo a ser utilizado será o de duas águas, pois o mesmo
auxilia​ ​na​ ​captação​ ​das​ ​águas​ ​das​ ​chuvas,​ ​representando​ ​assim​ ​maior​ ​economia.

25
5.3.2.​ ​ ​Condições​ ​Ambientais​ ​Internas

5.3.2.1.​ ​Ventilação​ ​e​ ​Iluminação​ ​Naturais

Em se tratando de iluminação natural, o posicionamento das janelas é muito


importante, pois as mesmas irão determinar o quanto de luz irá entrar durante o dia. No
Brasil, as janelas que possuem direcionamento para o norte acabam tendo maior
aproveitamento.
Outra medida bastante interesse para manter a luz natural dentro do ambiente seria
a​ ​utilização​ ​de​ ​telhas​ ​translúcidas.
A Norma Reguladora número 15 regula o máximo de temperatura que cada tipo de
função​ ​deve​ ​estar​ ​exposta.

Considerando os trabalhos da produção como sendo moderado e com 45 minutos


de trabalho e 15 de descanso, percebe-se que os funcionários devem estar inseridos em
ambientes​ ​com​ ​o​ ​máximo​ ​de​ ​temperatura​ ​entre​ ​26,8​ ​e​ ​28​ ​graus​ ​Celsius.
Para auxiliar na ventilação de tais trabalhadores, serão utilizadas janelas de 140 cm
de​ ​largura​ ​por​ ​120​ ​cm​ ​de​ ​altura.

5.3.2.2.​ ​Ventilação​ ​e​ ​Iluminação​ ​Artificiais

Além da ventilação natural, nas áreas de produção serão utilizados ventiladores

axiais que possuem menor custo agregado se comparado a ar condicionados e ainda


possibilitam​ ​a​ ​circulação​ ​do​ ​ar​ ​e​ ​a​ ​melhora​ ​da​ ​sensação​ ​térmica​ ​no​ ​ambiente​ ​de​ ​trabalho.

26
Se utilizar-se-ão 1 ventilador axial próximo de cada máquina para o operador da
mesma e a cada duas costureiras haverá 1 ventilador axial também direcionado para as
mesmas.
Também serão utilizados ventiladores axiais no refeitório (4 ventiladores axiais) e
nos​ ​dois​ ​banheiros​ ​(1​ ​ventilador​ ​axial​ ​em​ ​cada)​ ​localizados​ ​no​ ​segundo​ ​andar​ ​da​ ​planta.
Em se tratando da iluminação, a maneira mais econômica de se iluminar os
aposentos da fábrica é através do uso de lâmpadas fluorescentes tabulares, onde estas
possuem eficiência luminosa de 4 a 6 vezes maior que as incandescentes, e também
possuindo​ ​maior​ ​vida​ ​média.
De acordo com a Norma Brasileira Regulamentadora número 5413, segue-se a
quantidade​ ​de​ ​iluminância​ ​necessária.

O​ ​cálculo​ ​da​ ​iluminância​ ​é​ ​feito​ ​através​ ​da​ ​fórmula:


E​ ​=​ ​F/A
​ ​onde:
​ ​E​ ​=​ ​Iluminância​ ​em​ ​lux​ ​(lx)
F​ ​=​ ​fluxo​ ​luminoso​ ​em​ ​lúmens​ ​(lm)
A​ ​=​ ​área​ ​em​ ​metros​ ​quadrados​ ​(m​2​)

27
Sendo assim, o mínimo de iluminância no escritório é de 500 lux, já na
produção​ ​o​ ​mínimo​ ​é​ ​de​ ​1000​ ​lux​ ​devido​ ​ao​ ​trabalho​ ​manual​ ​principalmente​ ​das​ ​costureiras.
No escritório deverá haver aproximadamente 130 mil lm, dando um total de 16
lâmpadas​ ​de​ ​110W.​ ​Já​ ​a​ ​produção​ ​é​ ​dividida​ ​por​ ​áreas​ ​e​ ​dessa​ ​forma:
● Operações deverá haver aproximadamente 207 mil lm , dando um total de
lâmpadas​ ​27​ ​de​ ​110W.
● Modelagem deverá ter aproximadamente 152 mil lm, dando um total de 20
lâmpadas​ ​de​ ​110W.
● Corte deverá ter aproximadamente 99 mil lm, tdando um total de 13
lâmpadas​ ​de​ ​110W.
● Costura deverá ter aproximadamente 269 mil lm, dando um total de 39
lâmpadas​ ​de​ ​110W.
● Estamparia deverá ter aproximadamente 209 mil lm, dando um total de 27
lâmpadas​ ​de​ ​110W.
● Acabamento deverá ter aproximadamente 130 mil lm, dando um total de 17
lâmpadas​ ​de​ ​110W.

28
5.3.2.3.​ ​Instalações​ ​Elétricas
● ​ ​Equipamentos

Com relação às instalações elétricas, deve-se ter como parâmetro a NBR 5410
referente a Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Sendo assim, todos os cômodos devem
possuir​ ​proteção​ ​contra​ ​sobrecorrentes,​ ​efeitos​ ​térmicos,​ ​choques​ ​elétricos​ ​e​ ​sobretensões.
Para o caso específico de equipamentos que devem ser utilizados sobre situações
de emergência, os mesmos devem possuir tempo de funcionamento já pré determinado,
além​ ​dos​ ​dispositivos​ ​possuírem​ ​desligamento​ ​de​ ​emergência.

5.3.2.4.​ ​Instalações​ ​Hidráulicas


● Águas​ ​para​ ​uso​ ​(Humano/Equipamentos)
Abaixo segue a tabela estabelecida pela Norma Técnica Sabesp NTS 181 que
regulamenta o consumo em média por dia de cada funcionário de acordo com suas
funções.
● Consumo​ ​por​ ​operário:​ ​70​ ​litros​ ​per​ ​capita
40x​ ​70​ ​=​ ​2800​ ​litros
● Consumo​ ​para​ ​escritórios:​ ​50​ ​litros​ ​per​ ​capita
10​ ​x​ ​50​ ​=​ ​500​ ​litros
● ​ ​Reserva​ ​de​ ​Incêndio:​ ​1,2​ ​x​ ​(2800​ ​+​ ​500)​ ​=​ ​3960​ ​litros
● Capacidade​ ​da​ ​Cisterna:​ ​⅗​ ​x​ ​3960​ ​=​ ​2376​ ​litros
● Capacidade​ ​da​ ​Caixa-d’água:​ ​⅖​ ​x​ ​3960​ ​=​ ​1584​ ​litros

29
Considerando que há na fábrica e no escritório ao todo 50 funcionários, deve-se
conter dois banheiros (sendo ambos localizados no segundo andar da planta, sendo um
banheiro feminino e outro masculino, contendo duas pias e dois chuveiros em cada) e um
bebedouro,​ ​localizado​ ​no​ ​refeitório​ ​também​ ​no​ ​segundo​ ​andar.
● ​ ​ ​Águas​ ​Servidas​ ​(Esgotos/Equipamentos)

30
5.3.2.5.Ar-Condicionado​ ​(Refrigerado)
Será utilizado sistema de ar condicionado somente no segundo andar, em específico
no escritório. O mesmo possui área de 259,8297 metros quadrados e irá comportar até dez
pessoas.
O cálculo a ser utilizado de quantos BTUs tal área deve ter, é feito através da
fórmula:
Q = 600 x Área + 600 x (Número de pessoas - 1) + 600*(Número de equipamentos
eletrônicos)
Sendo assim, o total de BTUs que o ambiente deve possuir é de aproximadamente
168 mil, desta forma, o ambiente deve possuir 14 ar condicionados de janelas de 12000
BTUs.

5.3.2.6.​ ​ ​Sistema​ ​de​ ​Combate​ ​a​ ​Incêndios


Tendo como base a norma reguladora 23, e de acordo com o tipo de fábrica a ser
fabricado, nota-se que a mesma possui maior risco de incêndio associado aos tipo A, C, B e
D, visto que materiais combustíveis devem ser utilizados em algumas máquinas usadas na
produção.

Na fábrica, deverá ser utilizado o chamado “Químico Seco”. Ressaltando que no


caso de incêndios de classe A, o mesmo só será eficaz inicialmente, não surtindo maiores
efeitos​ ​após​ ​o​ ​alastramento​ ​do​ ​fogo.

31
Vale salientar que em específico no escritório há uma maior concentração de objetos
correspondentes a classe, de maneira que se torna necessário o extintor do tipo “Espuma”
que​ ​pode​ ​ser​ ​usado​ ​tanto​ ​para​ ​incêndios​ ​de​ ​classe​ ​A​ ​e​ ​B.

5.3.2.7.​ ​Equipamentos​ ​de​ ​Sinalização​ ​Sonora​ ​e​ ​Visual


Serão utilizados placas de aviso da proibição de fumar dentro das dependências da
fábrica,​ ​visto​ ​que​ ​expõe​ ​a​ ​todos​ ​o​ ​risco​ ​de​ ​incêndio.
As saídas de emergência devem ser sinalizadas através de placas e cartazes na
fábrica avisando o procedimento padrão em caso de emergência. Assim também será feito
com os extintores de incêndio, localizados em áreas de grande movimentação e possuindo
placas​ ​que​ ​auxiliem​ ​o​ ​seu​ ​uso.
Além disso, a fábrica conterá avisos sonoros no caso de emergência para que a
mesma​ ​seja​ ​evacuada.

32
5.3.2.8.​ ​Cores​ ​de​ ​Revestimentos
Com relação às paredes serão utilizadas cores claras nos ambientes internos e
externos, visto que cores claras refletem a iluminação, tornando o ambiente mais claro. Em
especial,​ ​utilizar-se-á​ ​branco​ ​e​ ​azul​ ​claro.
O piso deve ser de cor clara também, sendo cinza ou marfim de modo a harmonizar
com​ ​as​ ​cores​ ​da​ ​parede​ ​e​ ​dando​ ​uma​ ​maior​ ​impressão​ ​de​ ​espaço.
De acordo com as normas da ​ABNT NBR 6493 as tubulações devem apresentar
colorações específicas, de modo a sinalizar ao funcionário o que cada tubulação contém,
contribuindo​ ​assim​ ​para​ ​a​ ​segurança
.

33
5.4.​ ​ ​Instalações​ ​Externas

5.4.1.​ ​ ​Rede​ ​de​ ​Águas​ ​para​ ​Uso/Reuso


As máquinas de uma fábrica de roupas não precisam de água para funcionar. Logo,
os únicos ambientes que necessitam de um abastecimento de água são o refeitório e os
vestiários​ ​(ambos​ ​localizados​ ​no​ ​segundo​ ​andar).
A indústria de roupas não produz muitos efluentes, nem possui resíduos orgânicos,
logo,​ ​sua​ ​rede​ ​de​ ​esgoto​ ​pode​ ​ser​ ​a​ ​mais​ ​simples​ ​possível.

5.4.2.​ ​ ​Rede​ ​de​ ​Águas​ ​Servidas​ ​e​ ​Esgoto​ ​(ETC/ETE)


As tubulações são divididas em primárias, secundárias e coluna de ventilação. A
primeira se identifica como sendo aquela que possui conjunto de tubulações e dispositivos
onde têm acesso gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento.
Por sua vez a secundária, é aquela que possui conjuntos sem acesso a estes gases. Já a
coluna de ventilação possui tubo ventilador vertical cuja extremidade superior é aberta à
atmosfera, o que permite o escoamento dos gases emanados do coletor público para a
atmosfera.
A maioria efluentes líquidos são formados por resíduos de limpeza e esgoto sanitário
da fábrica. Como a empresa não possui grande porte, os efluentes serão encaminhados a
rede pública de esgoto sem qualquer tipo de tratamento específico, cabendo por parte da
instituição​ ​o​ ​tratamento​ ​para​ ​que​ ​os​ ​dejetos​ ​possam​ ​ser​ ​despejados​ ​na​ ​natureza.
Com relação aos resíduos sólidos, não há grandes desperdícios, visto que na
empresa têxtil boa parte dos produtos utilizados podem ser reprocessados e reinseridos no
processo. Os materiais e embalagens que apresentem algum problema serão separados e
reciclados​ ​por​ ​empresas​ ​terceirizadas.

5.4.3.​​ ​ ​Castelo​ ​(Caixa​ ​d’Água)/Sistema​ ​Elevatório


Um castelo d’água fornece água para empresas em casos em que há problemas
atrelados ao abastecimento de água. Fazendo assim, com que não haja maiores prejuízos
financeiros​ ​para​ ​a​ ​empresa​ ​devido​ ​ao​ ​seu​ ​não​ ​funcionamento.

34
Para empresas com o mesmo número de funcionários, é recomendado que seja
utilizado um castelo de 2000 litros. Tal equipamento deveria permanecer o mais próximo
possível das áreas que a água é extremamente necessária como os banheiros e refeitórios,
principalmente.
Visando a extensão da sua vida útil, é aconselhável que o mesmo seja feito de
material​ ​metálico.

6. Projeto​ ​Ambiental
Os principais impactos ambientais decorrentes do processo de produção têxtil são os
efluentes líquidos, os resíduos sólidos e as emissões atmosféricas, sendo assim de suma
importância​ ​prestar​ ​maior​ ​atenção​ ​a​ ​tais​ ​aspectos.
Os efluentes líquidos são oriundos de etapas da produção têxtil em que os produtos
químicos não ficam retidos no tecido, sendo assim altamente poluentes se forem
despejados no ambiente. Desta maneira, os efluentes devem passar por tratamento antes
de serem despejados, visando assim a diminuição do seu potencial poluidor e estando
dentro​ ​da​ ​margem​ ​aceitável​ ​daquela​ ​prevista​ ​na​ ​legislação.
O​ ​tratamento​ ​deve​ ​consistir​ ​de​ ​quatro​ ​etapas.
O pré-tratamento consiste em peneiras e grades que tem por objetivo retirar o material
sólido​ ​mais​ ​grosseiro.
O tratamento primário visa retirar os sólidos suspensos e a separação sólido-líquido
através​ ​do​ ​processo​ ​de​ ​filtração​ ​e​ ​do​ ​tratamento​ ​físico-químico.

35
No tratamento secundário são utilizados tanques de aeração ou lagoas anaeróbias para
a​ ​remoção​ ​da​ ​matéria​ ​orgânica​ ​em​ ​suspensão​ ​ou​ ​dissolvida.
Já o tratamento terciário é a remoção final que ocorre em tanques de decantação, após
passa-se pela apensação do lodo advento da etapa de tratamento secundário e em
seguida,​ ​pelo​ ​processo​ ​de​ ​descarte.

A lei estadual que orienta o descarte dos resíduos sólidos é a nº 4191 de 30 de


setembro​ ​de​ ​2003.
Durante o processo de produção, em específico no processo de fiação e de tecelagem
há perdas em média de 5% e 15% aproximadamente, podendo ser tais resíduos
reintegrados​ ​ao​ ​início​ ​do​ ​processo​ ​produtivo.
Já os resíduos comuns e plásticos advindos das embalagens devem ser armazenados
separadamente,​ ​através​ ​de​ ​coletas​ ​seletivas.
Em casos de utilização de queima de combustíveis fósseis, os resíduos gerados devem
ser armazenados em tonéis metálicos após o resfriamento, não podendo ser colocadas em
contato​ ​com​ ​o​ ​solo.
O lodo, gerado no processo de tratamento de efluentes, pode ser utilizado na adubação
e​ ​também​ ​pode​ ​ser​ ​usado​ ​na​ ​fabricação​ ​de​ ​componentes​ ​de​ ​construção​ ​civil.

Com relação às emissões atmosféricas, as mesmas são devidas principalmente as


caldeirão utilizadas para fornecer vapor. Sendo as mesmas atreladas ao combustível
utilizado​ ​na​ ​queima.
Vale ressaltar que no caso da queima de lenha, a fuligem oriunda da combustão pode
gerar graves problemas de saúde nos funcionários da fábrica e também dos moradores que
vivem​ ​ao​ ​redor.
Sendo assim, em caldeiras deve-se utilizar a lenha, pois a mesma diminui a emissão de
outros poluentes.Para o controle da fuligem, deve-se utilizar ciclone e filtros para caldeiras
de​ ​grande​ ​capacidade​ ​e​ ​catafuligem​ ​para​ ​caldeiras​ ​de​ ​pequena​ ​capacidade.

Além destas preocupações, deve-se ter principal atenção com o ruído durante todo o
processo, já que o mesmo se apresenta durante algumas etapas. Sendo assim, é
aconselhável a utilização do equipamento de proteção individual (EPI) nos processos que
se tornam mais barulhentos e se encontram acima de 85 decibéis medidos fora do ambiente
em​ ​que​ ​tem​ ​origem​ ​(Lei​ ​estadual​ ​nº​ ​126​ ​de​ ​10​ ​de​ ​Maio​ ​de​ ​1977).

36
Ademais, é válido salientar algumas medidas ambientes que são boas práticas de
preservação ambiental e também geram economia de recursos. Dentre elas, as mais
importantes​ ​para​ ​o​ ​processo​ ​são​ ​:
● Reutilizar a água usada no tingimento para processos que não seja
necessário​ ​utilizar​ ​água​ ​potável.
● Uso das águas das chuvas em processos menos importantes, como
primeiras​ ​lavagens​ ​de​ ​tingimentos.
● Ter​ ​telhas​ ​translúcidas​ ​para​ ​dessa​ ​forma​ ​aproveitar​ ​a​ ​luz​ ​natural.
● Aproveitar os tecidos não utilizados os descartados durante o processo para
outros​ ​fins.
● Incentivar a prática do consumo racional de materiais de plástico, criando o
hábito​ ​de​ ​não​ ​desperdício​ ​entre​ ​os​ ​funcionários.
● Substituição de corantes que apresentem metal na estrutura por outros que
não​ ​apresentem.
● Não​ ​usar​ ​querosene​ ​durante​ ​o​ ​processo​ ​de​ ​estampagem.

7. Localização​ ​da​ ​Planta


Como foi dito no item 2, o local escolhido para a planta foi o bairro de São Cristóvão.
Após pesquisar terrenos no bairro, o terreno escolhido com melhor custo/benefício foi este,
localizado​ ​na​ ​Rua​ ​São​ ​Luiz​ ​Gonzaga,​ ​no​ ​valor​ ​de​ ​R$​ ​450.000,00​ ​e​ ​área​ ​total​ ​de​ ​2.600​ ​m²​ .

37
7.1.​ ​Topografia
Analisando a topografia do local, podemos perceber que ele é predominantemente
plano,​ ​como​ ​mostra​ ​a​ ​figura​ ​abaixo:

Alguns locais possuem relevo elevado, mas isso poderia ser resolvido nivelando o
terreno. O preço deste local está bem abaixo dos demais terrenos à venda em São
Cristóvão, logo, mesmo que fosse necessário nivelar o terreno, seu custo continuaria sendo
menor.

7.2.​ ​Acessos​ ​Viários


O local escolhido para a fábrica está localizado entre duas das maiorias vias do Rio de
Janeiro.

38
O local da fábrica fica bem próximo à linha vermelha e à linha amarela, assim como de
outras grandes ruas. Isso facilita tanto a chegada de matéria prima quanto o transporte de
produtos​ ​até​ ​os​ ​clientes.

7.2.​ ​Mercado​ ​Consumidor


O bairro de São Cristóvão possui uma grande quantidade de lojas. Além disso, por
estar perto de grandes vias, não será difícil chegar nos grandes centros comerciais da
cidade.
É comum as fábricas de roupas em São Cristóvão terem sua própria loja ao lado da
fábrica, mesmo que ela seja fabricante para outras marcas de roupas. Desse modo, a
fábrica está localizada em um lugar estrategicamente localizado tanto para distribuir para
lojas em pontos no Rio de Janeiro, quanto para vender suas roupas fabricadas no próprio
local​ ​da​ ​fábrica.

7.3.​ ​Fornecedores
As principais matérias primas necessárias para uma fábrica de roupa são tecido e linha.
Abaixo estão representadas as lojas mais próximas de tecidos e material de costura,
respectivamente.

39
Como podemos ver, existe um grande número de possíveis fornecedores a uma distância
relativamente curta da fábrica. Isso é mais um motivo para a fábrica se localizar em São
Cristóvão,​ ​pois​ ​ele​ ​se​ ​encontra​ ​bem​ ​no​ ​meio​ ​dos​ ​principais​ ​fornecedores.

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8.​ ​Referência​ ​Bibliográficas

● http://designdecamisetas.blogspot.com.br/2010/01/camiseta-fabricacao_06.html
● http://www.blog.camisetasdealgodao.com.br/entenda-todo-o-processo-de-producao-
de-uma-camiseta/
● http://www.portaisdamoda.com.br/noticiaInt~id~17872~n~etapas+da+confeccao+cort
e+enfesto+modelagem+risco+costura+e+acabamento.htm#
● http://www.ietec.com.br/imprensa/logistica-uma-visao-geral-e-a-importancia-do-contr
ole-de-estoques/
● http://www.moocaup.com.br/tabela-medidas.html
● http://www.ibccoaching.com.br/portal/rh-gestao-pessoas/o-que-e-rh/
● http://www.resil.com.br/datafiles/uploads/sp_Instrucao_Tecnica_12.pdf
● www.arquitetaresponde.com.br/aproveitando-iluminacao-e-ventilacao-natural/
● http://www.bucka.com.br/o-extintor-classe-k-e-os-incendios-em-cozinhas/
● http://pt.slideshare.net/ElbioLuz/apostila-dimensionamento-de-extintores-de-incndio-r
s-v10
● http://fireprotection.com.br/saidas-de-emergencia-como-dimensionar/

41

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