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SINERGIA SISTEMA DE ENSINO

FENÔMENOS PATOLÓGICOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL1


Conceito, Origem e Formas de Tratamento.
Douglas Stefani Garcia2
Luan Motta3
Luiz Fernando Hartwig4
Prof. Maicon Anderson de Souza.5

RESUMO
Tendo em vista que os fenômenos patológicos se manifestam, na maioria das vezes, quando
um imóvel ou edificação já está sendo ocupado, muitas vezes, pressupõem-se que estes
fenômenos são originados simplesmente pela má conservação ou por algum problema
decorrente do mau uso da edificação, o que na maioria das vezes não é verdade. Quando se
realiza um estudo sobre as patologias, pode-se descobrir que o problema muitas vezes é
originado nas etapas de: projeto, escolha de matéria-prima, execução de mão-de-obra e
conservação/manutenção. O saber sobre as patologias construtivas, vai além de simplesmente
um diagnóstico, abrange conhecer sobre seu conceito, origem e desenvolvimento, para só
então poder se traçar um método adequado de tratamento que garantirá ao
proprietário/morador, um investimento, na maioria das vezes inesperado, mas que garantirá
uma solução definitiva para aquele problema.

PALAVRAS-CHAVE: Patologias, manifestações patológicas, estruturas.

1
Artigo elaborado em 2018 a partir das Normas da ABNT vigentes e apresentado ao Curso de Graduação em
Engenharia Civil, como requisito parcial para conclusão da Disciplina Materiais de Construção Civil I, ofertada
pelo Sinergia Sistema de Ensino – Navegantes/SC.
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Acadêmico do Curso de Engenharia Civil
3
Acadêmico do Curso de Engenharia Civil
4
Acadêmico do Curso de Engenharia Civil
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Professor da Disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica do Curso de Engenharia do Sinergia Sistema de
Ensino. Mestre e Doutor em Educação pela UNIVALI/SC.
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1 INTRODUÇÃO
O termo “patologia” é derivado do grego (pathos-doença, e logia-ciência-estudo) e
significa estudo da doença. Na construção civil pode-se atribuir aos estudos dos danos
ocorridos em obras e edificações. Diz-se que uma edificação apresenta algum tipo de
patologia quando apresenta defeitos, ou não atende as funções para qual foi projetado.

Para entendermos melhor este tema podemos fazer uma comparação entre os corpos
humanos e as edificações, assim como corpo humano. É constituído de esqueleto músculos,
peles e sistema nervoso as edificações são constituídas de estruturas, alvenaria, instalações
elétricas e hidráulicas. Assim como o corpo pode adoecer ou ter alguma deficiência as
construções também podem apresentar patologias. Assim como na medicina o estudo é feito
buscando identificar as origens destas patologias para propor medidas de intervenção efetivas.

Azevedo (2011), em concreto: ciência e tecnologia v.2, conceitua patologia de forma


precisa, mostrando que o termo tem maior empregabilidade na medicina e pode ser
interpretada como a ciência que estuda e faz diagnósticos das doenças, investigando suas
origens, seus sintomas, e seus mecanismos causadores.

As patologias podem ser causadas por diversos motivos entre os mais comuns estão
relacionados ao erro no cálculo estrutural, erro humano durante a construção, materiais de
pouca qualidade, infiltrações e excesso de carga (peso) sobre as estruturas. E manifestam-se
de diversas maneiras entre elas estão: trincas, fissuras, infiltrações, soltura do revestimento e
em casos mais graves podem casar o colapso da estrutura podendo haver o desabamento da
mesma.

Todos os tipos de edificações estão sujeitos a estas patologias que podem ocorrer na
fase de construção, como depois do projeto estar concluído e podem demorar até mesmo anos
para manifestar-se. Estes danos são problemas sérios que exigem uma atenção especial, cabe
ao engenheiro civil a função de estudar e propor soluções para estas patologias afim de
garantir a segurança dos ocupantes da edificação e a vida útil da mesma.

2 PATOLOGIAS NA ENGENHARIA CIVIL


2.1 Conceitos de Patologia na Engenharia
Preocupados com a deterioração precoce das edificações surgiu o um novo campo da
engenharia civil e engenharia dos materiais que tem como objetivo de estudar os danos
causados por estes problemas de forma cientifica, abordando suas origens, comportamento,
sintomas e seus agentes causadores. Este campo foi denominado como patologia das
construções.

Patologias em edificações ou vícios aparentes de acordo com o código do consumidor


são estudos extremamente importantes, pois podem identificar um estado de perigo pra a
estrutura ou a necessidade de manutenção corretiva, para evitar comprometimentos futuros da
edificação e garantir a segurança dos ocupantes.

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Os problemas patológicos, salvo em raras exceções apresentam manifestações externas
características, a partir da qual pode-se deduzir a sua origem e os mecanismos de fenômenos
envolvidos, assim como prever a suas consequências.

Conforme Souza e Ripper (1998) “O surgimento de problema patológico em dada


estrutura indica em última estancia e de maneira geral, existência de um ou mais falhas
durante a execução de uma das etapas da construção, além de apontar falhas no sistema de
controle de qualidade próprio de uma ou mais atividades”

Os problemas patológicos de maior gravidade localizam-se nas estruturas de concreto


armado, pelo risco evidente a integridade da edificação nestas são a corrosão da armadura do
concreto, armações mal dimensionadas e as fissuras.

2.2 Origem das Manifestações Patológicas


2.2.1 Etapa de Projeto (Concepção)
A ABNT NBR 6118:2014, define os critérios gerais a serem seguidos para a
elaboração de projetos estruturais tanto de concreto armado quanto protendido, incluindo
requisitos de qualidade estrutural, que são classificados como: capacidade resistente,
desempenho em serviço e durabilidade.
De acordo com Azevedo (2011), todas as especificações dos materiais e as
características que possam alterar elementos estruturais como a resistência do concreto,
deformação longitudinal, entre outros; devem ser descritas de forma clara pelo projetista.
Ainda segundo o autor, durante a execução da os dados informados devem ser conferidos,
através de ensaios com os materiais empregados.

Com todos os projetos e informações de execução, um profissional capacitado deve


elaborar ainda um manual de utilização, inspeção e manutenção, de modo a especificar
qualquer necessidade que a edificação venha a ter para que sua qualidade e integridade seja
preservada, conforme descrito nos itens 7.8 e 25.3 da ABNT NBR 6118:2014.

Ainda segundo a ABNT NBR 6118:2014, desde a fase de concepção de projeto, deve-
se levar em consideração os fatores de intempéries ocasionados pelo meio ambiente em que a
obra está situada. A norma classificada a agressividade ambiental e quatro classes, sendo elas:
fraca, moderada, forte e muito forte.

Azevedo (2011) ressalta que atualmente, ainda na fase de concepção, inter-relacionar o


máximo de fases da obra, de modo que seja avaliado e discutido todos os fatores essenciais
para o processo de construção, tem sido utilizado como meio de minimizar falhas e patologias
provenientes do projeto. Nesta interação devem estar presente os processos como: arquitetura,
estrutura, fundações, instalações elétricas, hidrossanitárias, de ar-condicionado,
impermeabilização, vedações, revestimentos de pisos e paredes internas e de fachada.

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Para Souza e Ripper (1998), os problemas patológicos originados pela falha na
fase de projeto são:

• Elementos de projeto inadequados;

• Falta de compatibilização entre estrutura e arquitetura;

• Especificação inadequada de materiais;

• Detalhamento insuficiente ou errado;

• Detalhes construtivos inexequíveis;

• Falta de padronização das representações (convenções);

• Erros de dimensionamento.

2.2.1 Etapa de Construção (Execução)


Segundo Souza e Ripper (1998), na etapa da execução da obra deve-se, inicialmente,
realizar a caracterização da obra, programação de atividade e elaboração do “lay-out” no
canteiro de obrar. Caso estes cuidados não sejam adotados é possível que ocorram falhas das
mais diversas naturezas, associados com condições de trabalho, não capacitação de
profissional da mão-de-obra, inexistência de controle de qualidade de execução, má qualidade
de materiais e componentes, irresponsabilidade técnica e até mesmo sabotagem.

Ainda de acordo com os autores, além dos fatores de tratamento interno da obra,
durante a fase de execução, fatores externos como o fornecimento de matéria-prima de baixa
qualidade podem comprometer a edificação e contribuir para o surgimento de patologias de
revestimento ou até mesmo estruturais, isso faz com que a obra fique dependente do grau de
evolução técnica alcançados pela indústria de materiais e componentes.

Souza e Ripper (1998), descrevem vários problemas patológicos que podem surgir
durante a fase de execução, desde erros grosseiros e aparentes como: falta de prumo,
desnivelamento de pisos, falta de caimento em pisos molhados, argamassas espessas para
assentamento de pisos cerâmicos; outros são menos visíveis, entretanto podem resultar em
problemas mais graves como: erros no escoramento, fôrmas, posicionamento e quantidade de
armadura e qualidade do concreto empregado.

2.2.3 Etapa de Utilização (Manutenção)


De acordo com Souza e Ripper (1998), ainda que a concepção e a execução tenham
sido feitas adequadamente, as estruturas podem apresentar problemas patológicos
provenientes da má utilização ou da falta de manutenção adequada. Ainda segundo os autores,
as patologias ocasionadas pela manutenção são, na maioria das vezes, originadas por
desconhecimento técnico, incompetência, desleixo e problemas econômicos.

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Azevedo (2011) relata que existe uma grande taxa de acidentes relacionados ao uso
inadequado ou a falta de manutenção, para o autor a principal causa capaz de ocasionar
acidentes graves, até mesmo fatais, é a sobrecarga das estruturas. Azevedo afirma que muitas
vezes essa sobrecarga é originada pela execução de reformas, por parte do proprietário, sem
um acompanhamento técnico, esta ação pode ocasionar consequências gravíssimas para a
estabilidade da obra.

Souza e Ripper (1998) explicam que alguns problemas patológicos provenientes do


uso das edificações podem ser minimizados com o fornecimento de informações adequadas, e
cita como exemplo as instruções que os moradores de um edifício devem ter sobre quais são
as paredes portantes de seus apartamentos, de modo que não venham a fazer nenhum tipo de
modificação nelas sem uma consulta prévia e a assistências de um profissional capacitado.

Ainda sobre as manifestações patológicas decorrentes da utilização, a ação do


ambiente por meio de intempéries pode contribuir para o surgimento de problemas estéticos e
até mesmo estruturais. Lembo (2011) em seu estudo sobre Patologias de edifícios
industrializados feitos através de painéis de concreto pré-fabricados, compara a ação de três
climas das cidades italianas de Lagonegro, Chiaromonte e Francavilla, onde a atuação dos
ventos, chuvas e neve atacaram edificações semelhantes de diferentes formas, intensidades de
localizações, ocasionando infiltrações e problemas de revestimento.

2.3 Principais Causas das Manifestações Patológicas:


Souza e Ripper (1998), assemelham as patologias construtivas com doenças
fisiológicas humanas e afirmam que assim como nas doenças, as patologias construtivas
precisam ter suas causas esclarecidas antes de se iniciar um tratamento. Os autores explicam
que existem duas classificações de causas, sendo elas as causas intrínsecas e extrínsecas, que
podem ou não interagirem entre sí.

Os autores explicam que as causas intrínsecas são aquelas relacionadas a elementos


físicos diretamente ligadas as estruturas como matéria-prima, peças e acessórios estruturais,
podendo ocorrer na fase de execução e/ou utilização. As causas extrínsecas são aquelas onde
as causas estão diretamente ligadas a fatores externos a estrutura, ou seja, onde o ataque
patológico ocorre “de fora para dentro”, durante a fase de concepção ou ao longo da vida útil
da edificação.

Nos quadros abaixo adaptados da obra Patologia, recuperação e reforço de estruturas


de concreto, de Souza e Ripper (1998), pode-se entender quais as causas são intrínsecas e
quais são extrínsecas.

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Transporte

FALHAS HUMANAS DURANTE A CONSTRUÇÃO


Lançamento
DEFICIÊNCIAS DE
Juntas de concretagem
CONCRETAGEM
Adensamento
Cura
INADEQUAÇÃO DE ESCORAMENTO E FÔRMAS
Má interpretação dos projetos
Insuficiências de armaduras
Mau posicionamento das armaduras
DEFICIÊNCIAS NAS
Cobrimento de concreto insuficiente
ARMADURAS
Dobramento inadequado das barras
Deficiências nas emendas
Má utilização de anticorrosivos
Fck inferior ao especificado
UTILIZALÃO Aço diferente do especificado
CAUSAS INTRÍNSECAS

INCORRETA DOS Solo com características diferentes


MATERIAIS DE Utilização de agregados reativos
CONSTRUÇÃO Utilização inadequada de aditivos
Dosagem inadequada do concreto
INEXISTÊNCIA DE CONTROLE DE QUALIDADE
FALHAS HUMANAS DURANTE A UTILIZAÇÃO (ausência de
manutenção)

CAUSAS PRÓPRIAS À ESTRUTURA POROSA DO CONCRETO

Reações internas ao concreto


Expansibilidade de certos
constituintes do cimento
CAUSAS NATURAIS

Presença de cloretos
CAUSAS QUÍMICAS
Presença de ácidos e sais
Presença de anidrido carbônico
Presença de água
Elevação da temperatura interna do
concreto

Variação de temperatura
Insolação
CAUSAS FÍSICAS
Vento
Água

CAUSAS BIOLÓGICAS
Quadro 01: Causas intrínsecas aos processos de deterioração das estruturas de concreto

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Modelização inadequada da estrutura
Má avaliação das cargas
Detalhamento errado ou insuficiente
FALHAS HUMANAS
Inadequação ao ambiente
CAUSAS EXTRÍNSECAS
DURANTE O PROJETO
Incorreção da interação solo estrutura
Incorreção da consideração de juntas
de dilatação
Alterações estruturais
FALHAS HUMANAS Sobrecargas exageradas
DURANTE A UTILIZAÇÃO Alteração das condições do terreno
de fundação
Choques de veículos
AÇÕES MECÂNICAS Recalque de fundações
Acidentes (ações imprevisíveis)
Variação de temperatura
AÇÕES FÍSICAS Insolação
Atuação da água
AÇÕES QUÍMICAS
AÇÕES BIOLÓGICAS
Quadro 02: Causas extrínsecas aos processos de deterioração das estruturas de concreto

2.4 Manifestações Patológicas:


Problemas patológicos em sua maioria são causados por agentes agressivos, onde a
estrutura material de construção civil não é capaz de se adaptar, conforme a exposição desses
materiais aos agentes pode verificar que apresentam manifestações patológicas variando em
casos graves e em casos onde não se apresenta atenuantes.

Cada material tende a ter uma resistência característica a ação para cada agente
agressivo. Problemas patológicos podem ser originados durante a fase de construção ou ser
adquirida na fase de uso. Quanto a atuação de agentes patológicos com intensidade maior que
a resistência do material de construção civil geralmente causas são originadas um conjunto de
agentes agressivos e não de uma causa única, onde pode classificar em causas eficientes ou
operantes e ou causas coadjuvantes ou predisponentes.

2.4.1 Diagnóstico:
O diagnóstico tendo como objetivo final o entendimento de um quadro geral de
fenômenos e manifestações dinâmicas, pressupõe um processo complexo e intrincado de
elaboração mental. Este processo de entendimento da situação e de elaboração mental se
inicia, conforme Renond-Silas[14], assim quando se é estudado problema patológico,
processo de diagnostico não se inicia apenas em após o levantamento do quadro
sintomatológico dos materiais.

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Deve-se fazer levantamento e histórico de patologias das construções, também exames
e ensaios de campo e em laboratórios são feitos com sentido de divisão e quantificar os
sintomas isoladamente. Para obter o conhecimento de como reage o material a o agente
agressivo a qual está sendo exposto. Como surgiu e como se desenvolveu o problema
patológico e assim por diante.

Simplificando, o processo de entendimento de problemas patológicos pode-se dizer


que é de geração de hipóteses e modelos e seu respectivo teste, sendo isso que a partir de
determinados dados fundamentais, onde comparasse estes modelos de com quadro
sintomatológicos geral e ao conhecimento que se tem pela patologia, assim reduzindo cada
vez mais as incertezas, sendo que cada fase de análise da patologia diminui a quantidade de
hipóteses, até que chega a uma correlação satisfatória entre o problema observado em
diagnóstico da patologia.

Conforme diagrama a seguir podemos verificar o processo de diagnósticos de


patologias.

PROBLEMA

VISTORIA DO LOCAL EXAMES


ANAMESE
COMPLEMENTARES
UTILIZAÇÃO DOS
SENTIDO HUMANOS INFORMAÇÕES GERAIS
IN LOCO
UTILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES
EM LABORATÓRIO
INSTRUMENTOS FORMALIZADAS

POSSÍVEL DIAGNÓSTICO PESQUISA

BIBLIOGRÁFICA
DIAGNÓSTICO
TECNOLÓGICA
ORIGENS
CIENTÍFICA
CAUSAS
MECANISMOS DE
OCORRÊNCIAS

ALTERNATIVAS DE
PROGNÓTICO
INTERVENÇÃO

DEFINIÇÃO DA CONDUTA

TERAPIA

COLAPSO PROTEÇÃO
DETERIORAÇÃO REPARO
INSATISFATÓRIO RESTRIÇÃO AO USO

PESQUISAR
AVALIAÇÃO EXECUÇÃO

REGISTRO DO CASO

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2.4.2 Prognósticos para Manifestações Patológicas:
Conhecido o diagnostico onde o problema da patologia, portanto deve preparar sua
intervenção.

Prognostico e baseado em dados fornecidos pelo tipo de problema. Pelo estágio de


desenvolvimento junto das características gerais dos materiais e pelas condições de exposição
a que está submetido, entram e consideração quadro de evolução da patologia e suas
circunstancias e m que porventura se apresentam. Assim aplicasse os conhecimentos técnicos
para elaboração de comparação entre os processos físicos e químicos das patologias na sua
evolução.

A avaliação de futuros desenvolvimentos de patologias quando corretamente


executada pode graduar a possibilidade que alcance o objetivo inicial do processo que pode
ser simples como eventualmente o desaparecimento de um sintoma, mais complexo como é a
restruturação do modo que se trabalha como estágio de evolução, que podem exigir a
reformulação do objetivo inicial no sentido de que o problema simplesmente de progressão e
outros que conforme o prognostico o que se pode almejar é que a situação não piore.

Existem problemas patológicos, por outro lado, que praticamente não permitem
qualquer tipo de intervenção conduzindo o edifício num maior ou menor prazo no sentido do
fim de sua vida útil. Nestes casos, de prognósticos pessimista quanto a evolução de problema,
uma distinção terminológica deve ser feita quando a expressão “prognostico ruim”. Muitas
vezes é utilizada a expressão “prognóstico ruim” quando a evolução desfavorável é prevista.
Nestes casos, se for inevitável a perda do edifício, o prognostico estava correto, e portanto
segundo “Chastang[15], era bom não “ruim”. Ainda segundo Chastang, ser evitada a confusão
entre o ato de prever e o resultado da previsão.

3 CONSIDERAÇÕES PARCIAIS

Pode-se concluir com o estudo que existe diferentes tipos de patologias qual podem ser
prejudiciais as estruturas de construção civil, sendo elas pelas condições climáticas ou até por
produtos de baixa qualidade na sua utilização, também utilização de forma incorreta no dia a
dia das obras até mesmo pela falta de conhecimento ao manuseio dos mesmos.
Nos casos quais as estruturas apresentam problemas com patologias, que deverá ser usada
uma linha de estudo da problemática a qual se está submetido a estrutura conforme a
patologia, assim consideramos que analise da mesma deverá ser em fases sendo:
Primeiramente feito o levantamento da maior quantidade de informações para o entendimento
da problemática qual a estrutura se encontra, após do diagnostico deverá ser feito o
prognóstico e assim definir uma conduta a partir da escolha de alternativa de intervenção,

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mais conveniente. É apresentado a aplicação real da metodologia proposta em diferentes casos
onde os tratamentos diferentes deveram obter o máximo de êxito para preservação e
manutenção das estruturas.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR6118: Projeto de estruturas


de concreto — Procedimento. 3 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 2014. 238 p. Disponível em:
<https://pt.slideshare.net/jonathanlopes9026/nbr-6118-2014-projeto-de-estruturas-de-
concreto-procedimento-verso-corrigida>. Acesso em: 30 jun. 2018.

AZEVEDO. Minos Trocoli. et al. Concreto: Ciência e Tecnologia. São Paulo: Ibracon, 2011.
1902p, v.2.

INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA. II:


NORMA DE INSPEÇÃO PREDIAL NACIONAL. São Paulo: Ibape, 2012. 17 p.

LEMBO, Feliberto. PATHOLOGIES OF INDUSTRIALIZED BUILDINGS MADE BY


BEARING PRECAST CONCRETE PANELS: The Case Study of Intervention with the
Same Building System at Chiaromonte (27 dwellings), Francavilla in Sinni (27 dwellings)
and Lagonegro (36 dwellings). In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON DURABILITY
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use somente números Arábicos., 2011, Porto - Portugal. Case Study. Porto: Dbmc, 2011. p. 1 -
8. Disponível em: <http://www.irbnet.de/daten/iconda/CIB22468.pdf>. Acesso em: 30 jun.
2018.

SOUZA, Vicente Custódio Moreira de; RIPPER, Thomaz. Patologia, recuperação e reforço
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CHANTANG, C. & AUQUEIER, *A. & GREMY, F. Prognostic knowledge; interest and
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LICHTENSTEIN, N. B. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES. BOLETIM TÉCNICO 06/86


ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. 35P/1986.

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (IPT).


Patologia na construção; programa de coleta de informações. São Paulo, 1981 (Relatório no
14754).

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