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SECRETARIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

ORIENTAÇÃO PARA FORMAÇÃO – INÍCIO DO 2º SEMESTRE LETIVO (24/07/2018)

Formação continuada dos profissionais da educação que atuam na escola, segue a


proposta de orientação para o início do segundo semestre letivo em 24 de julho de 2018

Objetivos:

Elaborar duas questões, apresentar dúvidas ou registrar comentários para


enviar a GRE tendo em vista o documento do estado de Pernambuco que será
encaminhado ao Conselho Nacional de Educação – CNE/MEC.

PERGUNTAS:

As diretrizes para o Ensino Médio mão apresentam as habilidades que devem ser
ensinadas; esta ausência de dados específicos pode fazer que se crie currículos
diferentes pelos estados. Como fazer que isso não aumente a desigualdade?

Com relação as avaliações externas e o ENEM, que disciplinas serão avaliadas? As


disciplinas não obrigatórias ficarão de fora?

Como motivar os alunos a trabalhar a prática de conteúdo teórico, contextualizando o


conhecimento?

Como os professores devem atuar com relação as estratégias de ensino?

É possível, dentro da situação atual, motivar alunos e professores obtendo resultados


mais satisfatórios?
A contextualização é possível em todas as situações?
O número de conteúdo é suficiente, demasiado ou alocado erroneamente ?

Como se pretende qualificar os professores que já estão nas redes, para trabalhar com
metodologias tão diversificadas, quando a sua formação inicial não o faz.?

Para que possamos desenvolver as competências nos alunos, será necessário muito
investimento. De onde o governo pretende tirar os recursos?

Os objetivos de aprendizagem do seu componente ou área deixam claro o que precisa


ser ensinado para os alunos?

Há objetivos de aprendizagem que não constam no texto, mas você os julga


importantes?Há possibilidades de interdisciplinaridade entre os componentes
curriculares? Estão sendo consideradas na BNCC?

Na área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, o ensino de Artes aparece com uma
proposta ampla, ficando claro o que se propõe para essa disciplina no Ensino Médio.
Nesse sentido, de que forma o docente de artes pode colocar em prática o fazer artístico
dos alunos com 1h/a semanal? O mesmo acontece com as disciplinas de sociologia e
filosofia, o que fazer? E como fazer? Dê exemplos.

Levando em conta a perspectiva da inclusão, como a BNCC do ensino médio trata a


educação especial?

Se a mudança no ensino médio vem desde 2013, porque continuaram ofertando


licenciaturas nas áreas que não estarão na BNCC do ensino médio?

Qual a diferença entre BNCC do ensino médio e reforma do ensino médio? Essa distinção
poderá ser visualizada na prática em sala de aula?

De que modo podemos adaptar os conteúdos multidisciplinares de maneira a


contemplar as competências gerais da Educação Básica?

Diante da proposta da BNCC voltada para o Ensino Médio, como vivenciar as produções
culturais e literárias se não há distribuição de livros didáticos?

Como trabalhar a integralidade do desenvolvimento humano se de acordo com a Base


Nacional Comum Curricular para o Ensino médio, já se cogita que 40% das disciplinas do
currículo sejam ministradas no formato à distância?

Como podemos trabalhar essa igualdade educacional em um país com tanta


discrepância no âmbito social, político e econômico?

A educação integral, da forma que está proposta, vai atender a todos os âmbitos da
educação brasileira?

Se um dos focos da BNCC é equalizar níveis de aprendizagem, como serão abordados, a


nível normativo, os regionalismos?

Que pressupostos pedagógicos irão garantir a reversão de uma situação de exclusão


histórica caótica e “estabelecida”?

Diante das diversidades, múltiplas perspectivas culturais, sociais e de aprendizagem, a


“unificação” proposta pretende preencher as lacunas subsidiando ou reestruturando os
espaços em questão?

Como será o modelo de funcionamento que propõe a BNCC na interdisciplinaridade e


nas competências socioemocionais?

Como essa mudança irá reverter à queda da matrícula, da evasão escolar e d defasagem
de idade-série?

O aluno escolherá a área do conhecimento que mais o identifica.Com o decorrer do


curso ele poderá mudar de área de conhecimento?

Considerando o contexto social, a distribuição de renda em nosso país e as


eculiaridades de cada região. De que maneira a BNCC irá tratar essas problemáticas
com o objetivo de superar barreiras levando a nivelação do ensino médio?
Como será implementado o itinerário referente ao ensino técnico, nas escolas da rede
estadual? Serão contratados professores específicos ou serão aproveitados os da rede,
conforme suas habilidades?

A estrutura física da escola será adequada à demanda de cada itinerário?

Quais as mudanças que a bncc traz em relação às avaliações? Cada disciplina faz a sua
separadamente ou faz-se uma por área do conhecimento envolvendo os conteúdos e
habilidades trabalhados pelas disciplinas que compõem determinada área do
conhecimento? Essa avaliação seria tradicional, com questões de múltipla escolha como
o formato utilizado no exame nacional do ensino médio – enem e na rede pública de
ensino?

Como essa nossa organização proposta pela bncc do ensino médio pode favorecer na
escolha do projeto de vida e na carreira futura dos estudantes?

O desenvolvimento das competências no espaço escolar estabelece uma ponte


pedagógica entre conteúdos técnicos e as diversas possibilidades da formação humana
global, efetivando assim a necessidade de um educador com formação intelectual
abrangente, capacitado para reger os diversos elementos que interferem diretamente
na construção de uma prática pedagógica consistente, fato pouco comum dentro
do ambiente escolar de nossas escolas. Dessa forma o grande questionamento é sobre
a necessidade do preparo e formação continuada dos profissionais da educação para
esse novo conceito de educação e ensino-aprendizagem. Como discutir e construir
competências tão significativas para formação global dos nossos alunos, em um
universo de professores com formação humana, profissional e cultural tão
diferenciadas?”

Como desenvolver competências diversas sem profissionais especializados como


pedagogos, psicopedagogos e psicólogos, por exemplo, para dificuldades e/ou
problemas enfrentados diariamente no âmbito escolar?

Só a criação da BNCC fará os educandos do norte e do nordeste estarem no mesmo nível


de aprendizagem dos educandos das regiões do sul e do sudeste?

Em que ponto o professor tem liberdade para inserir essas competências em seu
currículo escolar?

Que tipo de avaliação e preparação é feita com o profissional e com o aluno para saber
se as competências foram aplicadas?

Por que a elaboração da bncc do ensino médio está acontecendo de forma


concomitante as outras bnnc´s dos níveis básicos da educação ou seja, pó que não
esperar que elas sejam colocadas em práticas, para só então partir para implantá-la no
ensino médio?

Como o sistema educacional dará suporte para que se possa atingir as competências
propostas pela bncc do ensino médio?
Existe hoje uma discordância entre os conteúdos exigidos na grade curricular e no
programa de registro de aulas –siepe levando em conta o monitoramento de conteúdos,
existe algum termo da bvnnc que veja e oriente essa didática dos conteúdos?

De que forma a BNCC pretende abordar a questão das diferenças em sala de aula? Quais
meios/ auxílios a BNCC trará para trabalharmos a formação integral do aluno em cada
disciplina?

Dentro do universo digital iremos dispor de quais instrumentos para mobilizar as


práticas de linguagens?

Com relação à diversidade quais instrumentos poderão ser utilizados para trabalhar os
valores democráticos de igualdade e os direitos humanos?

Quais desafios encontrados ao incorporar a tecnologia no ensino de acordo com a


BNCC?

Qual o papel que a BNCC desempenha no processo educacional?

Com exceção de língua portuguesa e matemática (que possuem as habilidades


específicas indicadas no documento), os demais componentes curriculares que
compõem as áreas do conhecimento não são contemplados. Nesse caso, qual será a
diretriz seguida para a elaboração do currículo?

Os estados terão autonomia para elaborar seus currículos, tendo em


vista as particularidades locais. No entanto, o principal mecanismo
para o ingresso nas IES é o ENEM, que exige uma visão holística das
áreas do conhecimento. Como esse impasse será solucionado?

Como fica a situação profissional do professor que tem dois vínculos?

O alunos que precisam trabalhar ou já trabalham como poderiam cumprir a carga


horária demandada?

Para uma proposta desse porte, precisa existir uma estrutura adequada, como será
atendida essa demanda?

Do ponto de vista do currículo, como irão ficar as disciplinas da área de humanas?

Como fica a Educação de Jovens e Adultos, nível Ensino Médio (EMEJA) com a BNCC,
uma vez que o aluno conclui o curso em metade do tempo do Ensino Médio, ou seja, 18
meses?

Sabemos que a BNCC do Ensino Médio tem a parte obrigatória com os componentes
curriculares de Língua Portuguesa e Matemática e a parte flexível com outros
componentes curriculares. A dúvida é com relação ao critérios utilizados para selecionar
os componentes curriculares não obrigatórios, quais serão esses currículo?
Como utilizar as competências digitais se não há subsídios tecnológicos em sala de aula
e não há professores proficientes em trabalhar as diferentes linguagens tais como
Libras?

Como contemplar a contextualização, exemplificação e torná-las significativas, sem uma


base legal de estudo socioeconômico e cultural da região?

COMENTÁRIOS:

Reconhecemos a importância da cultura digital como uma competência importante a


ser desenvolvida pelo estudante na escolaridade básica, no entanto é necessário
investimento na formação do professor para o correto uso das mais diferentes
ferramentas tecnológicas e digitais para que possam trabalhar adequadamente com os
estudantes. Também é necessário equipar as escolas com esses meios tecnológicos,
garantindo acesso à internet, equipamentos para uso nas aulas, manutenção dos
espaços chamados de laboratórios de informática e profissionais responsáveis por tais
espaços.

A BNCC precisa considerar que nem todos os conhecimentos estudados no ensino


fundamental foram assimilados pelo educando de forma que possam ser aprimorados
com êxito no Ensino Médio.

Os documentos oficiais relativos à educação parecem ter sidos elaborados por


profissionais que não atuam diretamente na educação.

Na área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias alguns aspectos são pontuados para
fortalecer e ampliar a aprendizagem do estudante, como por exemplo: A base de
conhecimento contextualizada; Dar condições aos estudantes e professores para
explorar modos de pensar e de falar da cultura científica; Incentiva o desenvolvimento
tecnológico e exploração dos diversos contextos por meio de diferentes mídias e
tecnologias digitais de informação e comunicação. Será um grande desafio atender e
garantir de fato a proposta da BNCC com intuito de suprir as necessidades de
aprendizagem dos nossos alunos.

A BNCC é uma forma de alinhamento do ensino de forma integrada a nível nacional


garantindo que os conhecimentos sejam os mesmo de norte a sul, facilitando assim o
grau de mobilidade do aluno a nível de aprendizagem de conteúdos de forma geral.
Portanto, a base traz, com consistência, um conceito de aprendizagem composto por
dois elementos conectados: um conteúdo (fator externo ao aluno) vinculado a uma
habilidade (fator interno do aluno) de aplicar aquele conteúdo para determinado fim,
garantindo que nenhum conteúdo seja desconectado de um propósito de aplicação. Ao
longo da BNCC, os processos cognitivos descritos nas habilidades requerem um esforço
maior do aluno do que apenas conhecer e decorar fatos. As habilidades em todas as
disciplinas, particularmente nos anos finais, usam verbos como analisar, justificar,
demonstrar, investigar, relacionar, construir, solucionar. Isso nos mostra que somente
as aulas expositivas não serão suficientes para o desenvolvimento de tais habilidades,
de modo que novas formas de didáticas serão necessárias para alcançar esses objetivos,
levando o
professor a inovar e dinamizar as suas aulas.

Espera-se que com a implementação de uma base comum as desigualdades e diferenças


sociais, muitas vezes gritantes, entre os alunos da rede pública e privada e até mesmo
das escolas municipais e estaduais, pois vários alunos ainda chegam ao ensino médio
com um enorme déficit de aprendizagem sem saber conceitos básicos que deveriam ter
sido desenvolvidos nas séries anteriores. Dessa forma, a BNCC é muito interessante,
porque está alinhada a uma concepção de ensino mais integrado, condizente com os
desafios atuais que exigem mobilização simultânea de diversos saberes e
conhecimentos. Além disso, essa organização incentiva a colaboração entre professores
de diferentes áreas. No entanto, o novo arranjo de conteúdos e a reestruturação do
ensino exigirão dispositivos de apoio e incentivos, inclusive de recursos e infraestrutura,
que garantam uma adaptação
das redes de ensino com qualidade e equidade.

O professor precisa se sentir parte desse contexto nos esbarramos com o sistema que
não dar condições. Apesar desse ponto de vista ser ultrapassado para pe3dagogia atual
que provoca o professor a trabalhar com o que teme dá melhor forma possível. Sabemos
que somos espelhos, e para contribuir precisamos ter a vivência e a liberdade para que
os alunos se identifiquem e nos permitam fazer parte dessa nossa forma de
aprendizagem.

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