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RESUMO ABSTRACT
Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 8. n. 44. p.110-119. Mar./Abril. 2014. ISSN 1981-9927.
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obtido por meio da razão peso corporal e 13,99%, segundo Lohamn, Roche e Martorell
altura elevada ao quadrado, dado em kg/m². (1991).
Todas as medidas foram realizadas Na comparação dos indicadores
três vezes em cada local do lado direito dos nutricionais IMC e o percentual de gordura
atletas, utilizando-se o valor médio obtido utilizou-se a Análise de Variância (ANOVA)
destas. Estas foram coletadas seguindo one-way com post-hoc de Tukey, seguidos da
recomendações de Petroski (2007). utilização dos testes qui-quadrado de Pearson
O IMC foi obtido por meio da razão ou exato de Fisher para comparação de
peso corporal e altura elevada ao quadrado, proporções.
dado em kg/m². As variáveis quantitativas foram
Para estimativa do %G foram descritas por média e desvio padrão e as
utilizadas as dobras cutâneas. variáveis categóricas foram descritas por
Para uma comparação entre os frequências absolutas e relativas.
atletas, nas diferentes posições de jogo, os Foi utilizada, na comparação dos
jogadores foram divididos em: goleiros (três) quatro protocolos de avaliação do percentual
alas e pivôs (onze), fixos (três). de gordura, a Análise de Variância (ANOVA)
No presente trabalho, as principais para medidas repetidas com post-hoc de
fórmulas para cálculo do %G utilizadas a título Bonferroni.
de comparação citadas na literatura são: as No que se refere ao tratamento
equações propostas por Jackson e Pollock estatístico das informações e elaboração das
(1985), Jackson e Pollock (1978), Faulkner tabelas e gráfico, utilizou-se o programa SPSS
(1968), Guedes e Sampedro (1985), tabela1. (Statistical Package for social Science) versão
O protocolo de Jackson e Pollock 18.0. O nível de significância adotado foi 5%
(1985) faz o cálculo do %G corporal utilizando (p< 0,05)
o somatório de quatro dobras (tricipital,
abdominal, suprailíaca e coxa) Jackson e RESULTADOS
Pollock (1978) é uma fórmula generalizada
para o cálculo da densidade corporal (DC) de O presente estudo identificou dados
homens de 18 a 61 anos, utilizando o sobre as características antropométricas de 17
somatório de sete dobras (subescapular, atletas da equipe de futsal masculino da
tricipital, abdominal, suprailíaca, coxa, peitoral cidade de Carlos Barbosa, RS. A faixa etária
e axilar média), o resultado da DC possibilita o dos atletas incluía a idade mínima de 20 anos
cálculo do percentual de gordura, através da e máxima de 33 anos, sendo a média deidade
fórmula de Siri (1961). de 25,9 3,9.
O protocolo de Faulkner (1968) calcula Na tabela 2 estão apresentadas as
o %G utilizando a soma de quatro dobras características gerais e espessuras de dobras
(subescapular, tricipital, abdominal e cutâneas (EDC) dos atletas, de acordo com as
suprailíaca). posições de jogo. A média de peso entre os
Guedes e Sampedro (1985) utiliza o goleiros foi de 80,4 kg, alas e pivôs 73,9 kg e
somatório de três dobras (tricipital, abdominal, fixos a média de peso foi de 82,0 kg.
suprailíaca), com o resultado da densidade O IMC médio para cada posição foi de
corporal basta aplicar a fórmula de Siri (1961) 25,2 kg/m2 para os goleiros, 24,3 kg/m 2 para
para calcular o percentual de gordura. O alas e pivôs e 25,2 kg/m 2 para fixos. Para
presente estudo utilizou o %G calculado avaliar o %G foi utilizado o protocolo de
segundo o protocolo Faulkner (1968) para Faulkner, a média de percentual de gordura
elaboração das tabelas que comparam o IMC entre os goleiros foi de 12,6%, para alas e
com %G. pivôs foi de 13,0% e para fixos 11,7%.
Não há na literatura valores de Para IMC, encontrou-se a classificação
referência específicos para avaliação do do estado nutricional de sobrepeso
estado nutricional de atletas de futsal, por isso, aproximadamente 50% dos estudados.
adotaram-se critérios de identificação de Contudo, ao observarmos os resultados
estado nutricional adequados para população obtidos para percentual de gordura, podemos
adulta não atleta. verificar todos os atletas apresentam
Para IMC de 18,5 a 24,9 Kg/m². (OMS classificação ideal ou saudável.
1998), e para o percentual de gordura de 8 a
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Guedes e Sampedro(1985)
DC = 1,1714 – 0,0671 log10 (Σ 3)
Siri (1961)
%G = [(4,95/DC) – 4,50] x 100
Legenda: Σ = soma de dobras cutâneas; (DC) densidade corporal; (%G) percentual de gordura, (P) peitoral;
(MA); média axilar; (ABD) abdominal; (SUP); suprailíaca; (T) tríciptal; (C) coxa; (SUB) subescapular.
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Tabela 3 - Características Físicas dos atletas de futsal de acordo com a posição de jogo. Carlos
Barbosa, RS (n+17).
Variáveis Total Goleiros Alas e Pivôs Fixos p
(n=3) (n=11) (n=3)
n (%) n (%) n (%) n (%)
IMC 0,704
Desnutrição 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
Eutrofia 8 (47,1) 1 (33,3) 6 (54,6) 1 (33,3)
Sobrepeso 9 (52,9) 2 (66,7) 5 (45,5) 2 (66,7)
Obesidade 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
% GC 0,781
Ideal 13 (76,5) 2 (66,7) 9 (81,8) 2 (66,7)
Saudável 4 (23,5) 1 (33,3) 2 (18,2) 1 (33,3)
Sobrepeso 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
(Lohamn, Roche e Martorell, 1991).
90
77,8
80 75
70
60
% da amostra
50 Eutrofia
40 Sobrepeso
30 25
22,2
20
10
0
% GC Ideal % GC Saudável
Figura 1 - Relação entre IMC e %G de atletas de futsal da Serra Gaúcha, RS, Brasil. Carlos Barbosa,
RS (n+17).
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