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1 DE JUNHO "DIA MUNDIAL DA CRIANÇA"

Hoje é Dia Mundial da Criança, que teve a génese no pós-guerra, num mundo
flagelado, em termos sociais e humanitários, que quis defender as crianças dessa
destruição. Por iniciativa da Federação Democrática Internacional das Mulheres, nasce a
celebração. Porém, mais de meio século depois, há princípios por cumprir.

"A criança deve ser protegida contra as práticas que possam fomentar a discriminação
racial, religiosa, ou de qualquer outra índole. Deve ser educada dentro de um espírito de
compreensão, tolerância, amizade entre os povos, paz e fraternidade universais e com
plena consciência de que deve consagrar suas energias e aptidões ao serviço de seus
semelhantes".

É um dos princípios estabelecidos na Declaração dos Direitos da Criança, proclamada


por Resolução da Assembleia Geral de 20 de Novembro de 1959 da Unicef. E uma das
provas de que a Declaração Universal continua por cumprir, mais de 50 anos depois de
ter sido criada.

Hoje assinala-se o Dia Mundial da Criança e é tempo de refletir sobre os direitos das
crianças, que continuam a passar fome, mesmo nos países desenvolvidos. A Unicef
revelou que há 30 milhões de crianças em extrema dificuldade, nos países ditos
desenvolvidos.

E por isso o Dia Mundial da Criança deve ser celebrado, ainda que as repetidas
celebrações do 1 de junho não tenham conduzido ainda ao cumprimento de todos os
princípios da Declaração Universal.

O Dia Mundial da Criança é oficialmente 20 de novembro, data que a ONU reconhece


como Dia Universal das Crianças, em celebração da aprovação da Declaração dos
Direitos da Criança. No entanto, a data efetiva de comemoração estabelecida em quase
todo o mundo é 1 de junho, uma vez que maio homenageia Maria, mãe de Jesus.

Neste dia 1 de junho, em 1945, na II Guerra Mundial, os Aliados bombardeiam Osaka, a


segunda cidade do Japão, arrasada com 6110 toneladas de explosivos lançados por
bombardeios B-29, no mesmo ano em que a mesma cidade fora destruída, por idêntico
ataque, três meses antes.

E foi precisamente este conflito mundial que esteve na origem da celebração do Dia
Mundial da Criança. Após esta guerra, com a Europa destruída, um grupo de países da
Organização das Nações Unidas começa a reconstrução social e humanitária, com a
criação de instituições como a Unicef, de proteção das crianças.

Em 1950, a Federação Democrática Internacional das Mulheres propôs à ONU a definição


de um dia dedicado às crianças de todo o mundo. Era a génese do Dia Mundial da Criança,
que começou a ser celebrado em 1950

Luanda - O mundo comemora hoje, 1 de Junho, o Dia Internacional da Criança, instituído


pelas Nações Unidas, para chamar a atenção dos adultos a uma maior preocupação com
o bem-estar delas, até a ocupação dos tempos livres.

A data serve igualmente de reflexão em torno das centenas de petizes que continuam a
sofrer de maus-tratos, doenças, fome e discriminações.

Depois da 2ª Guerra Mundial, em 1945, muitos países da Europa, do Médio Oriente e a


China entraram em crise, ou seja, não tinham boas condições de vida, e as crianças dessas
nações viviam muito mal porque não havia comida e os pais estavam mais preocupados
em voltar à sua vida normal do que com a educação dos filhos. Alguns nem pais tinham.

Como não tinham dinheiro, muitos pais tiravam os filhos das escolas e punham-nos a
trabalhar, as vezes durante muitas horas e a fazer trabalhos forçados.

Por esse motivo, em 1946 um grupo de países da Organização das Nações Unidas (ONU)
começou a tentar resolver o problema. Foi assim que se criou o Fundo das Nações Unidas
para a Infância (UNICEF).

Apesar da sua criação, era difícil trabalhar para as crianças, uma vez que nem todos os
países do mundo estavam interessados nos direitos da criança, daí que, em 1950, a
Federação Democrática Internacional das Mulheres propôs às Nações Unidas que se
criasse um dia dedicado às crianças do mundo.

Pela primeira vez no Mundo, o dia foi comemorado a 1 de Junho de 1950.

Com a comemoração deste dia, os estados-membros das Nações Unidas reconheceram às


crianças, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social o
direito a afecto, amor e compreensão, alimentação adequada, cuidados médicos, educação
gratuita, protecção contra todas as formas de exploração, crescer num clima de Paz e
Fraternidade universais.

Só nove anos depois, a 20 de Novembro de 1959, os direitos das crianças passaram para
o papel e várias dezenas de países que fazem parte da ONU aprovaram a "Declaração dos
Direitos da Criança”.

Trata-se de uma lista de 10 princípios que, se forem cumpridos, podem fazer com que
todas as crianças do mundo tenham uma vida digna e feliz.
Então, quando a "Declaração" fez 30 anos, em 1989, a ONU aprovou também a
"Convenção sobre os Direitos da Criança", que é um documento muito completo (54
artigos), com um conjunto de leis para protecção dos mais pequenos.

Esta declaração é tão importante que em 1990 se tornou lei internacional.

Eis os dez princípios da “Declaração dos Direitos da Criança:

Princípio 1º- Toda criança será beneficiada por estes direitos, sem nenhuma
discriminação de raça, cor, sexo, língua, religião, país de origem, classe social ou situação
económica. Toda e qualquer criança do mundo deve ter seus direitos respeitados!

Princípio 2º- Todas as crianças têm direito à protecção especial e a todas as facilidades
e oportunidades para se desenvolver plenamente, com liberdade e dignidade. As leis
deverão ter em conta os melhores interesses da criança.

Princípio 3º- Desde o dia em que nasce, toda a criança tem direito a um nome e uma
nacionalidade, ou seja, ser cidadão de um país.

Princípio 4º- As crianças têm direito a crescer e criar-se com saúde. Para isso, as futuras
mães também têm direito a cuidados especiais, para que seus filhos possam nascer
saudáveis. Todas as crianças têm também direito à alimentação, habitação, recreação e
assistência médica.

Princípio 5º- Crianças com deficiência física ou mental devem receber educação e
cuidados especiais exigidos pela sua condição particular. Porque elas merecem respeito
como qualquer criança.

Princípio 6º- Toda a criança deve crescer num ambiente de amor, segurança e
compreensão. As crianças devem ser criadas sob o cuidado dos pais, e as mais pequenas
jamais deverão separar-se da mãe, a menos que seja necessário (para bem da criança). O
Governo e a sociedade têm a obrigação de fornecer cuidados especiais para as crianças
que não têm família nem dinheiro para viver decentemente.

Princípio 7º- Toda a criança tem direito a receber educação primária gratuita, e também
de qualidade, para que possa ter oportunidades iguais para desenvolver as suas
habilidades. E como brincar também é uma boa maneira de aprender, as crianças também
têm todo o direito de brincar e de se divertir!

Princípio 8º- Seja numa emergência ou acidente, ou em qualquer outro caso, a criança
deverá ser a primeira a receber protecção e socorro dos adultos.
Princípio 9º- Nenhuma criança deverá sofrer por negligência (maus cuidados ou falta
deles) dos responsáveis ou do Governo, nem por crueldade e exploração. Não será nunca
objecto de tráfico (tirada dos pais e vendida e comprada por outras pessoas). Nenhuma
criança deverá trabalhar antes da idade mínima, nem deverá ser obrigada a fazer
actividades que prejudiquem a sua saúde, educação e desenvolvimento.

Princípio 10º- A criança deverá ser protegida contra qualquer tipo de preconceito, seja
de raça, religião ou posição social. Toda criança deverá crescer num ambiente de
compreensão, tolerância e amizade, de paz e de fraternidade universal.

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