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– perguntas e respostas* –
10/Dezembro/2006
(*) A leitura deste documento não substitui nem dispensa a consulta da Lei n.º 53/2006, de 7 de Dezembro
LEI N.º 53/2006, DE 7 DE DEZEMBRO MOBILIDADE ESPECIAL
ÍNDICE
86) Quais são os deveres do pessoal em SME que se encontre em exercício de funções a
título transitório? ...................................................................................................................... 19
87) O que acontece ao funcionário ou agente quando cessar o reinicio de funções a título
transitório? ............................................................................................................................... 19
88) O reinício de funções a título transitório determina a cessação da situação de mobilidade
especial? .................................................................................................................................. 19
89) Como é que os funcionários ou agentes tomam conhecimento que têm de reiniciar
funções?................................................................................................................................... 19
90) O pessoal em SME pode desenvolver iniciativas com vista a reiniciar funções? ................... 19
91) Em que situações pode cessar a situação de mobilidade especial dos funcionários ou
agentes? .................................................................................................................................. 19
92) O funcionário em SME é obrigado a submeter-se a procedimentos de selecção para
reinício de funções em serviço da administração pública directa ou indirecta do Estado e
em serviços da administração regional e autárquica?............................................................. 19
93) Os funcionários ou agentes em SME são obrigados a aceitar o reinício de funções? ........... 20
94) Como se processa o recrutamento de pessoal em SME para serviços da administração
directa e indirecta do Estado e para serviços da administração regional e autárquica? ........ 20
95) O recrutamento de pessoal em SME para associação pública, entidade pública
empresarial ou IPSS também se processa através do procedimento de selecção para
reinício de funções?................................................................................................................. 20
96) O reinício de funções de pessoal em SME em associação pública, entidade pública
empresarial ou IPSS depende de alguma autorização? ......................................................... 21
111) O que acontece a quem, no serviço, associação pública, entidade pública empresarial ou
IPSS, autorizou um funcionário ou agente em licença extraordinária a exercer qualquer
actividade profissional remunerada? ....................................................................................... 22
112) O pessoal em licença extraordinária tem direito a protecção social (v.g. aposentação e de
benefícios da ADSE ou de outros subsistemas de saúde)? ................................................... 22
113) Em situação de licença extraordinária os funcionários ou agentes são obrigados a
comparecer aos procedimentos de selecção ou à aplicação de métodos de selecção?........ 22
114) Em situação de licença extraordinária os funcionários ou agentes são obrigados a aceitar
o reinício de funções?.............................................................................................................. 22
115) A licença extraordinária determina a suspensão ou a cessação da mobilidade especial?..... 22
116) O que sucede ao pessoal actualmente afecto aos quadros transitórios criados junto da
Direcção-Geral da Administração Pública (DGAP)? ............................................................... 23
117) O que sucede ao pessoal actualmente afecto aos quadros transitórios de
supranumerários criados junto das Secretarias-Gerais? ........................................................ 23
118) O que sucede ao pessoal abrangido pelo Decreto-Lei n.º 359/88, de 13 de Outubro, e
pelo Decreto-Lei n.º 48/85, de 27 de Fevereiro?..................................................................... 23
119) O que sucede ao pessoal abrangido pelo Decreto-Lei n.º 407/89, de 19 de Novembro? ...... 23
LISTA DE SIGLAS
AP Administração Pública
ME Mobilidade Especial
– perguntas e respostas 1 –
A situação jurídico-funcional associada à mobilidade implica direitos e deveres específicos estabelecidos na Lei
que estabelece o regime comum de mobilidade, de entre os quais se destaca a inexistência do dever de
assiduidade.
Destina-se a permitir que o funcionário ou agente reinicie funções, sem necessidade de proceder à frequência de
acções de formação profissional que o habilitem a esse reinício.
Decorre durante 60 dias seguidos ou interpolados após a colocação do funcionário ou agente em Situação de
Mobilidade Especial (SME).
Mantém a remuneração base mensal correspondente à categoria, escalão e índice detidos no serviço de origem.
Decorre durante o prazo de dez meses, seguidos ou interpolados, após terminada a fase de transição.
1
A leitura deste documento não substitui nem dispensa a consulta da Lei n.º 53/2006, de 7 de Dezembro.
Aufere remuneração no valor de cinco sextos da remuneração base mensal correspondente à categoria, escalão
e índice detidos no serviço de origem.
Destina-se a apoiar o funcionário ou agente cujo reinício de funções não tenha ocorrido em fases anteriores,
podendo envolver a frequência de acções de formação profissional, em especial se inseridas em procedimentos
concretos de selecção para reinício de funções em serviço.
Aufere remuneração no valor de quatro sextos da remuneração base mensal correspondente à categoria,
escalão e índice detidos no serviço de origem.
12) O funcionário ou agente que se encontre na fase de compensação pode exercer alguma actividade
profissional?
Sim, pode exercer qualquer actividade profissional remunerada mesmo fora das modalidades e condições
previstas na secção VI da Lei (“Reinício de funções do pessoal em situação de mobilidade especial”).
13) O funcionário ou agente cuja SME se encontra na fase de compensação incorre no dever de comparecer
aos métodos de selecção para reinício de funções?
Sim, sempre que a aplicação de métodos de selecção se encontre inserida no âmbito de procedimentos de
selecção para reinício de funções em serviço da administração directa e indirecta do Estado, da administração
regional e autárquica e se verifiquem as condições referidas no n.º 5 do art.º 29.º.
14) O funcionário ou agente cuja SME se encontra na fase de compensação tem a obrigação aceitar o reinício
de funções?
Sim, excepto quando esteja em causa o reinício de funções em associações públicas, entidades públicas
empresariais e IPSS.
Sim, a remuneração não pode, em nenhuma circunstância, ser inferior ao salário mínimo nacional.
Não, na fase de compensação, os direitos e deveres sofrem as necessárias adaptações (art. 30º).
A transição entre as 3 fases da ME processa-se através do decurso dos prazos previstos na lei que estabelece o
regime comum da mobilidade: fase de transição durante 60 dias seguidos ou interpolados; fase de requalificação
durante 10 meses seguidos ou interpolados e fase de compensação por tempo indeterminado.
A contagem dos prazos para efeitos de transição entre as fases da ME suspende-se durante a suspensão da
situação de mobilidade especial e, ainda, em determinadas situações, como por exemplo, durante a licença de
maternidade (a qual não implica a suspensão da situação de mobilidade especial).
A EGM é a entidade responsável pelo acompanhamento e dinamização do processo relativo ao pessoal em SME,
tendo em vista o seu reinício de funções.
Compete à EGM:
9 Acompanhar e dinamizar o processo relativo ao pessoal em SME, seguindo e zelando pela aplicação
de critérios de transparência e procurando que o seu reinício de funções ocorra nas fases mais
precoces daquele processo, designadamente:
21) Onde é que os funcionários e agentes podem obter informação sobre a sua SME?
A informação sobre o pessoal em situação de mobilidade especial poderá ser consultada junto das Secretarias-
Gerais ou Departamentos Governamentais de Recursos Humanos às quais os funcionários se encontrem
respectivamente afectos.
Adicionalmente, a informação poderá ser consultada por via electrónica, através do SIGAME, na Bolsa de
Emprego Público.
A informação sobre os procedimentos de selecção e a aplicação de métodos de selecção em curso poderá ser
consultada junto de:
9 Secretarias-Gerais e Departamentos Governamentais às quais o pessoal em SME se encontra afecto, que
procedem à divulgação desta informação através de afixação ou de atendimento personalizado;
9 Bolsa de Emprego Público, através do SIGAME, que contém uma listagem de todas as ofertas para o
pessoal em SME.
Refira-se que a EGM promove oficiosamente a candidatura de pessoal em SME aos procedimentos de selecção
abertos, quando se verifiquem as condições previstas na Lei.
Todos os funcionários e agentes da administração directa e indirecta do Estado, ainda que incluindo os que
exercem funções em entidades públicas empresariais e os que se encontrem em qualquer situação de licença
sem vencimento.
Um funcionário ou agente pode ser colocado em SME em resultado das seguintes situações:
9 Extinção de serviços (al. a) do n.º 1 do art.º 11.º);
9 Fusão de serviços (al. b) do n.º 1 do art.º 11.º);
9 Reestruturação de serviços sem transferência de atribuições (al. c) do n.º 1 do art.º 11.º);
9 Reestruturação de serviços com transferência de atribuições (al. c) do n.º 1 do art.º 11.º);
9 Racionalização de efectivos (al. d) do n.º 1 do art.º 11.º);
9 Quando as modalidades anteriores têm como objecto subunidades orgânicas de serviços, estabelecimentos
públicos periféricos sem personalidade jurídica e, no caso de racionalização de efectivos, os recursos
humanos integrados no mesmo grupo de pessoal, na mesma carreira ou na mesma área funcional;
9 Opção voluntária pela colocação em SME (n.º 4 e 5 do art.º 11.º).
Em regra, a colocação em SME faz-se por lista nominativa que indique o vínculo, carreira, categoria, escalão e
índice dos funcionários ou agentes, aprovada por despacho do dirigente responsável pelo processo de
reorganização, a publicar no Diário da República.
Em regra, a lista nominativa de colocação em SME produz efeitos no dia seguinte ao da sua publicação em
Diário da República.
Nos casos de extinção de serviços, a lista nominativa de colocação em SME produz efeitos à data de conclusão
do processo de extinção.
Nos casos de fusão de serviços, a lista nominativa de colocação em SME produz efeitos à data de reafectação
do restante pessoal ao serviço integrador.
Sim, durante o decurso dos procedimentos de reorganização dos respectivos serviços ou de racionalização de
efectivos, desde que obtida a anuência do dirigente máximo do serviço de origem.
Também poderão solicitar a colocação em SME os funcionários e agentes pertencentes a grupos de pessoal,
carreiras ou categorias e escalões etários eventualmente definidos por despacho dos membros do Governo
responsáveis pelas Finanças e pela Administração Pública, publicado em Diário da República e durante o
período temporal definido por aqueles.
28) Os funcionários ou agentes em SME podem transitar de fase de ME independentemente do decurso dos
prazos destas?
Sim, o pessoal nas fases de transição e requalificação tem direito a requerer, a qualquer momento, a sua
passagem a qualquer das fases seguintes (v.g. passar da fase de transição para a fase de compensação da ME).
29) Quem tem competência para autorizar a mudança de fase de ME independentemente dos prazos destas?
O funcionário ou agente quando colocado em SME fica afecto à Secretaria-Geral ou Departamento de Recursos
Humanos do Ministério em que se integrava o serviço onde, por último, exerceu funções.
A remuneração auferida em cada uma das fases poderá sofrer reduções quando se verificarem
determinadas situações específicas, designadamente, as faltas à aplicação de procedimentos e métodos de
selecção, a desistência de acções de formação, entre outras.
A frequência de acções de formação profissional, após selecção e como condição para reinício de funções,
confere direito, durante o seu decurso, à remuneração base mensal correspondente à categoria, escalão e
índice detidos no serviço de origem, acrescida de subsídio de refeição.
A remuneração base mensal considerada para efeitos do cálculo da remuneração prevista está sujeita a
actualização nos termos em que o seja a remuneração do pessoal em efectividade de serviço.
Em qualquer caso, a remuneração não pode ser inferior ao salário mínimo nacional.
O pessoal em SME mantém, sem prejuízo de ulteriores alterações, a natureza do vínculo, carreira, categoria,
escalão e índice detidos, no serviço de origem, à data da colocação naquela situação.
37) O tempo de permanência em SME conta para efeitos de antiguidade na função pública, na carreira e na
categoria, bem como para efeitos de aposentação?
38) Qual é a situação jurídico-funcional do pessoal colocado em SME? Mantém o direito à carreira?
Sim, o pessoal em SME mantém a natureza do vínculo, carreira, categoria, escalão e índice detidos, tendo
igualmente o direito de se apresentar a concurso para provimento em cargo, categoria ou carreira para que reúna
os requisitos legalmente fixados
A SME implica um conjunto de direitos e deveres específicos, que variam de acordo com as fases do processo.
Como exemplo, refira-se que o pessoal em SME nas fases de transição e requalificação mantém os deveres
inerentes ao funcionalismo público, com excepção dos que se relacionem directamente com o exercício de
funções e goza do direito a uma remuneração mensal fixada, entre outros.
O pessoal em SME mantém os deveres inerentes ao funcionalismo público, com excepção dos que se
relacionem directamente com o exercício de funções.
Ao referido pessoal, nas fases de transição e requalificação, é vedado o exercício de qualquer actividade
profissional remunerada, excepto quando se trate de reinício de funções ou quando tenha sido previamente
autorizado, nos termos legais aplicáveis.
O pessoal tem o dever de ser opositor aos procedimentos de selecção e deles não desistir injustificadamente,
verificando-se um conjunto de condições.
O pessoal tem igualmente o dever de comparecer à aplicação de métodos de selecção para que for convocado
(excepto quando os funcionários e agentes se encontrem na fase de compensação e os métodos de selecção se
insiram em contexto de reinício de funções em associações públicas, entidades públicas empresariais e IPSS) e
de frequentar as acções de formação profissional para que for indicado.
Por último, o referido pessoal tem o dever de comunicar ao serviço a que se encontra afecto qualquer alteração
relevante da sua situação, designadamente no que se refere à obtenção de novas habilitações académicas ou
qualificações profissionais ou à alteração do seu local de residência permanente.
Em regra, não existe uma obrigatoriedade de justificação de faltas, uma vez que o pessoal em SME não incorre
no dever de assiduidade.
No entanto, os funcionários e agente devem justificar as faltas aos procedimentos de selecção, à aplicação de
métodos de selecção e à frequência de acções de formação para os quais tenham sido indicados pela EGM.
No caso das faltas por licença de maternidade, de paternidade em substituição da progenitora, ou por adopção o
pessoal em SME deve informar os serviços a que se encontram afectos, uma vez que estas faltas implicam a
suspensão da contagem de prazos de permanência nas fases da mobilidade.
As faltas devem ser justificadas nos termos do regime de faltas dos funcionários e agentes, junto da respectiva
Secretaria-Geral ou Departamento Governamental de Recursos Humanos.
45) O que acontece se um funcionário ou agente desistir de uma acção de formação para a qual tenha sido
indicado pela EGM?
A desistência de acções de formação profissional pode determinar reduções na remuneração auferida pelo
pessoal em SME, bem como a passagem à situação de licença sem vencimento, nos termos dos n.º 9 do art.º
29.º da Lei que estabelece o regime comum de mobilidade.
46) O que acontece se um funcionário ou agente recusar uma oferta para reinício de funções?
A recusa não fundamentada de reinício de funções, pode determinar reduções na remuneração auferida pelo
pessoal em SME, bem como a passagem à situação de licença sem vencimento, nos termos dos n.ºs 8 e 9 do
art.º 29.º da Lei que estabelece o regime comum de mobilidade.
47) A partir de quando começam a ser aplicadas as reduções resultantes de faltas, recusas ou desistências a
procedimentos de selecção, aplicação de métodos de selecção, de acções de formação e recusa de
reinício de funções?
Estas reduções produzem efeitos a partir do primeiro dia do mês seguinte àquele em que foram determinadas.
A marcação de férias deverá processar-se nos termos da lei geral, junto das Secretarias-Gerais ou
Departamentos Governamentais de Recursos Humanos ou através do SIGAME na Bolsa de Emprego Público.
Em regra, não. Contudo, os funcionários e agentes que reiniciem funções a título transitório podem ser sujeitos a
avaliação de desempenho, desde que se verifiquem os requisitos legais previstos no regime de avaliação de
desempenho.
52) O pessoal em SME tem direito aos serviços sociais e aos subsistemas de saúde?
Sim, nos casos em que a acumulação de funções tenha sido autorizada antes da colocação em situação de
mobilidade especial e desde que os pressupostos com base nos quais a mesma tenha sido autorizada se
mantenham.
Sim, pode requerer licença extraordinária e os vários tipos de licença previstos no regime de férias, faltas e
licenças dos funcionários e agentes da AP, bem como outras licenças previstas em regimes específicos.
59) Os funcionários e agentes que se encontrem em situação de licença sem vencimento podem ser
colocados em SME?
Sim, no caso do respectivo serviço de origem ter sido objecto de extinção ou fusão.
60) O pessoal em SME pode ser sujeito a processos de reclassificação ou reconversão profissional?
Sim.
61) O pessoal em SME pode frequentar acções de formação ao abrigo do regime de auto-formação (por auto-
iniciativa)?
62) A frequência de acções de formação tem influência na remuneração auferida pelo pessoal em SME?
Apenas a frequência de acções de formação em contexto de reinício de funções têm impacto sobre a
remuneração do pessoal em SME, conferindo-lhe direito, durante o seu decurso, à remuneração base mensal
correspondente à categoria, escalão e índice detidos no serviço de origem, acrescida de subsídio de refeição.
63) Quem suporta os encargos com as acções de formação profissional frequentadas pelos funcionários ou
agentes em SME?
A frequência de acções de formação profissional por iniciativa da Administração Pública constitui encargo desta.
64) Os funcionários ou agentes de serviços da administração regional ou autárquica podem ser colocados
em situação de mobilidade especial?
Não ao abrigo do actual regime jurídico. De facto, a aplicação da mobilidade especial aos funcionários e agentes
de serviços da administração regional e autárquica far-se-á mediante adaptação por diplomas próprios.
65) O pessoal em SME pode reiniciar funções em serviços da administração regional e autárquica?
Sim, nos termos previstos na lei quanto aos procedimentos de selecção e ao reinício de funções.
Na situação de faltas por licença por maternidade, paternidade em substituição da progenitora ou por decisão
conjunta e por adopção.
69) Em que fase é colocado o funcionário ou agente quando cessar a situação que originou a suspensão do
processo de ME?
Quando cesse qualquer das situações que determinaram a suspensão da ME, o funcionário ou agente é
recolocado na fase e no momento do processo em que se encontrava quando as mesmas tiveram inicio, excepto
quando, entretanto, tenha sido integrado em serviço.
70) Uma funcionária ou agente que se encontra na situação de licença de maternidade pode ser colocada em
SME?
Pode, mas mantém todos os direitos que vinha usufruindo, designadamente o direito à retribuição e demais
abonos, até ao final da licença.
Durante a licença de maternidade, suspende-se a contagem de tempo para efeitos de mudança de fase do
procedimento de mobilidade.
71) Quais as consequências do início de licença de maternidade de uma funcionária ou agente que se
encontre em SME?
Para além de mater todos os direitos que vinha usufruindo na situação de SME, a funcionária tem direito à
suspensão da contagem dos prazos para efeitos de mudança de fase do procedimento de mobilidade (mantém-
se na mesma fase e momento em que se encontrar na data do início da licença até ao respectivo termo).
72) Como são calculados os descontos do pessoal em SME para a Caixa Geral de Aposentações?
Para efeitos de desconto de quota para a Caixa Geral de Aposentações e de cálculo da pensão de aposentação
ou de sobrevivência, considera-se a remuneração auferida pelo funcionário em função da fase do processo de
ME em que se encontra, excepto se este optar pelo desconto e cálculo relativos à remuneração, relevante para
aqueles efeitos, que auferiria se se encontrasse no exercício de funções.
No caso de se encontrar nas fases de transição ou requalificação do processo de ME, o pessoal em SME não
pode exercer qualquer actividade profissional remunerada, excepto em serviços públicos, associações públicas,
entidade pública empresarial e em IPSS para as quais tenha sido seleccionado, nos termos de procedimento
adequado, ou quando tenha sido previamente autorizado, nos termos legais aplicáveis (v.g. acumulação de
funções anteriores à transição para SME).
O pessoal em SME, na fase de compensação, pode exercer qualquer actividade profissional remunerada.
74) Quais as consequências, para o pessoal em SME, do exercício de actividade profissional remunerada
(privada) fora dos casos admitidos na Lei?
Tal conduta constitui infracção disciplinar grave, punível com pena de demissão.
Cessação da SME.
82) Como se processa o reinício de funções por tempo indeterminado em serviço da administração pública
directa ou indirecta do Estado e da administração regional e autárquica?
Mediante selecção no âmbito de procedimento publicado na BEP pelo serviço que pretende recrutar.
Suspensão da SME, mantendo-se o dever de ser opositor a procedimentos de selecção susceptíveis de por
termo à SME.
84) Por quanto tempo o funcionário ou agente se pode manter em funções a título transitório?
No caso do cargo ou função só poder ser exercida transitoriamente (v.g. cargo dirigente), o exercício de funções
a título transitório mantém-se até ao final do prazo legal ou acordado.
No caso de cargos ou funções em serviços que possam ser exercidos por tempo indeterminado, no fim de um
ano de exercício de funções a título transitório, o funcionário pode optar pela conversão automática em exercício
por tempo indeterminado, em lugar vago, ou a criar e extinguir quando vagar, no quadro de pessoal do serviço
onde exerce funções, com a natureza do vínculo, na carreira, categoria, escalão e índice detidos no serviço de
origem, cessando a SME. Quanto ao agente, pode manter-se pelo prazo que durar o contrato administrativo de
provimento, com a natureza do vínculo, na carreira, categoria, escalão e índice detidos no serviço de origem,
cessando a SME.
O exercício de funções a título transitório pode manter-se para além daquele prazo (um ano), por opção dos
interessados (funcionários e agentes) e com o acordo do serviço.
85) Quais são os direitos do pessoal em SME que se encontre em exercício de funções a título transitório?
O pessoal em situação de mobilidade especial que se encontre a exercer funções a título transitório goza dos
direitos conferidos ao pessoal com idênticas funções da entidade para a qual presta serviço, bem como, sendo o
caso, dos seguintes:
9 À protecção social, nela incluindo as regalias concedidas pelos Serviços Sociais na Administração Pública e
os benefícios da ADSE ou de outros subsistemas de saúde, nos termos legais aplicáveis;
9 De apresentação a concurso para provimento em cargo, categoria ou carreira para que reúna os requisitos
legalmente fixados;
9 À frequência de cursos de formação profissional;
86) Quais são os deveres do pessoal em SME que se encontre em exercício de funções a título transitório?
O pessoal em situação de mobilidade especial que se encontre a exercer funções a título transitório está sujeito
aos deveres do pessoal com idênticas funções da entidade para a qual presta serviço, bem como a ser opositor a
procedimento de selecção para reinício de funções em serviço por tempo indeterminado e a aceitar o reinício
dessas funções caso venha a ser seleccionado para o efeito.
87) O que acontece ao funcionário ou agente quando cessar o reinicio de funções a título transitório?
É recolocado em SME, ficando na mesma fase e no momento em que se encontrava quando se deu a
suspensão da SME (quando reiniciou funções a título transitório), mantendo-se afecto à Secretaria-geral ou
departamento de recursos humanos do ministério em que se integrava o serviço onde, por último, exerceu
funções.
88) O reinício de funções a título transitório determina a cessação da situação de mobilidade especial?
Não, apenas o reinício de funções por tempo indeterminado é susceptível de fazer cessar a situação de
mobilidade especial do funcionário ou agente. Se o funcionário reiniciar funções a título transitório, a sua situação
de mobilidade especial será apenas suspensa.
89) Como é que os funcionários ou agentes tomam conhecimento que têm de reiniciar funções?
90) O pessoal em SME pode desenvolver iniciativas com vista a reiniciar funções?
Sim, os funcionários e agentes em SME podem concorrer aos procedimentos de selecção e à aplicação de
métodos de selecção, bem como desenvolver iniciativas com vista ao reinício de funções em associações
públicas, entidades públicas empresariais ou IPSS.
91) Em que situações pode cessar a situação de mobilidade especial dos funcionários ou agentes?
9 Quando estes reiniciarem funções em qualquer serviço por tempo indeterminado;
9 Quando se aposentarem;
9 Quando se desvincularem voluntariamente da AP;
9 Quando sofram penas disciplinares expulsivas da AP.
92) O funcionário em SME é obrigado a submeter-se a procedimentos de selecção para reinício de funções
em serviço da administração pública directa ou indirecta do Estado e em serviços da administração
regional e autárquica?
a) Não implique despesas mensais para deslocações entre a residência e o local de trabalho, em
ambos os sentidos, superiores a 8% da remuneração líquida mensal ou, sendo superiores, não
ultrapassem as despesas mensais para deslocações entre a residência e o serviço de origem;
b) O tempo gasto naquelas deslocações não exceda 25% do horário de trabalho ou, excedendo-o,
não ultrapasse o tempo gasto nas deslocações entre a residência e o serviço de origem.
No caso de procedimentos de selecção para qualquer outro concelho, referido em 3., o funcionário
ou agente não é obrigado a comparecer quando invoque e comprove que essa situação lhe
causaria prejuízo sério para a sua vida pessoal e tal venha a ser reconhecido ou aceite pelo
dirigente máximo do serviço a que se encontra afecto.
Nota: Os funcionários e agentes na fase de compensação não são obrigados a submeter-se à aplicação de
métodos de selecção para reinício de funções em entidades públicas empresariais, associações públicas e IPSS.
Sim, sempre que se verifiquem cumulativamente as seguintes condições, relativas ao procedimento de selecção
para reinício de funções (nº 5 do art. 29º):
9 Seja aberto para categoria não inferior à que detenha no momento da candidatura;
a) Não implique despesas mensais para deslocações entre a residência e o local de trabalho,
em ambos os sentidos, superiores a 8% da remuneração líquida mensal ou, sendo superiores,
não ultrapassem as despesas mensais para deslocações entre a residência e o serviço de
origem;
b) O tempo gasto naquelas deslocações não exceda 25% do horário de trabalho ou,
excedendo-o, não ultrapasse o tempo gasto nas deslocações entre a residência e o serviço
de origem.
Os funcionários e agentes na fase de compensação não são obrigados a aceitar o reinício de funções em
entidades públicas empresariais, associações públicas e IPSS.
94) Como se processa o recrutamento de pessoal em SME para serviços da administração directa e indirecta
do Estado e para serviços da administração regional e autárquica?
95) O recrutamento de pessoal em SME para associação pública, entidade pública empresarial ou IPSS
também se processa através do procedimento de selecção para reinício de funções?
Não, tem lugar por iniciativa do funcionário ou agente, da pessoa colectiva interessada, do serviço a que aquele
esteja afecto ou da entidade gestora da mobilidade, podendo haver lugar à aplicação de métodos de selecção.
96) O reinício de funções de pessoal em SME em associação pública, entidade pública empresarial ou IPSS
depende de alguma autorização?
É uma licença que pode ser requerida pelo pessoal em situação de mobilidade especial que se encontre nas
fases de requalificação ou de compensação, cuja duração não pode ser inferior a um ano, conferindo o direito a
uma subvenção mensal abonada 12 vezes por ano, isentando os funcionários e agentes do cumprimento dos
deveres e do gozo dos direitos previstos para o pessoal em SME, permitindo-lhes exercer qualquer actividade
profissional remunerada fora do contexto de reinicio de funções em serviço (da Administração Pública), em
pessoas colectivas de direito público e em instituições particulares de solidariedade social (IPSS).
A concessão da licença extraordinária compete aos membros do Governo responsáveis pelas Finanças e pela
Administração Pública.
Não.
Não, apenas aqueles cuja SME se encontre nas fases de requalificação ou compensação.
A duração da licença é fixada caso a caso, em conformidade com o requerido, não podendo ser inferior a um ano
Não.
104) Um funcionário ou agente pode fazer cessar a sua licença extraordinária antes de decorrido um ano
naquele regime?
105) Quando um funcionário ou agente cessa a sua licença extraordinária regressa para a fase da SME em que
se encontrava quando esta lhe foi concedida?
Não, quando cessa a licença extraordinária o funcionário é sempre colocado na fase de compensação.
106) No regime de licença extraordinária o funcionário ou agente continua a receber algum abono financeiro?
Sim, tem direito a uma subvenção mensal, abonada doze vezes por ano, de valor correspondente às seguintes
percentagens da remuneração ilíquida que auferiria durante o processo em situação de mobilidade especial se
não tivesse requerido a licença:
9 70% durante os primeiros cinco anos;
9 60% do sexto ao décimo ano;
9 50% a partir do décimo primeiro ano.
107) Os períodos de licença extraordinária são cumulativos para o cálculo da subvenção mensal a que o
funcionário tem direito?
Sim, o período para o cálculo da subvenção mensal a que o funcionário tem direito corresponde à soma de todos
os períodos de licença extraordinária que o funcionário tenha já gozado.
108) Poderá existir alguma redução à subvenção mensal que o funcionário recebe no regime de licença
extraordinária?
Sim, se no momento em que requerer a licença a remuneração estiver reduzida por aplicação do disposto nos
n.ºs 8 a 10 do art. 29º, sendo esta redução mantida durante o período de um ano para base de cálculo da
subvenção mensal.
109) O funcionário ou agente em licença extraordinária pode exercer qualquer actividade profissional
remunerada?
Sim, mas fica impedido de exercer qualquer actividade profissional remunerada em serviço da AP, associação
pública, entidade pública empresarial ou IPSS (art. 33º a 35º).
110) O que acontece se um funcionário ou agente em licença extraordinária exercer qualquer actividade
profissional remunerada em serviço, associação pública, entidade pública empresarial ou IPSS?
Ocorre numa infracção disciplinar grave, punível com pena de demissão, a aplicar mediante procedimento
disciplinar.
111) O que acontece a quem, no serviço, associação pública, entidade pública empresarial ou IPSS, autorizou
um funcionário ou agente em licença extraordinária a exercer qualquer actividade profissional
remunerada?
Incorre em responsabilidade civil e, sendo o caso, disciplinar, constituindo infracção disciplinar grave, punível
com pena de demissão ou de cessação da comissão de serviço, ou equiparadas, a aplicar mediante
procedimento disciplinar.
112) O pessoal em licença extraordinária tem direito a protecção social (v.g. aposentação e de benefícios da
ADSE ou de outros subsistemas de saúde)?
Sim, é-lhe aplicado o regime do pessoal em situação de licença sem vencimento de longa duração, podendo,
porém, fazer a opção a que se refere a excepção prevista no nº 4 do art. 28º.
113) Em situação de licença extraordinária os funcionários ou agentes são obrigados a comparecer aos
procedimentos de selecção ou à aplicação de métodos de selecção?
Não, o pessoal em licença extraordinária não está sujeito aos deveres do pessoal em SME.
114) Em situação de licença extraordinária os funcionários ou agentes são obrigados a aceitar o reinício de
funções?
Não, o pessoal em licença extraordinária não está sujeito aos deveres do pessoal em SME.
Não, a licença extraordinária não integra o elenco de situações susceptíveis de fazer cessar ou suspender a
situação de mobilidade especial.
Os funcionários e agentes actualmente afectos aos quadros transitórios criados junto da DGAP, ao abrigo da Lei
n.º 1/95, de 14 de Janeiro, e dos Decretos-Leis n.º 13/97, de 17 de Janeiro, n.º 14/97, de 17 de Janeiro, n.º 89-
F/98, de 13 de Abril, n.º 416/99, de 21 de Outubro e n.º 493/99, de 18 de Novembro, são afectos à Secretaria-
Geral do Ministério das Finanças e da Administração Pública, aplicando-se-lhes, para todos os efeitos, o regime
aplicável ao pessoal em situação de mobilidade especial.
A afectação é efectuada sem prejuízo da manutenção das situações vigentes de licença sem vencimento,
aplicando-se ao pessoal nestas situações com as necessárias adaptações, o disposto nos n.ºs 2 e 3 do art.º 26.º
(suspensão da situação de mobilidade especial) e operando-se a recolocação no início da fase de transição.
117) O que sucede ao pessoal actualmente afecto aos quadros transitórios de supranumerários criados junto
das Secretarias-Gerais?
Os funcionários e agentes actualmente afectos aos quadros transitórios de supranumerários criados junto das
Secretarias-Gerais, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 193/2002, de 25 de Setembro são afectos às correspondentes
Secretarias-Gerais, aplicando-se-lhes, para todos os efeitos, o regime aplicável ao pessoal em situação de
mobilidade especial.
A afectação é efectuada sem prejuízo da manutenção das situações vigentes de licença sem vencimento,
aplicando-se ao pessoal nestas situações com as necessárias adaptações, o disposto nos n.ºs 2 e 3 do art.º 26.º
(suspensão da situação de mobilidade especial) e operando-se a recolocação no início da fase de transição.
118) O que sucede ao pessoal abrangido pelo Decreto-Lei n.º 359/88, de 13 de Outubro, e pelo Decreto-Lei n.º
48/85, de 27 de Fevereiro?
Os funcionários e agentes actualmente abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 359/88, de 13 de Outubro, e pelo
Decreto-Lei n.º 48/85, de 27 de Fevereiro são afectos à Secretaria-Geral do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior, aplicando-se-lhes, para todos os efeitos, o regime aplicável ao pessoal em situação de
mobilidade especial.
A afectação é efectuada sem prejuízo da manutenção das situações vigentes de licença sem vencimento,
aplicando-se ao pessoal nestas situações com as necessárias adaptações, o disposto nos n.ºs 2 e 3 do art.º 26.º
(suspensão da situação de mobilidade especial) e operando-se a recolocação no início da fase de transição.
119) O que sucede ao pessoal abrangido pelo Decreto-Lei n.º 407/89, de 19 de Novembro?
Os funcionários e agentes actualmente abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 407/89, de 19 de Novembro são afectos
à Secretaria-Geral do Ministério da Educação, aplicando-se-lhes, para todos os efeitos, o regime aplicável ao
pessoal em situação de mobilidade especial.
A afectação é efectuada sem prejuízo da manutenção das situações vigentes de licença sem vencimento,
aplicando-se ao pessoal nestas situações com as necessárias adaptações, o disposto nos n.ºs 2 e 3 do art.º 26.º
(suspensão da situação de mobilidade especial) e operando-se a recolocação no início da fase de transição.