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Livro Eletrônico

Aula 00

Passo Estratégico de Direito Administrativo p/ TRT-RJ (TJAA) - AOCP

Professores: Equipe Túlio Lages, Murilo Soares, Tulio Lages

44554538818 - Gabriella Bueno


Passo EstratŽgico Ð AOCP/TRT RJ
Direito Administrativo p/ TJAA
Analista Tœlio Lages

Administra•‹o pœblica: princ’pios b‡sicos.


Poderes administrativos: poder hier‡rquico,
poder disciplinar, poder regulamentar, poder de
pol’cia, uso e abuso do poder.

Apresenta•‹o ............................................................................1
Introdu•‹o ................................................................................2
An‡lise Estat’stica .....................................................................2
An‡lise das Quest›es ................................................................4
Orienta•›es de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar............13
Question‡rio de Revis‹o...........................................................17
Anexo I Ð Lista de Quest›es ....................................................50
Refer•ncias Bibliogr‡ficas .......................................................54

Apresenta•‹o

Ol‡!
Meu nome Ž Tœlio Lages e, com imensa satisfa•‹o, serei o analista de
Direito Administrativo do Passo EstratŽgico!
Para conhecer um pouco sobre mim, segue um resumo da minha
experi•ncia profissional, acad•mica e como concurseiro:

Coordenador e Analista do Passo EstratŽgico - disciplinas: Direito Constitucional e


Administrativo.
Coach do EstratŽgia Concursos.
Auditor do TCU desde 2012, tendo sido aprovado e nomeado para o mesmo cargo nos
concursos de 2011 (14¼ lugar nacional) e 2013 (47¼ lugar nacional).
Ingressei na Administra•‹o Pœblica Federal como tŽcnico do Serpro (38¼ lugar, concurso
de 2005). Em seguida, tomei posse em 2008 como Analista Judici‡rio do Tribunal
Superior do Trabalho (6¼ lugar, concurso de 2007), onde trabalhei atŽ o in’cio de 2012,
quando tomei posse no cargo de Auditor do TCU, que exer•o atualmente.
Aprovado em inœmeros concursos de diversas bancas.
Graduado em Engenharia de Redes de Comunica•‹o (Universidade de Bras’lia).
Graduando em Direito (American College of Brazilian Studies).
P—s-graduado em Auditoria Governamental (Universidade Gama Filho).

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P—s-graduando em Direito Pœblico (PUC-Minas).

Estou extremamente feliz de ter a oportunidade de trabalhar na equipe


do ÒPassoÓ, porque tenho convic•‹o de que nossos relat—rios e
simulados proporcionar‹o uma prepara•‹o DIFERENCIADA aos nossos
alunos!
Nosso curso contar‡, ainda, com a (super!) colabora•‹o do Murilo
Soares, que exerce o cargo de AJAJ no Tribunal Superior do Trabalho e
analista de Direito Processual do Trabalho do Passo EstratŽgico.
...
Ser‡ uma honra ajudar voc•s a alcan•ar a aprova•‹o no concurso para
o cargo de TŽcnico Judici‡rio Ð çrea Administrativa do TRT RJ,
que ser‡ realizado pela banca AOCP.
Ent‹o, sem mais delongas, vamos ao relat—rio propriamente dito?!

Introdu•‹o

Ol‡!
Este relat—rio aborda o(s) assunto(s) ÒAdministra•‹o Pœblica:
Princ’pios B‡sicos.Ó e ÒPoderes Administrativos: Poder
Hier‡rquico, Poder Disciplinar, Poder Regulamentar, Poder de
Pol’cia, uso e abuso de poderÓ.
Com base na an‡lise estat’stica (t—pico a seguir), conclu’mos que o
primeiro assunto possui import‰ncia baixa a mŽdia. J‡ o segundo
assunto possui import‰ncia mŽdia.
Boa leitura!

An‡lise Estat’stica

Para identificarmos estatisticamente quais assuntos s‹o os mais


cobrados pela banca, classificamos todas as quest›es cobradas em
provas de n’vel mŽdio realizadas pela AOCP desde 2008.
Infelizmente, a banca AOCP n‹o possui muitas quest›es de provas
anteriores, de modo que os resultados estat’sticos n‹o devem ser
levados em considera•‹o de forma rigorosa, ok?
Com base na an‡lise estat’stica das quest›es colhidas (por volta de 74),
temos o seguinte resultado para o(s) assunto(s) que ser‡(‹o) tratado(s)
neste relat—rio:

Assunto % aproximado de cobran•a


em provas de n’vel mŽdio

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realizadas pela AOCP desde


2008

Princ’pios da Administra•‹o
Pœblica
2,7%
Poderes e Deveres da Adm.
Pœblica
4,1%
Tabela 1

Com base na tabela acima, Ž poss’vel verificar que, no contexto das


provas da AOCP para cargos de n’vel mŽdio, que o assunto:
a) ÒPrinc’pios da Administra•‹o PœblicaÓ possui import‰ncia baixa a
mŽdia, j‡ que foi cobrado em 2,7% das quest›es.
b) ÒPoderes e Deveres da Adm. PœblicaÓ possui import‰ncia mŽdia, j‡
que foi cobrado em 4,1% das quest›es.
...
ƒ importante destacar que os percentuais de cobran•a, para cada tema,
podem variar bastante. Sendo assim, adotaremos a seguinte
classifica•‹o quanto ˆ import‰ncia dos assuntos:

% de cobran•a Import‰ncia do assunto

AtŽ 2,9% Baixa a MŽdia

De 3% a 6,9% MŽdia

De 7% a 9,9% MŽdia a Alta

10% ou mais Alta

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An‡lise das Quest›es

Vejamos como a AOCP aborda os assuntos do presente relat—rio:

1.(AOCP/2012/TCE PA/Auxiliar TŽcnico de Controle Externo)


S‹o princ’pios que regulam a Administra•‹o Pœblica e encontram-se
expressamente previstos na Constitui•‹o Federal:
a) compet•ncia, finalidade, legalidade e publicidade.
b) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e efici•ncia.
c) legalidade, impessoalidade, moralidade e eticidade.
d) compet•ncia, finalidade, moralidade e eticidade.
e) legalidade, impessoalidade, moralidade e formalidade.

GABARITO: ÒBÓ
Os princ’pios expressos que regulam a Administra•‹o Pœblica est‹o
previstos no art. 37, caput, da CF/1988:
Art. 37. A administra•‹o pœblica direta e indireta de qualquer
dos Poderes da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Munic’pios obedecer‡ aos princ’pios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e efici•ncia e,
tambŽm, ao seguinte:

Apenas a assertiva ÒBÓ apresenta princ’pios expressos nesse


dispositivo.
2.(AOCP/2012/CRM MT/Auxiliar Administrativo) O Processo
Administrativo Ž norteado por diversos Princ’pios, dentre eles podemos
citar o Princ’pio da Motiva•‹o.
Assinale a alternativa que descreve corretamente este Princ’pio.
a) A Administra•‹o e seus servidores t•m de atuar segundo padr›es
Žticos de probidade, decoro e boa fŽ.
b) Trata-se da exig•ncia de que o ato seja praticado sempre com
finalidade pœblica.
c) A Administra•‹o Pœblica deve anular seus pr—prios atos, quando
eivados de v’cio de legalidade, e pode revog‡-los por motivo de
conveni•ncia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
d) Objetiva garantir o m‡ximo de aproveitamento poss’vel aos meios
de atua•‹o dispon’veis.
e) ƒ o dever de indicar os pressupostos de fato e de direito que
determinarem uma decis‹o tomada.

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GABARITO: ÒEÓ
A motiva•‹o pode ser entendida como o princ’pio segundo o qual deve
haver indica•‹o da situa•‹o f‡tica (pressupostos de fato) e jur’dica
(pressupostos de direito) que levou ˆ pr‡tica do ato administrativo. Na
esfera federal, o art. 50 da Lei n¼ 9.784/1999 estabelece as situa•›es
em que a motiva•‹o do ato administrativo Ž obrigat—ria:
Art. 50. Os atos administrativos dever‹o ser motivados, com
indica•‹o dos fatos e dos fundamentos jur’dicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou san•›es;
III - decidam processos administrativos de concurso ou
sele•‹o pœblica;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo
licitat—rio;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de of’cio;
VII - deixem de aplicar jurisprud•ncia firmada sobre a
quest‹o ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e
relat—rios oficiais;
VIII - importem anula•‹o, revoga•‹o, suspens‹o ou
convalida•‹o de ato administrativo.

A: errada. A assertiva apresenta a defini•‹o do princ’pio da moralidade.


B: errada. Trata-se do princ’pio da finalidade.
C: errada. Essa alternativa diz respeito ao princ’pio da autotutela.
D: errada. Trata-se do princ’pio da efici•ncia.
D: errada. Trata-se do princ’pio da efici•ncia.
3.(AOCP/2012/CRM MT/Auxiliar Administrativo) Que nome se d‡
ao Poder Administrativo em que a Administra•‹o apura as infra•›es
administrativas e imp›e as respectivas san•›es aos agentes pœblicos e
demais pessoas submetidas ˆ orienta•‹o administrativa?
a) Poder Vinculado.
b) Poder Discricion‡rio.
c) Poder Disciplinar.
d) Poder de Pol’cia.
e) Poder Normativo.

GABARITO: ÒCÓ

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O poder disciplinar autoriza a administra•‹o pœblica a apurar infra•›es


a aplicar penalidades ˆqueles com os quais possui v’nculo espec’fico.
A: errada. O poder vinculado ocorre quando a lei define todos os
aspectos da conduta a ser adotada pela Administra•‹o Pœblica em
determinada situa•‹o, sem conferir margem de liberdade para o agente
pœblico escolher a melhor forma de agir.
B: errada. Poder discricion‡rio Ž aquele que d‡ certa margem de
liberdade para a Administra•‹o Pœblica praticar certos atos
administrativos, de acordo com a conveni•ncia e oportunidade da
medida (mŽrito administrativo).
D: errada. O poder de pol’cia busca assegurar o bem-estar da
sociedade, coibindo, atravŽs de ordens, proibi•›es / restri•›es e
apreens›es, por exemplo, o exerc’cio irregular dos direitos individuais,
o uso abusivo da propriedade ou a pr‡tica de atividades prejudiciais ˆ
coletividade / ˆ ordem pœblica.
E: errada. O poder normativo Ž aquele segundo o qual a Administra•‹o
Pœblica pode editar atos para complementar a lei, buscando sua fiel
execu•‹o.
4.(AOCP/2012/CRM MT/Auxiliar Administrativo) Os Poderes da
Administra•‹o s‹o instrumentos utilizados pela Administra•‹o Pœblica
para fazer valer a supremacia do interesse Pœblico.
Assinale a seguir a alternativa que melhor descreve o Poder Vinculado.
a) ƒ o Poder inerente aos Chefes dos Poderes Executivos, para que
possam expedir decretos e regulamentos para complementar e detalhar
a Lei, a fim de garantir a sua fiel execu•‹o.
b) ƒ a atividade da Administra•‹o Pœblica que, ao limitar o disciplinando
direto, interesse ou liberdade, acaba por regular a pr‡tica de ato ou
absten•‹o de fato, em raz‹o do interesse pœblico.
c) Poder no qual a Administra•‹o Pœblica de modo expl’cito ou impl’cito,
pratica atos administrativos com liberdade de escolha de sua
conveni•ncia, oportunidade e conteœdo.
d) ƒ aquele em que a Lei prescreve, em detalhes, o momento e a forma
que a Administra•‹o deve agir, determinando quais os elementos e
requisitos necess‡rios para o feito, sem que haja qualquer margem de
liberdade para a mesma.
e) ƒ aquele onde a Administra•‹o distribui as fun•›es de seus —rg‹os,
estabelece a rela•‹o de subordina•‹o entre os servidores pœblicos do
seu quadro de pessoal, bem como ordena e rev• a atua•‹o de seus
agentes.

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GABARITO: ÒDÓ
A assertiva apresenta corretamente a defini•‹o do poder vinculado,
segundo o qual a lei prev• todos os elementos e requisitos do ato
administrativo, sem dar margem de liberdade de escolha do agente
pœblico para a pr‡tica desse ato.
A: errada. Essa Ž a defini•‹o do poder regulamentar.
B: errada. Trata-se do poder de pol’cia.
C: errada. Essa assertiva apresenta o conceito de poder discricion‡rio.
E: errada. Essa assertiva apresenta o conceito de poder hier‡rquico.

Em raz‹o da exiguidade de quest›es da AOCP, vejamos algumas


quest›es da FCC de n’vel semelhante:

5. (FCC/2017/TRE SP/TŽcnico Judici‡rio/Administrativo)


Considere a li•‹o de Maria Sylvia Zanella Di Pietro: A Administra•‹o
n‹o pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas
determinadas, uma vez que Ž sempre o interesse pœblico que tem que
nortear o seu comportamento. (Direito Administrativo, S‹o Paulo:
Atlas, 29a edi•‹o, p. 99). Essa li•‹o expressa o conteœdo do princ’pio
da
(A) impessoalidade, expressamente previsto na Constitui•‹o Federal,
que norteia a atua•‹o da Administra•‹o pœblica de forma a evitar
favorecimentos e viabilizar o atingimento do interesse pœblico,
finalidade da fun•‹o executiva.
(B) legalidade, que determina ˆ Administra•‹o sempre atuar de acordo
com o que estiver expressamente previsto na lei, em sentido estrito,
admitindo-se mitiga•‹o do cumprimento em prol do princ’pio da
efici•ncia.
(C) efici•ncia, que orienta a atua•‹o e o controle da Administra•‹o
pœblica pelo resultado, de forma que os demais princ’pios e regras
podem ser relativizados.
(D) supremacia do interesse pœblico, que se coloca com primazia sobre
os demais princ’pios e interesses, uma vez que atinente ˆ finalidade da
fun•‹o executiva.
(E) publicidade, tendo em vista que todos os atos da Administra•‹o
pœblica devem ser de conhecimento dos administrados, para que
possam exercer o devido controle.

GABARITO: letra ÒAÓ.

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O primeiro ponto a destacar Ž que n‹o h‡ hierarquia entre os


princ’pios, de modo que, em caso de aparente colis‹o entre eles,
deve-se aplicar a tŽcnica da pondera•‹o para identificar qual deles
dever‡ prevalecer no caso concreto, sem, por outro lado, esvaziar por
completo, afastar a aplica•‹o dos demais.
Vamos ˆ an‡lise das assertivas:
A assertiva ÒaÓ est‡ correta: o princ’pio da impessoalidade, previsto
no art. 37, caput, da CF, imp›e que a a•‹o da Administra•‹o deve
estar voltada para a atingir o objetivo previsto (expressamente ou
virtualmente) em lei, o qual visar‡ atender sempre a uma finalidade:
o interesse pœblico. Tal principio deve ser observado tanto em rela•‹o
ˆ pr—pria Administra•‹o, quanto em rela•‹o aos administrados.
A assertiva ÒbÓ est‡ incorreta: o princ’pio da legalidade prescreve que a
Administra•‹o s— pode agir quando h‡ imposi•‹o ou permiss‹o da lei
(considerada em sentido amplo), sendo que a atividade administrativa
deve se dar no mesmo sentido (e n‹o contra) e nos exatos limites
(nunca alŽm) de tal determina•‹o ou autoriza•‹o legal.
Por sua vez, o princ’pio da efici•ncia imp›e que a Administra•‹o exer•a
sua atividade com presteza, perfei•‹o, rendimento funcional,
produtividade, qualidade, desburocratiza•‹o, de forma a obter o melhor
resultado poss’vel no atendimento do interesse pœblico. Preceitua a
adequa•‹o dos meios empregados aos fins vislumbrados, a pondera•‹o
da rela•‹o custo/benef’cio da a•‹o.
Entretanto, n‹o Ž l’cito ˆ Administra•‹o mitigar o princ’pio da
legalidade em prol da efici•ncia, isto Ž, agir de forma contr‡ria ˆ lei
para obter mais resultados.
A assertiva ÒcÓ est‡ incorreta: a reda•‹o da assertiva d‡ a entender
que o princ’pio da efici•ncia possui hierarquia superior aos demais
(Òpodem ser relativizadosÓ), o que n‹o Ž verdade.
A assertiva ÒdÓ est‡ incorreta: o princ’pio da supremacia do interesse
pœblico preceitua que o interesse pœblico deve prevalecer sobre o
privado sempre que houver conflito entre eles nas rela•›es verticais
(rela•‹o entre Administra•‹o e administrado), com vistas ao benef’cio
da coletividade, respeitando-se sempre, por —bvio, os direitos e
garantias individuais.
Entretanto, como n‹o h‡ hierarquia entre os princ’pios, assim, n‹o h‡
primazia, de forma abstrata, do princ’pio da supremacia do interesse
pœblico sobre os demais.
A assertiva ÒeÓ est‡ incorreta: o princ’pio da publicidade imp›e que a
Administra•‹o confira a mais ampla divulga•‹o de seus atos aos

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interessados diretos e ao povo em geral, possibilitando-lhes, assim,


controlar a conduta dos agentes administrativos.
Entretanto, o enunciado da quest‹o n‹o guarda rela•‹o com o princ’pio
da publicidade, mas, sim, com o da impessoalidade.
6. (FCC/2015/TRE AP/ TŽcnico Judici‡rio/Administrativo)
Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica: Dimas, ex-prefeito de um
Munic’pio do Amap‡, foi condenado pelo Tribunal de Justi•a do Estado,
tendo em vista que adotou na comunica•‹o institucional da Prefeitura
logotipo id•ntico ao de sua campanha eleitoral. O Tribunal considerou
tal fato ofensivo a um dos princ’pios b‡sicos que regem a atua•‹o
administrativa. Trata-se especificamente do princ’pio da
(A) moralidade.
(B) publicidade.
(C) efici•ncia.
(D) impessoalidade.
(E) motiva•‹o.

GABARITO: letra ÒDÓ.


Como j‡ foi dito, o princ’pio da impessoalidade, previsto no art. 37,
caput, da CF, imp›e que a a•‹o da Administra•‹o deve estar voltada
para a atingir o objetivo previsto (expressamente ou virtualmente) em
lei, o qual visar‡ atender sempre a uma finalidade: o interesse
pœblico. Tal principio deve ser observado tanto em rela•‹o ˆ pr—pria
Administra•‹o, quanto em rela•‹o aos administrados.
AlŽm disso, o princ’pio da impessoalidade pode ser compreendido sob
o viŽs da veda•‹o ˆ promo•‹o pessoal de autoridade e servidores
pœblicos conforme CF/88, art. 37, ¤ 1¼, que assim disp›e:
¤ 1¼ A publicidade dos atos, programas, obras, servi•os e
campanhas dos —rg‹os pœblicos dever‡ ter car‡ter educativo,
informativo ou de orienta•‹o social, dela n‹o podendo constar
nomes, s’mbolos ou imagens que caracterizem promo•‹o pessoal
de autoridades ou servidores pœblicos.

7. (FCC/2017/TRE SP/ TŽcnico Judici‡rio/Administrativo)


Dentre as diversas atividades realizadas pelo Estado, no desempenho
de suas fun•›es executivas, representam express‹o de seu poder de
pol’cia:
(A) a regula•‹o ou poder regulamentar, que visam conformar, de
forma restritiva ou indutiva, as atividades econ™micas aos interesses
da coletividade, podendo abranger medidas normativas,
administrativas, materiais, preventivas e fiscalizat—rias e

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sancionat—rias.
(B) as medidas disciplinares e hier‡rquicas adotadas para conforma•‹o
da atua•‹o dos servidores pœblicos e dos contratados pela
Administra•‹o ˆs normas e posturas por essa impostas.
(C) a fiscaliza•‹o e autua•‹o de condutores exercidas pelas autarquias
que desempenham servi•os pœblicos rodovi‡rios.
(D) a autotutela exercida pela Administra•‹o pœblica sobre seus
pr—prios atos, que inclui a possibilidade de revis‹o e anula•‹o dos
mesmos.
(E) a imposi•‹o de multas contratuais a empresas estatais
exploradoras de atividades econ™micas ou prestadoras de servi•os
pœblicos, que tambŽm exercem poder de pol’cia ao impor multas a
usu‡rios dos servi•os e atividades que prestam.

GABARITO: letra ÒCÓ.


O poder de pol’cia Consiste na prerrogativa de a Administra•‹o
condicionar ou restringir a liberdade e a propriedade (ou seja, o uso de
bens, o exerc’cio de direitos e a pr‡tica de atividades privadas, ou,
simplesmente, a autonomia privada), com o objetivo de ajust‡-los ao
interesse geral da coletividade (interesse pœblico), pautada nos
princ’pios da legalidade e da proporcionalidade.
Por sua vez, o poder disciplinar Ž a prerrogativa de a Administra•‹o (de
qualquer dos poderes) aplicar san•›es aos seus servidores, em
decorr•ncia de infra•›es funcionais por eles cometidas, bem como aos
particulares a ela ligados mediante vinculo jur’dico espec’fico (via
contrato, conv•nio etc.) que eventualmente venham a cometer
infra•›es administrativas. Guarda correla•‹o, mas n‹o se confunde,
com o poder hier‡rquico. Assim como este œltimo poder, o poder
disciplinar diz respeito a atividades estritamente internas da
Administra•‹o Pœblica (n‹o invade a esfera de particulares sem
qualquer v’nculo com a Administra•‹o).
No que diz respeito ao destinat‡rio da san•‹o, no poder disciplinar, a
san•‹o pode ser aplicada somente ˆqueles que possuem v’nculo
jur’dico espec’fico com a Administra•‹o, como os servidores e
empregados pœblicos (que possuem v’nculo funcional), as empresas
contratadas para prestar algum servi•o (v’nculo contratual) etc.
Por sua vez, no poder de pol’cia, a san•‹o pode ser aplicada a
quaisquer pessoas que exer•am atividade que possa vir a acarretar
risco ou transtorno ˆ sociedade (por isso diz-se que tais pessoas
possuem v’nculo geral com a Administra•‹o).
O ciclo de pol’cia compreende a sequ•ncia de atividades que integram

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o exerc’cio do poder de pol’cia. As atividades s‹o i) legisla•‹o, ii)


consentimento, iii) fiscaliza•‹o e iv) san•‹o.
A legisla•‹o (ou ordem de pol’cia) Ž a fase inicial que institui os limites
ao exerc’cio de atividades privadas e ao uso de bens, dependendo de
previs‹o em lei em raz‹o do princ’pio da legalidade.
O consentimento de pol’cia diz respeito ˆ anu•ncia prŽvia da
Administra•‹o (formalizada geralmente por meio de licen•as e
autoriza•›es) para a realiza•‹o de determinadas atividades ou frui•‹o
de determinados direitos. Tal anu•ncia tambŽm deve estar prevista em
lei para ser exigida.
A fiscaliza•‹o de pol’cia Ž a verifica•‹o, por parte da Administra•‹o,
quanto o cumprimento, pelo particular, das regras e condi•›es da
ordem de pol’cia (legisla•‹o) e, se for o caso, da licen•a/autoriza•‹o
(consentimento).
Por fim, a san•‹o de pol’cia decorre da constata•‹o de infra•‹o ˆs
regras e condi•›es da ordem de pol’cia ou da licen•a/autoriza•‹o,
resultando na aplica•‹o de alguma medida repressiva ao particular
(como uma multa ou outra san•‹o prevista na lei de reg•ncia).
AlŽm disso, o poder de pol’cia pode ser origin‡rio ou delegado. O poder
de pol’cia origin‡rio Ž o exerc’cio pela Administra•‹o Direta, enquanto o
poder de pol’cia delegado Ž exercido pelas entidades de direito pœblico
pertencentes ˆ Administra•‹o Indireta (autarquias e funda•›es pœblicas
de direito pœblico).
A doutrina majorit‡ria entende que n‹o Ž poss’vel a delega•‹o do
poder de pol’cia a entidades da Administra•‹o Indireta de direito
privado.
Por outro lado, o STJ entende que as fases de consentimento e de
fiscaliza•‹o (somente essas fases) podem ser delegadas a entidades de
direito privado integrantes da Administra•‹o Pœblica.
Com rela•‹o ˆ possibilidade de delega•‹o do poder de pol’cia a pessoas
privadas n‹o integrantes da Administra•‹o Pœblica (formal), tanto a
doutrina majorit‡ria quanto o STF entendem que n‹o Ž poss’vel,
mesmo que a delega•‹o seja realizada por meio de lei.
Entretanto, isso n‹o impede o Poder Pœblico de contratar com
particulares o desempenho de atividades de apoio, acess—rias ao
exerc’cio do poder de pol’cia, como a operacionaliza•‹o de m‡quinas e
equipamentos em atividades de fiscaliza•‹o (o que n‹o caracteriza
delega•‹o do poder de pol’cia).
Feitos os esclarecimentos, vamos ˆ an‡lise das assertivas:
A assertiva ÒAÓ est‡ errada: a atividade regulat—ria, nos termos em que
foi exposta, est‡ mais ligada ˆ interven•‹o do Estado no dom’nio

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econ™mico.
A assertiva ÒBÓ est‡ errada: trata-se do poder disciplinar, j‡ que o
sancionado possui v’nculo espec’fico com a Administra•‹o, conforme
explica•›es preliminares.
A assertiva ÒCÓ est‡ correta: trata-se do poder de pol’cia, conforme
explica•›es preliminares.
A assertiva ÒDÓ est‡ errada: o princ’pio da autotutela imp›e que a
Administra•‹o Pœblica tem o poder-dever de controlar seus pr—prios
atos, inclusive de of’cio, e abrange o poder de anular, convalidar e
revogar seus atos administrativos, podendo envolver, portanto,
aspectos tanto de legalidade quanto de mŽrito ato.
Entretanto, o poder de autotutela n‹o se confunde com o poder de
pol’cia.
A assertiva ÒEÓ est‡ errada: n‹o Ž poss’vel a delega•‹o da fase de
san•‹o do poder de pol’cia a entidades da Administra•‹o Indireta de
direito privado.
8. (FCC/2016/TRT 20»/TŽcnico Judici‡rio/Administrativo)
Considere as seguintes assertivas concernentes ao poder disciplinar:
I. A Administra•‹o pœblica, ao tomar conhecimento de infra•‹o
praticada por servidor, deve instaurar o procedimento adequado para
sua apura•‹o.
II. A Administra•‹o pœblica pode levar em considera•‹o, na aplica•‹o
da pena, a natureza e a gravidade da infra•‹o e os danos que dela
provierem para o servi•o pœblico.
III. No procedimento administrativo destinado a apurar eventual
infra•‹o praticada por servidor, devem ser assegurados o contradit—rio
e a ampla defesa com os meios e recursos a ela inerentes.
IV. A falta grave Ž pun’vel com a pena de suspens‹o e caber‡ ˆ
Administra•‹o pœblica enquadrar ou n‹o um caso concreto em tal
infra•‹o.
O poder disciplinar, em algumas circunst‰ncias, Ž considerado
discricion‡rio. H‡ discricionariedade APENAS nos itens
(A) I e IV.
(B) I e II.
(C) I e III.
(D) III e IV.
(E) II e IV.

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GABARITO: letra ÒEÓ.


Poder discricion‡rio Ž o poder que confere ˆ Administra•‹o a
prerrogativa de praticar e revogar atos discricion‡rios, segundo a
valora•‹o dos critŽrios de conveni•ncia e oportunidade.
Cumpre destacar que o poder discricion‡rio n‹o dispensa que a
Administra•‹o observe os limites impostos pela lei e respeite os
princ’pios administrativos, notadamente os da razoabilidade e da
proporcionalidade, sob pena de a conduta ser considerada ilegal,
sendo, por conseguinte, pass’vel de anula•‹o pela pr—pria
Administra•‹o ou pelo Poder Judici‡rio.
Assim:
O item ÒIÓ est‡ errado: trata-se de ato vinculado (ÒdeveÓ).
O item ÒIIÕ est‡ correto: perceba que haver‡ ju’zo de discricionariedade
na aplica•‹o da penalidade, j‡ que poder‹o ser analisados, a natureza
e a gravidade da infra•‹o, bem como os danos advindos.
O item ÒIIIÓ est‡ errado: veja o contradit—rio e a ampla defesa ÒdevemÓ
ser assegurados Ð aqui n‹o h‡ discricionariedade!
O item ÒIVÓ est‡ correto: note que a Administra•‹o formular‡ ju’zo de
discricionariedade quanto ao enquadramento do caso concreto na
penalidade de infra•‹o (Òenquadrar ou n‹oÓ).

Orienta•›es de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar

A ideia desta se•‹o Ž apresentar uma espŽcie de checklist para o estudo


da matŽria, de forma que o candidato n‹o deixe nada importante de
fora em sua prepara•‹o.
Assim, se voc• nunca estudou os assuntos ora tratados, recomendamos
que ˆ medida que for lendo seu curso te—rico, concomitantemente
observe se prestou a devida aten•‹o aos pontos elencados aqui no
checklist, de forma que o estudo inicial j‡ seja realizado de maneira
bem completa.
Por outro lado, se voc• j‡ estudou os assuntos, pode utilizar o checklist
para verificar se eventualmente n‹o h‡ nenhum ponto que tenha
passado despercebido no estudo. Se isso acontecer, realize o estudo
complementar do assunto.

Com base na an‡lise das quest›es, recomendamos que seja


compreendido e memorizado, no m’nimo, os pontos a seguir, aos quais
deve ser dada •nfase em seu estudo:

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Princ’pios da Administra•‹o Pœblica

1.! O rol dos princ’pios da Administra•‹o Pœblica expressos no caput


do art. 37 da CF/88, bem como aqueles que devem observ‡-los;
2.! Princ’pio da Legalidade: conceito. Diferen•a entre legalidade
administrativa e reserva legal prevista no CF/88, art. 5¼, inciso II.
Diferen•a entre legalidade e legitimidade.
3.! Princ’pio da impessoalidade: conceito. Diferen•a entre interesse
pœblico e privado. Enfoques do princ’pio da impessoalidade: imputa•‹o
dos atos praticados pelos agentes pœblicos diretamente ˆs pessoas
jur’dicas em que atuam; veda•‹o ˆ promo•‹o pessoal de autoridades e
servidores pœblicos. Rela•‹o entre o princ’pio da impessoalidade e o da
isonomia (previsto na CF/88, arts. 5¼, inciso I, e 19, inciso III).
4.! Princ’pio da moralidade: conceito. Pessoas que devem observar o
princ’pio da moralidade. A quest‹o da prescindibilidade de normas
positivadas para a observ‰ncia do princ’pio da moralidade. Sœmula
vinculante 13 (veda•‹o ao nepotismo).
4.1 Para alunos intermedi‡rios e avan•ados, que j‡ possuem
alguma base em direito administrativo e direito
constitucional: a rela•‹o entre moralidade administrativa e
probidade administrativa. As espŽcies de penalidades
decorrentes dos atos de improbidade administrativa,
conforme CF/88, art. 37, ¤ 4¼, com aten•‹o para a
impossibilidade de pena de cassa•‹o de direitos pol’ticos,
consoante CF, art. 15, caput.
4.2 Para alunos intermedi‡rios e avan•ados, que j‡ possuem
alguma base em direito administrativo e direito
constitucional: a possibilidade de atua•‹o do MinistŽrio
Pœblico na defesa da moralidade administrativa mediante
a•‹o civil pœblica, consoante CF/88, art. 129, inciso III c/c
Lei 8.625/93, art. 25, inciso IV, al’nea ÒbÓ).
5.! Princ’pio da publicidade: conceito. A quest‹o da n‹o considera•‹o
da publicidade como elemento para a forma•‹o do ato administrativo. A
transpar•ncia como regra na Administra•‹o Pœblica, com fulcro no
direito fundamental ˆ informa•‹o previsto na CF, art. 5¼, inciso XXXIII,
bem como no previsto na CF, art. 5¼, inciso LX. A concretiza•‹o do
princ’pio da publicidade por meio dos direitos constitucionais de peti•‹o

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(CF, art. 5¼, inciso XXXIV, al’nea ÒaÓ) e de certid‹o (CF, art. 5¼, inciso
XXXIV, al’nea ÒbÓ). Diferen•a entre publicidade e publica•‹o.
6.! Princ’pio da efici•ncia: conceito. Desdobramentos constitucionais
do princ’pio da efici•ncia na CF, art. 37, ¤3¼, incisos I a III, ¤8¼, incisos
I a III, art. 39, ¤¤ 2¼ e 7¼, art. 41, ¤ 1¼, inciso III e ¤4¼. O controle da
efici•ncia da Administra•‹o Pœblica: controle externo (CF, art. 70, caput
e art. 71, caput), sistema de controle interno (art. 70, caput e art. 74,
inciso II) e controle judicial.
7.! Princ’pios impl’citos da Administra•‹o Pœblica: conceito.
Relev‰ncia dos princ’pios impl’citos frente aos princ’pios expressos.
8.! Princ’pio da supremacia do interesse pœblico: conceito. N‹o
incid•ncia direta nos casos de atua•‹o interna ou na condi•‹o de
agente econ™mico (CF, art. 173, ¤1¼, inciso II).
9.! Princ’pio da indisponibilidade do interesse pœblico: conceito.
Car‡ter de poder-dever dos poderes conferidos ˆ Administra•‹o.
Conceito de interesse pœblico prim‡rio e secund‡rio.
10.! Princ’pio da presun•‹o de legitimidade e veracidade: conceito e
relatividade.
10.1 Para alunos intermedi‡rios e avan•ados, que j‡ possuem
alguma base em direito administrativo e direito
constitucional: a veda•‹o ˆ recusa a documentos pœblicos
por parte dos entes federativos, consoante CF, art. 19,
inciso II, como decorr•ncia do princ’pio da presun•‹o de
legitimidade.
11.! Princ’pio da autotutela: conceito. Sœmulas 473 e 346 do STF.
Rela•‹o com o princ’pio do contradit—rio e ampla defesa. Diferen•a
entre autotutela e tutela.
12.! Princ’pio da continuidade dos servi•os pœblicos: conceito.
Consequ•ncias decorrentes: proibi•‹o relativa de greve nos servi•os
pœblicos, consoante CF, art. 37, inciso VII; institutos da supl•ncia,
delega•‹o e substitui•‹o; impossibilidade de invoca•‹o do contrato n‹o
cumprido; faculdade de utiliza•‹o de equipamentos e instala•›es da
empresa contratada, bem como a possibilidade de encampa•‹o da
concess‹o de servi•o pœblico.
13.! Princ’pio da razoabilidade e proporcionalidade: conceito. Aspectos
que d‹o fundamento ˆ proporcionalidade. Utiliza•‹o de tais princ’pios
no controle da discricionariedade da Administra•‹o.
14.! Princ’pio da motiva•‹o: conceito. Casos de dispensa de

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motiva•‹o. Previs‹o constitucional da motiva•‹o (CF, art. 93, inciso X,


e art. 129, ¤4¼).
15.! Princ’pio da seguran•a jur’dica: conceito. Principais
concretiza•›es do princ’pio da seguran•a jur’dica: prescri•‹o e
decad•ncia; sœmula vinculante (CF, art. 103-A); prote•‹o ao ato
jur’dico perfeito, direito adquirido e coisa julgada (art. 5¼, inciso
XXXVI).
16.! Princ’pio da prote•‹o ˆ confian•a: conceito.
17.! Princ’pio da sindicabilidade: conceito

Poderes e deveres da Administra•‹o Pœblica


1.! O conceito de poderes administrativos, se atentando para a
diferen•a entre eles e os poderes estruturais;
2.! O conceito de poder vinculado;
3.! O conceito de poder discricion‡rio, se atentando para o fato de
que o exerc’cio de tal poder deve observar os limites legais e os
princ’pios administrativos. Os limites do controle judicial sobre os atos
discricion‡rios;
4.! O conceito de poder hier‡rquico, se atentando para o fato de que
est‡ presente no ‰mbito de todos os poderes pol’ticos, bem como para
as prerrogativas decorrentes desse poder;
5.! O conceito de poder disciplinar e sua diferen•a do poder punitivo
do Estado;
6.! O conceito de poder regulamentar. Diferen•a entre decretos de
execu•‹o, decretos aut™nomos e regulamentos autorizados, levando
em conta o previsto nos incisos IV e VI, bem como no par‡grafo œnico
do art. 84 da CF. Controle do Legislativo sobre o poder regulamentar do
Executivo (inciso V do art. 49 da CF);
7.! O conceito de poder de pol’cia, se atendando para os seguintes
fatos:
7.1)! compet•ncia para o exerc’cio do poder de policia, se
atentando para a reparti•‹o constitucional de
compet•ncias baseada no princ’pio da predomin‰ncia
do interesse, bem como no disposto no art. 241 da CF;
7.2)! diferen•a entre poder de pol’cia e poder disciplinar;

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7.3)! modalidades de poder de pol’cia;


7.4)! instrumentos que formalizam o poder de pol’cia;
7.5)! ciclo de pol’cia (lembrar que nem todas as fases
sempre est‹o presentes)
7.6)! diferen•a entre poder de pol’cia origin‡rio e delegado
(levando em conta o entendimento doutrin‡rio, do STF
Ð ADI 1.717-DF Ð e do STJ Ð REsp 817.534/MG Ð sobre
a possibilidade de delega•‹o do poder de pol’cia),
7.7)! atributos do poder de pol’cia;
7.8)! possibilidade de institui•‹o de taxas em raz‹o do
exerc’cio do poder de pol’cia (CF, art. 145, inciso II);
7.9)! diferen•a entre poder de pol’cia e presta•‹o de servi•os
pœblicos;
7.10)! as tŽcnicas de atua•‹o do poder de pol’cia;
7.11)! o prazo de prescri•‹o da a•‹o punitiva da
Administra•‹o Pœblica Federal no exerc’cio do poder de
pol’cia (caput do art. 1¼ da Lei 9.873/1999).
8.! Abuso de poder: conceito e espŽcies;
9.! Conceito de poder-dever de agir, levando em conta que a
omiss‹o do agente pode eventualmente ensejar sua responsabiliza•‹o
e tambŽm do Estado;
10.! Conceito de dever de efici•ncia, levando em conta que a efici•ncia
tambŽm Ž um princ’pio de envergadura constitucional (art. 37, caput
da CF);
11.! Conceito de dever de probidade, levando em conta o disposto
tambŽm o disposto no art. 37, ¤ 4¼ da CF;
12.! Conceito de dever de prestar contas, levando em conta que tal
dever decorre do princ’pio da indisponibilidade do interesse pœblico, se
atentando, ainda, para o disposto no art. 70, par‡grafo œnico da CF.

Question‡rio de Revis‹o

A seguir, apresentamos um question‡rio por meio do qual Ž poss’vel


realizar uma revis‹o dos principais pontos da matŽria. Faremos isso
para todos os t—picos do edital, um pouquinho a cada relat—rio!

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ƒ poss’vel utilizar o question‡rio de revis‹o de diversas maneiras. O


leitor pode, por exemplo:
1.! ler cada pergunta e realizar uma autoexplica•‹o mental da resposta;
2.! ler as perguntas e respostas em sequ•ncia, para realizar uma revis‹o
mais r‡pida;
3.! eleger algumas perguntas para respond•-las de maneira discursiva.

***Question‡rio - somente perguntas***


Princ’pios da Administra•‹o Pœblica

1)! Quais s‹o os princ’pios da Administra•‹o Pœblica


expressamente previstos na CF?
2)! Quais entes devem observam os princ’pios expressos da
Administra•‹o Pœblica? Quais Poderes?
3)! O que disp›e o princ’pio da legalidade?
4)! Qual a diferen•a do princ’pio da legalidade administrativa
do princ’pio da reserva legal aplic‡vel aos particulares?
5)! Legalidade Ž o mesmo que legitimidade? Comente.
6)! O que preceitua o princ’pio da impessoalidade?
7)! O interesse pœblico pode coincidir com o privado? Comente.
8)! Comente a compreens‹o do princ’pio da impessoalidade sob
o enfoque da imputa•‹o dos atos praticados pelos agentes
pœblicos diretamente ˆs pessoas jur’dicas em que atuam.
9)! ƒ poss’vel a compreens‹o do princ’pio da impessoalidade
sob o viŽs da veda•‹o ˆ promo•‹o pessoal de autoridades e
servidores pœblicos?
10)! Comente a rela•‹o entre o princ’pio da impessoalidade e o
da isonomia.
11)! O que preceitua o princ’pio da moralidade?
12)! Quem deve observar a moralidade administrativa?
13)! Existem normas infraconstitucionais estabelecendo regras
relativas ˆ moralidade administrativa? ƒ imprescind’vel que
existam regras versando sobre a moralidade para que a
conduta do administrador seja pautada e avaliada sob tal
—tica?
14)! ƒ poss’vel o controle da moralidade administrativa pelos
cidad‹os? Se sim, por meio de qual instrumento?

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15)! H‡ rela•‹o entre moralidade administrativa e probidade


administrativa? Comente.
16)! O MinistŽrio Pœblico pode atuar na defesa da moralidade
administrativa?
17)! O que preceitua o princ’pio da publicidade?
18)! A publicidade Ž considerada elemento de forma•‹o do ato
administrativo?
19)! A transpar•ncia deve ser vista como regra ou exce•‹o na
Administra•‹o Pœblica? O sigilo da informa•‹o ou restri•‹o
da publicidade s‹o poss’veis?
20)! Como os direitos constitucionais de peti•‹o e de certid‹o
d
concretizam o princ’pio da publicidade?
21)! O princ’pio da publicidade se confunde com a publica•‹o de
atos?
22)! O STF considera l’cita a divulga•‹o nominal da remunera•‹o
de autoridades e servidores pœblicos em s’tio eletr™nico?
23)! O que preceitua o princ’pio da efici•ncia?
24)! Qual a outra denomina•‹o do princ’pio da efici•ncia?
25)! Mencione alguns desdobramentos constitucionais do
princ’pio da efici•ncia?
26)! Como se d‡ o controle da efici•ncia da Administra•‹o
Pœblica?
27)! O que s‹o os princ’pios impl’citos da Administra•‹o Pœblica?
Eles possuem menos relev‰ncia que os expressos no caput
do art. 37 da CF?
28)! O que preceitua o princ’pio da supremacia do interesse
pœblico?
29)! O que preceitua o princ’pio da indisponibilidade do
interesse pœblico? Qual suas implica•›es?
30)! Qual o conceito de interesse pœblico? O que Ž interesse
pœblico prim‡rio? E o interesse pœblico secund‡rio?
31)! O que preceitua o princ’pio da presun•‹o de legitimidade e
de veracidade? Essa presun•‹o Ž absoluta?
32)! O que preceitua o princ’pio da autotutela?
33)! Qual a rela•‹o do princ’pio da autotutela com o princ’pio do
contradit—rio e ampla defesa?
34)! O poder de tutela Ž o mesmo que autotutela? Explique.

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35)! O que preceitua o princ’pio da continuidade dos servi•os


pœblicos?
36)! O que preceitua o princ’pio da razoabilidade e
proporcionalidade?
37)! O que preceitua o princ’pio da motiva•‹o?
38)! O que preceitua o princ’pio da seguran•a jur’dica?
39)! O que preceitua o princ’pio da prote•‹o ˆ confian•a?
40)! O que preceitua o princ’pio da sindicabilidade?

Poderes e deveres da Administra•‹o Pœblica


4

1) O que s‹o poderes administrativos? Tais poderes podem


ser considerados estruturais?
2) Em que consiste o poder vinculado?
3) Em que consiste o poder discricion‡rio?
4) Em que consiste o poder hier‡rquico?
5) Em que consiste o poder disciplinar?
6) O poder disciplinar se confunde com o poder punitivo do
Estado?
7) Em que consiste o poder regulamentar?
8) ƒ poss’vel o exerc’cio de controle por parte do Poder
Legislativo sobre o poder regulamentar do Poder Executivo?
9) Em que consiste o poder de pol’cia?
10) Como se d‡ a distribui•‹o de compet•ncia para o exerc’cio
do poder de pol’cia por parte dos entes federados?
11) A qual ente compete o poder de pol’cia na fiscaliza•‹o da
seguran•a vi‡ria?
12) Qual a diferen•a entre o poder de pol’cia e o poder
disciplinar, no que diz respeito ao destinat‡rio da san•‹o?
13) Quais as modalidades do poder de pol’cia?
14) Como se formaliza o exerc’cio do poder de pol’cia?
15) Qual a diferen•a entre licen•a e autoriza•‹o?
16) O que Ž um alvar‡?
17) Explique o ciclo de pol’cia.

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18) Quais fases est‹o sempre presentes no ciclo de pol’cia?


19) Qual a diferen•a entre poder de pol’cia origin‡rio e
delegado?
20) Quais os atributos do poder de pol’cia?
21) Qual tributo poder‡ ser institu’do em raz‹o do exerc’cio do
poder de pol’cia, de acordo com a Constitui•‹o?
22) Qual a diferen•a entre poder de pol’cia e a presta•‹o de
servi•os pœblicos?
23) Qual a diferen•a entre a pol’cia administrativa e a
judici‡ria?
24) Como podem ser divididasb as tŽcnicas de atua•‹o do poder
de pol’cia para ordenar as atividades privadas? Explique cada
uma delas.
25) Qual o prazo de prescri•‹o da a•‹o punitiva da
Administra•‹o Pœblica Federal no exerc’cio do poder de pol’cia?
26) Em que consiste o abuso de poder? Quais suas espŽcies?
27) Em que consiste o poder-dever de agir?
28) Em que consiste o dever de efici•ncia?
29) Em que consiste o dever de probidade?
30) Em que consiste o dever de prestar contas?

***Question‡rio: perguntas com respostas***


Princ’pios da Administra•‹o Pœblica

1)! Quais s‹o os princ’pios da Administra•‹o Pœblica


expressamente previstos na CF?
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Efici•ncia.
Para facilitar a memoriza•‹o dos princ’pios expressos: acr™nimo
LIMPE (L = legalidade, I = impessoalidade, M = moralidade, P =
publicidade, E = efici•ncia).
2)! Quais entes devem observam os princ’pios expressos da
Administra•‹o Pœblica? Quais Poderes?
S‹o de observa•‹o obrigat—ria para TODA a Administra•‹o Pœblica
Ð Direta e Indireta Ð de TODOS os Poderes, de TODAS as esferas
de governo Ð Uni‹o, Estados, DF e Munic’pios, consoante art. 37,
caput, da CF:
Art. 37. A administra•‹o pœblica direta e indireta de qualquer
dos Poderes da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos

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Munic’pios obedecer‡ aos princ’pios de legalidade,


impessoalidade, moralidade, publicidade e efici•ncia e,
tambŽm, ao seguinte:

3)! O que disp›e o princ’pio da legalidade?


O princ’pio da legalidade prescreve que a Administra•‹o s— pode
agir quando h‡ imposi•‹o ou permiss‹o da lei (considerada em
sentido amplo), sendo que a atividade administrativa deve se dar
no mesmo sentido (e n‹o contra) e nos exatos limites (nunca
alŽm) de tal determina•‹o ou autoriza•‹o legal.
4)! Qual a diferen•a do princ’pio da legalidade administrativa
do princ’pio da reserva legal aplic‡vel aos particulares?
O princ’pio da legalidade cadministrativa Ž caracterizado pela
restri•‹o da vontade dos agentes administrativos pela lei, o que se
diferencia, portanto, da conduta que prevalece no setor privado,
onde h‡ predomin‰ncia da autonomia da vontade dos particulares,
em que se pode fazer tudo aquilo que a lei permite e n‹o pro’be,
em decorr•ncia do princ’pio da reserva legal - CF/88, art. 5¼,
inciso II:
II - ninguŽm ser‡ obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa sen‹o em virtude de lei;

5)! Legalidade Ž o mesmo que legitimidade? Comente.


N‹o, a legitimidade Ž mais abrangente que a legalidade, j‡ que
significa n‹o somente agir conforme o texto da lei, mas tambŽm
obedecer aos demais princ’pios administrativos.
6)! O que preceitua o princ’pio da impessoalidade?
O princ’pio da impessoalidade imp›e que a a•‹o da Administra•‹o
deve estar voltada para a atingir o objetivo previsto
(expressamente ou virtualmente) em lei, o qual visar‡ atender
sempre a uma finalidade: o interesse pœblico.
Assim, o administrador n‹o pode atuar para atender a objetivo
diverso do estabelecido em lei Ð que ser‡ sempre o interesse
pœblico Ð, ou de pratic‡-lo em benef’cio pr—prio ou de terceiros.
7)! O interesse pœblico pode coincidir com o privado? Comente.
Em algumas situa•›es, o interesse pœblico pode coincidir com o
privado, ent‹o a atua•‹o da Administra•‹o pode, licitamente,
acabar atendendo, alŽm do interesse pœblico, ao interesse
particular de certa pessoa ou grupo de pessoas. O que Ž vedado
pelo princ’pio da impessoalidade Ž que a•‹o do administrador n‹o
atinja o interesse pœblico previsto na lei como objetivo de tal
atua•‹o, ou seja, que se busque atender a outra finalidade ou
somente ao interesse pr—prio ou de terceiros.

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8)! Comente a compreens‹o do princ’pio da impessoalidade sob


o enfoque da imputa•‹o dos atos praticados pelos agentes
pœblicos diretamente ˆs pessoas jur’dicas em que atuam.
O princ’pio da impessoalidade tambŽm deve ser compreendido sob
o enfoque da imputa•‹o dos atos praticados pelos agentes pœblicos
diretamente ˆs pessoas jur’dicas em que atuam. Decorre de tal
preceito que, como os atos n‹o devem ser entendidos como
praticados pelo agente pœblico A ou agente pœblico B, mas sim
pela Administra•‹o Pœblica, esse viŽs do princ’pio da
impessoalidade acaba por retirar dos agentes pœblicos a
responsabilidade pessoal, perante terceiros, pelos atos que
praticam.
9)! ƒ poss’vel a compreens‹o 6 do princ’pio da impessoalidade
sob o viŽs da veda•‹o ˆ promo•‹o pessoal de autoridades e
servidores pœblicos?
Sim, o princ’pio da impessoalidade pode ser compreendido sob o
viŽs da veda•‹o ˆ promo•‹o pessoal de autoridade e servidores
pœblicos conforme CF/88, art. 37, ¤ 1¼ disp›e:
¤ 1¼ A publicidade dos atos, programas, obras, servi•os e
campanhas dos —rg‹os pœblicos dever‡ ter car‡ter educativo,
informativo ou de orienta•‹o social, dela n‹o podendo constar
nomes, s’mbolos ou imagens que caracterizem promo•‹o
pessoal de autoridades ou servidores pœblicos.

10)! Comente a rela•‹o entre o princ’pio da impessoalidade e o


da isonomia.
O princ’pio da impessoalidade encontra-se relacionado ao princ’pio
constitucional da isonomia (CF/88, arts. 5¼, inciso I, e 19, inciso
III), obrigando a Administra•‹o a conferir tratamento igualit‡rio
aos administrados que se encontrem na mesma situa•‹o f‡tica e
jur’dica. Decorrem do dever de isonomia da Administra•‹o a
necessidade da ado•‹o de procedimentos como o concurso pœblico
para provimento de cargos efetivos, a licita•‹o para a contrata•‹o
de obras, servi•os, fornecimentos , o regime de precat—rios para
pagamento de d’vidas da Fazenda Pœblica em decorr•ncia de
decis‹o judicial etc.
O teor dos dispositivos que consagram a isonomia Ž o seguinte:
Art. 5¼ (...)
I Ð homens e mulheres s‹o iguais em direitos e obriga•›es,
nos termos desta Constitui•‹o;
(...)
Art. 19. ƒ vedado ˆ Uni‹o, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Munic’pios:

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(...)
III Ð criar distin•›es entre brasileiros ou prefer•ncias entre
si.

11) que preceitua o princ’pio da moralidade?


O princ’pio da moralidade preceitua que os agentes pœblicos atuem
com Žtica, honestidade, probidade, boa-fŽ, decoro, lealdade,
fidelidade funcional.
A moralidade administrativa est‡ ligada ˆ ideia do Òbom
administradorÓ Ð aquele que atua n‹o somente com respeito aos
preceitos vigentes, mas tambŽm ˆ moral Ð e n‹o se confunde com
a moralidade comum. Esta ÒŽ imposta ao homem para sua conduta
externa;Ó aquela ÒŽ imposta ao agente pœblico para sua conduta
interna, seguindo as exig•ncias da institui•‹o a que serve e a
finalidade de sua a•‹o: o bem comumÓ1.
AlŽm disso, a moralidade administrativa diz respeito a uma moral
jur’dica, consubstanciada em regras de conduta extra’das da
disciplina interior da Administra•‹o 2 . Ou seja, deve ser
compreendida de modo objetivo, independente da no•‹o subjetiva
do agente sobre o que Ž certo ou errado em termos Žticos Ð moral
comum.
Embora tenha sido previsto na CF como um princ’pio aut™nomo, Ž
poss’vel entender a moralidade administrativa como fator de
legalidade. Nesse sentido, o TJSP j‡ decidiu que Òo controle
jurisdicional se restringe ao exame da legalidade do ato
administrativo; mas por legalidade ou legitimidade se entende n‹o
s— a conforma•‹o do ato com a lei, como tambŽm com a moral
administrativa e com o interesse coletivo Ó.3
11)! Quem deve observar a moralidade administrativa?
A moralidade administrativa deve ser observada tanto pelos
agentes pœblicos quanto pelo particular ao se relacionar com a
Administra•‹o.
12)! Existem normas infraconstitucionais estabelecendo regras
relativas ˆ moralidade administrativa? ƒ imprescind’vel que
existam regras versando sobre a moralidade para que a
conduta do administrador seja pautada e avaliada sob tal
—tica?

1
Maurice Hauriou, PrŽcis Elementaires de Droit Administratif, Paris, 1926, pp. 197 e ss apud Meirelles,
2014, p. 92.
2
Meirelles, 2014, p. 92.
3
TJSP, RDA 89/134 apud Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 30. ed. S‹o Paulo,
Malheiros Editores: 2005, p. 91.

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Existem diversas normas infraconstitucionais que estabelecem


regras relativas ˆ moralidade, como, no ‰mbito federal, a Lei
12.813/2013 (Lei de Conflito de Interesses), o Decreto 6.029/2007
(institui o Sistema de Gest‹o da ƒtica do Poder Executivo Federal),
alŽm de alguns dispositivos da Lei 9.784/99 (Lei do Processo
Administrativo Federal) e da Lei 8.112/90 (Estatuto dos Servidores
Pœblicos Federais).
Outro exemplo importante Ž a Lei 8.429/1992, de aplica•‹o
nacional e conhecida como ÓLei de Improbidade AdministrativaÓ,
que Òdisp›e sobre as san•›es aplic‡veis aos agentes pœblicos nos
casos de enriquecimento il’cito no exerc’cio de mandato, cargo,
emprego ou fun•‹o na administra•‹o pœblica direta, indireta ou
fundacional e d‡ outras provid•nciasÓ.
Vale esclarecer, entretanto, que a conduta do administrador deve
estar pautada pela moralidade mesmo que n‹o haja norma
positivada proibindo tal conduta, sob pena de anula•‹o do ato
imoral por parte do Judici‡rio (caso provocado) ou pela pr—pria
Administra•‹o, em decorr•ncia de seu poder de autotutela.
Inclusive a sœmula vinculante 13 foi editada a partir do
entendimento do STF de que a veda•‹o ao nepotismo decorre da
interpreta•‹o direta de diversos princ’pios constitucionais, dentre
eles, o da moralidade, embora n‹o haja proibi•‹o espec’fica e
expressa de tal pr‡tica na Constitui•‹o. Vejamos o teor da sœmula:
Sœmula Vinculante 13:
A nomea•‹o de c™njuge, companheiro ou parente em linha
reta, colateral ou por afinidade, atŽ o terceiro grau, inclusive,
da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa
jur’dica investido em cargo de dire•‹o, chefia ou
assessoramento, para o exerc’cio de cargo em comiss‹o ou de
confian•a ou, ainda, de fun•‹o gratificada na administra•‹o
pœblica direta e indireta em qualquer dos Poderes da Uni‹o,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios,
compreendido o ajuste mediante designa•›es rec’procas,
viola a Constitui•‹o Federal.

ƒ importante destacar que Òajuste mediante designa•›es


rec’procasÓ diz respeito ao nepotismo transverso (ou nepotismo
cruzado).
AlŽm disso, cumpre esclarecer que ficaram de fora da proibi•‹o
estabelecida na sœmula as nomea•›es de parente para a ocupa•‹o
de cargos de natureza eminentemente pol’tica Ð como os de
Ministro ou Secret‡rio Estadual ou Municipal Ð, ao contr‡rio dos
cargos e fun•›es de confian•a em geral, que possuem natureza
precipuamente administrativa.

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13)! ƒ poss’vel o controle da moralidade administrativa pelos


cidad‹os? Se sim, por meio de qual instrumento?
Sim, mediante o instrumento da a•‹o popular, para que qualquer
cidad‹o busque a anula•‹o de ato lesivo ˆ moralidade
administrativa Ð CF, art. 5¼, inciso LXXIII:
LXXIII - qualquer cidad‹o Ž parte leg’tima para propor a•‹o
popular que vise a anular ato lesivo ao patrim™nio pœblico ou
de entidade de que o Estado participe, ˆ moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrim™nio hist—rico e
cultural, ficando o autor, salvo comprovada m‡-fŽ, isento de
custas judiciais e do ™nus da sucumb•ncia;

14)! H‡ rela•‹o entre moralidade administrativa e probidade


administrativa? Comente.
==d4bc6==

Relacionada ˆ moralidade administrativa temos a probidade


administrativa, que tambŽm deve nortear a conduta do gestor. A
conduta imoral do administrador poder‡ ser enquadrada como ato
de improbidade.
Sobre o tema, a CF estabelece que os atos de improbidade
administrativa, alŽm de importarem a a•‹o penal cab’vel,
resultar‹o na suspens‹o dos direitos pol’ticos, na perda da fun•‹o
pœblica, na indisponibilidade de bens e no ressarcimento ao er‡rio
(art. 37, ¤ 4¼):
¤ 4¼ Os atos de improbidade administrativa importar‹o a
suspens‹o dos direitos pol’ticos, a perda da fun•‹o pœblica, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao er‡rio, na
forma e grada•‹o previstas em lei, sem preju’zo da a•‹o
penal cab’vel.

Regulamentando esse dispositivo Ž que foi editada a Lei


8.429/1992.
ƒ importante notar, ainda, que o dispositivo fala em Òsuspens‹oÓ
dos direitos pol’ticos, e n‹o ÒperdaÓ de tais direitos, sendo
conveniente lembrar, alŽm disso, que a Òcassa•‹oÓ de direitos
pol’ticos Ž vedada pela CF, art. 15, caput:
Art. 15. ƒ vedada a cassa•‹o de direitos pol’ticos, cuja perda
ou suspens‹o s— se dar‡ nos casos de:

15)! O MinistŽrio Pœblico pode atuar na defesa da moralidade


administrativa?
O MinistŽrio Pœblico atua na defesa da moralidade administrativa
mediante a•‹o civil pœblica. Embora a CF n‹o fale expressamente
em Òmoralidade administrativaÓ ao tratar de tal instrumento
(CF/88, art. 129, III Ð ÒS‹o fun•›es institucionais do MinistŽrio
Pœblico: (...) promover o inquŽrito civil e a a•‹o civil pœblica, para
a prote•‹o do patrim™nio pœblico e social, do meio ambiente e de

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outros interesses difusos e coletivosÓ), a Lei Org‰nica do MinistŽrio


Pœblico disp›e que incube ao Parquet Òpromover o inquŽrito civil e
a a•‹o civil pœblica, na forma da lei (...) para a anula•‹o ou
declara•‹o de nulidade de atos lesivos ao patrim™nio pœblico ou ˆ
moralidade administrativa do Estado ou de Munic’pio, de suas
administra•›es indiretas ou fundacionais ou de entidades privadas
de que participemÓ (Lei 8.625/93, art. 25, inciso IV, al’nea ÒbÓ).
16)! O que preceitua o princ’pio da publicidade?
Imp›e que a Administra•‹o confira a mais ampla divulga•‹o de
seus atos aos interessados diretos e ao povo em geral,
possibilitando-lhes, assim, controlar a conduta dos agentes
administrativos.
17)! A publicidade Ž considerada elemento de forma•‹o do ato
administrativo?
A publicidade n‹o Ž considerada elemento de forma•‹o do ato
administrativo (ou seja, um elemento que lhe confere validade),
mas somente requisito de efic‡cia (ou seja, um requisito que lhe
permite produzir seus efeitos).
18)! A transpar•ncia deve ser vista como regra ou exce•‹o na
Administra•‹o Pœblica? O sigilo da informa•‹o ou restri•‹o
da publicidade s‹o poss’veis?
Inicialmente, cumpre esclarecer que se alinha ao princ’pio da
publicidade o direito fundamental ˆ informa•‹o previsto na CF, art.
5¼, inciso XXXIII:
XXXIII - todos t•m direito a receber dos —rg‹os pœblicos
informa•›es de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que ser‹o prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescind’vel ˆ seguran•a da sociedade e do Estado;

TambŽm alinha-se ao princ’pio da publicidade o disposto na CF,


art. 5¼, inciso LX:
LX - a lei s— poder‡ restringir a publicidade dos atos
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem;

Com base nesses dois dispositivos, verifica-se que a regra geral


deve ser a transpar•ncia na Administra•‹o Pœblica e, somente em
situa•›es excepcionais, a lei (necessariamente, n‹o pode ser ato
infralegal) pode estabelecer situa•›es em que o sigilo Ž justific‡vel
Ð quando imprescind’vel ˆ seguran•a da sociedade e do Estado
(CF/88, art. 5¼, inciso XXXIII - j‡) ou quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem (CF, art. 5¼, inciso LX).
19)! Como os direitos constitucionais de peti•‹o e de certid‹o

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concretizam o princ’pio da publicidade?


De acordo com Carvalho Filho4, o direito de peti•‹o, previsto na
CF, art. 5¼, inciso XXXIV, al’nea ÒaÓ, concretiza o mencionado
princ’pio na medida em que, por meio das peti•›es, os indiv’duos
podem dirigir-se aos —rg‹os administrativos para formular
qualquer tipo de postula•‹o.
Por sua vez, o autor esclarece que as certid›es (CF, art. 5¼, inciso
XXXIV, al’nea ÒbÓ), expedidas pela Administra•‹o, registram a
verdade dos fatos administrativos, cuja publicidade permite aos
administrados a defesa de seus direitos ou o esclarecimento de
certas situa•›es.
Para fins de fixa•‹o, vejamos o teor dos dispositivos mencionados:
XXXIV - s‹o a todos assegurados, independentemente do
pagamento de taxas:
a) o direito de peti•‹o aos Poderes Pœblicos em defesa de
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obten•‹o de certid›es em reparti•›es pœblicas, para
defesa de direitos e esclarecimento de situa•›es de interesse
pessoal;

20)! O princ’pio da publicidade se confunde com a publica•‹o de


atos?
N‹o se confunde o princ’pio da publicidade com a simples
publica•‹o de atos. Enquanto aquele exige uma atua•‹o
transparente por parte da Administra•‹o, esta Ž apenas uma
forma de se dar publicidade aos atos administrativos (por
exemplo, publica•‹o no di‡rio oficial do ente federativo).
21)! O STF considera l’cita a divulga•‹o nominal da remunera•‹o
de autoridades e servidores pœblicos em s’tio eletr™nico?
O Supremo Tribunal Federal entende que a divulga•‹o nominal da
remunera•‹o de autoridades e servidores pœblicos em s’tio
eletr™nico da internet n‹o viola sua intimidade, vida privada e
seguran•a pessoal e familiar a ponto de ser considerada il’cita.
Cumpre destacar que a Corte considerou l’cita a divulga•‹o do
nome e da remunera•‹o do agente pœblico, mas n‹o de seu CPF,
identidade e endere•o residencial (STF, SS 3.902 AgR)5.
22)! O que preceitua o princ’pio da efici•ncia?
Imp›e que a Administra•‹o exer•a sua atividade com presteza,
perfei•‹o, rendimento funcional, produtividade, qualidade,

4
Carvalho Filho, 2016, p. 27.
5
STF, SS 3.902 AgR segundo, rel. min. Ayres Britto, j. 9/6/2011, P, DJE de 3/10/2011; = RE 586.424 ED,
rel. min. Gilmar Mendes, j. 24-2-2015, 2» T, DJE de 12-3-2015.

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desburocratiza•‹o, de forma a obter o melhor resultado poss’vel


no atendimento do interesse pœblico. Preceitua a adequa•‹o dos
meios empregados aos fins vislumbrados, a pondera•‹o da rela•‹o
custo/benef’cio da a•‹o.
O princ’pio da efici•ncia est‡ relacionado ao modelo de
administra•‹o pœblica gerencial e alcan•a n‹o somente os servi•os
pœblicos prestados diretamente ˆ coletividade, mas tambŽm os
servi•os administrativos internos da Administra•‹o.
23)! Qual a outra denomina•‹o do princ’pio da efici•ncia?
Princ’pio da qualidade dos servi•os pœblicos.
24)! Mencione alguns desdobramentos constitucionais do
princ’pio da efici•ncia?
Alguns desdobramentos constitucionais do princ’pio da efici•ncia:
a) a possibilidade de reclama•‹o relativa a presta•‹o dos servi•os
pœblicos e de avalia•‹o peri—dica, interna e externa, da qualidade
dos servi•os, consoante art. 37, ¤3¼, incisos I a III:
¤ 3¼ A lei disciplinar‡ as formas de participa•‹o do usu‡rio na
administra•‹o pœblica direta e indireta, regulando
especialmente:
I - as reclama•›es relativas ˆ presta•‹o dos servi•os pœblicos
em geral, asseguradas a manuten•‹o de servi•os de
atendimento ao usu‡rio e a avalia•‹o peri—dica, externa e
interna, da qualidade dos servi•os;
II - o acesso dos usu‡rios a registros administrativos e a
informa•›es sobre atos de governo, observado o disposto no
art. 5¼, X e XXXIII;
III - a disciplina da representa•‹o contra o exerc’cio
negligente ou abusivo de cargo, emprego ou fun•‹o na
administra•‹o pœblica.

b) a possibilidade de celebra•‹o de contratos de gest‹o como


forma de ampliar a autonomia gerencial, or•ament‡ria e financeira
de —rg‹os e entidades da administra•‹o direta e indireta, com
fixa•‹o de metas de desempenho e controles e critŽrios para sua
avalia•‹o, consoante art. 37, ¤8¼, incisos I a III:
¤ 8¼ A autonomia gerencial, or•ament‡ria e financeira dos
—rg‹os e entidades da administra•‹o direta e indireta poder‡
ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
administradores e o poder pœblico, que tenha por objeto a
fixa•‹o de metas de desempenho para o —rg‹o ou entidade,
cabendo ˆ lei dispor sobre:
I - o prazo de dura•‹o do contrato;
II - os controles e critŽrios de avalia•‹o de desempenho,
direitos, obriga•›es e responsabilidade dos dirigentes;

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III - a remunera•‹o do pessoal.

c) a determina•‹o aos entes federados que mantenham escolas de


governo para a forma•‹o e o aperfei•oamento dos servidores
pœblicos, bem como a exig•ncia de que estes participem de cursos
de aperfei•oamento com condi•‹o de promo•‹o na carreira,
consoante art. 39, ¤2¼:
¤ 2¼ A Uni‹o, os Estados e o Distrito Federal manter‹o
escolas de governo para a forma•‹o e o aperfei•oamento dos
servidores pœblicos, constituindo-se a participa•‹o nos cursos
um dos requisitos para a promo•‹o na carreira, facultada,
para isso, a celebra•‹o de conv•nios ou contratos entre os
entes federados.

d) a possibilidade de aplica•‹o de recursos or•ament‡rios


provenientes da economia com despesas correntes em cada —rg‹o,
autarquia e funda•‹o, para aplica•‹o no desenvolvimento de
programas de qualidade e produtividade, treinamento e
desenvolvimento, moderniza•‹o, reaparelhamento e racionaliza•‹o
do servi•o pœblico, inclusive sob a forma de adicional ou pr•mio de
produtividade, a ser disciplinada em lei da Uni‹o, dos Estados, do
DF e dos Munic’pios, consoante art. 39, ¤7¼:
¤ 7¼ Lei da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Munic’pios disciplinar‡ a aplica•‹o de recursos or•ament‡rios
provenientes da economia com despesas correntes em cada
—rg‹o, autarquia e funda•‹o, para aplica•‹o no
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade,
treinamento e desenvolvimento, moderniza•‹o,
reaparelhamento e racionaliza•‹o do servi•o pœblico,
inclusive sob a forma de adicional ou pr•mio de
produtividade.

e) possibilidade de perda do cargo do servidor est‡vel por


insufici•ncia de desempenho aferido em avalia•‹o peri—dica,
consoante art. 41, ¤ 1¼, inciso III:
¤ 1¼ O servidor pœblico est‡vel s— perder‡ o cargo:
(...)
III - mediante procedimento de avalia•‹o peri—dica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.

f) necessidade de avalia•‹o especial de desempenho para


aquisi•‹o de estabilidade por parte do servidor pœblico, consoante
art. 41, ¤4¼:
¤ 4¼ Como condi•‹o para a aquisi•‹o da estabilidade, Ž
obrigat—ria a avalia•‹o especial de desempenho por comiss‹o
institu’da para essa finalidade.

25)! Como se d‡ o controle da efici•ncia da Administra•‹o


Pœblica?

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a) controle externo Ð Poder Legislativo e tribunais de Contas (art.


70, caput e art. 71, caput);
b) sistema de controle interno (art. 70, caput e art. 74, inciso II);
c) controle judicial Ð JosŽ dos Santos Carvalho Filho entende que
ocorrer desde que haja comprovada ilegalidade6.
Para fins de fixa•‹o, vejamos o teor dos dispositivos mencionados:
Art. 70. A fiscaliza•‹o cont‡bil, financeira, or•ament‡ria,
operacional e patrimonial da Uni‹o e das entidades da
administra•‹o direta e indireta, quanto ˆ legalidade,
legitimidade, economicidade, aplica•‹o das subven•›es e
renœncia de receitas, ser‡ exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno
de cada Poder.
(...)
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional,
ser‡ exercido com o aux’lio do Tribunal de Contas da Uni‹o,
ao qual compete:
(...)
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judici‡rio
manter‹o, de forma integrada, sistema de controle interno
com a finalidade de:
(...)
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto ˆ
efic‡cia e efici•ncia, da gest‹o or•ament‡ria, financeira e
patrimonial nos —rg‹os e entidades da administra•‹o federal,
bem como da aplica•‹o de recursos pœblicos por entidades de
direito privado;

26)! O que s‹o os princ’pios impl’citos da Administra•‹o Pœblica?


Eles possuem menos relev‰ncia que os expressos no caput
do art. 37 da CF?
Os princ’pios impl’citos s‹o aqueles reconhecidos pela doutrina e
jurisprud•ncia. Possuem a MESMA relev‰ncia que os princ’pios
expressos.
27)! O que preceitua o princ’pio da supremacia do interesse
pœblico?
Preceitua que o interesse pœblico deve prevalecer sobre o privado
sempre que houver conflito entre eles nas rela•›es verticais
(rela•‹o entre Administra•‹o e administrado), com vistas ao
benef’cio da coletividade, respeitando-se sempre, por —bvio, os
direitos e garantias individuais.
Como se manifesta precipuamente nas rela•›es verticais, n‹o

6
Carvalho Filho, 2016, p. 33.

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incide diretamente quando a Administra•‹o atua internamente


(porque n‹o h‡ rela•‹o com administrado criando obriga•›es ou
restri•›es) ou na condi•‹o de agente econ™mico Ð porque nesse
caso tal atua•‹o Ž regida eminentemente pelo direito privado,
consoante CF, art. 173, ¤1¼, inciso II:
¤ 1¼ A lei estabelecer‡ o estatuto jur’dico da empresa pœblica,
da sociedade de economia mista e de suas subsidi‡rias que
explorem atividade econ™mica de produ•‹o ou
comercializa•‹o de bens ou de presta•‹o de servi•os,
dispondo sobre:
(...)
II - a sujei•‹o ao regime jur’dico pr—prio das empresas
privadas, inclusive quanto aos direitos e obriga•›es civis,
comerciais, trabalhistas e tribut‡rios;

ƒ importante destacar que, indiretamente, a supremacia do


interesse pœblico est‡ presente em toda atividade estatal.
28)! O que preceitua o princ’pio da indisponibilidade do
interesse pœblico? Qual suas implica•›es?
Que as pessoas administrativas n‹o possuem a disponibilidade dos
interesses pœblicos confiados ˆ sua guarda e realiza•‹o,
exatamente porque os bens e interesse pœblicos n‹o pertencem ˆ
Administra•‹o nem a seus agentes (cabe-lhes apenas geri-los,
conserv‡-los e por eles velar em prol da coletividade, que Ž sua
verdadeira titular).
O princ’pio da indisponibilidade implica que os poderes atribu’dos ˆ
Administra•‹o possuem o car‡ter de poder-dever, ou seja, que ela
n‹o pode deixar de exercer, sob pena de responder por omiss‹o
(por exemplo, a autoridade n‹o pode renunciar ao exerc’cio das
compet•ncias que lhe s‹o outorgadas por lei; n‹o pode deixar de
punir quando constate a pr‡tica de il’cito administrativo etc.).
29)! Qual o conceito de interesse pœblico? O que Ž interesse
pœblico prim‡rio? E o interesse pœblico secund‡rio?
ÒInteresse pœblicoÓ n‹o possui um conceito exato, por isso a
doutrina, em geral, o identifica como um conceito jur’dico
indeterminado. Pode ser entendido como o conjunto de interesses
dos indiv’duos enquanto membros da sociedade.
Interesses pœblicos prim‡rios s‹o os interesses imediatos, os
interesses diretos de toda a sociedade, sintetizados nos fins para
os quais o Estado foi concebido, como, por exemplo, entregar
justi•a, seguran•a e bem-estar social.
Por sua vez, o interesse pœblico secund‡rio Ž o interesse do Estado
enquanto pessoa jur’dica figurando como parte em uma rela•‹o

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jur’dica no atendimento de suas conveni•ncias internas. Possui


car‡ter eminentemente patrimonial (maximizar as receitas e
minimizar os gastos), de interesse do er‡rio.
O interesse pœblico prim‡rio n‹o coincide, necessariamente, com o
interesse secund‡rio do Estado, de modo que o interesse pœblico
secund‡rio s— Ž leg’timo quando n‹o Ž contr‡rio ao interesse
pœblico prim‡rio.
30)! O que preceitua o princ’pio da presun•‹o de legitimidade e
de veracidade? Essa presun•‹o Ž absoluta?
O princ’pio da presun•‹o de legitimidade e de veracidade preceitua
que os atos da Administra•‹o Pœblica devem ser considerados
leg’timos, verdadeiros e legais atŽ que se prove ao contr‡rio (essa
presun•‹o n‹o Ž absoluta, portanto, mas relativa ou juris tantum).
Pode-se apontar como decorr•ncia da presun•‹o de legitimidade a
regra insculpida na CF, art. 19, inciso II:
II - ƒ vedado ˆ Uni‹o, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Munic’pios (...) recusar fŽ aos documentos pœblicos.

31)! O que preceitua o princ’pio da autotutela?


Imp›e que a Administra•‹o Pœblica tem o poder-dever de controlar
seus pr—prios atos, inclusive de of’cio, e abrange o poder de
anular, convalidar e revogar seus atos administrativos, podendo
envolver, portanto, aspectos tanto de legalidade quanto de mŽrito
ato.
A autotutela est‡ consagrada nas sœmulas 473 e 346 do STF:
Sœmula 473:
A Administra•‹o pode anular seus pr—prios atos, quando
eivados de v’cios que os tornam ilegais, porque deles n‹o se
originam direitos; ou revog‡-los, por motivo de conveni•ncia
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a aprecia•‹o judicial.

Sœmula 346:
A administra•‹o pœblica pode declarar a nulidade dos seus
pr—prios atos.

32)! Qual a rela•‹o do princ’pio da autotutela com o princ’pio do


contradit—rio e ampla defesa?
No exerc’cio da autotutela, a Administra•‹o deve assegurar prŽvio
contradit—rio e ampla defesa ao administrado que venha a ser
prejudicado pela anula•‹o ou revoga•‹o do ato administrativo.
33)! O poder de tutela Ž o mesmo que autotutela? Explique.

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N‹o. O poder de tutela Ž caracterizado pela supervis‹o (controle


de natureza final’stica, tambŽm chamado de Òsupervis‹o
ministerialÓ) realizada pela administra•‹o direta sobre as entidades
da administra•‹o indireta. J‡ a autotutela preceitua que a
Administra•‹o Pœblica tem o poder-dever de controlar seus
pr—prios atos.
34)! O que preceitua o princ’pio da continuidade dos servi•os
pœblicos?
Imp›e que a presta•‹o de servi•os pœblicos (tanto a realizada
diretamente pela Administra•‹o, quanto a delegada a particulares)
n‹o deve ser interrompida ou paralisada, j‡ que consubstancia
atividades essenciais ˆ coletividade.
Desse princ’pio decorrem consequ•ncias importantes7:
a)! a proibi•‹o relativa de greve nos servi•os pœblicos, j‡ que o
art. 37, inciso VII da CF determina que tal direito ser‡ exercido
Ònos termos e nos limites definidos em lei espec’ficaÓ. Vejamos o
teor do dispositivo, pra fins de fixa•‹o:
VII - o direito de greve ser‡ exercido nos termos e nos limites
definidos em lei espec’fica;

Inclusive, sobre o direito de greve dos servidores, convŽm


destacar que o STF proferiu recente entendimento no sentido de
que os dias parados por greve de servidor devem ser descontados,
exceto se houver acordo de compensa•‹o8.
b)! necessidade de institutos como a supl•ncia, a delega•‹o e a
substitui•‹o para preencher as fun•›es pœblicas temporariamente
vagas;
c)! a impossibilidade da invoca•‹o, por parte de quem contrata
com a Administra•‹o Pœblica, da exce•‹o do contrato n‹o
cumprido nos contratos que tenham por objeto a execu•‹o de
servi•o pœblico;
d)! a faculdade da Administra•‹o de utilizar os equipamentos e
instala•›es da empresa que com ela contrata, para assegurar a
continuidade dos servi•os pœblicos, bem como a possibilidade de
encampa•‹o da concess‹o de servi•o pœblico, para atingir a
mesma finalidade.
35)! O que preceitua o princ’pio da razoabilidade e
proporcionalidade?
Razoabilidade: imp›e que haja compatibilidade entre os meios
empregados e os fins visados na atua•‹o da Administra•‹o, a fim

7
Di Pietro, 2016, p. 102.
8
STF, RE 693.456.

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de evitar excessos, abusos, arbitrariedades.


Proporcionalidade: imp›e que os agentes pœblicos n‹o ultrapassem
os limites adequados ao fim pretendido, de maneira a evitar o
excesso de poder. ƒ fundamentado em tr•s aspectos:
a)!Adequa•‹o: compatibilidade entre o meio empregado e o fim
vislumbrado;
b)!Exigibilidade ou necessidade: a conduta deve ser necess‡ria e a
que cause menos preju’zo aos indiv’duos;
c)!Proporcionalidade em sentido estrito: as vantagens a serem
alcan•adas devem superar as desvantagens.
ƒ importante destacar que razoabilidade e proporcionalidade s‹o
conceitos muito parecidos, de modo que alguns autores entendem
que esta seria uma das vertentes daquela.
Esses princ’pios s‹o muito utilizados no controle da
discricionariedade da Administra•‹o. Trata-se de controle de
legalidade ou legitimidade, n‹o de mŽrito (o ato desarrazoado ou
desproporcional deve ser anulado, e n‹o revogado).
36)! O que preceitua o princ’pio da motiva•‹o?
O princ’pio da motiva•‹o preceitua que, como regra, todos os atos
da Administra•‹o devem ser justificados (tanto os vinculados como
os discricion‡rios), devendo ser expressamente indicados os
pressupostos de fato e de direito que o motivam, permitindo,
assim, o controle da legalidade e da moralidade de tais atos, bem
como o exerc’cio do contradit—rio e da ampla defesa por parte do
administrado.
H‡ casos em que a motiva•‹o do ato Ž dispensada. Ex:
Exonera•‹o de servidor ocupante de cargo em comiss‹o de livre
nomea•‹o e exonera•‹o.
Embora n‹o expressamente prevista no art. 37 da Carta Magna, a
motiva•‹o Ž mencionada na CF, art. 93, inciso X, que prescreve
que
X - as decis›es administrativas dos tribunais ser‹o motivadas
e em sess‹o pœblica, sendo as disciplinares tomadas pelo
voto da maioria absoluta de seus membros

Tal regra tambŽm Ž aplic‡vel ao MinistŽrio Pœblico por for•a do art.


129, ¤4¼ da CF:
¤ 4¼ - aplica-se ao MinistŽrio Pœblico, no que couber, o
disposto no art. 93.

37)! O que preceitua o princ’pio da seguran•a jur’dica?


O postulado da seguran•a jur’dica imp›e que a Administra•‹o deve

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buscar respeitar situa•›es consolidadas no tempo, as rela•›es


jur’dicas constitu’das, amparadas pela boa-fŽ do cidad‹o.
Exemplos de concretiza•‹o do princ’pio da seguran•a jur’dica:
a) Institutos da prescri•‹o e decad•ncia;
b) Sœmula vinculante (CF, art. 103-A);
c) Prote•‹o ao ato jur’dico perfeito, direito adquirido e coisa
julgada (art. 5¼, inciso XXXVI).
Para fins de fixa•‹o, vejamos o teor dos dispositivos mencionados:
Art. 5¼ (...)
XXXVI - a lei n‹o prejudicar‡ o direito adquirido, o ato
jur’dico perfeito e a coisa julgada;
(...)
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poder‡, de of’cio ou
por provoca•‹o, mediante decis‹o de dois ter•os dos seus
membros, ap—s reiteradas decis›es sobre matŽria
constitucional, aprovar sœmula que, a partir de sua publica•‹o
na imprensa oficial, ter‡ efeito vinculante em rela•‹o aos
demais —rg‹os do Poder Judici‡rio e ˆ administra•‹o pœblica
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal,
bem como proceder ˆ sua revis‹o ou cancelamento, na forma
estabelecida em lei.
¤ 1¼ A sœmula ter‡ por objetivo a validade, a interpreta•‹o e
a efic‡cia de normas determinadas, acerca das quais haja
controvŽrsia atual entre —rg‹os judici‡rios ou entre esses e a
administra•‹o pœblica que acarrete grave inseguran•a
jur’dica e relevante multiplica•‹o de processos sobre quest‹o
id•ntica.
¤ 2¼ Sem preju’zo do que vier a ser estabelecido em lei, a
aprova•‹o, revis‹o ou cancelamento de sœmula poder‡ ser
provocada por aqueles que podem propor a a•‹o direta de
inconstitucionalidade.
¤ 3¼ Do ato administrativo ou decis‹o judicial que contrariar a
sœmula aplic‡vel ou que indevidamente a aplicar, caber‡
reclama•‹o ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a
procedente, anular‡ o ato administrativo ou cassar‡ a decis‹o
judicial reclamada, e determinar‡ que outra seja proferida
com ou sem a aplica•‹o da sœmula, conforme o caso.

38)! O que preceitua o princ’pio da prote•‹o ˆ confian•a?


O princ’pio da prote•‹o ˆ confian•a leva em conta a boa-fŽ do
cidad‹o, que acredita e espera que os atos praticados pelo Poder
Pœblico sejam l’citos e, nessa qualidade, ser‹o mantidos e
respeitados pela pr—pria Administra•‹o e por terceiros9.

9
Di Pietro, 2016, p. 117-118.

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Trata-se, assim, de princ’pio que corresponde ao aspecto subjetivo


da seguran•a jur’dica.
39)! O que preceitua o princ’pio da sindicabilidade?
Preceitua que os atos da Administra•‹o podem ser controlados Ð
via controle judicial, controle externo (Poder Legislativo + Tribunal
de Contas) e/ou controle interno Ð, englobando, ainda, o poder de
autotutela, por meio do qual a Administra•‹o anula (em caso de
ilegalidade) ou revoga (por raz›es de conveni•ncia e
oportunidade) seus pr—prios atos.

Poderes e deveres da Administra•‹o Pœblica

1)! O que s‹o poderes administrativos? Tais poderes podem ser


considerados estruturais?
S‹o o conjunto de prerrogativas de direito pœblico que a ordem
jur’dica confere aos agentes administrativos para o fim de permitir
que o Estado alcance seus fins10.
N‹o s‹o considerados poderes estruturais, mas sim, instrumentais,
porque s‹o meios (ÒinstrumentosÓ) ˆ disposi•‹o da Administra•‹o
Pœblica para que atinja seus objetivos, cumpra suas finalidades.
S‹o considerados poderes estruturais, na verdade, os poderes
pol’ticos Ð Executivo, Legislativo e Judici‡rio Ð, que foram a
estrutura do Estado.
2)! Em que consiste o poder vinculado?
ƒ o poder que habilita e, ao mesmo tempo, obriga o agente pœblico
a executar os atos vinculados, na estrita conformidade como os
par‰metros legais.
AlŽm disso, o poder vinculado fundamenta a pr‡tica de atos
discricion‡rios no que diz respeito aos seus aspectos vinculados:
compet•ncia, forma e finalidade.
3)! Em que consiste o poder discricion‡rio?
ƒ o poder que confere ˆ Administra•‹o a prerrogativa de praticar e
revogar atos discricion‡rios, segundo a valora•‹o dos critŽrios de
conveni•ncia e oportunidade.
Cumpre destacar que o poder discricion‡rio n‹o dispensa que a
Administra•‹o observe os limites impostos pela lei e respeite os
princ’pios administrativos, notadamente os da razoabilidade e da
proporcionalidade, sob pena de a conduta ser considerada ilegal,

10
Carvalho Filho, 2016, p. 53.

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sendo, por conseguinte, pass’vel de anula•‹o pela pr—pria


Administra•‹o ou pelo Poder Judici‡rio.
Vale lembrar, ainda, que no controle judicial dos atos
discricion‡rios, a atua•‹o do Poder Judici‡rio deve se restringir aos
aspectos vinculados do ato e se furtar de avaliar os critŽrios de
conveni•ncia e oportunidade, respeitando a discricionariedade
administrativa nos limites em que ela Ž assegurada ˆ
Administra•‹o Pœblica pela lei.
4)! Em que consiste o poder hier‡rquico?
ƒ o poder que disp›e o Executivo (e a Administra•‹o dos demais
poderes Ð ou seja, est‡ presente no ‰mbito da fun•‹o
administrativa, mas n‹o nas fun•›es pr—prias do Poder Legislativo
e do Poder Judici‡rio) para distribuir e escalonar as fun•›es de
seus —rg‹os, ordenar e rever a atua•‹o de seus agentes,
estabelecendo a rela•‹o de hierarquia. Diz respeito a atividades
estritamente internas da Administra•‹o Pœblica (n‹o invade a
esfera de particulares sem qualquer v’nculo com a Administra•‹o).
Tem por objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as
atividades administrativas, conferindo ao superior hier‡rquico, em
rela•‹o a seus subordinados, a prerrogativa de dar ordens,
fiscalizar, controlar, aplicar san•›es, bem como delegar e avocar
compet•ncias, independentemente de que haja sua previs‹o
expressa em lei, uma vez que possui car‡ter irrestrito, permanente
e autom‡tico, por ser inerente ˆ organiza•‹o administrativa
hier‡rquica, presente n‹o somente no Poder Executivo, mas em
todos os poderes (s— n‹o h‡ hierarquia no Judici‡rio e no
Legislativo no que tange ˆs suas fun•›es pr—prias Ð no primeiro
prevalece o princ’pio da livre convic•‹o do juiz e, no segundo,
vigora o principio da partilha das compet•ncias constitucionais).
Com rela•‹o especificamente ˆ prerrogativa de o superior
hier‡rquico dar ordens aos seus subordinados, cabe a estes, por
outro lado, o dever de obedi•ncia, exceto quando a ordem for
manifestamente ilegal. Isso porque a CF estipula que ÒninguŽm
ser‡ obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa sen‹o
em virtude de leiÓ (art. 5¼, inciso II) Ð ou seja, o subordinado
n‹o Ž obrigado a fazer algo que desobede•a a lei. AlŽm disso, no
que tange aos servidores pœblicos federais, h‡ previs‹o expressa
nesse sentido no inciso IV do art. 116 da Lei 8.112/90:
Art. 116. S‹o deveres do servidor:
(...)
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando
manifestamente ilegais;

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Com rela•‹o especificamente ao poder de fiscalizar, destacamos


que se trata, na verdade, de um verdadeiro poder-dever, j‡ que o
superior deve acompanhar de modo permanente a atua•‹o de seus
subordinados.
Por sua vez, a prerrogativa de controlar (poder de controle)
permite ao superior hier‡rquico, de of’cio ou por provoca•‹o,
adotar medidas concretas sobre a atividade de seus subordinados,
compreendendo a possibilidade de manter, convalidar, anular e atŽ
mesmo revogar atos por eles praticados, a depender do caso
concreto. Perceba, portanto, que o controle hier‡rquico pode
incidir sobre todos os aspectos dos atos praticados pelos
subordinados, adentrando inclusive no mŽrito, n‹o somente em
quest›es de legalidade.
A prerrogativa de aplicar san•›es decorrente do poder hier‡rquico
diz respeito somente ˆs san•›es disciplinares, aplicadas sobre
servidores pœblicos que eventualmente venham a cometer
infra•›es funcionais, n‹o se confundindo, portanto, com as
san•›es aplicadas a particulares por parte da Administra•‹o, que
decorrem do poder disciplinar ou do poder de pol’cia (a depender
da situa•‹o), j‡ que n‹o h‡ hierarquia entre a Administra•‹o e os
administrados.
Por sua vez, o poder de delegar compet•ncias Ž a prerrogativa do
agente pœblico transferir, de forma discricion‡ria, revog‡vel a
qualquer tempo e nos limites estipulados pela lei, o exerc’cio de
parcela de suas atribui•›es a um outro agente ou —rg‹o (mesmo
que n‹o subordinado), por motivos de natureza tŽcnica,
econ™mica, jur’dica ou territorial, permanecendo a titularidade da
compet•ncia com a autoridade delegante.
ƒ preciso destacar que h‡ compet•ncias indeleg‡veis, como os
atos pol’ticos e as fun•›es t’picas de cada Poder (salvo nos casos
expressamente previstos na CF, como, por exemplo, o caso das
leis delegadas, bem como na legisla•‹o).
Por fim, o poder de avocar Ž prerrogativa do superior hier‡rquico
tomar para si, de forma discricion‡ria e excepcional, o exerc’cio
tempor‡rio de determinada compet•ncia de um subordinado.
5)! Em que consiste o poder disciplinar?
ƒ a prerrogativa de a Administra•‹o (de qualquer dos poderes)
aplicar san•›es aos seus servidores, em decorr•ncia de infra•›es
funcionais por eles cometidas, bem como aos particulares a ela
ligados mediante vinculo jur’dico espec’fico (via contrato, conv•nio
etc.) que eventualmente venham a cometer infra•›es
administrativas. Guarda correla•‹o, mas n‹o se confunde, com o
poder hier‡rquico. Assim como este œltimo poder, o poder

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disciplinar diz respeito a atividades estritamente internas da


Administra•‹o Pœblica (n‹o invade a esfera de particulares sem
qualquer v’nculo com a Administra•‹o).
6)! O poder disciplinar se confunde com o poder punitivo do
Estado?
N‹o. O poder punitivo do Estado Ž exercido pelo Poder Judici‡rio
sobre qualquer pessoa, em raz‹o de afronta ˆ legisla•‹o penal
(crimes, contraven•›es e infra•›es penais) e c’vel.
Por sua vez, no poder disciplinar, a san•‹o, de natureza
administrativa-funcional, pode ser aplicada somente ˆqueles que
possuem v’nculo jur’dico espec’fico com a Administra•‹o, como os
servidores e empregados pœblicos (que possuem v’nculo
funcional), as empresas contratadas para prestar algum servi•o
(v’nculo contratual) etc.
7)! Em que consiste o poder regulamentar?
ƒ a prerrogativa do chefe do Poder Executivo de editar
privativamente certos atos administrativos normativos, sendo
materializada mediante decretos e regulamentos de execu•‹o e
decretos aut™nomos.
8)! Qual a diferen•a entre decretos de execu•‹o, decretos
aut™nomos e regulamentos autorizados?
Os decretos de execu•‹o ou regulamentares s‹o atos normativos
secund‡rios (porque derivam da lei), editados com fulcro no inciso
IV do art. 84 da CF, para possibilitar a execu•‹o fiel de leis que
envolvam a Administra•‹o Pœblica Ð ou seja, i) n‹o podem inovar
no ordenamento jur’dico e ii) n‹o podem regulamentar leis que
n‹o envolvam a Adm. Pœblica Ð, sendo uma compet•ncia privativa
do chefe do Poder Executivo e n‹o pass’vel de delega•‹o,
conforme par‡grafo œnico do mesmo art. 84 da CF. Vejamos o teor
desses dispositivos:
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da Repœblica:
(...)
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir
decretos e regulamentos para sua fiel execu•‹o;
(...)
Par‡grafo œnico. O Presidente da Repœblica poder‡ delegar as
atribui•›es mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira
parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da
Repœblica ou ao Advogado-Geral da Uni‹o, que observar‹o os
limites tra•ados nas respectivas delega•›es [perceba que o
inciso IV n‹o se encontra no rol de atribui•›es deleg‡veis]

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Por sua vez, os decretos aut™nomos s‹o atos normativos prim‡rios


(porque derivam diretamente da Constitui•‹o) que se prestam a
normatizar as matŽrias expressamente elencadas nas al’neas ÒaÓ e
ÒbÓ do inciso VI do art. 84 da CF, sendo uma compet•ncia privativa
do chefe do Poder Executivo, pass’vel de delega•‹o ˆs autoridades
previstas no par‡grafo œnico do mesmo art. 84 da CF (j‡ transcrito
na resposta da quest‹o anterior). Vejamos as matŽrias que podem
ser tratadas por decretos aut™nomos:
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da Repœblica:
(...)
VI Ð dispor, mediante decreto, sobre:
a) organiza•‹o e funcionamento da administra•‹o federal,
quando n‹o implicar aumento de despesa nem cria•‹o ou
extin•‹o de —rg‹os pœblicos;
b) extin•‹o de fun•›es ou cargos pœblicos, quando vagos;

Por œltimo, os regulamentos autorizados s‹o atos normativos que


complementam a lei, especialmente em matŽrias de natureza
tŽcnica, n‹o se limitando apenas a regulament‡-la, a lhe dar fiel
execu•‹o. Dependem de prŽvia autoriza•‹o legal para que sejam
editados. Como exemplo desse ato normativo, mencionamos os
regulamentos de natureza estritamente tŽcnica expedidos pelas
ag•ncias reguladoras.
Ao contr‡rio dos decretos de execu•‹o e regulamentares, bem
como dos decretos aut™nomos, que derivam do poder
regulamentar da Administra•‹o, os regulamentos autorizados s‹o
uma manifesta•‹o do poder normativo.
Cumpre destacar, por fim, que essa possibilidade de se transferir
do Poder Legislativo, mediante autoriza•‹o legislativa, a fun•‹o
normativa de determinadas matŽrias espec’ficas para a
Administra•‹o, consiste no instituto da deslegaliza•‹o 11 . Nessa
situa•‹o, o pr—prio legislador retira certas matŽrias do dom’nio da
lei.12
9)! ƒ poss’vel o exerc’cio de controle por parte do Poder
Legislativo sobre o poder regulamentar do Poder Executivo?
Sim, o Congresso Nacional poder‡ sustar os atos normativos do
Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar, conforme

11
Gostar’amos de destacar, tambŽm, para fins de fixa•‹o da ideia de deslegaliza•‹o, o conceito da lavra de
Mar•al Justen Filho (2014): Òtransfer•ncia, por meio de lei, de compet•ncia normativa prim‡ria para a
Administra•‹o PœblicaÓ.
12
LIMA, 2013, p. 182.

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inciso V do art. 49 da CF:


Art. 49. ƒ da compet•ncia exclusiva do Congresso Nacional:
(...)
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delega•‹o
legislativa;

10)! Em que consiste o poder de pol’cia?


Consiste na prerrogativa de a Administra•‹o condicionar ou
restringir a liberdade e a propriedade (ou seja, o uso de bens, o
exerc’cio de direitos e a pr‡tica de atividades privadas, ou,
simplesmente, a autonomia privada), com o objetivo de ajust‡-los
ao interesse geral da coletividade (interesse pœblico), pautada nos
princ’pios da legalidade e da proporcionalidade.
11)! Como se d‡ a distribui•‹o de compet•ncia para o exerc’cio
do poder de pol’cia por parte dos entes federados?
Se n‹o houver regra espec’fica, a compet•ncia para exercer o
poder de pol’cia Ž do ente ao qual a CF conferiu o poder de
regulamentar a matŽria. Nesse sentido, considerando a reparti•‹o
constitucional de matŽrias pelo princ’pio da predomin‰ncia do
interesse, temos:
a)! os assuntos de interesse nacional, que envolvem eventos que
transcendem os limites de um œnico estado-membro, ficam
sujeitos ˆ regulamenta•‹o e ˆ pol’cia administrativa exercida
pela Uni‹o;
b)! as matŽrias de interesse regional, que envolvem eventos que
ultrapassam os limites de um munic’pio, sujeitam-se ˆs normas
e ˆ pol’cia administrativa exercida pelo estado;
c)! e os assuntos de interesse local, que envolvem eventos cuja
repercuss‹o se limite ao ‰mbito do munic’pio, subordinam-se ˆ
regulamenta•‹o e poder de pol’cia exercido pelo munic’pio.
Por outro lado, vale lembrar que nas hip—teses de compet•ncia
concorrente, o exerc’cio do poder de pol’cia ser‡ realizado de
forma conjunta por entes federados diversos. Nesse cen‡rio, Ž
poss’vel que os entes se valham da execu•‹o cooperada do poder
de pol’cia, em regime de gest‹o associada, conforme art. 241 da
CF:
Art. 241. A Uni‹o, os Estados, o Distrito Federal e os
Munic’pios disciplinar‹o por meio de lei os cons—rcios pœblicos
e os conv•nios de coopera•‹o entre os entes federados,
autorizando a gest‹o associada de servi•os pœblicos, bem
como a transfer•ncia total ou parcial de encargos, servi•os,

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pessoal e bens essenciais ˆ continuidade dos servi•os


transferidos.

12)! A qual ente compete o poder de pol’cia na fiscaliza•‹o da


seguran•a vi‡ria?
Especificamente no que toca ˆ seguran•a vi‡ria, compete aos
estados-membros, Distrito Federal e munic’pios, por meio de seus
—rg‹os ou entidades executivos e seus agentes de tr‰nsito,
conforme inciso II do ¤ 10 do art. 144 da CF:
¤ 10. A seguran•a vi‡ria, exercida para a preserva•‹o da ordem
pœblica e da incolumidade das pessoas e do seu patrim™nio nas vias
pœblicas:
(..)
II - compete, no ‰mbito dos Estados, do Distrito Federal e dos
Munic’pios, aos respectivos —rg‹os ou entidades executivos e
seus agentes de tr‰nsito, estruturados em Carreira, na forma
da lei.

13)! Qual a diferen•a entre o poder de pol’cia e o poder


disciplinar, no que diz respeito ao destinat‡rio da san•‹o?
No poder disciplinar, a san•‹o pode ser aplicada somente ˆqueles
que possuem v’nculo jur’dico espec’fico com a Administra•‹o,
como os servidores e empregados pœblicos (que possuem v’nculo
funcional), as empresas contratadas para prestar algum servi•o
(v’nculo contratual) etc.
Por sua vez, no poder de pol’cia, a san•‹o pode ser aplicada a
quaisquer pessoas que exer•am atividade que possa vir a acarretar
risco ou transtorno ˆ sociedade (por isso diz-se que tais pessoas
possuem v’nculo geral com a Administra•‹o).
14)! Quais as modalidades do poder de pol’cia?
Poder de pol’cia preventivo ou repressivo.
O poder de pol’cia preventivo ocorre quando o particular necessita
de anu•ncia prŽvia (formalizada por uma licen•a ou uma
autoriza•‹o, por exemplo) da Administra•‹o para exercer
determinada atividade.
J‡ no poder de pol’cia repressivo, ocorre a aplica•‹o de san•›es
administrativas a particulares em raz‹o de infra•›es a normas de
ordem pœblica (ex: multas administrativas, interdi•‹o de
estabelecimentos comerciais, apreens‹o de mercadorias piratas
etc.).
15)! Como se formaliza o exerc’cio do poder de pol’cia?
Basicamente, por meio de atos normativos (genŽricos, abstratos e
impessoais), como decretos, regulamentos, portarias etc., em que

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s‹o impostas restri•›es aos particulares, bem como de atos


concretos (direcionados a certos indiv’duos), tanto de natureza
sancionat—ria (ex: multa), quanto de consentimento (ex: licen•as e
autoriza•›es).
16)! Qual a diferen•a entre licen•a e autoriza•‹o?
A licen•a Ž um ato vinculado e, como regra, definitivo. J‡ a
autoriza•‹o Ž um ato discricion‡rio e prec‡rio.
17)! O que Ž um alvar‡?
ƒ um instrumento que geralmente formaliza as licen•as e as
autoriza•›es (lembrar que esses œltimos s‹o verdadeiros atos
administrativos em si). Assim temos o Òalvar‡ de licen•aÓ e o
Òalvar‡ de autoriza•‹oÓ.
ƒ poss’vel que as licen•as e as autoriza•›es sejam formalizadas,
tambŽm, por carteiras, declara•›es, certificados etc.
18)! Explique o ciclo de pol’cia.
O ciclo de pol’cia compreende a sequ•ncia de atividades que
integram o exerc’cio do poder de pol’cia. As atividades s‹o i)
legisla•‹o, ii) consentimento, iii) fiscaliza•‹o e iv) san•‹o.
A legisla•‹o (ou ordem de pol’cia) Ž a fase inicial que institui os
limites ao exerc’cio de atividades privadas e ao uso de bens,
dependendo de previs‹o em lei em raz‹o do princ’pio da
legalidade.
O consentimento de pol’cia diz respeito ˆ anu•ncia prŽvia da
Administra•‹o (formalizada geralmente por meio de licen•as e
autoriza•›es) para a realiza•‹o de determinadas atividades ou
frui•‹o de determinados direitos. Tal anu•ncia tambŽm deve estar
prevista em lei para ser exigida.
A fiscaliza•‹o de pol’cia Ž a verifica•‹o, por parte da
Administra•‹o, quanto o cumprimento, pelo particular, das regras
e condi•›es da ordem de pol’cia (legisla•‹o) e, se for o caso, da
licen•a/autoriza•‹o (consentimento).
Por fim, a san•‹o de pol’cia decorre da constata•‹o de infra•‹o ˆs
regras e condi•›es da ordem de pol’cia ou da licen•a/autoriza•‹o,
resultando na aplica•‹o de alguma medida repressiva ao particular
(como uma multa ou outra san•‹o prevista na lei de reg•ncia).
19)! Quais fases est‹o sempre presentes no ciclo de pol’cia?
Fases de legisla•‹o e de fiscaliza•‹o, j‡ que a fase de
consentimento ocorre somente se a lei estipular a necessidade de
licen•a/autoriza•‹o para a realiza•‹o de determinadas atividades
ou uso de bens, e a fase de san•‹o ocorre somente se alguma

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irregularidade Ž encontrada no caso concreto, o que nem sempre


pode ocorrer.
Assim, Ž perfeitamente poss’vel que um ciclo de pol’cia se
complete apenas com as fases de legisla•‹o e fiscaliza•‹o.
20)! Qual a diferen•a entre poder de pol’cia origin‡rio e
delegado?
O poder de pol’cia origin‡rio Ž o exerc’cio pela Administra•‹o
Direta, enquanto o poder de pol’cia delegado Ž exercido pelas
entidades de direito pœblico pertencentes ˆ Administra•‹o Indireta
(autarquias e funda•›es pœblicas de direito pœblico).
A doutrina majorit‡ria entende que n‹o Ž poss’vel a delega•‹o do
poder de pol’cia a entidades da Administra•‹o Indireta de direito
privado.
Por outro lado, o STJ entende que as fases de consentimento e de
fiscaliza•‹o (somente essas fases) podem ser delegadas a
entidades de direito privado integrantes da Administra•‹o
Pœblica13.
Com rela•‹o ˆ possibilidade de delega•‹o do poder de pol’cia a
pessoas privadas n‹o integrantes da Administra•‹o Pœblica
(formal), tanto a doutrina majorit‡ria quanto o STF 14 entendem
que n‹o Ž poss’vel, mesmo que a delega•‹o seja realizada por
meio de lei.
Entretanto, isso n‹o impede o Poder Pœblico de contratar com
particulares o desempenho de atividades de apoio, acess—rias ao
exerc’cio do poder de pol’cia, como a operacionaliza•‹o de
m‡quinas e equipamentos em atividades de fiscaliza•‹o (o que n‹o
caracteriza delega•‹o do poder de pol’cia).
21)! Quais os atributos do poder de pol’cia?
Discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade.
Discricionariedade: a Administra•‹o possui certa liberdade de
atua•‹o, podendo determinar quais atividades ir‡ fiscalizar e quais
san•›es ser‹o aplicadas, bem como sua grada•‹o, observando
sempre os limites legalmente impostos. ƒ importante frisar, por
outro lado, que a exist•ncia do atributo da discricionariedade n‹o
impede que a lei vincule a pr‡tica de determinados atos de pol’cia
administrativa.
Autoexecutoriedade: possibilita que certos atos administrativos
(n‹o todos) praticados no exerc’cio do poder de pol’cia sejam

13
EDcl no REsp 817.534/MG, 2» T.
14
ADI 1.717-DF.

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executados de forma imediata e direta pela Administra•‹o, sem


necessidade de prŽvia autoriza•‹o judicial.
Coercibilidade: possibilidade de imposi•‹o coativa, inclusive
mediante o emprego da for•a, das medidas adotadas no exerc’cio
do poder de pol’cia.
ConvŽm destacar, por fim, que nem todos os atos de pol’cia
administrativa s‹o dotados dos atributos da autoexecutoriedade e
da coercibilidade, como a concess‹o de licen•as e a cobran•a de
multa n‹o paga espontaneamente pelo particular.
22)! Qual tributo poder‡ ser institu’do em raz‹o do exerc’cio do
poder de pol’cia, de acordo com a Constitui•‹o?
Taxa, consoante inciso II do art. 145:
Art. 145. A Uni‹o, os Estados, o Distrito Federal e os
Munic’pios poder‹o instituir os seguintes tributos:
(...)
II - taxas, em raz‹o do exerc’cio do poder de pol’cia ou pela
utiliza•‹o, efetiva ou potencial, de servi•os pœblicos
espec’ficos e divis’veis, prestados ao contribuinte ou postos a
sua disposi•‹o;

23)! Qual a diferen•a entre poder de pol’cia e a presta•‹o de


servi•os pœblicos?
A pol’cia administrativa Ž uma considerada atividade negativa
(porque restringe direitos) e integra o rol das atividades jur’dicas
do Estado (porque se funda no poder de impŽrio), j‡ a presta•‹o
de servi•os pœblicos Ž uma considerada atividade positiva (oferece
comodidades e utilidades aos seus usu‡rios) e integra as
atividades sociais do Estado (incrementam o bem-estar social, n‹o
decorrendo do poder de impŽrio).
AlŽm disso, ao contr‡rio dos servi•os pœblicos, o poder de pol’cia Ž
indeleg‡vel a particulares.
24)! Qual a diferen•a entre a pol’cia administrativa e a
judici‡ria?
A pol’cia administrativa diz respeito a infra•›es de natureza
administrativa, Ž exercida por —rg‹os administrativos integrantes
dos mais diversos setores de toda a Administra•‹o Pœblica,
geralmente sobre atividades, bens e direitos, tendo car‡ter
notadamente preventivo Ð atua antes da ocorr•ncia do il’cito,
buscando sua preven•‹o (embora medidas repressivas possam ser
adotadas).
Por sua vez, a pol’cia judici‡ria diz respeito ˆ apura•‹o de il’citos
de natureza penal, Ž exercida por corpora•›es especializadas

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(Pol’cia Civil, Pol’cia Federal e Pol’cia Militar Ð esta œltima tambŽm


desempenha atividade de pol’cia administrativa) diretamente sobre
pessoas, tendo car‡ter notadamente repressivo Ð geralmente
intervŽm quando o il’cito j‡ foi praticado, se prestando a realizar
sua apura•‹o.
ConvŽm mencionar que a atua•‹o das duas pol’cias n‹o Ž
excludente15.
25)! Como podem ser divididas as tŽcnicas de atua•‹o do poder
de pol’cia para ordenar as atividades privadas? Explique
cada uma delas.
TŽcnicas de informa•‹o, de condicionamento e sancionat—ria.
As tŽcnicas de informa•‹o s‹o aquelas que exigem dos cidad‹os a
presta•‹o de informa•‹o sobre a pr—pria exist•ncia das pessoas
f’sicas e jur’dicas e sobre atividades por ela desenvolvidas,
incluindo a comunica•‹o de ocorr•ncia de determinados fatos (ex:
dever imposto aos mŽdicos de comunicar a ocorr•ncia de certas
doen•as contagiosas).
J‡ as tŽcnicas de condicionamento s‹o aquelas que imp›em aos
particulares o cumprimento de exig•ncias (ou requisitos) para
desempenhem determinadas atividades (ex: autoriza•›es).
Por fim, as tŽcnicas sancionat—rias est‹o consubstanciadas na
imposi•‹o de san•›es aos particulares que violem regras
necess‡rias ao desempenho de certas atividades privadas (ex:
multas de tr‰nsito).
26)! Qual o prazo de prescri•‹o da a•‹o punitiva da
Administra•‹o Pœblica Federal no exerc’cio do poder de
pol’cia?
5 anos, contados da data contados da data da pr‡tica do ato ou,
no caso de infra•‹o permanente ou continuada, do dia em que
tiver cessado, consoante caput do art. 1¼ da Lei 9.873/1999:
Art. 1¼ Prescreve em cinco anos a a•‹o punitiva da
Administra•‹o Pœblica Federal, direta e indireta, no exerc’cio
do poder de pol’cia, objetivando apurar infra•‹o ˆ legisla•‹o
em vigor, contados da data da pr‡tica do ato ou, no caso de
infra•‹o permanente ou continuada, do dia em que tiver
cessado.

27)! Em que consiste o abuso de poder? Quais suas espŽcies?


ƒ o exerc’cio, comissivo ou omissivo, dos poderes e prerrogativas
conferidas ˆ Administra•‹o fora dos limites impostos pelo
ordenamento jur’dico.

15
Furtado, 2016, p. 582.

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As espŽcies de abuso de poder s‹o o excesso de poder e o desvio


de poder.
O excesso de poder ocorre quando o agente atua fora dos limites
das suas compet•ncias (v’cio do elemento compet•ncia) ou
tambŽm quando o agente, embora possua a compet•ncia para
agir, atua a de forma desproporcional (atua•‹o desproporcional).
O desvio de poder (ou desvio de finalidade) ocorre quando o
agente pratica ato contr‡rio a finalidade expl’cita ou impl’cita na lei
que respalda sua atua•‹o (v’cio do elemento finalidade).
28)! Em que consiste o poder-dever de agir?
Consiste no dever do agente pœblico de exercer efetivamente os
poderes administrativos a ele conferidos, vedando-lhe a inŽrcia em
situa•›es que exigem sua atua•‹o, o que poder‡ caracterizar
abuso de poder e ensejar sua responsabiliza•‹o nas esferas c’vel,
penal e administrativa, bem como responsabilidade civil da
Administra•‹o Pœblica pelos danos eventualmente causados pela
omiss‹o ilegal.
29)! Em que consiste o dever de efici•ncia?
Consiste no dever do agente pœblico de atuar com celeridade,
perfei•‹o tŽcnica, rendimento funcional, se valendo da boa
administra•‹o.
Devido a sua import‰ncia, o dever de efici•ncia foi elevado a
princ’pio constitucional (art. 37, caput da CF).
30)! Em que consiste o dever de probidade?
Consiste no dever do agente pœblico de atuar com legitimidade,
honestidade, Žtica, boa-fŽ, n‹o sendo suficiente observar a lei
formal, mas tambŽm se pautar pela moralidade e sempre com
vistas ao atendimento da finalidade pœblica.
Inclusive, a Lei 8.429/1992 tipifica e sanciona os atos de
improbidade administrativa, regulamentando o art. 37, ¤ 4¼ da CF,
que assim disp›e:
¤ 4¼ - Os atos de improbidade administrativa importar‹o a
suspens‹o dos direitos pol’ticos, a perda da fun•‹o pœblica, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao er‡rio, na
forma e grada•‹o previstas em lei, sem preju’zo da a•‹o penal
cab’vel.

31)! Em que consiste o dever de prestar contas?


Decorrente do princ’pio da indisponibilidade do interesse pœblico, o
dever de prestar contas consiste na necessidade de transpar•ncia
dos atos estatais e da aplica•‹o dos recursos pœblicos Ð inclusive
quando feita por particulares, conforme disp›e o art. 70, par‡grafo

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œnico da CF:
Par‡grafo œnico. Prestar‡ contas qualquer pessoa f’sica ou
jur’dica, pœblica ou privada, que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pœblicos ou
pelos quais a Uni‹o responda, ou que, em nome desta,
assuma obriga•›es de natureza pecuni‡ria.

...
Grande abra•o e bons estudos!

ÒA satisfa•‹o reside no esfor•o, n‹o no resultado


obtido. O esfor•o total Ž a plena vit—ria.Ó
(Mahatma Gandhi)

Tœlio Lages

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ANEXO I Ð LISTA DE QUESTÍES

1.(AOCP/2012/TCE PA/Auxiliar TŽcnico de Controle Externo)


S‹o princ’pios que regulam a Administra•‹o Pœblica e encontram-se
expressamente previstos na Constitui•‹o Federal:
a) compet•ncia, finalidade, legalidade e publicidade.
b) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e efici•ncia.
c) legalidade, impessoalidade, moralidade e eticidade.
d) compet•ncia, finalidade, moralidade e eticidade.
e) legalidade, impessoalidade, moralidade e formalidade.
2.(AOCP/2012/CRM MT/Auxiliar Administrativo) O Processo
Administrativo Ž norteado por diversos Princ’pios, dentre eles podemos
citar o Princ’pio da Motiva•‹o.
Assinale a alternativa que descreve corretamente este Princ’pio.
a) A Administra•‹o e seus servidores t•m de atuar segundo padr›es
Žticos de probidade, decoro e boa fŽ.
b) Trata-se da exig•ncia de que o ato seja praticado sempre com
finalidade pœblica.
c) A Administra•‹o Pœblica deve anular seus pr—prios atos, quando
eivados de v’cio de legalidade, e pode revog‡-los por motivo de
conveni•ncia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
d) Objetiva garantir o m‡ximo de aproveitamento poss’vel aos meios
de atua•‹o dispon’veis.
e) ƒ o dever de indicar os pressupostos de fato e de direito que
determinarem uma decis‹o tomada.
3.(AOCP/2012/CRM MT/Auxiliar Administrativo) Que nome se d‡
ao Poder Administrativo em que a Administra•‹o apura as infra•›es
administrativas e imp›e as respectivas san•›es aos agentes pœblicos e
demais pessoas submetidas ˆ orienta•‹o administrativa?
a) Poder Vinculado.
b) Poder Discricion‡rio.
c) Poder Disciplinar.
d) Poder de Pol’cia.
e) Poder Normativo.
4.(AOCP/2012/CRM MT/Auxiliar Administrativo) Os Poderes da
Administra•‹o s‹o instrumentos utilizados pela Administra•‹o Pœblica
para fazer valer a supremacia do interesse Pœblico.

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Assinale a seguir a alternativa que melhor descreve o Poder Vinculado.


a) ƒ o Poder inerente aos Chefes dos Poderes Executivos, para que
possam expedir decretos e regulamentos para complementar e detalhar
a Lei, a fim de garantir a sua fiel execu•‹o.
b) ƒ a atividade da Administra•‹o Pœblica que, ao limitar o disciplinando
direto, interesse ou liberdade, acaba por regular a pr‡tica de ato ou
absten•‹o de fato, em raz‹o do interesse pœblico.
c) Poder no qual a Administra•‹o Pœblica de modo expl’cito ou impl’cito,
pratica atos administrativos com liberdade de escolha de sua
conveni•ncia, oportunidade e conteœdo.
d) ƒ aquele em que a Lei prescreve, em detalhes, o momento e a forma
que a Administra•‹o deve agir, determinando quais os elementos e
requisitos necess‡rios para o feito, sem que haja qualquer margem de
liberdade para a mesma.
e) ƒ aquele onde a Administra•‹o distribui as fun•›es de seus —rg‹os,
estabelece a rela•‹o de subordina•‹o entre os servidores pœblicos do
seu quadro de pessoal, bem como ordena e rev• a atua•‹o de seus
agentes.
5. (FCC/2017/TRE SP/TŽcnico Judici‡rio/Administrativo)
Considere a li•‹o de Maria Sylvia Zanella Di Pietro: A Administra•‹o n‹o
pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas,
uma vez que Ž sempre o interesse pœblico que tem que nortear o seu
comportamento. (Direito Administrativo, S‹o Paulo: Atlas, 29a edi•‹o,
p. 99). Essa li•‹o expressa o conteœdo do princ’pio da
(A) impessoalidade, expressamente previsto na Constitui•‹o Federal,
que norteia a atua•‹o da Administra•‹o pœblica de forma a evitar
favorecimentos e viabilizar o atingimento do interesse pœblico,
finalidade da fun•‹o executiva.
(B) legalidade, que determina ˆ Administra•‹o sempre atuar de acordo
com o que estiver expressamente previsto na lei, em sentido estrito,
admitindo-se mitiga•‹o do cumprimento em prol do princ’pio da
efici•ncia.
(C) efici•ncia, que orienta a atua•‹o e o controle da Administra•‹o
pœblica pelo resultado, de forma que os demais princ’pios e regras
podem ser relativizados.
(D) supremacia do interesse pœblico, que se coloca com primazia sobre
os demais princ’pios e interesses, uma vez que atinente ˆ finalidade da
fun•‹o executiva.
(E) publicidade, tendo em vista que todos os atos da Administra•‹o
pœblica devem ser de conhecimento dos administrados, para que

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possam exercer o devido controle.


6.(FCC/2015/TRE AP/ TŽcnico Judici‡rio/Administrativo)
Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica: Dimas, ex-prefeito de um
Munic’pio do Amap‡, foi condenado pelo Tribunal de Justi•a do Estado,
tendo em vista que adotou na comunica•‹o institucional da Prefeitura
logotipo id•ntico ao de sua campanha eleitoral. O Tribunal considerou
tal fato ofensivo a um dos princ’pios b‡sicos que regem a atua•‹o
administrativa. Trata-se especificamente do princ’pio da
(A) moralidade.
(B) publicidade.
(C) efici•ncia.
(D) impessoalidade.
(E) motiva•‹o.
7. (FCC/2017/TRE SP/ TŽcnico Judici‡rio/Administrativo)
Dentre as diversas atividades realizadas pelo Estado, no desempenho
de suas fun•›es executivas, representam express‹o de seu poder de
pol’cia:
(A) a regula•‹o ou poder regulamentar, que visam conformar, de forma
restritiva ou indutiva, as atividades econ™micas aos interesses da
coletividade, podendo abranger medidas normativas, administrativas,
materiais, preventivas e fiscalizat—rias e sancionat—rias.
(B) as medidas disciplinares e hier‡rquicas adotadas para conforma•‹o
da atua•‹o dos servidores pœblicos e dos contratados pela
Administra•‹o ˆs normas e posturas por essa impostas.
(C) a fiscaliza•‹o e autua•‹o de condutores exercidas pelas autarquias
que desempenham servi•os pœblicos rodovi‡rios.
(D) a autotutela exercida pela Administra•‹o pœblica sobre seus
pr—prios atos, que inclui a possibilidade de revis‹o e anula•‹o dos
mesmos.
(E) a imposi•‹o de multas contratuais a empresas estatais exploradoras
de atividades econ™micas ou prestadoras de servi•os pœblicos, que
tambŽm exercem poder de pol’cia ao impor multas a usu‡rios dos
servi•os e atividades que prestam.
8. (FCC/2016/TRT 20»/TŽcnico Judici‡rio/Administrativo)
Considere as seguintes assertivas concernentes ao poder disciplinar:
I. A Administra•‹o pœblica, ao tomar conhecimento de infra•‹o
praticada por servidor, deve instaurar o procedimento adequado para
sua apura•‹o.
II. A Administra•‹o pœblica pode levar em considera•‹o, na aplica•‹o

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da pena, a natureza e a gravidade da infra•‹o e os danos que dela


provierem para o servi•o pœblico.
III. No procedimento administrativo destinado a apurar eventual
infra•‹o praticada por servidor, devem ser assegurados o contradit—rio
e a ampla defesa com os meios e recursos a ela inerentes.
IV. A falta grave Ž pun’vel com a pena de suspens‹o e caber‡ ˆ
Administra•‹o pœblica enquadrar ou n‹o um caso concreto em tal
infra•‹o.
O poder disciplinar, em algumas circunst‰ncias, Ž considerado
discricion‡rio. H‡ discricionariedade APENAS nos itens
(A) I e IV.
(B) I e II.
(C) I e III.
(D) III e IV.
(E) II e IV.

GABARITO QUESTÍES OBJETIVAS

1. B 2.E 3. C

4. D 5. A 6.D

7. C 8. E

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Refer•ncias Bibliogr‡ficas

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direito constitucional para concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense;
S‹o Paulo: MƒTODO, 2013.
ALVES, Erick. Direito Administrativo p/ AFRFB Ð 2017. EstratŽgia
Concursos.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constitui•‹o e o Supremo.
5. ed. Bras’lia: STF, Secretaria de Documenta•‹o, 2016.
CARVALHO FILHO, JosŽ dos Santos. Manual de Direito Administrativo.
30. ed. S‹o Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de
Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo
Horizonte: F—rum, 2016.
JUSTEN FILHO, Mar•al. Curso de direito administrativo. 10. ed. S‹o
Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
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normativo. 1. ed. S‹o Paulo: Baraœna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. S‹o Paulo:
Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. S‹o
Paulo: Malheiros, 2014.

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