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BRASIL

REPÚBLICA
➢República Velha (1889-1930)
✓República da Espada (1889-1894)
✓República das Oligarquias (1889-1930)
➢Era Vargas (1930-1945)
✓Governo Provisório (1930-1934)
✓Governo Constitucionalista (1934-1937)
✓Estado Novo (1937-1945)
➢República Populista (1945-1964)
➢Regime Militar (1964-1985)
➢Nova República (1985-Hoje)
Pouco Antes Da Proclamação da República
Economia:
• Transição da economia açucareira para a economia cafeeira.
• Transferência do eixo econômico do nordeste para o sudeste.
• Transição da escravidão para mão-de-obra assalariada
Sociedade:
• Sociedade sem mobilidade social (senhor/escravo) para sociedade com
mobilidade social (imigrantes; assalariados)
Política:
• Da centralização político-administrativa (monarquia) para a
descentralização político-administrativa (república)
Pouco Antes Da Proclamação da República
➢Questão Abolicionista:
• Bill Aberdeen: Lei inglesa (1845) que permitiu prender navios negreiros,
em qualquer parte do mundo e julgar, na Inglaterra, seus tripulantes.
• Lei Eusébio de Queirós (1850): Lei brasileira que proibiu o tráfico
intercontinental de escravos e puniu com rigor os que não a respeitavam.
• Lei do Ventre Livre (1871), Lei dos Sexagenários (1885)
• Lei Áurea (13 de maio de 1888): Lei que pôs fim à escravidão no Brasil.
• Perda do apoio político da aristocracia rural escravista brasileira.
*Republicanos de 14 de Maio: ex-proprietários de escravos que se
opuseram à monarquia devido à abolição.
Pouco Antes Da Proclamação da República
➢Questão Religiosa:
• Padroado: regime pelo qual a Igreja era submetida ao Estado.
• Beneplácito: autorização imperial para que ordens da Igreja fossem
cumpridas no Brasil.
• Bula Syllabus: lei papal que afastava religiosos católicos que fossem
maçons. Esta bula não recebeu o beneplácito, mesmo assim, os bispos D.
Vidal e D. Macedo, de Olinda e Belém, respectivamente, resolveram
aplicá-la (1872).
• Reação do governo: manda prender, julgar e condenar os dois bispos a
trabalhos forçados.
• Em 1875, os bispos receberam o perdão e a liberdade, contudo, o Império
foi perdendo a simpatia da Igreja Católica.
Pouco Antes Da Proclamação da República
➢Questão Militar:

• A Guerra do Paraguai fortaleceu o Exército, que passou a defender a abolição


da escravatura e o ideal republicano, difundido pelo coronel Benjamim
Constant.
• Muitos membros do Exército passaram a criticar o governo, acusando-o de
pouca preocupação com os militares.
• Revolta de oficiais contra as punições ao tenente-coronel Sena Madureira
(favorável à abolição dos escravos) e ao coronel Cunha Matos (que denunciou
corrupção política).
• Diante das crescentes pressões, o governo cedeu: cancelou as punições
impostas aos oficiais e demonstrou a todos a sua fraqueza. Saíram fortalecidos
os defensores da causa republicana.
Pouco Antes Da Proclamação da República
➢Questão Republicana:
• 1873: fundação do Partido Republicano Paulista (PRP) em Itu, São Paulo.
• Fundadores do PRP: cafeicultores paulistas que tinham como objetivo o
federalismo (maior autonomia dos estados em relação ao governo
federal).
• Início efetivo da luta em busca da Proclamação da República.
• Há um clima generalizado de descontentamento contra o governo.
Nenhum dos setores citados (militares, religiosos, escravistas), entretanto,
busca o fim da monarquia. Os poucos militantes republicanos,
organizados, aproveitam o momento favorável de descontentamento e
liquidam o regime.
Proclamação da República
• “O povo assistiu bestializado à Proclamação da República pensando que
se tratava de um desfile militar.” (15.11.1889, Aristide Lobos)
• Apoiada por cafeicultores, militares e setores da classe média urbana
O Começo da República: A República Velha
• Chamamos de República Velha o período que começou com a
Proclamação em 1889 e terminou com a Revolução de 1930.
• Com a República, o Brasil mudou a forma de governo, que agora passava
a ser escolhido pelo povo. Uma nova Constituição foi promulgada, que
entre outras coisas, separava a Igreja do Estado.
• No entanto, o Brasil da República Velha continuava sendo o país do
latifúndio e do café. A maioria dos brasileiros trabalhando no campo, era
submetida aos fazendeiros, aos coronéis. Voto de cabresto, domínio das
oligarquias estaduais e a política do café com leite caracterizaram este
período da história brasileira
• República da Espada: poder nas mãos dos militares
• República Oligárquica: poder centralizado nas oligarquias cafeeiras de
São Paulo e pelas oligarquias de Minas Gerais.
República Velha: República da Espada
➢Governo Provisório (1889-1891)
✓Presidido por Deodoro da Fonseca: lhe coube organizar a nova forma de
governo. Governou por decretos-lei até que fosse promulgada a Constituição de
1891.
✓Instalação da República Federativa;
✓ Banimento da família imperial;
✓ Transformou as províncias em estados;
✓ Instituiu a bandeira nacional, cujo lema "Ordem e Progresso" é positivista;
✓ Ofereceu cidadania brasileira aos estrangeiros aqui residentes;
✓ Convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte (para elaborar a
primeira Constituição Republicana do Brasil);
✓ Separação do Estado da Igreja
República Velha: República da Espada
➢Crise do Encilhamento:

• O ministro Rui Barbosa (Fazenda) pretendia estimular a economia e


permitiu grande emissão de dinheiro por alguns bancos. As emissões
tinham como finalidade aumentar a moeda circulante para facilitar o
crédito na implantação de indústrias, atender ao pagamento dos salários
dos operários, etc.
• Isso acabou provocando a desvalorização da moeda e grande
especulação na Bolsa de Valores em torno de empresas, muitas vezes
fantasmas, que acabaram falindo, levando os aplicadores à ruína.
República Velha: República da Espada
➢Constituição de 1891:

• A primeira Constituição Republicana foi promulgada em 24 de fevereiro de


1891
• Forma de governo: República
• Forma de Estado: adoção do federalismo, como queriam os cafeicultores
do Partido Republicano Paulista
• Sistema de governo: presidencialismo
• Divisão dos poderes que deveriam ter atuação harmônica e
independente. Executivo, Legislativo e Judiciário.
• Voto: para maiores de 21 anos, alfabetizados (mulheres, soldados, padres
e mendigos não votavam); o voto era aberto (permitiu o voto de Cabresto)
República Velha: República da Espada
➢Governo Deodoro da Fonseca (1891 – 1891)
• Crise Ministerial antes das eleições
• Golpe de Estado: Deodoro fecha o congresso e decreta estado de sítio.
• 1º Revolta da Armada: liderada por Almirante Custódio José de Melo.
Deodoro renuncia a passa o poder ao seu vice: Floriano Peixoto.
República Velha: República da Espada
➢Governo Floriano Peixoto (1891-1894)

• Marcado por revoltas. Revolta nas fortalezas Santa Cruz e Lage


(reprimidas), Manifesto dos Treze Generais (reformados).
• Revolta Federalista: Rio Grande do Sul. Luta entre partidos: Republicano
(favorável ao máximo de autonomia do Estado) e Federalista (maragatos).
• 2º Revolta da Armada: liderada por Custódio de Melo. Articulado com
federalistas do Sul. Reprimida. Revoltosos pedem asilo a navios
portugueses e Floriano rompe relações com Portugal.
• Floriano Peixoto é considerado o consolidador da República.
República Velha: República das Oligarquias
➢Característica: Coronelismo

• Os chamados “coronéis” exerciam o poder local sobre as camadas


inferiores da sociedade a fim de garantir votos em troca de favores das
esferas políticas locais, estaduais e federais.
• “Coronel" refere-se aos coronéis da antiga Guarda Nacional, que eram em
sua grande maioria proprietários rurais com grande base local de poder.
• A economia do país era fundamentalmente agrícola e quase 70% da
população vivia no campo. Nesse tipo de sociedade os "coronéis"
(latifundiários com prestígio político local) exerciam notável poder.
• A prática eleitoral era permeada pelo chamado "voto de cabresto": o
eleitor, tratado como gado, deveria votar no candidato do coronel que
mandava na região, e o grupo de eleitores a ele vinculado constituía os
"currais eleitorais".
República Velha: República das Oligarquias
➢Governo Prudente de Morais (1894-1898):
• Termina revolução federalista e retomada relações com Portugal
• Questões das missões resolvidas com a Argentina pelo Barão de Rio
Branco
• Revolta de Canudos (1895 – 1897): liderado por Antônio Conselheiro na
Bahia
• Essa revolta aconteceu na comunidade de Canudos, interior da Bahia, e
pode-se dizer que aconteceu por causa de vários fatores, como as graves
crises econômicas e sociais em que se encontrava a região naquela
época, as secas cíclicas, o desemprego e também uma onda de crença
na salvação milagrosa dos cidadãos daqueles arredores, influenciados
por um revolucionário chamado Antônio Conselheiro.
República Velha: República das Oligarquias
➢Governo Campos Sales (1898-1902)
• 1º Funding Loan: os principais credores (ingleses) concedem prorrogação
da dívida externa e empréstimo de 10 milhões de libras com garantias
(funding loan). Exigências: rendas da alfândega do RJ e política
deflacionária (recolher dinheiro e queima-lo, congelar créditos e salários,
aumentar impostos).
• Para colocar a política deflacionária em prática era necessário apoio no
congresso.
• Política dos governadores: governo central apoia governos estaduais
(consolida oligarquias) e esses retribuem o apoio político com os
deputados federais e senadores.
• Crescimento político e econômico de SP e MG. (Política Café-com-Leite)
República Velha: República das Oligarquias
➢Governo Rodrigues Alves (1902-1906)

• Revolta da Vacina: contra a vacina obrigatória, imposta pelo governo


federal, contra a varíola.
• Rodrigues Alves colocou em prática um projeto de saneamento básico e
reurbanização do centro do RJ. O médico e sanitarista Oswaldo Cruz foi
designado chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, com o
objetivo de melhorar as condições sanitárias da cidade.
• Aplicada de forma autoritária e violenta. Grande parte das pessoas não
conhecia o que era uma vacina e tinham medo de seus efeitos.
• A revolta popular aumentava a cada dia, impulsionada também pela crise
econômica. Rodrigues Alves revoga a lei da vacinação obrigatória.
República Velha: República das Oligarquias
➢Governo Rodrigues Alves (1902-1906)

• Convênio de Taubaté: marca o início da política da Valorização do Café


• Reúnem-se presidentes dos estados produtores de Café (SP, MG e RJ)
• O governo deve comprar estoques invendáveis de café, mantendo o
preço no mercado internacional alto. (Menor oferta, maior o preço)
• Caixa de conversão: moeda estrangeira, proveniente de exportações de
café, seria convertida a uma taxa desvalorizada, beneficiando o
cafeicultor.
• Se o consumidor não compra o café, o governo compra.
• Superprodução de café.
República Velha: República das Oligarquias

➢Governo Alfonso Pena (1906-1909)


➢Governo Nilo Peçanha (1909-1910)
➢Governo Hermes da Fonseca (1910-1914)
• Política das salvações: destruição de algumas oligarquias estaduais que
apoiaram Rui da Fonseca (civil) contra Fonseca (militar).
• Revolta da chibata: o objetivo da Revolta da Chibata era a extinção dos
castigos físicos sofridos pelos marinheiros, o fim do aprisionamento em
celas isoladas, uma alimentação mais digna e saudável e reajuste salarial
• Marinheiro da embarcação, Marcelino Rodrigues, levou 250 chicotadas.
Assassinou-se o capitão. João Cândido assume a frente do movimento.
• Reprimido com banimento e execuções.
República Velha: República das Oligarquias
➢Governo Hermes da Fonseca (1910-1914)
• Revolta de Juazeiro (1914): revolta de caráter popular, embora liderada
pelos coronéis da região, que ocorreu no sertão do Nordeste em 1914. A
revolta foi liderada pelo padre Cícero Romão Batista e pelo médico e
político Floro Bartolomeu da Costa. Juazeiro do Norte, (interior do Ceará).
• Os coronéis pretendiam derrubar o governador do estado do Ceará e
assumir o controle do governo estadual, livrando-o do poder de
interferência do governo central.
• Sob a orientação e liderança do padre Cícero, os sertanejos acreditavam
estar participando de uma espécie de "guerra santa" contra as forças do
mal. (Fanatismo Religioso).
• Vitória dos Revoltosos com a volta da oligarquia do Ceará.
República Velha: República das Oligarquias
➢Governo Hermes da Fonseca (1910-1914)
• Guerra do Contestado (1912-1916): conflito armado entre a população
cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro,
travado numa região rica em erva-mate e madeira, disputada pelos
estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina.
• Originada nos problemas sociais, decorrentes principalmente da falta de
regularização da posse de terras, numa região em que a presença do
poder público era pífia. Agravado ainda pelo fanatismo religioso, expresso
pelo messianismo e pela crença, por parte dos caboclos revoltados, de
que se tratava de uma guerra santa.
• A guerra terminou somente em 1916, quando as tropas oficiais
conseguiram prender Adeodato, que era um dos chefes do último reduto
de rebeldes da revolta. Ele foi condenado a trinta anos de prisão.
República Velha: República das Oligarquias
➢Governo Hermes da Fonseca (1910-1914)
• 2º Funding Loan
• Brasil Declara-se neutro quando eclode a 1ª Guerra Mundial
República Velha: República das Oligarquias
➢Governo Wenceslau Brás (1914-1918)
➢Governo Delfim Moreira (1918-1919)
➢Governo Epitácio Pessoa (1919-1922)
• Início da crise da república velha: crise econômica (superprodução do
café e sua desvalorização) e política (críticas à organização da política na
república).
• Movimento Tenentista: oficialidade jovem do exército (na maioria
tenentes) passa a criticar os costumes políticos da república. São
partidários da moralização dos costumes políticos e favoráveis ao voto
secreto.
República Velha: República das Oligarquias
➢Governo Epitácio Pessoa (1919-1922)

• Movimento tenentista
• A revolta dos 18 do Forte de Copacabana, ocorrida em 5 de julho de 1922, combatido
pelas forças oficiais contra a posse de Arthur Bernardes. Outros exemplos de revoltas
tenentistas foram a Revolta Paulista (1924) e a Comuna de Manaus (1924).
• A Coluna Prestes, liderada por Luis Carlos Prestes, percorreram milhares de
quilômetros pelo interior do Brasil, objetivando conscientizar a população contra as
injustiças sociais promovidas pelo governo republicano.
• Mesmo que não tenha conseguido produzir resultados práticos de efeitos pragmáticos,
o movimento tenentista foi capaz de abalar os alicerces políticos do Brasil e manter
viva a revolta contra o poder até que esta revolucionasse e modificasse
definitivamente as estruturas de poder no país, fenômeno esse consolidado em 1964
com o projeto dos militares no Poder.
República Velha: República das Oligarquias
➢Governo Epitácio Pessoa (1919-1922)
• Semana de Arte Moderna (Fevereiro de 1922)
• No Teatro Municipal de São Paulo, de 11 a 18 do mês de fevereiro.
• O principal intuito da realização desse evento foi mostrar quais eram as grandes
tendências artísticas que já faziam parte do cenário europeu artístico.
• O objetivo do evento era renovar a arte, trazendo um novo conceito para ela em
âmbito nacional. Assim seria possível transformar, de uma vez só o nosso contexto
cultural, urbano e artístico.
• Um dos principais eventos capazes de trazer à população brasileira os conceitos da
arte moderna.
• Destaques: Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Mário de Andrade, Manuel Bandeira e
Heitor Villa-Lobos.
República Velha: República das Oligarquias
➢Governo Artur Bernarde (1922-1926)
• Revolução de 1923 (Rio Grande do Sul)
• Revolução de 1924 (A Coluna Paulista) (Tenentismo)
• Revolução de Outubro de 1924 (A Coluna Prestes-Miguel Costa)
(Tenentismo): líder é Luís Carlos Prestes.
• Reforma na constituição: fortaleceu o poder executivo, facilitou
intervenção federal nos Estados, limitou a aplicação do Habeas Corpus,
entre outros.
República Velha: República das Oligarquias
➢Governo Washington Luís (1926-1930)
• Piora a crise político-econômica.
• Governo e estado de SP apoiam Julio Prestes. Rompe-se aliança SP-MG.
• Aliança liberal: com o apoio dos tenentes, é defendida por MG, RS e PB.
Tenentes conspiram contra o governo. Apoia o candidato Getúlio Vargas.
• Questão sucessória: vitória nas eleições de Julio Prestes. De início não
houveram protestos, mas os tenentes continuam a conspiração.
Incidentes políticos levam à eclosão da Revolução de 1930.
• Assassinato de João Pessoa (Vice de Getúlio). Não inteiramente ligado à
questão sucessória mas foi atribuído à conivência do governo federal.
Revolução de 1930

• Levante militar causado pela vitória de Julio Prestes. Impediu a posse do candidato
eleito e colocou Getúlio Vargas no poder.
• Cisão (quebra) no movimento dos tenentes com a declaração comunista de Luís
Carlos Prestes.
• Maioria dos tenentes agora aproximam-se de Getúlio Vargas (GV), que assume a
liderança da revolução.
• GV publica manifesto contra o resultado das eleições.
• Washington acaba deposto da presidência. (Golpe de Estado)
➢Governo da Junta pacificadora (1930-1930)
• Toma o poder de Washington Luis e o coloca na mão de uma aliança de generais.
Com a chegada de GV ao Rio de Janeiro, capital do país na época, entregam o poder
a ele, formando o segundo governo provisório.
Era Vargas (1930-1945): Características
• Instrumentalização das instituições republicanas, dos poderes e dos
cargos públicos em favor do prestígio de Getúlio.
• Consolidou a industrialização no Brasil e inseriu o país na nova ordem
mundial após a segunda guerra mundial.
• Populismo: expressão urbana do coronelismo. Prática política em que o
líder faz um apelo direto às massas, ignorando as instituições
estabelecidas como, por exemplo, partidos políticos e o congresso. Apelo
“salvacionista”. Promessas de reformas que minimizariam os problemas
das populações carentes. (Segurança, Saúde, Educação, etc.). Consagra-
se pelo eleitorado.
• Promessas “Salvadoras” + Descontentamento da População = Consagração do Líder
Era Vargas (1930-1945): Características
• Nacionalismo e Populismo: discurso político de caráter nacionalista e
redentor mobiliza as multidões, ampliando as demandas sociais e
políticas e agravando o quadro de instabilidade do poder.
• Culpa-se a oposição ou “setores conservadores” pelo não cumprimento
das promessas de campanha.
• Discurso de 1930: “O movimento revolucionário, iniciado vitoriosamente a
3 de outubro, no sul, centro e norte do país, e triunfante a 24, nesta
capital, foi a afirmação mais positiva, que até hoje tivemos, da nossa
existência, como nacionalidade. Em toda nossa historia política, não ha,
sob esse aspecto, acontecimento semelhante. Ele é, efetivamente, a
expressão viva e palpitante da vontade do povo brasileiro, afinal senhor
de seus destinos e supremo arbitro de suas finalidades coletivas.”
http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/ex-presidentes/getulio-vargas/discursos/discursos-de-posse
Era Vargas: Governo Provisório
➢Segundo Governo Provisório (1930-1934): Medidas
• Lei Orgânica: mantêm constituição de 1891 mas altera artigos
fortalecendo o governo central.
• Dissolvidos todos os legislativos e executivos.
• Interventores nomeados para cada Estado (predomínio de Tenentes)
• Aprovação de Ampla Legislação Trabalhista (salário mínimo,
nacionalização do trabalho, sindicalização, carteira profissional)
• Apuração de corrupção no governo anterior
• Controle do movimento operário. Cria-se o ministério do trabalho.
• Esquema Oswaldo Aranha (Terceiro Funding Loan).
Era Vargas: Governo Provisório
➢Segundo Governo Provisório (1930-1934): Problemas
• Consequências da Crise da Bolsa de Nova York em 1929.
• Quedas no preço do café por, aproximadamente, um terço.
• Depreciação da moeda nacional
• Queda no valor das exportações e importações
Era Vargas: Governo Provisório
➢Segundo Governo Provisório (1930-1934):

➢As elites paulistas, as classes mais favorecidas pelo sistema que vigorou
na Primeira República, almejavam, com essa agitação, reaver o domínio
político que haviam perdido com a Revolução de 1930.
• No estado de São Paulo era grande a insatisfação com o governo
provisório de Vargas. Os paulistas esperavam a convocação de eleições,
mas dois anos se passaram e o governo provisório se mantinha.
• Os fazendeiros paulistas, que tinham perdido o poder após a revolução de
1930, eram os mais insatisfeitos e encabeçaram uma forte oposição ao
governo Vargas.
• Os paulistas nãos aceitaram o fato de que um interventor que não era de
São Paulo havia sido nomeado para governar o estado, o que era contra
a constituição republicana de 1891.
Era Vargas: Governo Provisório

➢Segundo Governo Provisório (1930-1934):


• No começo do ano de 1932, o Partido Republicano Paulista (PRP) e o
Partido Democrático (PD) lançam uma campanha a favor da Carta
Constitucional do país e do término da interferência federal nos estados.
• No dia 23 de maio de 1932, durante a realização de um ato político no
centro da cidade de São Paulo, a polícia coíbe os manifestantes,
ocasionando a morte de quatro estudantes.
• Em homenagem a esses quatro jovens, o movimento passa a chamar-se
MMDC – iniciais de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, os mortos – e
amplia a base de apoio entre a classe média.
• *Alguns historiadores utilizam a sigla MMDCA em homenagem a Orlando
de Oliveira Alvarenga, ferido juntamente com seus colegas Martins,
Miragaia, Dráusio e Camargo, mas que veio a falecer em agosto de 1932
em razão dos ferimentos
Era Vargas: Governo Provisório

➢Segundo Governo Provisório (1930-1934)

• Após várias infrutíferas tentativas de pressionar o governo para que


convocasse uma Constituinte e realizasse a ampliação da autonomia
política dos Estados, começa a revolução constitucionalista de 1932.
• Em 9 de julho começa a rebelião armada, um grande número de civis
ingressa espontaneamente no corpo de infantaria e é transferido para as
três grandes frentes de batalha, no limite entre Minas Gerais, Paraná e
Vale do Paraíba.
• Eram cerca de 18 mil homens do governo contra 8.500 revolucionários. O
governo federal dispunha de artilharia pesada. Foram quase três meses
de um conflito que se concentrou dentro do estado de São Paulo.
Era Vargas: Governo Provisório

➢Segundo Governo Provisório (1930-1934)


• O objetivo era sitiar a cidade do Rio de Janeiro e obrigar Vargas a
renunciar ou a capitular, isto é, concordar com as exigências dos
revoltosos.
• Contavam com a união e a ajuda garantida por outros estados, como Rio
Grande do Sul e Minas Gerais. Mas o apoio não chega, e São Paulo é
cercado pelas tropas legalistas.
• Mesmo tendo perdido a guerra, os revolucionários de 1932 acabaram por
pressionar o governo federal a elaborar uma constituinte no ano seguinte,
fato que resultou na redação da Constituição de 1934.
Constitucionalista? Revanchista? Separatista?
Era Vargas: Constituição de 1934
• Promulgada em 1934. Inspirada na República de Weimar (Alemanha).
• Mantém estrutura federativa
• Confere-se ao poder legislativo o poder de coibir o poder executivo
• Cria seção permanente do Senado Federal que coordenava os poderes
entre si, velava pela constituição, entre outros.
• Voto Feminino
• Voto Secreto
• Eleições diretas para presidente da República. (Exceto o primeiro)
• Extinguia o cargo de Vice-presidente.
• Instituía o Salário Mínimo e Justiça do Trabalho
• O primeiro presidente, Getúlio Vargas, é eleito pelo legislativo e assume.
Era Vargas: Governo Constitucionalista
➢Governo Constitucional (1934-1937)

• Impacto Social: Institutos de aposentadoria e pensão (previdência).


Atende a reinvindicações trabalhistas.
• Agitação política entre direita (integralistas) e esquerda (Aliança Nacional
Libertadora).
• As lutas partidárias favoreceram o poder de Getúlio Vargas.
• Ação Integralista Brasileira (Direita): defendia a consolidação de um
governo centralizado capaz de conduzir a nação a um “grande destino”.
• Esse destino, segundo os integralistas, só era possível com o fim das
liberdades democráticas, a perseguição dos movimentos comunistas e a
intervenção máxima do Estado na economia (Fascismo Europeu)
Era Vargas: Governo Constitucionalista
➢Governo Constitucional (1934-1937)
• Impacto Social: Institutos de aposentadoria e pensão (previdência).
Atende a reinvindicações trabalhistas.
• Agitação política entre direita (integralistas) e esquerda (Aliança Nacional
Libertadora).
• As lutas partidárias favoreceram o poder de Getúlio Vargas.
• Ação Integralista Brasileira (Direita): defendia a consolidação de um
governo centralizado capaz de conduzir a nação a um “grande destino”.
• Líder: Plínio Salgado
• Esse destino, segundo os integralistas, só era possível com o fim das
liberdades democráticas, a perseguição dos movimentos comunistas e a
intervenção máxima do Estado na economia (Fascismo Italiano)
Era Vargas: Governo Constitucionalista
➢Governo Constitucional (1934-1937)
• Aliança Nacional Libertadora (Esquerda): favorável à reforma agrária, à
luta contra o imperialismo e à revolução por meio da luta de classes.
(Comunismo Soviético)
• Líder: Luís Carlos Prestes (aquele da coluna, lembra?)
• Congregava membros da esquerda, militares e outros simpatizantes de
suas ideias voltadas para o âmbito da justiça social.
• Mais claros em suas críticas ao governo de Vargas, os membros da ANL
sofreram um duro golpe ao serem colocados na ilegalidade pela Lei de
Segurança Nacional.
• Intentona Comunista (1935): ação político-militar do partido que visava
derrubar o governo. Reprimida com o fortalecimento do Governo.
Era Vargas: Governo Constitucionalista
➢Governo Constitucional (1934-1937)
• Plano Cohen(1937): forjado pelo governo, caracteriza um plano no qual
os comunistas pretendiam tomar o poder.
• Pretexto para o Golpe de Estado em 1937, liderado por GV e com apoio
das forças armadas. Fundação do Estado Novo.
• Em 1º de Outubro, Brasil declara estado de guerra e suspensão de
garantias constitucionais. SP e RS, que se opuseram às medidas,
sofreram intervenção federal.
• Armando de Sales Oliveira denuncia a trama de Vargas, o que o faz
antecipar a data do golpe de 15 para 10 de Novembro.
Era Vargas: Estado Novo
➢Estado Novo (1937-1945): medidas
• Censura aos meios de comunicação (rádios, revistas e jornais) e às
manifestações artísticas (teatro, cinema e música)
• Criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) para
promover e divulgar as realizações do governo.
• Perseguição e, em alguns casos, prisão de opositores e inimigos políticos
• Repressão às manifestações políticas e sociais (protestos, greves,
passeatas)
• Criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em 1943, garantindo
vários direitos aos trabalhadores.(1943)
• Centralização administrativa do estado (aumento da burocracia estatal)
• Criação de um nova moeda, o cruzeiro
Era Vargas: Estado Novo
➢Estado Novo (1937-1945): medidas
• Investimentos em infra-estrutura e ênfase no desenvolvimento industrial
(criação da CSN – Companhia Siderúrgica Nacional e Companhia Vale do
Rio Doce) (1942)
• Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos aliados
(Inglaterra, Estados Unidos e União Soviética), com o enviou da FEB
(Força Expedicionária Brasileiras) aos campos de batalha na Itália.
• Nova Constituição(1937): outorgada, sem autonomia estadual, mandato
presidencial de 6 anos, eleições indiretas e pena de morte.
• Intentona Integralista (1938): Banimento do partido Integralista
• Filme: A Estrada 47 (2013) – Brasil na Segunda Guerra
Era Vargas: Estado Novo
➢Estado Novo (1937-1945): problemas
• Cangaço: forma de banditismo social que se desenvolveu desde o fim do
século 19. Sertão Nordestino.
• Resultante da ausência de justiça, analfabetismo, precariedade de
comunicações na região, baixos salários, concentração da propriedade de
terra e constantes secas.
• Cangaceiros formavam bandos armados com código conduta próprio
• Roubavam e pilhavam fazendas e cidades e, por vezes, distribuíam parte
do que obtinham com a população carente.
• Virgulino Ferreira da Silva (Lampião), chefe do mais famoso bando de
cangaceiros. Atuou po cerca de 20 anos. Reprimido em 1938.
Era Vargas: Estado Novo
➢Estado Novo (1937-1945)
• Crise política começa em outubro de 1945, com a nomeação do irmão de
Vargas para a chefatura da polícia.
• Deposição de Vargas pelo generais Dutra e Medeiros.
• Inicia-se a redemocratização.
República Populista
➢Governo José Linhares(1945-1946)
• Administração Transitória para novas eleições
• Eleitos deputados para a Assembleia Constituinte.
República Populista
➢Governo Eurico Gaspar Dutra (1946-1951)
• Nova Constituição: outorgada, reestabelece o cargo de vice-presidente.
• Plano SALTE (Saúde, Alimentação, Transporte e Energia)
• Aproximação com os EUA e rompimento com países socialistas
• Proíbe-se o jogo no Brasil
República Populista

➢Governo Getúlio Vargas (1951-1954)


• Criado o BNDE (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico) (1952)
• Criada a Petrobrás (1943) “O Petróleo é Nosso”
• Denunciado o pacto ABC (Argentina, Brasil e Chile), que seria
antinorte-americano.
• Crime da Rua Toneleros: atentado a Carlos Lacerda (jornalista influente) e
no qual morre o major da aeronáutica Rubens Florentino Vaz. Começo da
crise política. Culpa-se Vargas
• Aumento de 100% no salário mínimo para reconquistar apoio popular.
• Ministro da Economia, João Goulart, renuncia.
• Oposição exige afastamento de Vargas. Setor civil e armado.
• https://www.youtube.com/watch?v=X5no3CP3eCE (Discurso de posse)
República Populista
➢Governo Getúlio Vargas (1951-1954)
• Recebe ultimato dos generais em 24 de Agosto de 1954.
• Redigiu uma carta-testamento e suicidou-se com um tiro no peito, logo
após.
• Violenta pressão popular sobre a oposição devido ao suicídio.
• Embaixada dos EUA e jornal O Globo, atacados.
• Cessam manifestações após algumas semanas.
• Assume seu vice: Café Filho

• Carta-Testamento: http://www.correioims.com.br/carta/cartas-testamento-
de-getulio-vargas-duas-versoes/
República Populista
➢Governo Café Filho (1954-1955)
• Sucessão Presidencial: Juscelino Kubitschek (PSD/PTB), Ademar Barros
(UDN) e Plínio Salgado (PRP)
• Crise de Novembro
• Juscelino é eleito com pouca margem de votos sobre o segundo
colocado, Juarez Távora.
• Prepara-se um golpe para impedir a posse de Juscelino.
• Episódio “carta Brandi”, incriminando o vice de Juscelino, João Goulart.
• General Lott pressiona Café filho para punir coronel Bizarria Mamede,
envolvido no golpe.
• Café filho infarta e afasta-se do governo. Assume Carlos Luz.
República Populista
➢Governo Carlos Luz(1955-1955)
• Governo aceita renuncia do General Lott do Governo.
• Lott mobiliza o exército e leva à fuga de Carlos Luz
• Assume o presidente do Senado, Nereu Ramos.
• Após o governo de transição, com Nereu Ramos, é empossado o
candidato vencedor Juscelino Kubitschek e João Goulart.
República Populista
➢Governo Juscelino Kubitschek (1956-1961)
• Plano de Metas: energia e transporte (lema do governo)
• Desenvolvimento industrial (indústria automobilística)
• Entrada de capital estrangeiro
• Construção de Brasília (Oscar Niemeyer)
• Hidrelétricas
• SUDENE (superintendência para o desenvolvimento do nordeste)
• “5 anos em 5”
República Populista
➢Governo Jânio Quadros (1961-1961)

• Política externa independente (dos EUA): estabelece relações com países


socialistas
• Crise Política ao condecorar Ernesto “Che Guevara” com a Ordem do
Cruzeiro do Sul (mais alta condecoração do país)
• Oposição com Carlos Lacerda.
• Jânio Renuncia em 1961
• Crise política
• João Goulart (vice presidente), então na China quando ocorre a renuncia,
volta para o Brasil para assumir o cargo.
• Enquanto não chegava, assumiu Ranieri Mazzilli (Câmara dos deputados)
República Populista
➢Governo Ranieri Mazzili (1961-1961)
• Crise política
• Oposição das forças armadas à posse de João Goulart
• Comandante do III exército e alguns governos são favoráveis a Goulart.
• Ato adicional 4 á constituição de 1946: parlamentarismo no Brasil
• Goulart Assumiria com poderes restritos
• Prevê plebiscito no fim do mandato de Goulart
• João Goulart Retorna ao Brail e assume o cargo
República Populista
➢Governo João Goulart (1961-1964)
• Parlamentarismo: entre os primeiros ministros eleitos estava Tancredo
Neves
• 1963: plebiscito vota a favor da volta ao presidencialismo. Goulart assume
com plenos poderes.
• Período caracterizado pela inflação, crise política e econômica.
• Plano Trienal: previa reformas de base
• 1964: Goulart cria a superintendência de Reforma agrária e estatiza as
refinarias particulares de petróleo.
• Em SP, a marcha da família com Deus pela Liberdade.
• Revolta dos marinheiros no RJ. Anistia aos revoltosos.
República Populista
➢Governo João Goulart (1961-1964)
• Movimento militar depõe João Goulart.
• Lideres do movimento militar: Carlos Luís Guedes e Olímpio Mourão
Filho.
• Inicia-se o período da ditadura militar através da revolução/golpe de 1964.
Cultura nos Anos 60
➢Desenvolvimentismo (1956-1961)
• Corresponde ao governo de Juscelino Kubitschek.
• Boom (aumento) populacional logo após logo após o fim da 2º Guerra
Mundial. Grande parcelas da população se tornando economicamente
ativas e demandando produtos, serviços e empregos.
• JK mobiliza recursos, capitais internos e externos para atender à nova
demanda.
• JK oferece mão de obra abundante, barata e grande mercado consumidor
para as empresas estrangeiras que decidirem instalar-se no Brasil. Em
troca dessas vantagens, as empresas oferecem investimentos no país.
• País alinha-se ao capitalismo internacional.
• Questionamentos sobre a destinação de resultados do crecimento.
Cultura nos Anos 60
➢Desenvolvimentismo (1956-1961)
• Estimulou-se, durante o governo de JK, uma política de pleno emprego.
• Com a nova parcela da população empregada e com a economia em
crescimento, surge uma esfervescência cultural no Brasil.
• Bossa Nova
• CPC (Centro Popular de Cultura)
• Cinema Novo
• UNE – União Nacional dos Estudantes
• Tropicalismo
Cultura nos Anos 60
➢Reformismo (1963-1964)
• Corresponde à época da crise econômica.
• Crescimento econômico não foi homogêneo.
• Aumentaram-se as disparidades socioeconômicas, regionais e setoriais.
• “A quem serviu esse desenvolvimento?”. Consciência de
subdesenvolvimento.
• Os conteúdos artísticos gerados no movimento anterior denunciam as
desigualdades sociais.
• Reformas de João Goulart causam “pânico” nas classes médias do país
que acharam que essas iriam levar o país ao comunismo.
• Conservadorismo do Brasil contra o Reformismo.
Cultura nos Anos 60

➢Militares Tomam o Poder Com o Pretexto de Impedir a Implantação


do Comunismo no Brasil.
➢Possuem apoio da Classe Média Com Medo do Sistema Comunista
Ditadura Militar
➢Governo Ranieri Mazzilli e Alto Comando Revolucionário (1964-1964)
• Assume o poder: presidente da câmara dos deputados Ranieri Mazzilli e o
Alto comando Revolucionário (Artur da Costa e Silva, Augusto Hamann
Rademaker Grunewald, Correia de Melo).
• Ato institucional n⸰ 1
• Mantêm a constituição de 1946
• Determina a realização de eleições indiretas para presidente
• Fortalece o poder executivo (pode decretar estado de sítio,
Cassar mandatos e suspender direitos políticos).
Ditadura Militar
➢Governo Humberto de Alencar
Castello Branco(1964-1967)
• Intensa repressão aos opositores;
• Em 1965, eleições para governos estaduais elegem a oposição em quatro
estados. Desencadeia o Ato institucional n⸰2.
• Eleições indiretas para presidência da república;
• Extingue todos os partidos políticos;
• Autoriza a cassação de mandatos parlamentares e suspensão de direitos
políticos;
• Abre caminho para intervenção federal nos estados;
• Facilita a decretação de estado de sítio.
Ditadura Militar
➢Governo Humberto de Alencar
Castello Branco(1964-1967)
• Estabelece-se o Bipartidarismo: um partido de oposição (MDB) e um
partido situacionista (ARENA).
• Ato Institucional n⸰3 (1966): determina eleições indiretas para o governo
dos Estados, evitando eventual eleição da oposição em alguns Estados.
• Ato institucional n⸰4 (1966): convoca o congresso em período
extraordinário para aprovar uma nova constituição.
• Promulgada nova constituição em 1967: mandato presidencial de 4 anos,
eleições indiretas para presidente da república e reforçava o poder
executivo federal (concentração de poder).
Ditadura Militar
➢Governo Humberto de Alencar
Castello Branco(1964-1967)
• Economia: Adota-se uma política deflacionária com congelamento de
créditos e salários, retração dos gastos públicos e aumento da
arrecadação tributária.
• Alinhamento político e econômico do Brasil aos dos EUA. Consegue-se,
assim, empréstimos em dólares, renegociação da dívida externa e
investimentos norte-americanos na economia.
• Implantação de um sistema que favorece grandes conglomerados
econômicos e causa a falência de pequenas e médias empresas.
• Acelera-se o processo de concentração de renda.
Ditadura Militar
➢Governo Humberto de Alencar
Castello Branco(1964-1967)
• Governo brasileiro rompe relações com países socialistas.
• Doutrina de Segurança Nacional: pregada pelos oficiais formados na
Escola Superior de Guerra (ESG). Antes limitada ao âmbito militar, agora
abrange os sentidos político, econômico e psicossocial.
• Objetivos da doutrina: Integridade territorial, participação no progresso da
nação, prosperidade nacional, prestígio internacional, paz social e
democracia representativa.
Ditadura Militar
➢Governo Costa e Silva (1967 – 1969)
• Endurecimento da repressão.
• Constituição de 1967 não chegou a ser efetivamente usada.
• Com o aumento da contestação do regime, em 1968,
decreta-se o Ato Institucional n⸰5.
• O ato concede poderes excepcionais ao presidente da república, como:
poder de decretar recesso parlamentar, fechar o legislativo
temporariamente, suspender e cassar mandatos parlamentares sem
apreciação judicial, restringir o habeas corpus e o executivo acumula os
poderes de legislativo enquanto o mesmo estiver fechado.
• Costa e Silva é afastado do poder após ser acometido por doença grave.
Ditadura Militar
➢Governo da Junta Militar (1969 – 1969)
• Decretam o Ato institucional n⸰12 que impede a posse do vice de Costa e
Silva (Pedro Aleixo).
• Sequestro do embaixador norte-americano por um grupo político de
oposição. O grupo exige a libertação de presos políticos e a junta militar
concede.
• A junta militar oficializa, então, os atos institucionais 13 e 14 que
instauram o banimento de opositores e a pena de morte.
• Antes de encerrar seu período, a junta militar escreve a Emenda
Constitucional n⸰1 à constituição de 1967, mudando quase todos os seus
artigos no sentido de reforço do poder executivo e incorporando os atos
institucionais à constituição.
Ditadura Militar
➢Governo Emílio G. Médici (1969 – 1974)
• Brasil tricampeão mundial de futebol.
Aumento de popularidade.
• Economia crescendo a uma taxa anual de 10 %, conhecida
como o milagre econômico brasileiro.
• Recrudesce a repressão aos movimentos de oposição, com frequentes
práticas de tortura.
• Maior censura nos meios de comunicação. Artistas, com opiniões opostas
ao governo, eram presos ou exilados.
• Política cultural Ufanista
“Brasil, ame-o ou deixe-o”
Ditadura Militar
➢Governo Ernesto Geisel (1974 – 1979)

• Reorientação da política externa brasileira. Reduzindo o incessante apoio


aos EUA, com maiores relações diplomáticas com países vizinhos e
países socialistas.
• Com a possível perspectiva de derrota do, partido governista, nas
eleições indiretas, é decretado o recesso parlamentar e mais duas
emendas constitucionais são feitas (eleições indiretas para governador e
senador).
• Emenda constitucional n⸰11: começa a abertura política com a extinção
das medidas de exceção.
Ditadura Militar

➢Governo João Figueiredo (1979 – 1985)


• Área Econômica: combate à inflação, reduzir o déficit da balança de
pagamentos, buscar fontes alternativas de energia e reforçar o setor
agrícola.
• Área Trabalhista: revisão da política salarial e estabelecimento de
reajustes semestrais.
• Área educacional: revoga-se as leis que não permitiam a participação
política dos estudantes.
• Área Política: continua-se o processo de abertura política, lei da anistia
(perdoando crimes e recebendo exilados), eleições diretas para cargos
executivos e legislativos (exceto presidência) e extinção do bipartidarismo
Ditadura Militar

➢Governo João Figueiredo (1979 – 1985)


• Campanha das Diretas Já: pregava o retorno da eleição direta para
presidente da república.
• Emenda Dante de Oliveira: reestabelece eleições diretas para presidente
da república.
• Governo rejeita a Emenda.
Ditadura Militar
➢Governo José Sarney (1985 – 1990)

• Por via indireta, é eleita a chapa Tancredo-Sarney


• Tancredo vem a falecer, logo após ser eleito, e Sarney assume a
Presidência da República.
• Aprovada Emenda n⸰ 25, reestabelecendo eleições diretas para
presidente.
• Emenda n⸰26 convoca uma assembleia constituinte para escrever uma
nova constituição.
Ditadura Militar
➢Governo José Sarney (1985 – 1990)
• Assembleia Nacional Constituinte (1987)
• 05/10/1988 – A assembleia nacional constituinte aprova a
nova constituição.
• De caráter liberal e democrática, se comparada à constituição anterior.
• Consagra a divisão e autonomia dos poderes e estabelece eleições
diretas em todos os níveis.
• Voto obrigatório

• Plebiscito em 1993 confirmaria o regime presidencialista.


Ditadura Militar
➢Governo José Sarney (1985 – 1990)
• Plano Cruzado: decreto-lei com o propósito de combater
a inflação. Estabelece uma extensa reforma monetária com
as características:
▪ Substitui o cruzeiro pelo cruzado
▪ Tabelamento geral de produtos e serviços
▪ Criado o seguro-desemprego
▪ Relação dólar/cruzado é congelada
• Resulta em aumento do consumo e pequena deflação.
• Problemas: excesso de consumo gerando escassez de produtos, pois o
aumento de produção não aumenta o de consumo.
Ditadura Militar
➢Governo José Sarney (1985 – 1990)
• Plano Bresser (Novo Cruzado):
▪ Fase de Congelamento de preços e salários por até 90 dias;
▪ Fase de Flexibilização, acompanhada da liberação de preços
competitivos;
▪ Fase de preços livres;
oDesvalorização do cruzado para incentivar as exportações;
Ditadura Militar
➢Governo José Sarney (1985 – 1990)
• Plano Verão: anunciado logo após reajuste no preço dos
serviços públicos, do pão e do leite. O novo plano tinha
por características:
▪ Congelamento geral de preços;
▪ Nova fórmula de reajuste de aluguéis;
▪ Diminuição de prazo de crédito;
▪ Criado o cruzado novo (nova moeda);
▪ Mudança da remuneração das cadernetas de poupança;
▪ Nova desvalorização em relação ao dólar;
▪ Exoneração de funcionários sem concurso e privatização de estatais.
Ditadura Militar
➢Governo José Sarney (1985 – 1990)

• Em geral, seu governo representou a transição do autoritarismo militar


para um regime democrático que aos poucos era implantado no pais
República Nova
➢Governo Fernando Collor de Mello (1990 – 1992)
• No dia da posse, anuncia-se o plano Brasil Novo, visando
por fim à inflação.
▪ Muda-se a moeda de cruzado novo para cruzeiro;
▪ Compulsório confisco de dinheiro existente no país, com a
promessa de devolução em 18 meses.
▪ Sendo a inflação o excesso de dinheiro, com a retirada do dinheiro causa-
se a deflação.
▪ Proposta de diminuição do déficit público, extinguindo ministérios, estatais
e demissão de funcionários. Muitas dessas propostas foram vetadas pelo
legislativo e logo se verifica que o plano não gera os resultados
esperados.
República Nova
➢Governo Fernando Collor de Mello (1990 – 1992)
• Casos de tráfico de influência, concorrência ilícitas e outros
casos de corrupção, minam a bandeira de combate à
mesma levantada por Collor.
• Com a acusação do ex-tesoureiro de campanha do presidente de
negócios escusos com o governo, é instaurada um CPI para investigar o
caso.
• Cresce a pressão do parlamento e das ruas para o impedimento
(Impeachment) do mandato do presidente.
• O processo de Impeachment foi aberto mas não chegou ao seu desfecho
final, pois Collor de Mello renuncia ao posto e assume Itamar Franco.
República Nova
➢Governo Itamar Franco (1992 – 1995)
• Fernando Henrique Cardoso assume o Ministério da Fazenda
e passa a elaborar um novo plano de estabilidade econômica.
• Plano Real:
▪ substitui o cruzeiro pelo real;
▪ diminui o processo inflacionário e garante credibilidade ao governo;
▪ Conteve gastos públicos;
▪ Controlou a demanda por meio de elevados juros;
▪ Abertura econômica do país;
▪ Modernização das empresas.
República Nova
➢Governo da Fernando Henrique Cardoso (1995-2003)
• Continuidade do plano Real
• Governo marcado por mudanças na constituição em 1998
• Quebra dos monopólios de petróleo e das telecomunicações
• Mudanças nas regras da aposentadoria
• Aumento da taxa de juros, agravando o desemprego.
• No segundo mandato, manteve-se preocupação em diminuir o processo
inflacionário.
• Criada a Lei de Responsabilidade Fiscal, disciplinando gastos públicos.
• Melhorias na saúde pública, criação do ENEM, criação do provão (atual
ENADE).

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