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M ANU AL DE P ROCEDIMENTOS

SISTEMA DE OPERAÇÃO

SUBSISTEMA ESTUDOS DO SISTEMA

CÓDIGO TÍTULO FOLHA

I-432.0005 FILOSOFIA DE PARAMETRIZAÇÃO DOS RELIGADORES 1/36


AUTOMÁTICOS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREAS

1. FINALIDADE

Estabelecer critérios, filosofia e práticas a serem observadas na parametrização dos religadores


automáticos na rede de distribuição área da CELESC, prevendo-se, inclusive, critérios para
ajustes dos equipamentos de proteção instalados nas saídas dos alimentadores de distribuição das
subestações - SEs.

2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Aplica-se aos Departamentos da Diretoria de Distribuição, Agências Regionais e demais órgãos


usuários.

3. ASPECTOS LEGAIS

Não há.

4. CONCEITOS BÁSICOS

4.1. Sistema de Distribuição da CELESC

O sistema primário de distribuição da CELESC pode ser considerado como um sistema trifásico
a três fios com neutro aterrado na subestação e com neutro dos alimentadores descontínuo e
multiaterrado, ou seja, o neutro na baixa tensão não interliga todos os transformadores do
mesmo alimentador, ou se for o caso, não interliga o neutro de outros alimentadores.

As redes de distribuição rurais são trifásicas e monofásicas, três e dois fios (fase/neutro), com
neutro multiaterrado ou MRT (retorno por terra).

As tensões primárias no sistema da CELESC são 34,5 kV, 23,1 kV e 13,8 kV.

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As tensões secundárias são 380/220 V e 440/220 V.

Os transformadores da rede de distribuição são trifásicos e possuem conexões em delta na alta


tensão e em estrela com o neutro aterrado na baixa tensão. Na rede de distribuição rural são
aplicados transformadores trifásicos e monofásicos.

4.2. Automação da Distribuição de Energia Elétrica

Recursos de automação são entendidos como um conjunto de instalações que, a partir de


informações que expressam as condições de operação do sistema de distribuição, por causas de
origem acidental ou emergencial, atuam sobre a rede ou subestação.

Estando verificadas as necessárias condições de segurança e operacionais, o fechamento remoto


dessas chaves permitirá o mais rápido reestabelecimento do fornecimento de energia a um
maior número de clientes, satisfazendo aos objetivos preconizados.

4.3. Alimentador

Parte de uma rede primária numa determinada área de localidade, que alimenta, diretamente ou
por intermédio de seus ramais, transformadores de distribuição da concessionária e/ou de
consumidores.

4.4. Tronco do Alimentador

Parte do alimentador, normalmente constituído por condutor de bitola mais elevada,


caracterizado por um dos seguintes fatores:

a) transporte de parcela ponderável da carga total servida pelo alimentador;

b) alimentação ao principal consumidor do alimentador;

c) interligação com outro alimentador, permitindo transferência de parcela ponderável de


carga entre ambos.

4.5. Ramal de Alimentador

Parte do alimentador que deriva diretamente do tronco.

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4.6. Barra ou Barramento de Subestação

Circuito constituído por um conjunto de barras condutoras de mesma tensão nominal.

4.7. Falta

Termo que se aplica a todo fenômeno, transitório ou não, que impede o funcionamento de um
sistema ou equipamento elétrico, caracterizando-se pela perda do isolamento médio entre
condutores e entre condutores e terra no caso do sistema de distribuição.

Este fenômeno é traduzido na prática por trazer efeitos mecânicos e térmicos aos equipamentos,
condutores e conexões do circuito sob falta. Os efeitos mecânicos podem deformar condutores e
romper materiais isolantes. Os efeitos térmicos são função direta do tempo de permanência da
falta e podem produzir aquecimento excessivo dos materiais condutores e isolantes.

4.8. Falta Intermitente

Falta momentânea que se repete no mesmo lugar, em consequência da mesma causa ou agente.

4.9. Falta Permanente

Falta cuja causa só pode ser removida mediante atuação de um equipamento de proteção.

4.10. Falta Transitória ou Momentânea

É aquela cuja duração é limitada ao período necessário para restabelecer o serviço através da
operação automática do equipamento de proteção que desligou o circuito ou parte dele.

4.11. Defeito

É um termo muito utilizado na linguagem corrente aplicando-se, sem preocupação de rigor, a


tudo que apresenta uma alteração física prejudicial à segurança e/ou funcionamento de um
equipamento.

Assim podemos citar um isolador com saia lascada, uma conexão frouxa, um relé mal
calibrado, um instrumento de medição com erro sistemático apreciável.

Em geral, um defeito não impede o funcionamento do sistema ou equipamento.

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Exemplo: Um transformador com pequeno vazamento de óleo.

4.12. Falha

É o término da capacidade de desempenhar a função requerida. É um conceito associado à


locução verbal: deixar de cumprir a sua finalidade e, portanto, relacionado com aquilo que não
fez o que deveria ser feito.

Exemplo: um relé que não operou no instante devido ou que deixou de satisfazer uma condição
essencial.

4.13. Curto-Circuito

Ligação intencional ou acidental entre dois ou mais pontos de um circuito, através de


impedância normalmente desprezível.

4.14. Curto-Circuito Direto ou Curto-Circuito Franco

É a ligação entre dois ou mais pontos de um circuito através de uma impedância nula.

4.15. Curto-Circuito de Alta Impedância

Corrente de falta muito baixa de tal forma que a mesma não pode ser extinta pela proteção de
sobrecorrente. Este tipo de falta pode persistir indefinidamente, possivelmente causando perigo
de incêndio ou um risco para seres humanos e animais pelo contato com o circuito energizado.

4.16. Sobrecorrente

Intensidade de corrente superior à máxima permitida para um sistema, equipamento elétrico ou


para um componente.

4.17. Corrente de Curto-Circuito

Sobrecorrente que resulta da ocorrência de uma falta.

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4.18. Corrente Máxima de Carga

Máxima corrente de carga medida ou calculada para um determinado ponto.

4.19. Sobrecarga

Parte da carga existente que excede a plena carga.

4.20. Corrente Nominal Permanente

O valor normal de corrente de carga não deve exceder à corrente nominal permanente do
equipamento.

Previsões de crescimento de carga, manobras, são geralmente feitas quando previsto a


instalação do equipamento original.

4.21. Corrente de Desequilíbrio

Corrente residual que circula pelo neutro e a terra, devido ao desequilíbrio de corrente nas três
fases.

4.22. Correntes de "Inrush"

São correntes transitórias de energização de transformadores e bancos de capacitores.

4.23. Jusante

Pontos do circuito situados do lado da carga, considerando-se um determinado ponto de falta


como referência.

4.24. Montante

Pontos situados do lado da fonte, considerando-se um determinado ponto de falta como


referência.

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4.25. Dispositivo Protetor

Todo equipamento de proteção, automático ou não, localizado imediatamente antes do ponto de


curto-circuito, considerando o barramento da SE como origem.

4.26. Dispositivo Protegido ou de Retaguarda

É todo equipamento de proteção, automático ou não, localizado anteriormente ao dispositivo


protetor.

4.27. Religamento Automático

Operação que se segue a uma abertura dos equipamentos automáticos de proteção quando os
contatos são novamente fechados após um intervalo de tempo pré-determinado.

4.28. Intervalo de Religamento

É o tempo no qual o religador permaneceu com seus contatos abertos.

4.29. Sequência de Operação

É a sucessão de desligamentos e religamentos de um equipamento na tentativa de eliminar


faltas de natureza transitória, sem prejuízo de continuidade de serviço. Se a falta persistir a
interrupção do fornecimento deverá ser feita pelo equipamento mais próximo do ponto com
problemas.

4.30. Zona de Proteção

É o trecho da rede protegido por um dispositivo de proteção. As correntes mínimas de curto-


circuito no final da zona de proteção devem ser superiores às correntes mínimas de atuação dos
respectivos equipamentos protetores.

Os equipamentos de proteção são passíveis de falhas e/ou omissão de atuação, assim, ao se


definir a zona de proteção, é conveniente prever proteção de retaguarda, no mínimo, para o
primeiro equipamento instalado a jusante dele.

A finalidade e a característica dos religadores são de proteger o sistema e evitar a queima


desnecessária dos fusíveis, quando a ocorrência de defeitos transitórios. Portanto, é importante
que ao se definir a zona de proteção para um religador, é fundamental que esta cubra todo o

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sistema a jusante dele.

4.31. Coordenação

É o ato ou efeito de dispor dois ou mais equipamentos de proteção em série, sendo esta ordem
de forma a atuarem segundo uma sequencia de operação pré-estabelecida.

Regra Básica de Coordenação:

a) para faltas permanentes: O sistema de proteção deverá isolar o menos trecho possível do
sistema;

b) para faltas transitórias: O sistema de proteção deverá eliminar a falta, em qualquer parte
do sistema de distribuição, no menor tempo possível e proporcionar um esquema de
religamento assegurado a continuidade do fornecimento de energia.

4.32. Sensibilidade

Comumente a sensibilidade do equipamento de proteção está aliada a um fator de segurança


que varia em função do grau de confiabilidade dos dados necessários para os cálculos de curto-
circuito, bem como grau de confiabilidade do equipamento de proteção em estudo.

De forma geral podemos definir sensibilidade como a capacidade que um equipamento de


proteção tem de interromper o circuito em condições de curto-circuito de valores mínimos no
final do trecho considerado zona de proteção, e ao mesmo tempo de se manter fechado com a
circulação da máxima corrente de carga do circuito.

4.32.1. Sensibilidade da Unidade de Fase

Equação 1
= o valor da corrente de curto-circuito fase-fase.

= o valor da corrente de disparo de fase do religador.

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k = fator de crescimento.

% = taxa anual prevista para o crescimento.

n = número de anos para qual o estudo está previsto (normalmente n = 5).

4.32.2. Sensibilidade da Unidade de Terra

Equação 2

= o valor da corrente de curto-circuito fase-terra.

= o valor da corrente de disparo de terra do religador.

k = fator de crescimento.

% = taxa anual prevista para o crescimento.

n = número de anos para qual o estudo está previsto (normalmente n = 5).

4.33. Faixa ou Intervalo de Coordenação

É o intervalo de valores de corrente de curto-circuito que determina a região onde a


coordenação está assegurada.

4.34. Seletividade

É a capacidade do equipamento de proteção mais próximo da falta de antecipar sempre a sua


atuação em relação ao equipamento de retaguarda, independente da natureza da falta ser
transitória ou permanente.

A seletividade limita os efeitos de uma falta a uma grandeza mínima em tempo e espaço.

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4.35. Proteção Coordenada

Proteção projetada e ajustada, de tal forma que permite o restabelecimento automático para
faltas momentâneas e a seletividade para faltas sustentadas.

4.36. Proteção Seletiva

Proteção projetada e ajustada, de tal forma que, para qualquer tipo de falta, transitória ou
permanente, o dispositivo protetor atue antes do dispositivo protegido, isolando o trecho
defeituoso.

4.37. Característica Tempo x Corrente

Representa a resposta do equipamento de proteção para qualquer valor de ajuste, em função da


corrente de curto-circuito do sistema.

As características Tempo x Corrente, também chamadas curvas de tempo podem ser


apresentadas de três maneiras: Tempo x Corrente, Tempo x Múltiplo da Corrente de Ajuste e
Porcentagem da Corrente de Ajuste.

Em geral, as características dos equipamentos de proteção são apresentadas pelas formas


Tempo x Múltiplo ou Porcentagem da corrente de ajuste, porque permitem apresentar apenas
uma curva para qualquer valor de ajuste.

4.38. Coordenograma

É o gráfico que ilustra coordenação e/ou a seletividade dos equipamentos de proteção e poderá
ser obtido em forma computacional ou manual. É construído através do uso correto das
características Tempo x Corrente dos diversos equipamentos de proteção fornecidos pelos
respectivos fabricantes.

4.39. Corrente de Carga Fria

Corrente transitória devido à ligação de grandes consumidores.

4.40. Elo Fusível

Elemento fusível com cordoalha flexível utilizado em uma chave fusível para mantê-la na
posição fechada, quando em funcionamento, e provocar sua abertura automática após a fusão

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do elemento fusível.

4.41. Corrente Nominal do Fusível

É o valor de corrente que o fusível pode suportar continuamente sem deteriorar-se ou exceder
os limites de temperatura especificados, satisfazendo as características de tempo/corrente desta
Especificação.

4.42. Religador Automático

É um dispositivo interruptor automático, que abre e fecha seus contatos em um número


predeterminado de vezes na eventualidade de uma falta do circuito por ele protegido.

4.43. Seccionalizador Automático

É um equipamento utilizado para interrupção automática de circuitos, que abre seus contatos
quando o circuito é desenergizado por um equipamento de proteção situado à sua retaguarda e
equipado com dispositivo para religamento automático.

4.44. Chave Fusível Religadora

É um conjunto de três chaves fusíveis instaladas uma do lado da outra e interligadas mecânica e
eletricamente. A fonte é ligada na parte superior da chave e um barramento de cobre eletrolítico
interligam as bases.

4.45. Automação da Distribuição

São entendidos como um conjunto de instalação que, a partir de informações que expressam as
condições de operação do sistema de distribuição, atuam sobre a rede ou subestação,
usualmente via chaveamentos remotos.

4.46. Comandos Automáticos ou Realizados pelo Operador

O centro de monitoramento e decisão (COD ou COS), que recebe e analisa as informações


recebidas dos sensores de equipamentos especiais e a partir delas, toma decisões que resultam
em comandos automáticos ou realizados pelo operador (sinalizações) a equipamentos de
chaveamento, podendo ser:

a) o próprio operador locado em um centro de operações;

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b) operador que opera localmente os equipamentos;

c) processadores autônomos programados (Unidades de Aquisição e Controle);

d) acessório acoplado ao próprio equipamento de chaveamento (por exemplo: acionador de


seccionalizadores que opera a partir da contagem de operações seguidas de abertura e
fechamento da chave; acionador de religador e chave tripolar de manobra através de
sensores detectores de tensão com temporização de chaveamento).

5. PROCEDIMENTOS GERAIS

5.1. Filosofia da Proteção

É sabido que muitos circuitos de distribuição aérea, que não utilizam religamentos, onde
qualquer defeito de origem transitória pode causar transtornos para o pessoal responsável pela
operação do sistema, como também pode provocar interrupções de alguns minutos ou algumas
horas para diversos clientes.

Os defeitos que ocorrem num sistema de distribuição aérea se apresentam de diversas maneiras,
como por exemplo: contatos de galhos de árvores, descargas atmosféricas, vandalismos,
animais em contato com a rede elétrica, abalroamento, ruptura de cabos, objetos lançados em
equipamentos e na rede elétrica.

Estes defeitos acontecem independentemente do dia, hora, causando, muitas vezes transtornos
tanto para os clientes como também para os operadores do sistema de distribuição.

Esta variedade de defeitos pode ser classificada segundo sua origem, ou seja:

5.1.1. Tipos de Defeitos na Rede de Distribuição

5.1.1.1. Defeito de Origem Transitória

É aquele que auto se extingue ou se extinguem com a atuação da proteção sucedida de um


religamento com sucesso, não havendo assim a necessidade de reparos imediatos no
sistema. Estatísticas mostram que a grande maioria dos defeitos é de origem transitória.

As faltas de origem transitória representam em torno de 80% do total de faltas no sistema de


distribuição, sendo exemplo de faltas transitórias:

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a) contato momentâneo entre árvore e fase(s) devido a ventos, causando curto-circuito


para terra através da árvore. Apesar da impedância da árvore ser altíssima, em dias de
chuva diminui bastante, devido à umidade. A duração do curto seria enquanto durasse
o contato da árvore com a fase;

b) contato momentâneo entre 2 ou 3 fases causado por galhos de árvores, ou outros


objetos quaisquer, causando curto-circuito bifásico ou trifásico. O curto seria sanado,
tão logo os galhos ou objetos caíssem ao chão;

c) ventos que aproximando as fases fariam com que saltasse um arco entre as mesmas.
Este arco poderá ser interrompido sozinho quando as fases se afastarem, eliminando
assim o curto-circuito. Entretanto pode ocorrer que, mesmo após o afastamento das
fases, o ar permaneça ionizado, formando-se então um curto-circuito permanente. Se o
circuito não for logo desligado, a situação pode piorar, pois pode ser danificado
qualquer componente da linha. Este curto-circuito poderá ser eliminado, se houver na
linha um equipamento de proteção com religamento;

d) flash-over devido à sobretensão de origem atmosférica. Podem ser originadas


descargas disruptivas (flash-over) entre a fase e qualquer ponto que esteja ligado a
terra. Após a sobretensão atmosférica ter descarregado para terra no ponto onde se deu
o "flash-over", o ar estando ionizado, tenderá a manter um curto-circuito na linha.
Podemos considerar este curto-circuito como transitório, no sentido de que, se a rede
for desligada após um tempo suficiente para desionizar o ar, voltará a operar
novamente sem problemas.

5.1.1.2. Defeito de Origem Permanente

É aquele que provoca interrupções prolongadas e exige reparos imediatos para a


recomposição do sistema.

Portanto, os equipamentos de proteção devem ser dimensionados de tal forma que protejam
o sistema em condições de defeitos e, também, que promovam a continuidade e a qualidade
do fornecimento aos clientes em geral.

Antes de elaborar um estudo de proteção é necessário ter em mente qual filosofia é mais
adequada: sistema seletivo, sistema coordenado ou sistema combinado e para isso também é
necessário ter em mãos algumas informações sobre sistema a ser estudado a seguir.

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5.1.2. Tipos de Sistemas da Proteção da Rede de Distribuição

5.1.2.1. Sistema Seletivo

Esta filosofia tem como característica principal o tempo de espera para recomposição do
sistema que pode ser de alguns minutos, como até mesmo algumas horas, dependendo da
disponibilidade do pessoal de operação e manutenção.

Por outro lado, pode-se dizer que em caso de defeito no sistema, sofreram interrupção
prolongada somente àqueles clientes instalados à jusante do equipamento de proteção, mais
próximo do defeito, responsável para eliminar esse defeito. Os demais consumidores
instalados à montante deste equipamento de proteção não sofrerão interrupções.

Isto acontecerá para qualquer tipo de defeito, quer seja a origem transitória ou de origem
permanente.

Esta filosofia é típica dos sistemas de proteção nos circuitos alimentadores providos com
relés de sobrecorrente, ou com religadores com operação rápida (instantânea) bloqueada.

Características dos sistemas seletivos:

a) as interrupções em geral são de longa duração (alguns minutos ou horas);

b) os consumidores em geral reclamam da demora no atendimento;

c) indicam os trechos que necessitam de manutenção;

d) necessita de maior número de pessoas para operar o sistema, para que a qualidade do
atendimento não seja prejudicada;

e) maior custo operacional.

5.1.2.2. Sistema Coordenado

Esta filosofia de proteção consiste em promover a continuidade no fornecimento.

É baseada nas regras básicas de coordenação.

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No sistema coordenado observa-se que a grande maioria das reclamações é devido à


quantidade de desligamento de curta duração. Este tempo depende do tempo de religamento
que está ajustado o equipamento de proteção do respectivo circuito.

Portanto, para se adotar esta filosofia, é necessário que o sistema de proteção seja provido
de religadores automáticos, quer seja instalados em subestações nos circuitos alimentadores
e/ou em poste ao longo do circuito, ou com disjuntores e relés providos de sistema de
operações rápidas e religamentos.

Característica do sistema coordenado:

a) as interrupções em geral são de curta duração (alguns segundos);

b) os consumidores em geral reclamam do número de interrupções;

c) indicam os trechos que necessitam de manutenção;

d) necessita de menor número de pessoal para operar o sistema, mantendo a qualidade do


atendimento;

e) menor custo operacional.

5.1.2.3. Sistema Combinado

Esta filosofia consiste em aplicar a filosofia do sistema seletivo e a do sistema coordenado


no mesmo circuito de distribuição.

Para isso, é necessária a instalação de um ou mais religadores, em poste, ao longo do


circuito de distribuição em estudo.

Características do sistema combinado:

a) em parte do circuito as interrupções serão longa duração e outra parte será de curta
duração;

b) podem ocorrer reclamações do número de desligamento ou de demora do


atendimento;

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c) há necessidade de adequação de quadro de pessoal;

d) custo operacional equalizado com a qualidade exigida.

Assim, a característica principal desta filosofia é promover maior continuidade e qualidade


do fornecimento, principalmente aos clientes especiais.

5.2. Religadores Automáticos

O religador é um equipamento de proteção para sobrecorrentes utilizado em circuitos aéreos de


distribuição, que opera quando detecta correntes de curto-circuito, desligando e religando
automaticamente os circuitos em um número predeterminado de vezes. Quando um religador
sente uma condição de sobrecorrente, a circulação dessa corrente á interrompida pela abertura
de seus contatos. Os contatos são mantidos abertos durante determinado tempo, chamado tempo
de religamento, após o qual se fecham automaticamente para a reenergização da linha. Se, no
momento do fechamento dos contatos, a corrente persistir, a sequencia abertura/fechamento é
repetida até três vezes consecutivas e, após a quarta abertura, os contatos ficam abertos e
travados. O novo fechamento poderá ser de maneira manual ou remota.

5.2.1. Funcionalidades dos Religadores

Os religador com relé digital multifunção, possuem varias funções de proteção incorporadas
em um único relé. Estas funções estão elencadas abaixo:

a) sobrecorrente instantânea de fase, neutro, sensível a terra e sequência negativa – ANSI


50/50N/50SEF/50Q;

b) sobrecorrente instantânea de fase, neutro, sensível a terra e sequência negativa – ANSI


51/51N/51SEF/51Q;

c) sobrecorrente direcional de fase e neutro – ANSI 67/67N;

d) religamento ANSI 79;

e) sub e sobre tensão ANSI 27/59;

f) sub e sobre frequência ANSI 81U/O.

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5.2.2. Critérios de Alocação dos Equipamentos de Proteção

Os critérios a seguir discriminados têm o objetivo de orientar a escolha e localização dos


religadores automáticos para o estabelecimento das várias alternativas de esquemas de
proteção em cada circuito.

O critério básico está voltado ao conceito de zona de proteção, ou seja, todo equipamento de
proteção deve ser instalado num ponto tal onde exista uma proteção de retaguarda, isto vem
assegurar a sobreposição da proteção.

O religador automático quando empregado para proteção de sobrecorrente, em sistemas de


distribuição, deve ser instalado:

a) em subestações nos circuitos alimentadores onde se deseja coordenação ou seletividade


com os demais equipamentos de proteção instalados na rede;

b) em circuitos oriundos do mesmo disjuntor na subestação, deverão ser instalados


religadores, observadas as regras básicas de coordenação de proteção;

c) em pontos de circuitos longos, onde o curto-circuito mínimo não é suficiente para


sensibilizar o dispositivo de proteção de retaguarda. Entretanto, deve ser instalado
dentro da zona de proteção do equipamento a montante, para assegurar a sobreposição
das zonas;

d) em redes de distribuição onde se deseja suprir áreas sujeitas a falhas transitória, cuja
probabilidade elevada de interrupção tenha sido constatada através de dados estatísticos;

e) em redes de distribuição, após carga cuja continuidade de serviço seja desejada ou seja
crítica;

f) na metade do tronco do alimentador, para dividi-lo em dois e reduzir o número de


consumidores atingidos pelas faltas. Deve ser analisada estatística de falta no tronco do
alimentador;

g) em alimentadores que se bifurcam em dois circuitos, pelo menos, deve-se usar um


religador;

h) no início de ramais de certa importância que suprem áreas sujeitas à faltas transitórias,
cuja probabilidade elevada de interrupção tenha sido constatada através de dados
estatísticos;

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i) em ramais, cujo valor de corrente não permita o uso de chaves fusíveis, deve-se usar o
religador.

5.2.3. Critérios de Ajustes

Os estudos de coordenação dos dispositivos de proteção devem ser feita, preferencialmente no


sentido Carga-Subestação.

5.2.3.1. Disparo de Fase do Religador

A corrente mínima de disparo por fase do religador deve ser menor que a corrente de Curto-
circuito fase-fase dentro da sua zona de proteção, incluindo sempre que possível os trechos a
serem adicionados quando em condição de manobras consideradas usuais.

Quando o religador for instalado ao longo da rede, a corrente nominal de ajuste por fase
deverá ser maior ou igual à máxima corrente de carga medida ou convenientemente avaliada
multiplicada pelo fator de crescimento de carga. Também devem ser levadas em conta as
manobras usuais feitas no sistema.

Os religadores com controle microprocessado, a corrente de disparo é igual a corrente de


ajuste.

Equação 3

Onde:

Fs = fator de segurança (no mínimo 1,5).

Iaj = Corrente de ajuste de proteção de fase do religador.

Observação: Recomenda-se não utilizar valores menores que 1,1 para K. No caso de
circuitos onde não se tenha valores de crescimento de carga perfeitamente avaliado não usar
K maior que 1,5.

Se possível, o disparo de fase do religador deve ser ajustado no mínimo valor. Desta forma a
operação do religador será mais sensível para as correntes de falha do circuito, reduzindo a

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probabilidade de danos a componente do circuito e, também, estendendo a zona de proteção.

Nota: Nos religadores com controle microprocessado a corrente de disparo é definida


através de programação via teclado do relé ou software de parametrização do equipamento.

5.2.3.2. Disparo de Terra do Religador

Quando o sistema for ligado em estrela aterrado, ou delta aterrado, através de


transformadores de aterramento e possui cargas ligadas entre fase e terra (ou neutro), a
corrente de disparo de terra, deverá ser menor que a corrente de curto-circuito fase-terra
mínima, dentro da zona de proteção do religador. Quando este sistema não possui cargas
ligadas entre fase e terra (ou neutro), a corrente de disparo de neutro deverá ser no mínimo
10% da corrente de carga máxima do circuito, devido a erros admissíveis nos TCs.

Nos religadores com controles eletrônicos ou microprocessados, a corrente de disparo é


igual a corrente de ajuste.

Equação 4

Onde:

Fs = fator de segurança.

(0,1 a 0,3) = faixa admissível da corrente de desequilíbrio do circuito, (10 a 30%).

Observação:

Recomenda-se sempre utilizar o menor valor possível de disparo de terra. Normalmente o


disparo de terra deverá situar-se de 10 a 30% da máxima corrente de carga, devido aos
desequilíbrios admissíveis. Conhecendo-se a máxima corrente de desequilíbrio do
alimentador o disparo de neutro deverá ser o menor possível devido a correntes de curtos-
circuitos de alta impedância, observando-se o subinciso acima.

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5.2.3.3. Sensibilidade do Religador

O religador deve ser sensível, sempre que possível, ao menor curto-circuito fase-fase e fase-
terra no final da rede de distribuição. Geralmente, devido à carga do circuito, nem sempre é
possível sensibilizar o religador para as faltas fase-fase no final do trecho. Nestas condições,
o religador deverá, no mínimo, oferecer proteção de retaguarda para o primeiro elo fusível
instalado em série no sentido da carga. Caso não seja ainda possível, recomendamos instalar
chaves fusíveis para diminuir o trecho a ser protegido. Em virtude do curto-circuito fase-
terra ser mais frequente, e o valor fase-terra mínimo ser o mais provável de ocorrer, o
religador deverá ser ajustado sempre para ser sensível a este valor.

5.2.3.4. Curvas de Temporização de Fase e Neutro

As curvas de temporização de fase e neutro deverão ser escolhidas de modo a atender a


coordenação com os demais equipamentos de proteção a montante e a jusante, bem como
proteger os cabos de energia do alimentador.

5.2.3.5. Multiplicador de Tempo

É o valor requerido para alterar a característica da curva de Tempo x corrente. Faz com que
seja multiplicado um fator a todos os pontos da curva, deixando-a mais ou menos inverso.

5.2.3.6. Adicional de Tempo

É o valor requerido para alterar a característica da curva de Tempo x corrente. Faz com que
seja adicionado a todos os pontos da curva um tempo adicional.

5.2.3.7. Característica Tempo x Corrente de Fase

Este define o tempo de atuação do religador em função da intensidade da corrente de curto-


circuito (quer seja fase-fase ou fase-terra) e da corrente de disparo de fase.

São definidas em função dos critérios de coordenação e seletividade, através dos


coordenogramas e dos estudos de coordenação com os demais equipamentos de proteção.

É requerida atenção especial ao se definir as características instantâneas para que esta não
seja tão sensível a corrente de carga fria ou corrente de energização do circuito,
principalmente quando o religador não tem uma função especial de ajuste contra carga fria.

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5.2.3.8. Sequência de Operação dos Religadores ou Ciclo de Religamento

A sequencia de operação dos religadores deverá ser ajustada de acordo com as necessidades
do circuito. As operações rápidas deverão eliminar os curtos-circuitos fugitivos ou
transitórios, sem que haja a queima do elo fusível protetor. As operações temporizadas
permitirão a fusão do elo fusível quando ocorrer um curto-circuito permanente no trecho
protegido.

5.2.3.9. Número de Operações para Bloqueio

É a característica que evita um subsequente religamento, depois de ter ocorrido o número de


operação do religador pré-estabelecido.

O número máximo do disparo para bloqueio na maioria dos religadores é quatro. O número
de operação para bloqueio depende das características do cliente e da coordenação com os
demais equipamentos de proteção.

A seleção de quatro operações para bloqueio, considerando devidamente operações


instantâneas e temporizadas, oferece excelente coordenação com outros equipamentos
instalados em série. No entanto, pode dificultar a coordenação com relés eletromecânicos de
sobrecorrente instalados na retaguarda.

5.2.3.10. Número de Operações Instantânea/Temporizada

A operação instantânea elimina a grande maioria das falhas transitórias, proporcionando


assim coordenação com os fusíveis instalados à jusante, evitando a queima desnecessária
dos fusíveis, garantindo a continuidade do serviço no trecho inicialmente com falha.

A operação temporizada garante a coordenação com equipamentos instalados em série,


fazendo com que as falhas permanentes sejam eliminadas pelo equipamento de proteção
mais próximo da falha, quando esta existir.

O número de operação instantânea e temporizada depende basicamente da:

a) filosofia de proteção desejada para o sistema;

b) coordenação com os demais equipamentos de proteção.

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5.2.3.11. Intervalo de Religamento

É o tempo compreendido entre uma operação de abertura e a subsequente operação de


fechamento do religador.

Os tempos de intervalo de religamento também chamados de Tempo de Religamento


deverão ser definidos em função da coordenação com as demais proteções instaladas a
montante e a jusante além da consideração da característica do consumidor.

Os sistemas sem esquema de religamento estão sujeitos a interrupções da ordem de minutos


ou horas. A utilização de religadores automáticos ou esquemas de religamento eficiente
representa uma sensível melhora na continuidade do religamento, no entanto,
inevitavelmente, introduz perturbações de fração de minuto que são iguais a estes tempo de
religamento.

Observações:

a) cliente residencial e comercial: geralmente os tempos de religamento não são


inconvenientemente graves para este tipo de cliente porque o benefício de ter o
religamento imediato é muito maior;

b) cliente industrial e geração distribuída: o efeito do tempo de religamento está


relacionado com a operação dos motores ou geradores síncronos e motores de
indução. Em geral o tempo de religamento de 5s é satisfatório para permitir que os
motores e geradores sejam desligados;

c) iluminação pública: esta carga requer especial atenção, principalmente em vias de


tráfego pesado. É conveniente adequação em função do tipo do sistema de iluminação
utilizado. Mais que 10s é considerado muito perigoso e intervalos entre 1s e 2s são
considerados satisfatórios.

5.2.3.12. Cargas que Não Admitem Religamentos

Quando houver cargas que não admitem religamentos, tais como fábricas têxteis, plástico,
etc., poderão ser utilizadas somente as curvas lentas sem religamentos deixando sistema
seletivo neste trecho.

5.2.3.13. Tempo de Rearme de Sequência de Operação

É o tempo requerido para que o religador retorne a sua sequencia inicial de operação depois

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que o houve a extinção do defeito.

Quando ajustável, é recomendável conhecer a filosofia de construção do religador no que se


refere ao início da contagem da unidade de rearme.

Esse Tempo também é chamado de Tempo de Reset.

5.2.3.14. Tempo de Rearme da Função

É o tempo requerido para que a função temporizada ou tempo definido seja rearmada após a
extinção do defeito.

5.2.3.15. Função 25CS

É a função que verifica a condição de Barra Viva e Linha Morta. Quando está função está
ativa, o religador só pode ser fechado ou religado quando houver tensão nas 3 fases do lado
fonte e não houver tensão nas 3 fases do lado carga do religador. Em qualquer outra
condição está função bloqueia o fechamento ou religamento.

Quando existir geração distribuída à jusante do religador está função deve ser ativada.

5.2.4. Critérios de Coordenação entre Equipamentos de Proteção

5.2.4.1. Religador x Fusível (Lado Carga)

Quando um elo fusível á aplicado corretamente, coordenado com o religador, ele não deve
ser queimado ou mesmo danificado por faltas temporárias. O religador deve abrir o circuito
nas operações rápidas uma, duas ou três vezes, dependendo do seu ajuste, sem danificação
do elo fusível.

Em faltas permanentes, o elo fusível do lado da fonte da falta deve queimar após as
operações rápidas do religador. A falta será isolada pelo fusível e o religador rearmará
automaticamente, restabelecendo o serviço em todo o circuito, exceto a jusante do fusível
queimado, figura 1.

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Figura 1

O religador nunca deve abrir em definitivo para faltas permanentes além do fusível, se o
fusível estiver adequadamente coordenado com o religador.

Considerando os critérios para ajuste do religador, e os requisitos para a escolha do elo


fusível dados no subinciso 5.2.4.2., as seguintes recomendações deverão ser observadas na
coordenação religador/elo fusível:

a) sempre que possível o religador deve enxergar os curtos-circuitos fase-fase e fase-


terra mínimo calculado no fim do ramal primário de proteção do elo fusível;

Figura 2

b) para todos os valores de corrente de curto, no trecho protegido pelo elo fusível, o
tempo mínimo do elo deve ser maior que o tempo de abertura do religador na curva
rápida. Esta regra define o ponto de máxima corrente de defeito que garante a
coordenação do ponto de interseção da curva do tempo mínimo de fusão com a curva
rápida do religador;

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c) para todos os valores de corrente de curto, no trecho protegido pelo elo fusível o
tempo total de interrupção do elo deve ser menor que o tempo mínimo de abertura do
religador na curva temporizada (lenta). Esta regra define o ponto de mínima corrente
de defeito que garante a coordenação: ponto de interrupção da curva de tempo total
com a curva temporizada do religador.

Para valores de corrente de falta maiores que a corrente máxima de coordenação, definida
na alínea b, não há coordenação, mas fica assegurada a seletividade.

Para valores de corrente de falta menores que aquela mínima da coordenação, definida na
alínea c, não existe coordenação e o religador atua primeiro. Neste caso, o fusível poderá
estar danificado, uma vez que pode haver sua fusão parcial.

Caso a curva de tempo total de interrupção do elo fusível não corte a curva temporizada do
religador, e caso esta última tenha tempo de atuação maior que a primeira, então o ponto
mínimo da faixa é a corrente de atuação do religador, que é uma coordenação aconselhável,
pois pelo menos a seletividade é garantida.

Como os religadores existentes na CELESC possuem dispositivo de proteção de faltas para


a terra e os curtos fase-terra (mínimo) são os mais prováveis de ocorrer, deve-se fazer a
coordenação para os menores valores de corrente de curto-circuito fase-terra-mínimo,
garantindo dessa maneira a seletividade para curtos maiores.

Para qualquer valor de curto entre fases, no trecho protegido pelo elo fusível, o tempo de
fusão deste deve ser maior que o tempo de abertura do religador na curva rápida,
multiplicada por um fator k, característica do religador. O fator de multiplicação k previne
danos ou fadiga do elo fusível, varia com o número de operações rápidas e com os tempos
de intervalos de religadores entre as operações rápidas. É aplicada somente a curva rápida
do religador.

Tabela 1

Para se obter uma coordenação entre o religador e fusíveis, recomenda-se instalar no

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máximo 3 (três) elos fusíveis ao longo do circuito de distribuição, em série com o religador.

Em alguns casos é possível se obter a seletividade utilizando mais de 3 (três) elos fusíveis
ao longo do circuito em série com o religador.

Casos específicos, onde não é possível garantir a seletividade entre os fusíveis, uma
alternativa para garantir a continuidade é a utilização de chave fusível religadora na
proteção a montante.

5.2.4.2. Religador x Religador

A coordenação entre dois ou mais religadores instalados em série, tem como objetivo limitar
as interrupções no menor trecho possível da linha.

No caso de coordenação de religadores com controle eletrônico ou digital, deve-se observar


o seguinte:

a) escolher os intervalos de religamento de modo que o religador de retaguarda esteja


fechado ou programado para fechar no instante do fechamento do religador protetor;

b) escolher os intervalos de rearme de modo que cada religador possa cumprir a sua
sequencia predeterminada de operações, para todas as condições de falta;

c) corrente mínima de disparo do religador de retaguarda deve ser, de preferência, igual


ou maior que a do religador protetor, de modo que este opere antes do religador de
retaguarda;

d) os intervalos de rearme devem ser coordenados com a sequência de cada religador,


para impedir rearme durante a sequência de operações com corrente próxima da de
disparo mínimo. O valor teórico para o tempo de rearme pode ser calculado da
seguinte maneira:

- tempo de reposição = (1,1 x tempo total de todas as operações de abertura para a


corrente de disparo mínimo) + 1,15 x (total de intervalos de religamento);

- no caso onde só existam religadores eletrônico ou digital este tempo deve ser o zero
ou o mais próximo deste valor.

e) o intervalo de rearme do religador de retaguarda deve ser igual ou maior que o tempo

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de rearme do religador protetor;

f) como o tempo de abertura para as curvas de terra é geralmente maior do que para as
de fase aquelas são normalmente usadas para calcular o tempo de rearme teórico,
quando o religador é equipado com acessório de disparo para defeitos de terra.

Observação: Em qualquer das recomendações anteriores, o limite de coordenação é


determinado analisando as curvas de Tempo x Corrente dos religadores em questão, de tal
modo que a separação entre eles seja, no mínimo, igual a 0,2 segundos para qualquer valor
de corrente de curto-circuito comuns aos religadores.

Equação 5

5.2.4.3. Religador x Seccionalizador

Os seguintes princípios básicos devem ser observados, quando se aplicarem


seccionalizadores:

a) a corrente mínima de curto-circuito na zona de atuação deve exceder à corrente


mínima de acionamento do seccionalizador;

b) a proteção de retaguarda deve ser capaz de sentir a corrente mínima de falta na zona
de atuação do seccionalizador;

c) a corrente mínima de disparo de fase do seccionalizador deve ser 80% da corrente de


disparo do religador;

d) o valor da corrente mínima poderá ser inferior a 80% se for necessário coordenar o
disparo de fase do seccionalizador com o de terra do religador, isso ocorrerá quando o
religador tiver disparo de terra e o seccionalizador não estiver equipado com
dispositivo sensor de correntes de terra, e também se não houver disponibilidade de
bobina-série para o seccionalizador com corrente nominal igual à especificada para o
religador;

e) para unidades controladas eletronicamente o valor da corrente mínima de acionamento


é ajustado no equipamento. No caso de unidades com controle hidráulico, esse valor
corresponde a um múltiplo, indicado pelo fabricante, do valor nominal da bobina-
série;

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f) em virtude do seccionalizador não possuir características do tipo tempo x corrente, a


coordenação desse equipamento não requer estudo de curvas;

g) para uma determinada temperatura (ambiente + elevação) o TAT não pode exceder o
valor indicado pela curva do seccionalizador (TAT - tempo acumulado total do
dispositivo de retaguarda);

h) o tempo total acumulado do equipamento de retaguarda, exceto para a 1ª abertura,


deve ser menor que o tempo de memória do seccionalizador;

i) os seccionalizadores trifásicos são limitados para coordenar com equipamentos de


retaguarda que abrem simultaneamente as três fases. A abertura não simultânea do
equipamento de retaguarda pode ocasionar a interrupção de uma corrente de falta pelo
seccionalizador, o que não é uma operação adequada para o equipamento;

j) o número de contagem do seccionalizador deve ser, pelo menos, um a menos que o


número de operações para abertura definitiva do dispositivo protegido;

k) no caso de utilização de seccionalizador adicional em série, o equipamento protetor


deverá ser ajustado para uma contagem a menos que o protegido;

l) no caso de utilização de seccionalizadores em paralelo, comandados pelo mesmo


dispositivo de retaguarda, todos deverão ser ajustados para um mesmo número de
contagem;

m) ao contrário dos seccionalizadores hidráulicos, os seccionalizadores eletrônicos


podem ter tempo de memória ajustados em 30, 45, 60 e 90 segundos.

O seccionalizador GN3-E da Mac Graw Edison, utilizado na CELESC está ajustado em 60


segundos.

Tabela 2

O tempo acumulado das operações de falta do religador, exceto a primeira operação, não
pode exceder 70% do TAT (seccionalizadores hidráulicos), ou seja: F2 + F3 < 70% do TAT
(seccionalizador ajustado para três operações).

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As correntes momentâneas e de curta duração do seccionalizador não devem ser excedidas.

Figura 3

Exemplo:

Temperatura ambiente máxima.........................30°C

Bobina do seccionalizador...........................100 A

Corrente normal de carga............................50 A

Religador de retaguarda 1 rápida, 3 retardadas, seccionalizador ajustado para 3 contagens de


travamento (abertura).

Temperatura máxima do óleo = 30 + 7 = 37°C

Figura 4

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Da figura 6, o TAT permitido a 37°C é 28 segundos, para encontrar ou satisfazer a


exigência de coordenação n° 1, o tempo para a máxima corrente de falta individual para
TAT de 28 segundos é 70/100 x 28/2 = 9,8 segundos, em torno de 20 segundos.

Portanto, nem F2 ou F3 pode exceder 10 segundos. Para satisfazer a exigência de


coordenação n° 2 o TAT não deve exceder 28 segundos. Com F2 e F3 com um tempo em 10
segundos, o limite máximo pode ser determinado para R1 e R2.

TAT = (A1 + F2) + (A2 + F3)

A1 + A2 = 28 - (10 + 10) = 8 seg.

Portanto, a soma dos dois religamentos (R1+R2) pode ser qualquer tempo, mas que não
exceda 8 segundos. Logo, 2 segundos para cada um, ou 2 segundos e 5 segundos, etc.

Exemplo:

A mesma do número 1, exceto que o seccionalizador está ajustado para duas contagens de
abertura.

O TAT permitido é normalmente 28 segundos.

F2 é o único tempo de corrente de falta envolvido que é tirado das curvas tempo x corrente.

Portanto, o máximo de F2 será 0,70 x 28 = 19,6, ou vamos dizer 20 segundos com F2 = 20


seg. A1 máximo = 28 - 20 = 8 segundos ou menos.

A comparação de sequencia da retaguarda não tem relação, visto que o seccionalizador


abrirá depois do F2.

5.2.4.4. Religador x Chave Fusível Religadora

Quando utilizar um religador a montante de chave fusível religadora, não é recomendado


utilizar duas curvas rápidas no religador. Utilizar em sistema seletivo.

Desta forma coordenação será idêntica a coordenação Religador x Fusível, somente com
curvas lentas.

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5.2.5. Critérios de Automação do Sistema de Distribuição

A estrutura hierárquica para os estudos de proteção e automação da rede de distribuição de


energia elétrica seguem da seguinte maneira:

a) proteger;

b) controlar;

c) automatizar;

d) otimizar.

A automação tem como maior objetivo, isolar trechos defeituosos e aquelas pré-programadas
para recomposição do sistema que agem diretamente nos índices de desempenho das
Empresas. O consumidor de energia vai passar a perceber que o tempo de restabelecimento da
energia passará a ficar muito menor depois da adoção de um sistema de automação na sua
região. Outros benefícios indiretos seriam a possibilidade de detecção de condutores
rompidos, verificação da anormalidade da rede e o controle das sobrecargas na rede de
distribuição.

Para Identificar os pontos e estabelecer as diretrizes para o melhor aproveitamento dos


recursos, como por exemplo, a alocação dos equipamentos de chaveamento de forma a
garantir o restabelecimento de grandes blocos de carga ou consumidores críticos, escolher
pontos de transferência de carga onde há maior capacidade de transferência etc.

5.2.5.1. Recursos de Automação

Serão apresentados abaixo alguns recursos de automação:

a) seccionamento de tronco;

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Figura 5

Comumente nas redes de distribuição, o tronco de um alimentador possui apenas


dispositivos de seccionamento sem qualquer função de proteção, sendo essa garantida pelo
próprio disjuntor da subestação. Isto acarreta em uma perda de confiabilidade uma vez que
todo alimentador deve ser desligado em caso de falta em qualquer ponto do tronco.

A alternativa apresenta na figura 5 consiste na instalação de um religador automático no


tronco do alimentador de maneira a propiciar o seccionamento automático do tronco para
defeitos à jusante do religador. Desta forma, o sistema permite o restabelecimento
automático da carga à montante do religador para ocorrências à sua jusante. É necessária a
realização de um ajuste das proteções de maneira a garantir a seletividade e a coordenação
entre o relé e/ou religador da subestação e o religador da RD, bem como deste com fusíveis
a sua jusante.

b) Seccionamento de tronco com socorro automático;

Figura 6

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A alternativa anterior privilegiou os blocos de carga a montante do religador, uma vez que
não há socorro dos blocos a jusante quando o defeito se dá a montante do mesmo. Porém,
nesta alternativa apresentada na figura 6 é incorporado este socorro, de forma automática, de
maneira a garantir a continuidade no fornecimento também dos blocos a jusante em caso de
defeitos a montante do equipamento.

Esse restabelecimento automático das cargas a jusante do religador se dá através de


comandos automáticos (religador “NA”) com alimentador vizinho da mesma subestação ou
de subestação vizinha, enquanto que os blocos a montante não sofrerão influência dos
defeitos a jusante devido ao dispositivo de proteção, conforme a alternativa anterior.

Nesta alternativa há uma lógica de operação e manobra da rede que pode ou não ser
realizada através de rede de comunicação.

c) seccionamento de tronco de dois alimentadores manobras automáticas;

Figura 7

Esta alternativa é semelhante à anterior, porém envolve o seccionamento de tronco de dois


circuitos, devendo o religador “NA” ser bidirecional sendo ajustado de tal forma que
consiga garantir suas funções de proteção independente da topologia de rede.

Portanto, a implementação deste sistema permite o restabelecimento automático de metade


da carga de cada alimentador para defeitos em qualquer local, através de comandos remotos
e/ou automáticos entre eles (podendo ser ambos da mesma SE ou de SEs diferentes).

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As considerações feitas para a alternativa anterior sobre as pequenas interrupções sofridas


pelos blocos de carga a jusante dos religadores “NF” se aplicam também para esta
alternativa.

d) duplo seccionamento de tronco com socorro automático;

Figura 8

Esta alternativa consiste na aplicação de dois religadores automáticos “NF” ao longo do


alimentador sendo que o último bloco possui reconfiguração automática com o alimentador
vizinho (podendo ser da mesma subestação ou de subestação distinta).

Em caso de defeito em qualquer ponto do alimentador, os religadores “NF” isolam o trecho


defeituoso. Caso esse trecho seja o primeiro, os dois blocos seguintes tem seu fornecimento
restabelecido através da reconfiguração automática após a abertura do primeiro religador
“NF”. Se o defeito ocorrer no segundo bloco, os religadores “NF” isolam o trecho
automaticamente de maneira que o primeiro bloco permanece sendo alimentado por sua
subestação de origem e o terceiro é restabelecido através da reconfiguração automática por
outra subestação e/ou alimentador.

Para defeitos no terceiro bloco o segundo religador “NF” atua de acordo com suas curvas de
proteção isolando o trecho.

Desta forma, a alternativa permite o restabelecimento automático de parte substancial da


carga (2/3 se carga e os chaveamentos forem uniformemente distribuídos) do alimentador
para defeitos em qualquer lugar.

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e) transferência automática de alimentadores entre subestações.

Figura 9

Nesta alternativa não há seccionamento do tronco do alimentador, mas sim a transferência


automática de sua carga para outra subestação em caso de defeito da fonte supridora (AL ou
SE).

Por estarem no interior das subestações, os religadores podem ser comandados


remotamente, assim como estarem sujeitos a diagramas esquemáticos que possam bloquear
certas ações operativas de acordo com as condições da rede.

Resumo das características das alternativas de recursos de automação apresentadas:

Recurso Funcionalidade Equipamento


Figura 5 Restabelecimento do bloco 1 para falta no bloco 2 1 Religador NF
1 Religador NF
Figura 6 Restabelecimento de 50% da carga de um alimentador
1 Religador NA
2 Religadores
Restabelecimento de 50% da carga dos dois
Figura 7 NF
alimentadores
1 Religador NA
2 Religadores
Figura 8 Restabelecimento de 66% da carga de um alimentador NF
1 Religador NA
Restabelecimento de 100% da carga do alimentador 1 Religador NF
Figura 9
para defeito na fonte 1 Religador NA
Tabela 3

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5.2.6. Definição da Quantidade de Religamentos, Tempo do Religamento e Curva de Atuação

Como foi visto nos incisos anteriores, existem uma grande quantidade de variáveis que devem
ser levadas em consideração para a parametrização do religador automático instalado nas
redes de distribuição.

A fim de padronizar a forma como os religadores devem ser parametrização, levando em


consideração a aplicação e alocação, foram definidos os ajustes de:

a) sequência de operação;

b) numero de operações rápidas e lentas;

c) intervalo de religamento.

Quant.
Aplicação Operações Intervalo
Religamento
SE 2 3 Curvas Lentas 3/3s
2 Curva Rápida e 1 Curva
Rural 2 3/4s
Lenta
1 Curva Rápida e 2 Curva
Urbano Residencial 2 3/3s
Lenta
Urbano Comercial
2 3 Curvas Lentas 3/3s
e Industrial
Rede com Geração
2 3 Curvas Lentas 5/3s
Distribuída
Automação com
link de 2 3 Curvas Lentas 3/3s
Comunicação
Automação sem
2 Curvas Lentas e 1 Curva
link de 2 3/3s
Rápida
Comunicação
Tabela 4
Parametrização diferente da citada acima devera sem aprovadas previamente pela Divisão de
Estudos da Operação de Potência – DVEO do Departamento de Operação do Sistema Elétrico
- DPOP.

O tempo total dos intervalos de religamento não pode ser superior a 8s.

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6. DISPOSIÇÕES FINAIS

Recomendações do Grupo de Trabalho de Estudos da Distribuição de Energia Elétrica, bem como


normalizar os critérios até então adotados na CELESC, quanto à proteção contra sobrecorrente e
automação do sistema de distribuição. As recomendações visam obter a máxima segurança tanto
para terceiros, no caso de faltas a terra, como também para materiais e equipamentos, nos casos
de faltas entre fases e também a otimização e eficiência da operação da rede de distribuição.

7. ANEXOS

Não há.

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DVCI RES. DDI Nº 070/2015 - 19/08/2015 DVEO DPOP

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