1) Os jogos nas aulas de matemática podem contribuir para o desenvolvimento cognitivo dos alunos ao exigir habilidades como raciocínio lógico, tomada de decisões e cooperação.
2) É importante planejar o uso de jogos na aula para garantir que eles sejam desafiadores e apropriados para a série, e analisar como podem ser usados para explorar conceitos matemáticos.
3) Os jogos promovem a participação dos alunos, o respeito mútuo e o pensamento cr
1) Os jogos nas aulas de matemática podem contribuir para o desenvolvimento cognitivo dos alunos ao exigir habilidades como raciocínio lógico, tomada de decisões e cooperação.
2) É importante planejar o uso de jogos na aula para garantir que eles sejam desafiadores e apropriados para a série, e analisar como podem ser usados para explorar conceitos matemáticos.
3) Os jogos promovem a participação dos alunos, o respeito mútuo e o pensamento cr
1) Os jogos nas aulas de matemática podem contribuir para o desenvolvimento cognitivo dos alunos ao exigir habilidades como raciocínio lógico, tomada de decisões e cooperação.
2) É importante planejar o uso de jogos na aula para garantir que eles sejam desafiadores e apropriados para a série, e analisar como podem ser usados para explorar conceitos matemáticos.
3) Os jogos promovem a participação dos alunos, o respeito mútuo e o pensamento cr
DISCIPLINA: METODOLOGIA DA MATEMÁTICA DISCENTES: Aislla Maria, Ana Célia, Denise Viana, Fernanda Rocha, Gerciane Lima, Laiane Modesto
Os jogos nas aulas de matemática
Neste texto, apresentaremos uma síntese das ideias destacadas pelas autoras Kátia Cristina Stocco Smolensk, Maria Ignez de Sousa Vieira Diniz e Patrícia Terezinha Cândido no capítulo “Os jogos nas aulas de Matemática” presente na “Série Cadernos do Mathema- Ensino Fundamental”. Tendo como intuito direcionar na disciplina de Metodologia da Matemática, as discussões acerca da temática com base nas proposições das autoras mencionadas. A utilização dos jogos no ambiente escolar é uma prática relevante para o processo de ensino-aprendizagem, implicando uma alteração no modelo de ensino e aprendizagem ainda vigente. Especificamente no ensino da matemática, a aplicação dos jogos contribui para o desenvolvimento cognitivo por exigir habilidades como observação, elaboração de estratégias, argumentação, tomadas de decisões, organização, dentre outros aspectos relacionados ao raciocínio lógico. É importante compreendermos que o jogo além de lúdico, pode possuir caráter educativo. O lúdico faz com que o jogo seja interessante e desperte nos alunos a vontade de participar e o caráter educativo traz possibilidades de novas aprendizagens e conhecimentos. Assim sendo, é preciso planejar o uso do jogo e analisar se ele é adequado para determinada série, tendo em vista que precisa ser desafiador. Dessa forma, faz-se necessário que o aluno compreenda as regras e jogue mais de uma vez. Para que o jogo não se torne repetitivo e desestimulante, ele pode ser utilizado na aula durante aproximadamente quatro a cinco semanas. Caso alguns alunos tenham interesse em continuar com o mesmo jogo, ele pode ficar disponível na sala. Outro aspecto importante nos jogos é a possibilidade de socialização e interação social. Nesse sentido, observamos que os jogos promovem a participação, cooperação, respeito mútuo e o senso crítico sobre as próprias ideias e as ideias dos outros. A palavra jogo assume na escola variados sentidos, por isso caracterizá-lo não é algo fácil. Segundo Smole, Diniz e Cândido (2008) são definidas pelas autoras Kamii (1991) e Krulik (1993) algumas características necessárias aos jogos que são: o jogo deve ser para dois ou mais jogadores, deverá ter um objetivo a ser alcançado pelos participantes, deverá permitir que os alunos assumam papéis interdependentes, opostos e cooperativos e as regras devem ser preestabelecidas e não podem ser modificadas ao longo de uma jogada. A utilização dos jogos numa perspectiva metodológica de resolução de problemas baseia-se na proposição e enfrentamento da situação problema (situações que não possuem solução evidente e que é necessária a combinação de conhecimentos para decidir a melhor forma de usá-los em busca da solução). Uma das principais características dessa perspectiva metodológica é a problematização, ou seja, fazer com que o aluno pense sobre o que ele pensou ou o que ele fez para resolver determinada situação problema (metacognição). Para as autoras, ao explorar os jogos nas aulas de matemática, necessitamos fazer a escolha do jogo. Essa escolha é feita em função da compreensão de um assunto específico, ou seja, se o mesmo desenvolve e possibilita explorar o conceito estudado. Assim é necessário que o educador se aproprie do jogo, jogando. Através disso, é possível desenvolver raciocínio e cooperação nas aulas. É fundamental rever sua proposta, pois, se for muito simples, não possibilita problematização, ou se é muito difícil, os alunos desistem. Despertar a necessidade destes de querer saber mais e arriscar-se através do jogo, é possível. Desse modo, trabalhar com os jogos em salas de aula requer um cuidado maior na didática da aula e na sua sequência, pois se não houver esse planejamento criterioso, corre-se o risco de haver mais o brincar pelo brincar e não a aprendizagem ao longo da exploração do jogo, que se está proposto. Então ao pensar em atividades com jogos em sala de aula, precisamos levar em consideração o que desperta a curiosidade, vontade de jogar e aprender, ou seja, precisamos levar em conta as vivências extraescolares. As possibilidades de se aprender as regras para jogar em sala de aula podem se dá de formas variadas, como por meio de Datashow, retroprojetor, cartaz, através da observação, através do professor simulando, com o colega de classe. Outra possibilidade é se tratando de alunos leitores, pode-se distribuir cópias com as regras e fazer a leitura individual e também coletiva, para alunos pouco ambientados com a ação de ler. A organização da classe e do jogo está diretamente ligada ao que o professor espera da aprendizagem do aluno. A organização para o jogar pode ser livre escolha dos alunos que se organizam para jogar com quem desejarem, como também pode ser uma decisão do professor. Para uma melhor fluidez da atividade é primordial levar em consideração: alunos com mais facilidade em jogar ficam com outros que precisam avançar, no que se refere ao barulho, devemos lembrar que ele é inerente ao ato de jogar. Passado o período de planejamento e apresentação do jogo aos alunos, é de suma importância pensar no tempo que a atividade terá, levando em conta o tempo de aprendizagem e duração da aula. O tempo de aprendizagem do jogo provavelmente não será compreendido em sua totalidade em uma vez, consequentemente, é importante planejar mais de uma aula para a atividade, pois o tempo de aprendizagem requer repetições, reflexões, discussões, aprofundamentos e registros. Durante os momentos que os alunos interagem e jogam, será possível observar quem já compreendeu ou não todas as regras do jogo. Para mediar essa aprendizagem, podem ser propostas conversas coletivas sobre o jogo, para assim avaliar como os alunos estão se relacionando e como estão entendendo as jogadas e a partir disso, ver o que pode ser realizado para sanar dificuldades. Outra estratégia de mediação da aprendizagem durante o jogo é pedir aos alunos para desenhar ou escrever narrativas, cartas, bilhetes, lista de dicas, para assim, manifestar as suas sensações, experiências, dúvidas e aprendizados obtidos ao jogar. Esses registros realizados através do desenho ou escrita podem ser utilizados como instrumentos de avaliação, que proporcionam maior liberdade na maneira dos alunos se expressarem e, além disso, possibilitam de modo mais imediato do que as provas, a compreensão por parte do professor, de quais ações devem ser tomadas para intensificar o processo de ensino e de aprendizagem durante os jogos. No decorrer do jogo é importante que haja a proposta de problemas, pois, assim, os alunos serão estimulados a pensarem sobre tomadas de decisões, qual a melhor alternativa de jogada, ou até mesmo sobre estratégias que poderão dificultar ou facilitar a ação do jogo posteriormente. A apresentação de uma problematização no jogo requer cuidados, para que não haja complicações na compressão do jogo pelos alunos. Alguns cuidados que devem ser tomados são a verificação do limite da problematização para que não haja excesso de perguntas; criação de um roteiro de observação, além do registro das conclusões dos grupos de alunos e suas decisões na hora de jogar. Vale ressaltar também que no ato de problematizar no jogo é interessante que seja pedido aos alunos para que eles mudem as regras do jogo, ou até mesmo criem um jogo parecido com o apresentado, com isso os alunos poderão fazer um planejamento da criação de regras do jogo e aprender durante todo o processo de produção. Diante do que foi exposto, ressaltamos a importância do jogo em sala de aula, em que contemple as dimensões lúdica e educativa, pois o seu uso permite que os alunos desenvolvam-se no espírito construtivo, na imaginação e no trabalho em coletividade. Desta forma, concluímos que o jogo muito além de proporciornar apenas prazer, ele produz aprendizado. Portanto, o educador ao apresentar o jogo para os alunos, ele deve ter cuidados no processo de planejamento, objetivos e de sua execução. Assim, os jogos possibilitam o despertar tanto de pensamento crítico dos alunos, quanto a tomada de decisões em uma determinada problematização apresentada no jogo.
REFERÊNCIA
SMOLE, Kátia Stocco, Cadernos do Mathema: Jogos de matemática de 1º a 5º ano /Kátia
Stocco Smole, Maria Ignez Diniz, Patrícia Cândido. Porto alegre: Artmed, 2007.