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Aula 02

Raciocínio Lógico-Quantitativo e Matemática p/ AFRFB - 2017 (Com videoaulas)

Professor: Arthur Lima


RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO P RECEITA FEDERAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
P A L A
AULA 02 – LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO (CONT.)

SUMÁRIO PÁGINA
1. Teoria 01
2. Questões Comentadas 30
3. Lista de questões 89
4. Gabarito 113
5. Resumo teórico 114

Olá!

Nesta aula vamos avançar e finalizar o estudo da lógica de


argumentação. Trabalharemos também o tópico “Diagramas lógicos”
presente no último edital.
Espero que você esteja conseguindo assimilar os conceitos e
resolver os exercícios com razoável facilidade e, principalmente, rapidez.
Tenha uma boa aula e, em caso de dúvidas, não hesite em me
procurar.

1. TEORIA
1.1 Argumentação
Veja o exemplo abaixo:
a: Todo nordestino é loiro
b: José é nordestino
Conclusão: Logo, José é loiro.

P A L
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Temos premissas (a e b) e uma conclusão que deve derivar
daquelas premissas. Isso é um argumento: um conjunto de premissas e
conclusão a elas associada.

Dizemos que um argumento é válido se, aceitando que as


premissas são verdadeiras, a conclusão é NECESSARIAMENTE verdadeira.
Veja que não nos interessa aqui questionar a realidade das premissas.
Todos nós sabemos que dizer que “todo nordestino é loiro” é uma
inverdade. Mas o que importa é que, se assumirmos que todos os
nordestinos são loiros, e também assumirmos que José é nordestino,
logicamente a conclusão “José é loiro” é verdadeira, e por isso este
argumento é VÁLIDO.
Uma outra forma de fazer esta análise é pensar o seguinte: se este
argumento fosse INVÁLIDO, seria possível tornar a conclusão falsa e,
simultaneamente, todas as premissas verdadeiras. Vamos “forçar” a
conclusão a ser falsa, assumindo que José NÃO é loiro. Feito isso, vamos
tentar “forçar” ambas as premissas a serem verdadeiras. Começando pela
primeira, devemos aceitar que “todo nordestino é loiro”. Mas veja que, se
aceitarmos isso, a segunda premissa (“josé é nordestino”) seria
automaticamente falsa, pois assumimos que José não é loiro, e por isso
ele não pode ser nordestino. Repare que não conseguimos tornar a
conclusão F e ambas as premissas V simultaneamente, ou seja, não
conseguimos forçar o argumento a ser inválido, o que o torna um
argumento VÁLIDO.

Agora veja este argumento:


a: Todo nordestino é loiro
b: José é loiro
Conclusão: Logo, José é nordestino.

Vamos usar o segundo método que citei, tornando a conclusão falsa


e em seguida tentando tornar as premissas verdadeiras. Para que a
conclusão seja falsa, é preciso que José NÃO seja nordestino. Com isso

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em mãos, vamos tentar tornar as premissas V. Para a primeira premissa
ser verdade, devemos assumir que todos os nordestinos realmente são
loiros. E nada impede que a segunda premissa seja verdade, e José seja
loiro. Ou seja, é possível que a conclusão seja F e as duas premissas
sejam V, simultaneamente, o que torna este argumento INVÁLIDO.
Analisando pelo primeiro método, bastaria você verificar que se
todo nordestino é loiro, o fato de José ser loiro não implica que ele
necessariamente seja nordesitno (é possível que outras pessoas sejam
loiras também). Assim, a conclusão não decorre logicamente das
premissas, o que faz deste um argumento INVÁLIDO.
Em resumo, os dois métodos de análise da validade de argumentos
são:

1 – assumir que todas as premissas são V e verificar se a conclusão é


obrigatoriamente V (neste caso, o argumento é válido; caso contrário, é
inválido);

2 – assumir que a conclusão é F e tentar tornar todas as premissas V (se


conseguirmos, o argumento é inválido; caso contrário, é válido)

Vamos praticar um pouco nas questões abaixo.

1. IADES – CFA – 2010)Considere os argumentos a seguir.


Argumento I: Se nevar então vai congelar. Não está nevando. Logo, não
vai congelar.
Argumento II: Se nevar então vai congelar. Não está congelando. Logo,
não vai nevar.
Assim, é correto concluir que:
a) ambos são falácias
b) ambos são tautologias
c) o argumento I é uma falácia e o argumento II é uma tautologia
d) o argumento I é uma tautologia e o argumento II é uma falácia

P A L
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RESOLUÇÃO:
Vamos analisar cada argumento:
Argumento I:
P1  Se nevar então vai congelar.
P2  Não está nevando.
Conclusão  Logo, não vai congelar.

Vamos imaginar que a conclusão é F. Portanto, vai congelar. Agora


vamos tentar tornar as premissas Verdadeiras (forçando o argumento a
ser inválido). Em P2 vemos que “não está nevando”. Assim, a primeira
parte de P1(“nevar”) é F, de modo que P1 é V também.
Foi possível ter a conclusão F quando ambas as premissas eram V.
Ou seja, esse argumento é inválido (falácia).

Argumento II:
P1  Se nevar então vai congelar.
P2  Não está congelando.
Conclusão  Logo, não vai nevar.
Assumindo que a conclusão é F, vemos que vai nevar. Agora vamos
tentar forçar as premissas a serem verdadeiras. Para P2 ser verdadeira, é
preciso que não esteja congelando. Porém com isso a condicional de P1
fica VF, pois “nevar” é V e “vai congelar” é F.
Ou seja, NÃO foi possível tornar as duas premissas V quando a
conclusão era F. Isso mostra que este argumento é válido (ou uma
tautologia).
Resposta: C

2. FCC – SEFAZ/SP – 2006) Considere os argumentos abaixo:

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Indicando-se os argumentos legítimos por L e os ilegítimos por I, obtêm-


se, na ordem dada,
a) L, L, I, L
b) L, L, L, L
c) L, I, L, I
d) I, L, I, L
e) I, I, I, I
RESOLUÇÃO:
Veja a análise de cada argumento, forçando as premissas a serem V
e verificando se a conclusão é necessariamente V (tornando o argumento
válido / legítimo) ou se ela pode ser F (tornando o argumento inválido /
ilegítimo):

I. Na primeira premissa (“a”), vemos que “a” precisa ser V. Na segunda


(ab), como “a” é V, então “b” precisa ser V para a premissa ser V. Logo,
podemos concluir que “b” é V. Argumento válido/legítimo.
II. Na primeira premissa vemos que “~a” é V, logo “a” é F. Na segunda,
como “a” é F, “b” pode ser V ou F que a premissa continua verdadeira.
Não podemos concluir que ~b é V ou F. Argumento inválido/ilegítimo.

III. Na primeira premissa vemos que “~b” é V, logo “b” é F. Na segunda,


como “b” é F, então “a” precisa ser F para que a premissa seja
verdadeira. Portanto, podemos concluir que “~a” é V. Argumento
válido/legítimo.

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IV. Na primeira premissa vemos que “b” é V. Na segunda, como “b” é V,
“a” pode ser V ou F e a premissa continua verdadeira. Não podemos
concluir o valor lógico de “a”. Argumento inválido/ilegítimo.
Resposta: C
Chamamos de silogismo o argumento formado por exatamente 2
premissas e 1 conclusão, como:
P1: todo nordestino é loiro (premissa maior – mais geral);
P2: José é nordestino (premissa menor – mais específica)
Conclusão: Logo, José é loiro.

Sofisma ou falácia é um raciocínio errado com aparência de


verdadeiro. Consiste em chegar a uma conclusão inválida a partir de
premissas válidas, ou mesmo a partir de premissas contraditórias entre
si. Por exemplo:
Premissa 1: A maioria dos políticos é corrupta.
Premissa 2: João é político.
Conclusão: Logo, João é corrupto.

Veja que o erro aqui foi a generalização. Uma coisa é dizer que a
maioria dos políticos é corrupta, outra é dizer que todos os políticos são
corruptos. Não é possível concluir que João é corrupto, já que ele pode
fazer parte da minoria, isto é, do grupo dos políticos que não são
corruptos.

Observe esta outra falácia:


Premissa 1: Se faz sol no domingo, então vou à praia.
Premissa 2: Fui à praia no último domingo.
Conclusão: Logo, fez sol no último domingo.
A primeira premissa é do tipo condicional, sendo formada por uma
condição (se faz sol...) e um resultado (então vou à praia). Com base
nela, podemos assumir que se a condição ocorre (isto é, se efetivamente
faz sol), o resultado obrigatoriamente tem de acontecer. Mas não

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podemos assumir o contrário, isto é, que caso o resultado ocorra (ir à
praia), a condição ocorreu. Isto é, eu posso ter ido à praia mesmo que
não tenha feito sol no último domingo.

Quando tratamos sobre argumentos, os dois principais tipos de


questões são:
1- as que apresentam um argumento e questionam a sua validade;
2- as que apresentam as premissas de um argumento e pedem as
conclusões.

Já tratamos acima sobre o primeiro tipo, e agora vamos nos


debruçar sobre o segundo. Quando são apresentadas as premissas de um
argumento e solicitadas as conclusões, você precisa lembrar que para
obter as conclusões, é preciso assumir que TODAS as premissas são
VERDADEIRAS.

Além disso, você precisa identificar diante de qual caso você se


encontra (cada um possui um método de resolução):

- caso 1: alguma das premissas é uma proposição simples.


- caso 2: todas as premissas são proposições compostas, mas as
alternativas de resposta (conclusões) são proposições simples.
- caso 3: todas as premissas e alternativas de resposta (conclusões) são
proposições compostas.

Vejamos como enfrentar cada uma dessas situações diretamente


em cima de exercícios. A questão abaixo enquadra-se no “caso 1”, pois
uma das premissas fornecidas é uma proposição simples. Neste caso,
basta começar a análise a partir da proposição simples, assumindo-a
como verdadeira, e então seguir analisando as demais premissas.

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3. ESAF – PECFAZ – 2013) Considere verdadeiras as premissas a


seguir:
– se Ana é professora, então Paulo é médico;
– ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante;
– Marta não é estudante.
Sabendo-se que os três itens listados acima são as únicas premissas do
argumento, pode-se concluir que:
a) Ana é professora.
b) Ana não é professora e Paulo é médico.
c) Ana não é professora ou Paulo é médico.
d) Marta não é estudante e Ana é Professora.
e) Ana é professora ou Paulo é médico.
RESOLUÇÃO:
Note que temos 3 premissas, sendo que a última é uma proposição
simples:
P1: se Ana é professora, então Paulo é médico;
P2: ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante;
P3: Marta não é estudante.
Começamos a análise pela proposição simples P3. Como ela é
verdadeira (devemos assumir que todas as premissas são V para chegar
na conclusão), sabemos que Marta não é estudante. Em P2 temos uma
disjunção exclusiva. Como ao analisar P3 vimos que “Marta é estudante”
é Falso, então Paulo não é médico precisa ser V. Por fim em P1 vemos
que “Paulo é médico” é F, de modo que “Ana é professora” precisa ser F
também, de modo que Ana não é professora.
Portanto, as conclusões estão sublinhadas acima. Analisando as
opções de resposta:

a) Ana é professora (F)  falso

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b) Ana não é professora (V) e Paulo é médico (F)  falso

c) Ana não é professora (V) ou Paulo é médico (F)  verdadeiro

d) Marta não é estudante (V) e Ana é Professora (F)  falso

e) Ana é professora (F) ou Paulo é médico (F)  falso


Resposta: C
A próxima questão se enquadra no caso 2, onde todas as premissas
são proposições compostas, mas as alternativas de resposta (conclusões)
contém proposições simples. Neste caso é preciso usar um artifício,
“chutando” o valor lógico de alguma das proposições simples que
integram as premissas. Entenda como fazer isso a partir da análise desta
questão.

4. ESAF – RECEITA FEDERAL – 2012) Se Ana é pianista, então Beatriz


é violinista. Se Ana é violinista, então Beatriz é pianista. Se Ana é
pianista, Denise é violinista. Se Ana é violinista, então Denise é pianista.
Se Beatriz é violinista, então Denise é pianista. Sabendo-se que nenhuma
delas toca mais de um instrumento, então Ana, Beatriz e Denise tocam,
respectivamente:
a) piano, piano, piano.
b) violino, piano, piano.
c) violino, piano, violino.
d) violino, violino, piano.
e) piano, piano, violino.
RESOLUÇÃO:
Temos as seguintes proposições compostas como premissas:

P1: Se Ana é pianista, então Beatriz é violinista.

P2: Se Ana é violinista, então Beatriz é pianista.

P3: Se Ana é pianista, Denise é violinista.

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P4: Se Ana é violinista, então Denise é pianista.

P5: Se Beatriz é violinista, então Denise é pianista.

Veja que todas as premissas são proposições compostas. Veja ainda


que todas as opções de resposta são proposições simples. Quando temos
“piano, piano, piano”, por exemplo, você deve ler “Ana toca piano, Beatriz
toca piano, Denise toca piano”. Repare que esta é uma enumeração de
proposições simples, e não uma única proposição composta, pois não
temos os conectivos (“e”, “ou” etc.).

Neste caso o método de resolução consiste em “chutar” o valor


lógico de alguma das proposições simples e, a partir daí, verificar o valor
lógico das demais – sempre lembrando que todas as premissas devem ser
verdadeiras.
Chutando que Ana é pianista, em P1 vemos que Beatriz é violinista,
caso contrário essa premissa não seria verdadeira. Veja que P2 fica
verdadeira, pois “Ana é violinista” é F. Em P3 vemos que Denise é
violinista, caso contrário essa premissa não seria verdadeira. Veja que P4
fica verdadeira, pois “Ana é violinista” é F. Porém P5 fica falsa, pois
“Beatriz é violinista” é V e “Denise é pianista” é F. Veja que, com nosso
chute inicial (Ana é pianista), não foi possível tornar todas as premissas
verdadeiras simultaneamente. Onde está o erro? No nosso chute!
Portanto, precisamos reiniciar a resolução, fazendo outra tentativa.
Agora vamos assumir agora que Ana é violinista. Em P2 vemos que
Beatriz é pianista, e em P4 vemos que Denise é pianista. Nessas
condições, P1 e P3 já estão verdadeiras (pois “Ana é pianista” é F), e P5
também (pois “Beatriz é violinista” é F). Conseguimos tornar todas as
premissas verdadeiras, logo Ana, Beatriz e Denise tocam,
respectivamente:
- violino, piano e piano.
Resposta: B

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Vamos seguir adiante vendo o nosso “caso 3”. Neste tipo de
questão são fornecidas premissas e solicitadas as conclusões do
argumento, mas tanto as premissas como as opções de resposta
(conclusões) são proposições compostas. Este é o caso mais complexo, e
também o mais raro em provas.
Aqui é necessário recorrer a uma solução um pouco diferente, sobre
a qual trataremos agora, com base no exercício abaixo:

5. ESAF – ANEEL – 2004) Se não leio, não compreendo. Se jogo, não


leio. Se não desisto, compreendo. Se é feriado, não desisto. Então,
a) se jogo, não é feriado.
b) se não jogo, é feriado.
c) se é feriado, não leio.
d) se não é feriado, leio.
e) se é feriado, jogo.

RESOLUÇÃO:
Nesta questão todas as premissas são proposições compostas
(condicionais). E todas as alternativas de resposta (conclusões) também
são condicionais. Aqui é “perigoso” resolver utilizando o método de chutar
o valor lógico de uma proposição simples (você pode até chegar ao
resultado certo, por coincidência, em algumas questões).
Para resolver, devemos lembrar do conceito de conclusão, que pode
ser resumido assim:
“Conclusão de um argumento é uma frase que nunca é F quando todas as
premissas são V.”
O que nos resta é analisar as alternativas uma a uma, aplicando o
conceito de Conclusão visto acima. Repare que todas as alternativas são
condicionais pq, que só são falsas quando p é V e q é F. Portanto, o que
vamos fazer é:
- tentar "forçar" a ocorrência de p Verdadeira e q Falsa em cada
alternativa (com isto, estamos forçando a conclusão a ser F)

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- a seguir, vamos verificar se é possível completar todas as
premissas, tornando-as Verdadeiras.
- Se for possível tornar todas as premissas V quando a conclusão é F,
podemos descartar a alternativa, pois não se trata de uma
conclusão válida.
Vamos lá?

a) Se jogo, não é feriado


Devemos forçar esta conclusão a ser F, dizendo que “jogo” é V e
“não é feriado” é F (e, portanto, “é feriado” é V).
Com isso, podemos ver na premissa “Se jogo, não leio” que “não
leio” precisa ser V também, pois “jogo” é V.
Da mesma forma, na premissa “Se não leio, não compreendo”
vemos que “não compreendo” precisa ser V. E com isso “compreendo” é
F.
Portanto, na premissa “Se não desisto, compreendo”, a proposição
“não desisto” também deve ser F.

Por fim, em “Se é feriado, não desisto”, já definimos que “é feriado”


é V, e que “não desisto” é F. Isto torna esta premissa Falsa! Isto nos
mostra que é impossível tornar todas as premissas V quando a conclusão
é F. Isto é, quando as premissas forem V, necessariamente a conclusão
será V. Assim, podemos dizer que esta é, de fato, uma conclusão válida
para o argumento.
Este é o gabarito. Vejamos as demais alternativas, em nome da
didática.

b) Se não jogo, é feriado


Devemos assumir que "não jogo" é V e “é feriado” é F, para que
esta conclusão tenha valor Falso (“jogo” é F e “não é feriado” é V).
Em “Se jogo, não leio”, como “jogo” é F, “não leio” pode ser V ou F
e ainda assim esta premissa é Verdadeira. Da mesma forma, em “Se é

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feriado, não desisto”, sendo “é feriado” F, então “não desisto” pode ser V
ou F e ainda assim esta premissa é Verdadeira.
Em “Se não leio, não compreendo”, basta que “não leio” seja F e a
frase já pode ser dada como Verdadeira, independente do valor de “não
compreendo”. Da mesma forma, em “Se não desisto, compreendo”, basta
que “não desisto” seja F e a frase já é Verdadeira.
Veja que é possível tornar todas as premissas V, e, ao mesmo
tempo, a conclusão F. Portanto, esta não é uma conclusão válida,
devendo ser descartada.

c) Se é feriado, não leio


Assumindo que “é feriado” é V e que “não leio” é F (“leio” é V), para
que a conclusão seja falsa, vejamos se é possível tornar todas as
premissas Verdadeiras.
Em “Se é feriado, não desisto”, vemos que “não desisto” precisa ser
V (pois “é feriado” é V).
Em “Se jogo, não leio”, vemos que “jogo” precisa ser F (pois “não
leio” é F).
Em “Se não desisto, compreendo”, como “não desisto” é V, então
“compreendo” precisa ser V.
Em “Se não leio, não compreendo”, vemos que esta premissa já é V
pois “não leio” é F.
Portanto, é possível ter todas as premissas V e a conclusão F,
simultaneamente. Demonstramos que esta conclusão é inválida.

d)Se não é feriado, leio


Rapidamente: “não é feriado” é V e “leio” é F (“não leio” é V).
Em “Se é feriado, não desisto” já temos uma premissa V, pois “é
feriado” é F.
Em “Se não leio, não compreendo”, vemos que “não compreendo”
precisa ser V (“compreendo” é F).

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Em “Se não desisto, compreendo”, vemos que “não desisto” deve
ser F.
Em “Se jogo, não leio”, como “não leio” é V, a frase já é Verdadeira.
Conseguimos tornar todas as premissas V e a conclusão F, sendo
esta conclusão inválida.

e) Se é feriado, jogo
“É feriado” é V; “jogo” é F (“não jogo” é V).
“Se jogo, não leio” já é V, pois “jogo” é F. “Não leio” pode ser V ou
F.
“Se é feriado, não desisto”  “não desisto” precisa ser V.
“Se não desisto, compreendo”  “compreendo” precisa ser V.
“Se não leio, não compreendo”  “não leio” deve ser F, pois “não
compreendo” é F.
Novamente foi possível ter todas as premissas V e a conclusão F.
Conclusão inválida.
Resposta: A

Certifique-se que você entendeu este método de resolução, baseado


no conceito de “Conclusão”, resolvendo a questão a seguir ANTES de ler
os meus comentários!

6. FCC – TCE-PR – 2011) Considere que as seguintes premissas são


verdadeiras:
I. Se um homem é prudente, então ele é competente.
II. Se um homem não é prudente, então ele é ignorante.
III. Se um homem é ignorante, então ele não tem esperanças.
IV. Se um homem é competente, então ele não é violento.
Para que se obtenha um argumento válido, é correto concluir que se um
homem:
(A) não é violento, então ele é prudente.
(B) não é competente, então ele é violento.
(C) é violento, então ele não tem esperanças.

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(D) não é prudente, então ele é violento.
(E) não é violento, então ele não é competente.
RESOLUÇÃO:
Estamos novamente diante de um caso onde temos várias
proposições compostas como premissas, e várias conclusões também
formadas por proposições compostas. Assim, devemos testar cada
alternativa de resposta, verificando se temos ou não uma conclusão
válida.
Temos, resumidamente, o seguinte conjunto de premissas:
I. prudente  competente
II. não prudente  ignorante
III. ignorante  não esperança
IV. competente  não violento

Uma condicional só é falsa quando a condição (p) é V e o resultado


(q) é F. Ao analisar cada alternativa, vamos assumir que p é V e que q é
F, e verificar se há a possibilidade de tornar todas as premissas
Verdadeiras. Se isso ocorrer, estamos diante de uma conclusão inválida,
certo?

a) não violento  prudente


Assumindo que “não violento” é V e “prudente” é F (“não prudente”
é V), temos:
I. prudente  competente: já é V, pois “prudente” é F.
IV. competente  não violento: já é V, pois “não violento” é V.
II. não prudente  ignorante: “ignorante” deve ser V, pois “não
prudente” é V.
III. ignorante  não esperança: “não esperança” deve ser V, pois
“ignorante” é V.
Foi possível tornar as 4 premissas V, enquanto a conclusão era F.
Assim, a conclusão é inválida.

b) não competente  violento

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“Não competente” é V e “violento” é F. Assim:
I. prudente  competente: “prudente” deve ser F, pois “competente” é F.
II. não prudente  ignorante: “ignorante” deve ser V, pois “não
prudente” é V.
III. ignorante  não esperança: “não esperança” deve ser V, pois
“ignorante” é V.
IV. competente  não violento: já é V, pois “competente” é F.
Foi possível tornar as 4 premissas V, enquanto a conclusão era F.
Assim, a conclusão é inválida.
c) violento  não esperança
Sendo “violento” V e “não esperança” F:
III. ignorante  não esperança: “ignorante” deve ser F, pois “não
esperança” é F.
IV. competente  não violento: “competente” deve ser F, pois “não
violento” é F.
I. prudente  competente: “prudente” deve ser F, pois “competente” é F.
II. não prudente  ignorante: já definimos que “não prudente” é V, e
“ignorante” é F. Isto deixa esta premissa Falsa.
Não conseguimos tornar todas as premissas V quando a conclusão
era F. Portanto, essa conclusão é sempre V quando as premissas são V, o
que torna esta conclusão válida.

d) não prudente  violento


“Não prudente” é V e “violento” é F. Logo:
I. prudente  competente: já é V, pois “prudente” é F.
II. não prudente  ignorante: “ignorante” é V, pois “não prudente” é V.
III. ignorante  não esperança: “não esperança” é V, pois “ignorante” é
V.
IV. competente  não violento: já é V, pois “não violento” é V.
Foi possível tornar as 4 premissas V, enquanto a conclusão era F.
Assim, a conclusão é inválida.

P A L
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e) não violento  não competente
“Não violento” é V e “não competente” é F. Assim:
I. prudente  competente: já é V, pois “competente” é V.
IV. competente  não violento: “não violento” é V, pois “competente” é
V.
II. não prudente  ignorante: se, por exemplo, “não prudente” for F, esta
sentença já é V (veja que a sentença I não impede que “não prudente”
seja F).
III. ignorante  não esperança: se “ignorante” for F, esta sentença já é V
(a sentença II não impede que “ignorante” seja F).
Foi possível tornar as 4 premissas V, enquanto a conclusão era F.
Assim, a conclusão é inválida.
Resposta: C

Antes de avançarmos, trabalhe mais uma questão sobre a


VALIDADE de argumentos lógicos:
7. FUNDATEC – IRGA – 2013) Considere os seguintes argumentos,
assinalando V, se válidos, ou NV, se não válidos.
( ) Se o cão é um mamífero, então laranjas não são minerais.
Ora, laranjas são minerais, logo, o cão não é um mamífero.
( ) Quando chove, João não vai à escola.
Hoje não choveu, portanto, hoje João foi à escola.
( ) Quando estou de férias, viajo.
Não estou viajando agora, portanto, não estou de férias.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo,
é:
a) V – V – V
b) V – V – NV
c) V – NV – V
d) NV – V – V
e) NV – NV – NV
RESOLUÇÃO:

P A L
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Vejamos cada argumento:

P1: Se o cão é um mamífero, então laranjas não são minerais.


P2: Ora, laranjas são minerais
Conclusão: Logo, o cão não é um mamífero.

Para verificar a validade deste argumento, podemos assumir que as


premissas são verdadeiras e, com isso, observar se a conclusão
necessariamente será verdadeira.
P2 é uma proposição simples, que nos diz que “laranjas são
minerais”. Portanto, em P1 vemos que “laranjas não são minerais” é F, de
modo que “cão é um mamífero” precisa ser F para que esta premissa seja
verdadeira. Com isso, vemos que o cão não é um mamífero, de modo que
a conclusão é necessariamente verdadeira (isto é, ela decorre das
premissas). Portanto, este argumento é VÁLIDO.

P1: Quando chove, João não vai à escola.


P2: Hoje não choveu
Conclusão: Portanto, hoje João foi à escola.
Em P2 vemos que “hoje não choveu”. Em P1, sabemos que “chove”
é F, de modo que P1 é uma condicional verdadeira, independente do valor
lógico de “João não vai à escola”. Isto é, esta segunda parte pode ser V
ou F, de modo que a conclusão (João foi à escola) pode ser V ou F. Em
outras palavras, a conclusão não decorre necessariamente das premissas,
de modo que o argumento é INVÁLIDO.

P1: Quando estou de férias, viajo.


P2: Não estou viajando agora

P A L
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P A L A
Conclusão: Portanto, não estou de férias.
Em P2 vemos que “não estou viajando”. Voltando em P1, vemos
que “viajo” é F, de modo que “estou de férias” precisa ser F. Assim, é
verdadeiro que não estou de férias, isto é, esta conclusão decorre das
premissas, tornando o argumento VÁLIDO.
Ficamos com V – NV – V.
Resposta: C

1.2 Diagramas lógicos


Para falarmos sobre diagramas lógicos, precisamos começar
revisando alguns tópicos introdutórios sobre Teoria dos Conjuntos.

Um conjunto é um agrupamento de indivíduos ou elementos que


possuem uma característica em comum. Em uma escola, podemos criar,
por exemplo, o conjunto dos alunos que só tem notas acima de 9. Ou o
conjunto dos alunos que possuem pai e mãe vivos. E o conjunto dos que
moram com os avós. Note que um mesmo aluno pode participar dos três
conjuntos, isto é, ele pode tirar apenas notas acima de 9, possuir o pai e
a mãe vivos, e morar com os avós. Da mesma forma, alguns alunos
podem fazer parte de apenas 2 desses conjuntos, outros podem pertencer
a apenas 1 deles, e, por fim, podem haver alunos que não integram
nenhum dos conjuntos. Um aluno que tire algumas notas abaixo de 9,
tenha apenas a mãe e não more com os avós não faria parte de nenhum
desses conjuntos.

Costumamos representar um conjunto assim:

P A L
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P A L A

No interior deste círculo encontram-se todos os elementos que


compõem o conjunto A. Já na parte exterior do círculo estão os elementos
que não fazem parte de A. Portanto, no gráfico acima podemos dizer
que o elemento “a” pertence ao conjunto A.
Quando temos 2 conjuntos (chamemos de A e B), devemos
representá-los, em regra, da seguinte maneira:

Observe que o elemento “a” está numa região que faz parte apenas
do conjunto A. Portanto, trata-se de um elemento do conjunto A que não
é elemento do conjunto B. Já o elemento “b” faz parte apenas do
conjunto B.
O elemento “c” é comum aos conjuntos A e B. Isto é, ele faz parte
da intersecção entre os conjuntos A e B. Já o elemento “d” não faz parte
de nenhum dos dois conjuntos, fazendo parte do complemento dos
conjuntos A e B (complemento é a diferença entre um conjunto e o
conjunto Universo, isto é, todo o universo de elementos possíveis).
Apesar de representarmos os conjuntos A e B entrelaçados, como
vimos acima, não temos certeza de que existe algum elemento na
intersecção entre eles. Só saberemos isso ao longo dos exercícios. Em
alguns casos vamos descobrir que não há nenhum elemento nessa

P A L
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P A L A
intersecção, isto é, os conjuntos A e B são disjuntos. Assim, serão
representados da seguinte maneira:

Os diagramas lógicos são ferramentas muito importantes para a


resolução de algumas questões de lógica proposicional. Trata-se da
aplicação de alguns fundamentos de Teoria do Conjuntos que vimos
acima.

Podemos utilizar diagramas lógicos (conjuntos) na resolução de


questões que envolvam proposições categóricas. As proposições que
recebem esse nome são as seguintes:
- Todo A é B
- Nenhum A é B
- Algum A é B
- Algum A não é B
Vejamos como interpretá-las, extraindo a informação que nos
auxiliará a resolver os exercícios.

- Todo A é B: você pode interpretar essa proposição como “todos os


elementos do conjunto A são também elementos do conjunto B”, isto é, o
conjunto A está contido no conjunto B.
Graficamente, temos o seguinte:

P A L
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P A L A
B
A

Note que, de fato, A  B .

- Nenhum A é B: nenhum elemento de A é também elemento de B, isto é,


os dois conjuntos são totalmente distintos (disjuntos), não possuindo
intersecção. Veja isso a seguir:

A
B

- Algum A é B: esta afirmação nos permite concluir que algum (ou


alguns) elemento de A é também elemento de B, ou seja, existe uma
intersecção entre os 2 conjuntos:

P A L
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P A L A
A
B

- Algum A não é B: esta afirmação permite concluir que existem


elementos de A que não são elementos de B, ou seja, que não estão na
intersecção entre os dois conjuntos. Exemplificando, podem existir os
elementos “a” ou “b” no diagrama abaixo:

A
B

Em exercícios de Diagramas Lógicos, o mais importante é conseguir


reconhecer, no enunciado, quais são os conjuntos de interesse. Uma
questão que diga, por exemplo, que “todos os gatos são pretos” e que
“algum cão não é preto”, possui 3 conjuntos que nos interessam: Gatos,
Cães e Animais Pretos.

P A L
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P A L A
Para começar a resolver a questão, você deve desenhar (ou
imaginar) os 3 conjuntos:

Note que, propositalmente, desenhei uma intersecção entre os


conjuntos. Ainda não sabemos se, de fato, existem elementos nessas
intersecções. A primeira afirmação (“todos os gatos são pretos”) deixa
claro que todos os elementos do conjunto dos Gatos são também
elementos do conjunto dos Animais Pretos, ou seja, Gatos  Animais
Pretos. Corrigindo essa informação no desenho, temos:

Já a segunda afirmação (“algum cão não é preto”) nos indica que


existem elementos no conjunto dos cães que não fazem parte do conjunto
dos animais pretos, isto é, existem elementos na região “1” marcada no
gráfico abaixo. Coloquei números nas outras regiões do gráfico para
interpretarmos o que cada uma delas significa:

P A L
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P A L A

- região 2: é a intersecção entre Cães e Animais Pretos. Ali estariam os


cães que são pretos (se houverem, pois nada foi afirmado a esse
respeito).
- região 3: é a intersecção entre cães, gatos e animais pretos. Ali
estariam os cães que são gatos e que são pretos (por mais absurdo que
isso possa parecer).
- região 4: ali estariam os gatos que são pretos, mas não são cães
- região 5: ali estariam os animais pretos que não são gatos e nem são
cães
- região 6: ali estariam os animais que não são pretos e não são cães
nem gatos (ou seja, todo o restante).

Vejamos duas questões para fixarmos o uso de diagramas lógicos:

8. FUNDATEC – CREA/PR – 2010) Dadas as premissas: “Todos os


abacaxis são bananas.” e “Algumas laranjas não são bananas.” A
conclusão que torna o argumento válido é:
A) “Existem laranjas que não são abacaxis.”
B) “Nenhum abacaxi é banana.”
C) “Existe laranja que é banana.”
D) “Todas as laranjas são bananas.”
E) “Nem todos os abacaxis são bananas.”
RESOLUÇÃO:
Sendo os conjuntos dos abacaxis, das bananas e das laranjas,
temos:

P A L
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P A L A
- Todos os abacaxis são bananas (todos os elementos do conjunto
“abacaxis” são também elementos do conjunto “bananas”):

- Algumas laranjas não são bananas (alguns elementos do conjunto


“laranjas” não fazem parte do conjunto “bananas”):

Veja que marquei com um “x” a região onde sabemos que existem
laranjas (pois foi dito que algumas laranjas não são bananas). Analisando
as alternativas de conclusão:
A) “Existem laranjas que não são abacaxis.”
CORRETO. As laranjas da região “x” certamente não são abacaxis.

B) “Nenhum abacaxi é banana.”


ERRADO. Sabemos que TODOS os abacaxis são bananas.

C) “Existe laranja que é banana.”

P A L
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P A L A
ERRADO. Sabemos que existe laranja que NÃO é banana, mas não
temos elementos para afirmar que alguma laranja faz parte do conjunto
das bananas.

D) “Todas as laranjas são bananas.”


ERRADO. Sabemos que algumas laranjas NÃO são bananas.

E) “Nem todos os abacaxis são bananas.”


ERRADO. Sabemos que todos os abacaxis são bananas.
Resposta: A

9. ESAF – MINISTÉRIO DA FAZENDA – 2012) Em uma cidade as


seguintes premissas são verdadeiras:
Nenhum professor é rico. Alguns políticos são ricos.
Então, pode-se afirmar que:
a) Nenhum professor é político.
b) Alguns professores são políticos.
c) Alguns políticos são professores.
d) Alguns políticos não são professores.
e) Nenhum político é professor.
RESOLUÇÃO:
Vamos utilizar os conjuntos dos “professores”, dos “políticos” e dos
“ricos”. Temos, a princípio,

P A L
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P A L A

Como nenhum professor é rico, esses dois conjuntos não tem


intersecção (região em comum). E como alguns políticos são ricos, esses
dois conjuntos tem intersecção. Corrigindo nosso diagrama, ficamos com
a figura abaixo:

Analisando as opções de resposta:

a) Nenhum professor é político.  ERRADO. Pode haver elementos na


intersecção entre esses dois conjuntos.

b) Alguns professores são políticos.  ERRADO. Embora possa haver


elementos nessa intersecção, não podemos garantir que eles de fato
existem. Pode ser que nenhum professor seja político.

P A L
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P A L A

c) Alguns políticos são professores.  ERRADO, pelos mesmos motivos do


item anterior.

d) Alguns políticos não são professores.  CORRETO. Os políticos que


também fazem parte do conjunto dos ricos certamente NÃO são
professores.

e) Nenhum político é professor.  ERRADO, pelos mesmos motivos da


alternativa A.
Resposta: D

Vamos à nossa bateria de exercícios?

P A L
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P A L A
2. RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

10. UFG – ISS/Goiânia – 2016) Considere que todos os que forem


aprovados para vagas serão aqueles que fizerem a prova no concurso
público, e que alguns dos aprovados farão parte do cadastro de reserva,
não sendo contratados de imediato. Sabe-se também que J e M farão o
concurso. Assim,
(A) se M não for contratada de imediato, então ela não terá sido aprovada
no concurso.
(B) se M não for contratada de imediato, então ela fará parte do cadastro
de reserva.
(C) se J for contratado, então terá sido aprovado no concurso.
(D) se J for aprovado no concurso, então ele fará parte do cadastro de
reserva.
RESOLUÇÃO:
Temos os conjuntos dos aprovados, dos que fizeram as provas, e
dos que estão no cadastro de reserva. Todos os aprovados fizeram a
prova, ou seja:

Alguns dos aprovados farão parte do cadastro de reserva:

P A L
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P A L A

Avaliando as alternativas:
(A) se M não for contratada de imediato, então ela não terá sido aprovada
no concurso.  Caso M não seja contratada de imediato, ela pode não ter
sido aprovada, mas pode ter sido aprovada no cadastro de reservas. Não
podemos afirmar que ela não foi aprovada. Item ERRADO.
(B) se M não for contratada de imediato, então ela fará parte do cadastro
de reserva.  ERRADO, pois ela pode não ter sido aprovada.
(C) se J for contratado, então terá sido aprovado no concurso. 
CORRETO, é preciso ter sido aprovado para ser contratado.
(D) se J for aprovado no concurso, então ele fará parte do cadastro de
reserva.  ERRADO, quem é aprovado pode ser chamado de imediato ou
ir para o cadastro de reserva.
Resposta: C

11. FCC – TRF/3ª – 2016) Se “todo engenheiro é bom em


matemática” e “algum engenheiro é físico”, conclui-se corretamente que
(A) todo físico é bom em matemática.
(B) certos bons em matemática não são físicos.
(C) existem bons em matemática que são físicos.
(D) certos físicos não são bons em matemática.
(E) não há engenheiros que sejam físicos.
RESOLUÇÃO:
Se todos os engenheiros fazem parte do conjunto das pessoas boas
em matemática, e algum engenheiro é físico, podemos dizer que este

P A L
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P A L A
físico que é engenheiro também é bom em matemática. Ou seja, existe
físico que é bom em matemática (o que permite marcar a letra C).
Resposta: C

12. FCC – TRF/3ª – 2016) Considere, abaixo, as afirmações e o valor


lógico atribuído a cada uma delas entre parênteses.
− Ou Júlio é pintor, ou Bruno não é cozinheiro (afirmação FALSA).
− Se Carlos é marceneiro, então Júlio não é pintor (afirmação FALSA).
− Bruno é cozinheiro ou Antônio não é pedreiro (afirmação VERDADEIRA).
A partir dessas afirmações,
(A) Júlio não é pintor e Bruno não é cozinheiro.
(B) Antônio é pedreiro ou Bruno é cozinheiro.
(C) Carlos é marceneiro e Antônio não é pedreiro.
(D) Júlio é pintor e Carlos não é marceneiro.
(E) Antônio é pedreiro ou Júlio não é pintor.
RESOLUÇÃO:
Note que para a condicional ser falsa é preciso termos VF. Assim,
analisando a proposição “Se Carlos é marceneiro, então Júlio não é
pintor” (que é falsa), vemos que:
“Carlos é marceneiro” é V
“Júlio não é pintor” é F, de modo que Júlio é pintor.

Para a disjunção exclusiva da primeira proposição ser Falsa,


precisamos ter V-V ou F-F. Como “Júlio é pintor” é V, precisamos que
também seja verdade que Bruno não é cozinheiro.
Deste modo, “Bruno é cozinheiro” é F, de modo que para a terceira
proposição (que é uma disjunção simples) ser V precisamos que “Antônio
não é pedreiro” seja V.
Com base nas informações sublinhadas, podemos marcar a
alternativa C.
Resposta: C

P A L
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P A L A
13. FGV – IBGE – 2016) Sobre os amigos Marcos, Renato e Waldo,
sabe-se que:
I – Se Waldo é flamenguista, então Marcos não é tricolor
II – Se Renato é vascaíno, então Marcos é tricolor
III – Se Renato é vascaíno, então Waldo não é flamenguista
Logo deduz-se que:
a) Marcos é tricolor
b) Marcos não é tricolor
c) Waldo é flamenguista
d) Waldo não é flamenguista
e) Renato é vascaíno
RESOLUÇÃO:

Temos proposições condicionais que podem ser resumidas assim:


P1. Waldo flamenguista –> Marcos não é tricolor
P2. Renato não é vascaíno –> Marcos é tricolor
P3. Renato é vascaíno –> Waldo não é flamenguista

Vamos “chutar” que Waldo é mesmo flamenguista. Com isso, em P1


vemos que Marcos não é tricolor. Em P2, como o trecho “Marcos é
tricolor” é F, precisamos que o trecho “Renato não é vascaíno” seja F
também, de modo que Renato é vascaíno. Com isso, P3 fica falsa, pois
ficamos com V–>F. Assim, devemos corrigir nosso chute.
Chutando que Waldo não é flamenguista, repare que P1 fica
verdadeira, independente de Marcos ser ou não tricolor, afinal o trecho
“Waldo flamenguista” fica F, e condicionais F–>F ou F–>V são ambas
verdadeiras. Da mesma forma, P3 fica verdadeira, independente de
Renato ser ou não vascaíno, pois o trecho “Waldo não é flamenguista” é
V, e condicionais V–>V ou F–>V são ambas verdadeiras. Com isso,
podemos ainda criar uma combinação de valores lógicos que torne P2
verdadeira (F–>F, F–>V ou V–>V). Isto é, na prática não conseguimos

P A L
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P A L A
concluir nada sobre Renato e Marcos, mas temos certeza que Waldo não é
flamenguista.
Note ainda que, chutando que Renato é ou não é vascaíno, você
conseguirá preencher todas as premissas deixando-as verdadeiras. O
mesmo vale para o chute de que Marcos é tricolor. Ou seja, quanto a
Renato e a Marcos, as premissas são respeitadas sendo eles torcedores
daqueles times ou não, o que nos mostra que nada pode ser concluído
sobre eles.
Resposta: D

14. FCC – SEFAZ/PE – 2015) Na Escola Recife, todo professor de


Desenho Geométrico ensina também Matemática. Alguns coordenadores,
mas não todos, são professores de Matemática. Além disso, todos os
pedagogos da Escola Recife são coordenadores, mas nenhum deles ensina
Desenho Geométrico. Somente com estas informações, é correto concluir
que na Escola Recife, necessariamente,
(A) pelo menos um pedagogo é professor de Matemática.
(B) nem todo pedagogo é professor de Matemática.
(C) existe um professor de Desenho Geométrico que não é coordenador.
(D) existe um coordenador que não é professor de Desenho Geométrico.
(E) todo pedagogo é professor de Desenho Geométrico.
RESOLUÇÃO:
Podemos montar o seguinte diagrama:

P A L
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P A L A

Repare que, de fato, todos os professores de Desenho também são


de Matemática, alguns coordenadores são professores de matemática,
todos os pedagogos são coordenadores, e nenhum pedagogo ensina
desenho.
Analisando o diagrama, vemos que aqueles coordenadores que são
pedagogos não são professores de desenho. Ou seja, certamente existem
coordenadores que não são professores de desenho (aqueles que são
pedagogos).
Resposta: D

15. VUNESP – TCE/SP – 2015) Se Cláudio é auxiliar de fiscalização,


então Adalberto é dentista. Mário é bibliotecário ou Adalberto é dentista.
Se Adalberto não for dentista, então é verdade que
(A) Cláudio será auxiliar de fiscalização ou Mário não será bibliotecário.
(B) Cláudio será auxiliar de fiscalização e Mário não será bibliotecário.
(C) Cláudio não será auxiliar de fiscalização e Mário não será bibliotecário.
(D) Cláudio será auxiliar de fiscalização e Mário será bibliotecário.
(E) Cláudio não será auxiliar de fiscalização e Mário será bibliotecário.
RESOLUÇÃO:
P1: Se Cláudio é auxiliar de fiscalização, então Adalberto é dentista.
P2: Mário é bibliotecário ou Adalberto é dentista.
P3: Adalberto não é dentista

P A L
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P A L A

Veja que a premissa P3 é simples, e devemos começar por ela.


Sendo verdade que Adalberto NÃO é dentista podemos voltar em P2 e
afirmar que Mário precisa ser bibliotecário, para que aquela premissa seja
verdadeira (pois a disjunção “V ou F” é verdadeira). E podemos voltar em
P1 e afirmar que Cláudio NÃO pode ser auxiliar de fiscalização, para que
essa premissa seja verdadeira (pois a condicional F–>F é verdadeira).
As conclusões sublinhadas permitem marcar a alternativa E.
Resposta: E

16. VUNESP – TCE/SP – 2015) Sabe-se que todos os irmãos de


Wilson são funcionários públicos. Dessa forma, deduz-se corretamente
que
(A) se Maria não é irmã de Wilson, então ela não é funcionária pública.
(B) Wilson é funcionário público.
(C) se Amanda não é funcionária pública, então ela não é irmã de Wilson.
(D) Wilson não é funcionário público.
(E) se Jorge é funcionário público, então ele é irmão de Wilson.
RESOLUÇÃO:
Todos os irmãos de Wilson são funcionários públicos. Portanto, se
uma pessoa NÃO for funcionário público, não é possível que essa pessoa
seja irmã de Wilson. Assim, se Amanda não é funcionária pública, fica
claro que ela NÃO pode ser irmã de Wilson (pois se fosse ela deveria ser
funcionária pública).
Resposta: C

17. FGV – TJ/PI – 2015) Renato falou a verdade quando disse:


• Corro ou faço ginástica.
• Acordo cedo ou não corro.
• Como pouco ou não faço ginástica.
Certo dia, Renato comeu muito.
É correto concluir que, nesse dia, Renato:

P A L
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P A L A
(A) correu e fez ginástica;
(B) não fez ginástica e não correu;
(C) correu e não acordou cedo;
(D) acordou cedo e correu;
(E) não fez ginástica e não acordou cedo.
RESOLUÇÃO:
Temos as seguintes premissas:
P1: Corro ou faço ginástica.
P2: Acordo cedo ou não corro.
P3: Como pouco ou não faço ginástica.
P4: Renato comeu muito.
Como P4 é uma proposição simples, começamos por ela. Sendo ela
verdadeira, então Renato realmente comeu muito. Assim, em P3 vemos
que “comeu pouco” é F, de modo que não faço ginástica precisa ser V. Em
P1 vemos que “faço ginástica” é F, de modo que corro precisa ser V. Em
P2 vemos que “não corro” é F, de modo que acordo cedo precisa ser V.
Com base nas conclusões sublinhadas, podemos marcar a letra D.
Resposta: D

18. VUNESP – ISS/SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – 2014) Considere


verdadeiras as afirmações a seguir.
I. Elias não é policial.
II. Se Alves é juiz, então Bruno é promotor.
III. Se Bruno não é promotor, então Carlos não é oficial de justiça.
IV. Se Carlos não é oficial de justiça, então Durval não é advogado de
defesa.
V. Durval é advogado de defesa ou Elias é policial.
A partir dessas afirmações, é correto concluir que
(A) Durval não é advogado de defesa.
(B) Carlos não é oficial de justiça.
(C) Alves não é juiz.
(D) Bruno é promotor.

P A L
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P A L A
(E) Alves é juiz.
RESOLUÇÃO:
Começando pela proposição I, que é uma proposição simples, temos
que Elias NÃO é policial. Para a proposição V ser verdadeira, é preciso que
Durval seja advogado de defesa. Com isso, na proposição IV vemos que
Carlos é oficial de justiça. Na proposição III vemos que Bruno é promotor.
Na proposição II, como Bruno é promotor, Alves pode ser ou não ser juiz
e a proposição ainda assim será verdadeira.
Com isso, podemos concluir que:
Elias não é policial
Durval é advogado
Carlos é oficial de justiça
Bruno é promotor
Resposta: D

19. VUNESP – ISS/SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – 2014) Considere


falsas as proposições a seguir.
I. João não foi à festa ou Cláudio foi trabalhar.
II. Lucas caiu da escada e João não foi à festa.
III. Daniel saiu de casa ou Rafael não foi ao baile.
IV. Lucas caiu da escada e Daniel saiu de casa.
A partir dessas proposições, existe uma única possibilidade de ser
verdadeira a afirmação:
(A) Lucas caiu da escada.
(B) João não foi à festa.
(C) Daniel saiu de casa.
(D) Cláudio foi trabalhar.
(E) Rafael não foi ao baile.
RESOLUÇÃO:
A proposição simples “Lucas caiu da escada” aparece apenas em
conjunções (conectivo “e”), de modo que ela pode ser verdadeira, desde
que a outra parte das proposições seja falsa, o que torna as conjunções

P A L
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P A L A
falsas. As demais proposições simples aparecem em disjunções (conectivo
“ou”), de modo que se elas forem verdadeiras as respectivas frases serão
automaticamente verdadeiras, contrariando o enunciado.
Logo, apenas “Lucas caiu da escada” pode ser V e, ainda assim, as
proposições serem falsas.
Resposta: A

20. VUNESP – ISS/SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – 2014) Considere


verdadeiras as afirmações.
I. Se Marcos é pedreiro, então Juca não é mecânico.
II. Juca é policial e mecânico.
III. Clóvis é eletricista ou oficial de justiça.
IV. Ou Marta é costureira ou Marta é escrivã.
V. Se Marcos não é pedreiro, então Clóvis é apenas oficial de justiça.
Nessa situação, o número máximo de funções explicitamente exercidas
por todas essas pessoas é igual a
(A) 7.
(B) 6.
(C) 5.
(D) 4.
(E) 3.
RESOLUÇÃO:
A premissa II nos diz que Juca tem 2 profissões (policial e
mecânico). Na premissa I é preciso que Marcos não seja pedreiro para
mantê-la verdadeira. Na premissa V, como Marcos não é pedreiro,
precisamos que Clóvis tenha apenas 1 profissão (seja oficial). Na frase IV
vemos que Marta tem só 1 profissão (costureira ou escrivã). Portanto,
temos 2 + 1 + 1 = 4 profissões explícitas (duas de Juca, uma de Clóvis e
uma de Marta).
Resposta: D

P A L
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P A L A

21. VUNESP – ISS/SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – 2014) Sabe-se que


alguns programadores são analistas de sistemas. Sabe-se também que
todos os programadores são digitadores. A partir dessas informações, é
correto concluir que
(A) todos os digitadores são analistas de sistemas.
(B) nenhum digitador é analista de sistemas.
(C) todos os analistas de sistemas são digitadores.
(D) nenhum analista de sistemas é digitador.
(E) alguns analistas de sistemas são digitadores.
RESOLUÇÃO:

Sabemos que todos os programadores são digitadores, e parte


desses programadores são analistas. Esses analistas que são
programadores são, obviamente, digitadores. Deste modo, podemos
afirmar que existem analistas que são digitadores.
Resposta: E

22. FGV – DPE/MT – 2015) Considere verdadeiras as afirmações a


seguir.
 Existem advogados que são poetas.
 Todos os poetas escrevem bem.
Com base nas afirmações, é correto concluir que
(A) se um advogado não escreve bem então não é poeta.
(B) todos os advogados escrevem bem.
(C) quem não é advogado não é poeta.
(D) quem escreve bem é poeta.
(E) quem não é poeta não escreve bem.
RESOLUÇÃO:
Com as informações fornecidas no enunciado podemos montar o
diagrama lógico abaixo:

P A L
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P A L A

Repare que as pessoas na interseção entre os conjuntos dos


advogados e dos poetas estão também dentro do conjunto das pessoas
que escrevem bem. Assim, os advogados que são poetas
necessariamente escreve bem. Caso um advogado não escreva bem, ele
certamente não pode ser um poeta.
Resposta: A
23. VUNESP – TCE/SP – 2015) Se Reginaldo é agente da fiscalização
ou Sérgio é professor, então Márcia é psicóloga. André é administrador
se, e somente se, Carmem é dentista. Constatado que Márcia não é
psicóloga e André não é administrador, conclui-se corretamente que
(A) Sérgio não é professor, Carmem não é dentista e Reginaldo não é
agente da fiscalização.
(B) Sérgio é professor, mas Carmem não é dentista e Reginaldo não é
agente da fiscalização.
(C) Sérgio é professor, Carmem é dentista, mas Reginaldo não é agente
da fiscalização.
(D) Sérgio é professor, Reginaldo é agente da fiscalização, mas Carmem
não é dentista.
(E) Sérgio é professor, Carmem é dentista e Reginaldo é agente da
fiscalização.
RESOLUÇÃO:

P A L
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P A L A
P1: Se Reginaldo é agente da fiscalização ou Sérgio é professor, então
Márcia é psicóloga.
P2: André é administrador se, e somente se, Carmem é dentista.
P3: Márcia não é psicóloga.
P4: André não é administrador.
Para obter a conclusão deste argumento, devemos considerar que
todas as premissas são verdadeiras. Começando pelas P3 e P4, que são
proposições simples, vemos que Márcia NÃO é psicóloga e André NÃO é
administrador. Esta última informação permite avaliarmos P2, concluindo
que Carmem NÃO é dentista. E a informação de P3 permite avaliar P1,
concluindo que ” Reginaldo é agente da fiscalização ou Sérgio é professor”
deve ser FALSO, de modo que a sua negação deve ser VERDADEIRA. Isto
é:
” Reginaldo NÃO é agente da fiscalização E Sérgio NÃO é professor“

Temos as conclusões sublinhadas na letra A.


Resposta: A

24. VUNESP – TCE/SP – 2015) Sabe-se que todos os primos de


Vanderlei são funcionários públicos e que todos os primos de Marcelo não
são funcionários públicos. Dessa forma, deduz-se corretamente que
(A) nenhum funcionário público é primo de Vanderlei.
(B) algum primo de Vanderlei é primo de Marcelo.
(C) nenhum primo de Vanderlei é funcionário público.
(D) algum funcionário público é primo de Marcelo.
(E) nenhum primo de Marcelo é primo de Vanderlei.
RESOLUÇÃO:
Como todos os primos de Vanderlei são funcionários e todos os
primos de Marcelo NÃO são funcionários, não é possível que uma mesma
pessoa seja primo dos dois ao mesmo tempo (pois não é possível ser e
não ser funcionário ao mesmo tempo). Alternativa E.

P A L
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P A L A
Resposta: E

25. FCC – TRF/3ª – 2014) Diante, apenas, das premissas “Nenhum


piloto é médico”, “Nenhum poeta é médico” e “Todos os astronautas são
pilotos”, então é correto afirmar que
(A) algum poeta é astronauta e algum piloto não é médico.
(B) algum astronauta é médico.
(C) todo poeta é astronauta.
(D) nenhum astronauta é médico.
(E) algum poeta não é astronauta.
RESOLUÇÃO:

Temos os conjuntos dos pilotos, dos médicos, dos poetas e dos


astronautas. Com as informações dadas podemos montar o seguinte
diagrama:
- “Nenhum piloto é médico”:

- “Nenhum poeta é médico” (mas pode haver algum poeta que é piloto):

- “Todos os astronautas são pilotos”:

P A L
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P A L A

Olhando esse diagrama final, podemos avaliar as alternativas de


resposta:
(A) algum poeta é astronauta e algum piloto não é médico.  ERRADO.
Não temos certeza de que há intersecção entre Poetas e Astronautas,
embora possa haver.

(B) algum astronauta é médico.  ERRADO. Todos os astronautas são


pilotos, e nenhum piloto é médico, portanto nenhum astronauta é médico.

(C) todo poeta é astronauta.  ERRADO. Não podemos afirmar que o


conjunto dos poetas está contido no interior do conjunto dos astronautas.

(D) nenhum astronauta é médico.  CORRETO, como vimos no item B.

(E) algum poeta não é astronauta.  ERRADO. Assim como não podemos
afirmar o item C (que todo poeta é astronauta), também não temos
elementos suficientes para afirmar o contrário (que algum poeta não é
astronauta).
Resposta: D
26. FCC – TRF/3ª – 2014) Diante, apenas, das premissas “Existem
juízes”, “Todos os juízes fizeram Direito” e “Alguns economistas são
juízes”, é correto afirmar que
(A) ser juiz é condição para ser economista.
(B) alguns economistas que fizeram Direito não são juízes.

P A L
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P A L A
(C) todos aqueles que fizeram Direito são juízes.
(D) todos aqueles que não são economistas também não são juízes.
(E) ao menos um economista fez Direito.
RESOLUÇÃO:
Considerando os conjuntos dos juízes, das pessoas que fizeram
direito, e dos economistas, as premissas podem ser representadas assim:

Avaliando as opções de resposta:


(A) ser juiz é condição para ser economista.  ERRADO. Veja que é
possível estar no conjunto dos economistas sem necessariamente estar
também no conjunto dos juízes.

(B) alguns economistas que fizeram Direito não são juízes.  ERRADO.
Não temos elementos para afirmar que existem (e nem que não existem)
economistas na região que faz intersecção apenas com o conjunto do
Direito (sem intersecção com o conjunto dos juízes).

(C) todos aqueles que fizeram Direito são juízes.  ERRADO. Sabemos
que todos juízes fizeram direito, mas não podemos afirmar que todos os
que fizeram direito são juízes.
(D) todos aqueles que não são economistas também não são juízes. 
ERRADO. É possível existirem juízes que fizeram apenas direito, e não
fizeram economia.

P A L
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P A L A

(E) ao menos um economista fez Direito.  CORRETO. Como foi afirmado


que “Alguns economistas são juízes”, esses economistas que são juízes
também fizeram Direito (pois todos os juízes fazem parte do conjunto do
Direito).
Resposta: E

27. FCC – TRT/19ª – 2014) Se o diretor está no escritório, então


Rodrigo não joga no computador e Tomás não ouve rádio. Se Tomás não
ouve rádio, então Gabriela pensa que Tomás não veio. Se Gabriela pensa
que Tomás não veio, então ela fica mal humorada. Gabriela não está mal
humorada. A partir dessas informações, é possível concluir, corretamente,
que
(A) o diretor não está no escritório e Tomás não ouve rádio.
(B) Gabriela pensa que Tomás não veio e Tomás não ouve rádio.
(C) o diretor está no escritório e Tomás ouve rádio.
(D) Tomás não ouve rádio e Gabriela não pensa que Tomás não veio.
(E) o diretor não está no escritório e Gabriela não pensa que Tomás não
veio.
RESOLUÇÃO:
Temos as seguintes premissas:
P1 = Se o diretor está no escritório, então Rodrigo não joga no
computador e Tomás não ouve rádio.
P2 = Se Tomás não ouve rádio, então Gabriela pensa que Tomás não
veio.
P3 = Se Gabriela pensa que Tomás não veio, então ela fica mal
humorada.
P4 = Gabriela não está mal humorada.

P A L
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P A L A
Para obter a conclusão, devemos considerar que todas as premissas
são V. Começamos pela P4, que é uma proposição simples. Vemos que
Gabriela efetivamente não está mal humorada.
Em P3, vemos que “ela fica mal humorada” é F, de modo que
“Gabriela pensa que Tomás não veio” tem que ser F. Ou seja, Gabriela
não pensa que Tomás não veio.
Em P2, “Gabriela pensa que Tomás não veio” é F, de modo que
“Tomás não ouve rádio” deve ser F também. Portanto, Tomás ouve rádio.
Em P1, como “Tomás não ouve rádio” é F, a conjunção “Rodrigo não
joga no computador e Tomás não ouve rádio” é F, o que obriga “o diretor
está no escritório” a ser F também. Assim, o diretor não está no
escritório.
Observando as conclusões que sublinhei, você pode marcar a
alternativa E.
Resposta: E

28. FCC – TRT/19ª – 2014) Considere verdadeiras as afirmações:


I. Se Ana for nomeada para um novo cargo, então Marina permanecerá
em seu posto.
II. Marina não permanecerá em seu posto ou Juliana será promovida.
III. Se Juliana for promovida então Beatriz fará o concurso.
IV. Beatriz não fez o concurso.
A partir dessas informações, pode-se concluir corretamente que
(A) Beatriz foi nomeada para um novo cargo.
(B) Marina permanecerá em seu posto.
(C) Beatriz não será promovida.
(D) Ana não foi nomeada para um novo cargo.
(E) Juliana foi promovida.
RESOLUÇÃO:
A premissa IV é uma proposição simples, motivo pelo qual
começamos a análise por ela. Assim, Beatriz não fez o concurso. Com
isso, vamos forçar as demais premissas a terem o valor lógico Verdadeiro.

P A L
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Na premissa III, vemos que “Beatriz fará o concurso” é F, de modo
que “Juliana for promovida” deve ser F. Assim, Juliana não foi promovida.
Na premissa II, sabemos que “Juliana será promovida” é F, de
modo que “Marina não permanecerá em seu posto” precisa ser V. Assim,
Marina não permanecerá em seu posto.
Na premissa I, sabemos que “Marina permanecerá em seu posto” é
F, de modo que “Ana for nomeada” precisa ser F. Assim, Ana não foi
nomeada.
As conclusões sublinhadas permitem marcar a alternativa D.
Resposta: D

29. FCC – TRT/16ª – 2014) Se nenhum XILACO é COLIXA, então


(A) todo XILACO é COLIXA.
(B) é verdadeiro que algum XILACO é COLIXA.
(C) alguns COLIXA são XILACO.
(D) é falso que algum XILACO é COLIXA.
(E) todo COLIXA é XILACO.
RESOLUÇÃO:
Sabendo que nenhum membro do conjunto XILACO é membro do
conjunto COLIXA, podemos rapidamente eliminar as alternativas A, B, C
e E:

(A) todo XILACO é COLIXA.


(B) é verdadeiro que algum XILACO é COLIXA.
(C) alguns COLIXA são XILACO.
(E) todo COLIXA é XILACO.

Todas essas afirmações são falsas, pois não há membros em


comum entre esses dois conjuntos. A alternativa D está correta:
(D) é falso que algum XILACO é COLIXA.
Resposta: D

P A L
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30. FCC – TRT/2ª – 2014) Considere as três afirmações a seguir,
todas verdadeiras, feitas em janeiro de 2013.
I. Se o projeto X for aprovado até maio de 2013, então um químico e um
biólogo serão contratados em junho do mesmo ano.
II. Se um biólogo for contratado, então um novo congelador será
adquirido.
III. Se for adquirido um novo congelador ou uma nova geladeira, então o
chefe comprará sorvete para todos.
Até julho de 2013, nenhum biólogo havia sido contratado. Apenas com
estas informações, pode-se concluir que, necessariamente, que
(A) o projeto X não foi aprovado até maio de 2013.
(B) nenhum químico foi contratado.
(C) não foi adquirido um novo congelador.
(D) não foi adquirida uma nova geladeira.
(E) o chefe não comprou sorvete para todos.
RESOLUÇÃO:
Se nenhum biólogo foi contratado, a proposição “um biólogo será
contratado em junho” é Falsa. Deste modo, na premissa I, podemos dizer
que a conjunção “um químico e um biólogo serão contratados em junho
do mesmo ano” é necessariamente Falsa. Para que essa premissa I tenha
valor lógico Verdadeiro, como manda o enunciado, faz-se necessário que
a condição “Se o projeto X for aprovado até maio de 2013” seja também
Falsa, ficando FF, que é uma condicional verdadeira.
Portanto, é preciso que o projeto X não tenha sido aprovado até
maio de 2013, como vemos na alternativa A.
Resposta: A

31. FCC – TJAP – 2014) Em um país, todos os habitantes são filiados


a um partido político, sendo que um mesmo habitante não pode ser filiado
a dois partidos diferentes. Sabe-se ainda que todo habitante filiado ao
partido X é engenheiro e que cada habitante tem uma única profissão.
Paulo é um engenheiro e Carla é uma médica, ambos habitantes desse

P A L
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país. Apenas com essas informações, é correto concluir que,
necessariamente,
(A) Paulo é filiado ao partido X.
(B) Carla não é filiada ao partido X.
(C) Carla é filiada ao partido X.
(D) Paulo não é filiado ao partido X.
(E) Paulo e Carla são filiados a partidos diferentes.
RESOLUÇÃO:
Sabemos que todo filiado do partido X é engenheiro, mas isto NÃO
significa que todos os engenheiros são do partido X. Assim, sabendo que
Paulo é engenheiro, não podemos afirmar que ele é do partido X (ou que
não é deste partido).
Por outro lado, sabendo que Carla é médica, fica claro que ela NÃO
é do partido X (pois se ela fosse, seria engenheira). Assim, só podemos
afirmar o que temos na alternativa B.
Resposta: B

32. FCC – TJAP – 2014) Alguns repórteres também são cronistas, mas
não todos. Alguns cronistas são romancistas, mas não todos. Qualquer
romancista é também: ou repórter ou cronista, mas não ambos. Supondo
verdadeiras as afirmações, é possível concluir corretamente que
(A) há romancista que não seja repórter e também não seja cronista.
(B) os cronistas que são repórteres também são romancistas.
(C) não há repórter que seja cronista.
(D) não há cronista que seja romancista e repórter.
(E) há repórter que seja romancista e cronista.
RESOLUÇÃO:
Imagine os conjuntos dos cronistas, dos romancistas e dos
repórteres. Com base nas frases dadas, sabemos que há intersecção
entre repórteres e cronistas, e entre cronistas e romancistas. Sabemos

P A L
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P A L A
ainda que o conjunto dos romancistas está contido entre os conjuntos dos
repórteres e dos cronistas. Isto é:

Note que coloquei alguns números para designar regiões específicas


do diagrama, de modo a facilitar a explicação seguinte. Vamos analisar as
alternativas de resposta:
(A) há romancista que não seja repórter e também não seja cronista.
ERRADO. Os romancistas estão contidos na união entre os
conjuntos dos repórteres e cronistas.
(B) os cronistas que são repórteres também são romancistas.
ERRADO. Podemos ter cronistas que sejam repórteres e não sejam
romancistas, como vemos na posição 1 no diagrama (por exemplo).
(C) não há repórter que seja cronista.
ERRADO. Foi dito que alguns repórteres são cronistas.
(D) não há cronista que seja romancista e repórter.
CORRETO. Não podemos ter ninguém na região 2 do diagrama,
onde estariam os romancistas que seriam repórteres E cronistas ao
mesmo tempo. Isto porque o enunciado nos apresentou uma disjunção
EXCLUSIVA:

P A L
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“Qualquer romancista é também: ou repórter ou cronista, mas não
ambos”
Assim, podemos ter intersecção entre romancista e repórter, e
entre romancista e cronista, mas não entre os 3 conjuntos.
(E) há repórter que seja romancista e cronista.
ERRADO, pois como vimos no item anterior, não temos ninguém na
região 2 do diagrama.
Resposta: D

33. FCC – TJAP – 2014 – adaptada) As frases I e II são verdadeiras.


A frase III é falsa.
I. Jogo tênis ou pratico caminhada.
II. Se pratico caminhada, então não sou preguiçoso.
III. Não sou preguiçoso ou estou cansado.
A partir dessas informações, é possível concluir corretamente que
(A) jogo tênis e estou cansado.
(B) pratico caminhada e sou preguiçoso.
(C) estou cansado e não pratico caminhada.
(D) estou cansado ou jogo tênis.
(E) pratico caminhada ou estou cansado.
RESOLUÇÃO:
Para a frase III ser falsa, é preciso que “não sou preguiçoso” e
“estou cansado” sejam ambas F, ou seja, é preciso ser verdade que:
- SOU preguiçoso
- NÃO estou cansado

Com isso em mãos, podemos voltar na afirmação II. Como “não sou
preguiçoso” é F, é preciso que “pratico caminhada” seja F também, ou
seja:
- NÃO pratico caminhada

P A L
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Voltando na afirmação I, como “pratico caminhada” é F, é preciso
que ser verdade que:
- jogo tênis

Avaliando as alternativas:
(A) jogo tênis e estou cansado.
(B) pratico caminhada e sou preguiçoso.
(C) estou cansado e não pratico caminhada.
(D) estou cansado ou jogo tênis.
(E) pratico caminhada ou estou cansado.

Veja que somente D é uma proposição verdadeira, pois trata-se de


uma disjunção onde uma das proposições simples é V (“jogo tênis”).
Resposta: D

34. FCC – SAEB/BA – 2014) Considere as afirmações:


I. Se Luiza não veste azul, então Marina veste amarelo.
II. Ou Marina não veste amarelo, ou Carolina veste verde.
III. Carolina veste verde ou Isabela veste preto.
IV. Isabela não veste preto.
Das afirmações acima, sabe-se que apenas a afirmação III é falsa. Desta
maneira, pode-se concluir corretamente, que
(A) Luiza veste azul e Marina veste amarelo.
(B) Carolina veste verde e Isabela veste preto.
(C) Luiza não veste azul ou Marina veste amarelo.
(D) Carolina não veste verde e Luiza veste azul.
(E) Marina veste amarelo ou Isabela veste preto.
RESOLUÇÃO:
Como a afirmação III é falsa, podemos dizer que a sua negação é
verdadeira, ou seja:
- carolina não veste verde e isabela não veste preto

P A L
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P A L A

A partir dessa frase podemos concluir que são verdadeiras as


seguintes proposições simples:
- carolina não veste verde
- isabela não veste preto

Voltando na afirmação II, que é uma disjunção exclusiva, podemos


concluir que:
- marina não veste amarelo

Voltando na afirmação I, podemos concluir que " luiza não veste


azul" precisa ser falso, de modo que:
- Luiza veste azul

Através das conclusões realçada ao longo desta resolução, note


que apenas a alternativa D apresenta uma afirmação correta.
Resposta: D

35. FCC – CETAM – 2014) Em uma cidade, todos os engenheiros são


casados e nem todos os médicos são solteiros. A partir dessa afirmação
pode-se concluir que, nessa cidade,
(A) há pelo menos um médico e um engenheiro que são solteiros.
(B) a maioria dos médicos são casados.
(C) há médicos que não são solteiros.
(D) nem todos os engenheiros são casados.
(E) alguns engenheiros divorciados foram considerados casados.
RESOLUÇÃO:

P A L
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P A L A
Imagine os conjuntos dos engenheiros, dos médicos, e dos
casados. Sabemos que todos os engenheiros fazem parte do conjunto
dos casados. Já nem todos os médicos são solteiros, ou seja, alguns
médicos fazem parte do conjunto dos casados. Temos um diagrama
parecido com este:

Analisando as afirmações:
(A) há pelo menos um médico e um engenheiro que são solteiros.
ERRADO, pois todos os engenheiros são casados.
(B) a maioria dos médicos são casados.
ERRADO, não temos informações para concluir se os médicos
casados representam a maioria ou a minoria deles.
(C) há médicos que não são solteiros.
CORRETO, pois se nem todos os médicos são solteiros, isto significa
que alguns não são solteiros.
(D) nem todos os engenheiros são casados.
ERRADO, foi dito que todos engenheiros são casados.
(E) alguns engenheiros divorciados foram considerados casados.
ERRADO, não foi dada nenhuma informação que permita fazer este
tipo de avaliação.

P A L
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P A L A
Resposta: C

36. FCC – METRÔ/SP – 2014) Ou Carlos fica nervoso ou Júlia grita.


Se Manuel chega correndo, então Júlia não grita. Se Manuel não chega
correndo, então Marina descansa. Marina não descansa.
A partir dessas informações, pode-se concluir corretamente que
(A) Manuel chega correndo e Júlia grita.
(B) Marina descansa.
(C) Carlos não fica nervoso e Marina descansa.
(D) Carlos fica nervoso.
(E) Se Manuel não fica nervoso, então Marina grita.
RESOLUÇÃO:
Temos quatro premissas no enunciado como você pode ver
esquematizado abaixo. Repare que as 3 primeiras premissas são
proposições compostas, enquanto a última premissa é uma proposição
simples. Quando isso ocorre, começamos a nossa análise a partir da
proposição simples:
P1: Ou Carlos fica nervoso ou Júlia grita.
P2: Se Manuel chega correndo, então Júlia não grita.
P3: Se Manuel não chega correndo, então Marina descansa.
P4: Marina não descansa.
Para obter as conclusões do argumento devemos considerar que
todas as premissas são verdadeiras. Assim, assumindo que P4 é
verdadeira, podemos dizer que de fato Marina não descansa. Voltando
na terceira premissa, observe que o trecho "marina descansa" é falso,
de modo que para manter essa premissa verdadeira precisamos que
"manuel não chega correndo" seja falso também. Logo, vemos que
Manuel chega correndo. Na premissa 2, como "manuel chega correndo"
é verdadeiro, precisamos que seja verdade que júlia não grita. Na
primeira premissa, como "júlia grita" é falso, podemos concluir que deve
ser verdade que carlos fica nervoso, esta é uma disjunção exclusiva.

P A L
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Deste modo, temos as conclusões que sublinhei ao longo desta
resolução.
Avaliando as alternativas de resposta:
(A) Manuel chega correndo e Júlia grita.
(B) Marina descansa.
(C) Carlos não fica nervoso e Marina descansa.
(D) Carlos fica nervoso. (correto)
(E) Se Manuel não fica nervoso, então Marina grita.  não temos
elementos para avaliar se Manuel fica ou não fica nervoso (e sim Carlos),
e nem sobre Marina gritar (e sim Júlia).
Resposta: D

37. FCC – SEFAZ/SP – 2009) Considere as seguintes afirmações:


I. Se ocorrer uma crise econômica, então o dólar não subirá.
II. Ou o dólar subirá, ou os salários serão reajustados, mas não ambos.
III. Os salários serão reajustados se, e somente se, não ocorrer uma crise
econômica.
Sabendo que as três afirmações são verdadeiras, é correto concluir que,
necessariamente,
a) o dólar não subirá, os salários não serão reajustados e não ocorrerá
uma crise econômica.
b) o dólar subirá, os salários não serão reajustados e ocorrerá uma crise
econômica.
c) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e ocorrerá uma crise
econômica.
d) o dólar subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise
econômica.
e) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma
crise econômica.
RESOLUÇÃO:
Resumindo as premissas, temos:
I. Crise  dólar não sobe

P A L
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II. Ou dólar sobe ou salários reajustados
III. Salários reajustados  não crise
Vamos chutar que ocorreu uma crise, isto é, a primeira proposição
simples do item I é Verdadeira.
Como o item I é uma condicional (pq), caso a condição “p” seja V,
a conseqüência “q” deve ser V também. Portanto, o dólar não sobe.
Sabendo disso, podemos partir para o item II. Note que a primeira
parte do item II é F (pois o dólar não sobe). Isso obriga a segunda parte
ser V (isto é, os salários são reajustados), para que a afirmação II seja
verdadeira.
Vejamos agora o item III. Note que a primeira parte é V (salários
reajustados), mas a segunda é F (pois assumimos que ocorreu a crise).
Isto é um absurdo, pois torna a afirmação III falsa, e sabemos que ela é
verdadeira. Onde está o erro? Na hipótese que chutamos!
Devemos então chutar o oposto, isto é, que não ocorreu uma crise.
Assim, a primeira parte do item I é F, de modo que a segunda parte
(dólar não sobe) pode ser V ou F e ainda assim a afirmação I continua
verdadeira.
Por outro lado, a segunda parte do item III é V (não crise), o que
obriga a primeira parte a ser V (salários reajustados) para que a
afirmação III seja verdadeira.
Com isso, vemos que a segunda parte do item II é V (salários
reajustados), o que obriga a primeira parte a ser F (portanto, o dólar não
sobe) para que a afirmação II seja verdadeira. Sabendo disso, podemos
voltar no item I e verificar que a sua segunda parte é V, o que mantém a
afirmação I verdadeira.
Repare que agora conseguimos fazer com que as 3 afirmações
fossem verdadeiras, como disse o enunciado. Portanto, não ocorreu uma
crise, os salários são reajustados e o dólar não sobe.
Resposta: E

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38. FCC – SEFAZ/SP – 2006) No argumento: “Se estudo, passo no
concurso. Se não estudo, trabalho. Logo, se não passo o concurso,
trabalho”, considere as proposições:
p: “estudo”
q: “passo no concurso”, e
r: “trabalho”
É verdade que:
a) A validade do argumento depende dos valores lógicos e do conteúdo
das proposições usadas no argumento
b) o argumento é válido, porque a proposição
[( p  q )  (~ p  r )]  (~ q  r ) é uma tautologia.

c) p, q, ~p e r são premissas e ~qr é a conclusão.


d) a forma simbólica do argumento é
e) a validade do argumento é verificada por uma tabela-verdade com 16
linhas.
RESOLUÇÃO:
Temos um argumento com duas premissas e uma conclusão,que
pode ser representado assim:
PREMISSAS:
pq (Se estudo, passo no concurso)
~pr (Se não estudo, trabalho)

CONCLUSÃO:
~qr (se não passo o concurso, trabalho)

Podemos, portanto, resumir este argumento assim:


[( p  q )  (~ p  r )]  (~ q  r )

Veja que uni as duas premissas com uma conjunção (“e”), pois
queremos avaliar o caso onde uma E a outra premissa são verdadeiras.
Já podemos descartar a alternativa D, que apresenta uma forma
diferente para simbolizar o argumento. O mesmo vale para a alternativa
C, que apresenta outras premissas e conclusões.

P A L
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P A L A
Também podemos descartar E, pois temos 3 proposições simples
(p, q e r), de modo que precisamos de uma tabela-verdade com 2 3 = 8
linhas apenas. Já a alternativa A apresenta um erro conceitual, pois a
validade de um argumento NÃO depende dos valores lógicos e do
conteúdo das proposições, mas sim do fato de, quando as premissas
forem V, a conclusão nunca possa ser F. Sobra apenas a alternativa B,
que é o gabarito. Vamos entendê-la melhor.
Ela diz que o argumento [( p  q )  (~ p  r )]  (~ q  r ) é uma

tautologia. Vamos confirmar? Segue abaixo a tabela-verdade, onde


preenchi as colunas da esquerda para a direita:
p q r ~p ~q pq ~pr [( p  q )  (~ p  r )] ~qr [( p  q)  (~ p  r )]  (~ q  r )
V V V F F V V V V V
V V F F F V V V V V
V F V F V F V F V V
V F F F V F V F F V
F V V V F V V V V V
F V F V F V F F V V
F F V V V V V V V V
F F F V V V F F F V

Você sabe que o argumento [( p  q )  (~ p  r )]  (~ q  r ) só é válido

se, para todos os casos onde as premissas [( p  q)  (~ p  r )] são V, a

conclusão (~ q  r ) também for V. Veja que, de fato, isso acontece

(marquei em amarelo), o que torna o argumento válido.


O enunciado quis complicar um pouco e disse que o argumento é
válido porque [( p  q )  (~ p  r )]  (~ q  r ) é uma tautologia, isto é, é

sempre V. Na essência ele disse o mesmo que eu falei no parágrafo


acima. Se o argumento não fosse uma tautologia, haveria
obrigatoriamente um caso onde [( p  q)  (~ p  r )] é V e (~ q  r ) é F,

tornando a expressão [( p  q )  (~ p  r )]  (~ q  r ) Falsa, e o argumento

Inválido.

P A L
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Resposta: B

39. FCC – SEFAZ/SP – 2009) Considere o diagrama a seguir, em que


U é o conjunto de todos os professores universitários que só lecionam em
faculdades da cidade X, A é o conjunto de todos os professores que
lecionam na faculdade A, B é o conjunto de todos os professores que
lecionam na faculdade B e M é o conjunto de todos os médicos que
trabalham na cidade X.

Em todas as regiões do diagrama, é correto representar pelo menos um


habitante da cidade X. A respeito do diagrama, foram feitas quatro
afirmações:
I. Todos os médicos que trabalham na cidade X e são professores
universitários lecionam na faculdade A
II. Todo professor que leciona na faculdade A e não leciona na faculdade
B é médico
III. Nenhum professor universitário que só lecione em faculdades da
cidade X, mas não lecione nem na faculdade A e nem na faculdade B, é
médico
IV. Algum professor universitário que trabalha na cidade X leciona,
simultaneamente, nas faculdades A e B, mas não é médico.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I
b) I e III
c) I, III e IV
d) II e IV

P A L
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P A L A
e) IV
RESOLUÇÃO:
Vamos analisar cada item do enunciado com o auxílio da figura
abaixo, onde coloquei números em regiões que serão importantes para a
análise:

I. Todos os médicos que trabalham na cidade X e são professores


universitários lecionam na faculdade A
Os médicos que trabalham na cidade X e, ao mesmo tempo, são
professores universitários, encontram-se na região 1 e 2 do diagrama
acima. Note que aqueles que estão na região 2 lecionam, de fato, na
faculdade A. Entretanto, aqueles que estão na região 1 não lecionam na
faculdade A. Falso.

II. Todo professor que leciona na faculdade A e não leciona na faculdade


B é médico
Os professores que lecionam em A e não lecionam em B estão nas
regiões 2 e 3 do diagrama. Note que aqueles da região 2 também são
médicos, porém os da região 3 não o são. Falso.
III. Nenhum professor universitário que só lecione em faculdades da
cidade X, mas não lecione nem na faculdade A e nem na faculdade B, é
médico

P A L
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P A L A
Observe que aqueles que se encontram na região 1 são professores
universitários que só lecionam na cidade X (pois fazem parte do conjunto
U), e ao mesmo tempo são médicos (pois fazem parte do conjunto M).
Falso.
IV. Algum professor universitário que trabalha na cidade X leciona,
simultaneamente, nas faculdades A e B, mas não é médico.
Aqueles que estão na região 4 são professores universitários que
trabalham na cidade X (pois fazem parte do conjunto U), lecionando nas
faculdades A e B (pois fazem parte dos conjuntos A e B), e não são
médicos (pois não pertencem ao conjunto M). Verdadeiro.
Resposta: E

40. FCC – ISS/SP – 2007) Considerando os Auditores-Fiscais que,


certo mês, estiveram envolvidos no planejamento das atividades de
fiscalização de contribuintes, arrecadação e cobrança de impostos,
observou-se que:
− todos os que planejaram a arrecadação de impostos também
planejaram a fiscalização de contribuintes;
− alguns, que planejaram a cobrança de impostos, também planejaram a
fiscalização de contribuintes.
Com base nas observações feitas, é correto afirmar que, com certeza,
(A) todo Auditor-fiscal que planejou a fiscalização de contribuintes esteve
envolvido no planejamento da arrecadação de impostos.
(B) se algum Auditor-fiscal esteve envolvido nos planejamentos da
arrecadação e da cobrança de impostos, então ele também planejou a
fiscalização de contribuintes.
(C) existe um Auditor-fiscal que esteve envolvido tanto no planejamento
da arrecadação de impostos como no da cobrança dos mesmos.
(D) existem Auditores-fiscais que estiveram envolvidos no planejamento
da arrecadação de impostos e não no da fiscalização de contribuintes.
(E) pelo menos um Auditor-fiscal que esteve envolvido no planejamento
da cobrança de impostos também planejou a arrecadação dos mesmos.

P A L
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P A L A

RESOLUÇÃO:
Podemos definir 3 grupos de Auditores-fiscais: Arrecadação,
Fiscalização e Cobrança. Com o auxílio destes conjuntos, vamos
interpretar as informações dadas:
− todos os que planejaram a arrecadação de impostos também
planejaram a fiscalização de contribuintes;
Esta informação nos diz que todos os membros do conjunto
Arrecadação também são membros do conjunto Fiscalização, isto é,
Arrecadação está contido em Fiscalização:

− alguns, que planejaram a cobrança de impostos, também planejaram a


fiscalização de contribuintes.
Aqui vemos que existem elementos na intersecção entre o conjunto
Cobrança e o conjunto Fiscalização:

Atenção para um detalhe: temos certeza que existem elementos


nas regiões 1 ou 2 acima (pois há fiscais que planejaram cobrança e
fiscalização). Mas não temos certeza se estes elementos estão apenas na

P A L
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P A L A
região 1, apenas em 2 ou em 1 e 2. Nada foi dito sobre a intersecção
entre Arrecadação e Cobrança.
Com este diagrama em mãos, vamos analisar as alternativas:
(A) todo Auditor-fiscal que planejou a fiscalização de contribuintes esteve
envolvido no planejamento da arrecadação de impostos.
Falso. Arrecadação está contido em Fiscalização, e não o contrário.
(B) se algum Auditor-fiscal esteve envolvido nos planejamentos da
arrecadação e da cobrança de impostos, então ele também planejou a
fiscalização de contribuintes.
Verdadeiro. Este Auditor-fiscal estaria na região 2 do gráfico acima
(intersecção entre Arrecadação e Cobrança), e consequentemente estaria
dentro do conjunto Fiscalização.

(C) existe um Auditor-fiscal que esteve envolvido tanto no planejamento


da arrecadação de impostos como no da cobrança dos mesmos.
Falso. Não temos elementos para afirmar que existem elementos na
região 2 (Arrecadação e Cobrança), como vimos acima.

(D) existem Auditores-fiscais que estiveram envolvidos no planejamento


da arrecadação de impostos e não no da fiscalização de contribuintes.
Falso. Arrecadação está contido em Fiscalização.

(E) pelo menos um Auditor-fiscal que esteve envolvido no planejamento


da cobrança de impostos também planejou a arrecadação dos mesmos.
Falso. Pode ser que a intersecção entre Cobrança e Fiscalização
encontre-se toda na região 1, não havendo elementos na região 2 (que
seria a intersecção com Arrecadação).
Resposta: B

41. FCC – ISS/SP – 2007) Considere o argumento seguinte:


Se o controle de tributos é eficiente e é exercida a repressão à sonegação
fiscal, então a arrecadação aumenta. Ouas penalidades aos sonegadores

P A L
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P A L A
não são aplicadas ou o controle de tributos é ineficiente. É exercida a
repressão à sonegação fiscal. Logo, se as penalidades aos sonegadores
são aplicadas, então a arrecadação aumenta.
Se para verificar a validade desse argumento for usada uma tabela-
verdade, qual deverá ser o seu número de linhas?
(A) 4
(B) 8
(C) 16
(D) 32
(E) 64
RESOLUÇÃO:
Temos o seguinte argumento:
PREMISSAS:
- Se o controle de tributos é eficiente e é exercida a repressão à
sonegação fiscal, então a arrecadação aumenta.
- Ou as penalidades aos sonegadores não são aplicadas ou o controle de
tributos é ineficiente.
- É exercida a repressão à sonegação fiscal.
CONCLUSÃO:
Logo, se as penalidades aos sonegadores são aplicadas, então a
arrecadação aumenta.
Podemos reescrever este argumento utilizando as seguintes
proposições simples:
P = O controle de tributos é eficiente
Q = É exercida a repressão à sonegação fiscal
R = A arrecadação aumenta
S = As penalidades aos sonegadores não são aplicadas
~P = O controle de tributos é ineficiente
~S = As penalidades aos sonegadores são aplicadas

P A L
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P A L A
Veja que só precisamos de 4 proposições simples: P, Q, R e S (não
devemos contar as negações ~P e ~S). Logo, o número de linhas da
tabela verdade, que é dado pela fórmula 2n, será 24 = 16.
Resposta: C

42. FCC – SEFAZ/SP – 2006) No universo U, sejam P, Q, R, S e T


propriedades sobre os elementos de U. (K(x) quer dizer que o elemento x
de U satisfaz a propriedade K e isso pode ser válido ou não).
Para todo x de U considere válidas as premissas seguintes:
- P(x)
- Q(x)
- [R(x)S(x)]T(x)
- [P(x)^Q(x)^R(x)]S(x)
É verdade que:
a) nada se pode concluir sem saber se R(x) é ou não válida
b) não há conclusão possível sobre R(x), S(x) e T(x)
c) R(x) é válida
d) S(x) é válida
e) T(x) é válida
RESOLUÇÃO:
Veja que, das duas primeiras premissas, devemos considerar que
P(x) e Q(x) são V. Na última premissa, sabemos que P(x)  Q(x) é V. Com
isso, temos as seguintes possibilidades para que esta premissa seja V:
- se R(x) for V, então [P(x)  Q(x)  R(x)] é V e, por isso, S(x) precisa ser
V.
- se R(x) for F, então [P(x)  Q(x)  R(x)] é F, de modo que S(x) pode ser
V ou F.
Note que com as combinações de valores lógicos acima de R(x) e
S(x), temos que R(x)S(x) é necessariamente V. Com isto, analisando a
terceira premissa, vemos que, como [R(x)S(x)] é V, então
obrigatoriamente T(x) precisa ser V para que a premissa seja Verdadeira.
Portanto, podemos afirmar que T(x) é uma conclusão válida.

P A L
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P A L A
Resposta: E

43. CEPERJ – SEFAZ/RJ – 2012) Considere a afirmação:


“Todo engenheiro que trabalha na empresa A ganha bem”.
Conclui-se logicamente que:
A) Toda pessoa que trabalha na empresa A e ganha bem é engenheiro.
B) Todo engenheiro que ganha bem trabalha na empresa A.
C) Toda pessoa que ganha bem é engenheiro ou trabalha na empresa A.
D) Toda pessoa que não trabalha na empresa A ou ganha mal ou é
engenheiro.
E) Todo engenheiro que ganha mal não trabalha na empresa A.
RESOLUÇÃO:
Imagine o conjunto dos Engenheiros, o conjunto dos trabalhadores
da empresa A e o conjunto dos trabalhadores que ganham bem:

P A L
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P A L A
Engenheiros Empresa A

Ganham bem

Na região 1 estão os engenheiros que trabalham na empresa A e ganham


bem. Na região 2 estão os engenheiros que trabalham na empresa A e
não ganham bem. De acordo com a proposição do enunciado, a região 2 é
vazia, pois todos os engenheiros que trabalham em A ganham bem.
Vejamos as alternativas:
A) Toda pessoa que trabalha na empresa A e ganha bem é engenheiro.
Falso. Podemos ter alguém na região 3, ou seja, que trabalha em A
e ganha bem, mas não é engenheiro.
B) Todo engenheiro que ganha bem trabalha na empresa A.
Falso. Podemos ter alguém na região 4.
C) Toda pessoa que ganha bem é engenheiro ou trabalha na empresa A.
Falso. Podemos ter alguém na região 5.
D) Toda pessoa que não trabalha na empresa A ou ganha mal ou é
engenheiro.
Falso. Alguém na região 4 não trabalha em A, mas ganha bem e é
engenheiro.

P A L
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P A L A
E) Todo engenheiro que ganha mal não trabalha na empresa A.
Verdadeiro. Os engenheiros que ganham mal estão nas regiões 2 e
6. Entretanto, como já vimos acima, a região 2 é vazia. Todos os
engenheiros que ganham mal estão, portanto, na região 6, não
trabalhando na empresa A.
Resposta: E

44. CEPERJ – SEFAZ/RJ – 2010) Sabendo que alguns homens


gostam de cozinhar e que, quem gosta de cozinhar vai ao supermercado,
pode-se concluir que:
a) Todos os homens vão ao supermercado
b) Mulheres não gostam de cozinhar
c) Quem vai ao supermercado gosta de cozinhar
d) Se um homem não vai ao supermercado, então não gosta de cozinhar
e) Quem não gosta de cozinhar não vai ao supermercado
RESOLUÇÃO:

Podemos desenhar os conjuntos dos homens, das pessoas que


gostam de cozinhar, e das pessoas que vão ao supermercado. Como
quem gosta de cozinhar vai ao supermercado, então “gosta de cozinhar” é
subconjunto de “vai ao supermercado”. E como apenas alguns homens
gostam de cozinhar, então existe uma intersecção entre o conjunto dos
homens e o das pessoas que gostam de cozinhar. Assim, temos:

P A L
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P A L A
Repare que, se um homem não vai ao supermercado, ele
obrigatoriamente está fora da região 1 do desenho acima (afinal ele não
pertence ao conjunto “supermercado”). Logo, ele não gosta de cozinhar.
Temos isso na alternativa D.

Resposta: D

45. ESAF – RECEITA FEDERAL – 2012) Caso ou compro uma


bicicleta. Viajo ou não caso. Vou morar em Pasárgada ou não compro
uma bicicleta. Ora, não vou morar em Pasárgada. Assim,
a) não viajo e caso.
b) viajo e caso.
c) não vou morar em Pasárgada e não viajo.
d) compro uma bicicleta e não viajo.
e) compro uma bicicleta e viajo.
RESOLUÇÃO:
Temos no enunciado as premissas abaixo, sendo que a última é
uma proposição simples:
P1: Caso ou compro uma bicicleta.
P2: Viajo ou não caso.
P3: Vou morar em Pasárgada ou não compro uma bicicleta.
P4: Ora, não vou morar em Pasárgada.
Começando a análise pela proposição simples, vemos que não vou
morar em Pasárgada. Voltando em P3, vemos que “vou morar em
Pasárgada” é F, de modo que é preciso ser verdade que não compro uma
bicicleta. Em P1 vemos que “compro uma bicicleta” é F, de modo que é
preciso ser verdade que caso. Em P2 vemos que “não caso” é F, de modo
que é preciso ser verdade que viajo. Assim, podemos concluir que:
- não vou morar em Pasárgada, não compro uma bicicleta, caso e viajo.
Na alternativa B temos as duas últimas conclusões.
Resposta: B

P A L
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46. ESAF – RECEITA FEDERAL – 2012) Se Paulo é irmão de Ana,
então Natália é prima de Carlos. Se Natália é prima de Carlos, então
Marta não é mãe de Rodrigo. Se Marta não é mãe de Rodrigo, então Leila
é tia de Maria. Ora, Leila não é tia de Maria. Logo
a) Marta não é mãe de Rodrigo e Paulo é irmão de Ana.
b) Marta é mãe de Rodrigo e Natália é prima de Carlos.
c) Marta não é mãe de Rodrigo e Natália é prima de Carlos.
d) Marta é mãe de Rodrigo e Paulo não é irmão de Ana.
e) Natália não é prima de Carlos e Marta não é mãe de Rodrigo.
RESOLUÇÃO:
Temos as seguintes premissas no enunciado, sendo que a última é
uma proposição simples:
P1: Se Paulo é irmão de Ana, então Natália é prima de Carlos.
P2: Se Natália é prima de Carlos, então Marta não é mãe de Rodrigo.
P3: Se Marta não é mãe de Rodrigo, então Leila é tia de Maria.
P4: Ora, Leila não é tia de Maria.

A proposição simples (P4) nos permite concluir que Leila não é tia
de Maria. Em P3, vemos que “Leila é tia de Maria” é F, de modo que
“Marta não é mãe de Rodrigo” também precisa ser F. Portanto, Marta é
mãe de Rodrigo. Em P2, vemos que “Marta não é mãe de Rodrigo” é F, de
modo que “Natália é prima de Carlos” precisa ser F, ou seja, Natália não é
prima de Carlos. Em P1, vemos que “Natália é prima de Carlos” é F, de
modo que “Paulo é irmão de Ana” precisa ser F, de modo que Paulo não é
irmão de Ana.
Com as conclusões sublinhadas, podemos marcar a alternativa D:
d) Marta é mãe de Rodrigo e Paulo não é irmão de Ana.
Resposta: D

47. ESAF – MINISTÉRIO DA FAZENDA – 2012) Se Marta é


estudante, então Pedro não é professor. Se Pedro não é professor, então

P A L
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P A L A
Murilo trabalha. Se Murilo trabalha, então hoje não é domingo. Ora, hoje
é domingo. Logo,
a) Marta não é estudante e Murilo trabalha.
b) Marta não é estudante e Murilo não trabalha.
c) Marta é estudante ou Murilo trabalha.
d) Marta é estudante e Pedro é professor.
e) Murilo trabalha e Pedro é professor.
RESOLUÇÃO:
Temos as seguintes premissas no enunciado, sendo que a última é
uma proposição simples:
P1: Se Marta é estudante, então Pedro não é professor.
P2: Se Pedro não é professor, então Murilo trabalha.
P3: Se Murilo trabalha, então hoje não é domingo.
P4: Ora, hoje é domingo.
Neste caso começamos a análise pela proposição simples, que nos
mostra que hoje é domingo. Em P3, como “hoje não é domingo” é F,
então “Murilo trabalha” deve ser F, ou seja, Murilo não trabalha. Em P2
sabemos que “Murilo trabalha” é F, de modo que “Pedro não é professor”
deve ser F também, o que implica que Pedro é professor. Em P1 vemos
que “Pedro não é professor” é F, de modo que “Marta é estudante” deve
ser F também, de modo que Marta não é estudante. Assim, podemos
concluir que:
- hoje é domingo, Murilo não trabalha, Pedro é professor, e Marta não é
estudante.

A alternativa B é condizente com essas conclusões:


b) Marta não é estudante e Murilo não trabalha.
Resposta: B

48. ESAF – SEFAZ/SP – 2009 Adaptada) Se Maria vai ao cinema,


Pedro ou Paulo vão ao cinema. Se Paulo vai ao cinema, Teresa e Joana

P A L
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P A L A
vão ao cinema. Se Pedro vai ao cinema, Teresa e Ana vão ao cinema. Se
Teresa não foi ao cinema, pode-se afirmar que:
a) Ana não foi ao cinema.
b) Paulo foi ao cinema.
c) Pedro foi ao cinema.
d) Maria não foi ao cinema.
e) Joana não foi ao cinema.
RESOLUÇÃO:
Temos o seguinte argumento:
Se Maria vai ao cinema, Pedro ou Paulo vão ao cinema.
Se Paulo vai ao cinema, Teresa e Joana vão ao cinema.
Se Pedro vai ao cinema, Teresa e Ana vão ao cinema.
Teresa não foi ao cinema.
Sempre que houver uma proposição simples, devemos partir dela.
Com essa informação em mãos (Teresa não foi ao cinema), vejamos as
demais:
Se Paulo vai ao cinema, Teresa e Joana vão ao cinema.
Sabemos que a segunda parte dessa condicional é falsa, pois Teresa
não foi ao cinema (e a conjunção “Teresa e Joana vão ao cinema” só é
verdadeira se ambas forem ao cinema). Portanto, a primeira parte
também é falsa, sendo seu oposto verdadeiro: Paulo não vai ao cinema.
Se Pedro vai ao cinema, Teresa e Ana vão ao cinema.
Fazendo um raciocínio análogo ao anterior, como “Teresa e Ana vão
ao cinema” é falso, “Pedro vai ao cinema” também é. Portanto, Pedro não
vai ao cinema.
Se Maria vai ao cinema, Pedro ou Paulo vão ao cinema.
Como nem Pedro nem Paulo vão ao cinema, a segunda parte dessa
condicional é falsa. Portanto, Maria também não vai ao cinema.
Resposta: D

49. ESAF – MINISTÉRIO DA FAZENDA – 2013) Se Eva vai à praia,


ela bebe caipirinha. Se Eva não vai ao cinema, ela não bebe caipirinha. Se

P A L
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P A L A
Eva bebe caipirinha, ela não vai ao cinema. Se Eva não vai à praia, ela vai
ao cinema. Segue-se, portanto, que Eva:
a) vai à praia, vai ao cinema, não bebe caipirinha.
b) não vai à praia, vai ao cinema, não bebe caipirinha.
c) vai à praia, não vai ao cinema, bebe caipirinha.
d) não vai à praia, não vai ao cinema, não bebe caipirinha.
e) não vai à praia, não vai ao cinema, bebe caipirinha.
RESOLUÇÃO:
Todas as premissas do enunciado são proposições compostas:

P1: Se Eva vai à praia, ela bebe caipirinha.

P2: Se Eva não vai ao cinema, ela não bebe caipirinha.

P3: Se Eva bebe caipirinha, ela não vai ao cinema.

P4: Se Eva não vai à praia, ela vai ao cinema.


As alternativas de resposta são proposições simples, portanto
devemos usar o método do “chute”. Assumindo que Eva vai à praia é
verdadeiro, na premissa P1 vemos que ela bebe caipirinha. Na premissa
P2, como “ela não bebe caipirinha” é F, é preciso que “Eva não vai ao
cinema” também seja F, portanto Eva vai ao cinema. Entretanto com isto
P3 fica falsa, pois a primeira parte seria V e a segunda seria F. Não foi
possível tornar todas as premissas verdadeiras. Logo, devemos mudar
nosso chute.
Assumindo que Eva não vai à praia, na premissa P4 vemos que ela
vai ao cinema. Em P3 vemos que “ela não vai ao cinema” é F, portanto
“Eva bebe caipirinha” deve ser F também, ou seja, Eva não bebe
caipirinha. Com isso P2 já está verdadeira, pois “ela não bebe caipirinha”
é V. E P1 também já é verdadeira, pois “Eva vai à praia” é F. Assim, foi
possível tornar as 4 premissas verdadeiras, o que permite concluir que:
- Eva não vai à praia, vai ao cinema, e não bebe caipirinha.
Resposta: B

P A L
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P A L A

50. ESAF – MPOG – 2010) Há três suspeitos para um crime e pelo


menos um deles é culpado. Se o primeiro é culpado, então o segundo é
inocente. Se o terceiro é inocente, então o segundo é culpado. Se o
terceiro é inocente, então ele não é o único a sê-lo. Se o segundo é
culpado, então ele não é o único a sê-lo. Assim, uma situação possível é:
a) Os três são culpados.
b) Apenas o primeiro e o segundo são culpados.
c) Apenas o primeiro e o terceiro são culpados.
d) Apenas o segundo é culpado.
e) Apenas o primeiro é culpado.
RESOLUÇÃO:
Temos as seguintes premissas, todas elas proposições compostas:

P1: Se o primeiro é culpado, então o segundo é inocente.

P2: Se o terceiro é inocente, então o segundo é culpado.

P3: Se o terceiro é inocente, então ele não é o único a sê-lo.

P4: Se o segundo é culpado, então ele não é o único a sê-lo.

Assim, vamos “chutar” que o primeiro é culpado. Assim, pela


premissa P1, vemos que o segundo é inocente. Em P2, temos que “o
segundo é culpado” é F, de modo que “o terceiro é inocente” tem que ser
F também. Portanto, o terceiro é culpado. Com isso, P3 já é uma
premissa verdadeira, pois a sua primeira parte (“o terceiro é inocente) é
F. De maneira similar, P4 já é verdadeira pois sua primeira parte (“o
segundo é culpado”) é F.
Como vemos, é possível que o primeiro e o terceiro sejam culpados,
tornando as 4 premissas verdadeiras, como temos na alternativa C.
Resposta: C

P A L
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P A L A
51. ESAF – RECEITA FEDERAL – 2012) Se Anamara é médica, então
Angélica é médica. Se Anamara é arquiteta, então Angélica ou Andrea são
médicas. Se Andrea é arquiteta, então Angélica é arquiteta. Se Andrea é
médica, então Anamara é médica. Considerando que as afirmações são
verdadeiras, segue-se, portanto, que:
a) Anamara, Angélica e Andrea são arquitetas.
b) Anamara é médica, mas Angélica e Andrea são arquitetas.
c) Anamara, Angélica e Andrea são médicas.
d) Anamara e Angélica são arquitetas, mas Andrea é médica.
e) Anamara e Andrea são médicas, mas Angélica é arquiteta.
RESOLUÇÃO:
Temos as premissas abaixo, todas elas proposições compostas:
P1: Se Anamara é médica, então Angélica é médica.

P2: Se Anamara é arquiteta, então Angélica ou Andrea são médicas.

P3: Se Andrea é arquiteta, então Angélica é arquiteta.

P4: Se Andrea é médica, então Anamara é médica.

Já as alternativas de resposta são proposições simples. Assim,


devemos usar o método do “chute”. Assumindo que Anamara é médica,
em P1 vemos que Angélica é médica. Em P3 vemos que “Angélica é
arquiteta” é F, de modo que “Andrea é arquiteta” tem que ser F, ou seja,
Andrea não é arquiteta. Veja que P2 já é uma proposição verdadeira, pois
como Angélica é médica, então “Angélica ou Andrea são médicas” é V. E
note também que P4 já é uma proposição verdadeira, pois “Anamara é
médica” é V. Assim, foi possível tornar as 4 premissas verdadeiras
simultaneamente, o que permite concluir que Anamara é médica, Angélica
é médica, e Andrea não é arquiteta.
Analisando as alternativas de resposta, vemos de cara que as
opções A, B, D e E são falsas, pois nenhuma das três é arquiteta.
A alternativa C diz:
c) Anamara, Angélica e Andrea são médicas

P A L
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P A L A
Sabemos que Anamara e Angélica podem ser médicas, mas
concluimos apenas que Andrea não é arquiteta. Não temos elementos
para afirmar que Andrea é médica. A verdade é que o examinador queria
que assumíssemos que só existem 2 profissões disponíveis: medicina ou
arquitetura. Assim, como Andrea não é arquiteta, ela também tem que
ser médica.
Resposta: C
ATENÇÃO: embora alunos tenham interposto recurso, esta questão
não foi anulada pela banca. É importante ir pegando essa “malícia” para,
na hora da prova, você marcar a alternativa “menos errada”, que neste
caso era a letra C.

52. ESAF – STN – 2012) P não é número, ou R é variável. B é


parâmetro ou R não é variável. R não é variável ou B não é parâmetro. Se
B não é parâmetro, então P é número. Considerando que todas as
afirmações são verdadeiras, conclui-se que:
a) B é parâmetro, P é número, R não é variável.
b) P não é número, R não é variável, B é parâmetro.
c) B não é parâmetro, P é número, R não é variável.
d) R não é variável, B é parâmetro, P é número.
e) R não é variável, P não é número, B não é parâmetro.
RESOLUÇÃO:
Temos as seguintes premissas no enunciado, todas elas proposições
compostas:
P1: P não é número, ou R é variável.

P2: B é parâmetro ou R não é variável.

P3: R não é variável ou B não é parâmetro.

P4: Se B não é parâmetro, então P é número.

P A L
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P A L A
Veja que as alternativas de resposta são enumerações de
proposições simples. Ou seja, devemos usar o método do “chute”.
Assumindo que P não é número, em P1 vemos que R não é variável
(observe que P1 é uma disjunção exclusiva, formada pelo “ou” precedido
de vírgula). Com isso, P2 e P3 ficam verdadeiras, pois “R não é variável” é
V. Em P4 vemos que “P é número” é F, de modo que “B não é parâmetro”
precisa ser F, ou seja, B é parâmetro. Podemos com isso marcar a
alternativa B:
b) P não é número, R não é variável, B é parâmetro.
Resposta: B

53. ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009) Se   3 e , então   3 e . Se

  e3 , então  ou  são iguais a 3


e . Se   e3 , então   e3 . Se   3 e ,

então   3 e . Considerando que as afirmações são verdadeiras, segue-se,


portanto, que:

RESOLUÇÃO:
Podemos resolver chutando que   3 e é V, e tentando preencher o
valor lógico das demais proposições simples, de modo a manter todas as
frases verdadeiras. Vejamos:

- Se   3 e , então   3 e  como   3 e é V, podemos dizer que   3 e

precisa ser V.

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- Se   e3 , então   e 3  como   e 3 é F, podemos dizer que   e3

precisa ser F.
- Se   3 e , então   3 e  como   3 e é V, esta condicional é

verdadeira independente do valor lógico de   3 e .

- Se   e3 , então  ou  são iguais a 3


e  Como   e3 é F, esta frase é

verdadeira independente do valor lógico de  ou  .

Analisando as alternativas, vemos que      3 e é uma

combinação que mantém todas as frases verdadeiras, sem falha lógica.


Resposta: D

54. ESAF – ANEEL – 2004) Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo.


Velejo ou não estudo. Ora, não velejo. Assim,
a) estudo e fumo.
b) não fumo e surfo.
c) não velejo e não fumo.
d) estudo e não fumo.
e) fumo e surfo.

RESOLUÇÃO:
Assumindo que premissa formada por uma proposição simples
(“não velejo”) é verdade, podemos voltar analisando as demais premissas
do argumento:

Velejo ou não estudo.


A primeira parte desta proposição (“velejo”) é falsa. Portanto, a
segunda parte precisa ser verdadeira (“não estudo”), para que esta
disjunção seja verdadeira. Portanto, de fato eu não estudo.

Surfo ou estudo.
A segunda parte desta proposição (“estudo”) é falsa, pois já vimos
que não estudo. Assim, a primeira parte precisa ser verdadeira, para que
a disjunção seja verdadeira. Ou seja, surfo.

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Fumo ou não surfo.


Novamente, a segunda parte dessa disjunção é falsa. A primeira
precisa ser verdadeira. Isto é, fumo.
Com isto, vemos que:
- não estudo
- surfo
- fumo
Resposta: E
55. ESAF – AUDITOR MTE – 2003) Investigando uma fraude
bancária, um famoso detetive colheu evidências que o convenceram da
verdade das seguintes afirmações:
1) Se Homero é culpado, então João é culpado.
2) Se Homero é inocente, então João ou Adolfo são culpados.
3) Se Adolfo é inocente, então João é inocente.
4) Se Adolfo é culpado, então Homero é culpado.
As evidências colhidas pelo famoso detetive indicam, portanto, que:
a) Homero, João e Adolfo são inocentes.
b) Homero, João e Adolfo são culpados.
c) Homero é culpado, mas João e Adolfo são inocentes.
d) Homero e João são inocentes, mas Adolfo é culpado.
e) Homero e Adolfo são culpados, mas João é inocente.
RESOLUÇÃO:
Temos 4 premissas verdadeiras, todas elas proposições compostas,
mas não sabemos os valores lógicos das proposições simples que as
compõem. Assim, vamos “chutar” um valor lógico e preencher os demais,
verificando se encontramos alguma contradição.
Podemos começar assumindo que “Homero é culpado” é V. Neste
caso, com base na premissa 1 podemos afirmar que “João é culpado” é V.
Na premissa 3, como “João é inocente” é F, vemos que “Adolfo é
inocente” é F. Com isso, temos que os 3 são culpados. Vejamos se as
premissas 2 e 4 também continuam verdadeiras:

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2) Se Homero é inocente, então João ou Adolfo são culpados.


Como a condição “Homero é inocente” é F, esta condicional
certamente é verdadeira.

4) Se Adolfo é culpado, então Homero é culpado.


Aqui temos VV, o que mantém a premissa verdadeira.

Logo, não encontramos falha lógica, e verificamos que Homero,


João e Adolfo são culpados.
Resposta: B
56. ESAF – AUDITOR MTE – 2003) Se não durmo, bebo. Se estou
furioso, durmo. Se durmo, não estou furioso. Se não estou furioso, não
bebo. Logo,
a) não durmo, estou furioso e não bebo
b) durmo, estou furioso e não bebo
c) não durmo, estou furioso e bebo
d) durmo, não estou furioso e não bebo
e) não durmo, não estou furioso e bebo
RESOLUÇÃO:
Observe que o enunciado nos apresenta as premissas de um
argumento, e solicita as conclusões do mesmo. Repare que todas as
premissas são proposições compostas, e as alternativas de resposta são
enumerações de proposições simples.
Vamos começar chutando que “não durmo” é V (e, portanto,
“durmo” é F). Com isso, vejamos o que é preciso fazer para forçar as
premissas a serem verdadeiras:
- Se não durmo, bebo : como “não durmo” é V, é necessário que “bebo”
seja V para que esta condicional seja verdadeira. Consequentemente,
“não bebo” é F;

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- Se estou furioso, durmo : como “durmo” é F, é preciso que “estou
furioso” seja F para que esta condicional seja verdadeira.
Consequentemente, “não estou furioso” é V;

- Se durmo, não estou furioso : veja que “não estou furioso” é V e


“durmo” é F. Assim, essa condicional é verdadeira.

- Se não estou furioso, não bebo : aqui vemos que “não estou furioso” é V
e “não bebo” é F, tornando essa condicional Falsa!!

Veja que não foi possível tornar todas as premissas verdadeiras.


Esta falha ocorreu porque o nosso chute (“não durmo” é V) estava errado.
Vamos chutar, então, que “não durmo” é F, e que “durmo” é V. Agora
devemos verificar se todas as premissas podem ser tornadas verdadeiras:

- Se durmo, não estou furioso : como “durmo” é V, então “não estou


furioso” deve ser V para esta premissa ser verdadeira.
Consequentemente, “estou furioso” é F;
- Se não estou furioso, não bebo : como “não estou furioso” é V, então
“não bebo” deve ser V, e assim “bebo” é F;

- Se estou furioso, durmo : “estou furioso” é F, de modo que esta


premissa é Verdadeira.

- Se não durmo, bebo : “não durmo” é F, de modo que esta premissa é


Verdadeira.

Agora sim foi possível tornar todas as premissas verdadeiras. Para


isso, temos que “durmo”, “não estou furioso” e “não bebo” são
proposições Verdadeiras, sendo estas as nossas conclusões deste
argumento. Temos isto na letra D:
d) durmo, não estou furioso e não bebo
Resposta: D

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57. ESAF – RECEITA FEDERAL – 2014) Se é verdade que alguns


adultos são felizes e que nenhum aluno de matemática é feliz, então é
necessariamente verdade que:
a) algum adulto é aluno de matemática.
b) nenhum adulto é aluno de matemática.
c) algum adulto não é aluno de matemática.
d) algum aluno de matemática é adulto.
e) nenhum aluno de matemática é adulto.
RESOLUÇÃO:
Podemos montar o seguinte diagrama, no qual marquei com 1 e 2
duas áreas que devemos avaliar:

Como alguns adultos são felizes, certamente existem elementos na


região 1. E como nenhum aluno de matemática é feliz, então os conjuntos
“felizes” e “matemática” não possuem intersecção. Avaliando as
alternativas:
a) algum adulto é aluno de matemática.  ERRADO. Não temos
elementos para afirmar que a região 2 possui elementos.
b) nenhum adulto é aluno de matemática.  ERRADO. Também não
temos elementos para afirmar que a região 2 é vazia.

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c) algum adulto não é aluno de matemática.  CORRETO. Os adultos que
são felizes estão na região 1, e assim automaticamente não fazem parte
do conjunto dos alunos de matemática.

d) algum aluno de matemática é adulto.  ERRADO. Não temos


informações para afirmar que existe algum elemento na região 2.

e) nenhum aluno de matemática é adulto.  ERRADO. Não temos


informações para afirmar que a região 2 está vazia.
Resposta: C

58. ESAF – RECEITA FEDERAL – 2014) Ana está realizando um teste


e precisa resolver uma questão de raciocínio lógico. No enunciado da
questão, é afirmado que: “todo X1 é Y. Todo X2, se não for X3, ou é X1
ou é X4. Após, sem sucesso, tentar encontrar a alternativa correta, ela
escuta alguém, acertadamente, afirmar que: não há X3 e não há X4 que
não seja Y. A partir disso, Ana conclui, corretamente, que:
a) todo Y é X2.
b) todo Y é X3 ou X4.
c) algum X3 é X4.
d) algum X1 é X3.
e) todo X2 é Y.
RESOLUÇÃO:
Podemos montar um diagrama a partir das informações:

- todo X1 é Y:

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- não há X3 e não há X4 que não seja Y:

- todo X2, se não for X3, ou é X1 ou é X4:

A partir deste último diagrama, vemos que a única informação


absolutamente correta é:
e) todo X2 é Y.
Resposta: E

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59. ESAF – MINISTÉRIO DA FAZENDA – 2014) Em um argumento,
as seguintes premissas são verdadeiras:
- Se o Brasil vencer o jogo, então a França não se classifica.
- Se a França não se classificar, então a Itália se classifica.
- Se a Itália se classificar, então a Polônia não se classifica.
- A Polônia se classificou.
Logo, pode-se afirmar corretamente que:
a) a Itália e a França se classificaram.
b) a Itália se classificou e o Brasil não venceu o jogo.
c) a França se classificou ou o Brasil venceu o jogo.
d) a França se classificou e o Brasil venceu o jogo.
e) a França se classificou se, e somente se, o Brasil venceu o jogo.
RESOLUÇÃO:
Temos as premissas:
P1- Se o Brasil vencer o jogo, então a França não se classifica.
P2- Se a França não se classificar, então a Itália se classifica.
P3- Se a Itália se classificar, então a Polônia não se classifica.
P4- A Polônia se classificou.

P4 é uma proposição simples, e nos diz que a Polônia efetivamente


se classificou. Voltando em P3 vemos que “Polônia não se classifica” é F,
de modo que “Itália se classifica” deve ser F também, para respeitar a
condicional. Assim, Itália não se classifica. De maneira análoga, voltando
em P2 vemos que a França se classifica. Com isso podemos voltar em P1
e ver que o Brasil não vence o jogo.
Considerando as conclusões sublinhadas, podemos marcar a
alternativa C, pois a disjunção “a França se classificou ou o Brasil venceu
o jogo” é do tipo V ou F, que é uma disjunção verdadeira.
Resposta: C

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Fim de aula. Até o próximo encontro!

Abraço,

Prof. Arthur Lima

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1. IADES – CFA – 2010)Considere os argumentos a seguir.


Argumento I: Se nevar então vai congelar. Não está nevando. Logo, não
vai congelar.
Argumento II: Se nevar então vai congelar. Não está congelando. Logo,
não vai nevar.
Assim, é correto concluir que:
a) ambos são falácias
b) ambos são tautologias
c) o argumento I é uma falácia e o argumento II é uma tautologia
d) o argumento I é uma tautologia e o argumento II é uma falácia

2. FCC – SEFAZ/SP – 2006) Considere os argumentos abaixo:

Indicando-se os argumentos legítimos por L e os ilegítimos por I, obtêm-


se, na ordem dada,
a) L, L, I, L
b) L, L, L, L
c) L, I, L, I
d) I, L, I, L
e) I, I, I, I

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3. ESAF – PECFAZ – 2013) Considere verdadeiras as premissas a


seguir:
– se Ana é professora, então Paulo é médico;
– ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante;
– Marta não é estudante.
Sabendo-se que os três itens listados acima são as únicas premissas do
argumento, pode-se concluir que:
a) Ana é professora.
b) Ana não é professora e Paulo é médico.
c) Ana não é professora ou Paulo é médico.
d) Marta não é estudante e Ana é Professora.
e) Ana é professora ou Paulo é médico.

4. ESAF – RECEITA FEDERAL – 2012) Se Ana é pianista, então Beatriz


é violinista. Se Ana é violinista, então Beatriz é pianista. Se Ana é
pianista, Denise é violinista. Se Ana é violinista, então Denise é pianista.
Se Beatriz é violinista, então Denise é pianista. Sabendo-se que nenhuma
delas toca mais de um instrumento, então Ana, Beatriz e Denise tocam,
respectivamente:
a) piano, piano, piano.
b) violino, piano, piano.
c) violino, piano, violino.
d) violino, violino, piano.
e) piano, piano, violino.

5. ESAF – ANEEL – 2004) Se não leio, não compreendo. Se jogo, não


leio. Se não desisto, compreendo. Se é feriado, não desisto. Então,
a) se jogo, não é feriado.
b) se não jogo, é feriado.

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c) se é feriado, não leio.
d) se não é feriado, leio.
e) se é feriado, jogo.

6. FCC – TCE-PR – 2011) Considere que as seguintes premissas são


verdadeiras:
I. Se um homem é prudente, então ele é competente.
II. Se um homem não é prudente, então ele é ignorante.
III. Se um homem é ignorante, então ele não tem esperanças.
IV. Se um homem é competente, então ele não é violento.
Para que se obtenha um argumento válido, é correto concluir que se um
homem:
(A) não é violento, então ele é prudente.
(B) não é competente, então ele é violento.
(C) é violento, então ele não tem esperanças.
(D) não é prudente, então ele é violento.
(E) não é violento, então ele não é competente.

7. FUNDATEC – IRGA – 2013) Considere os seguintes argumentos,


assinalando V, se válidos, ou NV, se não válidos.
( ) Se o cão é um mamífero, então laranjas não são minerais.
Ora, laranjas são minerais, logo, o cão não é um mamífero.
( ) Quando chove, João não vai à escola.
Hoje não choveu, portanto, hoje João foi à escola.
( ) Quando estou de férias, viajo.
Não estou viajando agora, portanto, não estou de férias.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo,
é:
a) V – V – V

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b) V – V – NV
c) V – NV – V
d) NV – V – V
e) NV – NV – NV

8. FUNDATEC – CREA/PR – 2010) Dadas as premissas: “Todos os


abacaxis são bananas.” e “Algumas laranjas não são bananas.” A
conclusão que torna o argumento válido é:
A) “Existem laranjas que não são abacaxis.”
B) “Nenhum abacaxi é banana.”
C) “Existe laranja que é banana.”
D) “Todas as laranjas são bananas.”
E) “Nem todos os abacaxis são bananas.”
9. ESAF – MINISTÉRIO DA FAZENDA – 2012) Em uma cidade as
seguintes premissas são verdadeiras:
Nenhum professor é rico. Alguns políticos são ricos.
Então, pode-se afirmar que:
a) Nenhum professor é político.
b) Alguns professores são políticos.
c) Alguns políticos são professores.
d) Alguns políticos não são professores.
e) Nenhum político é professor.

10. UFG – ISS/Goiânia – 2016) Considere que todos os que forem


aprovados para vagas serão aqueles que fizerem a prova no concurso
público, e que alguns dos aprovados farão parte do cadastro de reserva,
não sendo contratados de imediato. Sabe-se também que J e M farão o
concurso. Assim,
(A) se M não for contratada de imediato, então ela não terá sido aprovada
no concurso.
(B) se M não for contratada de imediato, então ela fará parte do cadastro
de reserva.

P A L
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(C) se J for contratado, então terá sido aprovado no concurso.
(D) se J for aprovado no concurso, então ele fará parte do cadastro de
reserva.

11. FCC – TRF/3ª – 2016) Se “todo engenheiro é bom em


matemática” e “algum engenheiro é físico”, conclui-se corretamente que
(A) todo físico é bom em matemática.
(B) certos bons em matemática não são físicos.
(C) existem bons em matemática que são físicos.
(D) certos físicos não são bons em matemática.
(E) não há engenheiros que sejam físicos.

12. FCC – TRF/3ª – 2016) Considere, abaixo, as afirmações e o valor


lógico atribuído a cada uma delas entre parênteses.
− Ou Júlio é pintor, ou Bruno não é cozinheiro (afirmação FALSA).
− Se Carlos é marceneiro, então Júlio não é pintor (afirmação FALSA).
− Bruno é cozinheiro ou Antônio não é pedreiro (afirmação VERDADEIRA).
A partir dessas afirmações,
(A) Júlio não é pintor e Bruno não é cozinheiro.
(B) Antônio é pedreiro ou Bruno é cozinheiro.
(C) Carlos é marceneiro e Antônio não é pedreiro.
(D) Júlio é pintor e Carlos não é marceneiro.
(E) Antônio é pedreiro ou Júlio não é pintor.

13. FGV – IBGE – 2016) Sobre os amigos Marcos, Renato e Waldo,


sabe-se que:
I – Se Waldo é flamenguista, então Marcos não é tricolor
II – Se Renato é vascaíno, então Marcos é tricolor

P A L
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III – Se Renato é vascaíno, então Waldo não é flamenguista
Logo deduz-se que:
a) Marcos é tricolor
b) Marcos não é tricolor
c) Waldo é flamenguista
d) Waldo não é flamenguista
e) Renato é vascaíno

14. FCC – SEFAZ/PE – 2015) Na Escola Recife, todo professor de


Desenho Geométrico ensina também Matemática. Alguns coordenadores,
mas não todos, são professores de Matemática. Além disso, todos os
pedagogos da Escola Recife são coordenadores, mas nenhum deles ensina
Desenho Geométrico. Somente com estas informações, é correto concluir
que na Escola Recife, necessariamente,
(A) pelo menos um pedagogo é professor de Matemática.
(B) nem todo pedagogo é professor de Matemática.
(C) existe um professor de Desenho Geométrico que não é coordenador.
(D) existe um coordenador que não é professor de Desenho Geométrico.
(E) todo pedagogo é professor de Desenho Geométrico.

15. VUNESP – TCE/SP – 2015) Se Cláudio é auxiliar de fiscalização,


então Adalberto é dentista. Mário é bibliotecário ou Adalberto é dentista.
Se Adalberto não for dentista, então é verdade que
(A) Cláudio será auxiliar de fiscalização ou Mário não será bibliotecário.
(B) Cláudio será auxiliar de fiscalização e Mário não será bibliotecário.
(C) Cláudio não será auxiliar de fiscalização e Mário não será bibliotecário.
(D) Cláudio será auxiliar de fiscalização e Mário será bibliotecário.
(E) Cláudio não será auxiliar de fiscalização e Mário será bibliotecário.

16. VUNESP – TCE/SP – 2015) Sabe-se que todos os irmãos de


Wilson são funcionários públicos. Dessa forma, deduz-se corretamente
que

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(A) se Maria não é irmã de Wilson, então ela não é funcionária pública.
(B) Wilson é funcionário público.
(C) se Amanda não é funcionária pública, então ela não é irmã de Wilson.
(D) Wilson não é funcionário público.
(E) se Jorge é funcionário público, então ele é irmão de Wilson.

17. FGV – TJ/PI – 2015) Renato falou a verdade quando disse:


• Corro ou faço ginástica.
• Acordo cedo ou não corro.
• Como pouco ou não faço ginástica.
Certo dia, Renato comeu muito.
É correto concluir que, nesse dia, Renato:
(A) correu e fez ginástica;
(B) não fez ginástica e não correu;
(C) correu e não acordou cedo;
(D) acordou cedo e correu;
(E) não fez ginástica e não acordou cedo.

18. VUNESP – ISS/SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – 2014) Considere


verdadeiras as afirmações a seguir.
I. Elias não é policial.
II. Se Alves é juiz, então Bruno é promotor.
III. Se Bruno não é promotor, então Carlos não é oficial de justiça.
IV. Se Carlos não é oficial de justiça, então Durval não é advogado de
defesa.
V. Durval é advogado de defesa ou Elias é policial.
A partir dessas afirmações, é correto concluir que
(A) Durval não é advogado de defesa.

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(B) Carlos não é oficial de justiça.
(C) Alves não é juiz.
(D) Bruno é promotor.
(E) Alves é juiz.

19. VUNESP – ISS/SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – 2014) Considere


falsas as proposições a seguir.
I. João não foi à festa ou Cláudio foi trabalhar.
II. Lucas caiu da escada e João não foi à festa.
III. Daniel saiu de casa ou Rafael não foi ao baile.
IV. Lucas caiu da escada e Daniel saiu de casa.
A partir dessas proposições, existe uma única possibilidade de ser
verdadeira a afirmação:
(A) Lucas caiu da escada.
(B) João não foi à festa.
(C) Daniel saiu de casa.
(D) Cláudio foi trabalhar.
(E) Rafael não foi ao baile.

20. VUNESP – ISS/SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – 2014) Considere


verdadeiras as afirmações.
I. Se Marcos é pedreiro, então Juca não é mecânico.
II. Juca é policial e mecânico.
III. Clóvis é eletricista ou oficial de justiça.
IV. Ou Marta é costureira ou Marta é escrivã.
V. Se Marcos não é pedreiro, então Clóvis é apenas oficial de justiça.

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Nessa situação, o número máximo de funções explicitamente exercidas
por todas essas pessoas é igual a
(A) 7.
(B) 6.
(C) 5.
(D) 4.
(E) 3.

21. VUNESP – ISS/SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – 2014) Sabe-se que


alguns programadores são analistas de sistemas. Sabe-se também que
todos os programadores são digitadores. A partir dessas informações, é
correto concluir que
(A) todos os digitadores são analistas de sistemas.
(B) nenhum digitador é analista de sistemas.
(C) todos os analistas de sistemas são digitadores.
(D) nenhum analista de sistemas é digitador.
(E) alguns analistas de sistemas são digitadores.

22. FGV – DPE/MT – 2015) Considere verdadeiras as afirmações a


seguir.
 Existem advogados que são poetas.
 Todos os poetas escrevem bem.
Com base nas afirmações, é correto concluir que
(A) se um advogado não escreve bem então não é poeta.
(B) todos os advogados escrevem bem.
(C) quem não é advogado não é poeta.
(D) quem escreve bem é poeta.
(E) quem não é poeta não escreve bem.
23. VUNESP – TCE/SP – 2015) Se Reginaldo é agente da fiscalização
ou Sérgio é professor, então Márcia é psicóloga. André é administrador
se, e somente se, Carmem é dentista. Constatado que Márcia não é
psicóloga e André não é administrador, conclui-se corretamente que

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(A) Sérgio não é professor, Carmem não é dentista e Reginaldo não é
agente da fiscalização.
(B) Sérgio é professor, mas Carmem não é dentista e Reginaldo não é
agente da fiscalização.
(C) Sérgio é professor, Carmem é dentista, mas Reginaldo não é agente
da fiscalização.
(D) Sérgio é professor, Reginaldo é agente da fiscalização, mas Carmem
não é dentista.
(E) Sérgio é professor, Carmem é dentista e Reginaldo é agente da
fiscalização.

24. VUNESP – TCE/SP – 2015) Sabe-se que todos os primos de


Vanderlei são funcionários públicos e que todos os primos de Marcelo não
são funcionários públicos. Dessa forma, deduz-se corretamente que
(A) nenhum funcionário público é primo de Vanderlei.
(B) algum primo de Vanderlei é primo de Marcelo.
(C) nenhum primo de Vanderlei é funcionário público.
(D) algum funcionário público é primo de Marcelo.
(E) nenhum primo de Marcelo é primo de Vanderlei.

25. FCC – TRF/3ª – 2014) Diante, apenas, das premissas “Nenhum


piloto é médico”, “Nenhum poeta é médico” e “Todos os astronautas são
pilotos”, então é correto afirmar que
(A) algum poeta é astronauta e algum piloto não é médico.
(B) algum astronauta é médico.
(C) todo poeta é astronauta.
(D) nenhum astronauta é médico.
(E) algum poeta não é astronauta.

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26. FCC – TRF/3ª – 2014) Diante, apenas, das premissas “Existem
juízes”, “Todos os juízes fizeram Direito” e “Alguns economistas são
juízes”, é correto afirmar que
(A) ser juiz é condição para ser economista.
(B) alguns economistas que fizeram Direito não são juízes.
(C) todos aqueles que fizeram Direito são juízes.
(D) todos aqueles que não são economistas também não são juízes.
(E) ao menos um economista fez Direito.

27. FCC – TRT/19ª – 2014) Se o diretor está no escritório, então


Rodrigo não joga no computador e Tomás não ouve rádio. Se Tomás não
ouve rádio, então Gabriela pensa que Tomás não veio. Se Gabriela pensa
que Tomás não veio, então ela fica mal humorada. Gabriela não está mal
humorada. A partir dessas informações, é possível concluir, corretamente,
que
(A) o diretor não está no escritório e Tomás não ouve rádio.
(B) Gabriela pensa que Tomás não veio e Tomás não ouve rádio.
(C) o diretor está no escritório e Tomás ouve rádio.
(D) Tomás não ouve rádio e Gabriela não pensa que Tomás não veio.
(E) o diretor não está no escritório e Gabriela não pensa que Tomás não
veio.

28. FCC – TRT/19ª – 2014) Considere verdadeiras as afirmações:


I. Se Ana for nomeada para um novo cargo, então Marina permanecerá
em seu posto.
II. Marina não permanecerá em seu posto ou Juliana será promovida.
III. Se Juliana for promovida então Beatriz fará o concurso.
IV. Beatriz não fez o concurso.
A partir dessas informações, pode-se concluir corretamente que
(A) Beatriz foi nomeada para um novo cargo.
(B) Marina permanecerá em seu posto.
(C) Beatriz não será promovida.

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(D) Ana não foi nomeada para um novo cargo.
(E) Juliana foi promovida.

29. FCC – TRT/16ª – 2014) Se nenhum XILACO é COLIXA, então


(A) todo XILACO é COLIXA.
(B) é verdadeiro que algum XILACO é COLIXA.
(C) alguns COLIXA são XILACO.
(D) é falso que algum XILACO é COLIXA.
(E) todo COLIXA é XILACO.

30. FCC – TRT/2ª – 2014) Considere as três afirmações a seguir,


todas verdadeiras, feitas em janeiro de 2013.
I. Se o projeto X for aprovado até maio de 2013, então um químico e um
biólogo serão contratados em junho do mesmo ano.
II. Se um biólogo for contratado, então um novo congelador será
adquirido.
III. Se for adquirido um novo congelador ou uma nova geladeira, então o
chefe comprará sorvete para todos.
Até julho de 2013, nenhum biólogo havia sido contratado. Apenas com
estas informações, pode-se concluir que, necessariamente, que
(A) o projeto X não foi aprovado até maio de 2013.
(B) nenhum químico foi contratado.
(C) não foi adquirido um novo congelador.
(D) não foi adquirida uma nova geladeira.
(E) o chefe não comprou sorvete para todos.

31. FCC – TJAP – 2014) Em um país, todos os habitantes são filiados


a um partido político, sendo que um mesmo habitante não pode ser filiado
a dois partidos diferentes. Sabe-se ainda que todo habitante filiado ao
partido X é engenheiro e que cada habitante tem uma única profissão.

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Paulo é um engenheiro e Carla é uma médica, ambos habitantes desse
país. Apenas com essas informações, é correto concluir que,
necessariamente,
(A) Paulo é filiado ao partido X.
(B) Carla não é filiada ao partido X.
(C) Carla é filiada ao partido X.
(D) Paulo não é filiado ao partido X.
(E) Paulo e Carla são filiados a partidos diferentes.
32. FCC – TJAP – 2014) Alguns repórteres também são cronistas, mas
não todos. Alguns cronistas são romancistas, mas não todos. Qualquer
romancista é também: ou repórter ou cronista, mas não ambos. Supondo
verdadeiras as afirmações, é possível concluir corretamente que
(A) há romancista que não seja repórter e também não seja cronista.
(B) os cronistas que são repórteres também são romancistas.
(C) não há repórter que seja cronista.
(D) não há cronista que seja romancista e repórter.
(E) há repórter que seja romancista e cronista.

33. FCC – TJAP – 2014 – adaptada) As frases I e II são verdadeiras.


A frase III é falsa.
I. Jogo tênis ou pratico caminhada.
II. Se pratico caminhada, então não sou preguiçoso.
III. Não sou preguiçoso ou estou cansado.
A partir dessas informações, é possível concluir corretamente que
(A) jogo tênis e estou cansado.
(B) pratico caminhada e sou preguiçoso.
(C) estou cansado e não pratico caminhada.
(D) estou cansado ou jogo tênis.
(E) pratico caminhada ou estou cansado.

34. FCC – SAEB/BA – 2014) Considere as afirmações:


I. Se Luiza não veste azul, então Marina veste amarelo.

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II. Ou Marina não veste amarelo, ou Carolina veste verde.
III. Carolina veste verde ou Isabela veste preto.
IV. Isabela não veste preto.
Das afirmações acima, sabe-se que apenas a afirmação III é falsa. Desta
maneira, pode-se concluir corretamente, que
(A) Luiza veste azul e Marina veste amarelo.
(B) Carolina veste verde e Isabela veste preto.
(C) Luiza não veste azul ou Marina veste amarelo.
(D) Carolina não veste verde e Luiza veste azul.
(E) Marina veste amarelo ou Isabela veste preto.
35. FCC – CETAM – 2014) Em uma cidade, todos os engenheiros são
casados e nem todos os médicos são solteiros. A partir dessa afirmação
pode-se concluir que, nessa cidade,
(A) há pelo menos um médico e um engenheiro que são solteiros.
(B) a maioria dos médicos são casados.
(C) há médicos que não são solteiros.
(D) nem todos os engenheiros são casados.
(E) alguns engenheiros divorciados foram considerados casados.

36. FCC – METRÔ/SP – 2014) Ou Carlos fica nervoso ou Júlia grita.


Se Manuel chega correndo, então Júlia não grita. Se Manuel não chega
correndo, então Marina descansa. Marina não descansa.
A partir dessas informações, pode-se concluir corretamente que
(A) Manuel chega correndo e Júlia grita.
(B) Marina descansa.
(C) Carlos não fica nervoso e Marina descansa.
(D) Carlos fica nervoso.
(E) Se Manuel não fica nervoso, então Marina grita.

37. FCC – SEFAZ/SP – 2009) Considere as seguintes afirmações:


I. Se ocorrer uma crise econômica, então o dólar não subirá.
II. Ou o dólar subirá, ou os salários serão reajustados, mas não ambos.

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III. Os salários serão reajustados se, e somente se, não ocorrer uma crise
econômica.
Sabendo que as três afirmações são verdadeiras, é correto concluir que,
necessariamente,
a) o dólar não subirá, os salários não serão reajustados e não ocorrerá
uma crise econômica.
b) o dólar subirá, os salários não serão reajustados e ocorrerá uma crise
econômica.
c) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e ocorrerá uma crise
econômica.
d) o dólar subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise
econômica.
e) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma
crise econômica.

38. FCC – SEFAZ/SP – 2006) No argumento: “Se estudo, passo no


concurso. Se não estudo, trabalho. Logo, se não passo o concurso,
trabalho”, considere as proposições:
p: “estudo”
q: “passo no concurso”, e
r: “trabalho”
É verdade que:
a) A validade do argumento depende dos valores lógicos e do conteúdo
das proposições usadas no argumento
b) o argumento é válido, porque a proposição
[( p  q )  (~ p  r )]  (~ q  r ) é uma tautologia.

c) p, q, ~p e r são premissas e ~qr é a conclusão.


d) a forma simbólica do argumento é
e) a validade do argumento é verificada por uma tabela-verdade com 16
linhas.

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39. FCC – SEFAZ/SP – 2009) Considere o diagrama a seguir, em que
U é o conjunto de todos os professores universitários que só lecionam em
faculdades da cidade X, A é o conjunto de todos os professores que
lecionam na faculdade A, B é o conjunto de todos os professores que
lecionam na faculdade B e M é o conjunto de todos os médicos que
trabalham na cidade X.

Em todas as regiões do diagrama, é correto representar pelo menos um


habitante da cidade X. A respeito do diagrama, foram feitas quatro
afirmações:
I. Todos os médicos que trabalham na cidade X e são professores
universitários lecionam na faculdade A
II. Todo professor que leciona na faculdade A e não leciona na faculdade
B é médico
III. Nenhum professor universitário que só lecione em faculdades da
cidade X, mas não lecione nem na faculdade A e nem na faculdade B, é
médico
IV. Algum professor universitário que trabalha na cidade X leciona,
simultaneamente, nas faculdades A e B, mas não é médico.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I
b) I e III
c) I, III e IV
d) II e IV
e) IV

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40. FCC – ISS/SP – 2007) Considerando os Auditores-Fiscais que,
certo mês, estiveram envolvidos no planejamento das atividades de
fiscalização de contribuintes, arrecadação e cobrança de impostos,
observou-se que:
− todos os que planejaram a arrecadação de impostos também
planejaram a fiscalização de contribuintes;
− alguns, que planejaram a cobrança de impostos, também planejaram a
fiscalização de contribuintes.
Com base nas observações feitas, é correto afirmar que, com certeza,
(A) todo Auditor-fiscal que planejou a fiscalização de contribuintes esteve
envolvido no planejamento da arrecadação de impostos.
(B) se algum Auditor-fiscal esteve envolvido nos planejamentos da
arrecadação e da cobrança de impostos, então ele também planejou a
fiscalização de contribuintes.
(C) existe um Auditor-fiscal que esteve envolvido tanto no planejamento
da arrecadação de impostos como no da cobrança dos mesmos.
(D) existem Auditores-fiscais que estiveram envolvidos no planejamento
da arrecadação de impostos e não no da fiscalização de contribuintes.
(E) pelo menos um Auditor-fiscal que esteve envolvido no planejamento
da cobrança de impostos também planejou a arrecadação dos mesmos.

41. FCC – ISS/SP – 2007) Considere o argumento seguinte:


Se o controle de tributos é eficiente e é exercida a repressão à sonegação
fiscal, então a arrecadação aumenta. Ouas penalidades aos sonegadores
não são aplicadas ou o controle de tributos é ineficiente. É exercida a
repressão à sonegação fiscal. Logo, se as penalidades aos sonegadores
são aplicadas, então a arrecadação aumenta.

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Se para verificar a validade desse argumento for usada uma tabela-
verdade, qual deverá ser o seu número de linhas?
(A) 4
(B) 8
(C) 16
(D) 32
(E) 64

42. FCC – SEFAZ/SP – 2006) No universo U, sejam P, Q, R, S e T


propriedades sobre os elementos de U. (K(x) quer dizer que o elemento x
de U satisfaz a propriedade K e isso pode ser válido ou não).
Para todo x de U considere válidas as premissas seguintes:
- P(x)
- Q(x)
- [R(x)S(x)]T(x)
- [P(x)^Q(x)^R(x)]S(x)
É verdade que:
a) nada se pode concluir sem saber se R(x) é ou não válida
b) não há conclusão possível sobre R(x), S(x) e T(x)
c) R(x) é válida
d) S(x) é válida
e) T(x) é válida

43. CEPERJ – SEFAZ/RJ – 2012) Considere a afirmação:


“Todo engenheiro que trabalha na empresa A ganha bem”.
Conclui-se logicamente que:

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A) Toda pessoa que trabalha na empresa A e ganha bem é engenheiro.
B) Todo engenheiro que ganha bem trabalha na empresa A.
C) Toda pessoa que ganha bem é engenheiro ou trabalha na empresa A.
D) Toda pessoa que não trabalha na empresa A ou ganha mal ou é
engenheiro.
E) Todo engenheiro que ganha mal não trabalha na empresa A.

44. CEPERJ – SEFAZ/RJ – 2010) Sabendo que alguns homens


gostam de cozinhar e que, quem gosta de cozinhar vai ao supermercado,
pode-se concluir que:
a) Todos os homens vão ao supermercado
b) Mulheres não gostam de cozinhar
c) Quem vai ao supermercado gosta de cozinhar
d) Se um homem não vai ao supermercado, então não gosta de cozinhar
e) Quem não gosta de cozinhar não vai ao supermercado

45. ESAF – RECEITA FEDERAL – 2012) Caso ou compro uma


bicicleta. Viajo ou não caso. Vou morar em Pasárgada ou não compro
uma bicicleta. Ora, não vou morar em Pasárgada. Assim,
a) não viajo e caso.
b) viajo e caso.
c) não vou morar em Pasárgada e não viajo.
d) compro uma bicicleta e não viajo.
e) compro uma bicicleta e viajo.

46. ESAF – RECEITA FEDERAL – 2012) Se Paulo é irmão de Ana,


então Natália é prima de Carlos. Se Natália é prima de Carlos, então
Marta não é mãe de Rodrigo. Se Marta não é mãe de Rodrigo, então Leila
é tia de Maria. Ora, Leila não é tia de Maria. Logo
a) Marta não é mãe de Rodrigo e Paulo é irmão de Ana.
b) Marta é mãe de Rodrigo e Natália é prima de Carlos.
c) Marta não é mãe de Rodrigo e Natália é prima de Carlos.

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d) Marta é mãe de Rodrigo e Paulo não é irmão de Ana.
e) Natália não é prima de Carlos e Marta não é mãe de Rodrigo.

47. ESAF – MINISTÉRIO DA FAZENDA – 2012) Se Marta é


estudante, então Pedro não é professor. Se Pedro não é professor, então
Murilo trabalha. Se Murilo trabalha, então hoje não é domingo. Ora, hoje
é domingo. Logo,
a) Marta não é estudante e Murilo trabalha.
b) Marta não é estudante e Murilo não trabalha.
c) Marta é estudante ou Murilo trabalha.
d) Marta é estudante e Pedro é professor.
e) Murilo trabalha e Pedro é professor.

48. ESAF – SEFAZ/SP – 2009 Adaptada) Se Maria vai ao cinema,


Pedro ou Paulo vão ao cinema. Se Paulo vai ao cinema, Teresa e Joana
vão ao cinema. Se Pedro vai ao cinema, Teresa e Ana vão ao cinema. Se
Teresa não foi ao cinema, pode-se afirmar que:
a) Ana não foi ao cinema.
b) Paulo foi ao cinema.
c) Pedro foi ao cinema.
d) Maria não foi ao cinema.
e) Joana não foi ao cinema.

49. ESAF – MINISTÉRIO DA FAZENDA – 2013) Se Eva vai à praia,


ela bebe caipirinha. Se Eva não vai ao cinema, ela não bebe caipirinha. Se
Eva bebe caipirinha, ela não vai ao cinema. Se Eva não vai à praia, ela vai
ao cinema. Segue-se, portanto, que Eva:
a) vai à praia, vai ao cinema, não bebe caipirinha.
b) não vai à praia, vai ao cinema, não bebe caipirinha.
c) vai à praia, não vai ao cinema, bebe caipirinha.
d) não vai à praia, não vai ao cinema, não bebe caipirinha.
e) não vai à praia, não vai ao cinema, bebe caipirinha.

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50. ESAF – MPOG – 2010) Há três suspeitos para um crime e pelo


menos um deles é culpado. Se o primeiro é culpado, então o segundo é
inocente. Se o terceiro é inocente, então o segundo é culpado. Se o
terceiro é inocente, então ele não é o único a sê-lo. Se o segundo é
culpado, então ele não é o único a sê-lo. Assim, uma situação possível é:
a) Os três são culpados.
b) Apenas o primeiro e o segundo são culpados.
c) Apenas o primeiro e o terceiro são culpados.
d) Apenas o segundo é culpado.
e) Apenas o primeiro é culpado.

51. ESAF – RECEITA FEDERAL – 2012) Se Anamara é médica, então


Angélica é médica. Se Anamara é arquiteta, então Angélica ou Andrea são
médicas. Se Andrea é arquiteta, então Angélica é arquiteta. Se Andrea é
médica, então Anamara é médica. Considerando que as afirmações são
verdadeiras, segue-se, portanto, que:
a) Anamara, Angélica e Andrea são arquitetas.
b) Anamara é médica, mas Angélica e Andrea são arquitetas.
c) Anamara, Angélica e Andrea são médicas.
d) Anamara e Angélica são arquitetas, mas Andrea é médica.
e) Anamara e Andrea são médicas, mas Angélica é arquiteta.

52. ESAF – STN – 2012) P não é número, ou R é variável. B é


parâmetro ou R não é variável. R não é variável ou B não é parâmetro. Se
B não é parâmetro, então P é número. Considerando que todas as
afirmações são verdadeiras, conclui-se que:
a) B é parâmetro, P é número, R não é variável.
b) P não é número, R não é variável, B é parâmetro.
c) B não é parâmetro, P é número, R não é variável.
d) R não é variável, B é parâmetro, P é número.

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e) R não é variável, P não é número, B não é parâmetro.

53. ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009) Se   3 e , então   3 e . Se

  e3 , então  ou  são iguais a 3


e . Se   e3 , então   e 3 . Se   3 e ,

então   3 e . Considerando que as afirmações são verdadeiras, segue-se,


portanto, que:

54. ESAF – ANEEL – 2004) Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo.


Velejo ou não estudo. Ora, não velejo. Assim,
a) estudo e fumo.
b) não fumo e surfo.
c) não velejo e não fumo.
d) estudo e não fumo.
e) fumo e surfo.

55. ESAF – AUDITOR MTE – 2003) Investigando uma fraude


bancária, um famoso detetive colheu evidências que o convenceram da
verdade das seguintes afirmações:
1) Se Homero é culpado, então João é culpado.
2) Se Homero é inocente, então João ou Adolfo são culpados.
3) Se Adolfo é inocente, então João é inocente.

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4) Se Adolfo é culpado, então Homero é culpado.
As evidências colhidas pelo famoso detetive indicam, portanto, que:
a) Homero, João e Adolfo são inocentes.
b) Homero, João e Adolfo são culpados.
c) Homero é culpado, mas João e Adolfo são inocentes.
d) Homero e João são inocentes, mas Adolfo é culpado.
e) Homero e Adolfo são culpados, mas João é inocente.
56. ESAF – AUDITOR MTE – 2003) Se não durmo, bebo. Se estou
furioso, durmo. Se durmo, não estou furioso. Se não estou furioso, não
bebo. Logo,
a) não durmo, estou furioso e não bebo
b) durmo, estou furioso e não bebo
c) não durmo, estou furioso e bebo
d) durmo, não estou furioso e não bebo
e) não durmo, não estou furioso e bebo

57. ESAF – RECEITA FEDERAL – 2014) Se é verdade que alguns


adultos são felizes e que nenhum aluno de matemática é feliz, então é
necessariamente verdade que:
a) algum adulto é aluno de matemática.
b) nenhum adulto é aluno de matemática.
c) algum adulto não é aluno de matemática.
d) algum aluno de matemática é adulto.
e) nenhum aluno de matemática é adulto.

58. ESAF – RECEITA FEDERAL – 2014) Ana está realizando um teste


e precisa resolver uma questão de raciocínio lógico. No enunciado da
questão, é afirmado que: “todo X1 é Y. Todo X2, se não for X3, ou é X1
ou é X4. Após, sem sucesso, tentar encontrar a alternativa correta, ela
escuta alguém, acertadamente, afirmar que: não há X3 e não há X4 que
não seja Y. A partir disso, Ana conclui, corretamente, que:
a) todo Y é X2.

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b) todo Y é X3 ou X4.
c) algum X3 é X4.
d) algum X1 é X3.
e) todo X2 é Y.

59. ESAF – MINISTÉRIO DA FAZENDA – 2014) Em um argumento,


as seguintes premissas são verdadeiras:
- Se o Brasil vencer o jogo, então a França não se classifica.
- Se a França não se classificar, então a Itália se classifica.
- Se a Itália se classificar, então a Polônia não se classifica.
- A Polônia se classificou.
Logo, pode-se afirmar corretamente que:
a) a Itália e a França se classificaram.
b) a Itália se classificou e o Brasil não venceu o jogo.
c) a França se classificou ou o Brasil venceu o jogo.
d) a França se classificou e o Brasil venceu o jogo.
e) a França se classificou se, e somente se, o Brasil venceu o jogo.

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1 C 2 C 3 C 4 B 5 A 6 C
7 C 8 A 9 D 10 C 11 C 12 C
13 D 14 D 15 E 16 C 17 D 18 D
19 A 20 D 21 E 22 A 23 A 24 E
25 D 26 E 27 E 28 D 29 D 30 A
31 B 32 D 33 D 34 D 35 C 36 D
37 E 38 B 39 E 40 B 41 C 42 E
43 E 44 D 45 B 46 D 47 B 48 D
49 B 50 C 51 C 52 B 53 D 54 E
55 B 56 D 57 C 58 E 59 C 60

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Confira a seguir um breve resumo sobre os pontos trabalhados


nesta aula. Espero que você tenha compreendido tudo muito bem!

- conclusões de um argumento são proposições que serão sempre V


quando assumirmos que todas as premissas são V. Isto é, se uma
proposição assumir o valor F quando todas as premissas forem V, essa
proposição não é uma conclusão;

- Principais métodos de resolução de questões sobre


argumentação:

- questões que fornecem as premissas e solicitam as conclusões de


um argumento: para obter as conclusões é preciso assumir que
todas as premissas são verdadeiras. Assim:

- se uma das premissas é uma proposição simples: começar


analisando-a, e com ela partir para “forçar” as demais a
serem verdadeiras também;

- se todas as premissas são compostas e as alternativas de


resposta (conclusões) são proposições simples: “chutar” o
valor lógico de alguma proposição simples que compõe as
premissas, e com isso tentar forçar todas as premissas a
ficarem verdadeiras, analisando se não há falha lógica;

- se todas as premissas são compostas e as alternativas de


resposta (conclusões) também: forçar cada possível conclusão
a ser F, e com isso tentar forçar todas as premissas a serem

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V. Se isso for possível, aquela alternativa NÃO é uma
conclusão;

- um argumento é válido se, aceitando que as premissas são


verdadeiras, a conclusão é verdadeira. Se for possível a conclusão
ser FALSA enquanto todas as premissas são VERDADEIRAS, o
argumento é INVÁLIDO. Logo, para testar a validade de um
argumento, você deve:
- forçar a conclusão a ser falsa. A seguir, tentar forçar todas
as premissas a serem verdadeiras. Se isso for possível, o
argumento é INVÁLIDO. Veja na figura:

- Proposições categóricas podem ser tratadas com diagramas lógicos:


o Todo A é B: “todos os elementos do conjunto A são também
do conjunto B”, isto é, A está contido em B.

o Nenhum A é B: nenhum elemento de A é também de B, isto


é, os dois conjuntos são totalmente distintos (disjuntos)

o Algum A é B: algum elemento de A é também elemento de B

o Algum A não é B: existem elementos de A que não são de B

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