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Arminianismo
Arminianismo
Além disto, tendo Adão dado exemplo para o pecado e para uma vida de pecado,
Jesus teria vindo dar o exemplo para uma vida sem pecado e portanto o homem
não precisaria necessariamente da Graça de Deus para ser salvo. A salvação neste
contexto é então responsabilidade do homem, já que ele pode decidir e seguir
uma vida reta diante de Deus. Antes de simplesmente apoiarmos a sentença já
colocada de que este pensamento é herético, devemos tentar verificar se a Bíblia
dá base para alguém pensar assim. Iniciemos:
Iniciemos com Mt. 5:45 “Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e
a chuva desça sobre justos e injustos”. Sendo assim, todos os homens são iguais e
tratados por Deus da mesma forma, a diferença seria o fato do homem fazer
justiça ou injustiça. Ora, segundo Ap. 22:11 “Quem é injusto, seja injusto ainda; e
quem é sujo, seja sujo ainda; e quem é justo, seja justificado ainda; e quem é
santo, seja santificado ainda”, e “Desviando-se o justo da sua justiça, e praticando
iniquidade, morrerá nela. E, convertendo-se o ímpio da sua impiedade, e
praticando juízo e justiça, ele viverá por eles” Ez 33:18-19. Neste sentido, o justo
poderia fazer justiça e viver por ela, e o injusto faria injustiça e morreria nela. O
texto de Ezequiel, se continuarmos o versículo 20, parece apontar para o juízo final
de Deus, ou seja, o viver e o morrer longe de Deus e portanto salvo ou não,
dependeria dos atos humanos.
Existem sim, outros versículos que serviram de base para as primícias pelagianas.
Mas… (espero que você estivesse esperando o mas…)
Bem, entendendo o que seria o Pelagianismo, vamos entender o que poderia ser o
Semi-pelagianismo. Na verdade, este posicionamento não é algo oficial, ou seja,
não existe de forma clara alguém ou alguns que sistematizaram o semi-
pelagianismo. Ou seja, entendemos que todo e qualquer posicionamento que
aceite algum ou alguns dos preceitos do Pelagianismo, mesmo sem aceitar todos,
seria, de alguma maneira, classificada como semi-pelagianismo.
Esta acusação é então uma falácia, pois a falta de entendimento do que prega o
arminianismo leva a alguns falarem aquilo que não faz parte da doutrina
Arminiana.
Sendo assim, a salvação seria obra exclusiva de Deus, bastando ao homem ser
exposto à palavra e ao Espírito Santo e não resistir a Deus. Sobre a resistência
falaremos mais a seguir, já que é outro ponto interessante.
O Semipelagianismo essencialmente ensina que a humanidade é manchada pelo pecado, mas não ao extremo
de não podermos cooperar com a graça de Deus com os nossos próprios esforços. Essa crença é, em essência,
depravação parcial, ao invés de depravação total. As mesmas escrituras que refutam o Pelagianismo refutam o
Semipelagianismo. Romanos 3:10-18 com certeza não descreve a humanidade como sendo apenas parcialmente
manchada pelo pecado. A Bíblia claramente ensina que sem Deus fazendo com que certa pessoa se "aproxime"
dEle, somos incapazes de cooperar com a graça de Deus. "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o
não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia" (João 6:44). Assim como o Pelagianismo, o Semipelagianismo é
anti-bíblico e deve ser rejeitado.
Pelagianismo: Pelágio era um monge que viveu no fim do século 4 e início do século 5 D.C.
Ele ensinava que os seres humanos nasciam inocentes, sem a mancha do pecado original
e pecado herdado. Também acreditava que Deus criava diretamente toda alma humana e,
portanto, toda alma era livre do pecado. Pelágio acreditava que o pecado de Adão não
tinha afetado as gerações futuras da humanidade. Essa interpretação ficou conhecida
como Pelagianismo.
Em síntese:
Pelagiano: qualquer sistema em que o ser humano seja capaz de alcançar a salvação
inteiramente por si mesmo sem a assistência divina, além da graça comum (isto é, a
graça necessária para que qualquer ser exista). Além do fato que o pelagianismo negou o
pecado original.
Semipelagianismo: qualquer sistema em que o processo de salvação seja iniciado pelo ser
humano sem assistência da graça.
Mas existe alguns calvinistas e algumas páginas que afirma que o Arminianismo é a
mesma coisa que o semi-pelagianismo, talvez eles nunca leram sobre o Arminianismo
escrito por Arminios.
Neste estado [caído], o livre-arbítrio do homem para o verdadeiro bem não está apenas
ferido, enfermo, inclinado, e enfraquecido; mas ele está também preso, destruído, e
perdido. E os seus poderes não só estão debilitados e inúteis a menos que seja assistido
pela graça, mas não tem poder algum exceto quando é animado pela graça divina. [1]
Homem não tem fé salvadora em si mesmo; nem ele nasce de novo ou se converte pelo
poder de seu próprio livre arbítrio: se achando no estado de pecado, ele não pode pensar,
muito menos querer ou fazer qualquer bem que seja de fato salvificamente bom a partir
de si mesmo: mas é necessário que ele seja regenerado e totalmente renovado por Deus
em Cristo pela Palavra do Evangelho e pela virtude do Espírito Santo, em conjunto com o
seguinte: no entendimento, afeições, vontade e todos os seus poderes e faculdades, para
que ele possa ser capaz de compreender, meditar, querer e realizar essas coisas que são
salvificamente boas.[2]
H. Orton Wiley falou em perfeita harmonia com Arminius, dizendo: “Depravação é total na
medida em que afeta todo o ser do homem”. [3]