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Elementos de Máquinas
INTRODUÇÃO
Há muito tempo os moinhos verticais de rolos tem sido amplamente empregados
na preparação da farinha alimentada ao forno de cimento por serem capazes de trabalhar
uma ampla faixa de materiais atingindo a finura requerida a um processo eficiente. O
projeto de um moinho vertical combina os processos de secagem, moagem e separação
em uma única unidade, simplificando sobremaneira o layout da planta.
Embora os projetos iniciais para aplicar este tipo de monho na cominuição do
clínquer tivessem enfrentados vários problemas, principalmente devido ao elevado
desgaste dos elementos de moagem, os esforços empregados na otimização do processo
e dos componentes mecânicos resultaram num excelente exemplo de superação técnica.
Como conseqüência o novo moinho OK tornou-se muito mais eficiente em
termos de consumo de energia que um moinho tradicional de bolas e muito mais
confiável mecanicamente que uma prensa de rolos.
Este moinho sobrepujou os problemas inerentes à moagem de materiais muito
finos ou de difícil moabilidade através um projeto inédito e patenteado dos rolos e mesa
de moagem. Os novos rolos tem um formato esférico com um depressão no meio.
Com isto, lóbulos duplos criam duas zonas distintas de moagem, umazona
inicial com baixa pressão que produz um leito de material consistente e desaerado e
outra zona subseqüente de alta pressão que comprime e cominui eficazmente o material.
Na seqüência deste trabalho apresentamos um estudo detalhado dos diversos
componentes deste moinho, estudo este essencial para que os técnicos envolvidos na
sua operação e manutenção deste monho vertical de rolos possam adquirir o domínio
tecnológico necessário ao cumprimento adequado de suas tarefas relacionadas ao
mesmo.
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CARCAÇA
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ACIONAMENTO
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Neste conceito, a potência do motor principal é transmitida ao sistema planetário
(segunda etapa) por meio de um par cônico pinhão/coroa cônico (primeira etapa) e um
acoplamento dentado.
O suporte de arraste das engrenagens planetárias transmite então o torque ao
disco exterior do redutor. Uma redução significativa do peso total, das dimensões e dos
custos implicados são vantagens óbvias que aparecem quando se comparam este
conceito com o prévio.
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Estágio de Redução com Engrenagens Cônicas Helicoidais
A etapa coroa-pinhão transmite a potência horizontal proveniente do motor em
uma direção vertical. A relação total de engrenagens requerida é adaptada nesta etapa e
o par cônico é montado inteiramente no interior do redutor. O pinhão e o eixo da coroa
são suportados por mancais deslizantes. Os dentes da coroa são cônicos helicoidais
(com maior superfície de contato), endurecidos e retificados.
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Este método garante um contato ótimo nos flancos dos dentes e assegura uma
longa vida útil. As engrenagens passam por tratamento térmico. Os dentes internos têm
seu acabamento executado em uma máquina de usinagem com ferramenta especial de
corte ou esmerilhamento.
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O óleo do sistema de alta pressão é alimentado através de furos internos aos
coxins e pressionado para fora entre o disco de saída e a superfície do coxim. Assim, o
disco de saída flutua sobre um filme de óleo, mesmo sob baixas velocidades.
O sistema de sistema de lubrificação de baixa pressão mantém uma troca
constante de óleo no reservatório de óleo assegurando que os coxins sejam lubrificados
e resfriados. Quando o disco de saída é acionado, os coxins irão deslizar suavemente e
óleo do reservatório é drenado entre os coxins e o disco de saída de modo que se forma
um filme de óleo com formato de cunha entre tais superfícies.
Mancal Radial
O mancal radial mantém a mesa de moagem e o mancal planetário na posição
radial correta. Este mancal é lubrificado pelo sistema de lubrificação de baixa pressão.
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- lubrificação das engrenagens e mancais.
- limpeza do óleo.
- resfriamento do redutor durante a operação do moinho.
- aquecimento do redutor durante a partida moinho.
Tanque de Óleo
O tanque de óleo serve como plataforma onde são instalados componentes tais
como as bombas de alta e baixa pressão, filtro de óleo duplo intercambiável, resfriador
de óleo e painel de instrumentos de controle.
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ALIMENTAÇÃO
Eclusa Rotativa
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As células da eclusa podem ser equipadas com revestimento em segmentos de
aço, ou, alternativamente, com um revestimento borracha flexível. Com isto, um
material pegajoso pode ser removido durante a operação aplicando-se de ar comprimido
no espaço abaixo do revestimento de borracha através da ativação de uma válvula
solenóide durante 15 segundos entre intervalos de 5 a 30 minutos.
A eclusa também pode ser aquecida para evitar o agarramento de materiais
pegajosos e úmidos. Ar aquecido ou gás quente flui dentro do rotor para aquecer as
palhetas e as bases da cavidade.
As placas da tampa removíveis permitem fácil manutenção e acesso para
limpeza. Os painéis laterais removíveis permitem a limpeza das hastes dos rotores e
substituição do revestimento. O revestimento do “cilindro” é feito em peças múltiplas e
pode ser substituído sem a remoção do propulsor e as tampas laterais.
Chute de Alimentação
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MESA DE MOAGEM
Mesa de Moagem
A mesa de moagem é constituída por uma peça rotativa pesada de aço fundido.
A volumosa massa do corpo da mesa absorve parte da força originada pelos rolos de
moagem, devido à própria massa, através de um efeito de “bigorna”. A mesa de
moagem se encontra firmemente presa a flange do redutor através de estais e porcas
sextavadas.
A pressão aplicada à mesa de moagem bem como seu peso próprio são
suportados por um mancal do tipo semi-hidrostático. Neste mancal a carga é suportada
por uma grossa película de óleo fornecida por uma vazão constante de óleo proveniente
de uma bomba de alta pressão. O mancal é composto por um conjunto de coxins,
recobertos por metal branco, dispostas em um círculo.
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Os segmentos da pista de moagem devem assentar-se perfeitamente sobre a
mesa e são travados por meio de um anel de fixação. A montagem é iniciada
posicionando um segmento sobre a mesa seguro pelo respectivo segmento do anel de
fixação.
Seqüencialmente montam-se os outros segmentos que devem ficar corretamente
distanciados por uma placa de espaçamento. Posteriormente estes espaços são
preenchidos com epóxi. O último segmento é travado por meio de um calço usinado.
Durante a montagem dos segmentos sobre a pista de moagem deve se tomar
especial cuidado no manuseio dos mesmos, pois embora tenham alto grau de dureza e
sejam extremamente resistentes ao desgaste tem baixa característica de resiliência, ou
seja, são passíveis de quebra por choques.
O desgaste dos segmentos deve ser medido periodicamente segundo uma
instrução especifica utilizando-se um gabarito apropriado. Os perfis de desgaste devem
ser convenientemente registrados para prever uma futura troca dos segmentos.
A taxa típica de desgaste é de cerca de 1,0 g/ton. o que dá uma vida útil em torno
de 12.000 horas sem efetuar uma recuperação periódica que pode reduzir o desgaste em
até 50%. Os segmentos da mesa podem chegar a suportar até 25 recuperações.
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A vedação da mesa de moagem tem projeto baseado no moinho Atox e é
montada no ponto em que a mesa de moagem passa através do nível intermediário da
caixa do moinho. Um anel com placas aparafusadas em conjunto com elementos
fundidos criam um selo em labirinto de abertura muito reduzida. Isto elimina o contato
entre partes deslizantes reduzindo o desgaste e necessidade de manutenção.
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Anel de Barragem
Um anel de barragem ou retenção é montado ao longo da periferia da mesa de
moagem e sua função consiste em coletar o material moído na pista de moagem de
modo que seja gerado um “leito” de material de espessura apropriada. Este anel é
montado sobre anéis intermediários que por sua vez estão apoiados sobre anéis de base.
A altura do anel de barragem é crítica para o desempenho do moinho. Uma
altura muito baixa resultar em vibrações no moinho. Uma altura muito grande resulta
em perda de eficiência do moinho. A altura do anel de retenção deve ser correta em
relação à pista de moagem e tal altura pode ser ajustada através dos anéis
intermediários. O anel é feito em perfis soldados justapostos.
Normalmente a altura do anel de barragem é de 120 mm. O ar em alta
velocidade misturado ao clínquer ou escória moída pode ser comparado a um efeito de
“jato de areia”. Com o desgaste progressivo dos segmentos do anel de barragem pode
ser necessário ajustar a altura do anel por meio da introdução de novos perfis.
Anel de Venezianas
Um anel de venezianas canaliza o fluxo de gases quente e o distribui
uniformemente em torno da periferia da mesa promovendo um novo fluxo rotacional em
alta velocidade que transporta o material moído até o separador. A área deste pode ser
ajustada de modo a obter-se uma velocidade ótima para o transporte pneumático.
O anel de venezianas também é sujeito a forte desgaste por abrasão devido à alta
velocidade do fluxo de gases e ao efeito de “jato de areia”, de modo que sua
manutenção deve ser providenciada quando necessário.
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Anel de Bocais
Um anel de bocais, justaposto ao anel de venezianas, dirige o fluxo de ar para o
centro do moinho reduzindo o desgaste e danos dos rolos. Com isto obtém-se uma
pressão diferencial constante bem como um fluxo ótimo de material. Também se
maximiza a estabilidade operacional.
Raspadores
Raspadores montados na parte inferior da mesa de moagem fazem com que o
material que cai através do anel de bocais para o nível intermediário da caixa do moinho
seja transportado até a tremonha de rejeitos de é convenientemente extraído.
Os raspadores devem passar suavemente sobre a superfície da chapa do nível
intermediário da caixa do moinho, sem tocá-la quando a mesa estiver girando. A folga
mínima entre o raspador e a chapa de fundo deve ser de 40 mm. Os raspadores devem
ser inspecionados em relação a desgaste e torque de seus parafusos de fixação, pois,
solto ou frouxo pode causar um série de danos.
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ROLOS DE MOAGEM
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As unidades de lubrificação consistem de um tanque de óleo e, para cada rolo,
duas bombas, uma de alimentação de óleo ao rolo e uma de sucção do óleo do rolo.
A bomba de alimentação de óleo é conectada por meio de uma mangueira ao
eixo do rolo que é situado em nível mais alto. Esta bomba transporta o óleo sob pressão
até o rolo para que seus rolamentos sejam adequadamente lubrificados. Um fluxo
constante de óleo é suprido ao rolo, a uma taxa de aproximadamente 6 l/min.
Da bomba, o óleo é dirigido a um filtro de pressão. Após o filtro o óleo é
enviado a um trocador de calor óleo/água onde é resfriado e subseqüentemente
bombeado até o rolo. Leituras da temperatura do óleo no tanque podem ser obtidas por
meio de um termômetro instalado localmente (Ttanque: 80°C).
A temperatura operacional do óleo é monitorada constantemente. Se a
temperatura do óleo, qualquer que seja o rolo, tornar-se anormalmente alta, um alarme
será disparado no Controle Central (Talarme: 85°C; Tparada: 90°C). A temperatura do óleo
no rolo é indicada pela temperatura do óleo no tanque.
O óleo é selecionado com base em uma temperatura operacional Tmáx de 120°C,
sem circulação de óleo. A temperatura do óleo no tanque pode ser aumentada por meio
de elementos de aquecimento. (liga: T 50°C; desliga: 60°C). Deve haver um nível
mínimo de óleo no tanque para evitar um sobreaquecimento.
Outra bomba succiona o óleo de volta ao tanque através da linha de retorno e
filtro e resfriador de óleo. Como é gerado calor por atrito bem como pelas flutuações
nas taxas de carga sobre os rolamentos, isto faz com que a temperatura do óleo suba.
Um trocador de calor instalado na estação de bombeamento mantém a temperatura
constante nos rolamentos.
Para não sobrecarregar o rolo a capacidade da bomba de sucção é quase o dobro
da taxa de fluxo. Para prevenir que o rolo tenha seu óleo drenado, o ponto de sucção no
eixo do rolo é situado em uma altura apropriada assegurando um nível constante e
suficiente de óleo no rolo.
Um respiro equipado com um filtro é colocado como segurança caso ocorra uma
sobre pressão ou sub pressão no rolo. Deste modo, na partida do moinho em condição
fria, os rolos devem ser operados durante um curto período de tempo (máximo 1 hora)
sem qualquer circulação. Em regiões frias, pode ser necessário aumentar a temperatura
do óleo no rolo para assegurar que o mesmo tenha viscosidade permitindo que seja
bombeado de volta ao tanque.
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Para proteger os vários componentes do rolo contra pressões excessivas, a
instalação contempla uma válvula de segurança que é capaz de desviar o fluxo total do
óleo. Manômetros monitoram a linha de bombeamento e sucção do óleo bem as
condições dos filtros.
O projeto dos rolos é efetuado de maneira tal que o nível do óleo deverá, no
mínimo, sempre se estender até o selo do eixo do rolo. Isto significa que o moinho pode
ser posto em operação sem a operação simultânea da estação de bombeamento. Isto
pode ser feito, por exemplo, quando o moinho tem sua partida dada em uma condição
“fria” sem que o óleo tenha temperatura suficientemente alta. O período durante o qual
é possível operar o moinho sem fluxo de óleo é restrito a um máximo de uma hora.
O nível de óleo no tanque é monitorado por um sensor de nível que dispara um
alarme para o Controle Central se o nível descer abaixo de um limite mínimo. Se as
indicações de fluxo ou pressão zerarem a bomba será desativada e o moinho
imediatamente parado. O sensor de nível é o instrumento mais importante para manter o
nível correto de óleo no rolo.
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Os rolos podem ter revestimentos em segmentos e, deste modo, são fáceis de
serem trocados quando gastos. Além disso, os segmentos gastos podem ser revertidos
para utilizar os dois lados dos segmentos, aumentando assim seu grau de utilização.
Entretanto, para moinhos que operam com materiais muito abrasivos como
escória o revestimento com eletrodo duro nas superfícies sujeitas a desgaste é um meio
muito interessante e viável para alcançar uma alta disponibilidade do sistema de
moagem, diminuindo também os custos de manutenção.
Este revestimento é uma alternativa econômica para troca das peças de desgaste
e é muito adequada às ferramentas de moagem feitas em aço fundido de alto cromo
como as que são usadas no moinho OK. Se os revestimentos forem do tipo segmentado
podem ser recuperados inúmeras vezes aumentando sobremaneira sua vida útil.
A recuperação do perfil do rolo devido ao desgaste pode ser feito através da
aplicação de cordões de solda. Este trabalho de manutenção é feito normalmente sobre
dois rolos ao mesmo tempo, no interior do moinho.
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SISTEMA DE PRESSÃO HIDRÁULICA
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A principal função do sistema hidráulico consiste em aplicar uma pressão de
moagem contra o leito de material na mesa de moagem durante a operação. A função
secundária é atuar como um sistema amortecedor para movimentar os rolos para
acompanhar as variações na mesa de moagem. Finalmente, o sistema alivia a carga
sobre o motor durante a partida, erguendo os rolos sobre o leito de moagem.
Os quatro rolos são conectados separadamente a um cilindro hidráulico através
de um braço de alavanca e uma haste de tensão. Cada cilindro é equipado com
acumuladores hidráulicos, cujo óleo fica em conexão direta com a extremidade do
pistão do cilindro. Os acumuladores absorvem o impacto e funcionam como molas
pneumáticas permitindo que os rolos se movam em etapas devido às variações na
espessura do leito de material.
Os movimentos dos rolos geram um fluxo de óleo no sistema hidráulico, que por
sua vez acarreta variações na carga na forma de picos de pressão basicamente por causa
da rigidez e resistência do fluxo do sistema/acumuladores.
A pressão de moagem, isto é, a pressão do óleo na parte superior do pistão é
simultaneamente regulada para os quatro cilindros. Entretanto, em relação a qualquer
outro aspecto, estas unidades, com seus acumuladores, operam como unidades de
pressão completamente independentes para seus rolos separados.
Em um moinho OK, como em qualquer moinho de rolos, existe uma correlação
específica entre a pressão hidráulica de moagem Pw (bar) nos cilindros e a pressão
específica de moagem KT (kN/m2), que é uma medida da carga mecânica aplicada
sobre o moinho.
A correlação entre Pw, Pf e KT, respectivamente, é vista no diagrama seguinte.
A pressão máxima de moagem Pw (pressão de trabalho) não deve jamais ser excedida
exceto se for obtida uma permissão prévia e escrita pelo departamento técnico
responsável da F.L.Smidth.
Recomenda-se que a pressão de pré-carregamento Pf seja ajustada de modo que
a pressão desejada de moagem tenha um valor equivalente ao valor médio da faixa entre
Pw, min. e Pw, max.
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Em um sistema hidráulico uma bomba abastece o sistema hidráulico com a
pressão desejada. A válvula de retenção mantém a pressão constante. A bomba não fica
em operação durante o modo normal de moagem. O motor da bomba bloqueia o sistema
até que os sensores de nível de óleo indiquem que o mesmo é correto e que sua
temperatura seja maior que o valor de controle de temperatura mínima (15°C).
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Estação Hidráulica
A unidade da estação hidráulica, responsável pela criação da energia hidráulica
para o trabalho de moagem consiste de um conjunto que contém o tanque de óleo
hidráulico, bombas, bloco de válvulas, e componentes de condicionamento do fluido.
O tanque de óleo hidráulico é capaz de armazenar 1.000 litros, o que
corresponde aproximadamente ao volume de óleo normalmente mantido no sistema e
tanque. Isto significa que é possível armazenar o óleo do sistema no tanque em relação a
qualquer trabalho de manutenção.
A principal bomba do sistema hidráulico é uma bomba de pistão axial de
compensação de pressão que envia o óleo pressurizado para os cilindros e
acumuladores. Um medidor de fluxo é instalado na linha de drenagem da bomba.
Uma bomba axial de pistão tem certo número de pistões dispostos de forma
circular dentro de uma carcaça comumente denominada de cilindro tipo tambor. Quando
o bloco do cilindro é acionado passa a girar em torno de seu eixo de simetria que é mais
ou menos alinhado com os pistões de bombeamento.
Em uma unidade de fluxo variável, o vetor normal ao plano da placa oscilante é
ajustado paralelo ao eixo de rotação, ou seja, não há movimento dos pistões em seus
cilindros, ou seja, não fluxo de saída. O movimento da placa oscilante controla o fluxo
da bomba desde zero até o valor máximo.
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Um indicador visual de fluxo instalado na linha de drenagem da bomba principal
é utilizado para monitorar a condição da bomba. Quando a bomba começa a sofrer
desgaste o fluxo de óleo na linha do dreno tende a aumentar.
A bomba auxiliar de filtragem é uma bomba de engrenagem que bombeia o óleo
através de um circuito separado que consiste de um filtro e um resfriador de óleo. O
resfriamento é controlado por uma válvula controlada termostaticamente. Esta bomba
também é utilizada para esvaziar o tanque.
Exceto quando já se encontra em operação, o motor da bomba auxiliar de
filtragem será automaticamente partido quando o motor da bomba principal é acionado.
Este motor pode ser partido e parado independentemente do motor do moinho ou do
motor da bomba principal (troca do cartucho do filtro, nova reposição de óleo, etc.
A bomba auxiliar não deve ser acionada se a temperatura do óleo for menor que
0°C. Neste caso, pode ser necessário utilizar aquecedores com ventiladores se a
viscosidade do óleo impactar sua circulação natural durante a fase de aquecimento.
Em circunstâncias normais os elementos de aquecimento são automaticamente
ligados quando a temperatura do óleo for menor que 25-35°C, dependendo do tipo de
óleo que está sendo usado (isto corresponde a uma viscosidade de 100 cSt).
Estes elementos são novamente desligados quando a temperatura é de
aproximadamente 40°C. Quando a temperatura do óleo é superior a 0°C, a bomba
auxiliar pode ser partida e um aquecimento subseqüente do óleo deve acontecer por
estar sujeito à circulação através do filtro.
Em sistemas hidráulicos só deve ser utilizado óleo hidráulico de alta qualidade
de acordo tanto com o produto solicitado pelo fornecedor do sistema para a planta
específica.
Por outro lado, a seleção do óleo sempre depende da temperatura do óleo
prevista para a planta em questão. De maneira geral a temperatura de um óleo hidráulico
operando nas plantas normalmente não deve exceder a 60°C tendo uma base contínua e
sustentável.
Valores limites na temperatura do óleo hidráulico durante a operação:
34°C a 71°C - FLS Mat.-7025
42°C a 81°C – FLS Mat.- 7026
O sistema é equipado com um filtro com elemento filtrante de 10 micra. Um
alarme é disparado no Controle Central quando o filtro se encontra sujo tornando
necessário trocar o elemento filtrante. Não se deve completar o tanque quando o sistema
está rodando porque o óleo que retorna pelas tubulações, bem como dos acumuladores,
poderá encher completamente o tanque provocando uma parada da planta.
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Instrumentos para medição de temperatura monitoram a temperatura do óleo
hidráulico no tanque. Um manômetro especial monitora a condição do filtro do fluido
hidráulico. Quando necessário o fluido hidráulico e resfriado por água num trocador de
calor.
O fluxo de óleo hidráulico para o topo e o fundo do cilindro é controlado por
válvulas tipo cartucho montadas sobre um bloco de válvulas. O bloco também contém a
válvula de segurança principal do sistema.
Cada bloco contém uma válvula de cartucho que exerce uma função específica
(válvula de restrição, válvula de controle de fluxo, válvula de alívio de pressão, etc.).
Cada válvula é identificada por um número (tag) correspondente ao seu número na lista
de peças e no diagrama esquemático da instalação.
Uma válvula de cartucho pode ser considerada com uma válvula sem uma
carcaça interna, porque consiste somente de elementos internos móveis. Após o
cartucho ser inserido em uma cavidade, por exemplo, em um bloco de válvulas com
passagens apropriadas para o fluxo do óleo, a válvula passa a se comportar como uma
válvula convencional.
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Cilindro Hidráulico
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Um cilindro hidráulico é o atuador mecânico ou o lado “motorizado” do sistema
hidráulico. O lado “gerador” do sistema hidráulico é a bomba hidráulica que produz um
fluxo de óleo fixo ou regulado de óleo para o lado inferior do cilindro que faz mover o
pistão para cima.
O pistão empurra o óleo para a câmara externa de volta para o reservatório de
óleo. Se assumirmos que a pressão do óleo na câmara da haste do pistão é
aproximadamente zero, a força F1 sobre a haste será igual a P no cilindro vezes a área
do pistão A: F = P*A
Ao contrário, o pistão irá mover-se para baixo se o óleo for bombeado para o
lado da câmara da haste do pistão de modo que o óleo da área do pistão irá fluir de volta
para a o reservatório com baixa pressão. A força de empuxo F2 na câmara da área da
haste do pistão é igual à pressão P vezes a diferença entre a área do pistão A1 e a área da
haste do pistão A2: F2 = P* (A1 – A2).
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Braços de Tensão
Através do sistema de tensão hidráulica, constituído por braços de tensão, os
cilindros hidráulicos transmitem uma força, que juntamente com o peso dos rolos de
moagem, geram a força necessária de moagem. Além disso, o dispositivo de tensão
hidráulica pode ser utilizado para levantar os rolos para cima da pista de moagem.
O sistema de tensão hidráulica consiste de um braço de tensão cuja cabeça
conecta-se firmemente com a extremidade do cubo do rolo de moagem enquanto a outra
extremidade é conectada diretamente com a haste do pistão do cilindro hidráulico. O
conjunto de um braço de tensão consiste de duas peças, uma alavanca e um garfo.
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Finalmente a extremidade do eixo do rolo de moagem é coberta com uma placa
e seus parafusos são apertados até obter o torque especificado. Desta forma o eixo do
rolo ficará firmemente calçado no interior dos anéis de travamento. A conexão entre a
alavanca e o garfo do braço é feita através de uma bucha com pino de travamento.
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Acumuladores de Pressão
Acumuladores de pressão são aplicados em instalações hidráulicas, servindo
como reservatórios de energia para equalização de pressão e para amortecimento de
choques e oscilações.
Um acumulador de pressão funciona de tal modo que introduz no sistema
hidráulico, cujo agente só é condicionalmente compressível, um gás, geralmente
nitrogênio, em forma de uma almofada de ar que, graças à sua compressibilidade,
permite igualar pressões e acumular energia no sistema
O acumulador consiste de um recipiente de pressão, normalmente um vaso
metálico à prova de pressão, no interior do qual uma parede divisora elástica separa o
fluido hidráulico e o gás compressível. A parede divisora, de material sintético, tem a
forma de uma bexiga, estando fixada ao recipiente por meio de um bloco válvulas,
fixada por vulcanização.
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Acumuladores são pré-carregados com gás nitrogênio até 80% da pressão
hidráulica do sistema.
CUIDADO: usar somente nitrogênio. Nunca use oxigênio ou ar, pois, pode
ocorrer uma explosão.
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Sistema de ;Injeção de Água
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Sistema de Lubrificação por Graxa
Por meio deste sistema são lubrificados os mancais das alavancas dos braços de
tensão (2 pontos por rolo), as conexões superiores dos cilindros (2 pontos por rolo) e as
conexões inferiores dos cilindros (2 pontos por rolo).
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Sistema de Injeção de Aditivos
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