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ISSN 1984-9354
Resumo: Desde a década de 1970, muitos países têm desenvolvido programas de eficiência
energética em todos os setores.Programas de Eficiência Energética trazem muitos benefícios
onde são aplicados. Diminuem o custo com energia e, em consequência, o valor do produto final.
Em um contexto mais amplo eles contribuem para a minimização de gases causadores do efeito
estufa lançados à atmosfera e a necessidade de expansão do sistema de energia. Um programa
de eficiência energética é muitas vezes ineficiente por ser aplicado somente em alguns sistemas
isolados da empresa, e não em todo o conjunto, perdendo a confiabilidade ao longo do tempo por
falta de monitoração. Em contra partida há programas de gestão energética que visam efetuar o
controle energético de uma instituição, efetuar medidas, verificar falhas e aplicar correções. Em
junho de 2011 foi publicada no Brasil a norma ABNT NBR ISO 50001-Sistemas de gestão de
energia-Requisitos com orientação para uso. Seu objetivo é propiciar ás instituições um melhor
desempenho energético com eficiência energética. . Este artigo apresenta uma metodologia para
implantação de um sistema de gestão de energia utilizando a norma. A norma não especifica
como deverão ser efetuadas algumas etapas, por exemplo, como definir a linha de base
energética e indicadores. Pretende-se aqui apresentar como tais métodos poderão ser
implementados
1 INTRODUÇÃO
Um programa de Eficiência Energética traz muitos benefícios não somente onde aplicado,
mas também em um contexto mais amplo, como diminuição da necessidade de expansão do setor
energético, redução de custos em energia em instituições e principalmente contribui com a
minimização de impactos ambientais causados pelos gases de efeito estufa lançados à atmosfera.
No Brasil, o tema eficiência energética e conservação de energia começou a ser discutido
seriamente na década de 1970 com a primeira crise do petróleo onde a organização dos países
exportadores de Petróleo (OPEP) assumiu o controle sobre o sistema de preços (ALSSSOP 2011).
Desde aquele ano, muito tem se feito em respeito a eficiência energética no Brasil, como criação
de órgãos, Leis, Decretos, Resoluções e incentivos. Dentre tantos, pode –se citar o PROCEL
( Programa Nacional de Eficiência Energética), CONPET (Programa Nacional de Racionalização
de uso de derivados de Petróleo e Gás Natural), e PBE(Programa Brasileiro de Etiquetagem).
Os programas de eficiência energética mostraram bons resultados desde sua implantação.
Segundo dados do relatório de resultados PROCEL 2009 a atuação deste órgão possibilitou uma
economia de energia de 34,4 bilhões de kW.h entre os anos de 1986 e 2009. Essa energia equivale
a 9,9% do consumo de energia no ano de 2009. No mesmo ano segundo o relatório de 2009 o
programa PROCEL possibilitou uma economia de energia de 5,473 milhões de kW.h. Na Tabela 1
pode ser visto a atuação do órgão nos diferentes setores.
PROGRAMA PARTICIPAÇÃO
Tabela 1: Economia de energia gerada pelo PROCEL por setores no ano de 2009
Fonte: Relatório PROCEL 2009
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eficiência energética; uso e consumo, além de prever uma significativa redução de emissão de
gases de efeito estufa.
Esse artigo faz parte de um trabalho de mestrado que está sendo desenvolvido na
Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O trabalho apresentará uma “Metodologia de
implantação de um sistema de gestão energética utilizando a ABNT NBR ISO 50001”. O objetivo
principal do trabalho é utilizar a norma como estrutura da metodologia. Serão desenvolvidos
métodos para cumprir requisitos da norma. Métodos esses de como elaborar uma linha de base
energética, criar indicadores condizentes com a organização, escolher uma opção de medição de
economia e sobretudo como implantar o sistema de gestão.
NOMENCLATURA
UC:Unidade Consumidora.
RN:Resolução Normativa
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
O modelo de gestão energética segundo a norma ABNT NBR ISO 50001, pode ser
verificado na figura 1.
A norma baseia-se no modelo Plan-Do-Check-Act (PDCA). Como pode ser visto na Figura
1, ela é estruturada em uma política energética, um planejamento energético, implementação e
operação, verificação e análise crítica pela direção. Na verificação se tem uma monitoração,
medição e análises, não conformidades, correção, ação corretiva e preventiva e auditoria interna
do SGE.
Em todo sistema de gestão seja ele de qualidade, ambiental ou até energético, o fator
determinante do funcionamento do programa é o apoio da direção. A direção com a equipe do
sistema de gestão é quem cria objetivos e metas a serem alcançadas. A política de um sistema de
gestão é estruturada e administrada por uma equipe.
No ano de 1990 através da administração pública federal foi criado o decreto 99.656. Tal
decreto estabelece a necessidade de estabelecimentos de administração federal com consumo
anual superior a 600MW.h ou consumo anual de 15 tep’s criarem uma Comissão interna de
conservação de energia(CICE). A concepção na elaboração da CICE adéqua-se a entidades
privadas. A política energética será mantida pela comissão. Utilizaremos nesse trabalho
orientações do guia técnico de gestão energética PROCEL para elaboração da CICE. Esta
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possibilidade se deve ao fato de a CICE ficar dentro de padrões nacionais para inclusive conseguir
com mais facilidade financiamentos em futuras ações de Eficiência Energética.
O guia recomenda que o CICE seja diretamente ligado a direção e tenha estrutura
matricial, ou seja, não deve ser de nível hierárquico. Nela deverão ter responsáveis de todas as
áreas e um coordenador que tenha conhecimento de EE. Para grandes empresas um CICE
suportaria um engenheiro de EE como coordenador. Isso não acontece para empresas de pequeno
e médio porte. A coordenação nesses casos poderá ser exercida preferencialmente por
responsáveis pelos setores de manutenção da empresa.
Figura 2: Diagrama conceitual do processo de planejamento Fonte: Adaptado da ABNT-NBR ISO 50001
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a) Revisão energética;
Segundo o item 3.5 NBR ABNT ISO 50001, revisão energética é a determinação do
desempenho energético da organização com base em dados e em outras informações conduzindo a
identificação de oportunidades de melhoria.
Analisar uso e consumo de energia com base em medições e outros dados. Uso e consumo
de energia atual e passada.
Com base na análise identificar área críticas:
i) Instalações, equipamentos, sistemas, processos, pessoal.
ii) Determinação de desempenho energético das instalações (Equipamentos, processos,
entre outros).
iii) Estimar os uso e consumo futuros.
Identificar, priorizar e registrar oportunidades de melhoria de desempenho energético.
Na revisão energética é que se obtêm informações a respeito do fluxo de energia, setores de
maior consumo e se verifica possíveis pontos de melhoria. O nome dado pela norma é equivalente
em certo aspecto a um diagnóstico energético. KRAUSE(2002) define diagnóstico energético
como a avaliação de todos os sistemas consumidores de energia.
Dependendo do porte da empresa um diagnóstico energético pode levar um tempo
considerável, onde a quantidade de sistemas energéticos requer uma análise minuciosa. O
diagnóstico deve ser realizado por profissionais altamente qualificados, já que muitos processos
industriais contam com fontes de energia elétrica, vapor, água gelada, fluídos térmicos, ar
comprimido, refrigeração, etc (LEITE,2010).
Para contemplar requisitos da ISO 50001 é necessário assegurar na revisão energética que os
itens representados na figura 3 sejam satisfeitos. Conforme demonstra a figura 3, a análise de uso
e consumo de energia visa qualificar os tipos de energia sendo utilizadas e também quantificar o
que está sendo gasto. Identificar contas de energia elétrica, gás, lenha, etc.
Esta análise possibilitará a criação de uma linha de base para monitoração dos setores
consumidores de energia. Identificar áreas com uso significativo de energia é necessário para
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determinar onde será aplicado um maior número de horas e investimentos. Bueno (2008) verificou
em estudo de caso de um abatedouro de aves que os compressores da sala de máquinas
representam 97% do consumo total de energia elétrica do frigorífico. Em outros frigoríficos essa
porcentagem poderá ser um pouco diferente, dependendo de outras setores existentes. O
diagnóstico energético ainda possibilita a identificação de oportunidades de melhoria. Pontos
identificados serão analisados pela CICE e serão tomadas as devidas ações.
Os principais pontos que deverão ser diagnosticados são:
Análise tarifária;
Sistemas de refrigeração;
Sistema de ar condicionado;
Sistema de ar comprimido;
Acionamentos;
Sistema de vapor;
Consumo de água;
Na revisão energética é que se obtém a linha de base energética. Conforme a ABNT NBR
ISO 50001 a linha de base energética pode ser defendida como referencia(s) quantitativa(s)
fornecendo uma base de desempenho energético onde:
- Uma linha de base energética reflete um período de tempo especificado;
- Uma linha de base energética pode ser normalizada usando variáveis que afetam o uso e/ou
consumo de energia, como nível de produção, graus-dia (temperatura exterior) etc.
- A linha de base energética é também utilizada para cálculo da economia de energia, como uma
referência antes e depois da implementação de ações de melhoria de desempenho energético.
Essa base pode depender de cada processo e instituição. A linha de base é que define o
indicador ideal de consumo de energia da organização. Mudanças no desempenho devem ser
comparadas a linha de base energética.
Segundo leite (2010) a grande importância no correto dimensionamento da linha de base é
conseguir mensurar a economia gerada apartir de investimentos de Eficiência Energética. Muitas
ESCO’s investem nas empresas em programas de conservação de energia. Muitos contratos são
feitos de forma que o retorno de investimento vem através da economia gerada. Daí outra
importância na correta determinação da linha de base.
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As duas principais normas para sistemas de medição e verificação são PIMPV da EVO e
ASHRAE 14. Essas, no entanto são omissas em relação a indicadores de eficiência energética e
deixam sob responsabilidade do Engenheiro de eficiência energética determinar os indicadores
(LEITE 2010). Como visto, os indicadores são de fundamental importância para a mensuração de
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Onde:
EC=Energia de combustíveis
EV=Energia de vapor
EE=Energia Elétrica
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PCT(Índice Percentual de Consumo Total). Objetiva verificar quanto cada centro de consumo
impacta sobre o consumo total da instalação. Exemplo: Sistema de Ar condicionado, Refrigeração,
Iluminação, força motriz, etc.
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CMM(Índice de Consumo médio mensal por m²): Objetiva verificar o consumo por área
construída, comparar com indicadores de instituições semelhantes e verificar índice ótimo para
futuras construções.
CMA(Índice médio mensal por alunos). Da mesma forma que o CMF, objetica criar um
perfil de consumo em relação a alunos.
DMM (Índice de Demanda Máxima Mensal por m²). Objetiva comparar demanda entre
unidades e criar o valor ideal por m² auxiliando em futuros projetos, inclusive para
dimensionamento de equipamentos de potência como transformadores.
Nota-se que tais indicadores foram elaborados para uma instituição de ensino, podem no
entanto ser utilizados em uma indústria principalmente o PCR e o PCT.
Outros indicadores que geralmente não são utilizados em programas de eficiência
energética mas produzem efeitos significativos nos custos de energia elétrica são relacionados a
contratação e qualidade de energia. Os principais podem ser citados como, fator de carga, fator de
potência, taxa de distorção harmônica, e perdas elétricas em cabos e equipamentos.
FP(Fator de Potência):O fator de potência pode ser definido como a porcentagem de
potência realmente utilizada (kW) da potência fornecida (KVA) (KRAUSE,2002). Baixo fator de
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potência indica um sistema com pouca eficiência. O fator de potência ideal é unitário. Segundo
Art.95 da Resolução Normativa n° 414 de 9 de setembro de 2010 (ANEEL) o fator de potência
indutivo ou capacitivo tem como limite mínimo permitido para UC’s no valor de 0,92;isso para
UC de grupo A de tarifação. Entende-se como grupo A segundo RN n° 414; “agrupamento
composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão igual ou superior a 2,3 kV, ou
atendidas a partir de sistema subterrâneo de distribuição em tensão secundária”.
THD (Taxa de distorção harmônica total): Quando uma onda não for uma senoidal pura,
ela pode ser decomposta em várias senóides (Harmônicas). A primeira é chamada de
fundamental e as demais possuem múltiplos subsequentes do harmônico principal (KRAUSE,
2002). Segundo krause(2002) os principais problemas vindos de harmônicos são:
-Perdas adicionais e aquecimento em máquinas elétricas e capacitores.
-Interferência nos sistemas de telefonia.
- Aumento da corrente de neutro.
- Aumento das perdas em condutores.
- Erros em instrumentos convencionais por efeitos harmônicos.
-Redução da vida útil de lâmpadas incandescentes.
-Necessidade de sobredimensionamento de transformadores.
-A operação inadequada dos sistemas de controle.
-Ruídos adicionais em motores e outros dispositivos.
-Sobretensões causadas pelas ressonâncias na rede.
Ter um baixo THD na instalação significa diminuir os problemas descritos.
FC(Fator de carga): Esse fator é dado através da relação entre a demanda média e a
demanda máxima registrada. Ele pode variar de 0 a 1. Um baixo fator de carga pode indicar que
em períodos breves há uma grande solicitação de carga. Por vezes é contratada uma alta demanda
para esses intervalos. Aumentar um fator de carga indica uma diminuição de demanda necessária.
Na figura 6 pode ser visto uma curva de carga típica para um consumidor comercial. Nota-se que
as 13:00 horas há um decréscimo na demanda. Entre as 24:00 e 08:00 a demanda é mínima.
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2.4 Verificação.
3 METODOLOGIA
Tendo como base o referencial teórico onde foram definidas todas as etapas da norma e
algumas características de seus elementos, propõe-se aqui uma metodologia para a implantação de
um sistema de gestão energética. O objetivo do método é aplicar o SGE com caráter técnico-
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adminitrativo. Ou seja, implementar um sistema de gestão mas com informações técnicas de como
elaborar as diversas etapas do modelo. As normas de gestão, geralmente não trazem informações
técnicas de como elaborar certos procedimentos como indicadores, linha de base, etc. O método
aqui proposto visa justamente acrescentar essa visão técnica para o pleno funcionamento do SGE.
A implantação do SGE visará o conhecimento de todo o fluxo de energia da instituição, onde e
como a energia está sendo gasta, pontos falhos que poderão ser melhorados, economizar energia,
reduzir o custo do produto final, diminuir impactos ambientais e propiciar uma imagem de
referencia e termos de conservação de energia. A implantação do método se dá em duas etapas. Na
primeira etapa é necessário estabelecer diretrizes para o início do programa como diagnóstico
energético, criação da CICE, elaboração de indicadores, etc. A segunda etapa compreende o ciclo
do SGE conforme visto na figura 1. Ou seja planejar-fazer-checar-agir.
Segue etapas da implantação:
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O CICE será o órgão de implantação e manutenção do SGE. O primeiro passo será eleger
um responsável pelo setor. Esse gestor deverá ter um conhecimento sobre EE. Uma grande
empresa suportaria a contratação de um engenheiro de EE, isso não acontece para pequenas e
médias empresas.
O gestor será responsável para definir os representantes de outros setores e ter contanto com a
direção. Uma sugestão pode ser verificada na figura 7. É importante haver representante de todos
os setores para que cada um leve aos colaboradores informações em respeito a conservação de
energia e divulgação de indicadores. Em especial o representante de manutenção verificará o
estado de equipamentos e novas AEE a serem realizadas. O representante do setor de compras
deverá assegurar a aquisição de novos equipamentos com alto rendimento energético (Lâmpadas
econômicas, motor de alto rendimento, e equipamentos com selo PROCEL).
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Coleta de dados.
Aqui será efetuado o levantamento de todo o consumo final de energia, descobrir pontos
falhos do sistema que poderão ser melhorados; isolação, sobredimensionamento de equipamentos,
equipamentos obsoletos, etc. O levantamento de dados será efetuado através de medições,
observações e análise de documentos como fatura de energia, planilhas de produção, e dados
técnicos de equipamentos.
A IEEE 739 (1995) sugere a observação das categorias a seguir:
Iluminação:interior, exterior, natural e artificial;
Aquecimento, ventilação e ar condicionado: efeitos de condução, convecção e radiação;
Motores e acionamentos;
Processos;
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Na segunda etapa será a gestão propriamente dita. Deverão ser realizadas reuniões
mensais do CICE, preferencialmente após recebimentos da conta de energia. Nas reuniões se fará
leitura de indicadores, propostas de melhorias e lançar planos de ação. Em suma deverá seguir o
ciclo:
a) Política energética:
-Atender os objetivos prescritos;
- Prezar pela melhoria contínua etc;
b) Planejamento energético;
- Atualizar linha de base energética;
-Verificar necessidade de novos diagnósticos energéticos;
- Atualizar indicadores;
- Verificar se indicadores estão adequados a instituição;
-Verificar necessidade de novas fronteiras;
c) Implementação e operação
- Implementar AEE
- Continuar treinamento e conscientização do programa;
- Organização de documentos;
- Monitorar serviços especializados
-Etc;
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d) Verificação;
- Monitorar os indicadores estipulados através de leituras e relatórios. (Fator de potência,
demanda, fator de carga, consumo de água e combustíveis diversos, perdas térmicas,
elétricas etc).
- Verificar não conformidades: multas por ultrapassagem de demanda e consumo de
potência reativa, ultrapassagem de consumo de energia de cada centro de consumo, alta
temperatura em determinados equipamentos, etc.
- Executar ações corretivas: Instalar bancos de capacitores, filtros de harmônicos, limpar
filtros de condicionadores de ar, substituir lâmpadas, adquirir equipamentos com maior
rendimento etc.
e) Análise crítica pela direção.
-Análise crítica da política energética, desempennho energético, grau de comprimento de
metas e objetivos energéticos.
-acompanhamento de auditorias energéticas
-recomendações de melhorias, etc.
Para detalhes verificar item 4.7 ABNT NBR ISO 50001.
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO
Através da metodologia apresentada verifica-se a importância de prezar por indicadores de
nível qualitativo e quantitativo para a manutenção de um SGE. Indicadores qualitativos como
porcentagem de falhas das AEE, ou obtenção das metas energéticas refletem á direção a validação
dos investimentos. Indicadores quantitativos como fator de potência, fator de carga, etc são
necessários para a equipe técnica controlar o sistema. A delimitação de fronteiras é de vital
importância para reconhecer o fluxo de energia e produtos entre as várias conexões. Através
dessas delimitações pode-se reconhecer pontos críticos susceptíveis a melhorias e/ou
substituições. Quanto maior o nível de informações no fluxo de energia e massa maior será a
percepção para novas AEE. Diagramas Sankey são ideais para esse levantamento. Eles tem como
objetivo a caracterização de fluxo de energia e perdas de energia definidas pela largura de suas
linhas (DOMANSKI e LOURENÇO,2011). Na figura 10 pode ser visto um modelo de diagrama
Sankey de uma aplicação. Atualmente há softwares específicos para geração desse tipo de
diagrama.
Nota-se falhas ao implantar um sistema de gestão energética sem fatores técnicos relevantes
como opção de medição e verificação. O modelo de M&V adotado vai refletir a exatidão da leitura
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5 CONCLUSÃO
Pela metodologia proposta verificou-se que em uma instituição, principalmente industrial
sempre haverá possibilidade de ações de eficiência energética. Ações isoladas atualmente
difundias perdem a validade muitas vezes por falta de monitoração. Um sistema de Gestão
Energética permite controlar o sistema de energia como insumo da empresa; entrada, saída,
distribuição para cada setor, meta de redução, evitar desperdício,etc. A vantagem de um SGE é
que permitirá um acompanhamento contínuo do fluxo de energia e produtos produzidos. Haverá
sempre a possibilidade de redução de consumo. Indicadores de EE farão com que o sistema
energético esteja atualizado e permaneça dentro da zona de controle onde as metas energéticas
foram propostas pela direção junto á CICE.
REFERÊNCIAS
Allsopp,C; Fattouh,F. Oil and international energy, Oxford Review of Economic Policy,
V.27,n.2,p.1-25.
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BRASIL.Lei de n° 9991.Brasília,DF,2000.
LEI,F.;HU,P. A baseline model for office building energy consumption in hot summer and
cold winter region.IEEE Conferences,2009.
FERREIRA, J.J.; FERREIRA, T.J. (1994). Economia e Gestão da Energia. Texto Editora,
Lisboa.
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