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ATLAS NORDESTE

ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA

Alternativas de oferta de água para as


sedes municipais da Região Nordeste
do Brasil e do norte de Minas Gerais

Fórum de Secretários de
Recursos Hídricos do
Nordeste e Minas Gerais
ATLAS NORDESTE
ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA

Alternativas de oferta de água para as


sedes municipais da Região Nordeste
do Brasil e do norte de Minas Gerais
República Federativa do Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente

Ministério do Meio Ambiente


Marina Silva
Ministra

Agência Nacional de Águas

Diretoria Colegiada
José Machado - Diretor-Presidente
Benedito Braga
Oscar Cordeiro Netto
Bruno Pagnoccheschi
Dalvino Troccoli Franca

Superintendência de Planejamento de Recursos Hídricos


João Gilberto Lotufo Conejo

Superintendência de Implementação de Programas e Projetos


Paulo Lopes Varella Neto

Superintendência de Usos Múltiplos


Joaquim Gondim Filho
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

ATLAS NORDESTE
ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA

Alternativas de oferta de água para as


sedes municipais da Região Nordeste
do Brasil e do norte de Minas Gerais

Superintendência de Planejamento de Recursos Hídricos


Brasília - DF
2006
© Agência Nacional de Águas - ANA Equipe de elaboração e acompanhamento:
Setor Policial Sul, Área 5, Quadra 3, Bloco L Agência Nacional de Águas
CEP: 70610-200 - Brasília - DF
PABX: 2109-5400 / 2109-5252 João Gilberto Lotufo Conejo
Superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos
Endereço eletrônico: http://www.ana.gov.br
Coordenação Geral
Contato: spr@ana.gov.br

Paulo Lopes Varella Neto


Equipe editorial: Superintendente de Implementação de Programas e Projetos
Coordenação, redação e supervisão editorial: Aída Maria Andreazza Joaquim Gondim Filho
Superintendente de Usos Múltiplos
Participação na redação e supervisão editorial: Maria Inês Muanis Persechini
Sérgio Rodrigues Ayrimoraes Soares
Cartografia temática original: Christiane Spörl Maria Inês Muanis Persechini- Gestora do Contrato
Projeto gráfico e editoração eletrônica: CONAP Consultoria Aplicada Sérgio Rodrigues Ayrimoraes Soares- Coordenação técnica
Capa e tratamento gráfico de ilustrações: Vera Lucia Mariotti Alexandre Lima de Figueiredo Teixeira
Fotos da capa: Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA Ana Catarina Nogueira da Costa Silva
Giordano Bruno Bomtempo de Carvalho
Jose Luiz Gomes Zoby
César Eduardo Bertozzo Pimentel - Consultor

Equipe técnica de apoio


Alexandre do Prado
Antonio Roberto Gonçalves Lopes
Bolivar Antunes Matos
Carlos Alexandre Principe Pires
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Elizabeth Siqueira Juliatto
É permitida a reprodução de dados e de informações contidos nesta publicação, Klebber Teodomiro Martins Formiga
desde que citada a fonte. João Augusto Bernaud Burnett
Lorena Becale Godoy
Marcelo Pires da Costa
Marcio Tavares Nóbrega
A265a Agência Nacional de Águas (Brasil)
Marco Antônio Silva
Atlas Nordeste : abastecimento urbano de água : alternativas
de oferta de água para as sedes municipais da Região Nordeste do Marcos Airton de Souza Freitas
Brasil e do norte de Minas Gerais. / Agência Nacional de Águas, Marly Cunha Terrell
Superintendência de Planejamento de Recursos Hídricos ;
Moema Versiani Acselrad
Consórcio Engecorps/Projetec/Geoambiente/Riverside Technology.
Brasília : ANA, SPR, 2006. Ney Albert Murtha

80 p. : il. Sergio Augusto Barbosa

ISBN: 85-89629-11-2 Sergio Donizete Faria

1. Recursos Hídricos. 2. Semi-árido. I. Agência Nacional de Águas


(Brasil). II. Superintendência de Planejamento de Recursos Hídricos.
III. Consórcio Engecorps/Projetec/Geoambiente/ Riverside
Technology. IV. Título.

CDU 556.18 (084.4) (81)


Equipe de articulação e acompanhamento:

Ministério da Integração Nacional Estado do Rio Grande do Norte


Secretaria de Infra-estrutura Hídrica- SIH Secretaria do Estado de Recursos Hídricos - SERHID
Hypérides Pereira de Macedo - Secretário Josemá de Azevedo – Secretário
Rogério de Abreu Menescal – Diretor de Obras Hídricas Jeni Melo de Moraes – Assessora Técnica

Ministério das Cidades Estado da Paraíba


Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia e do Meio Ambiente - SECTMA
Damião Feliciano da Silva - Secretário
Abelardo de Oliveira Filho - Secretário
Ernani Ciríaco de Miranda – Coordenador do Programa de Modernização do Setor de Agência Executiva de Gestão das Águas– AESA
Saneamento Sérgio Góes – Diretor Presidente

Ministério da Saúde Estado do Pernambuco


Fundação Nacional de Saúde - FUNASA Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente - SECTMA
Paulo de Tarso Lustosa da Costa – Presidente Cláudio José Marinho Lúcio - Secretário
José Raimundo Machado Santos – Diretor de Engenharia Alexander Max Figueiredo de Sá –Gerente do Programa Integrado de Recursos Hídricos

Ministério de Minas e Energia Estado de Alagoas


Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM Secretaria de Estado de Recursos Hídricos e Irrigação - SERHI
Agamenon Sergio Lucas Dantas – Diretor Presidente Ronaldo Pereira Lopes – Secretário
Frederico Cláudio Peixinho – Chefe do Departamento de Hidrologia José Roberto Valois Lobo - Assessor

Programa Proágua/Semi-árido Estado de Sergipe


Paulo Lopes Varella Neto- Coordenador da Unidade de Gestão - MMA/ANA Secretaria de Planejamento, Ciência e Tecnologia - SEPLANTEC
Alexandre Camarano - Coordenador da Unidade de Obras- MI/SIH
Sérgio Silva Fontes - Secretário
Howard Alves de Lima- Superintendente de Recursos Hídricos
Estado do Maranhão
Estado da Bahia
Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Naturais - SEMARN
Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMARH
Othelino Nova Alves Neto – Secretário
Maria de Nazaré Silva Rocha – Programa PROAGUA Semi-árido Jorge Khoury Hedaye - Secretário
Manfredo Pires Cardoso - Superintendente de Recursos Hídricos

Estado do Piauí
Estado de Minas Gerais
Secretaria do Maio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMARH
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável -
Dalton Melo Macambira – Secretário SEMAD
Milcíades Gadelha de Lima– Diretor de Recursos Hídricos
José Carlos de Carvalho - Secretário
Paulo Teodoro de Carvalho – Diretor Geral do IGAM
Estado do Ceará
Secretaria de Recursos Hídricos - SRH
Ednardo Ximenes Rodrigues – Secretário
Mário Fracalossi Júnior – Coordenador Geral da Unidade de Gerenciamento de Projetos
Especiais
Colaboradores:
Maranhão Piauí Ceará
Ana Lúcia F. Braga Muniz- SEDECID Adolfo Moraes- SEPLAN Ana Paula Magalhães Mansueto- COGERH
Clenylson Novaes- CAEMA Adriana Chagas Barreto- SPA Andréa Carla Gusmão Pinto- COGERH
Eneida Erre Rodrigues- CAEMA Albérico Benvindo Rosal- AGESPISA Batista Araújo- CAGECE
Felipe Pinheiro Fernandes- CAEMA Ana Célia Aragão- SEMAR Carlos Rossas Mota Filho- CAGECE
Carlos Honildo B. Pegado- PREF. de PICOS Christian Joseph Mendes Quezado- CAGECE
Francisco Ribeiro Corrêa- CAEMA
Chimi Narita Nunes- SEMAR Deborah Mithya Barros Alexandre- COGERH
Gerson Mendes do Nascimento- CAEMA
Cleodon Urbano Filho- COMDEPI Eduardo Moreira- CAGECE
Jeferson Sousa Corrêa- CAEMA Expedito Galba Batista- CAGECE
Douglas Silva Luna- CPRM
João José Serra- CAEMA Eldelita Águida Pereira Franco- FAEPI/SENAR Gentil Maia Lima- CAGECE
Jorge Daniel Nogueira- CAEMA Elisângela Martinelis- AGESPISA Giovana Lima- COGERH
Jorge Luiz Pereira Mendes- CAEMA Flávio Jorge de Oliveira- AGESPISA Giunni Peixoto B. Lima- COGERH
José de Ribamar R. Pereira- PROAGUA Francisco Batista Teixeira- CPRM João Batista Araújo- CAGECE
José Ribamar R. Fernandes- CAEMA Francisco da Costa- SEMAR João Rodrigues Neto- CAGECE
Milne Silva Jorge- CAEMA Francisco Ferreira Lima- APPM José Airton Pereira Lima- CAGECE
Milton Gonçalves da Silva Junior- PROAGUA Francisco Galvão Rodrigues- SEMAR José Fernandes - CAGECE
Francisco Lages Correia Filho- CPRM/ABAS José Ribamar Souza França - CAGECE
Nirondes Tavares- CAEMA
Francisco Sobrinho Amorim de Araújo- FURPA Joseilton Ferreira Lima- ON BBJ
Paulo Regis M. de Alencar- BNB
Francisco Tavares Barbosa- DNOCS Liana Peixoto Brandão- CAGECE
Pedro Afonso Costa Lima- CAEMA Luiz Alberto S. Campos- CAGECE
Gabriel Araújo dos Santos- SEMAR
Robson Luís e Silva- SEMA João Renato Mello Soares- SEMAR Marcelo Gutierres- CAGECE
Joaquim Arcoverde Filho- COMDEPI Márcio Normando Borges Coelho- CAGECE
José de Araújo Dias- AGESPISA Maria das Graças Pequeno- CAGECE
Paraíba José de Ribamar de S. Rocha- UFPI Mércia Cristina Sales- SRH
Adauto Montenegro- CAGEPA José Ivan Barbosa- EDRA SANEAMENTO Norberto Benevides- CAGECE
Daniel Osterne Carneiro- AESA José Maria de C. Freitas- AGESPISA Paulo Miranda Pereira- COGERH
Elton Cruz- SEMARH Josélia de Carvalho Leão- SEMAR Rafael Aguiar Pereira- UM - MTO
Everaldo Pinheiro do Egito- CAGEPA Kleberson Martins de Carvalho- AGESPISA Rômulo Saboya- COGERH
Faustino José da Costa Filho- CAGEPA Lúcia Araújo- Semi-árido Theresa Cristina Rêgo- SRH
João Paulo Neto- CAGEPA Manoel R. Silveira Neto- IBAMA Tibúrcio Valeriano S. Diniz- CAGECE
Laudízio Diniz- CAGEPA Marcelo Moreira- SEMAR
Marilo Costa- AESA Marcos Vinicius Medeiros Costa- AGESPISA
Reinaldo Bastos C. Lima- SEINFRA Maria Cleoneide de Souza Braga- SEMAR
Roberto Araujo- SEPLAG Maria do Socorro C. Mello Sales- AGESPISA
Milcíades Gadelha- SEMAR
Natalidade Barbosa- SEDUC
Pernambuco Nestor Aquino- SEMAR Alagoas
Abigail Barros Silveira- SECTMA Paulo Borges da Cunha- CEFET Alexandre Portela de H. Cavalcanti- CASH
Aluisio Barbosa Filho- SEIN Paulo Regis M. de Alencar- BNB Fernando A. Dantas da Silva- SEINERA
Ana Carolina Farias C. Camara- SECTMA Paulo Roberto Rebelo Lages- SEMAR Hamilton Bastos- SEMARHN
Ana Paula H. A. de Melo- PROÁGUA Pedro Marwell Filho- SEMAR José de Oliveira- SEMARHN
Anderson Luiz R. de Paiva- SECTMA Raimundo José da Silva Freitas- AGESPISA José Dória Ferreira- SEMARHN
Antônio Batista de S. Filho- COMPESA Ricardo Alexandre A. Silva- AGESPISA Luiz Emanuel F. Costa- CASAL
Antonio Sergio Torres- COMPESA Ricardo Monteiro da Silva- PREF. de FLORIANO Marcus José de Oliveira Lopes- CASAL
Emanuel Vale Araujo- SECTMA Roberto José Amorim Rufino Fernandes- SEMAR Maria de Fatima Acioly de Castro- CASAL
Francisco Neves dos Santos- SECTMA Robério Luiz B. Alexandrino- SEMAR Mauricio José P. Malta- SEMARHN
Frederico Meira- COMPESA Sebastião Ferraz- SEMPLAN Rheostato Ewerton Barreto- SEMARHN
Gerson Aguiar- SECTMA Teresinha de Jesus Alves Aguiar- SEMAR
Jacques Henriques Souto Maior- SEIN Wilson Marques C. Júnior- Defesa Civil
José de Assis Ferreira- IPA Sergipe
José Mazio C. Bezerra- SECTMA Arivaldo F. de Andrade Filho- DESO
Lucynara R. de Godoy Andrada- SECTMA Carol Madureira- ASCOM/SEPLAN
Nilce Helena Gondim- SEIN Frederico José Santos Silva Lima- DESO
Paula Marilia de Aquino Fontes- COMPESA João Carlos Santos da Rocha- SEPLAN
Paulo Arruda Ferreira- COMPESA José Cláudio de Lima Costa- SEPLAN
Sandra Ferraz de Sá Wanderley- SECTMA Nilton Oliveira Matos- DESO
Sandra Rezende Florentino da Silva- SECTMA Rui Souza Mendonça- UEGP
Simone Rosa da Silva- SECTMA Sergio Leite- DESO
Vaneza Andrea Lima de Freitas- SECTMA
Equipe de elaboração e execução:
Rio Grande do Norte
Consórcio Engecorps | Projetec | Geoambiente | Riverside
Antonio Rafael de V. Galvão Sobrinho- CAERH
Carlos Alberto Martins- SERHID
José de Arimatéia da Cunha- IGARN
Danny Dalberson de Oliveira- Coordenador Técnico Nacional
Josildo Lourenço dos Santos- CAERN
Marcelo Augusto de Queiroz- CAERN João Joaquim Guimarães Recena- Coordenador Técnico Regional
Maria de Fátima de Freitas Rêgo- SERHID Marcio Alexandro Santana- Coordenador Técnico de Banco de Dados e Website
Maria Geny Formiga de Farias- IGARN
Paulo Bezerra Fernandes- SERHID Marcos Oliveira Godoi
Rafael Galvão- CAERN Paulo Jannuzzi
Sergio Bezerra Pinheiro- SERHID José Orlando P. Silva
Tâmara Soares Medeiros- SERHID Luiz Benoni Manzochi
Valmir Melo da Silva- CAERN Ricardo Lazzari Mendes
Nelson Luis A. Gama Rodrigues
Walter Machado Jr
Elisabete F. Santarosa
Bahia
Eduardo Kohn
Aldo Carvalho Andrade- SRH
Rosa E. Rodrigues Gonçalves
Alberto de Magalhães Ferreira Neto- EMBASA
Ana Paula Raimundo
Altamirano Vaz Lordêllo- SRH
Jim Ishikawa
Amaury Xavier V. Carvalho- SRH
Christiane Spörl
Amarildo Evaristo B. Moreno- EMBASA
Cristiano Roberto de Souza
Antônio Carlos Fiscina Mesquita- EMBASA
Ualfrido Del Carlo Jr.
Cícero de C. Monteiro- EMBASA
Clearto Paiva Germano- EMBASA Aída Maria Andreazza
Glauco Cayres de Souza- EMBASA Rui dos Santos Silva
Inês Maria Peixoto Barreto- EMBASA Alexandro Pereira Angelo
Jorge Humberto C. Almeida-EMBASA Antonio Rodrigo Estelita Lins
José Henrique Iglesias- EMBASA Breno Ferreira de Souza Correia
José Henrique Lago- EMBASA Flávio Régis de Holanda Bezerra
José Luiz Lima de Oliveira- EMBASA Ione Cardoso Alencar
José Barbosa Neto- ASSESSOR Luiz Antonio de Meneses Cavalcante
Letícia Oliveira- SRH Artur Dias Medeiros
Luiz Carlos Costa Reis- EMBASA Dário Hernani de Souza Vizeu
Nilson Alves Bahia- EMBASA Roberta Guedes Alcoforado
Pedro Avelino de Oliveira Neto- CERB Patrícia Santana
Polyana Duarte Carvalho- EMBASA Ronaldo Sobreira Bitu Filho
Rodolfo Garcia de Aragão- EMBASA Emerson Medeiros Emerenciano
Silvio Murta Martins- EMBASA José Almir Cirilo
Thiago Antonio A. de Oliveira Pinto- EMBASA Manoel Sylvio C. Campello Netto
Zilda Maria Lima Machado de Carvalho- EMBASA Marcelo Cauás Asfora
Carlos Eduardo de Oliveira Dantas
Hildeberto Bernardes Lacerda Júnior
Minas Gerais Osvalcélio Mercês Furtunato
Alberto Simom Schvartsman- IGAM Jaime Joaquim da Silva Pereira Cabral
André dos Anjos Cardoso- COPASA Anderson Luiz Ribeiro de Paiva
Hermes Evaristo dos Reis- COPASA Guilherme Peplau
Joaquim Carlos Ribeiro da Fonseca- COPASA Suzana Maria Gico Lima Montenegro
Luiz Henrique Ramos Mazeo- COPASA
Sylvana de Melo Santos
Luiza de Marillac Camargo- IGAM
Aerton Zamboni Maia
Márcia Aparecida Coelho- IGAM
José Ricardo Rocha Cantarelli
Maria Carvalho de Melo- IGAM
Valdevino Siqueira Campos Neto
Maria Célia Passos Simões Moreira- SEPLAC
Tiago Pinheiro
Maurício Paulo Pereira- COPASA
Alexandre Massaharu Hashimoto
Mônica Botelho- COPASA
Rodrigo Luiz de Oliveira
Nádia Antônia Pinheiro Santos- IGAM
Jezer Ferris
Roberto de Souza- IGAM
Rogério Grandivon Sperling-COPASA Bruno Rodrigues Paravatti
Ronaldo de Luca F. Gonçalves- COPASA Michelle Rocha de Araújo
Tarcio de Souza- SEMAD Fábia Antunes Zaloti
Vera Lúcia Neves- IGAM Thaís Vianna Bentes
Vicente de Paulo Seabra da Rocha- COPASA Silvia Luiz
Walter Vilela- COPASA Ulisses Elisio Costa
Açude Boqueirão- Cariri- PB
FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ......................................................... 11

CONCEITUAÇÃO DOS ESTUDOS ............................... 13 Mapas

ASPECTOS GERAIS ................................................................. 15


Área de abrangência do ATLAS e região semi-árida ................................... 16
ÁREA DE ABRANGÊNCIA ....................................................... 17 Municípios da área de estudo do ATLAS por faixa de população ............... 18
Regiões hidrográficas ................................................................................. 25
OBJETIVOS ............................................................................. 19
Regiões hidrográficas e reservatórios existentes- MA, PI, CE, RN e PB ..... 26
ESTRUTURA DOS ESTUDOS .................................................. 21
Regiões hidrográficas e reservatórios existentes- PE, AL, SE, BA e MG .... 27
DOCUMENTAÇÃO DOS ESTUDOS ........................................ 22 Distribuição espacial das vazões em Unidades de Planejamento- UPs ...... 29
Águas subterrâneas .................................................................................... 31
RECURSOS HÍDRICOS- OFERTA E DEMANDA ........... 23 Demanda total de água- Cenário otimista 2025 .......................................... 33

OFERTA DE RECURSOS HÍDRICOS ........................................ 25 Tendência de crescimento populacional ...................................................... 34


Demanda de água para consumo humano- Cenário otimista 2025 ............. 35
DEMANDAS DE ÁGUA ........................................................... 32
Pressão sobre os recursos hídricos- Cenário otimista 2025 ....................... 37
PRESSÃO SOBRE OS RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS .. 36 Sistemas de abastecimento de água isolados e integrados ........................ 39

MANANCIAIS E SISTEMAS PRODUTORES DE ÁGUA ............ 38 Capacidade dos sistemas produtores urbanos de água- 2005 .................... 41
Municípios atendidos pelos principais mananciais de superfície ................. 42
PROPOSIÇÃO DE SOLUÇÕES..................................... 49 Status das outorgas dos sistemas de abastecimento de água- 2005 .......... 43
Qualidade da água ..................................................................................... 45
DIRETRIZES E CRITÉRIOS ADOTADOS .................................. 51
Criticidade dos sistemas e mananciais ....................................................... 48
TIPOLOGIAS DE SOLUÇÕES TÉCNICAS ................................ 52
Tipologias de soluções técnicas- Cenário otimista 2015 ............................. 53

IDENTIFICAÇÃO DE OBRAS .................................................. 54 Identificação de obras- Maranhão .............................................................. 56


Identificação de obras- Piauí ...................................................................... 58
RECURSOS FINANCEIROS ..................................................... 78
Identificação de obras- Ceará .................................................................... 61
ASPECTOS INSTITUCIONAIS ................................................. 79
Identificação de obras- Rio Grande do Norte ............................................. 63
Identificação de obras- Paraíba .................................................................. 65
Identificação de obras- Pernambuco .......................................................... 67
Identificação de obras- Alagoas ................................................................. 69
Identificação de obras- Sergipe .................................................................. 71
Identificação de obras- Bahia ..................................................................... 74
Identificação de obras- Minas Gerais ......................................................... 76

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 9


FOTOS Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA
APRESENTAÇÃO
A Agencia Nacional de Águas – ANA – tem a satisfação de apresentar o ATLAS NORDESTE
– Abastecimento Urbano de Água. Sua elaboração foi motivada pela intenção de
atender prioritariamente ao semi-árido brasileiro, área significativamente afetada pela
escassez hídrica, com um estudo de macroplanejamento de oferta de água visando
suprir a demanda humana das sedes municipais da região.
Devido à interdependência hídrica da Região Nordeste, a área de estudo extrapola as
fronteiras estritas do Semi-Árido e abrange a região que se estende do Estado do
Maranhão ao Estado de Minas Gerais; da zona da mata ao agreste, incluindo sertão e
cerrado; das regiões metropolitanas aos pequenos municípios. Definiu-se, inicialmente,
que o ATLAS atenderia aos municípios com população urbana igual ou maior que
5 mil habitantes - cerca de 1.110 - mas os resultados finais englobam também sedes
municipais localizadas na área de influência dos sistemas integrados com população
inferior ao limite inicialmente estabelecido.
As dificuldades encontradas para realização do estudo foram enormes, tendo em vista
a diversidade da região, expressa em seu clima, regime de chuvas, densidade demográfica,
aspectos institucionais, realidade sócio-cultural, aspectos geológicos - áreas sedimentares
e de cristalino - e, acima de tudo, na rica e paradoxal variabilidade hídrica, caracterizada
por secas e enchentes, reservas subterrâneas inexploradas e distribuição irregular de rios
perenes.
Marcadamente cortada por apenas dois rios perenes de porte, o rio São Francisco e o
rio Parnaíba, a região vem sendo alvo de estudos de engenharia que buscam ao longo
de séculos resolver a má distribuição espacial dos recursos hídricos, por meio da prática
da construção de açudes e da conseqüente perenização do leito dos rios. No entanto,
até o momento, grande parte da população continua desprovida de abastecimento de
água potável em níveis adequados.
O estudo procurou identificar onde está a água, seja ela superficial ou subterrânea,
como e com que qualidade chega aos habitantes urbanos e qual a melhor forma de
abastecer as populações que contam com sistemas insatisfatórios, a menores custos.
Embora o estudo tenha sido realizado na forma de um mosaico, relacionando cada
manancial às sedes municipais por ele atendidas e cada sede municipal aos seus
mananciais prioritários, chegou a resultados agregados que devem ser utilizados como
insumos ao planejamento macrorregional, a fim de orientar os tomadores de decisão
na utilização de recursos financeiros para o setor.
Sob coordenação da ANA, o estudo se desenvolveu ao longo de dezoito meses de
trabalho, num processo participativo que envolveu inúmeros atores sociais que
contribuíram com informações, sugestões e idéias, com destaque para os órgãos e
instituições estaduais de recursos hídricos, assim como os Ministérios da Integração
Nacional, das Cidades e da Saúde.
No entanto, para que o esforço coletivo articulado para elaboração do ATLAS faça
sentido, é necessário equacionar sua continuidade, promovendo sua periódica atualização
para consolidá-lo como ferramenta de planejamento dos recursos hídricos da região.
Esse trabalho poderá ser facilitado pela forma como o estudo se encontra estruturado,
envolvendo três versões: impressa, em mídia CD-ROM e em sítio específico na Internet,
cada qual com seu grau de detalhamento próprio, o que permitirá um amplo acesso a
Açude Boqueirão- PB seus resultados.
FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA Por fim, registre-se a satisfação da Agência Nacional de Águas em disponibilizar às
lideranças políticas e à sociedade brasileira, em geral, um estudo que inclui o diagnóstico
de um dos aspectos cruciais da realidade dos recursos hídricos da região semi-árida, e
propostas de enfrentamento das adversidades, ambos produzidos num esforço articulado
com as principais instituições envolvidas com o setor de recursos hídricos da região.
Nosso desejo é que esse estudo se torne, além de fonte de consultas, uma efetiva
ferramenta de planejamento em benefício da região semi-árida brasileira.

JOSÉ MACHADO
DIRETOR PRESIDENTE

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 11


As decisões que culminaram na indicação das obras integrantes do presente
ATLAS pautaram-se num longo processo de planejamento participativo,
envolvendo a ANA, os dez Estados inseridos na área de abrangência do estudo
e os Ministérios Transversais.
Sendo os Estados os maiores conhecedores das suas próprias dificuldades, a
interação com representantes dos órgãos estaduais e municipais responsáveis
pelos setores de recursos hídricos e abastecimento de água e, em alguns casos,
dos setores de meio ambiente, desenvolvimento urbano e agricultura, foi decisiva
para a seleção das melhores alternativas, assegurando-se, adicionalmente,
uma convergência de decisões entre as instâncias de planejamento federal,
estadual e municipal.
Assim, foram realizadas reuniões em todos os Estados, em mais de uma
oportunidade, com os seguintes objetivos: apresentação inicial dos estudos;
discussão do diagnóstico e de propostas preliminares de soluções; e
consolidação do diagnóstico e validação das propostas do ATLAS.
Desta forma, as proposições do ATLAS possuem o respaldo técnico de cada
um dos dez Estados envolvidos, posto que foram considerados não só estudos
preexistentes, como critérios de projeto e de planejamento dos diversos setores
afins ao gerenciamento de recursos hídricos.

ARRANJO INSTITUCIONAL PARA ELABORAÇÃO DO ATLAS

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 12


ATLAS NORDESTE
ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA

CONCEITUAÇÃO DOS ESTUDOS


Barragem Machado Mineiro- MG
FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA
ASPECTOS GERAIS
O ATLAS NORDESTE – Abastecimento Urbano de Água apresenta os resultados Para tanto, a ANA contou com a colaboração dos Ministérios Transversais, dos
de estudos realizados sob elaboração e coordenação da Agência Nacional de governos estaduais de toda a região de estudo, além das Companhias estaduais,
Águas – ANA. prefeituras e serviços municipais de saneamento, incorporando sugestões e
recomendações, sempre procurando a convergência de interesses e expectativas.
Os produtos que compõem o ATLAS compreendem esta versão impressa, que
O resultado desses esforços servirá como importante instrumento de planejamento
apresenta resultados gerais; uma versão na Internet, que pode ser acessada via
para a correta indicação de projetos e obras que possibilitarão a oferta garantida
website da ANA; e um CD-ROM com as informações técnicas completas sobre os
de água à população que vive nas áreas de maior escassez hídrica do Brasil.
estudos, além de vários relatórios.
Para identificar os déficits e propor soluções técnicas com garantia hídrica para
atender às demandas por água para abastecimento humano, notadamente da
região do Semi-Árido brasileiro, o principal objetivo do ATLAS foi o de proporcionar
convergência de esforços e articulação de ações públicas voltadas para a ampliação
da oferta de água à população urbana da área de abrangência dos estudos.
Além da região semi-árida, também foram inseridas nos estudos áreas do seu
entorno, devido à interdependência direta entre as respectivas bacias hidrográficas
e tendo em vista os objetivos de gerenciamento integrado dos recursos hídricos,
através da otimização de sua oferta e racionalização de seu uso.

A “situação-problema” a ser superada é caracterizada pelos seguintes


déficits:
ˆ oferta de água insuficiente para o atendimento da demanda para
abastecimento humano, devido à distribuição espacial irregular dos
recursos hídricos, à baixa produção hídrica dos mananciais nos períodos
de estiagem, aos conflitos de uso existentes e à deficiência de
investimentos para aproveitamento de novos mananciais;
ˆ abastecimento intermitente, provocado pela produção de água bruta em
quantidades inferiores às demandas, em função da deterioração ou
obsolescência dos sistemas de captação, adução e tratamento de água e
elevados índices de perdas;
ˆ ocorrência de águas salobras ou poluídas devido à precária conservação
de bacias e mananciais, com implicações negativas no binômio quantidade-
qualidade da água.

O quadro geral da oferta de água na região é, assim, complexo e crítico, exigindo


ações que se estendem para além da abordagem intra-bacias hidrográficas,
passando pela análise dos sistemas existentes, pela concepção de novas alternativas
de obras e avaliação da viabilidade econômica e ambiental, até a garantia da
sustentabilidade hídrica e operacional dos empreendimentos, dentro de uma visão
ampla e integrada dos recursos hídricos de toda a região.
Tal desafio prende-se à indicação de propostas de solução que, partindo de um
diagnóstico da oferta de água na área selecionada e da condição técnico-operacional
dos sistemas existentes, permitam sinergias e ganhos de escala, na busca de
otimização do uso dos recursos hídricos, através de uma estratégia embasada em
respaldo técnico-político e num adequado suporte institucional e financeiro.
Comunidade Palheiros- RN
FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 15


ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO ATLAS E REGIÃO SEMI-ÁRIDA

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 16


ÁREA DE ABRANGÊNCIA
A área de abrangência do ATLAS compreendeu os nove Estados da Região Nordeste MUNICÍPIOS DA ÁREA DE ESTUDO DO ATLAS
e o norte do Estado de Minas Gerais, este último em áreas inseridas nos limites
das bacias hidrográficas dos rios São Francisco, Mucuri, Pardo e Jequitinhonha,
envolvendo um total de 2,15 milhões de km2.
Os estudos consideraram, inicialmente, os municípios com população urbana
superior a 5.000 habitantes (1.112 municípios), selecionados com base no Censo
2000 do IBGE. Esses municípios foram divididos em quatro grupos:
ˆ municípios localizados em Regiões Metropolitanas1;
ˆ municípios com população urbana superior a 100.000 habitantes;
ˆ municípios com população urbana entre 100.000 e 25.000 habitantes; e
ˆ municípios com população urbana entre 5.000 e 25.000 habitantes.

Contudo, as análises desenvolvidas não se restringiram a esses municípios: para


efeitos dos estudos de demandas, foi considerada a totalidade da região; para
estimativa das ofertas hídricas, todas as bacias hidrográficas que envolvem a área
na qual se inserem os municípios selecionados; e para o diagnóstico e indicação de
projetos, também os municípios com população inferior a 5.000 habitantes, já
atendidos por sistemas produtores de água integrados ou localizados na área de
influência de sistemas integrados planejados, totalizando um universo de mais de
1.300 sedes municipais.
A população urbana inicialmente beneficiada pelos estudos do ATLAS atingiu
aproximadamente 34 milhões de habitantes, segundo o censo do IBGE de 2000, o
que equivale a cerca de 95% da população urbana e a 67% da população total da
área de estudo naquele ano, correspondendo a 24% do total da população urbana
do Brasil.

O Semi-Árido abrange os Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte,


Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais, ocupando
uma área de 976.743,3 km ².
Compreende 1.132 municípios, abrangendo uma população de 20 milhões de
habitantes, ou seja, 12,2% da população brasileira. Desses 20 milhões, 56%
correspondem à população urbana e 44% à população rural.
Dos 1.112 municípios inicialmente considerados nos estudos do Atlas, 549
estão inseridos na região semi-árida (49,4%).
O Semi-Árido caracteriza-se por apresentar reservas insuficientes de água
em seus mananciais. Apresenta temperaturas elevadas durante todo ano,
baixas amplitudes térmicas, da ordem de 2 a 3ºC, forte insolação e altas
taxas de evapotranspiração. As chuvas apresentam totais pluviométricos
irregulares e inferiores a 900 mm; normalmente, são superadas pelos elevados
índices de evapotranspiração, configurando taxas negativas no balanço hídrico.
A irregularidade das chuvas pode chegar a condições extremas, caracterizando
períodos críticos de seca. Essas freqüentes e prolongadas estiagens da região Carro-pipa- Palheiros- RN
têm sido responsáveis pelo êxodo de parte de sua população. FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA

1
Não foram incluídas a Região Metropolitana de Belo Horizonte e a área do Distrito Federal
pertencente à bacia do rio São Francisco, ambas consideradas em outro estudo específico
da ANA.

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 17


MUNICÍPIOS DA ÁREA DE ESTUDO DO ATLAS POR
FAIXA DE POPULAÇÃO

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 18


OBJETIVOS

Gerais Específicos
ˆ Diagnosticar a situação da oferta de água bruta no conjunto das sedes municipais ˆ Determinar potencialidades e efetivas disponibilidades hídricas da área de
da área de estudo; estudo, tanto superficiais como subterrâneas, bem como demandas hídricas, e
avaliar a pressão sobre os recursos hídricos superficiais;
ˆ Identificar eventuais conflitos pelo uso da água para abastecimento urbano e
para outras demandas relevantes para o desenvolvimento regional; ˆ Avaliar, de maneira crítica, a partir de dados existentes, pesquisa institucional
e visitas de reconhecimento, as condições dos mananciais e dos sistemas de
ˆ Identificar e propor alternativas técnicas com garantia hídrica para atender às
produção de água das sedes municipais, estabelecendo: a capacidade atual de
atuais e futuras demandas das populações nos horizontes de planejamento
oferta de água bruta; a produção de água bruta e tratada (total e per capita);
definidos;
e as necessidades e condições de suprimento das demandas futuras, com base
ˆ Observar a sustentabilidade hídrica e operacional das obras identificadas, em projeções demográficas;
conforme Decreto nº 4.024/2001; e
ˆ Identificar as principais alternativas técnicas em nível de pré-concepção
ˆ Subsidiar o processo decisório para a aplicação de recursos na área de (manancial, captação, adução e tratamento) e avaliar as propostas
abrangência. preexistentes, de modo a suprir os planejadores com dados que lhes permitam
desenvolver um plano de investimentos para o setor;
Como o foco é a garantia da oferta de água, as alternativas técnicas dizem respeito
ˆ Estimar os custos de implantação das obras;
ao sistema de produção, coincidindo com a parcela do sistema referente à área de
recursos hídricos.

ˆ Avaliar, de forma preliminar, os impactos ambientais decorrentes da implantação


O Decreto nº 4.024, de 21 de novembro de 2001, define, em linhas das infra-estruturas hídricas selecionadas;
gerais, que obras de infra-estrutura hídrica para reservação ou adução
ˆ Elaborar documentos apresentando o elenco das obras eleitas, que sirvam
de água bruta a serem implantadas ou financiadas, no todo ou em parte,
como referência ao planejamento integrado dos setores de saneamento e de
com recursos financeiros da União, com valores iguais ou superiores a
gerenciamento de recursos hídricos;
R$ 10.000.000,00, ficam condicionadas à apresentação do CERTOH –
Certificado de Avaliação da Sustentabilidade da Obra Hídrica. ˆ Promover aderência entre ações de planejamento interinstitucionais.

A ANA, através da Resolução nº 194, de 16 de setembro de 2002,


regulamenta o CERTOH, estabelecendo os critérios e procedimentos
para a sua concessão. Será considerada, para a emissão do CERTOH,
a sustentabilidade nas perspectivas operacional da infra-estrutura,
caracterizada pela existência de mecanismo institucional que garanta a
continuidade da operação da obra, e hídrica, caracterizada pela
demonstração de que a implantação da obra contribui para o nível de
aproveitamento hídrico da respectiva bacia hidrográfica.

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 19


Barragem Pedra do Cavalo- BA
FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA
ESTRUTURA DOS ESTUDOS
Os estudos para elaboração do ATLAS foram divididos em diversas etapas, Os trabalhos envolveram atividades de campo para coleta de dados, visitas
desenvolvidas ao longo de 18 meses, com escopo definido para atender à totalidade institucionais e verificações “in loco” de sistemas de produção de água existentes
dos objetivos visados. com carência de dados disponíveis, bem como atividades de escritório, para
sistematização das informações coletadas, estudos de planejamento integrado,
Dois grandes blocos de atividades deram suporte conceitual ao plano de trabalho
engenharia de projetos e elaboração de mapas e relatórios.
programado: o primeiro deles, voltado à avaliação da oferta de água bruta,
incluindo: projeção de demandas, avaliação crítica dos sistemas de produção de Ao final de cada etapa, foram emitidos um ou mais relatórios, contendo os resultados
água e análise do planejamento preexistente, incluindo obras em andamento, dos estudos desenvolvidos.
contratadas ou licitadas e projetos já elaborados; e o segundo, dirigido à proposta
A colaboração dos Estados e municípios para consecução dos objetivos do ATLAS
de alternativas técnicas e soluções de engenharia para equacionamento dos
foi fundamental, em todas as etapas do trabalho, tanto para a disponibilização de
gargalos identificados até o horizonte de planejamento do ano 2025.
dados e informações quanto para a discussão das alternativas propostas,
obtendo-se um rol de soluções para aproveitamento sustentável dos recursos
hídricos da área estudada que representa um consenso do planejamento entre
diferentes instâncias de governo da região.

PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DO ATLAS

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 21


DOCUMENTAÇÃO DOS ESTUDOS
Os estudos realizados estão disponíveis ao público nos seguintes documentos
finais:

ATLAS impresso: trata-se deste produto, com nível de detalhamento agregado


para toda a região de estudo. Produto com foco nas informações gerais, com
complemento de mídia em CD-ROM, apresentadas de forma didática e ricamente
ilustrada. Destina-se prioritariamente aos gestores de recursos hídricos e às
lideranças políticas.

Resumo Executivo: trata-se de um produto impresso, com complemento de mídia


em CD-ROM, que apresenta a metodologia utilizada em cada etapa de elaboração
do ATLAS e consolida os resultados dos dez Estados da região de estudo. Destina-
se aos técnicos e atores das áreas de recursos hídricos e saneamento, assim
como gestores e lideranças políticas.

Sítio na internet: trata-se de um produto que pode ser acessado pelo website da
ANA, com nível de detalhamento que permite consultas ao Banco de Dados. São
disponibilizados resultados consolidados para a região e por Estado, além de um
conjunto de fichas de alternativas técnicas para cada município.

Além desses documentos, estão disponíveis os seguintes relatórios, elaborados


ao longo dos estudos:
ˆ Panorama Atual da Oferta de Água;
ˆ Projeções Demográficas;
ˆ Estudos de Demanda: Cenário Tendencial e Cenário Otimista;
ˆ Balanço Oferta-Demanda nos Horizontes Considerados;
ˆ Diagnósticos da Oferta de Água Bruta e Avaliação Preliminar de Alternativas
Técnicas, elaborados para cada um dos dez Estados;
ˆ Relatórios de Identificação de Obras – RIOs; e
ˆ Arranjo Institucional.

Esse conjunto de documentos finais e relatórios pretende levar os diversos tipos


de usuários do ATLAS ao perfeito entendimento dos estudos, desde a análise de
disponibilidade hídrica e demandas até as proposições de obras para atender a
situações críticas de cada sistema de abastecimento de água avaliado.

FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 22


ATLAS NORDESTE
ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA

RECURSOS HÍDRICOS -
OFERTA E DEMANDA
Adutora Amélia Rodrigues- BA
FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA
OFERTA DE RECURSOS HÍDRICOS

Águas Superficiais
Para definir um panorama amplo da área de abrangência do ATLAS, em REGIÕES HIDROGRÁFICAS
termos de suas condições hidrológicas e de oferta de recursos hídricos,
inicialmente, foram mapeadas todas as bacias hidrográficas da região,
bem como os reservatórios existentes com capacidade de acumulação
igual ou superior a 10 hm3, considerados como passíveis de fornecer água
com garantia de 100% na região do Semi-Árido 1 .

1
Os açudes de capacidade inferior têm como principal função a acumulação de
volumes de água que ficam estocados, após a estação chuvosa, para serem
utilizados na estação seca do mesmo ano. Não servem, no entanto, como reservas
interanuais, pois, quando da ocorrência de anos secos consecutivos, não
apresentam volumes para o atendimento às demandas.

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 25


REGIÕES HIDROGRÁFICAS E RESERVATÓRIOS EXISTENTES-
MA, PI, CE, RN e PB

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 26


REGIÕES HIDROGRÁFICAS E RESERVATÓRIOS EXISTENTES-
PE, AL, SE, BA e MG

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 27


OFERTA DE RECURSOS HÍDRICOS
As disponibilidades de recursos hídricos foram determinadas com base nos Planos
Estaduais de Recursos Hídricos e nos Planos de Bacias Hidrográficas disponíveis
para cada Estado, assim como nos Estudos de Inserção Regional para o Projeto
de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste
Setentrional – PISF. Para alguns Estados, que não possuem planos consolidados,
os estudos hidrológicos foram desenvolvidos pela equipe técnica do ATLAS, a
partir da análise de séries fluviométricas históricas e cálculo de vazões específicas.
A unidade territorial adotada para determinação das disponibilidades hídricas de
superfície foram as bacias hidrográficas, divididas em 310 sub-bacias, denominadas
Unidades de Planejamento (UPs).
Em 21% do total das UPs inseridas na área de abrangência do ATLAS, ocorrem
vazões específicas muito baixas, inferiores a 1L/s.km2, em 56% desse território
as vazões específicas variam de 1 a 10L/s.km2, enquanto que em apenas 26% da
região verificam-se vazões específicas mais elevadas, superiores a 10L/s.km2.
Vazões específicas baixas resultam em reduzidas disponibilidades hídricas
superficiais, tanto no conjunto de bacias hidrográficas como em pontos localizados,
razão dos freqüentes déficits de abastecimento de água à população. Amélia Rodrigues- BA
FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA
Observando o mapa a seguir, verifica-se o seguinte panorama para o conjunto da
região do ATLAS:
ˆ Áreas de maior disponibilidade hídrica superficial – algumas bacias no Estado
do Maranhão, áreas litorâneas dos Estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas
e Sergipe, além do litoral sul da Bahia, a bacia do rio Salgado no Ceará e o
Estado de Minas Gerais, com exceção das bacias do rio Verde Grande, Alto
Pardo e Médio Jequitinhonha;
ˆ Áreas com disponibilidade hídrica superficial intermediária – bacias da margem
esquerda do São Francisco no Estado da Bahia a montante do reservatório de
Sobradinho, o Alto e Médio Piranhas e bacias litorâneas do Ceará;
ˆ Áreas com baixa disponibilidade hídrica (inferior a 2 L/s/km²) – extensa área
que compreende a bacia do rio Verde Grande, quase todas as bacias do centro,
norte e leste do Estado da Bahia, sub-bacias do norte de Sergipe e oeste de
Alagoas, a maior parte do Estado de Pernambuco, o Agreste Paraibano, o Alto
Jaguaribe no Ceará, as bacias do Canindé e do Piauí no Estado do Piauí e
bacias litorâneas, do Seridó e Apodi no Estado do Rio Grande do Norte.

Com relação à disponibilidade hídrica proporcionada pela acumulação de água em


reservatórios, o Ceará é o Estado que possui o maior número de reservatórios de
regularização com capacidade superior a 10 hm3, apresentando, ainda, a maior
capacidade total de armazenamento (17.500 hm 3) e vazão regularizada
(100 m3/s), destacando-se a bacia hidrográfica do rio Jaguaribe.
A Bahia e Pernambuco também apresentam reservatórios importantes para o
abastecimento de diversas comunidades, sendo a capacidade total de
armazenamento na Bahia de 8.672 hm3, resultando numa vazão regularizada de
60 m3/s, e em Pernambuco, de 2.796 hm3, com vazão regularizda de 17 m3/s.
Da mesma forma, no Rio Grande do Norte e na Paraíba, também é relevante a
contribuição dos açudes para o abastecimento público, com destaque à bacia Açude Boqueirão- PB
hidrográfica do rio Piranhas/Açu, sendo a vazão total regularizada em ambos os FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA
Estados, respectivamente, de 27 m3/s e 21 m3/s.

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 28


DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS VAZÕES EM UNIDADES
DE PLANEJAMENTO- UPs

Visando definir porções da região de estudo objeto de


atenção especial, em função do maior risco de escassez
hídrica, foram delimitadas pelo ATLAS Áreas de Elevado
Risco Hídrico (AERHs), com base na análise de fatores
geoclimáticos.
As AERHs possuem extensão total de 321.711 km²,
distribuindo-se nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará,
Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte e
abrangem 502 sedes municipais, sendo 234 delas
consideradas pelo Atlas.
As Áreas com Elevado Risco Hídrico – AERHs – são
caracterizadas pela associação das seguintes variáveis:
ˆ precipitação média anual inferior a 700 mm, delimitando
regiões com baixa precipitação relativa;
ˆ índice de aridez inferior a 0,35 (valor central da faixa de
classificação da região semi-árida), indicando as regiões
mais críticas no balanço precipitação-evapotranspiração;
ˆ ausência de sistemas aqüíferos sedimentares, que
representariam potencial fonte de suprimento e de
segurança hídrica para o abastecimento humano;
ˆ ausência de rios perenes com elevado porte ou com
grande capilaridade, que também significariam fator de
segurança hídrica.

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 29


OFERTA DE RECURSOS HÍDRICOS

Águas Subterrâneas
Identificam-se três domínios hidrogeológicos na área do ATLAS: Poroso, Fraturado-
Cárstico e Fraturado. O domínio Poroso é representado essencialmente pela região
de ocorrência das rochas sedimentares, que ocupam 43% da área. Os domínios
hidrogeológicos Fraturado e Fraturado-Cárstico compreendem as rochas do
embasamento cristalino, totalizando 48% e 9% da área, respectivamente.
As reservas hídricas renováveis, ou seja, a contribuição dos aqüíferos para
manutenção do escoamento de base dos rios, é estimada em 3.849 m3/s.
Considerando as reservas explotáveis como 25% das reservas renováveis, o valor
é de 962,3 m3/s. A distribuição das reservas hídricas na região, no entanto, não é
homogênea. O domínio Poroso detém 70% das reservas (675 m3/s), o domínio
Fraturado-Cárstico 22% (212 m3/s) e o Fraturado 8% (75 m3/s).
O domínio Fraturado apresenta o menor potencial hídrico e ocupa uma área de
aproximadamente 901.000 km2. As vazões dos poços são, em geral, baixas,
inferiores a 10 m3/h, para profundidades entre 50 e 150 m. De modo geral,
observam-se as menores vazões na região semi-árida do Nordeste.
O domínio Fraturado-Cárstico apresenta uma área de cerca de 177.000 km2.
O principal sistema aqüífero é o Bambuí. A faixa mais comum de vazões é de
5 a 60 m3/h, para profundidades dos poços geralmente entre 50 e 150 m.
Os sistemas aqüíferos de maior potencialidade pertencem ao Domínio Poroso e
estão localizados nas seguintes bacias sedimentares: Parnaíba, Potiguar ou Apodi,
Araripe, Interiores, Recôncavo-Tucano-Jatobá, São Francisco e Costeira.
Somam-se a essas bacias sedimentares as coberturas cenozóicas, que ocorrem
recobrindo rochas dos demais domínios hidrogeológicos. O Domínio Poroso totaliza
uma área de aproximadamente 826.000 km2 .

CARACTERÍSTICAS DOS DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS E PRINCIPAIS SISTEMAS AQÜÍFEROS

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 30


ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 31


DEMANDAS DE ÁGUA
Foram consideradas as demandas de recursos hídricos para abastecimento humano
(urbano e rural) , dessedentação animal, abastecimento industrial e irrigação para
todos os municípios dos Estados integrantes da área de estudo e para todas as
Unidades de Planejamento definidas.
Essas demandas foram estimadas para três horizontes temporais – curto (2005),
médio (2015) e longo (2025) prazo – e em dois cenários distintos:
ˆ cenário tendencial, em que se considerou a projeção dos usos dos recursos
hídricos seguindo uma trajetória histórica; e
ˆ cenário otimista, na hipótese de que sejam materializadas as seguintes
intervenções até o ano de 2025: redução das perdas dos sistemas de
abastecimento de água; gerenciamento da demanda nos pólos de
desenvolvimento; aumento da área irrigada, porém, com otimização da utilização
de água (demandas unitárias menores).

A demanda para abastecimento humano, a de maior interesse aos objetivos do


ATLAS, foi estimada mediante projeções demográficas, que permitiram identificar,
além dos contingentes de população futura em cada município da área de estudo,
diferentes tendências de comportamento do crescimento da população.
Verificou-se que 72% dos municípios da área de estudo apresentam tendência de
crescimento da população até 2025 (24,3% com crescimento acentuado e 51,2%
com crescimento moderado), enquanto 22,9% deverão sofrer perda de população
(3,2% com perdas acentuadas e 17,2% com perdas moderadas). Com tendência à
estagnação, identificaram-se apenas 4,9% dos municípios.
Considerando o cenário otimista, para 2025, e observando os resultados obtidos,
conclui-se que:
ˆ o total de demandas hídricas da área de abrangência do ATLAS atinge cerca
de 734 m3/s;
ˆ as demandas de água para irrigação representam 58% desse total (427 m3/s),
enquanto o abastecimento humano, 27% (198 m3/s);
ˆ o abastecimento das indústrias (73 m3/s) representa pouco menos de 10% da
demanda total estimada, e a dessedentação de animais corresponde a quase
5% do total (36 m3/s).

Açude Boqueirão- PB
FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 32


DEMANDA TOTAL DE ÁGUA- CENÁRIO OTIMISTA 2025

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 33


TENDÊNCIA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 34


DEMANDAS DE ÁGUA
À exceção do Maranhão e do Piauí, que apresentam maiores demandas
percentuais para abastecimento humano em relação à demanda total
DEMANDA DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO-
estadual, e de Sergipe, cuja demanda para abastecimento humano
aproxima-se do total estimado para irrigação, em todos os demais Estados, CENÁRIO OTIMISTA 2025
a grande maioria dos recursos hídricos, em 2025, deverá ser utilizada
para irrigação.
Para a quantificação das demandas hídricas para abastecimento humano,
adotaram-se per capitas realistas, determinados com base no padrão de
consumo de água da região. Em 2025, do total dessas demandas
(198,3 m3/s), 185,4 m3/s serão necessários para suprimento das áreas
urbanas (93,5% do total estimado) e 12,9 m3/s para abastecimento da
população rural (6,5% do total).

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 35


PRESSÃO SOBRE OS RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS
Para identificação das regiões mais sujeitas a conflitos pelo uso múltiplo da água,
foi verificado o grau de pressão exercido pelas demandas sobre os recursos hídricos
superficiais, para os cenários tendencial e otimista, e para os horizontes temporais
considerados.
O grau de pressão sobre os recursos hídricos foi avaliado para cada Unidade de
Planejamento, mediante os critérios definidos no quadro abaixo, sendo:
Demanda Total = somatória das demandas para abastecimento humano,
abastecimento industrial, irrigação e dessedentação animal, em cada Unidade
de Planejamento, em m3/s; e
Q média = descarga média do rio principal da Unidade de Planejamento,
em m3/s.

CRITÉRIOS ADOTADOS PARA ANÁLISE DO GRAU DE PRESSÃO


SOBRE OS RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS

Ressalta-se que a vazão média do rio São Francisco não foi considerada para
avaliação dos indicadores de pressão dos recursos hídricos. Ou seja, as
disponibilidades hídricas e as demandas foram calculadas para as sub-bacias de
contribuintes do rio São Francisco, para efeitos do confronto entre oferta e demanda
de água.
Considerando o Cenário Otimista, para 2025, verifica-se que áreas situadas Estação Elevatória Mossoró- RN
predominantemente no Maranhão, Piauí, Minas Gerais, no oeste e sul da Bahia, FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA
e áreas distribuídas irregularmente ao longo da faixa litorânea, ainda poderão
apresentar situação satisfatória, porém, algumas delas requerendo gerenciamento
ao nível local. Contudo, na região do Semi-Árido e nas áreas classificadas pelo
ATLAS como de elevado risco hídrico – AERH –, a situação exigirá gerenciamento
obrigatório ou se apresentará crítica.
Na hipótese de se manter o Cenário Tendencial, ou de se considerar a
disponibilidade hídrica como 30% da Q média (potencial ativável aproximado),
a pressão sobre os recursos hídricos superficiais será ainda maior.

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 36


PRESSÃO SOBRE OS RECURSOS HÍDRICOS
CENÁRIO OTIMISTA 2025

Mossoró- RN
FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 37


MANANCIAIS E SISTEMAS PRODUTORES DE ÁGUA

Sistemas Isolados e Integrados


Os sistemas de abastecimento de água existentes ou planejados foram classificados
em Sistemas Isolados, quando atendem a apenas uma sede municipal, ou Sistemas
Integrados, quando atendem a mais de uma sede municipal.

A identificação desses tipos de sistemas resultou na incorporação ao conjunto de


municípios da área de estudo definidos inicialmente também aqueles que, embora
possuam população urbana inferior a 5.000 habitantes, são atendidos por Sistemas
Integrados já existentes.
Dessa forma, também fizeram parte da etapa de análise dos mananciais e sistemas
produtores de água mais 144 municípios, resultando em 1.256 municípios, ou seja,
12,9% a mais do que o inicialmente previsto (1.112 municípios).
Desse total de 1.256 municípios, 737 (58,7%) são abastecidos por Sistemas Isolados
e 519 (41,3%) por Sistemas Integrados.

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 38


SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
ISOLADOS E INTEGRADOS

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 39


MANANCIAIS E SISTEMAS PRODUTORES DE ÁGUA

Utilização dos Recursos Hídricos


Com relação ao uso dos recursos hídricos, a capacidade de captação dos sistemas
produtores existentes fornece uma referência da quantidade de água que pode
ser distribuída à população, seja de mananciais de superfície, seja de subterrâneos,
ou de ambos.
Em grande parte dos municípios, os sistemas existentes estão sendo utilizados na
sua capacidade máxima, havendo, contudo, sistemas com capacidade ainda ociosa,
que, inclusive, apresentam possibilidade de suprimento das demandas para
abastecimento humano estimadas pelo ATLAS para o ano de 2025.
Verifica-se pelo mapa a seguir que 60% da população da área de estudo do ATLAS
é abastecida por águas de superfície, 13% por águas subterrâneas e 27% por
ambos os tipos de mananciais.
O quadro abaixo detalha os dados obtidos.

UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS- 2005

Chafariz em Santa Cruz- PB


FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA

Engenho- MG
FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 40


CAPACIDADE DOS SISTEMAS PRODUTORES
URBANOS DE ÁGUA- 2005

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 41


MANANCIAIS E SISTEMAS PRODUTORES DE ÁGUA
O estudo dos mananciais e sistemas produtores de água existentes permitiu
verificar que o rio São Francisco é a maior fonte hídrica para abastecimento
da população contemplada pelo ATLAS, sendo responsável pelo suprimento MUNICÍPIOS ATENDIDOS PELOS PRINCIPAIS
de água a 108 municípios dos Estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, MANANCIAIS DE SUPERFÍCIE
Bahia e Minas Gerais. Seguem-se os rios Paraguaçu e Jacuípe, que
abastecem 55 municípios da área de estudo situados no Estado da Bahia,
e o sistema Coremas-Açu, fonte de oferta de água a 33 municípios dos
Estados da Paraíba e Rio Grande do Norte contemplados pelo ATLAS.
Outros mananciais relevantes para o abastecimento de municípios inseridos
na área de estudo do ATLAS são os seguintes:
ˆ Lagoa do Bonfim (17 municípios do Estado do Rio Grande do Norte);
ˆ Barragem Mirorós (14 municípios baianos);
ˆ Açude Epitácio Pessoa (13 municípios da Paraíba);
ˆ Rio Parnaíba (12 municípios do Maranhão e Piauí);
ˆ Rio Itapecuru (9 municípios maranhenses);
ˆ Açude Jacuzinho e Sistema Tapacurá-Gurjaú-Botafgo,
(cada um responsável pelo abastecimento de 9 sedes municipais
de Pernambuco); e
ˆ Rio Jaguaribe, no trecho regularizado (8 municípios do Ceará).

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 42


STATUS DAS OUTORGAS DOS SISTEMAS DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA- 2005

Um aspecto relevante dos sistemas de abastecimento de água que atendem às


sedes municipais avaliadas pelo ATLAS, particularmente no que se refere à gestão
dos recursos hídricos, são as outorgas de direito de uso concedidas a cada sistema.
Considerando a data base de 30 de setembro de 2005, um total de 539 municípios
contemplados no ATLAS têm seus sistemas de abastecimento dotados de outorga
de direito de uso da água. Desse total, 15% possuem outorgas concedidas em
nível federal (Secretaria de Recursos Hídricos/MMA e, posteriormente, Agência
Nacional de Águas), 81% dispõem de outorgas concedidas em nível estadual e 4%
possuem outorgas concedidas em nível estadual e federal. O número de municípios
com outorga é maior que o número de outorgas concedidas, uma vez que a outorga
é única para a captação de água de sistemas integrados.

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 43


MANANCIAIS E SISTEMAS PRODUTORES DE ÁGUA

Qualidade da Água
Na área de estudo do ATLAS, em geral, a qualidade das águas superficiais e
subterrâneas mostra-se comprometida, em função de atividades humanas
relacionadas com a disposição inadequada de resíduos sólidos domésticos e
industriais, o uso indiscriminado de insumos agrícolas, a deficiência dos sistemas
de saneamento, o carreamento de cargas inorgânicas provenientes da extração e
beneficiamento de minérios e o desmatamento e manejo inadequado do solo, que
causam erosão e conseqüente assoreamento dos rios.
Com base em estudos disponíveis, foram selecionados os seguintes parâmetros
para avaliação da adequação dos mananciais de superfície como fonte hídrica
para abastecimento humano: salinização, dureza, contaminação microbiológica,
turbidez, grau de eutrofização, e presença de substâncias tóxicas e organolépticas.
Para a avaliação dos corpos d’água subterrâneos, foram utilizados boletins de
análise de água disponíveis para os poços do Estado do Piauí e considerados os
limites estabelecidos pela Portaria 518/04, do Ministério da Saúde.
O mapa a seguir apresenta os resultados encontrados nas análises de qualidade
da água. Neste mapa, os municípios contemplados na área do ATLAS foram
classificados em três categorias:
ˆ Sem restrição: município cujo manancial de abastecimento da sede não tem
restrições para abastecimento humano, segundo os parâmetros analisados;
ˆ Com restrição: município cujo manancial de abastecimento da sede tem uma
ou mais restrições para abastecimento humano, segundo os parâmetros
analisados. Os municípios cujas sedes municipais são abastecidas por mais de
um manancial e que apenas um deles tem restrição foram classificados nesta
categoria;
ˆ Sem informação: município cujo manancial de abastecimento não dispõe de
informações de qualidade da água.

Pode-se verificar que na área de estudo existe uma grande carência de informações
específicas de qualidade da água. A ausência de dados é constatada principalmente
no que se refere à água subterrânea. Entretanto, de forma geral, pode-se afirmar
que a qualidade das águas subterrâneas é boa, com propriedades físico-químicas
e bacteriológicas adequadas a diversos usos, incluindo o consumo humano. Alguns
sistemas aqüíferos apresentam restrições, devido aos altos teores de dureza,
salinidade e ferro. Além disso, condições inadequadas de saneamento resultam
na contaminação microbiológica e por nitratos, conforme identificado na área de
ocorrência do sistema aqüífero Barreiras.
Quanto aos mananciais superficiais, existem restrições para o abastecimento
público, principalmente nos Estados do Ceará, Bahia e Pernambuco. Embora a
poluição por esgotos domésticos e industriais seja o principal problema observado Barragem Armando Ribeiro Gonçalves- RN
em todos os Estados, tais restrições devem-se principalmente aos processos de FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA
eutrofização e salinização de açudes.
O fenômeno da eutrofização, resultante do nível excessivo de nutrientes na água,
está usualmente associado ao uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica e à
falta de controle das atividades agrícolas, da drenagem pluvial urbana e do
lançamento de esgotos. A salinização ocorre principalmente nos açudes situados
na região semi-árida, devido ao maior consumo de água de um reservatório ser
por evaporação, ou naqueles localizados próximo à costa, em decorrência do
transporte de aerossóis marinhos.

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 44


QUALIDADE DA ÁGUA

Estação de Tratamento Itamaraty- MG


FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 45


Barragem Caraíbas- MG
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MANANCIAIS E SISTEMAS PRODUTORES DE ÁGUA

Análise de Criticidade de Mananciais e Sistemas


Os mananciais e sistemas produtores de água existentes foram analisados quanto Com base nessas análises, as sedes municipais foram classificadas da seguinte
à capacidade de atendimento das demandas da população, para os três horizontes forma:
temporais considerados, visando identificar situações de menor a maior criticidade.
ˆ abastecimento satisfatório – tanto o manancial como o sistema produtor de
Os procedimentos adotados foram os seguintes: água não apresentam deficiência no confronto oferta-demanda nos horizontes
de planejamento;
Para Mananciais de Superfície:
ˆ situação crítica por sistema – a capacidade de produção de água do sistema
ˆ análise do balanço hídrico por sistema existente, considerando demandas do não é suficiente para atender às demandas em qualquer horizonte de
Cenário Tendencial, ou seja, a situação menos favorável; planejamento;
ˆ descarte de reservatórios existentes no Semi-Árido com capacidade de ˆ situação crítica por manancial – a oferta de água do manancial não é suficiente
armazenamento inferior a 10 hm3, por falta de garantia; e para suprir as demandas em qualquer horizonte de planejamento; e

ˆ identificação de mananciais com restrições de qualidade da água para ˆ situação crítica por manancial e sistema – tanto o manancial quanto o sistema
abastecimento humano. produtor apresentam deficiência no balanço oferta-demanda nos horizontes
de planejamento.
Para Mananciais Subterrâneos:
Para o Cenário Otimista e horizonte de 2025, observa-se que, dos 1.256 municípios
ˆ presença de rochas sedimentares (aqüíferos porosos) nas sedes municipais; e da área de abrangência do ATLAS, 26,8% estarão servidos por sistema de
ˆ produtividade dos aqüíferos. abastecimento de água satisfatório, correspondendo a uma população de
8,4 milhões de habitantes, 2,7% terão abastecimento por meio de manancial
Para os Sistemas Produtores de Água: deficitário, 52,8% serão abastecidos por sistemas de produção de água críticos e
17,7%, por sistema produtor e mananciais classificados ambos como críticos.
ˆ comparação entre disponibilidade hídrica (superficial e subterrânea) dos
Tais dados indicam que, caso não sejam implantadas soluções adequadas, e mesmo
mananciais e capacidade de produção de água dos sistemas existentes; e
se consideradas ações para redução das demandas hídricas urbanas, em 2025,
ˆ comparação entre capacidade de produção dos sistemas e demandas hídricas. 41 milhões de habitantes da região ainda não terão garantias de oferta de água
para abastecimento humano.

Mossoró- RN
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ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 47


CRITICIDADE DOS SISTEMAS E MANANCIAIS

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 48


ATLAS NORDESTE
ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA

PROPOSIÇÃO DE SOLUÇÕES
Barragem Armando Ribeiro Gonçalves- RN
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DIRETRIZES E CRITÉRIOS ADOTADOS
A identificação de soluções para os problemas diagnosticados tomou por base as A partir dessas diretrizes, a análise da criticidade da oferta de água resultou nos
condições do Cenário Otimista, até o horizonte do ano de 2025, ou seja, seguintes procedimentos gerais:
considerando a implementação de intervenções para gestão da demanda de água
ˆ As sedes municipais com oferta de água classificada como satisfatória até ao
e otimização de seu uso.
menos o ano de 2015 tiveram seus mananciais e respectivos sistemas
Para a avaliação e seleção das alternativas técnicas (mananciais e obras de cadastrados em uma Ficha Técnica;
infra-estrutura hídrica), foram adotadas as seguintes diretrizes:
ˆ Para as sedes municipais com sistemas ou mananciais classificados como
ˆ O aproveitamento dos recursos hídricos locais e regionais deve ser prioritário; insatisfatórios, ou seja, com déficits identificados já para 2005 ou até 2015,
o ATLAS avaliou e selecionou a melhor alternativa de solução, considerando
ˆ As obras de regularização existentes, com excedentes hídricos, devem ser
os projetos localizados já elaborados ou planejados, bem como obras licitadas,
prioritariamente utilizadas. A proposição de novos barramentos para o
em licitação ou em implantação, conforme apresentado nos Relatórios de
abastecimento humano deve ser adotada somente na ausência de outra solução
Identificação de Obras – RIOs.
de maior viabilidade;
Os procedimentos adotados estão sintetizados no diagrama abaixo.
ˆ O abastecimento humano deve ser realizado por meio de fontes com garantia
de quantidade e qualidade de água, preferencialmente por adução direta de Não foram avaliadas alternativas técnicas para déficits identificados após 2015,
reservatórios. A água nos trechos de rios perenizados deve se destinar pois o sistema existente é suficiente para o atendimento da demanda no médio
preferencialmente a usos difusos, como irrigação e dessedentação animal; prazo. Os problemas identificados deverão ser objeto de estudos posteriores,
ajustando-se, principalmente, a análise da disponibilidade hídrica oferecida por
ˆ A possibilidade de redução do nível de perdas no sistema de abastecimento de novos mananciais e a estimativa de demandas hídricas.
água deve ser verificada como alternativa ou condicionante à eventual
necessidade de ampliação do sistema produtor;
ˆ As obras destinadas ao abastecimento humano das sedes municipais
contempladas no ATLAS, quando necessárias, devem ser dimensionadas
utilizando as demandas estimadas a partir de per capitas realistas, determinados
com base no padrão de consumo de água na região;
ˆ Os municípios com população urbana inferior a 5.000 habitantes devem ser
contemplados no estudo quando estiverem nas imediações do traçado de
sistemas adutores propostos;
ˆ Os pólos de desenvolvimento econômico identificados devem ser analisados
sob a ótica dos impactos causados no uso quali-quantitativo da água para o
abastecimento humano das sedes municipais contempladas no estudo;
ˆ O planejamento existente de canais, eixos de integração e barragens de usos
múltiplos deve ser considerado como um cenário no estudo de alternativas
técnicas de uso da água para abastecimento humano. Essas obras de infra-
estrutura hídrica não devem ser submetidas a estudos de sustentabilidade no
ATLAS, sendo consideradas apenas como possível fonte hídrica.

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 51


TIPOLOGIAS DE SOLUÇÕES TÉCNICAS
Uma vez avaliada a condição de cada uma das sedes municipais da área de estudo, O mapa a seguir apresenta o resultado das propostas definidas pelo ATLAS para
foram propostas alternativas para equacionamento dos problemas identificados, o conjunto da região de estudo, verificando-se o seguinte:
considerando o Cenário Otimista até 2025 e o atendimento às demandas hídricas
ˆ do total de 1.356 municípios considerados na etapa de proposição de soluções,
projetadas pelo ATLAS.
33% deverão estar servidos por sistemas de produção de água que hoje já se
Essas alternativas se enquadram em duas grandes tipologias: mostram satisfatórios;

≡ Utilização ou Adequação de Solução Disponível, compreendendo os ˆ 12% dos municípios deverão contar com obras já concluídas, hoje em andamento,
seguintes casos: adequadas ao suprimento de sua população urbana;

ˆ aproveitamento integral de sistema existente e em operação: quando o ˆ 7% dos municípios possuem soluções já definidas especificamente para eles,
sistema mostrou-se satisfatório para atendimento às demandas estimadas em projetos adequados, recomendando-se a sua implantação;
pelo ATLAS, até ao menos o ano de 2015; ˆ 39% dos municípios deverão ter seus sistemas de produção de água bruta
ˆ adoção de solução preexistente: quando existem obras em andamento, ampliados; e
contratadas ou em fase de licitação, suficientes para suprir os déficits ˆ 9% dos municípios serão abastecidos por novos mananciais, mediante a
identificados; no caso de obras paralisadas, o motivo foi levado em conta construção de novos sistemas adutores – integrados ou isolados.
para a confirmação da solução;
ˆ adoção de projeto preexistente: quando existe projeto ou estudo específico
para solução dos déficits por manancial ou sistema, incorporando a proposta
como uma das alternativas recomendadas pelo ATLAS;

≡ Proposta de Nova Solução, priorizando sempre estudos e análises já


previamente realizados, de modo a compatibilizar o planejamento do ATLAS
com o dos Estados, com os seguintes desdobramentos:
ˆ ampliação de sistema existente, por aumento da capacidade de produção
(captação, adução e tratamento de água bruta) ou por complementação de
manancial (superficial ou subterrâneo);
ˆ integração de sistemas produtores, seja pela incorporação de município
isolado a sistema integrado ou pela interligação de sistemas integrados; e
ˆ utilização de novo manancial e implantação de novo sistema produtor,
mediante a construção de novos sistemas adutores – integrados ou
isolados –, visando ao pleno atendimento das demandas.

Essas tipologias de solução compreendem a utilização de mananciais ora de


superfície, ora subterrâneos e, em alguns casos, de ambos.
Por apresentarem condições de interligação a sistemas integrados propostos,
foram incluídas no conjunto de municípios beneficiados pelo ATLAS, mais 100
sedes municipais com população inferior a 5.000 habitantes. Desse modo, o universo
final de sedes municipais contempladas no ATLAS é de 1.356.

Adutora Mossoró- RN
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ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 52


TIPOLOGIAS DE SOLUÇÕES TÉCNICAS
CENÁRIO OTIMISTA 2015

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 53


IDENTIFICAÇÃO DE OBRAS
A partir das diferentes tipologias de soluções propostas, foram definidos, para No caso de aproveitamento integral de sistema existente e em operação e quando
cada sede municipal, os projetos mais indicados, que estão representados por já existem obras em andamento, contratadas ou em fase de licitação, que atendem
meio de Fichas em documentos denominados “Relatórios de Identificação de aos critérios do ATLAS, não são apresentados custos de implementação da solução
Obras – RIOs”. proposta; para os demais casos, são previstos os respectivos custos, visando
subsidiar o planejamento de implantação da infra-estrutura hídrica na região.
A indicação dos projetos passou pela análise de diferentes alternativas, cuja seleção
levou em conta critérios técnicos, econômicos, ambientais e aspectos institucionais. Nos mapas e quadros-resumo expostos nas páginas seguintes, as soluções
propostas pelo ATLAS estão melhor detalhadas, por Estado.
Essas Fichas são de cinco tipos, e contêm as seguintes informações principais:
Os quadros-resumo apresentam as seguintes informações:
ˆ Ficha Técnica: localização do sistema com indicação do Estado e do operador,
e se integrado ou isolado; indicação da concepção proposta; sedes municipais ˆ identificação do sistema produtor quanto ao tipo (isolado ou integrado);
atendidas, com as populações urbanas de 2000 (IBGE) e projetadas para 2025;
ˆ codificação da adutora, permitindo identificá-la no mapa;
demanda para 2025 e porcentagem de atendimento pelo sistema em 2025;
manancial utilizado e sub-bacia a que pertence; vazão de referência, tipo e ˆ manancial utilizado (superficial, subterrâneo ou ambos, identificados por cores);
fonte da informação; qualidade da água; tipo de captação do sistema; outorga,
se concedida ou não e o órgão emissor; existência de conflitos pelo uso múltiplo ˆ sedes municipais abastecidas pelo sistema;
da água; capacidade das unidades do sistema – captação, adução e tratamento; ˆ solução global proposta pelo ATLAS;
observações;
ˆ custo de implantação da solução recomendada, quando aplicável, e custo total
ˆ Ficha de Projeto: localização do sistema com indicação do Estado e do operador, por Estado.
e se integrado ou isolado; indicação da obra necessária; manancial indicado
pelo projeto e disponibilidade hídrica, com indicação da vazão de referência e Ressalta-se que os municípios com projetos preexistentes foram incluídos nos
fonte da informação; dados de projeto sobre os sistemas de captação, elevação, quadros-resumo na tipologia Proposta de nova solução, para a apresentação de
adução e tratamento; seus custos de implementação.
ˆ Ficha de Orçamento: localização do sistema com indicação do Estado e do
operador, e se integrado ou isolado; caracterização sucinta do projeto proposto;
estimativa de custos de implantação (projeto, captação, elevação, tratamento
e adução); observações;
ˆ Ficha Ambiental: localização do sistema, com indicação do Estado e do operador,
se integrado ou isolado, bacias de nível 1 e 3 a que pertence; caracterização
sucinta do projeto proposto; indicadores ambientais específicos (manancial,
vazão de referência, garantia e fonte de dados, qualidade da água, indicação
de alteração do regime hídrico e das possíveis fontes de poluição do manancial,
interferências com outros usos dos recursos hídricos, áreas de interesse
ambiental afetadas, impactos sobre a população e modo de vida e sobre
patrimônio e infra-estruturas existentes no entorno);
ˆ Desenhos, apresentando um esquema ou croquis visando caracterizar
graficamente o sistema existente e as adequações propostas.

Em síntese, as obras propostas incluem: ampliações, implantações de novas


unidades, inclusão de novos mananciais para os sistemas produtores, substitução
de mananciais atualmente utilizados, integração entre sistemas de abastecimento,
adoção de projetos existentes e de obras em licitação ou em andamento, desde
que atendidas as demandas do ATLAS para o horizonte de planejamento.
As unidades previstas nas pré-concepções dos sistemas de produção de água
apresentadas nos RIOs incluem captações em diferentes mananciais, com
proposição de implantação de novas unidades (tomadas diretas ou flutuantes) ou
novos poços; ampliação, implantação ou substituição de unidades elevatórias;
duplicação de adutoras ou substituição das existentes com problemas de operação;
implantação ou ampliação das estações de tratamento ou de sistemas com simples
desinfecção, e implantação de barragens de nível nos cursos d’água considerados,
quando necessário.

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 54


QUADRO-SÍNTESE DAS PROPOSIÇÕES DO ATLAS - MARANHÃO

SISTEMA ADUTORA MANANCIAL MUNICÍPIOS TIPOLOGIA ORÇAMENTO (R$)


ISOLADO - Subterrâneo Alto Parnaíba, Bacuri, Bequimão, Buriti Bravo, Campestre do Maranhão,
Coroatá, Dom Pedro, Estreito, Fortuna, Gonçalves Dias, Guimarães, Itinga
do Maranhão, Lima Campos, Magalhães de Almeida, Mata Roma, Paço do
Lumiar, Passagem Franca, Peritoró, Porto Franco, Raposa, São João dos Patos, Utilização/ Adequação -
Timon, Tuntum, Vitorino Freire. de solução existente
ISOLADO - Subterrâneo Açailândia, Aldeia Altas, Alto Alegre do Maranhão, Alto Alegre do Pindaré,
Amarante do Maranhão, Anajatuba, Apicumaçu, Arame, Bom Jardim, Buriticutu,
Cândido Mendes, Carutapera, Codó, Coelho Neto, Conceição do Lago Açu,
Curupurú, Davinápolis, Esperantinópolis, Fortaleza dos Nogueiras, Governador
Archer, Governador Nunes Freire, Humberto de Campos, Icatú, Igarapé Grande,
João Lisboa, Lago da Pedra, Maracaçume, Maranhãozinho, Matinha, Matões,
Mirador, Monção, Nova Olinda do Maranhão, Olho D’Água das Cunhãs, Paraibano,
Parnarama, Pastos Bons, Paulo Ramos, Penalva, Pindaré Mirim, Pio XII, Poção de
Pedra, Presidente Dutra, Rosário, Santa Helena, Santa Inês, Santa Luzia, Santa
Luzia do Paruá, Santo Antônio dos Lopes, São Bento, São Domingos do
Maranhão, São José do Ribamar, São Luís Gonzaga do Maranhão, São Mateus do Proposta de nova 67.129.884,00
Maranhão, São Pedro da Água Branca, Senador La Rocque, Turilândia, Zé Doca. solução
ISOLADO - Superficial Araioses, Alcântara, Barão de Grajaú, Brejo, Imperatriz, Itapecuru Mirim,
Pirapemas, Santa Rita, São Raimundo das Mangabeiras, Urbano Santos, Utilização/ Adequação -
Vitória do Mearim. de solução existente
ISOLADO - Superficial Arari, Balsas, Barreirinhas, Bom Jesus das Selvas, Buriti, Colinas, Pinheiro,
Timbiras, Viana.
1 - Turiaçu Rio Paxiba Turiaçu Proposta de nova 16.846.113,00
solução
ISOLADO - Superficial e subterrâneo Carolina, Caxias, Grajaú. Utilização/ Adequação -
de solução existente
ISOLADO - Superficial e subterrâneo Bacabal, Barra do Corda, Chapadinha, Mirizal, Riachão, São Benedito do Rio
Preto, São Bernardo, São Luis, Santa Quitéria do Maranhão, Tutóia. Proposta de nova 52.451.922,00
2 - São Luís Rio Itapecuru São Luís solução
INTEGRADO 3 - Pedreiras Rio Mearim Pedreiras, Trizidela do Vale. Utilização/ Adequação -
4 - Vargem Grande Rio Mearim Vargem Grande, Nina Rodrigues. de solução existente
INTEGRADO 5 - Cantanhede / Miranda Rio Itapecuru Cantanhede, Miranda do Norte. Proposta de nova 10.895.317,00
solução

TOTAL 147.323.236,00

NOTAS:: Orçamentos: data-base maio/2005


Os municípios sublinhados contam com projetos preexistentes, devidamente incorporados às novas soluções propostas

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 55


IDENTIFICAÇÃO DE OBRAS - MARANHÃO

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 56


QUADRO-SÍNTESE DAS PROPOSIÇÕES DO ATLAS - PIAUÍ

SISTEMA ADUTORA MANANCIAL MUNICÍPIOS TIPOLOGIA ORÇAMENTO (R$)


ISOLADO - Subterrâneo Amarante, Angical do Piauí, Beneditinos, Bom Jesus, Campo Maior, Canto do
Buriti, Capitão de Campos, Cristino Castro, Demerval Lobão, Picos, São Pedro Utilização/ Adequação -
do Piauí, Simplício Mendes. de solução existente
ISOLADO Subterrâneo Água Branca, Alto Longá, Altos, Barro Duro, Batalha, Buriti dos Lopes, Castelo
do Piauí, Cocal, Elesbão Veloso, Inhuma, Itaueira, José de Freitas, Oeiras, Proposta de nova 13.432.246,00
Regeneração, São João do Piauí, São Miguel do Tapuio, Valença do Piauí, Uruçuí. solução
ISOLADO - Superficial Corrente, Floriano, Guadalupe, Jaicós, Paulistana. Utilização/ Adequação -
de solução existente
ISOLADO - Superficial Esperantina, Piracuruca, Piripiri, Porto, Teresina, União.
1 - Pedro II Açude Joana Pedro II Proposta de nova 59.624.810,00
2 - Avelino Lopes Açude Algodões II Avelino Lopes solução
ISOLADO - Superficial e subterrâneo Curimatá, Ilha Grande. Utilização/ Adequação -
de solução existente
ISOLADO - Superficial e subterrâneo Barras, Luzilândia, Miguel Alves. Proposta de nova 3.182.378,00
solução
INTEGRADO 3 - Garrincho Açude Petrônio Portela Anísio de Abreu, Bonfim do Piauí, Caracol, Coronel José Dias, Dirceu
Arcoverde, Fartura do Piauí, Jurema, São Braz do Piauí, São Lourenço do Piauí, Utilização/ Adequação -
São Raimundo Nonato, Várzea Branca. de solução existente
INTEGRADO 4 - Parnaíba Rio ParnaÍba Luís Correia, Parnaíba. Proposta de nova 30.982.006,00
5 - Piaus Barragem Piaus Campo Grande do Piauí, Fronteiras, Pio IX, São Julião, Vila Nova do Piauí. solução

TOTAL 107.221.440,00

NOTAS:: Orçamentos: data-base maio/2005


Os municípios sublinhados contam com projetos preexistentes, devidamente incorporados às novas soluções propostas

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 57


IDENTIFICAÇÃO DE OBRAS - PIAUÍ

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 58


QUADRO-SÍNTESE DAS PROPOSIÇÕES DO ATLAS - CEARÁ

SISTEMA ADUTORA MANANCIAL MUNICÍPIOS TIPOLOGIA ORÇAMENTO (R$)


ISOLADO - Subterrâneo Barbalha, Barro, Brejo Santo, Crato, Marco. Utilização/ Adequação -
de solução existente
ISOLADO - Subterrâneo Acaraú, Bela Cruz, Cruz, Farias Brito, Ipaumirim, Itarema, Juazeiro do Norte, Proposta de nova 11.929.894,00
Mauriti, Milagres, Missão Velha, Nova Olinda, Poranga, Quixeré, Santana do Cariri. solução
ISOLADO - Superficial Iracema, Itaitinga, Jaguaribe, Nova Russas, Orós, Pentecoste, Quixeramobim,
São Gonçalo do Amarante, Varjota.
1 Açude Rosário Lavras da Mangabeira
2 Açude Rivaldo de Carvalho Catarina
3 Açude São José Piquet Carneiro
4 Açude Araras Ipu
5 Rio Choro Cascavel
6 Açude Vieirão Boa Viagem
7 Açude Cachoeiras Aurora Utilização/ Adequação -
8 Açude Olho d’Água Várzea Alegre de solução existente
ISOLADO 9 Açude Martinópolis Martinópole
10 Açude Canoas Assaré
11 Açude Barra Velha Independência
12 Rio Jaguaribe Jaguaruana
13 Açude Acaraú-Mirim Massapê
14 Açude Monsenhor Tabosa Monsenhor Tabosa
15 Açude Araras Hidrolândia
16 Açude Edson Queiroz Santa Quitéria
17 Açude Catucinzenta Aquiraz
18 Açude Aracoiaba Ocara
19 Açude Pesqueira Capistrano
20 Açude Castro Itapiúna
21 Açude Fogareiro Boa Viagem
22 Açudes Pedras Brancas e Cedro Quixadá
23 Rio Banabuiu Morada Nova
24 Rio Jaguaribe Russas
25 Açude Trapiá II Pedra Branca
26 Açude Flor do Campo Quiterianópolis
27 Açude Trici Tauá
28 Açude Arneiroz II Saboeiro
29 Açude Faé Acopiara
30 Açude Lima Campos Icó
31 Açude Carnaubal Crateús
32 Açude Ubaldino Cedro
- Superficial Banabuiú, Canindé, Caridade, Caririaçu, Forquilha, Itapipoca, Limoeiro do Norte,
Madalena, Meruoca, Milhã, Mombaça, Paracuru, Parambu, Pereiro,
Pindoretama, São Luís do Curu, Senador Pompeu, Sobral, Solonópole, Proposta de nova 206.327.623,00
Tabuleiro do Norte, Tamboril, Trairi. solução
ISOLADO 33 Superficial e subterrâneo Novo Oriente -
34 Superficial e subterrâneo Irauçuba
35 Superficial e subterrâneo Iguatu Utilização/ Adequação -
- Superficial e subterrâneo Jaguaretama, Jardim, Paraipaba, Reriutaba. de solução existente
continua na próxima página

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 59


QUADRO-SÍNTESE DAS PROPOSIÇÕES DO ATLAS - CEARÁ - continuação

SISTEMA ADUTORA MANANCIAL MUNICÍPIOS TIPOLOGIA ORÇAMENTO (R$)


ISOLADO 36 Superficial e subterrâneo Alto Santo
37 Superficial e subterrâneo Aracati
38 Superficial e subterrâneo Ipueiras
39 Superficial e subterrâneo Itatira
40 Superficial e subterrâneo Fortim Proposta de nova 62.250.462,00
- Superficial e subterrâneo Amontada, Apuiarés, Cariré, Frecheirinha, Groaíras, Morrinhos, Santana do Acaraú. solução
INTEGRADO 41 Açude Itaúna Chaval, Barroquinha.
42 Rio Coreaú Senador Sá, Uruoca.
43 Açude Jaburu I Graça, Mucambo, Pacujá.
44 Açude Aracoiaba Aracoiaba, Baturité.
45 - Gavião- Pecém Açude Gavião e outros Fortaleza, Caucaia. Utilização/ Adequação -
- Açude Riachão e outros Fortaleza, Caucaia e Eusébio de solução existente
INTEGRADO 46 Açude Muquém Cariús, Jucás.
47 Açude Acarape do Meio Guaiúba, Maracanaú, Maranguape, Pacatuba.
48 Açude Várzea da Volta Coreaú, Moraújo.
49 Açude Malcozinhado e outro Beberibe, Cascavel.
50 Açude Gangorra Camocim, Granja.
51 - Ibiapaba Açude Jaburu I Carnaubal, Croatá, Guaraciaba do Norte, Ibiapina, São Benedito, Tianguá,
Ubajara, Viçosa do Ceará.
52 Açude Pacoti Chorozinho, Horizonte, Pacajus.
53 Açude Acarape do Meio Acarape, Barreira, Redenção.
54 Açude Caxitoré Itapagé, Umirim.
55 Açude Mundaú Tururu, Uruburetama. Proposta de nova 161.274.200,00
56 Açude Poço da Pedra Araripe, Campos Sales. solução

TOTAL 441.782.179,00

NOTAS:: Orçamentos: data-base maio/2005


Os municípios sublinhados contam com projetos preexistentes, devidamente incorporados às novas soluções propostas

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 60


IDENTIFICAÇÃO DE OBRAS - CEARÁ

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 61


QUADRO-SÍNTESE DAS PROPOSIÇÕES DO ATLAS - RIO GRANDE DO NORTE

SISTEMA ADUTORA MANANCIAL MUNICÍPIOS TIPOLOGIA ORÇAMENTO (R$)


ISOLADO - Subterrâneo Afonso Bezerra, Areia Branca, Baía Formosa, Baraúna, Goianinha, Utilização/ Adequação -
São Gonçalo do Amarante, Touros. de solução existente
ISOLADO - Subterrâneo Apodi, Arês, Canguaretama, Ceará-Mirim, Extremoz, Grossos, Macaíba,
Nísia Floresta, São José de Mipibu, Upanema. Proposta de nova 12.199.384,00
1 - Parnamirim Subterrâneo Parnamirim solução
ISOLADO - Superficial Alto do Rodrigues, Itajá, Jardim de Piranhas, Pau dos Ferros, Pendências,
São Rafael.
- Açude Pinga Cerro Corá
2 - Jardim do Seridó Aç. Passagem das Trairas Jardim do Seridó Utilização/ Adequação -
3 - Açu Rio Açu Açu de solução existente
ISOLADO 4 - Caranúba dos Dantas Aç. Boqueirão de Parelhas Carnaúba dos Dantas
(Ministro João Alves) Proposta de nova 14.745.615,00
- Superficial Cruzeta, Jucurutu, Parelhas, São Miguel. solução
ISOLADO 5 - Caraúbas Açude Santo Antônio de Caraúbas
Caraúbas e poços Utilização/ Adequação -
- Superficial e subterrâneo Governador Dix-Sept Rosado, Natal. de solução existente
ISOLADO - Superficial e subterrâneo Brejinho Proposta de nova 433.137,00
solução
INTEGRADO 6 - Médio Oeste Açude Armando Almino Afonso, Augusto Severo, Janduís, Messias Targino, Paraú, Patu,
Ribeiro Gonçalves Triunfo Potiguar.
7 - Serra de Santana Açude Armando Bodó, Florânia, Lagoa Nova, Santana do Matos, São Vicente, Tenente
Ribeiro Gonçalves Laurentino Cruz.
8 - Piranhas Rio Piranhas Caicó, São Fernando, Timbaúba dos Batistas.
9 - Monsenhor Expedito Lagoa do Bonfim Barcelona, Bom Jesus, Ielmo Marinho, Lagoa d’Anta, Januário Cicco, Lagoa
de Pedras, Lagoa de Velhos, Lagoa Salgada, Lajes Pintadas, Monte Alegre,
Passa e Fica, Ruy Barbosa, Santa Cruz, Santa Maria, São José do Campestre,
São Paulo do Potengi, São Pedro, São Tomé, Senador Elói de Souza, Serrinha,
Sítio Novo, Tangará.
10 - João Câmara Fonte Pureza Bento Fernandes, João Câmara, Poço Branco, Pureza, Taipu.
11 - Central Cabugi Rio Açu Angicos, Caiçara do Rio do Vento, Fernando Pedroza, Jardim de Angicos,
Lajes, Pedra Preta, Pedro Avelino, Riachuelo.
12 - Mossoró Rio Açu Mossoró, Serra do Mel.
13 - Macau Rio Açu Guamaré, Macau.
14 - Mato Grande Lagoa do Boqueirão Caiçara do Norte, Galinhos, Jandaíra, Parazinho, Pedra Grande, São Bento Utilização/ Adequação -
do Norte, São Miguel de Touros. de solução existente
INTEGRADO 15 - Alto Oeste Açude Santa Cruz do Apodi Água Nova, Alexandria, Antônio Martins, Frutuoso Gomes, Itaú, João Dias,
José da Penha, Lucrécia, Luís Gomes, Major Sales, Marcelino Vieira,
Olho-d’Água do Borges, Paraná, Pilões, Riacho da Cruz, Riacho de Santana,
Rodolfo Fernandes, Taboleiro Grande, Tenente Ananias, Umarizal.
16 - Currais Novos Aç. Mar. Dutra (Gargalheiras) Acari, Currais Novos.
17 - Monsenhor Expedito - Lagoa do Bonfim Campo Redondo, Coronel Ezequiel, Jaçanã, São Bento do Trairí.
Subadutora
18 - Espirito Santo Poços Esp.Santo/ Espírito Santo, Jundiá, Passagem, Santo Antônio, Várzea.
Passagem/ S.Antônio
19 - Montanhas Poços Montanhas/ Pedro Montanhas, Nova Cruz, Pedro Velho. Proposta de nova 184.897.929,00
Velho/ Nova Cruz solução

TOTAL 212.276.065,00

NOTAS:: Orçamentos: data-base maio/2005


Os municípios sublinhados contam com projetos preexistentes, devidamente incorporados às novas soluções propostas

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 62


IDENTIFICAÇÃO DE OBRAS - RIO GRANDE DO NORTE

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 63


QUADRO-SÍNTESE DAS PROPOSIÇÕES DO ATLAS - PARAÍBA

SISTEMA ADUTORA MANANCIAL MUNICÍPIOS TIPOLOGIA ORÇAMENTO (R$)


ISOLADO - Subterrâneo Casserengue, Juripiranga, Lucena. Utilização/Adequação -
de solução existente
ISOLADO - Subterrâneo Caaporã, Cabedelo, Conde, Jacaraú, João Pessoa, Pitimbu, Santa Rita. Proposta de nova 96.118.038,00
solução
ISOLADO 1 - Catolé do Rocha Rio Piranhas-PB Catolé do Rocha
- Superficial Aroeiras, Coremas, Cruz do Espírito Santo, Itabaiana, Pedras de Fogo, Picuí.
2 - Piancó Açude Coremas/Mãe D’Água Piancó Utilização/Adequação -
3 - Cajazeiras Açude Lucídio Portela Cajazeiras de solução existente
ISOLADO - Superficial Alagoinha, Alhandra, Barra de Santa Rosa, Caaporã, Conde, Itaporanga, Pitimbu,
Princesa Isabel, São José de Piranhas, Tavares. Proposta de nova 13.622.109,00
4 - Capivara Açude Capivara/Arrojado Uiraúna solução
ISOLADO 5 - Serra Vermelha Superficial e subterrâneo Conceição
6 - Chupadouro Superficial e subterrâneo São João do Rio do Peixe Utilização/Adequação -
- Superficial e subterrâneo Pombal de solução existente
INTEGRADO 7 - São Gonçalo Açude São Gonçalo Marizópolis, Sousa.
8 - Cuité Açude Boqueirão do Cais Cuité, Nova Floresta.
9 - Gramame Aç.Gramame-Mumbaba Bayeux, Santa Rita, Cabedelo e João Pessoa.
e outros
10 - São Bento Rio Piranhas-PB Belém do Brejo da Cruz, Brejo do Cruz, São Bento.
11 - Coremas Sabugi Açude Coremas/Mãe D’Água Condado, Malta, Patos, Santa Luzia, São Bentinho, São José de Espinharas,
São José do Sabugi, São Mamede, Várzea.
12 - Congo Açude Cordeiro Monteiro, São João do Cariri, Serra Branca, Sumé, Amparo, Gurjão, Livramento,
Ouro Velho, Parari, Prata, Santo André, S. José dos Cordeiros.
13 - Acauã Oeste Açude Acauã Ingá, Itatuba, Juarez Távora.
14 - Pirpirituba Açude Pirpirituba Belém, Caiçara, Duas Estradas, Lagoa de Dentro, Logradouro, Pirpirituba, Serra
da Raiz, Sertãozinho. Utilização/Adequação -
15 - Araçagi Oeste Açude Araçagi Araçagi, Cuitegi, Guarabira, Pilõezinhos. de solução existente
INTEGRADO 16 - Adutora Pajeú / PE Rio Sao Francisco Maturéia, Taperoá, Teixeira.
17 - Cariri Açude Epitácio Pessoa Boa Vista, Boqueirão, Cabaceiras, Cubati, Juazeirinho, Olivedos, Pedra Lavrada,
Seridó, Soledade.
18 - Boqueirão Açude Epitácio Pessoa Campina Grande, Caturité, Pocinhos, Queimadas.
19 - Camará Açude Camará Alagoa Grande, Alagoa Nova, Algodão de Jandaíra, Arara, Areia, Areial,
Esperança, Lagoa Seca, Massaranduba, Matinhas, Montadas, Pilões, Puxinanã,
Remígio, São Sebastião de Lagoa de Roça, Serra Redonda.
20 - Canafístula II Açudes Canafístula II Araruna, Bananeiras, Cacimba de Dentro, Campo de Santana, Damião,
e Jandaia Dona Inês, Riachão, Solânea.
21 - Araçagi Leste Açude Araçagi Itapororoca, Mamanguape, Rio Tinto, São Miguel de Taipu.
22 - Acauã Leste Açudes Acauã e Caldas Brandão, Gurinhém, Itabaiana, Juripiranga, Mari, Mogeiro, Mulungu, Pilar, Proposta de nova 199.927.894,00
São Salvador Riachão do Poço, Salgado de São Félix, São Miguel de Taipu, Sapé, Sobrado. solução

TOTAL 309.668.041,00

NOTAS:: Orçamentos: data-base maio/2005


Os municípios sublinhados contam com projetos preexistentes, devidamente incorporados às novas soluções propostas

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 64


IDENTIFICAÇÃO DE OBRAS - PARAÍBA

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 65


QUADRO-SÍNTESE DAS PROPOSIÇÕES DO ATLAS - PERNAMBUCO

SISTEMA ADUTORA MANANCIAL MUNICÍPIOS TIPOLOGIA ORÇAMENTO (R$)


ISOLADO - Subterrâneo Ilha de Itamaracá Utilização/ Adequação -
solução existente
ISOLADO - Subterrâneo Abreu e Lima, Goiana, Ibimirim, Igarassu, Itapissuma, Mirandiba, Olinda, Proposta de nova 16.056.169,00
Paulista, São José do Belmonte. solução
ISOLADO - Superficial Amaraji, Catende, Capoeiras, Lagoa Grande, Petrolândia, Sirinhaém, Xexéu. Utilização/ Adequação -
solução existente
ISOLADO - Superficial Araçoiaba, Barra de Guabiraba, Barreiros, Belém do São Francisco, Buenos Aires,
Cabo de Santo Agostinho, Camutanga, Chã Grande, Cortês, Escada, Gameleira,
Glória do Goitá, Ipojuca, Itambé, Itaquitinga, Jaqueira, Jataúba, Nazare da Mata,
Petrolina, Pombos, Poção, Primavera, Ribeirão, Sairé, Santa Maria da Boa Vista, Proposta de nova 74.282.876,00
Taquaritinga do Norte, Timbaúba. solução
ISOLADO - Superficial e Subterrâneo Cedro, Rio Formoso, São José da Coroa Grande, Tamandaré e Sertânia. Proposta de nova 3.215.895,00
solução
INTEGRADO 1 - Bituri Açude Bitury e outros Belo Jardim, Cachoeirinha, Pesqueira, Sanharó, São Bento do Una, Tacaimbó.
2 - do Oeste Rio São Francisco Araripina, Ipubi, Ouricuri, Santa Cruz, Santa Filomena,Trindade.
3 - Adutora Luiz Gonzaga Rio São Francisco Bodocó, Exu, Granito e Moreilândia.
(Ramal II Adutora Oeste)
4 - Afogados da Ingazeira manancial subterrâneo Afogados da Ingazeira,Carnaíba, Quixaba, Solidão.
5 - Cajueiro Açude Cajueiro Belém de Maria, Cupira, Lagoa dos Gatos.
6 - Prata Rio do Prata Agrestina, Belém de Maria, Caruaru.
7 - Jucazinho Açude Jucazinho Bezerros, Caruaru, Casinhas, Cumaru, Frei Miguelinho, Gravatá, Passira, Riacho
das Almas, Santa Maria do Cambucá, Surubim, Vertente do Lério, Vertentes.
8 - Arcoverde Açude Barra e outros Arcoverde, Sertânia.
9 - Salgueiro Rio São Francisco Parnamirim, Salgueiro, Serrita, Terra Nova, Verdejante.
10 - Gurjão Açude Gurjão Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Recife.
11 - Suape Açude Utinga Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes.
12 - Botafogo Açude Catucá e outros Abreu e Lima, Igarassu, Olinda, Paulista.
13 - Custódia Açude Marrecos e outro Custódia, Flores.
14 - Tapacurá Açude Tapacurá e outros Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes, Recife, São Lourenço da Mata. Utilização/ Adequação -
15 - Camutanga Açude Mocambo Camutanga, Ferreiros. solução existente
INTEGRADO 16 - Camevô Açude Prata Agrestina, Altinho, Bonito, Cachoeirinha, Camocim de São Félix, Ibirajuba,
São Joaquim do Monte.
17 - Cursaí Açude Cursaí Carpina, Chã de Alegria, Feira Nova, Lagoa do Itaenga, Paudalho, Tracunhaém.
18 - Vitória Rio Jaboatão Moreno, Vitória de Santo Antão.
19 - Palmeirinha Açude Palmeirinha Bom Jardim, João Alfredo, Orobó, Salgadinho.
20 - Tabocas Açude Tabocas Brejo da Madre de Deus, Santa Cruz do Capibaribe, Toritama.
21 - Pajeú Rio São Francisco Afogados da Ingazeira, Betânia, Brejinho, Calumbi, Carnaíba, Custódia, Flores,
Floresta, Iguaraci, Ingazeira, Itapetim, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha,
São José do Egito, Serra Talhada, Solidão, Tabira, Triunfo, Tuparetama.
22 - Frei Damião Rio São Francisco Águas Belas, Alagoinha, Belo Jardim, Bom Conselho, Brejão, Buíque, Iati, Inajá,
Itaíba, Jatobá, Manari, Pedra, Pesqueira, Saloá, Sanharó, São Caetano,
Tacaimbó, Tacaratu, Terezinha, Tupanatinga, Venturosa.
23 - Igarapeba Açude Igarapeba Maraial, São Benedito do Sul.
24 - Garanhuns Açudes Inhumas II Angelim, Caetés, Correntes, Garanhuns, Palmeirina, São João.
e Mundaú II
25 - Limoeiro Açude Carpina e outro Lagoa do Carro, Limoeiro.
26 - Panelas II Açude Panelas II Água Preta, Joaquim Nabuco, Palmares, Panelas.
27 - Pau Ferro Açude Pau Ferro Calçado, Canhotinho, Jupi, Jurema, Lajedo, Quipapá.
28 - Pirapama Açude Pirapama Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes, Recife, São Lourenço da Mata. Proposta de nova 1.284.518.059,00
29 - Sirigi Açude Sirigi Aliança, Condado, Macaparana, Machados, São Vicente Ferrer, Vicência. solução

TOTAL 1.378.072.999,00

NOTAS:: Orçamentos: data-base maio/2005


Os municípios sublinhados contam com projetos preexistentes, devidamente incorporados às novas soluções propostas
Os municípios grafados em itálico estão listados mais de uma vez

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 66


IDENTIFICAÇÃO DE OBRAS - PERNAMBUCO

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 67


QUADRO-SÍNTESE DAS PROPOSIÇÕES DO ATLAS - ALAGOAS

SISTEMA ADUTORA MANANCIAL MUNICÍPIOS TIPOLOGIA ORÇAMENTO (R$)


ISOLADO - Subterrâneo Maragogi Utilização/ Adequação -
de solução existente
ISOLADO - Subterrâneo Atalaia, Barra de Santo Antônio, Coruripe, Jequiá da Praia, Matriz de
Camaragibe, Messias, Novo Lino, Paripueira, Pilar, Porto Calvo, Quebrangulo, Proposta de nova 16.002.111,00
Roteiro, São Luís do Quitunde. solução
ISOLADO - Superficial Flexeiras, Ibateguara, Pão de Açúcar, Penedo, União dos Palmares. Utilização/ Adequação -
de solução existente
ISOLADO - Superficial Barra de São Miguel, Boca da Mata, Branquinha, Campo Alegre, Capela, Colônia
Leopoldina, Joaquim Gomes, Murici, Passo de Camaragibe, Piaçabuçu, Porto de
Pedras, Porto Real do Colégio, Rio Largo, Santana do Mundaú, São Miguel dos
Campos, Traipu, Viçosa.
1 - São José da Laje Riacho Mundaú São José da Laje Proposta de nova 27.249.327,00
2 - Delmiro Gouveia Rio São Francisco Delmiro Gouveia solução
ISOLADO - Superficial e subterrâneo Cajueiro, Maceió, Marechal Deodoro. Utilização/ Adequação -
de solução existente
INTEGRADO 3 - Sertão Rio São Francisco Água Branca, Canapi, Inhapi, Mata Grande, Olho d’Água do Casado, Pariconha.
4 - Sistema Carangueja/ Riacho Caçamba e outros Estrela de Alagoas, Minador do Negrão, Palmeira dos Índios. Utilização/ Adequação -
Caçamba de solução existente
INTEGRADO 5 - Bacia Leiteira 1 Rio São Francisco Carneiros, Dois Riachos, Maravilha, Olho d’Água das Flores, Olivença,
Ouro Branco, Poço das Trincheiras, Santana do Ipanema, São José da Tapera,
Senador Rui Palmeira.
6 - Bacia Leiteira 2 Rio São Francisco Batalha, Belo Monte, Cacimbinhas, Jacaré dos Homens, Jaramataia, Major Isidoro,
Monteirópolis, Palestina.
7 - Adutora do Agreste Rio São Francisco Arapiraca, Campo Grande, Craíbas, Feira Grande, Girau do Ponciano, Igaci,
Lagoa da Canoa, Olho d’Água Grande, São Brás.
8 - Junqueiro manancial subterrâneo Junqueiro, São Sebastião, Teotônio Vilela.
9 e 10 - Anadia / Rio São Miguel Anadia, Maribondo.
Marimbondo Proposta de nova 148.924.892,00
11 - Coqueiro Seco Riacho da Barra Coqueiro Seco, Santa Luzia do Norte, Satuba. solução

TOTAL 192.176.330,00

NOTAS:: Orçamentos: data-base maio/2005


Os municípios sublinhados contam com projetos preexistentes, devidamente incorporados às novas soluções propostas

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 68


IDENTIFICAÇÃO DE OBRAS - ALAGOAS

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 69


QUADRO-SÍNTESE DAS PROPOSIÇÕES DO ATLAS - SERGIPE

SISTEMA ADUTORA MANANCIAL MUNICÍPIOS TIPOLOGIA ORÇAMENTO (R$)


ISOLADO - Subterrâneo Carmópolis, Maruim. Utilização/ Adequação -
de solução existente
ISOLADO - Subterrâneo Barra dos Coqueiros, Poço Verde, Rosário do Catete.
1 - Japaratuba Subterrâneo Japaratuba Proposta de nova 3.328.418,00
2 - Laranjeiras Subterrâneo Laranjeiras solução
ISOLADO 3 - Nossa Sra das Dores Rio Siriri Nossa Senhora das Dores
4 - Riachuelo Rio Jacarecica Riachuelo Utilização/ Adequação -
5 - Estância Rio Piauitinga e outro Estância de solução existente
ISOLADO 6 - Itaporanga Rio Fundo Itaporanga d’Ajuda
7 - Cristinápolis Rio Real Cristinápolis
8 - São Cristóvão Rio Vaza Barris São Cristóvão Proposta de nova 12.755.777,00
- Rio São Francisco Canindé de São Francisco, Neópolis. solução
ISOLADO 9 - Boquim Superficial e subterrâneo Boquim
10 - Pedrinhas Poços e Riacho. Areias Pedrinhas Proposta de nova 3.397.783,00
- Superficial e subterrâneo Santo Amaro das Brotas, Tobias Barreto. solução
INTEGRADO 11- Alto Sertão Rio São Francisco Monte Alegre de Sergipe, Poço Redondo, Porto da Folha.
12 - Sertaneja Rio São Francisco Amparo de São Francisco, Aquidabã, Canhoba, Cumbe, Feira Nova, Gracho
Cardoso, Itabi, Nossa Senhora de Lourdes.
13 - Semi-Árido Rio São Francisco Carira, Frei Paulo, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Glória,
Pedra Mole, Pinhão, Ribeirópolis, São Miguel do Aleixo.
14 - Aracaju Rio São Francisco e outros Aracaju, Malhada dos Bois, Muribeca, Nossa Senhora do Socorro.
15 - Propriá Rio São Francisco Cedro de São João, Propriá, Telha.
16 - Piauítinga Rio Piauitinga e outros Lagarto, Simão Dias, Riachão do Dantas.
17 - Agreste Barr. Jacarecica II e outros Areia Branca, Campo do Brito, Itabaiana, Macambira. Utilização/ Adequação -
18 - Itabaianinha Rio Riachão Itabaianinha, Tomar do Geru, Umbaúba. de solução existente
INTEGRADO 19 - Capela Rio S. Francisco Capela Proposta de nova 2.275.247,00
(Adutora SIN Aracaju) solução

TOTAL 21.757.225,00

NOTAS:: Orçamentos: data-base maio/2005


Os municípios sublinhados contam com projetos preexistentes, devidamente incorporados às novas soluções propostas
SIN - Sistema Integrado

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 70


IDENTIFICAÇÃO DE OBRAS - SERGIPE

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 71


QUADRO-SÍNTESE DAS PROPOSIÇÕES DO ATLAS - BAHIA

SISTEMA ADUTORA MANANCIAL MUNICÍPIOS TIPOLOGIA ORÇAMENTO (R$)


ISOLADO - Subterrâneo Antas, Caravelas, Catu, Cipó, Itamari, Luis Eduardo Magalhães, Mata de Utilização/ Adequação -
São João, Morro do Chapéu, Várzea Nova. de solução existente
ISOLADO - Subterrâneo Alagoinhas, Alcobaça, Araci, Araças, Camaçari, Cícero Dantas, Coronel
João Sá, Crisópolis, Dias D’Ávila, Inhambupe, Ipupiara, Iraquara, Itapicuru,
Nova Soure, Novo Triunfo, Olindina, Ribeira do Pombal, Santa Cruz Cabrália, Proposta de nova 28.490.984,00
São Sebastião do Passé, Tucano, Umburanas, Wanderley. solução
ISOLADO - Superficial Amargosa, Arataca, Belmonte, Bom Jesus da Lapa, Cairu, Camacan,
Cândido Sales, Coaraci, Coribe, Correntina, Gongogi, Ibicuí, Ibirapitanga,
Ibotirama, Ipiaú, Itacaré, Itagibá, Itagimirim, Itaju do Colônia, Itajuípe, Itamaraju,
Itanhém, Itapé, Itapebi, Itapetinga, Itapitanga, Itarantim, Itororó, Jequié, Jussari,
Laje, Lençóis, Macarani, Maiquinique, Mascote, Medeiros Neto, Pau Brasil,
Pindobaçu, Pojuca, Rio de Contas, Santa Luzia, Santa Maria da Vitória, Santa
Rita de Cássia, Santo Antônio de Jesus, São Félix do Coribe, Serrolândia,
Sobradinho, Tanhaçu, Taperoá, Ubatã, Una, Uruçuca.
1 Barragem de Cristalândia Brumado
2 Barragem do Truvisco Licínio de Almeida
3 Barragem Riacho Serra Barra do Choça, Planalto. Utilização/ Adequação -
Preta e outros de solução existente
ISOLADO - Superficial Abaré, Almadina, Andaraí, Barra, Barra da Estiva, Barreiras, Boa Vista do Tupim,
Bonito, Buritirama, Caculé, Caetité, Camamu, Canavieiras, Carinhanha, Casa
Nova, Cocos, Conde, Curaçá, Entre Rios, Eunápolis, Formosa do Rio Preto,
Gandu, Governador Lomanto Júnior, Guaratinga, Iaçu, Ibicaraí, Ibirataia, Iguaí,
lhéus, Ipirá, Iramaia, Itabela, Itabuna, Itaeté, Itagi, Itambé, Ituberá, Jandaíra,
Jitaúna, Juazeiro, Livramento de Nossa Senhora, Malhada, Manoel Vitorino,
Maragogipe, Marcionílio Souza, Morpará, Mucuri, Nazaré, Nova Canaã, Nova
Canudos, Nova Viçosa, Paratinga, Pilão Arcado, Porto Seguro, Potiraguá, Prado,
Presidente Tancredo Neves, Remanso, Riachão das Neves, Rio do Antônio,
São Desidério, São Felipe, Sento Sé, Sítio do Mato, Tapiramutá, Teixeira de
Freitas, Ubaíra, Utinga, Valença, Wagner, Wenceslau Guimarães, Xique-Xique.
4 Lago Sobradinho Campo Alegre de Lourdes
5 Barr. São José do Jacuípe Várzea da Roça Proposta de nova 242.824.922,00
6 Barr. Riacho de Santana Riacho de Santana solução
ISOLADO - Superficial e subterrâneo Cotegipe, Rio Real, Seabra. Utilização/ Adequação -
de solução existente
ISOLADO - Angical, Jeremoabo, Oliveira dos Brejinhos, Palmas de Monte Alto, Piatã. Proposta de nova 6.827.344,00
solução
INTEGRADO 7 - Fátima Subterrâneo Adustina, Fátima, Heliópolis, Paripiranga.
8 - Tucano Sul Subterrâneo Barrocas, Biritinga, Conceição do Coité, Retirolândia.
9 - Esplanada Subterrâneo Acajutiba, Aporá, Esplanada.
10 - Mairi Barragem São José Jacuípe Mairi, Várzea do Poço.
11 - Miguel Calmon Barragem do França - Miguel Calmon, Mundo Novo, Piritiba.
Rio Jacuípe
12 - Mulungu do Morro Barragem Rio Tijuco Mulungu do Morro, Souto Soares.
13 - Itaberaba Rio Paraguaçu Baixa Grande, Itaberaba, Macajuba, Ruy Barbosa.
14 - Milagres Rio Paraguaçu Castro Alves, Itatim, Milagres, Nova Itarana, Santa Teresinha.
15 - Itaparica Barragem Tapera Itaparica, Vera Cruz.
16 - Amélia Rodrigues Barragem Pedra do Cavalo Amélia Rodrigues, Conceição do Jacuípe, Coração de Maria.
17 - Caraíbas Metais Rio São Francisco e outro Uauá
18 - Paulo Afonso Rio São Francisco Paulo Afonso, Santa Brígida.
19 - Cansanção Rio Itapicuru/ Cansanção, Euclides da Cunha, Monte Santo, Nordestina, Quijingue.
Poços de Quijingue
20 - Feijão Barragem de Mirorós América Dourada, Barra do Mendes, Barro Alto, Cafarnaum, Canarana,
Central, Ibipeba, Ibititá, Irecê, João Dourado, Jussara, Lapão, Presidente Dutra,
São Gabriel, Uibaí. Utilização/ Adequação -
21 - Filadélfia Barragem de Ponto Novo Caldeirão Grande, Filadélfia, Ponto Novo. de solução existente
continua na próxima página

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 72


QUADRO-SÍNTESE DAS PROPOSIÇÕES DO ATLAS - BAHIA - continuação

SISTEMA ADUTORA MANANCIAL MUNICÍPIOS TIPOLOGIA ORÇAMENTO (R$)


INTEGRADO 22 - Sisal Barragem Pedras Altas Candeal, Capela do Alto Alegre, Capim Grosso, Gavião, Ichu, Nova Fátima,
Pé de Serra, Pintadas, Riachão do Jacuípe, São Domingos, São José do
Jacuípe, Valente.
23 - Santana Rio Corrente Brejolândia, Canápolis, Santana, Serrra Dourada, Tabocas do Brejo Velho.
24 - Jaguaguara Rio das Almas/ Rio Andaraí Irajuba, Itaquara, Jaguaguara.
25 - Paramirim Barragem Zabumbão Botuporã, Caturama, Paramirim, Tanque Novo.
26 - Igaporã Barragem Lagoa da Torta Igaporã, Matina.
27 - Guanambi Barragem Poço do Magro Candiba, Guanambi, Pindaí.
28 - Ubaitaba Rio Orico Grande Aurelino Leal, Ubaitaba.
29 - Vitória da Conquista Barragem Catolé Belo Campo, Vitória da Conquista. Utilização/ Adequação -
30 - Buerarema Rio Una Buerarema, São José da Vitória. de solução existente
INTEGRADO 31 - Senhor do Bonfim Barr. de Barroca do Faleiro Antônio Gonçalves, Campo Formoso, Jaguarari, Senhor do Bonfim.
32 - Santaluz Rio Itapicuru Queimadas, Santaluz.
16 - Amélia Rodrigues Barragem Pedra do Cavalo Irará, Teodoro Sampaio, Terra Nova.
19 - Cansanção Rio Itapicuru/ Itiúba
Poços de Quijingue
33 - Serrinha Subterrâneo Serrinha, Teofilândia.
34 - Jacobina Barr. do Pindobaçu e outros Caém, Jacobina, Saúde.
35 - Santo Estevão Barragem Pedra do Cavalo Anguera, Ipecaetá, Santo Estevão, Serra Preta.
36 - Feira de Santana Barragem Pedra do Cavalo Conceição da Feira, Feira de Santana, Santa Bárbara, Santanópolis,
São Gonçalo dos Campos, Tanquinho.
37 - Muritiba/ Zona Barragem Pedra do Cavalo Cachoeira, Conceição do Almeida, Cruz das Almas, Governador Mangabeira,
Fumageira Muritiba, São Félix, Sapeaçu.
38 - Salvador Barragem Pedra do Cavalo Candeias, Lauro de Freitas, Madre de Deus, São Francisco do Conde,
Salvador, Santo Amaro, Saubara, Simões Filho.
39 - Macaúbas Açude Zabumbão Boquira, Macaúbas.
40 - Itiruçu Barragem de Pedras Itiruçu, Lajedo do Tabocal, Maracás.
41 - Santa Inês Rio Gameleira Cravolândia, Santa Inês.
42 - Mutuípe Rio Boqueirão Jiquiriçá, Mutuípe.
43 - Poções Açude Morrinhos e outro Bom Jesus da Serra, Poções.
44 - Condeúba Açude Champrão e outro Condeúba, Cordeiros, Piripá. Proposta de nova 455.439.310,00
45 - Floresta Azul Rio Salgado Firmino Alves, Floresta Azul, Santa Cruz da Vitória. solução

TOTAL 733.582.560,00

NOTAS:: Orçamentos: data-base maio/2005


Os municípios sublinhados contam com projetos preexistentes, devidamente incorporados às novas soluções propostas

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 73


IDENTIFICAÇÃO DE OBRAS - BAHIA

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 74


QUADRO-SÍNTESE DAS PROPOSIÇÕES DO ATLAS - MINAS GERAIS

SISTEMA ADUTORA MANANCIAL MUNICÍPIOS TIPOLOGIA ORÇAMENTO (R$)


ISOLADO - Subterrâneo Bambuí, Caetanópolis, Claro dos Poções, Cordisburgo, Curvelo, Igaratinga,
Iguatama, Lagoa da Prata, Lagoa Dourada, Lagoa Grande, Mirabela, Moema, Utilização/ Adequação -
Morada Nova de Minas, Papagaios, Varzelândia. de solução existente
ISOLADO - Subterrâneo Capitão Enéas, São João da Ponte. Proposta de nova 353.244,00
solução
ISOLADO - Superficial Abaeté, Águas Formosas, Águas Vermelhas, Almenara, Araçuaí, Araújos, Arcos,
Arinos, Bom Despacho, Brasilândia de Minas, Buenópolis, Buritis, Cabeceira
Grande, Campos Altos, Carbonita, Carlos Chagas, Carmo da Mata, Carmópolis
de Minas, Cláudio, Conceição do Mato Dentro, Conselheiro Lafaiete, Diamantina,
Dores do Indaiá, Espinosa, Francisco Sá, Gouvêa, Itaobim, Itapecerica, Itinga,
Jacinto, Januária, Jequitaí, Jequitinhonha, Joaíma, João Pinheiro, Jordânia,
Machacalis, Manga, Martinho Campos, Mata Verde, Medina, Montalvânia, Monte
Azul, Nova Serrana, Ouro Branco, Padre Paraíso, Pains, Passa Tempo, Pavão,
Pirapora, Porteirinha, Poté, Rubim, Salto da Divisa, São Gonçalo do Pará, Utilização/ Adequação -
São Gotardo, Serro, Taiobeiras, Teófilo Otoni, Três Marias, Turmalina. de solução existente
ISOLADO - Superficial Capelinha, Caraí, Coronel Murta, Divinópolis, Itacarambi, Itamarandiba, Jaíba,
Minas Novas, Novo Cruzeiro, Oliveira, Pedra Azul, Pitangui, Rio Pardo de Minas,
Rio Vermelho, Salinas, Santo Antônio do Jacinto, Santo Antônio do Monte, Proposta de nova 27.145.646,00
São Francisco, Várzea da Palma, Vazante, Virgem da Lapa. solução
ISOLADO - Superficial e subterrâneo Bocaiúva, Brasília de Minas, Buritizeiro, Carmo do Cajuru, Congonhas, Coração
de Jesus, Corinto, Entre Rios de Minas, Felixlândia, Ibiaí, Luz, Malacacheta, Utilização/ Adequação -
Ouro Preto, Paraopeba, Piumhi, Presidente Olegário, São Romão. de solução existente
ISOLADO - Superficial e subterrâneo Montes Claros, Paracatu, Pompéu. Proposta de nova 21.900.407,00
solução
INTEGRADO 1 Rio Mucuri Nanuque, Serra dos Aimorés. Utilização/ Adequação -
de solução existente
INTEGRADO 2 Barragem Bico de Pedras Janaúba, Nova Porteirinha.
3 Rio Viamão Catuti, Mato Verde. Proposta de nova 3.509.811,00
4 Rio São João Ninheira, São João do Paraíso. solução

TOTAL 52.909.108,00

NOTAS:: Orçamentos: data-base maio/2005


Os municípios sublinhados contam com projetos preexistentes, devidamente incorporados às novas soluções propostas

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 75


IDENTIFICAÇÃO DE OBRAS - MINAS GERAIS

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 76


Adutora Mossoró- RN
FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA
RECURSOS FINANCEIROS
Os recursos financeiros para implantação de todas as obras integrantes do ATLAS
foram estimados num total de 3,6 bilhões de Reais, com a seguinte distribuição,
por Estado:

INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DAS PROPOSTAS DO ATLAS


Estado N° de Sedes Investimentos * Destaque
Municipais (R$)
Maranhão 122 147.323.236,00 Predominância de soluções a partir de sistemas isolados
Piauí 66 107.221.440,00 Ampliação do sistema de Teresina, estudada no âmbito do PMSS/Mcidades
Ceará 143 441.782.179,00 Existência de grande número de projetos da SRH ou CAGECE para as obras propostas
Rio Grande do Norte 132 212.276.065,00 Implantação do sistema adutor Alto Oeste
Paraíba 129 309.668.041,00 Predominância de soluções a partir de sistemas integrados
Pernambuco 176 1.378.072.099,00 Soluções para o Agreste e Sertão Pernambucano a partir do rio São Francisco
Alagoas 85 192.176.330,00 Ampliação dos sistemas integrados Bacia Leiteira e Agreste
Sergipe 56 21.757.225,00 Baixa previsão de investimentos associada ao número de sistemas integrados com ampliação
em andamento
Bahia 320 733.582.560,00 Diversidade de soluções propostas pela EMBASA, com equilíbrio entre ampliações e
novos sistemas integrados
Minas Gerais 127 52.909.108,00 Predominância de soluções a partir de sistemas isolados

TOTAL 1.356 3.596.769.183,00


* Não estão computados recursos financeiros alocados a obras já licitadas, contratadas ou em andamento.
** Somente na área de estudo

Com relação ao equacionamento dos recursos financeiros para implantação das


intervenções previstas no ATLAS, citam-se as fontes de financiamento tradicionais
do setor de saneamento e de infra-estrutura-hídrica, que são, basicamente, os
recursos do Orçamento Geral da União (OGU), os recursos de financiamento
para saneamento via FGTS (e mais recentemente do BNDES), os investimentos
próprios das Companhias de Saneamento, as contrapartidas de financiamento
tanto das Companhias de Saneamento quanto dos Estados e municípios,
investimentos diretos dos tesouros estaduais e municipais e contratos de
empréstimo de agências multilaterais como BIRD e BID, somando-se mais
recentemente a essas fontes a possibilidade das Parcerias Público Privadas (PPPs),
de regulamentação recente e efeitos ainda pouco visíveis.
Como exemplo prático, o acervo de informações do ATLAS poderá ser utilizado
pelo programa Proágua Nacional, que se encontra em fase de preparação.

Adutora Cariri- PB
FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 78


ASPECTOS INSTITUCIONAIS
A questão institucional se apresenta como fundamental para o sucesso das No setor de saneamento, com exceção do Rio Grande do Norte, todos os Estados
alternativas técnicas propostas no ATLAS, dada a necessária ação articulada e adotam uma separação institucional entre os órgãos de recursos hídricos e
integrada entre atores públicos (União, Estados e municípios) e entre os setores saneamento, geralmente vinculados a distintas Secretarias de Estado, não havendo
envolvidos – recursos hídricos e saneamento. registro de esquemas formais de integração entre essas áreas.
Além disso, para a emissão do Certificado de Avaliação da Sustentabilidade da Algumas entidades estaduais com atribuições na área de gerenciamento dos
Obra Hídrica – CERTOH –, a ANA avalia a sustentabilidade nas perspectivas recursos hídricos também assumem funções de operação da infra-estrutura hídrica,
hídrica e operacional da infra-estrutura, esta última caracterizada pela existência existindo, em geral, uma distinção entre as entidades e estruturas operadoras de
de mecanismo institucional que garanta a continuidade da operação da obra. sistemas de produção de água e as entidades e estruturas responsáveis pela
distribuição de água, sejam estas últimas as Companhias Estaduais de Saneamento,
No âmbito da União, destaca-se a necessidade de envolvimento das seguintes
autarquias municipais, associações de usuários, consórcios públicos entre entes
entidades: Agência Nacional de Águas – ANA – e Conselho Nacional de Recursos
federados, ou ainda empresas privadas concessionárias dos serviços.
Hídricos – CNRH; Ministério do Meio Ambiente e sua Secretaria de Recursos
Hídricos; Ministério das Cidades, especialmente a Secretaria Nacional de Das análises realizadas, resultam as seguintes recomendações principais quanto
Saneamento Ambiental; Ministério da Saúde, nas ações relacionadas com a um desenho institucional sustentável para materialização das propostas do
saneamento, através da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e Ministério da ATLAS:
Integração Nacional, especialmente a Secretaria de Infra-estrutura Hídrica. Outras
ˆ realização de um esforço de integração e coordenação, via planejamento, para
instituições federais que atuam na região, também relevantes no processo, são o
efetiva implantação das obras recomendadas, mediante a utilização conjunta
DNOCS, a CODEVASF e a CPRM.
do ATLAS por parte dos diversos órgãos e entidades da União, Estados e
No que se refere aos Estados, a gestão de recursos hídricos na área de abrangência municípios, visando ao equacionamento dos déficits de atendimento do
do ATLAS encontra-se estruturada na própria administração direta ou por meio abastecimento humano na região;
de autarquias, agências e companhias:
ˆ utilização das obras integrantes do ATLAS como critério para aplicação dos
ˆ na Bahia e em Minas Gerais, foram criadas instituições, na forma de autarquias, recursos do Orçamento Geral da União em infra-estrutura hídrica e saneamento
que tratam especificamente de recursos hídricos: a Superintendência de pelos diversos órgãos e entidades da União, bem como pelas instituições
Recursos Hídricos do Estado da Bahia (SRH-BA) e o Instituto Mineiro de Gestão financiadoras relativamente à aplicação das linhas de crédito;
das Águas (IGAM);
ˆ tratamento dos sistemas integrados de produção de água e dos sistemas de
ˆ os Estados do Ceará e Rio Grande do Norte foram os que mais inovaram na tratamento e distribuição de água como negócios distintos e complementares,
organização administrativa. Ambos criaram uma Secretaria de Recursos Hídricos, permitindo especializar sua gestão e aferir de modo efetivo os custos de cada
com atribuições específicas voltadas para gestão dos recursos hídricos, bem um, mediando suas relações através de tarifas garantidoras da sustentabilidade
como para realização de obras de infra-estrutura hídrica. No Ceará, foi criada dos serviços;
a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (COGERH), sob a forma de
sociedade anônima, com atribuições de gerenciar a oferta e a demanda dos ˆ exercício efetivo do poder de polícia pelo poder outorgante do uso da água,
recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Entretanto, a outorga dos direitos garantindo principalmente nos sistemas integrados e grandes adutoras da região
de uso da água ficou a cargo da própria Secretaria de Recursos Hídricos do do Semi-Árido a integridade das instalações físicas e o cerceamento do uso
Estado. No Rio Grande do Norte foi criado, em 2002, o Instituto de Gestão indevido da água;
das Águas do Rio Grande do Norte (IGARN), responsável pela gestão técnica ˆ equacionamento de um modelo sustentável para o financiamento dos sistemas
dos serviços; integrados de produção de água na região do semi-árido, vis à vis os sistemas
ˆ o Estado de Sergipe tem sua estrutura de gerenciamento de recursos hídricos de saneamento;
vinculada a uma Secretaria de Planejamento, enquanto que no Maranhão e no ˆ exigência, no plano dos Estados e municípios, de uma integração da gestão
Piauí, esse vínculo é com a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais. dos recursos hídricos e gestão do saneamento, incluindo modelos de políticas
Em Alagoas, recentemente foi criada a Secretaria Executiva de Meio Ambiente e exploração dos serviços que dêem segurança jurídica aos prestadores dos
e Recursos Hídricos e Naturais – SEMARHN –, com a finalidade de implementar serviços, especialmente no caso dos serviços comuns;
a política estadual de recursos hídricos; e
ˆ criação e fortalecimento de órgãos reguladores para os serviços dos sistemas
ˆ na Paraíba e em Pernambuco, a estrutura de recursos hídricos encontra-se na integrados de produção de água e para os serviços de saneamento, dotados
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. Na Paraíba, foi criada, em de autonomia legal-administrativa e de delegações que lhes permitam exercer
2001, uma autarquia especial, com atribuições nas áreas de saneamento, os papéis reguladores entre os poderes concedente, concessionários e usuários
irrigação e recursos hídricos – a Agência de Águas, Saneamento e Irrigação dos serviços.
(AAGISA) –, que foi substituída em agosto de 2005 pela Agência Executiva de
Gestão da Água (AESA), com atribuição de cuidar exclusivamente da
implementação dos instrumentos de gerenciamento e apoiar o sistema estadual
de recursos hídricos. Já em Pernambuco, a estruturação de uma Agência de
Águas encontra-se em fase de estudos.

ATLAS NORDESTE - ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA 79


Barragem Pedra do Cavalo- BA
FOTO Eraldo Peres | Banco de Imagens ANA
MINISTÉRIO DO
MEIO AMBIENTE
Fórum de Secretários de
Recursos Hídricos do
Nordeste e Minas Gerais

ISBN 85-89629-11-2

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