Lei de tortura

Tortura - crime próprio

ART. 1 INC.II, DA LEI 9455/97

Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade,

com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento
físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
Pena - reclusão, de dois a oito anos.

SUJEITOS
SUJEITO ATIVO
Só pode ser praticado por quem tem a guarda, poder ou autoridade sobre a
vítima (crime próprio).

SUJEITO PASSIVO
Só pode ser quem está no poder, guarda ou autoridade do agente (crime
próprio)

CONDUTA
Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de
violência ou ameaça, A INTENSO SOFRIMENTO FÍSICO OU MENTAL, como
formar de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo (tortura-castigo).
Ex1. A babá que tem a guarda da criança, ainda que de fato, castiga a criança;
Ex2. A Procuradora do Rj espancou a criança, porque esta não queria comer.
OBS.: O policial militar que auxilia a polícia civil na contenção de rebelião em
estabelecimento prisional, durante a operação detém legitimamente, guarda, poder
ou autoridade sobre os detentos, ainda que momentânea, podendo responder pelo
crime de tortura do art1, II, da lei 9455/97 – STJ.

CONSUMAÇÃO
COM INTENSO SOFRIMENTO FÍSICO E MENTAL DA VÍTIMA.

Art. 1, parágrafo primeiro, da lei 9455/97

§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa
ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental,
por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não
resultante de medida legal.

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Tortura - crime próprio

SUJEITOS
SUJEITO ATIVO
Qualquer pessoa (crime comum)

SUJEITO PASSIVO
Pessoa presa (provisória, disciplinar, definitiva ou civil) ou sujeita medida de
segurança)(internação ou tratamento ambulatorial) (crime próprio)

CONDUTA
Submeter pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico
ou mental por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de
medida legal (tortura propriamente dita)

Cuidado: NÃO EXIGE EMPREGO DE VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA

OBS.: O parágrafo primeiro, diferente do que ocorre nos incisos i e ii, o dolo
não tem finalidade especial animando o agente.
Ex1. Colocar preso em cela escura ou insalubre;
Ex2. Colocar uma menor infratora para cumprir medida sócioeducativa em
presídios comuns.ex3.particular - população lincha o furtador (preso).

CONSUMAÇÃO
Com a submissão da vítima a sofrimento físico ou mental sendo possível a
tentativa

QUADRO ESQUEMÁTICO
TIPO PENAL SUJEITOS MEIO DE RESULTADO FINALIDADE
EXECUÇÃO

ART.1, INC.I SUJEITO ATIVO – COM EMPREGO DE CAUSAR TORTURA PROVA

COMUM VIOLÊNCIA OU SOFRIMENTO
GRAVE AMEAÇA FÍSICO OU
MENTAL TORTURA PARA
SUJEITO PASSIVO - ATIVIDADE CRIMINOSA.
COMUM

TORTURA PRECONCEITO
OU DISCRIMINAÇÃO

ART., INC.II SUJEITO ATIVO COM EMPREGO DE CAUSANDO A)APLICAR CASTIGO

PRÓPRIO (SUBMETER VIOLÊNCIA OU INTENSO
B)MEDIDA DE CORREÇÃO
ALGUÉM GRAVE AMEAÇA

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Tortura - crime próprio

SOFRIMENTO
OBS.:TORTURA CASTIGO
FÍSICO
SUJEITO PASSIVO
PRÓPRIO

ART.1, SUJEITO ATIVO PRÁTICA DE ATO CAUSANDO XXXXXXXXXXXXXXXXXX

PARÁGRAFO COMUM ILEGAL SOFRIMENTO X
PRIMEIRO FÍSICO

SUJEITO PASSIVO
PRÓPRIO (SUBMETER
PESSOA PRESA OU
MEDIDA DE
SEGURANÇA

ART.1, PARÁGRAFO SEGUNDO, DA LEI 9455/97 (omissão

perante a tortura ou tortura omissiva)
Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-
las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos
Tortura omissão imprópria (o agente tinha o dever de evitar a tortura)

Sujeitos
Sujeito ativo
(Crime próprio) o garante ou garantidor art.13, parágrafo segundo, do C.P.

Sujeito passivo
Crime comum
Pena- detenção 1 a 4 anos
1 CORRENTE
O parágrafo segundo da lei 9455/1997 no que diz respeito a omissão imprópria
é inconstitucional (vou aplicar a pena de reclusão de 2 a 8 anos e o crime é
equiparado a hediondo).
2 CORRENTE
O parágrafo segundo é constitucional. É a que prevalece atualmente.
3 CORRENTE
O parágrafo segundo é constitucional e o crime não é equiparado hediondo.

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Tortura - crime próprio

TORTURA OMISSÃO PRÓPRIA

Sujeitos
Sujeito ativo
Agente que tem dever de apurar (crime próprio)

Sujeito passivo
Qualquer pessoa (crime comum)

Conduta
O agente tolera, é condescendente com tortura pretérita

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