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01/10/2018

Bioenergética
Estudo das alterações de energia que acompanham as
reacções bioquímicas

Nos sistemas vivos, energia química pode ser transformada em


calor ou energia eléctrica, radiante ou mecânica

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DG  DH  T DS

Bioenergética

Nas reacções bioquímicas, a variação na entalpia (DH)


é aproximadamente igual à variação total na energia
interna da reacção (DE)

DG  DE  T DS

Bioenergética
DG negativo – reacção perde energia livre
(exergónica)

DG negativo e elevado – reacção irreversível

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Bioenergética
DG positivo – reacção só prossegue quando pode
ganhar energia livre (endergónica)

DG positivo e elevado – sistema estável e não ocorre


reacção

Bioenergética
DG0’ – variação de energia livre padrão para reacções
bioquímicas

pH 7,0 e reagentes em concentrações de 1 M

DG 0'   RT ln K eq'
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Bioenergética
Processos endergónicos existem acoplados a
processos exergónicos

Alteração global de energia é exergónica

Bioenergética

Reacções exergónicas - catabolismo

Reacções endergónicas - anabolismo

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Bioenergética
Acoplamento de processos endergónicos a
exergónicos pode ser feito por compostos de alto
potencial energético

Nas células vivas – ATP (adenosina trifosfato)

Bioenergética
Nas reacções celulares, ATP actua como complexo de
Mg2+

Transfere energia livre dos processos exergónicos para


os endergónicos

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Bioenergética

ATP tem dois grupos fosfato de elevada energia

ADP tem um grupo fosfato de elevada energia

Fosfato no AMP é de baixa energia

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Bioenergética

Outros compostos de “elevada energia”

Ésteres de a.a.
Tiol-ésteres da CoA envolvidos em síntese UDPGlc
proteica

Proteínas
transportadoras de S-adenosilmetionina PRPP
acilos

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Bioenergética

ATP é continuamente consumido e regenerado

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Bioenergética
Principais fontes de grupos fosfato activas na
conservação ou captura de energia

Fosforilação Ciclo do ácido


Glicólise
oxidativa cítrico

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Fosforilação oxidativa

Maior fonte de fosfato energético em aeróbios

Energia livre resulta da oxidação da cadeia respiratória


usando O2 nas mitocôndrias

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Glicólise

Formação global de dois grupos fosfato

Lactato produzido a partir da glucose

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Ciclo do ácido cítrico

Formação de um grupo fosfato

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Bioenergética

Fosfagénios

Formas de armazenamento de fosfato de elevada


energia

Creatina fosfato nos músculos esqueléticos, coração,


espermatozóides e cérebro

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Bioenergética
Quando ATP é rapidamente utilizado para contracção
muscular

Fosfagénios permitem manter a concentração de ATP

Concentração de fosfogénio pode aumentar para agir


como reserva de fosfato de elevada energia

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Oxidação biológica

Oxidação – perca de e-

Redução – ganho de e-

Nas reacções redox, variação de energia livre é


proporcional à tendência dos reagentes doarem ou
aceitarem e-

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Oxidação biológica

E0′ – potencial redox para sistemas biológicos (pH 7,0)

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Oxidação biológica
Oxidorredutases – enzimas envolvidas em processos
redox

Oxidases Desidrogenases Hidroperoxidases Oxigenases

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Oxidases
Catalisam remoção de H de um substrato usando O
como aceitador de H

Citocromo-oxidase Flavoproteínas

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Citocromo-oxidase
Contém um hemo

Componente terminal da cadeia de transportadores


respiratórios da mitocôndria

Transfere e- resultantes da oxidação de substratos por


desidrogenases para oxigénio

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Flavoproteínas
Contêm flavina mononucleótido (FMN) e flavina
adenina dinucleótido (FAD)

Formados a partir da riboflavina

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Desidrogenases
1) Transferência de H entre substratos em reacções
redox acopladas

2) Transferência de e- na cadeia respiratória de


transporte de e- do substrato para o O

1)

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Desidrogenases
Utilizam NAD+ ou NADP+ como coenzimas

Desidrogenases ligadas ao NAD catalisam reacções


redox nas vias oxidativas do metabolismo

Cadeia
Ciclo do ácido
Glicólise respiratória das
cítrico
mitocôndrias
NAD – nicotinamida adenina dinucleótido
NADP – nicotinamida adenina dinucleótido fosfato 27

Desidrogenases
Desidrogenases ligadas ao NADP encontram-se nas
sínteses redutoras

Síntese de Síntese de Via das


ácidos gordos esteróides pentoses fosfato

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Desidrogenases

Desidrogenases que não usam NAD ou NADP


dependem da riboflavina

Transporte de e- na cadeia respiratória

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Desidrogenases

À excepção da citocromo-oxidase, restantes


citocromas são desidrogenases

Transporte de e- na cadeia respiratória

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Hidroperoxidases

Protegem organismo de peróxidos

Peroxidases Catalase

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Peroxidases

Redução do H2O2

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Catalase
Hemoproteína que usa H2O2 como dador de e- e outra
molécula de H2O2 como aceitador

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Oxigenases
Catalisam incorporação de O numa molécula de
substrato em duas etapas

1) O liga-se à enzima no sítio 2) O ligado é reduzido ou


activo transferido para o substrato

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Dioxigenases

Incorporam os dois átomos do O2 no substrato

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Mono-oxigenases

Incorporam apenas um átomo do O2 no substrato

Requerem um dador de e- adicional (cossubstrato)

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Citocromas P450

Família de mono-oxigenases

Metabolismo e destoxificação de diversas substâncias

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Superóxido dismutase

Remove o anião superóxido (O‚) em organismos


aeróbios

Impede reacções radicalares

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Mitocôndria
Membrana externa permeável
à maioria dos metabolitos

Membrana interna tem


permeabilidade selectiva
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Cadeia respiratória

Ocorre nas mitocôndrias

Parte do processo de conversão de energia

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Cadeia
respiratória
e- fluem através de
três grandes
complexos proteicos
(I, III e IV)

Complexo I

NADH-Q oxidorredutase

e- transferidos do NADH para a coenzima Q

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Complexo III

Q-citocromo c-oxidorredutase

Transfere e- para o citocroma c

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Complexo IV

Citocromo c-oxidase

Passa os e- para o O2, reduzindo-o a H2O

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Complexo II

Succinato-Q redutase

Transferência de e- para a coenzima Q a partir de


substratos com potenciais redox mais positivos que
NAD+/NADH (ex: succinato)

Substitui complexo I

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Cadeia
respiratória

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Cadeia respiratória

Reacções com transferência de 2 e-

FMN ou FAD reduzidas a FMNH2 ou FADH2

FMN ou FAD também podem aceitar 1 e- para formar


semiquinonas

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Cadeia respiratória

Reacções com transferência de 1 e-

Proteínas de Fe-S

Reacção redox entre Fe2+ e Fe3+

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Teoria quimiosmótica

Cadeia osmótica ligada a


fosforilação oxidativa

Gradiente de protões através


da membrana mitocondrial
interna
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Teoria quimiosmótica

Complexos I, III e IV actuam como bombas de H+

H+ acumulam-se no espaço intermembrana criando


uma força motriz

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Teoria quimiosmótica
ATP formado através da ATP
sintetase

Embebida na membrana
interna

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Fosforilação oxidativa

Reacções com produção de ATP na cadeia respiratória

2,5 mol fosfato produzidos a partir dos complexos I,


III e IV

1,5 mol de fosfato produzidos a partir dos complexos


II, III e IV

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Controlo respiratório
Oxidação na cadeia respiratória só ocorre se houver
ADP disponível para ser fosforilado a ATP

Energia livre resultante da oxidação dos alimentos que


não é capturada como fosfato de elevada energia é
libertada como calor

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Controlo respiratório
Energia libertada como calor contribui para manter
temperatura corporal

Energia libertada como calor retira sistema do


equilíbrio, de modo a continuar a produção contínua
de ATP

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Inibidores da cadeia respiratória

Compostos que inibem diversas funções ao longo da


cadeia

Barbitúricos CO Cianeto Malonato

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Inibidores da fosforilação oxidativa

Compostos que bloqueiam o fluxo de ADP ou H+

Fitoquímicos Antibióticos

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Desacopladores da fosforilação oxidativa

Dissociam a cadeia respiratória da fosforilação


oxidativa

2,4-dinitrofenol Termogenina

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Sistemas de transporte através da


membrana mitocondrial
Membrana interna permeável a pequenas moléculas
sem carga

Ácidos
O2 H2O CO2 NH3
monocarboxílicos

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Sistemas de transporte através da


membrana mitocondrial
Moléculas maiores e/ou carregadas exigem sistemas
de difusão por permuta

Ácidos
Piruvato Citrato Na+ Ca2+
gordos

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