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Motivação

Campos Escalares
Campos Vetoriais

Campos Escalares e Vetoriais - Aula 02

Prof. Dr. João Bosco Batista Lacerda

Universidade Federal da Paraı́ba


CCEN - Departamento de Matemática
boscolacerda@mat.ufpb.br

11 de julho de 2018
Prof. Dr. João Bosco Batista Lacerda Campos Escalares e Vetoriais - Aula 02
Motivação
Campos Escalares
Campos Vetoriais

Sumário

1 Motivação

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Motivação
Campos Escalares
Campos Vetoriais

Sumário

1 Motivação

2 Campos Escalares

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Motivação
Campos Escalares
Campos Vetoriais

Sumário

1 Motivação

2 Campos Escalares

3 Campos Vetoriais

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Motivação
Campos Escalares
Campos Vetoriais

Motivação

Dada uma região Ω do espaço, podemos associar a cada ponto


de Ω uma grandeza escalar ou também uma grandeza vetorial.

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Campos Escalares
Campos Vetoriais

Motivação

Dada uma região Ω do espaço, podemos associar a cada ponto


de Ω uma grandeza escalar ou também uma grandeza vetorial.
Na Fı́sica, por exemplo, fazemos isto frequentemente. Dado um
sólido Ω, podemos associar a cada um dos seus pontos a sua
temperatura. Neste caso temos definido um campo escalar em
Ω.

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Motivação
Campos Escalares
Campos Vetoriais

Motivação

Dada uma região Ω do espaço, podemos associar a cada ponto


de Ω uma grandeza escalar ou também uma grandeza vetorial.
Na Fı́sica, por exemplo, fazemos isto frequentemente. Dado um
sólido Ω, podemos associar a cada um dos seus pontos a sua
temperatura. Neste caso temos definido um campo escalar em
Ω.
No caso de um fluido em movimento, a cada partı́cula corres-
ponde um vetor velocidade ~v . Neste caso, vemos que um campo
vetorial está definido em Ω.

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Campos Escalares

Definição
Um campo escalar sobre uma região Ω ⊆ R3 é uma função f :
Ω ⊆ R3 −→ R, que a cada ponto P (x, y, z) ∈ Ω associa uma
única grandeza escalar (número real) f (P ) de R.

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Campos Escalares

Definição
Um campo escalar sobre uma região Ω ⊆ R3 é uma função f :
Ω ⊆ R3 −→ R, que a cada ponto P (x, y, z) ∈ Ω associa uma
única grandeza escalar (número real) f (P ) de R.

Exemplo
Se Ω é um sólido no espaço e ρ a densidade em cada um dos seus
pontos, então ρ define um campo escalar sobre Ω.

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Campos Escalares

Definição
Um campo escalar sobre uma região Ω ⊆ R3 é uma função f :
Ω ⊆ R3 −→ R, que a cada ponto P (x, y, z) ∈ Ω associa uma
única grandeza escalar (número real) f (P ) de R.

Exemplo
Se Ω é um sólido no espaço e ρ a densidade em cada um dos seus
pontos, então ρ define um campo escalar sobre Ω.

Exemplo
Seja Ω um sólido esférico de raio r cuja temperatura em cada
um dos seus pontos é proporcional à distância do ponto até o
centro da esfera. Usando um sistema de coordenadas adequado,
descrever a função escalar f que define
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o campo de temperatura
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de Ω.

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de Ω.
Solução: Consideremos um sistema de coordenadas cuja origem
coincide com o centro da esfera, veja Figura 5.

Figura: 5
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Como a temperatura em P (x, y, z) é proporcional à distância de
P até o centro, a função que define o campo de temperatura é
dada por p
f (x, y, z) = k x2 + y 2 + z 2
sendo k a constante de proporcionalidade.

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Definição
Um campo vetorial sobre uma região Ω ⊆ R3 é uma função F :
Ω ⊆ R3 −→ R3 , que a cada ponto P (x, y, z) ∈ Ω associa um


único vetor F (P ) ∈ R3 .

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Definição
Um campo vetorial sobre uma região Ω ⊆ R3 é uma função F :
Ω ⊆ R3 −→ R3 , que a cada ponto P (x, y, z) ∈ Ω associa um


único vetor F (P ) ∈ R3 .

A terminologia campo vetorial deve-se a exemplos fı́sicos tais


como campo gravitacional, campo eletrostático, campo de velo-
cidade de um fluido em movimento, etc...

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Fixado um sistema de coordenadas, por exemplo, o sistema de
coordenadas cartesianas, o campo vetorial F = F (x, y, z) é re-
presentado por suas componentes ou coordenadas L, M e N , que
são funções escalares, (campos escalares), isto é, L, M, N : Ω ⊆
R3 −→ R e que determinam as propriedades analı́ticas do campo
F.

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Fixado um sistema de coordenadas, por exemplo, o sistema de
coordenadas cartesianas, o campo vetorial F = F (x, y, z) é re-
presentado por suas componentes ou coordenadas L, M e N , que
são funções escalares, (campos escalares), isto é, L, M, N : Ω ⊆
R3 −→ R e que determinam as propriedades analı́ticas do campo
F . Por exemplo, o campo

F = L(x, y, z)~i + M (x, y, z)~j + N (x, y, z)~k

é contı́nuo (resp. diferenciável) no ponto P (x, y, z) ∈ Ω se, e


somente se, as componentes L, M e N são funções contı́nuas
(resp. diferenciável) em P .

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Analogamente, define-se campo vetorial bidimensional F : D ⊆
R2 −→ R2 , que associa a cada ponto de uma região D do plano
xy, um vetor

F (x, y) = L(x, y)~i + M (x, y)~j,

sendo L, M : D ⊆ R2 −→ R funções (campos) escalares.

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Representação geométrica de um Campo Vetorial

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Observação: A visualização geométrica de um campo vetorial
F(x, y) é obtida esboçando-se uma coleção de setas de compri-
mento kF(x, y)k com origem no ponto P (x, y), representando os
vetores F(x, y).

Exemplo (Campo Radial)


O campo vetorial F : R2 p −→ R2 definido por F (x, y) = x~i +
y~j é tal que kF (x, y)k = x2 + y 2 e, nos pontos de uma dada


circunferência de centro na origem, a intensidade do campo F é
a mesma e igual ao raio da circunferência, como ilustra a Figura
11.

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Figura

Figura: 11

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Exemplo (Campo Tangencial)




Analisar o campo vetorial F definido em R2 − (0, 0) por

− y ~i + p x
F (x, y) = − p
2
x +y 2 x2 + y 2

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Exemplo (Campo Tangencial)




Analisar o campo vetorial F definido em R2 − (0, 0) por

− y ~i + p x
F (x, y) = − p
2
x +y 2 x2 + y 2


solução: Inicialmente observamos que F é um campo de veto-
res unitário,
→ isto é,
em qualquer ponto P (x, y), a intensidade do

campo é F (x, y) = 1.

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Exemplo (Campo Tangencial)




Analisar o campo vetorial F definido em R2 − (0, 0) por

− y ~i + p x
F (x, y) = − p
2
x +y 2 x2 + y 2


solução: Inicialmente observamos que F é um campo de veto-
res unitário,
→ isto é,
em qualquer ponto P (x, y), − a intensidade do
− −→
campo é F (x, y) = 1. Por outro lado, se ~r = OP = x~i + y~j é o



vetor posição do ponto P (x, y), então F •~r = 0, e isso nos diz que


o campo F é perpendicular ao vetor posição ~r e, portanto, em


cada ponto P o campo F é tangente à circunferência de centro
−−→
na origem e raio r = OP , como mostra a Figura 13.

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Figura

Figura: 13

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Example (Campo Quadrado Inverso)


Se ~r = x~i + y~j + z~k é o vetor posição do ponto P (x, y, z) de uma
região Ω do R3 , a expressão

− k ~r
F (r) = 2 . k~
k~rk rk

sendo k constante, define um campo vetorial sobre Ω, deno-


minado campo quadrado inverso, que aparece com bastante
frequência nas ciências fı́sicas.

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Example (Campo Quadrado Inverso)


Se ~r = x~i + y~j + z~k é o vetor posição do ponto P (x, y, z) de uma
região Ω do R3 , a expressão

− k ~r
F (r) = 2 . k~
k~rk rk

sendo k constante, define um campo vetorial sobre Ω, deno-


minado campo quadrado inverso, que aparece com bastante
frequência nas ciências fı́sicas. Em coordenadas, o campo qua-
drado inverso se expressa na forma

− k
F (x, y, z) = (x~i + y~j + z~k)
(x2 + + z 2 )3/2
y2

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− k
e, no ponto P , a intensidade do campo é F (P ) = , inver-
k~rk2
samente proporcional ao quadrado da distância do ponto P à
origem.

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− k
e, no ponto P , a intensidade do campo é F (P ) = , inver-
k~rk2
samente proporcional ao quadrado da distância do ponto P à
origem.
Exemplo (Campo Gravitacional)
Verificar que o campo gravitacional é um campo vetorial quadrado
inverso.
Solução: De acordo com a Lei de Gravitação Universal de New-
ton, o campo gravitacional na superfı́cie da terra é dado por

GM m ~r
F (x, y, z) = − ,
k~rk2 k~rk

onde M representa a massa da terra, G é a constante gravitaci-


onal, m é a massa de uma partı́cula situada no ponto P (x, y, z)
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−−→
e ~r = OP representa o vetor posição do ponto P .

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−−→
e ~r = OP representa o vetor posição do ponto P .


A intensidade do campo vetorial F é igual a


GM m
F (P ) = ,

k~rk2

inversamente proporcional ao quadrado da distância do ponto P


à origem.

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−−→
e ~r = OP representa o vetor posição do ponto P .


A intensidade do campo vetorial F é igual a


GM m
F (P ) = ,

k~rk2

inversamente proporcional ao quadrado da distância do ponto P


à origem.
Os campos quadrados inversos também ocorrem na teoria
elétrica. A lei de Coulomb afirma que se uma carga pontual
de Q coulombs está situada na origem de um sistema de coorde-


nadas, então a força F (x, y, z) que ela exerce sobre uma carga
pontual de q coulombs localizada num ponto P (x, y, z) é


− Qq ~r
F (x, y, z) = c
k~rk2 k~rk
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onde c é uma constante e ~r = x~i + y~j + z~k é o vetor posição do
ponto P (x, y, z).

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onde c é uma constante e ~r = x~i + y~j + z~k é o vetor posição do
ponto P (x, y, z).
Observe que a lei de Coulomb tem a mesma forma da lei da
gravitação universal de Newton.

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