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Filho de Requião (adv.

Maurício) leva para


Brasília contrato da Copel de R$2.95
milhões
O advogado Maurício Quarengue de Mello e Silva, filho do governador Requião, transita na ponte
aérea Curitiba-Brasilia com o maior contrato de honorário advocatícios de que se tem notícia no
mercado jurídico paranaense. Há duas semanas atrás colheu assinaturas na Copel para um
contrato no valor de R$2.950 milhões (R$ 1.5 milhões + R$ 1.450 milhões) destinados ao
Escritório Pinheiro Neto, em Brasília, para defender o caso criado pelo seu pai (o governador) no
rompimento do contrato com a El-Paso, empresa norte-americana sócia da Copel na Usina
Termoelétrica de Araucária. A intempestiva decisão do governador, que demandou recurso da
El-Paso em instância jurídica internacional, ensejou recente passeio turístico de Requião a Paris,
que se hospedou em hotel, de onde tomando vinhos com grupo de convidados acompanhou
resultado da decisão do Conselho Arbitral de Paris.
No ano passado por direta conveniência política, ou intempestiva decisão, ou outro motivo não
explicado até hoje ao povo do Paraná, o governador Roberto Requião de Melo e Silva rompeu
um contrato com a El-Paso (empresa norte americana) sócia da Copel na Usina Termoelétrica de Araucária.
A decisão está na justiça e o Estado do Paraná pode desembolsar no futuro US$ 827 milhões, por ruptura unilateral
de contrato. O valor corresponde a 30% de todo o orçamento do estado de 2004. Mais o valor dos honorários de
R$ 2.950 milhões apesar de absurdo , não é nada perto do outro. Só os honorários de sucumbência darão aos
advogados que ganharem a ação U$ 82,2 milhões. Acordos poderão ser feitos em qualquer tempo entre as partes,
sem prejuízo para os advogados, no caso de acordo todos os advogados recebem. O valor mínimo desta causa e
que é reconhecido pelo governador Requião, é o valor aplicado na usina pela sócia da Copel a El-Paso, US$ 180
milhões. Nesta menor possibilidade os honorários de sucumbência atingem US$18 milhões.
A Copel tem no seu competente departamento jurídico mais de 40 advogados. E no Paraná temos juristas
especialistas em Direito Internacional, como é o caso do advogado Maurício Gomm Ferreira dos Santos, diretor-
geral da Câmara de Mediação e Arbitragem da Associação Comercial do Paraná, mestre em Arbitragem Comercial
Internacional pela Universidade de Londres. No entanto, por orientação do governador Requião a Copel contratou
no ano passado o serviço de advocacia do escritório Pinheiro Neto de Brasília para atuar no caso El-Paso. Neste
escritório estagiou a filha do governador, Roberta Requião, hoje advogada, e há duas semanas atrás o filho
Maurício Quarengue de Mello e Silva, na qualidade de ad hoc (no lugar de para o ato) ou como contratado, ou
ainda como funcionário do escritório Pinheiro Neto, ou como ???, veio buscar em Curitiba o novo contrato assinado
com a Copel.
O que também causa estranheza é o valor do contrato. Não se tem noticia da licitação publica de R$ 2.950
milhões, já foi pago no passado o valor de R$ 1.5 milhão e agora estão aprontando mais uma fatura de R$ 1.450
milhão para o tal escritório.
Todos do ramo sabem que o escritório Pinheiro Neto é muito grande, é muito bom, mas não é especializado na
matéria contratada, agem mais nas causas chamadas de varejo, tipo trabalhistas etc..
Para este contrato (R$2.950 milhões), se calcularmos hora média de R$ 500, teria o escritório que dedicar 6 mil
horas de trabalho, o que representaria 25 meses com trabalho integral todos os dias somente para a Copel.

Por que contratar, sem licitação ?


Por que contratar advogado quando a Copel tem um grande departamento jurídico ?
Por que contratar fora do Estado do Paraná ?
Por que contratar escritório que não é especialista na matéria?
Por que contratar o escritório onde ‘’trabalha’’ ou ‘’AD HOC’’ o filho do Governador?
Por que contratar pelo valor de R$ 2.950 milhões.

Esse menino vai longe...


Pouca gente o conhece.
E de repente, não mais que de repente, ele volta as manchetes.
Foi assim em 1998, quando lembraram do menino que despontava nas passarelas.
Impacto, na época, muitos nem lembram, claro, noticiou o fato baseado naquilo que publicou a
revista Isto é sobre o jovem e promissor valor.
Depois, o menino já adolescente acabou sendo confundido com outro jovem, aliás seu parente,
por ocasião de um acidente fatal que deixou marcas e chegaram a dizer que era ele quem
estava ao volante, situação provada de que estava longe da cidade nesse dia fatídico.
Agora, seu nome volta a aparecer em destaque.
E desta vez com uma notícia que já dá o que falar, pois estão enquadrando o moço como um
verdadeiro “homem da mala”, situação que seria quase como normal num Heinz Herwig, mas no
filho do governador...
Bem, o noticiário está correndo por ai e o Impacto, prá não passar batido, tá comentando a matéria que andou
pipocando e motivou enorme curiosidade não apenas pelo nome do menino mas pelo registro inusitado de um
senhor contrato envolvendo um escritório jurídico e o governo do seu pai.
Mas já dá prá sentir que o menino está realmente progredindo.
Das passarelas as bancas jurídicas, convenhamos, é um passo muito importante.

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