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CONSTRUÇÃO DO TEMPLO

O Templo É A Medida Do Nível De Espiritualidade


Publicado em 7 de julho de 2015 por souzapin

Pergunta: Por que o Segundo Templo foi destruído?


Resposta: Tanto o Primeiro como o Segundo Templos foram destruídos para que os judeus
pudessem ser dispersos entre as nações do mundo; eles estabeleceram os ingredientes de certos
elementos de conexão com a força superior da natureza. Com a conclusão do seu desenvolvimento,
a partir do final do século XXI, eles começaram sua elevação. É dito que os judeus foram para o
exílio para recolher as almas das nações do mundo.
Ambos os templos simbolizavam a conquista de um nível muito elevado da Luz espiritual, o
nível de HAYA, e o Segundo Templo simbolizava o nível de NESHAMA (alma).
Depois, os judeus tiveram que “cair e se dissolver” nas nações do mundo. Também sob o conceito
de “as nações do mundo”, o significado não é o que normalmente imaginamos, porque de acordo
com as raízes espirituais, existem apenas 70 nações do mundo, e os judeus tinham que se dispersar e
assimilar entre elas. Afirmou-se que no final do século XX, a correção geral do mundo começaria,
realizada pela primeira vez com a nação de Israel e então, gradualmente, juntou-se o resto das
nações.
De KabTV “Sobre a Nossa Vida” 04/06/15
http://laitman.com.br/2015/07/o-templo-e-a-medida-do-nivel-de-espiritualidade/

Longo Caminho Para O Templo, Parte 1


Publicado em 22 de julho de 2015 por souzapin

A História Começa com Adão


Pergunta: O nono dia do mês de Av (Tishá Be Av) é um dia especial de luto. Neste dia, ocorreram
as destruições dos primeiro e segundo templos, assim como muitos outros eventos trágicos na
história do povo judeu.

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No entanto, hoje em dia, as pessoas seculares não prestam muita atenção neste dia. Qual a
importância do dia, e como ele se relaciona com a nossa vida hoje?
Resposta: Eu acho que a razão de nossos contemporâneos em Israel não saberem sobre o nono dia
do mês de Av é que eles não se associam com a sua história.
Os jovens pensam: “Bem, era uma vez, havia um templo, mas, desde então, dois mil anos se
passaram. Não tem nada a ver com minha vida agora. Por que eu deveria voltar repetidamente à
mesma história? Outras nações não se preocupam com o que lhes aconteceu há milhares de anos”.
Realmente, houve muitos acontecimentos importantes na Roma antiga, Grécia e Alemanha, mas as
pessoas que agora vivem nesses países não os comemoram. Da mesma forma, a geração mais jovem
de Israel não dá qualquer valor ao nono dia do mês de Av.
No entanto, por todos os meios, eles reavaliariam sua atitude se soubessem que os feriados judaicos
não estão relacionados a eventos históricos. Nossa história reflete o que acontece na natureza. É
a natureza que grava o avanço da humanidade no calendário.
Nós pensamos que a história começou 14 bilhões de anos atrás, quando o universo surgiu, ou 4,5
bilhões de anos atrás, quando o planeta Terra apareceu no sistema solar. Nós facilmente podemos
pular um período pré-histórico que precedeu o aparecimento da humanidade, como o Mesozóico ou
Paleozóico. A história da humanidade pode ser calculada a partir do surgimento do “primeiro
homem”, Adão.
Adão não era um homem primitivo que apareceu como resultado da evolução dos macacos que
desceram das árvores centenas de milhares de anos atrás, como as escavações arqueológicas
mostram. O primeiro homem, Adão, viveu 5775 anos atrás. Ele foi o primeiro que revelou o sistema
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que governa este mundo.
Por um lado, esta descoberta tornou-se possível por causa de um grande desejo que ele tinha. Por
outro lado, esta descoberta foi pré-determinada desde cima. Então Adão revelou o sistema da
governança superior e começou a explorar o mundo. Ele lançou uma escola própria e foi seguido
pelos discípulos que mais tarde continuaram sua busca.
Esses eventos são descritos na Torá, nos escritos de (Flavius) Josephus, e em muitas outras
fontes. Adão foi o primeiro que revelou o sistema de governo superior chamado o Criador, o
sistema do poder superior que controla toda a natureza.
Não há necessidade de visualizar esse poder como imagens divinas, espirituais. É só um poder
superior geral que inclui uma pluralidade de forças. Este poder é informativo e sensorial. Ele
suporta toda a natureza. É o poder da governance superior.
Adão foi o primeiro que revelou este poder. Isso explica por que ele é chamado de primeiro
homem. Numerosas pessoas viveram antes dele. Muitas gerações transcorreram antes de seu
nascimento. Ele nasceu de um pai e mãe como todo mundo.
Adam escreveu o livro, O Anjo Raziel (Raziel HaMalaach), que está disponível hoje em dia. Ele
tinha muitos discípulos. A Torá descreve de forma colorida os eventos que aconteceram com os
estudantes de Adão. Um dos discípulos de Adão, Noé, foi salvo do dilúvio na arca que chegou ao
Monte Ararat.

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Até agora, as pessoas estão procurando os restos da arca e fazem filmes de Hollywood sobre esses
eventos. Adão e Noé merecem uma boa compensação por fornecerem excelentes cenários para
filmes populares.
A descoberta de Adão foi transferida de aluno para aluno, de geração em geração. Cada um de seus
seguidores começou uma escola própria. Esta é a forma como a humanidade cresceu e finalmente
chegou ao estado da antiga Babilônia.
Continuado.
De KabTV “Uma Nova Vida” 05/07/15
http://laitman.com.br/2015/07/longo-caminho-ate-o-templo-parte-1/

O Longo Caminho Para O Templo, Parte 2


Publicado em 23 de julho de 2015 por souzapin

Descoberta de Abraão
Antiga Babilônia é um estado especial da humanidade que foi imprensado em um território
muito compacto entre dois rios. Era uma civilização bem desenvolvida que existiu cerca de 3.500
anos atrás.
Os babilônios eram tão interligados que começaram a sentir uma rejeição mútua, como se as
pessoas fossem bons amigos enquanto mantinham uma distância decente, mas quando próximos
começaram imediatamente a brigar. Afinal, todos somos egoístas; não podemos ficar muito
próximos uns dos outros e somos obrigados a nos dispersar.
Os antigos babilônios descobriram o fenômeno chamado a Torre de Babel. O egoísmo humano
cresceu como uma torre para os céus, separando-os, até o grau de ódio que surgiu entre eles e que
os impediu da compreensão mútua, na medida em que se sentiram como se falassem línguas
diferentes.
Eles não sabiam o que fazer em uma situação tão crítica. Então, um homem sábio chamado Abraão
ofereceu uma solução. Abraão era um sacerdote. Ele fabricava e vendia ídolos da Babilônia. Os
Babilônios eram pagãos e adoravam e árvores, pedras, e assim por diante. Eles deificavam todas as
forças da natureza.
Havia um monte de sacerdotes na Babilônia, mas Abraão era muito famoso entre eles, porque era
filho de Tera, o Sumo Sacerdote, que era um clérigo muito influente.
Abraão investigou a situação na Babilônia e percebeu que a humanidade estava obrigada a atingir
tal conexão em que o seu estado de crise seria revelado, como mostrado por seu enorme egoísmo.

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Após esta fase, havia apenas dois caminhos possíveis: dispersar ainda mais ou subir acima do seu
egoísmo. Com efeito, a finalidade da natureza não é separar as pessoas, mas elevá-las acima do seu
egoísmo.
A subida acima do egoísmo conduz a raça humana a um novo estágio de desenvolvimento. Por isso
devemos combinar nossos poderes, desejos, pensamentos e habilidades. A conexão entre nós abre
uma rede de ligações que, no final, nos revela a força governante da natureza.
Nosso egoísmo é apenas uma força negativa da natureza. Se, apesar dele, nós continuarmos nossos
esforços em nos unir, vamos revelar dois sistemas opostos que devem se fundir: um desejo de
receber e o poder de doação, o ódio e o amor, rejeição e atração.
Se continuamos nossos esforços ainda sem sucesso para conciliar estes dois sistemas, de repente
entendemos que há algum tipo de conexão entre eles. A força que integra estes dois sistemas
completamente opostos e os torna um todo é chamada de força superior. A descoberta foi feita por
Abraão quando ele revelou a força geral da natureza.
Continua…
De Kab TV “Uma Nova Vida” 7/05/15

Longo Caminho Para O Templo, Parte 3


Publicado em 29 de julho de 2015 por souzapin

Nascimento da Metodologia da Conexão


Abraão aprendeu com os Cabalistas que viveram antes dele, começando com Adão, o primeiro
homem. Abraão entendeu que o egoísmo humano se expande de geração em geração, tornando-nos
assim egoístas ainda maiores; ele nos separa e obriga a explorar o outro.
É por isso que, no final, nós nos aproximamos de um estado em que começamos a usar
nosso egoísmo corretamente, ou seja, fazemos esforços para superá-lo.
Ainda assim, nós continuamos egoístas completos, incapazes de subir sobre nossos egos, embora
percebamos que o nosso egoísmo é a razão para todos os nossos problemas. Os antigos babilônios
sofreram muito com seu egoísmo; a humanidade continua a sofrer com isso hoje. O nosso egoísmo
arruína nossa vida.
A descoberta de Abraão o fez reunir um grupo de discípulos que estavam prontos para subir sobre o
seu egoísmo que queimava em cada um deles.
Ele encontrou muitas pessoas que reuniu num grupo e que estavam dispostas a subir acima do seu
egoísmo, porque não eram egoístas completas como nossos contemporâneos. Seu egoísmo era

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muito mais fraco do que o nosso. Além disso, elas se lembravam como era boa a sua vida antes de
começarem a se odiar, ou seja, antes da construção da Torre de Babel.
Quando os tempos difíceis começaram, não havia mais nada para elas, exceto se dividir e se
espalhar pelo mundo. Muitas sentiram que Abraão realmente ofereceu-lhes uma verdadeira solução
para o seu problema, então se juntaram a ele, e Abraão começou a ensinar-lhes a metodologia da
unidade.
É assim que se originou o grupo que se denominava “Isra-El” (ou seja, “direto ao Criador”). Eles se
esforçaram em revelar a força superior que lhes conectava e habitava entre eles. Ao explorar a força
superior, eles perceberam como é o mundo em que vivem. A rede que construímos entre nós é de
fato a força superior.
Mais tarde, o grupo de Abraão cresceu e formou uma nação com o nome “Israel”. Israel são as
pessoas que se esforçam pela unidade e que trabalham na construção da conexão entre elas acima da
sua separação.
Elas valorizam o poder da separação, porque ele lhes dá a oportunidade de aplicar mais esforços na
busca da unidade, permitindo-lhes assim reconhecer a força da natureza: o sistema da governança
superior.
A força da separação e o poder da unidade são duas forças opostas essenciais da natureza, como
mais e menos, norte e sul. Um não pode existir sem o outro.
De KabTV “Uma Nova Vida” 05/07/15

Longo Caminho Para O Templo, Parte 4


Publicado em 1 de agosto de 2015 por souzapin

Moisés e a Recepção da Torá


Babilônios que rejeitaram a metodologia de Abraão se propagaram ao redor da Terra, a todos
os países. O grupo de Abraão saiu da Babilônia, e foi para a terra de Canaã. Depois, desceram ao
Egito, e, posteriormente, retornaram novamente à Canaã, que mais tarde se tornou a terra de Israel.
O grupo de Abraão sofreu inúmeras dificuldades. A principal missão do grupo era transferir a
metodologia da conexão quando chegasse a hora aos babilônios, ou seja, a todo o mundo.
Depois de Abraão, várias gerações de Cabalistas surgiram: Isaque, Jacó, José, e, finalmente,
Moisés. Eles revelaram as formas da aplicação prática da metodologia. Moisés elevou o grupo de
Abraão a um novo nível de unidade chamado “a recepção da Torá”.

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Eles tiveram que se unir num nível superior para chegar à “montanha de ódio”, o Monte Sinai, em
vez da Torre de Babel. Para isso, tiveram que se referir a uma força muito mais poderosa. Caso eles
tivessem sucesso, a metodologia denominada “Torá” seria revelada a eles.
A Torá é a sabedoria da Cabalá, que busca a revelação do Criador às criações neste mundo. A Torá
descreve a rede de conexão que nos une através de relações benevolentes, calor e afeição mútua. O
princípio fundamental da Torá, “ama o teu próximo como a ti mesmo”, deveria nos levar do amor
pelos seres criados ao amor pelo Criador.
Moisés revelou a metodologia ao povo de Israel que passou pelo exílio egípcio e ganhou enorme
egoísmo estando no exílio. Seu egoísmo atingiu um grau muito maior do que aqueles que estavam
associados à Torre de Babel. A Torre de Babel, mais o egoísmo acumulado no Egito transformado
no Monte Sinai (ódio), assim eles tiveram a oportunidade de trabalhar no Monte Sinai ao melhorar
as conexões entre eles.
Depois de revelar o enorme sistema da natureza, o povo de Israel percebeu que sua missão era a de
corrigir a realidade e a humanidade, incluindo os babilônios de quem uma vez fugiram.
A correção acontece em duas etapas: a primeira etapa é elevar o povo de Israel à altura em que eles
se tornam um homem com um coração. Este trabalho é chamado de “quarenta anos vagando no
deserto”.
Após esta fase, o povo de Israel alcança o estado de uma unidade tão grande, que a construção de ***
uma conexão chamada de “o templo” torna-se possível. O templo significa o vaso de santidade em
prol da doação e do amor mútuo.
O vaso é chamado de O Templo (a casa de santidade); a divindade é doação e amor. No entanto, o
povo foi incapaz de manter tal nível elevado mais do que um instante; eles imediatamente caíram
deste nível.
O grande amor e unidade que eles alcançaram por um curto instante entrou em colapso. O povo se
dividiu em grupos hostis que se enfrentaram.
Eles continuaram a cair ainda mais, até Nabucodonosor destruir o Templo. Não se trata da ruína de
um prédio em Jerusalém; ao contrário, tratava-se de forças egoístas hostis que quebraram a unidade
entre o povo de Israel.
Eles chegaram a um estado maravilhoso de unidade. Dentro dele, eles revelaram o sistema da
governança superior que rege todo o universo. De repente, a bela estrutura arredondada começou a
apodrecer, deteriorando-se e explodindo. Grandes grupos se desprenderam do povo de Israel: os
saduceus (Tzdokim), K’tzinim (nobreza), e outros.
Como resultado, a unidade entrou em colapso. Os judeus se tornaram estranhos um ao outro como
se já estivessem espalhados entre outras nações, como está escrito em Megillat Esther. No entanto,
eles se lembraram de que estiveram unidos em algum ponto da história, mas este fato desapareceu e
não era mais importante para eles.
A situação agravou-se. O processo histórico, isto é, o sistema de governança superior com o qual
eles estavam familiarizados, não os deixava ficar no mesmo estágio para sempre. O primeiro

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homem, Adão, juntamente com os Cabalistas que o seguiram, descobriu que o mundo deve alcançar
a unidade novamente.
Está escrito nos Profetas: “Todos Me conhecerão; Minha casa se tornará a casa de oração para todas
as nações. Todos se unirão. O lobo habitará com o cordeiro”. O mundo deve alcançar unidade e
harmonia que inclui todos esses estados. Este nível é chamado de Terceiro Templo.
Continua…
De KabTV “Uma Nova Vida”, 05/07/15

Longo Caminho Para O Templo, Parte 5


Publicado em 17 de agosto de 2015 por souzapin

Exilados por Milhares de Anos


Após a destruição do Primeiro Templo, o exílio babilônico começou. Os acontecimentos de
Purim descritos no Megillat Esther ocorreram neste período de tempo.
As dificuldades do exílio forçaram o povo judeu a voltar à terra de Israel e reforçar a sua unidade.
Eles conseguiram construir uma conexão boa e forte entre eles, embora a sua unidade não estivesse
exatamente no mesmo nível que anteriormente. Eles voltaram da Babilônia com um novo grau de
egoísmo, mais elevado, e fortes desejos egoístas que pegaram de outras nações.
Era como se eles voltassem para a Babilônia que uma vez abandonaram, submersos no egoísmo
borbulhante, e, depois, retornassem novamente para Israel. No entanto, desta vez eles foram
incapazes de construir relacionamentos tão fieis, fortes e maravilhosos como inicialmente. Então,
eles decidiram construir algo menos complicado, isto é, criar o tipo de conexão chamado “Segundo
Templo”.
Eles estavam entrelaçados uns com os outros, mas ainda divididos em vários grupos e clãs
conflitantes. Como resultado, uma nova rodada de colapsos começou. É muito importante perceber
que a unidade só pode ser alcançada por um momento; após esse momento, por séculos as pessoas
despencaram da altura da unidade.
Isto é o que aconteceu com o Segundo Templo. O Primeiro Templo durou vários séculos e, depois,
entrou em colapso. O Segundo Templo repetiu esse padrão.
O grande Cabalista, Rabi Akiva, viveu na época do Segundo Templo. Ele fez todos os esforços para
fortalecer a unidade entre o povo de Israel.

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Infelizmente, um ódio inexplicável, em vez do amor fraternal, apareceu de repente entre os seus
discípulos que eram 24.000 pessoas. Uma conexão distorcida entre eles não lhes permitia sentir o
magnífico “círculo” que abrange todo o universo.
A separação entre os alunos do Rabi Akiva acelerou o colapso do Segundo Templo, ou seja,
apressou a aniquilação de sua conexão interna. Isso explica por que mais uma vez eles foram
exilados. O exílio durou dois mil anos, até agora.
Continua.
De KabTV “Uma Nova Vida” 05/07/15

Longo Caminho Para O Templo, Parte 6


Publicado em 18 de agosto de 2015 por souzapin

Dias Difíceis Sob o Cerco do Egoísmo


O sistema superior de governança atua de acordo com leis rígidas e concretas que têm
numerosos parâmetros e definem nosso calendário.
O calendário cristão é baseado em ciclos solares; como o calendário muçulmano, ele está ligado à
rotação lunar. O Judaísmo considera tanto o ciclo solar quanto o lunar. É por isso que o calendário
judaico é permanente. Em outras palavras, ao longo da história, começando com o primeiro homem,
Adão, que viveu há milhares de anos, e até hoje, qualquer evento que já ocorreu na face da Terra
pode ser previsto e calculado: Pessach (Páscoa), Shavuot, Sucot, etc., é possível dizer em que ano,
mês, semana ou feriados terão lugar no futuro.
Todos os amanheceres e entardeceres podem ser claramente calculados, bem como em que
proporção de dias e noites serão divididos em horas de luz (dia) e noite (escuro).
*** O calendário judaico é muito preciso. Ele é construído sobre fórmulas astronômicas e abrange a
totalidade da natureza. Isso é possível graças à sabedoria da Cabalá.
Existem datas especiais do calendário, ou seja, os tempos favoráveis e desfavoráveis que são
descritos por qualquer valorização do egoísmo ou prevalência da energia do amor. Estas duas
forças, direita e esquerda, são geralmente equilibradas e constituem a linha do meio.
Devido a este estado de coisas, existe um período desfavorável que começa no dia 17 do mês de
Tamuz e dura até o dia 9 de Av. Este período foi considerado negativo por milhares de anos em
todas as gerações. Pois durante deste período é comum lamentar, uma vez que a força superior de
doação e amor se esconde neste mundo.

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Vários desastres acontecem ao povo de Israel, porque eles estão conectados com o poder superior.
Pelo contrário, as nações do mundo que estão entrelaçadas com a força má do egoísmo são
especialmente bem-sucedidas neste período.
Pergunta: Parece fatal e inevitável. É isso mesmo?
Resposta: Sim, é inevitável porque as raízes espirituais e materiais estão conectadas. O sistema
espiritual que governa este mundo move o sol, a lua e a Terra. Ele gira o universo inteiro.
Assim, a força da governança superior influencia não apenas objetos astronômicos do Universo que
estão ainda num nível inanimado de desenvolvimento, mas também impacta os níveis vegetal e
animal.
Nós vemos que cada planta passa por ciclos anuais de florescer e murchar. Animais também estão
sujeitos a ciclos anuais; eles se multiplicam durante determinados períodos do ano, uma vez que
estão relacionados com o sistema de governança. Somente os seres humanos não estão sujeitos à
influência dos ciclos, uma vez que não são limitados pelos níveis inanimado, vegetal, ou animal da
natureza.
Os seres humanos dependem da natureza inanimada, vegetal e animal porque é onde obtêm a sua
nutrição. No entanto, eles não estão em conformidade com as leis da natureza como estão as plantas
e animais. No entanto, os seres humanos também passam por bons e maus períodos, porque são
regidos pela natureza no nível falante.
Se subimos acima de nossa natureza, períodos ruins se transformam nos mais benevolentes e se
tornam imensamente melhores do que os nossos momentos mais felizes. Tudo depende unicamente
de nós, seres humanos. Para que isso aconteça, nós recebemos a sabedoria da Cabalá.
Isso significa que o período entre o dia 17 de Tamuz e 9 de Av é muito duro para o povo de Israel,
pois o mal é ativado fortemente nesse período. A única razão para o surgimento do mal é para
transformá-lo em bem. Até agora, não estamos prontos para isso, nem temos energia para tal
transformação.
Nossa unidade ainda não atingiu um grau em que atraímos uma potência benevolente da governança
superior que atue neste mundo e nos ajude a unir ainda mais e derramar para este mundo a força de
união, mudando-o, assim, para melhor.
Pergunta: Será que isso significa que as relações humanas definem o destino de todo o universo?
Resposta: O Criador é a natureza. A força superior da natureza chamada “o Criador” nos influencia
de cima, isto é, de fora para dentro de nós. Nós temos a capacidade de reorganizar esta situação,
torná-la oposta, impactando-a assim ao agir de dentro para fora, de baixo para cima. Ao fazer isso,
mudamos a realidade. Este é o nosso trabalho.
Continua…

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Longo Caminho Para O Templo, Parte 7
Publicado em 21 de agosto de 2015 por souzapin

Da Barbárie para Um Mundo Civilizado (Iluminado)


Durante seus milhares de anos de exílio, o povo de Israel sofreu com a destruição do Primeiro
e do Segundo Templos, atingiu o estado de quebra completa, e perdeu inclusive a mínima
memória sobre o sistema comum que os unia.
Começando com Adão, o primeiro homem, o povo judeu percebeu como o sistema funcionava. Na
época de Abraão, eles persistentemente estudavam a estrutura da unidade, e no tempo de Moisés,
ainda conseguiam implementá-la entre eles.
Este estado das coisas durou até a destruição do Segundo Templo, até a época do rabino Akiva,
quando tudo desmoronou. A queda teve grande impacto sobre o avanço de toda a humanidade.
Por um lado, os judeus se espalharam ao redor do mundo. Este processo permitiu-lhes contribuir
com a sua forma de desenvolvimento para outros países, afetando o desenvolvimento da religião,
pensamento, crença, filosofia, ciência e medicina.
O conhecimento foi transferido através dos antigos gregos e romanos, por meio de filósofos ao
longo da história. Os judeus fundaram um sistema de comércio e indústria na Europa e construíram
a base para o comércio e fabricação moderna.
O sistema que eles criaram era integral, e apesar dos judeus estarem espalhados pelo mundo, eles
falavam uma língua e se entendiam bem. Portanto, eles foram capazes de construir conexões com
outros. Estes eventos ocorreram cerca de 1500 anos atrás, e só foram possíveis devido ao estado
especial que o povo judeu tinha alcançado.
Um judeu podia viajar da Itália para a Holanda e falar com os judeus locais sem qualquer problema,
ir a uma sinagoga e fazer acordos comerciais. E vice-versa, os judeus da Holanda viajavam para a
Itália ou outros países e faziam a mesma coisa. No mundo fragmentado, onde os países estavam
isolados, os judeus serviam como elo.
Os judeus estavam unidos por uma cultura, educação, linguagem e Kashrut (leis dietéticas
religiosas) comuns. Quando um judeu ia para outro país, ele poia comer apenas em casas judaicas
locais, não em qualquer outro lugar. Esta tradição também promovia fortemente conexões entre os
judeus, já que os viajantes iam a sinagogas locais. Este tipo de conduta estimulou o crescimento da
indústria e do comércio no mundo.
É assim que os judeus contribuíram para o avanço global no mundo, na medida em que eram
exilados para entregar tecnologias, ciência, indústria, comércio e religiões para outras nações.

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Originalmente, todas as religiões serviram ao propósito de avançar a humanidade, e graças às
religiões, o paganismo deixou de existir. As pessoas pararam de adorar árvores e pedras e pararam
de associar objetos materiais com poderes sobrenaturais. Tornaram-se mais espirituais.
Assim, uma boa base foi criada para o desenvolvimento das artes, pintura, música, etc. As artes
estimularam o avanço espiritual interno das pessoas e atingiram as pessoas comuns por meio de
suas religiões. As nações do mundo não têm um indício de que seu sucesso nas artes e nas ciências
foi possível graças aos judeus, que receberam esse conhecimento só porque em algum momento
alcançaram a força espiritual superior escondida na natureza.
De KabTV “Uma Nova Vida” 05/07/15

Longo Caminho Para O Templo, Parte 8


Publicado em 22 de agosto de 2015 por souzapin

O Mundo Inteiro Como Uma Nova Babilônia


Os judeus transferiram seus conhecimentos para as nações do mundo. Em troca, obtiveram
desejos, necessidades e pensamentos das outras nações: formas especiais de egoísmo que os
judeus não possuíam originalmente. Como resultado, o povo judeu desceu ainda mais.
As nações do mundo representam os babilônios que não aderiram a Abraão em sua elevação
espiritual. Como os judeus foram espalhados entre as nações do mundo por milhares de anos, eles
adquiriram o egoísmo desenvolvido naturalmente de outros povos que originalmente não tinham.
Hoje, todos possuem um enorme egoísmo. O conhecimento que o povo de Israel transferiu às
nações do mundo ajudou-as a se desenvolver, de modo que agora elas dependem do povo judeu,
forçando Israel a cumprir sua missão.
As nações do mundo constantemente anunciam que a razão para todos os problemas do mundo são
os judeus, embora estes últimos correspondam a menos de um por cento da população mundial. No
entanto, os judeus estão espalhados pelo mundo e ocupam posições-chave na indústria, ciência,
bancos, com muitos judeus entre os ganhadores do Prêmio Nobel.
Os judeus têm um impacto de longo alcance, mas, na opinião dos antissemitas, sua influência é
prejudicial. O que pode ser feito? Neste ponto, o Livro do Zohar, que foi escrito no início do último
exílio há 2000 anos, nos ajuda a entender ao explicar que os judeus devem se unir.
Agora chegou a hora de alcançar a unidade, porque o mundo inteiro atingiu o estado da antiga
Babilônia quando todos estavam conectados e interconectados. Os judeus levaram a humanidade à
interdependência através da implementação da metodologia da unidade na indústria, cultura,
educação, bancos, etc.

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Portanto, a ideia da conexão mútua desceu a este mundo através dos judeus que a receberam da
força superior, a força da conexão, que foi transferida a eles de Abraão. Se não fosse por essa
continuidade, isso nunca teria acontecido. A força existia na Babilônia antiga em seu estado mais
natural e original. No entanto, na medida em que a sociedade continuou a avançar, a força
continuou desaparecendo, deixando a humanidade fragmentada e isolada.
As pessoas estavam contentes por estarem separadas, não importa se estavam na floresta ou deserto.
Na medida em que se esforçavam para se afastar de seus vizinhos, um estado de unidade só era
possível devido aos judeus que conseguiram desenvolver a indústria, cultura e educação.
Isso explica por que hoje os judeus são os que devem apresentar uma nova metodologia de unidade
ao mundo. Na antiga Babilônia, Abraão não conseguiu atrair a maioria dos babilônios a sua
metodologia, enquanto que hoje, é nossa obrigação atingir esse estado. Hoje, os judeus estão
realmente em dívida para com o mundo, e, assim, devem sair e ter sucesso em seus esforços de
transferir a metodologia da conexão com o mundo.
De KabTV “Uma Nova Vida” 05/07/15

Longo Caminho Para O Templo, Parte 9


Publicado em 23 de agosto de 2015 por souzapin

O “Dia do Sofrimento” transformar-se-á no “Dia da Alegria”


Em algum momento de sua história, o povo judeu revelou o sistema superior, mas após a
destruição dos dois Templos eles perderam esse conhecimento. O Primeiro Templo foi destruído
vários séculos AC; O Segundo Templo foi destruído no início da nossa era.
Hoje em dia, no século 21, devemos construir novas ligações entre nós. Este processo é chamado de
“construção do Terceiro Templo”.
Se assim for, os piores períodos de manifestação do mal e do egoísmo transformar-se-ão nos
momentos mais benevolentes. O 9° Av, o pior dia do ano, tornar-se-á o melhor e mais maravilhoso
dia.
O mal que é revelado neste dia, de acordo com sua raiz espiritual interna pode ser transformado em
benevolência, transformando, assim, uma grande desvantagem em uma enorme vantagem. Ao fazer
isso, desencadearemos mudanças no sistema da governança superior em todo o mundo.
Isso explica por que no dia 9° de Av certas tradições de luto devem ser observadas para comemorar
o que aconteceu com os judeus neste dia. Por outro lado, temos que nos relacionar com este dia
como adultos conscientes.

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É realmente um momento especial. Há muito tempo atrás, quando o povo de Israel vagava no
deserto, no dia 9° de Av os filhos de Israel cavaram sepulturas e se hospedaram nelas. Se eles
morressem neste dia, já estavam no túmulo, se sobrevivessem, eles deixariam a sepultura.
E, ainda hoje, este dia pode ser transformado em um dos mais benevolentes. Este período de tempo
foi considerado muito negativo por causa da influência do sistema superior. Este é o momento
quando transformar o mal em bem é possível.
Isso explica por que não devemos chorar no dia 9° de Av. Continuarmos em luto, mas fazemos isso
apenas para fazer a transformação de um dia “amaldiçoado” em um dia o mais “abençoado”
possível. Eventualmente, o mal vai se transformar em bem; o dia de luto transformar-se-á no dia da
maior alegria e uma festa de amor.
Pergunta: Por que tantos acontecimentos trágicos na história do povo judeu aconteceram no dia 9°
de Av?
Resposta: Bons e maus eventos são o resultado do programa de governança superior que foi
explorado pelo primeiro homem, Adão, por Abraão, Moisés e outros cabalistas. Tudo o que sempre
acontece é por uma questão de nos trazer à unidade e para uma conexão mais forte com o resto do
mundo.
Antes de mais nada, a unidade tem que ser alcançada entre o povo de Israel. É nossa
responsabilidade direta. Outras nações odeiam os judeus, porque eles, inconscientemente, sentem
que os judeus têm o conhecimento sobre o programa da unidade do mundo e segura todos os fios
em suas mãos.
Os judeus são capazes de se conectar com o sistema interno e equilibrar o resto do mundo, trazendo
o poder da benevolência, doação, amor e unidade a este reino. É a missão do povo de Israel. Não é
por acaso que o anti-semitismo não desapareceu da face da terra e continua crescendo. Só o povo
judeu pode trazer o resto do mundo para correção.
As nações do mundo são incapazes de fazer isso por conta própria. Não é a sua “culpa”, já que eles
não têm a liberdade de escolha, nem eles podem escolher qual caminho seguir – bom ou ruim. É
inútil esperar que eles mudem. Nós só podemos obrigar-nos a alcançar a unidade que o nosso pai
Abraão queria que alcançássemos.
A sabedoria da Cabalá explica como alcançá-la. É por isso que nós criamos a nossa organização.
Nosso grupo cresce, fortalece e atua em todo o globo. Tudo o que fazemos é para evitar um período
terrível que nunca deve acontecer novamente; em vez disso, tempos ruins tem que ser
transformados em tempos benevolentes e felizes.
Para ser continuado…
[162.978]
De KavTV “Uma Vida Nova” 5/7/15

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Longo Caminho Para O Templo, Parte 10
Publicado em 24 de agosto de 2015 por souzapin

Torre do Criador no Lugar da Torre da Babilônia


Pergunta: A sociedade israelense moderna está dilacerada pelo egoísmo e o ódio. Está
completamente separada. Seus sistemas estão podres e envolvidos em jogos egoístas. Todo mundo
se preocupa somente consigo mesmos.
Como pode uma sociedade baseada na atitude mais negativa entre os seus membros ser levada ao
estado de conexão, unidade e amor, levando em consideração que está extremamente distante da
imagem que você desenha para nós?
Resposta: É verdade: a sociedade israelense é a mais egoísta de todos. Quando o povo de Israel se
eleva, eles podem atingir uma altura estelar. No entanto, se caem, caem mais fundo do que o resto.
Nós carecemos de unidade. É obvio! É bom que as nossas desvantagens sejam abertamente
mostradas para nós. É maravilhoso que nós saibamos quão terrível é o nosso estado e quão
desesperadamente precisamos de unidade. A coisa boa é que temos também o “livro de instruções”
que explica como alcançá-la.
A sabedoria da Cabalá nos ensina os passos para atrair a força superior da benevolência. É a ciência
da revelação do Criador neste mundo. O Criador é o poder do amor e da doação mútua, a força da
unidade.
A principal coisa é atrair e revelar a força de doação, amor, unidade e inclusão mútua entre nós.
Então, a força oposta, o poder de separação e egoísmo, junto com a força benevolente, dará energia
adicional.
A força sempre vem como resultado do trabalho conjunto de forças opostas. Quanto maior é a
diferença de potencial, quanto mais forte é a discrepância entre uma vantagem e uma desvantagem,
cem volts, mil volts, um milhão de volts, maior a força.
Se adicionarmos uma força positiva ao enorme negativo que temos hoje, nós conectamos todo o
universo numa estrutura unificada.
Pergunta: Israel é o país onde as pessoas têm o maior egoísmo no mundo, certo?
Resposta: Israel não é apenas um país. Israel é uma nação que já atingiu um nível espiritual, mas
depois o perdeu. É por isso que ele caiu tão profundamente na materialidade e tem o maior egoísmo
em comparação com outras nações.
Pergunta: Será que realmente temos uma chance de nos unir considerando que temos esse enorme
egoísmo?

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Resposta: Os judeus são os maiores egoístas que têm o potencial de alcançar a unidade. Não há
nenhuma outra nação tão egoísta, cruel, míope e cega quando se trata de sua missão. É por isso que
somos capazes de nos autocorrigir e empurrar toda a humanidade para frente.
Não foi por acaso que Israel foi elevado a uma altura espiritual e, depois, caiu no abismo do
egoísmo, adquirindo, assim, a chance de corrigir. Quando os judeus se corrigem, o mundo inteiro
também é corrigido.
Neste momento do nosso desenvolvimento histórico, a humanidade retornou ao estado da antiga
Babilônia, aos babilônios que hoje em dia se tornaram os bilhões da população da Terra. O povo de
Israel não é de todo numeroso; pelo contrário, este país ainda é bastante pequeno, mas a Luz e a
abundância podem ser transmitidas através dele, através do buraco de uma agulha e pode ser
entregue a toda a humanidade. O povo judeu possui uma força poder enorme.
A única coisa que deve ser desencadeada neste mundo é o poder da unidade, a força superior de
conexão e amor. Ela vai preencher a nossa vida com felicidade e abundância. A alimentação
equilibrará o negativo existente e tornará o mundo harmonioso, indivisível e benevolente.

O dia de luto do 9o de Av vai se transformar num dia de alegria e amor, como é dito em Profetas. Se
isso vai acontecer ou não depende apenas de nós. Nós podemos transformar o dia obscuro que
resulta de uma raiz espiritual de completa escuridão onde as destruições aconteceram: a quebra das
primeiras tábuas, o colapso do Primeiro e Segundo Templos, e intermináveis catástrofes que
aconteceram ao longo da história judaica.
Ao trazer o poder da unidade à escuridão existente, vamos corrigir destruições anteriores e construir
o poder do Criador, elevando, assim, toda a humanidade ao estado de unidade. Então, todo o nosso
mundo vai subir à altura espiritual superior. Nós subiremos para a vida eterna, a transição para a
próxima dimensão. Deixem que isso aconteça!
De KabTV “Uma Nova Vida” 05/07/15

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