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Introdução ............................................................................................ 01
Ética profissional, Responsabilidade Legal ................................................. 02
Independência nos trabalhos de auditoria. ................................................ 09
Supervisão e controle de qualidade. ......................................................... 44
Concordância com os termos do trabalho .................................................. 48
Fraudes e a Responsabilidade do Auditor .................................................. 54
Questões comentadas ............................................................................. 64
Lista de questões sem comentários .......................................................... 82
Bibliografia ............................................................................................ 91
Introdução
Prezado Aluno,
Seja bem vindo à nossa primeira aula do Curso de Auditoria para AFRFB –
Teoria e Exercícios.
Já falamos na aula inaugural sobre a NBC TA 200, esta pode ser vista como a
“norma das normas” de auditoria independente, pois define propriamente o
que é auditoria e como deve funcionar.
(a) Integridade;
(b) Objetividade;
(c) Competência e zelo profissional;
(d) Confidencialidade; e
(e) Comportamento profissional.
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No entanto, veja que não basta ao auditor ter a educação necessária, mas
também exige-se dele experiência para executar um trabalho.
Até aqui tudo tranquilo? Esses princípios éticos parecem bastante lógicos, não?
Pois bem, vamos em frente...
Quer dizer que o auditor já parte do pressuposto que tem algo errado com as
demonstrações contábeis? Não... não é isso... mas ele admite que há uma
possibilidade desses problemas ocorrerem.
Pois bem, o auditor deve estar atento a essas situações. Deve ser, portanto,
cético – acreditando somente naquilo que é provado por meio de evidências
fidedignas, relevantes e suficientes.
Contudo, cuidado! A NBC TA 200 deixa claro que o auditor pode aceitar
registros e documentos como genuínos, a menos que tenha razão para
crer no contrário.
Além disso, a NBC TA 200 também destaca que não se pode esperar que o
auditor desconsidere a experiência passada de honestidade e
integridade da administração da entidade e dos responsáveis pela
governança.
Enfim, nem tudo está escrito em uma norma ou em um manual. Muitas vezes,
o auditor deverá tomar uma decisão com base em sua experiência profissional.
Muitas vezes, o auditor não vai estar preparado para exercer o julgamento
profissional adequado em algumas situações. Neste caso, assuntos difíceis
podem ser discutidos dentro da equipe ou com outras pessoas de dentro ou
fora da firma de auditoria.
Portanto, lembre:
2
NBC TA 220, item 18.
3
Pode ser apropriado para a equipe de trabalho consultar fora da firma, por exemplo, quando a firma não tem os
recursos internos apropriados. A equipe de trabalho pode beneficiar-se dos serviços de assessoria fornecidos por outras
firmas, órgãos profissionais e reguladores e organizações que prestam serviços de controle de qualidade relevantes.
4
NBC TA 230, item 8,
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Resolução CFC 1.311/10 - Independência – Trabalhos de Auditoria e Revisão.
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Uma ameaça pode ser criada por ampla gama de relações e circunstâncias,
podendo comprometer (ou vista como se comprometesse) o cumprimento de
um ou mais dos princípios éticos do auditor que já discutimos hoje.
Mas o que são salvaguardas? Ora, são as diferentes ações que o auditor pode
tomar para enfrentar um problema.
financeiro (ex.: vender as ações, pagar o empréstimo etc.) que gere perda de
independência antes de começar a auditoria.
Enfim, salvaguarda é tudo que o auditor pode fazer para mitigar as ameaças a
sua independência ou da sua equipe.
• revisão por outro auditor, que não foi membro da equipe, do trabalho;
1- Interesses financeiros
Lógico que essa ameaça depende de uma série de fatores como a função da
pessoa que detém o interesse financeiro na auditoria ou sua relação com a
equipe que conduz o trabalho; se o interesse financeiro é direto ou indireto; e
a materialidade (relevância) desse interesse.
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É possível deter interesses financeiros por meio de intermediário como veículo de investimento coletivo, espólio,
massa falida ou trust.
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O quadro abaixo traz diversas situações previstas na NBC PA 290 que causam
ameaça à independência do auditor e as possíveis salvaguarda que podem ser
aplicadas.
Dica! Não tente decorar todas as situações descritas. A relação custo-benefício dessa estratégia não é muito boa. Tente
entender a lógica das situações... Além disso, lembre que as salvaguardas descritas são apenas exemplificativas e
outras podem ser aplicadas sempre que possível.
Veja que nos casos mais graves (1, 2 e 3) não há salvaguarda possível. Ou seja, não tem jeito... a ameaça à
independência não permite que o auditor execute o trabalho. Em outras situações menos críticas (ex.: 7 e 8), há
salvaguardas possíveis e, realmente, elas fazem sentido em existir.
7
Observe sempre a diferença entre familiares imediatos e familiares próximos. Familiar imediato é o cônjuge (ou equivalente) ou dependente. Familiares próximos são pais, filhos ou
irmãos que não são membros da família imediata.
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E o cliente seja relevante para a controladora.
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6. Membro da equipe, um familiar imediato dessa pessoa, ou uma firma de • revisão por outro auditor do trabalho realizado
auditoria tiver interesse financeiro em entidade e conselheiro, diretor ou pelo membro da equipe;
controlador do cliente de auditoria também tem interesse financeiro • retirada da pessoa da equipe.
nessa entidade.
7. A firma de auditoria, um sócio, um membro da equipe, ou familiar • alienação do interesse ou de uma quantidade
imediato dessas pessoas, recebeu interesse financeiro direto ou suficiente do interesse financeiro indireto.
interesse financeiro indireto relevante em cliente, por exemplo, por meio
de herança, presente, ou em decorrência de fusão.
8. Familiar próximo de membro da equipe de auditoria tem interesse • alienação de todo o interesse financeiro ou de
financeiro direto ou interesse financeiro indireto relevante no cliente. parte suficiente do interesse financeiro indireto;
• revisão por outro auditor do trabalho realizado
pelo membro da equipe;
• retirada da pessoa da equipe.
9. Quaisquer interesses financeiros no cliente de auditoria detidos por • revisão por outro auditor do trabalho realizado
outras pessoas incluindo sócios e profissionais da firma, ou seus pelo membro da equipe;
familiares imediatos, e pessoas com relacionamento pessoal próximo • retirada da pessoa da equipe;
com membro da equipe de auditoria.
• exclusão do membro da equipe de auditoria de
qualquer tomada de decisão significativa em
relação ao trabalho.
2- Empréstimos e garantias
Assim, uma firma em rede é aquela que faz parte de uma rede, conforme
definido acima.
3- Relacionamentos comerciais
Assim, não é adequado que o auditor execute uma auditoria em uma entidade
em que sua esposa faz parte da administração ou exerça alguma função
relevante relacionada à preparação das demonstrações contábeis (ex.:
contadora responsável ou chefe da controladoria).
5. Sócio ou empregado da firma que não é membro da equipe de auditoria • definição das responsabilidades do sócio ou
e tem relacionamento pessoal íntimo e familiar com conselheiro ou empregado para reduzir qualquer possível
diretor do cliente de auditoria ou empregado em cargo que exerça influência sobre o trabalho de auditoria;
influência significativa sobre a elaboração das demonstrações contábeis. • revisão, por outro auditor, do correspondente
trabalho de auditoria executado
Sócio do trabalho
(responsável técnico pelo trabalho)
Bom... esses são casos específico que vale a pena termos em mente. Vejamos
a seguir os outros casos e as possíveis salvaguardas que podem ser aplicadas.
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Mais uma vez, essa ameaça depende de fatores como a função da pessoa no
cliente, o período de tempo desde que a pessoa desligou-se do cliente e a
função do profissional na equipe de auditoria.
9
Segundo a NBC PA 290, a prestação de serviços administrativos de rotina ou a prestação de consultoria em relação a esses assuntos administrativos geralmente não criam ameaças
à independência, desde que a administração do cliente tome todas as decisões relevantes.
Além disso, quando essa prática é permitida por lei ou regras do CFC ou ainda, pelos usos e costumes, e desde que a administração tome todas as decisões relevantes, as tarefas e
atividades devem ser limitadas àquelas rotineiras e de natureza administrativa, como a elaboração de atas e manutenção de documentos legais. Nessas circunstâncias, a importância
das ameaças deve ser avaliada e salvaguardas aplicadas quando necessário para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável.
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Enfim, deixar muito tempo a mesma pessoa como responsável por um cliente
pode gerar envolvimento, intimidade entre auditor e cliente.
Mais uma vez, é preciso avaliar fatores como por quanto tempo a pessoa tem
sido membro da equipe de auditoria, o papel da pessoa na equipe, a estrutura
da firma etc.
• revisão, por outro auditor, que não era membro da equipe de auditoria
do trabalho do pessoal sênior;
Ora, nada mais é do que trocar membros da equipe que tomem decisões chave
de tempos em tempos.
Assim, durante esse período de dois anos, a pessoa não deve participar da
auditoria da entidade, efetuar controle de qualidade para o trabalho, consultar
a equipe de trabalho ou o cliente sobre assuntos técnicos ou específicos do
setor, transações ou eventos ou de outra forma influenciar diretamente o
resultado do trabalho.
Quando a firma tem somente poucas pessoas Pessoa pode continuar no cliente
com o conhecimento e a experiência por mais cinco anos, desde que
necessária para desempenhar a função de autorizado por órgão regulador e
sócio chave da auditoria (ex.: pequena firma que outras salvaguardas sejam
de auditoria ou auditor que atua como pessoa aplicadas (ex.: revisão externa
física). independente regular).
Mas você pode pensar... poxa professor, isso pode causar um problema.
Imagine se um sócio chave está no cliente há 4 anos e 11 meses e esse cliente
de repente se torna entidade de interesse do público. Pode ser complicado
arranjar outro sócio de uma hora para outra....
Por exemplo, se a firma executar uma transação irrelevante que foi autorizada
pela administração ou monitorar as datas para entrega de documentos. Além
disso, prestar consultoria e fornecer recomendações para auxiliar a
administração a desempenhar suas responsabilidades não significa assumir
suas responsabilidades.
O que não pode ser admitido é o auditor ou firma de auditoria executar ações
relevantes para o cliente. Por quê? Ora, pois o auditor nunca pode revisar seu
próprio trabalho.
Ficou claro...?
Um caso específico que merece nossa atenção é quando são prestados serviços
de natureza contábil rotineiros ou de natureza mecânica como:
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Podem ser prestados a clientes de auditoria em situações de emergência ou outras situações não usuais quando é
impraticável para o cliente de auditoria efetuar tais serviços ou contratar outras firmas de auditoria
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Serviços de avaliação
Para mensurar e tratar essa ameaça é preciso entender elementeos tais quais:
se a avaliação terá efeito relevante sobre as demonstrações contábeis, a
extensão do envolvimento do cliente na determinação e aprovação da
metodologia de avaliação, a disponibilidade de metodologias e orientações
profissionais estabelecidas, a confiabilidade e extensão dos dados disponíveis
etc.
• arranjos para que o pessoal que presta esses serviços não participe do
trabalho de auditoria.
Note que, em alguns casos, certas avaliações não envolvem grau significativo
de subjetividade (ex.: calcular a depreciação de um equipamento), pois as
premissas e técnicas básicas são estabelecidas por lei ou regulamento ou são
amplamente aceitas.
Serviços fiscais
• Clientes que são entidades de interesse do público não deve realizar o serviço, exceto em
situações de emergência a firma. Nesses casos:
o aqueles que prestam os serviços não são membros da equipe de auditoria;
o os serviços são prestados somente por curto período de tempo e não se espera que
tornem a ocorrer;
o a situação é discutida com os responsáveis pela governança.
3. Planejamento tributário • esses serviços em geral não cria ameaça à independência, mas caso necessário aplicar:
consultoria tributária o utilizar profissionais que não são membros da equipe de auditoria para executar o serviço;
suportados por autoridade
o envolver outro profissional que presta serviços da área fiscal, que não esteve envolvido na
fiscal ou prática
prestação do serviço fiscal, para prestar consultoria à equipe de auditoria sobre o serviço
estabelecida ou com base
e revisar o tratamento nas demonstrações contábeis;
em legislação fiscal
o obter consultoria sobre o serviço de profissional externo da área fiscal;
o obter autorização prévia ou consultoria das autoridades fiscais.
4. Planejamento tributário • nenhuma salvaguarda poderia reduzir a ameaça a um nível aceitável se:
consultoria tributária que o a equipe de auditoria tem dúvida razoável sobre a adequação do tratamento contábil
depende de um tratamento relacionado ou apresentação segundo a estrutura de relatório financeiro aplicável;
contábil ou de apresentação
o o resultado ou as efeitos da consultoria tributária terão efeito relevante sobre as
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específica nas demonstrações contábeis sobre as quais a firma emitirá relatório de auditoria.
demonstrações contábeis
5. Assessoria na solução de • usar profissionais que não são membros da equipe de auditoria para executar o serviço;
disputas fiscais • envolver outro profissional da área fiscal que não esteve envolvido na prestação do serviço
fiscal, para prestar consultoria à equipe de auditoria sobre os serviços e revisar o tratamento
nas demonstrações contábeis;
• obter recomendação de consultoria sobre o serviço de profissional externo da área fiscal.
6. Serviços fiscais envolvem • nenhuma salvaguarda poderia reduzir a ameaça a um nível aceitável.
atuar como representante
de cliente de auditoria
perante tribunal ou fórum
para a solução de assunto
fiscal e os valores
envolvidos são relevantes
para as demonstrações
contábeis
Serviços legais
Serviços legais, segundo a NBC PA 290, são aqueles em que a pessoa que
presta os serviços deve ser habilitada para fazê-los ou ter a formação legal
exigida (ex.: perito contábil).
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Conjunto de atos investigativos que devem ser realizados antes de uma operação empresarial, seja pelo interessado
em ingressar no negócio seja por parte de quem está repassando seu negócio. Trata-se de conhecer em detalhes a real
situação de uma entidade para que todos (ou quase todos) os riscos atrelados à pretensa operação sejam avaliados e, na
medida do possível, mensurados. Isso é muito comum em processos de aquisição, incorporação ou fusão de empresas.
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Conjunto de atos investigativos que devem ser realizados antes de uma operação empresarial, seja pelo interessado em ingressar no negócio seja por parte de quem está repassando
seu negócio. Trata-se de conhecer em detalhes a real situação de uma entidade para que todos (ou quase todos) os riscos atrelados à pretensa operação sejam avaliados e, na medida
do possível, mensurados. Isso é muito comum em processos de aquisição, incorporação ou fusão de empresas.
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8- Honorários
Mas observe que mesmo no caso de serviços que não são de asseguração (e,
consequentemente não são de auditoria) pode haver perda de independência
em algumas situações. Por exemplo, esses honorários são muito relevantes
para a firma de auditoria.
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• providenciar que outro auditor, que não é membro da firma que está
emitindo o relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis,
antes da emissão do relatório do segundo ano, execute revisão do
controle de qualidade do trabalho (falaremos sobre isso ainda nessa
aula);
• após a emissão do relatório de auditoria sobre as demonstrações
contábeis do segundo ano, antes da emissão do relatório do terceiro ano,
um auditor, que não é membro da firma que está emitindo o relatório
sobre as demonstrações contábeis, ou órgão regulador profissional,
execute uma revisão da auditoria do segundo ano que é equivalente a
uma revisão de controle de qualidade do trabalho (revisão pós-emissão).
Pelo menos uma vez por ano, a firma deve obter confirmação por
escrito do cumprimento de suas políticas e procedimentos sobre
independência de todo o pessoal da firma.
A firma de auditoria deve comunicar, pelo menos uma vez por ano, os
resultados do monitoramento de seu sistema de controle de qualidade
aos sócios encarregados dos trabalhos e outras pessoas apropriadas,
incluindo o presidente ou, se apropriado, a diretoria executiva da
firma.
13
Segundo a NBC PA 01, Essa revisão é elaborada para auditoria de demonstrações contábeis de companhias abertas e
os outros trabalhos, se houver, para os quais a firma determinou a necessidade de revisão do controle de qualidade do
trabalho.
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Opa... quer dizer que pode ser alguém de fora da firma de auditoria?
Pois bem... mas quando esse controle de qualidade do trabalho deve ser
executado?
A NBC PA 290 diz que o relatório de auditoria não deve ser datado
enquanto não for concluída a revisão do controle de qualidade do
trabalho. Entretanto, a documentação da revisão do controle de qualidade do
trabalho pode ser completada após a data do relatório.
14
NBC TA 200, item 13: Estrutura
de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatório financeiro
adotada pela administração e, quando apropriado, pelos responsáveis pela governança na elaboração
das demonstrações contábeis, que é aceitável em vista da natureza da entidade e do objetivo das
demonstrações contábeis ou que seja exigida por lei ou regulamento. (falamos sobre isso na aula
passada, está lembrado?)
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Assim, o auditor, salvo obrigado por lei ou regulamento, não deve aceitar o
trabalho de auditoria que apresente limitação de escopo. Isso ocorre quando
a administração ou os responsáveis pela governança impõem, já na
contratação, limitações no alcance do trabalho de auditoria que impossibilitem
que o auditor forme sua opinião sobre as demonstrações contábeis,
resultando, assim, na emissão de relatório com abstenção de opinião
(falaremos com detalhes sobre os tipos de relatório em outra aula).
• as responsabilidades do auditor;
• as responsabilidades da administração;
Auditoria recorrente
Vamos relembrar de novo a NBC TA 200, ela afirma que a opinião do auditor
deve ser baseada em uma segurança razoável de que as demonstrações
contábeis como um todo estão livres de distorção relevante,
independentemente se causadas por fraude ou erro.
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Resolução CFC nº. 1.207/09.
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Bom, a NBC TA 200 alerta, ainda, que a fraude, diferentemente do erro, pode
envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados para sua
ocultação.
Veja que essas situações não indicam cabalmente que há uma fraude, mas que
existe um risco.
Por exemplo, o auditor sabe que a entidade auditada vai lançar suas ações no
mercado e necessita demonstrar lucro nos seus demonstrativos. Isso não quer
dizer que exista uma fraude, mas há um risco de que os demonstrativos sejam
fraudados (ou seja, existe uma motivação, uma fonte de pressão).
Bom, embora a fraude constitua um conceito jurídico amplo, para efeitos das
normas de auditoria, o auditor está preocupado com a fraude que causa
distorção relevante nas demonstrações contábeis. Dois tipos de distorções
intencionais são pertinentes para o auditor – distorções decorrentes de
informações contábeis fraudulentas e da apropriação indébita de
ativos.
Já falamos sobre isso, mas não custa reforçar: O auditor não é responsável
pela prevenção ou detecção de erros e fraudes. Ele é responsável por
obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo,
não contém distorções relevantes, causadas por fraude ou erro.
Além disso, destaca-se que o risco do auditor não detectar uma distorção
relevante decorrente de fraude da administração é maior do que no caso de
fraude cometida por empregados, porque a administração, pela posição que
ocupa, tem mais condições de manipular os registros contábeis, apresentar
informações fraudulentas ou burlar procedimentos de controle.
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Existem ainda situações de fraude que são mais sensíveis, como quando
envolvem a administração, empregados com funções chave na organização e
em casos de fraudes que gerem distorção relevante nas demonstrações
contábeis. Nessas hipóteses, a menos que todos os responsáveis pela
governança estejam envolvidos na administração da entidade, o auditor deve
comunicar tempestivamente esses assuntos aos responsáveis pela governança,
verbalmente ou por escrito16.
16
A NBC TA 260 identifica fatores que o auditor considera ao escolher entre comunicar-se verbalmente ou por escrito.
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O auditor deve
Nos casos em que...
comunicar a (aos)...
Órgãos reguladores e de
existam exigências legais.
controle (terceiros)
Não conformidades
Veja que, da mesma forma que ocorre com relação às fraudes e erros, o
auditor não é responsável pela prevenção e pela não conformidade e
não se pode esperar que ele detecte a não conformidade com todas as leis e
regulamentos.
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Resolução CFC nº 1.208/2009.
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Categoria Responsabilidade
Questões comentadas
Comentários:
Comentários:
Comentários:
(A) ser substituída por outra, não podendo retornar a fazer a auditoria da
empresa no prazo de dez anos.
(B) fazer a substituição desse sócio-principal, podendo o mesmo retornar a
fazer trabalhos de auditoria nessa companhia somente após cinco anos.
(C) substituir toda a equipe de auditoria, podendo retornar aos trabalhos nessa
companhia, decorridos no mínimo três anos.
(D) trocar o sócio-principal e demais sócios-chave do trabalho, podendo
retornar a fazer auditoria após decorrido o prazo de dois anos.
(E) comunicar ao cliente a manutenção do sócio-principal, ficando a cargo do
órgão regulador a determinação ou não da substituição.
Comentários:
Comentários:
Item A: errado. Esse processo não pode ser realizado por pessoas que
participaram do trabalho de auditoria.
Item C: errado. Essa revisão deve ser feita antes da entrega do relatório. Não
faria nenhum sentido revisar um trabalho depois de terminado, assinado e
entregue ao cliente.
Comentários:
Vimos que, entre outros usos, o auditor deve solicitar à administração que
forneça representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela
elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de
relatório financeiro aplicável, incluindo quando relevante a adequada
apresentação, como estabelecido nos termos do trabalho de auditoria.
Comentários:
Comentários:
Comentários:
Conforme discutimos, o único item que não faz parte desse processo é o
“discussão do julgamento e relatório com a direção da entidade auditada”.
Comentários:
Gabarito, letra A.
Comentários:
Letra A
Letra B
Letra C
Letra D
Letra E
Gabarito: letra A.
Assinale:
Comentários:
O gabarito é a letra C.
(A) ano.
(B) dois anos.
(C) três anos.
(D) quatro anos.
(E) cinco anos.
Comentários:
De acordo com a NBC PA 01, a firma deve comunicar, pelo menos uma vez por
ano, os resultados do monitoramento de seu sistema de controle de qualidade
aos sócios encarregados dos trabalhos e outras pessoas apropriadas na firma,
incluindo o presidente ou, se apropriado, a diretoria executiva da firma.
Essa comunicação deve ser suficiente para permitir que a firma e essas
pessoas adotem prontamente as ações apropriadas, quando necessário, de
acordo com suas funções e responsabilidades definidas.
Comentários:
Comentários:
(A) não deve aceitar o trabalho, em qualquer situação, ainda que exigido por
lei.
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Comentários:
Ora, aprendemos que existem algumas situações que impedem que o auditor
independente aceite o trabalho de auditoria, entre elas está a não obtenção da
concordância da administração de que ela reconhece e entende sua
responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com
a estrutura de relatório financeiro aplicável, incluindo, quando relevante, sua
adequada apresentação.
Comentários:
Item II: certo. O auditor deve ter razoável confiança na integridade do cliente,
principalmente sobre os sistemas de controle interno e seus responsáveis, para
que não se submeta a um risco de auditoria não controlável.
O gabarito é a letra A.
feito pela prefeitura da cidade, a qual também doou o terreno a empresa Grãos
e Cia. Os funcionários também informaram que nunca esteve na empresa
Grãos e Cia qualquer funcionário da empresa de terraplanagem contratada.
Comentários:
a) Evidência de auditoria.
b) Erro.
c) Fraude.
d) Não conformidade.
e) Achado de auditoria.
Comentários:
Comentários:
Comentários:
a) da administração.
b) da auditoria interna.
c) do comitê de gestão corporativa.
d) do Conselho Fiscal.
e) da auditoria externa.
Comentários:
a) da administração.
b) da auditoria interna.
c) do conselho de administração.
d) da auditoria externa.
e) do comitê de auditoria.
Comentários:
Comentários:
Essa questão trata das definições de erro e fraude, vimos que o ato não
intencional caracteriza o erro; o intencional, a fraude.
Por sua vez a aplicação incorreta, quando não proposital, das normas
contábeis é considerada um erro.
Comentários:
Item B: O auditor não tem o dever de demonstrar o efeito das deficiências dos
controles internos no seu relatório de auditoria.
Lista de Questões
(A) ser substituída por outra, não podendo retornar a fazer a auditoria da
empresa no prazo de dez anos.
(B) fazer a substituição desse sócio-principal, podendo o mesmo retornar a
fazer trabalhos de auditoria nessa companhia somente após cinco anos.
(C) substituir toda a equipe de auditoria, podendo retornar aos trabalhos nessa
companhia, decorridos no mínimo três anos.
(D) trocar o sócio-principal e demais sócios-chave do trabalho, podendo
retornar a fazer auditoria após decorrido o prazo de dois anos.
(E) comunicar ao cliente a manutenção do sócio-principal, ficando a cargo do
órgão regulador a determinação ou não da substituição.
Assinale:
(A) ano.
(B) dois anos.
(C) três anos.
(D) quatro anos.
(E) cinco anos.
(A) não deve aceitar o trabalho, em qualquer situação, ainda que exigido por
lei.
(B) deve denunciar a empresa aos órgãos competentes e recusar a auditoria.
(C) deve aceitar o trabalho, estabelecendo a limitação de escopo e
evidenciando a recusa no relatório da auditoria.
(D) não deve aceitar o trabalho a menos que seja exigido por lei ou
regulamento.
(E) deve ressalvar o parecer, apresentando nota de ênfase em qualquer
situação.
a) Evidência de auditoria.
b) Erro.
c) Fraude.
d) Não conformidade.
e) Achado de auditoria.
(E) não deve atestar a integridade das informações contábeis, das notas
explicativas e dos demais relatórios publicados pela empresa, enquanto não
obtiver uma carta da administração atestando as demonstrações em conjunto.
a) da administração.
b) da auditoria interna.
c) do comitê de gestão corporativa.
d) do Conselho Fiscal.
e) da auditoria externa.
a) da administração.
b) da auditoria interna.
c) do conselho de administração.
d) da auditoria externa.
e) do comitê de auditoria.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
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11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
A C A Certo Certo D A E D B
21 22 23 24 25
C A A E E
Bibliografia
ATTIE, Wiliam. Auditoria – Conceitos e Aplicações. São Paulo: Ed. Atlas, 2009.