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A norma IAS 1 foi emitida pelo IASC no ano de 1997, passando posteriormente
por várias revisões em seu conteúdo ao longo dos anos e tem como objetivo
determinar as bases para a apresentação de Demonstrações Financeiras no sentido
de assegurar a comparabilidade tanto entre as demonstrações de períodos
anteriores quanto com as demonstrações de outras empresas. No Brasil o
Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis
emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), faz correlação a IAS 1.
A norma IAS 1 estabelece os requisitos gerais para a apresentação das
Demonstrações Financeiras, as diretrizes para as suas estruturas e as exigências
mínimas quanto aos seus conteúdos, sendo aplicada a todas as demonstrações
financeiras de propósitos gerais das entidades, incluindo aquelas que emitem
demonstrações consolidadas e demonstrações separadas.
Ao se falar em Demonstrações Financeiras de propósitos gerais está se
referindo aquelas direcionadas ao atendimento dos usuários que não estão em posição
de exigir relatórios que atendam às suas necessidades informacionais.
Neste sentido, as Demonstrações Financeiras fornecem informações sobre
a posição patrimonial, do desempenho e dos fluxos de caixa de uma entidade que
sejam úteis a uma ampla gama de usuários em seus processos de tomada de
decisões. Desse modo, fornecem informações sobre Ativos, Passivos, Patrimônio
Líquido, Receitas e Despesas (incluindo ganhos e perdas), integralização de capital e
distribuições a acionistas e fluxos de caixa.
Um conjunto completo de demonstrações financeiras abrange: (i)
Demonstração da Posição Financeira; (ii) Demonstração do Resultado Abrangente; (iii)
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; (iv) Demonstração dos Fluxos de
Caixa; e (v) Notas Explicativas, compreendendo um sumário das políticas contábeis
significativas e outras informações explicativas.
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ainda assim aparecer o x v ermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la
nov amente.
Demonstração
da Posição
Financeira
Demonstração
Notas
do Resultado
Explicativas
Abrangente
Demonstração
Demonstração
das Mutações
dos Fluxos de
do Patrimônio
Caixa
Líquido
Cabe observar que a IAS 1 prevê que a entidade pode usar nomenclaturas
diferentes para as demonstrações financeiras que as adotadas pelo IASB, mas deve
atribuir igual importância a todas as demonstrações.
No Brasil, similar ao IFRS e com exceção apenas para a Demonstração do
Valor Adicionado – DVA, prevista no CPC 26 e exigida pela lei societária, são obrigatórias
as seguintes Demonstrações Financeiras:
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Uma inovação que pode ser identificada neste novo arcabouço normativo de
padrões internacionais de contabilidade, diz respeito ao fato de que em situações
extremamente raras nas quais a administração da entidade conclui que cumprir
com uma determinação de uma norma em IFRS pode ser tão enganoso a ponto de
induzir o tomador de decisões a erros, ela poderá abandonar tal determinação. Para
esta situação deve apresentar divulgações completas e detalhadas sobre a natureza, as
razões e o efeito para o período presente e futuro quanto ao não cumprimento de
determinada orientação.
A elaboração das Demonstrações Financeiras deve ser com base na
continuidade da entidade, a menos que a administração tenha a intenção de liquidar,
parar de negociar ou não possuir nenhuma alternativa realística para continuidade de
suas operações.
As Demonstrações Financeiras devem ser preparadas de acordo com o
Regime de Competência, exceto com relação à Demonstração dos Fluxos de Caixa
preparada de acordo com o Regime de Caixa.
Com relação à materialidade e formatação, é abordada pela norma que cada
classe material de itens similares, bem como itens materiais diferentes em sua natureza
ou função, deverão ser apresentados separadamente nas Demonstrações Financeiras.
Quanto à compensação, os ativos, passivos, receitas e despesas não podem
ser compensados entre si, a menos que seja exigido ou permitido por alguma norma IFRS
específica. No entanto, as apresentações de ativos por seus valores líquidos de
deduções, como as provisões para obsolescência de estoques ou para devedores
duvidosos, são permitidas, pois não se configuram como compensações.
A frequência dos relatórios contábeis deverá ser de no mínimo com uma
apresentação anual, incluindo informação comparativa do ano anterior. Caso a entidade
altere a data final dos relatórios contábeis e apresente em um período maior ou menor
que um ano, deverá divulgar, além do período coberto pelas demonstrações, as razões
para a mudança e a informação de que os relatórios não são totalmente comparáveis.
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a) Imobilizado;
b) Propriedades de investimento;
c) Ativos intangíveis;
d) Ativos financeiros;
e) Investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial;
f) Ativos biológicos;
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g) Estoques;
h) Clientes e outras contas a receber;
i) Caixa e equivalentes de caixa;
j) O total de ativos classificados como mantidos para venda e ativos
incluídos nos grupos de disponíveis para venda;
k) Fornecedores e outras contas a pagar;
l) Provisões;
m) Passivos financeiros;
n) Ativos e passivos relativos a impostos correntes;
o) Ativos e passivos relativos a impostos diferidos;
p) Passivos incluídos nos grupos de mantidos para venda;
q) Participação dos acionistas não controladores (acionistas minoritários)
apresentados dentro do grupo de Patrimônio Líquido.
r) Capital social e reservas atribuíveis aos acionistas controladores.
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a) Receitas;
b) Despesas e custos financeiros;
c) Parcela dos resultados de coligadas e joint ventures contabilizada pelo
Método de Equivalência Patrimonial;
d) Resultado após os impostos de operações descontinuadas e o resultado
após os impostos sobre a mensuração ao valor justo líquido dos custos
de vendas ou sobre a baixa de ativos de operações descontinuadas;
e) Lucro ou Prejuízo do período;
f) Cada componente dos outros resultados abrangentes;
g) Parcela dos outros resultados abrangentes de coligadas e joint ventures
contabilizada pelo método de equivalência patrimonial; e
h) Resultado abrangente total.
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Divulgações adicionais por meio de Notas Explicativas são ainda exigidas pela
IAS 1 no que diz respeito a dividendos, gestão de capital pela entidade, instrumentos
financeiros resgatáveis, além do fato de que se não for apresentado em outro local das
informações publicadas com as Demonstrações Financeiras, a entidade deverá divulgar o
domicílio e forma jurídica, seu país de registro e o endereço da sede e o principal dos
negócios se diferente, uma descrição da natureza de suas operações e principais
atividades, o nome da controladora e a controladora final do grupo e se a entidade foi
constituída por tempo limitado com a informação sobre esse período.
Mourad e Paraskevopoulos (2010) abordam que os impactos previstos para a
adoção da IAS 1 nas empresas pode ser considerada de complexidade baixa e com um
impacto em sistemas (TI) também classificado como baixos.
BIBLIOGRAFIA
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