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Análise de Balanços Públicos

Profª Marilda Sant’Anna


MARILDA SANT’ANNA MACIEL
📍Mestre / Graduada em Ciências Contábeis
pela UERJ (2017) e UFRJ (2010)
respectivamente. Gestora Pública em
Planejamento e Orçamento - SEPLAG/RJ.
📍Atualmente: Assessora-Chefe da
Subsecretaria de Logística da SEPLAG/RJ;
Docente da Escola de Gestão e Políticas
Públicas - EGPP; Docente e Palestrante do
Conselho Regional de Contabilidade -
CRC/RJ; Professora do Instituto Brasileiro de
Administração Municipal - IBAM; Bolsista
Coordenadora - CECIERJ;
📍Outras Atuações: Superintendente de
Normas e Técnicas da SEFAZ/RJ; Diretora de
Administração e Finanças da CODIN-RJ;
Professora Substituta da UFRJ (2018-2020);
Professora da Faculdade São José (2015-
2018);
Leitura Recomendada
• Básica:
• Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor
Público – MCASP 9ª Edição, disponível em
www.tesouro.gov.br/mcasp. (PARTE V)

• Complementar:
• Normas Brasileiras de Contabilidade
Aplicadas ao Setor Público – NBC TSP,
disponíveis em
http://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-
contabilidade/
Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público

Conjunto Completo das Demonstrações DCASP


Contábeis (MCASP 9ª edição p. 402-403)
(NBC TSP 11)

Balanço Patrimonial Balanço Patrimonial


!
Art. 101 e 104 da
Demonstração do Resultado Demonstração das Variações Patrimoniais Lei nº 4.320/1964
Demonstração da Mutação no Patrimônio Demonstração da Mutação no Patrimônio
Líquido Líquido
Demonstração dos Fluxos de Caixa Demonstração dos Fluxos de Caixa
Demonstração das Informações
!
Balanço Orçamentário Art. 101 e 102da
Orçamentárias Lei nº 4.320/1964

Notas Explicativas Notas Explicativas

Informação comparativa com o período Informação comparativa com o período


anterior anterior
Art. 101 e 103 da Lei
! nº 4.320/1964 Balanço Financeiro (BF)
EXERCÍCIOS
1- A NBC TSP 11 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, em seu
item 21 apresenta o conjunto completo das Demonstrações Contábeis. Com
base na referida norma analise os itens a seguir:

I. Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado.


II. Balanço Orçamentário e Balanço Financeiro.
III. Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido e Demonstração dos
Fluxos de Caixa.
IV. Demonstração do Valor Adicionado e Notas Explicativas.

Assinale a alternativa que apresenta apenas os itens onde todas as


demonstrações mencionadas se referem ao conjunto da NBC TSP 11.
a) I e III apenas
b) II e IV apenas
c) I, II e III apenas
d) I, II, III e IV
2- São demonstrações financeiras definidas na legislação 4.320/64
para a contabilidade pública:
a) Balanço Orçamentário; Demonstração do Resultado do Exercício;
Balanço Financeiro; Demonstração das Origens e Aplicações de
Recursos.
b) Demonstração do Fluxo de Caixa; Demonstração do Resultado do
Exercício; Balanço Financeiro, Balanço Orçamentário.
c) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; Demonstração
do Valor Adicionado; Demonstração de Superávit ou Déficit
Acumulados.
d) Balanço Orçamentário; Balanço Financeiro; Demonstração das
Variações Patrimoniais; Balanço Patrimonial.
e) Demonstração de Superávit Acumulado, Balanço Orçamentário;
Balanço Financeiro, Demonstração das Origens e Aplicações de
Recursos.
3-Não compõe o conjunto de Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor
Público (DCASP):

A) Demonstração do Resultado do Exercício - DRE

B) Balanço Financeiro – BF

C) Balanço Patrimonial – BP

D) Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC

E) Demonstração do Valor Adicionado – DVA


Sumário
Balanço Orçamentário
Balanço Financeiro

Balanço Patrimonial

Demonstração das Variações Patrimoniais

Demonstração dos Fluxos de Caixa

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

Notas Explicativas às DCASP


Balanço
Orçamentário
Anexo 12
Balanço Orçamentário
Normativos que dispõem sobre o BO

• LEI Nº 4.320/64 – Art. 102

• LEI COMPLEMENTAR Nº 101/2000 – LRF – Art. 52, I.

• MCASP 9ª EDIÇÃO. PARTE V – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS


APLICADAS AO SETOR PÚBLICO. 2. BALANÇO ORÇAMENTÁRIO.

• NBC TSP 11 – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES


CONTÁBEIS

• NBC TSP 13 – APRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÃO


ORÇAMENTÁRIA NAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

• IPC 07 – METODOLOGIA PARA ELABORAÇÃO DO BALANÇO


ORÇAMENTÁRIO
Normativos que dispõem sobre o BO
Lei nº 4.320/64 – Art.102
O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as
realizadas.

NBC TSP 11 – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS


21. O conjunto completo das demonstrações contábeis inclui:
(e) quando a entidade divulga publicamente seu orçamento aprovado, comparação entre o
orçamento e os valores realizados, quer seja como demonstração contábil adicional
(demonstração das informações orçamentárias) ou como coluna para o orçamento nas
demonstrações contábeis;

NBC TSP 13 – APRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA NAS DEMONSTRAÇÕES


CONTÁBEIS

1. Esta norma exige a comparação dos valores orçados com os valores realizados decorrentes
da execução do orçamento, a ser incluída nas demonstrações contábeis das entidades que
publicam seu orçamento aprovado, obrigatória ou voluntariamente e, em razão disto,
submetem-se à prestação de contas e responsabilização (accountability).
Segundo a Lei nº 4.320/64

“O Balanço Orçamentário apresentará as receitas e as despesas previstas


em confronto com as realizadas.”
(Lei 4.320/1.964 art. 102)

Lei 4320/64 art. 35


Pertencem ao exercício financeiro:
I - as receitas nele ARRECADADAS;
II - as despesas nele legalmente EMPENHADAS
Etapas da Receita Orçamentária

PLAR (Etapas da RECEITA Orçamentária)


PREVISÃO - Previsão que consta na LOA, resultante de metodologias de projeção usualmente
adotadas, observada as disposições das LRF.
LANÇAMENTO - procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato gerador da
obrigação correspondente, determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo
devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da penalidade cabível.
ARRECADAÇÃO - Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes
ou devedores, por meio dos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas
pelo ente.
RECOLHIMENTO - transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro.
Etapas da Despesa Orçamentária

FELP (Etapas da DESPESA Orçamentária)


FIXAÇÃO - limites de gastos, incluídos na LOA c/base nas receitas previstas, a serem efetuados
pelas entidades públicas.
EMPENHO - ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição. (Em Liquidação)
LIQUIDAÇÃO - consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os
títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito
PAGAMENTO - entrega de numerário ao credor por meio de cheque nominativo, ordens de
pagamentos ou crédito em conta, e só pode ser efetuado após a regular liquidação da
despesa.
Considerações sobre o Quadro Principal
• As receitas são informadas pelos valores líquidos das respectivas deduções,
tais como restituições, descontos, retificações, deduções para o FUNDEB e
repartições de receita tributária entre os entes da Federação, quando registradas
como dedução.

• Quando relevante, o detalhamento das receitas e despesas intraorçamentárias


é apresentado em notas explicativas.

• As receitas e as despesas são apresentadas conforme a classificação por


natureza.

• No caso da despesa, a classificação funcional também é utilizada


complementarmente à classificação por natureza.
Receitas no BO conforme MCASP.

O Balanço Orçamentário demonstrará


as receitas detalhadas por categoria
econômica e origem, especificando a
previsão inicial, a previsão atualizada
para o exercício, a receita realizada e o
saldo, que corresponde ao excesso ou
insuficiência de arrecadação.
Classificação da Receita Orçamentária

TRIBUTA CONPAIS TRANSOU

OPERA ALI AMOR TRANS OU


Previsão Previsão Receitas Saldo
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Inicial Atualizada Realizadas
(a) (b) (c) (d) =(c-b)
Receitas Correntes (I)
Receita Tributária São recursos incluídos na LOA para demonstrar o
Receita de Contribuições
Receita Patrimonial
equilíbrio do orçamento, mas não podem ser
Receita Agropecuária classificados como superávit financeiro para fins de
Receita Industrial elaboração da LOA, nem são passíveis de execução.
Receita de Serviços
Transferências Correntes Exemplo: Recursos de RPPS.
Outras Receitas Correntes
Receitas de Capital (II)
Operações de Crédito Mudança 1: Linha específica
Alienação de Bens
Amortizações de Empréstimos
para Recursos Arrecadados em
Transferências de Capital Exercícios Anteriores.
Outras Receitas de Capital
Recursos Arrecadados em Exercícios Anteriores (III)
SUBTOTAL DAS RECEITAS (IV) = (I + II + III)
Operações de Crédito / Refinanciamento (V)
Operações de Crédito Internas Mudança 2: Linhas específicas de
Mobiliária Refinanciamento de dívida.
Contratual
Operações de Crédito Externas
Mobiliária
Contratual
SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO (VI) = (IV+V)
Déficit (VII) Mudança 3: Linhas específicas
TOTAL (VIII) = (VI + VII) de Saldos de exercícios
Saldos de Exercícios Anteriores anteriores.
(Utilizados Para Créditos Adicionais)
Superávit Financeiro
Reabertura de Créditos Adicionais
DESPESAS– MCASP
O Balanço Orçamentário
demonstrará as despesas por
categoria econômica e
grupo da natureza da despesa,
especificando a previsão inicial, a
previsão atualizada para o
exercício, a receita realizada e o
saldo, que corresponde ao excesso
ou insuficiência de arrecadação.
CODIFICAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA
GRUPO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA
BALANÇO ORÇAMENTÁRIO – LEI 4.320/64

Dotação Dotação Despesas Despesas Despesas Saldo da


Inicial Atualizada Empenhadas Liquidadas Pagas Dotação
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS
(e) (f) (g) (h) (i) (j) = (f-g)

Despesas Correntes (IX)


Pessoal e Encargos Sociais
Mudança 4: A despesa
Juros e Encargos da Dívida orçamentária passa a ser
Outras Despesas Correntes demonstrada por
Despesas de Capital (X) empenho, liquidação e
Reserva de Contingência é a
Investimentos pagamento.
Inversões Financeiras
destinação de parte das
Amortização da Dívida receitas orçamentárias para
Reserva de Contingência (XI) o atendimento de passivos
Reserva do RPPS (XII) Mudança 5: Linhas contingentes e outros riscos.
SUBTOTAL DAS DESPESAS (XIII) = (IX + X + XI + XII) específicas para Reserva de
Amortização da Dívida/ Refinanciamento (XIV) Contingência e Reserva do Reserva do RPPS é a
RPPS. destinação de parte das
Amortização da Dívida Interna
Dívida mobiliária receitas orçamentárias do
Outras Dívidas RPPS para o pagamento de
Amortização da Dívida Externa Mudança 6: Linhas aposentadorias e pensões
Dívida Mobiliária específicas para futuras.
Outras Dívidas
Amortização da dívida /
SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO (XV) = (XIII + XIV) Refinanciamento.

Superávit (XVI)
TOTAL (XVII) = (XV + XVI)
Anexos do Balanço
Orçamentário
Quadro da Execução dos RPNP

São informados os RPNP


inscritos até o exercício anterior
nas respectivas fases de execução.
Quadro da Execução dos RPP
São informados os RPP
inscritos até o exercício anterior
nas respectivas fases de execução.

Deverão ser informados, também, os RPNP


que tenham sido liquidados em exercício
anterior. O ente deverá ao final do exercício
transferir os saldos de RPNP liquidados para o
12.2 - Quadro da Execução de RPP.
EXECUÇÃO DE RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS

Inscritos
Em Exercícios Em 31/Dez. do
Liquidados Pagos Cancelados Saldo
Anteriores Ex. Anterior
(a) (b) (c) (d) (e) (f) = (a+b-d-e)
Despesas Correntes
Pessoal e Encargos Sociais
Juros e Encargos da Dívida
Outras Despesas Correntes
Despesas de Capital
Investimentos
Inversões Financeiras
Amortização da Dívida
TOTAL

EXECUÇÃO DE RESTOS A PAGAR PROCESSADOS (E NÃO PROCESSADOS LIQUIDADOS)

Informar também os RPNP Inscritos


que tenham sido liquidados Em Exercícios Em 31/Dez. do Pagos Cancelados Saldo
em exercício anterior. Anteriores Ex. Anterior
(a) (b) (c) (d) (e) = (a+b-c-d)
Despesas Correntes
Pessoal e Encargos Sociais
Juros e Encargos da Dívida
Outras Despesas Correntes
Despesas de Capital
Os entes que não conseguirem fazer o controle
!
Investimentos
Inversões Financeiras dos RPNP liquidados poderão, ao final do
Amortização da Dívida exercício, transferir seus saldos para RPP.
TOTAL
QUADRO DA EXECUÇÃO DOS RPNP BO - MCASP
QUADRO DA EXECUÇÃO DOS RPP E RPNP LIQUIDADOS
BO - MCASP
BALANÇO ORÇAMENTÁRIO: ANÁLISES

A partir do Balanço Orçamentário é possível realizar as seguintes


análises, dentre outras:

a. Cumprimento da Regra de Ouro;


b. Capitalização / Descapitalização;
c. Endividamento;
d. Resultado Orçamentário;
e. Resultado da Execução da Receita;
f. Resultado da Execução da Despesa;
g. Índices Contábeis.
(Análises) a. Cumprimento da Regra de Ouro
Constituição Federal - Art. 167.
São vedados:
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com
finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
Para não descumprir a regra de ouro, o governo do presidente Jair Bolsonaro solicitou que o
Congresso aprove um crédito suplementar de R$ 248 bilhões para o governo pagar despesas
essenciais - a serem obtidos com a emissão de títulos do Tesouro. Na prática, é uma solução
temporária para que o governo não viole a lei ou tenha que congelar despesas essenciais e
agravar a crise econômica do país.
Os dispositivos legais que disciplinam a "regra de ouro" são o artigo 167, inciso III da
Constituição Federal, artigo 2, § 3º, da Lei Complementar nº 101 de 2000, a chamada Lei de
Responsabilidade Fiscal e o artigo 6º da Resolução do Senado Federal de 2007.
Publicado em 05/06/2019 - https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/06/05/entenda-o-que-e-a-regra-de-ouro.ghtml
Análises
b) Capitalização / descapitalização;
c) Endividamento;
d) Resultado Orçamentário;
ANÁLISE DO BALANÇO ORÇAMENTÁRIO

e) Resultado da Execução da Receita;


e) Resultado da Execução da Receita; (continuação)
e) Resultado da Execução da Receita; (continuação)
f) Resultado da Execução da Despesa;

Situação Resultado
Dotação Atualizada
> Despesa Executada Economia de despesa
da Despesa
Dotação Atualizada
< Despesa Executada Excesso de despesa (situação impossível)
da Despesa
Dotação Atualizada Equilíbrio na realização da despesa ou
= Despesa Executada
da Despesa resultado nulo
f) Resultado da Execução da Despesa; (continuação)

Saldo da Dotação = Atualizada - empenhada

Coluna (j) com saldo POSITIVO Coluna (j) com saldo NEGATIVO
= ECONOMIA ORÇAMETÁRIA = EXCESSO DE DESPESA
Representa o saldo do orçamento que A coluna Saldo da Dotação (j) nunca
não foi utilizado no exercício e que não poderá ser negativa, visto que:
será transferido para o exercício Lei 4320/64 – Art.60:
seguinte, visto o princípio da anualidade “É vedada realização de despesa sem
orçamentária. prévio empenho.”
g) Índices Contábeis;
ANÁLISE DOS QUOCIENTES
1 - O Quociente do Equilíbrio Orçamentário é resultante da relação entre a Previsão
Inicial da Receita e a Dotação Inicial da Despesa, indicando se há equilíbrio entre a
previsão e fixação constante na LOA.

2 - O Quociente de Execução da Receita é resultante da relação entre a Receita


Realizada e a Previsão Atualizada da Receita, indicando a existência de excesso ou
falta de arrecadação para a cobertura de despesas.

3 - O Quociente de Desempenho da Arrecadação é resultante da relação entre a


Receita Realizada e a Previsão Inicial da Receita, indicando a existência de excesso
ou falta de arrecadação para administração dos indicadores fiscais.

4 - O Quociente de Utilização do Excesso de Arrecadação é resultante da relação


entre os Créditos Adicionais abertos por meio de excesso de arrecadação e o total
do excesso de arrecadação, indicando a parcela do excesso de arrecadação utilizada
para abertura de créditos adicionais.
Adicionalmente, é pertinente que esta análise seja desdobrada por destinação de
recursos.
ANÁLISE DOS QUOCIENTES
5 - O Quociente de Utilização do Superávit Financeiro é resultante da relação entre
os Créditos Adicionais Abertos por meio de superávit financeiro e o total do
superávit financeiro apurado no exercício anterior, indicando a parcela do superávit
financeiro utilizada para abertura de créditos adicionais.
Adicionalmente, é pertinente que esta análise seja desdobrada por destinação de
recursos.

6 - O Quociente de Execução da Despesa é resultante da relação entre a Despesa


Executada e Dotação Atualizada, cuja discrepância pode ser ocasionada por
ineficiência no processo planejamento-execução ou a uma economia de despesa
orçamentária.

7 - O Quociente do Resultado Orçamentário é resultante da relação entre a Receita


Realizada e a Despesa Empenhada, indicando a existência de superávit ou déficit.

8 - O Quociente da Execução Orçamentária Corrente é resultante da relação entre a


Receita Realizada Corrente e a Despesa Empenhada Corrente. A interpretação
desse quociente indica se a receita corrente suportou as despesas correntes ou se foi
necessário utilizar receitas de capital para financiar despesas correntes.
ANÁLISE DOS QUOCIENTES

9 - O Quociente Financeiro Real da Execução Orçamentária é resultante da relação


entre a Receita Realizada e a Despesa Paga, indicando o quanto a receita
orçamentária arrecadada representa em relação à despesa orçamentária paga.
Controle Orçamentária Patrimonial
ELABORAÇÃO DOS ANEXOS DO BO
IMPORTANTE!
Excesso ou Insuficiência de arrecadação
 Excesso  Receita Arrecadada > Receita Prevista
 Insuficiência  Receita Arrecadada < Receita Prevista
Resultado da Execução Orçamentária
 Superávit  Receita Arrecadada > Despesa Empenhada
 Déficit  Receita Arrecadada < Despesa Empenhada

Economia Orçamentária
 Economia  Despesa Empenhada < Despesa Fixada
 Ilegalidade  Despesa Empenhada > Despesa Fixada
EXERCÍCIOS
4- (FGV/Analista/Orçamento e Finanças/IBGE/2016) As informações a
seguir têm origem na execução orçamentária do último exercício de um ente
da federação e os valores estão expressos em milhares de reais.

A análise das informações do Quadro sobre a


execução da despesa permite afirmar que:
a) houve economia orçamentária superior a
10%;
b) houve despesas não inscritas em restos a
pagar por insuficiência financeira;
c) não houve abertura de créditos adicionais;
d) os ajustes na despesa fixada ultrapassaram
7%;
e) os restos a pagar foram inferiores a 10% da
despesa executada.
5-SEFAZ – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO
O balanço orçamentário de um determinado estado da federação, elaborado em
31/12/2011, de acordo com a nova estrutura, apresentava as seguintes informações:

Informações complementares: No exercício não houve refinanciamento de dívidas,


aprovação e reabertura de créditos adicionais. Com base nos dados apresentados, o
valor da economia orçamentária no exercício foi igual a:

A) 4.800
B) 4.200
C) 18.600
D) 6.600
E) 11.400
SEFAZ – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO

6- O balanço orçamentário de um determinado estado da federação, elaborado em


31/12/2011, de acordo com a nova estrutura, apresentava as seguintes informações:

No exercício, o resultado orçamentário global apurado correspondeu a um:

A) superávit de R$ 7.200
B) superávit de R$ 18.600
C) déficit de R$ 4.200
D) Déficit de R$ 6.600
E) superávit de R$ 13.800
SEFAZ – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO

7- O balanço orçamentário de um determinado estado da federação, elaborado em


31/12/2011, de acordo com a nova estrutura, apresentava as seguintes informações:

Pode-se afirmar que o montante correspondente aos Restos a Pagar Processados,


inscritos no exercício, foi igual a:
A) 18.600
B) 9.600
C) 6.600
D) 4.800
E) 4.200
SEFAZ – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO

8- O balanço orçamentário de um determinado estado da federação, elaborado em


31/12/2011, de acordo com a nova estrutura, apresentava as seguintes informações:

O Quociente Financeiro Real da Execução Orçamentária, no exercício, foi igual a:


A) 1,2500
B) 1,1165
C) 1,3690
D) 1,6000
E) 1,0455
BALANÇO ORÇAMENTÁRIO – EXEMPLO
1) A regra de Ouro foi cumprida?
2) Qual o total de RPP inscritos no exercício?
3) Qual o total de RPNP inscritos no exercício?
4) Qual o resultado orçamentário?
( ) superávit orçamentário.
( ) déficit orçamentário.
( ) resultado nulo ou equilíbrio orçamentário..

5) Qual o resultado da execução da RECEITA orçamentária? ________________________.


( ) excesso de arrecadação.
( ) insuficiência de arrecadação.
( ) equilíbrio na arrecadação.

6) Qual o resultado da execução da DESPESA orçamentária? ________________________.


( ) economia de despesa.
( ) excesso de despesa.
( ) resultado nulo.
Sumário
Balanço Orçamentário
Balanço Financeiro

Balanço Patrimonial

Demonstração das Variações Patrimoniais

Demonstração dos Fluxos de Caixa

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

Notas Explicativas às DCASP


Balanço
Financeiro
Anexo 13
Balanço Financeiro – Lei 4.320/64
 Segundo a Lei 4.320/64, artigo 103, o Balanço Financeiro demonstra os
ingressos (entradas) e dispêndios (saídas) de recursos financeiros a título
de receitas e despesas orçamentárias, bem como os recebimentos e
pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos de
disponibilidades do exercício anterior e aqueles que passarão para o
exercício seguinte.

 É importante atentar para o que dispõe o parágrafo único deste artigo,


obrigando que as despesas orçamentárias informadas no Balanço sejam as
empenhadas:

Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na


receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa
orçamentária.
Fonte:
Definição do Balanço Financeiro segundo a Lei nº
4.320/1964 e o MCASP
PELA LEI 4.320/64 : ART 103 MCASP

O Balanço Financeiro evidencia as


O Balanço Financeiro demonstrará a
receitas e despesas orçamentárias,
receita e a despesa orçamentárias
bem como os ingressos e dispêndios
bem como os recebimentos e os
extraorçamentários, conjugados com
pagamentos de natureza
os saldos de caixa do exercício
extraorçamentária, conjugados com os
anterior e os que se transferem para
saldos em espécie provenientes do
o início do exercício seguinte.
exercício anterior, e os que se
(Alterado pela Resolução CFC nº
transferem para o exercício seguinte
1.268/2009)

A principal mudança é que os ingressos e os dispêndios passam


a ser demonstrados por destinação de recursos.
Segundo Art. 36 da lei 4.320/64 e Art. 67 do Decreto 93.872/86

Consideram-se restos a pagar, ou resíduos passivos as despesas empenhadas mas não


pagas dentro do exercício financeiro (ou seja, até 31 de dezembro), distinguindo-se as
processadas das não-processadas.

PROCESSADOS
(EMPENHO + LIQUIDAÇÃO)

RESTOS A PAGAR

NÃO PROCESSADOS
(EMPENHO)
Exemplo:

a) 3.800

b) 3.500

c) 300

d) 500

e) 200
Exemplo:
Observe os dados abaixo referentes ao município de Tão longe e responda
às questões:
DESPESAS FIXAÇÃO EMPENHO LIQUIDAÇÃO PAGAMENTO
Pessoal e encargos 300 300 300 300
Serviços de terceiros p/ 200 180 160 140
manutenção
Construção de posto de 500 500 480 450
saúde
Aquisição de bens 100 90 80 80
usados
Aluguéis 50 50 50 40
Total 1.150 1.120 1.070 1.010
O valor a ser inscrito em restos a pagar processados será
de:
A) 110;
B) 80;
C) 60;
D) 50;
E) 30.
ANÁLISE DO BALANÇO FINANCEIRO

RESULTADO FINANCEIRO PODE SER


POSITIVO OU NEGATIVO
RESULTADO FINANCEIRO
MODO 1
(+) Saldo em Espécie do Exercício Seguinte
(-) Saldo em Espécie do Exercício Anterior
= Resultado Finaceiro do Exercício RESULTADO FINANCEIRO

MODO 2
(+) Receita Orçamentária
(+) Transferências Financeiras Recebidas !
(+) Recebimentos Extraorçamentários
(-) Despesa Orçamentária
(-) Transferências Financeiras Concedidas
SUPERÁVIT / DÉFICIT
(-) Pagamentos Extraorçamentários
FINANCEIRO APURADO NO
= Resultado Finaceiro do Exercício
BALANÇO PATRIMONIAL
VAMOS PRATICAR?

CALCULE O RESULTADO FINANCEIRO

MODO 2
BALANÇO FINANCEIRO
INGRESSOS 2017 DISPÊNDIOS 2017

Receita Orçamentária (I) 500,00 250,00


Despesa Orçamentária (VI)
Transferências Financeiras Recebidas (II) 550,00 100,00
Transferências Financeiras Concedidas (VII)

Recebimentos Extraorçamentários (III) 150,00 200,00


Pagamentos Extraorçamentários (VIII)

Saldo do Exercício Anterior (IV) 300,00 950,00


Saldo para o Exercício Seguinte (IX)

TOTAL (V) = (I + II + III + IV) 1.500,00


1.500,00
TOTAL (X) = (VI + VII + VIII + IX)

MODO 1
VAMOS PRATICAR?

RESULTADO FINANCEIRO
MODO I

Saldo para o Exercício Seguinte (IX) 950,00


Saldo do Exercício Anterior (IV) 300,00
RESULTADO FINANCEIRO 650,00
MODO II

Receita Orçamentária (I) 500,00


Transferências Financeiras Recebidas (II) 550,00
Recebimentos Extraorçamentários (III) 150,00
Despesa Orçamentária (VI) 250,00
Transferências Financeiras Concedidas (VII) 100,00
Pagamentos Extraorçamentários (VIII) 200,00
RESULTADO FINANCEIRO 650,00
ELABORAÇÃO DO BALANÇO FINANCEIRO
ELABORAÇÃO DO BALANÇO FINANCEIRO
Análise dos Quocientes
Em geral, um resultado financeiro positivo é um indicador de equilíbrio financeiro.

No entanto, é importante mencionar que uma variação positiva na disponibilidade do


período não é sinônimo, necessariamente, de bom desempenho da gestão
financeira, pois pode acontecer, por exemplo, mediante elevação do endividamento
público.

Da mesma, forma, a variação negativa na disponibilidade do período não significa,


necessariamente, um mau desempenho, pois pode refletir uma redução no
endividamento. Portanto, a análise deve ser feita conjuntamente com o Balanço
Patrimonial, considerando esses fatores mencionados e as demais variáveis
orçamentárias e extraorçamentárias.

Além disso, deve-se analisar de que maneira a administração influenciou na liquidez


da entidade, de forma a prevenir insuficiências de caixa no futuro.
Análise dos Quocientes
1 - O Quociente Orçamentário do Resultado Financeiro é resultante da
relação entre o Resultado Orçamentário (Receita Orçamentária –
Despesa Orçamentária) e a Variação do Saldo em Espécie. A
interpretação desse quociente indica a parcela da variação do saldo do
disponível que pode ser explicada pelo resultado orçamentário. Em
contrapartida pode ainda ser analisada a diferença como resultante do
resultado extraorçamentário, ou das transferências.

2 - O Quociente do Resultado dos Saldos Financeiros é resultante da


relação entre o Saldo que passa para o Exercício Seguinte e o Saldo do
Exercício Anterior. A interpretação desse quociente indica o impacto do
resultado financeiro sobre o saldo em espécie.
9- Com base nos dados a seguir, apurados em 31/12, calcule o saldo do exercício
financeiro anterior e o resultado financeiro do período:

Despesa Orçamentária 600


Pagamento de Restos a Pagar 250
Saldo para o exercício seguinte 140
Receita Orçamentária 700
Despesas Empenhadas e não pagas 120

BALANÇO FINANCEIRO
RECEITAS DESPESAS
ORÇAMENTÁRIAS ORÇAMENTÁRIAS
EXTRAORÇAMENTÁRIAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS
 Restos a pagar  Restos a Pagar (pagos)

Saldo do exercício anterior Saldo para o exercício


seguinte

TOTAL TOTAL
10- Elabore o Balanço Financeiro

BALANÇO FINANCEIRO
RECEITAS DESPESAS
ORÇAMENTÁRIAS 2600 ORÇAMENTÁRIAS 2300
EXTRAORÇAMENTÁRIAS 1200 EXTRAORÇAMENTÁRIAS 1200
Saldo do exercício anterior Saldo para o exercício
1200 seguinte
TOTAL TOTAL

Apure:
 Saldo de Disponibilidade Financeira 

 Resultado Financeiro do Exercício 


11 - De acordo com o Balanço Financeiro acima, o saldo das
disponibilidades financeiras e o resultado financeiro são,
respectivamente, de:

RECEITAS DESPESAS
ORÇAMENTÁRIAS 500 ORÇAMENTÁRIAS 400
EXTRAORÇAMENTÁRIAS 300 EXTRAORÇAMENTÁRIAS 200
Saldo do exercício anterior 100 Saldo para o exercício seguinte 300
TOTAL 900 TOTAL 900

a) 900 e 300
b) 300 e 300
c) 300 e 200
d) 300 e 100
e) 200 e 300
20- CEPERJ 2011 – SEFAZ - ESPECIALISTA EM FINANÇAS

12- O balanço financeiro elaborado em 31/12/2010 por um determinado estado da federação


apresentava, resumidamente, a estrutura abaixo:

Com base nesses dados, pode-se concluir que o valor das despesas pagas do exercício
correspondeu ao montante de:
A) 13.750
B) 13.050
C) 13.200
D) 13.950
E) 13.800
13 - Considerando os demonstrativos contábeis previstos na Lei
Federal 4.320/64, a ocorrência ou não de superávit financeiro
pode ser verificado no(a):

A) Balanço Orçamentário.
B) Balanço Financeiro.
C) Balanço Patrimonial.
D) Demonstração de Resultado do Exercício.
E) Demonstração das Variações Patrimoniais.
Sumário
Balanço Orçamentário
Balanço Financeiro

Balanço Patrimonial

Demonstração das Variações Patrimoniais

Demonstração dos Fluxos de Caixa

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

Notas Explicativas às DCASP


Balanço
Patrimonial
Anexo 14
Definição do Balanço Patrimonial segundo a: Lei nº 4.320/64

O Balanço Patrimonial demonstrará:


(Lei nº 4.320/1964, art. 105)
O SUPERÁVIT FINANCEIRO
Passivo Financeiro
Ativo Financeiro Passivo Permanente ! CORRESPONDE À DIFERENÇAS POSITIVA
ENTRE O ATIVO FINANCEIRO E O
Ativo Permanente PASSIVO FINANCEIRO, APURADOS NO
Saldo Patrimonial BALANÇO PATRIMONIAL.
Contas de Compensação

Ativo Financeiro Passivo Financeiro


créditos e valores realizáveis dívidas fundadas
INDEPENDENTEMENTE de autorização e outras cujo pagamento
orçamentária e os valores numerários INDEPENDA de autorização orçamentária

Ativo Permanente Passivo Permanente


bens, créditos e valores, cuja dívidas fundadas e outras que
mobilização ou alienação DEPENDAM de autorização legislativa
DEPENDA de autorização legislativa para amortização ou resgate

88
Definição do Balanço Patrimonial segundo o MCASP

O Balanço Patrimonial está estruturado em: A classificação dos elementos patrimoniais


considera a segregação em “circulante” e

Ativo Circulante Ativo


Passivo Circulante
Passivo não Circulante
! “não circulante”, com base em seus atributos
de conversibilidade e exigibilidade.
não Circulante
Patrimônio Líquido
Disponíveis para realização imediata
Ativo Circulante Expectativa de realização até doze meses
após a data das demonstrações contábeis
Ativo
Os demais ativos não classificados como
Ativo não Circulante
circulantes
Valores exigíveis até doze meses após a data
das demonstrações contábeis
Passivo Circulante
Valores de terceiros ou retenções em nome
Passivo deles, quando a entidade do setor público for
a fiel depositária, independentemente do
prazo de exigibilidade

Os demais passivos não classificados como


Passivo não Circulante
circulantes
Estrutura do Balanço Patrimonial segundo o MCASP
BALANÇO PATRIMONIAL
Exercício: 20XX
ATIVO Exercício Atual Exercício

Grau decrescente de conversibilidade


Anterior
Ativo Circulante
Caixa e Equivalentes de Caixa
Créditos a Curto Prazo
Investimentos e Aplicações Temporárias a Curto
Prazo
Estoques
VPD Pagas Antecipadamente
Total do Ativo Circulante

Ativo Não Circulante


Realizável a Longo Prazo
Créditos a Longo Prazo
Investimentos Temporários a Longo Prazo
Estoques
VPD pagas antecipadamente
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Diferido
Total do Ativo Não Circulante
TOTAL DO ATIVO
Estrutura do Balanço Patrimonial segundo o MCASP
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Exercício Atual Exercício Anterior

Passivo Circulante
Obrigações Trab., Prev. e Assistenciais a Pagar a Curto Prazo
Empréstimos e Financiamentos a Curto Prazo
Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo
Obrigações Fiscais a Curto Prazo
Obrigações de Repartições a Outros Entes

Grau decrescente de exigibilidade


Provisões a Curto Prazo
Demais Obrigações a Curto Prazo
Total do Passivo Circulante

Passivo Não Circulante


Obrigações Trab., Prev. e Assistenciais a Pagar a Longo Prazo
Empréstimos e Financiamentos a Longo Prazo
Fornecedores e Contas a Pagar a Longo Prazo
Obrigações Fiscais a Longo Prazo
Provisões a Longo Prazo
Demais Obrigações a Longo Prazo
Resultado Diferido
Total do Passivo Não Circulante

Patrimônio Líquido
Patrimônio Social e Capital Social
Adiantamento Para Futuro Aumento de Capital
Reservas de Capital
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
Demais Reservas
Resultados Acumulados
(-) Ações / Cotas em Tesouraria
Total do Patrimônio Líquido

TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO


Anexos do Balanço Patrimonial
QUADRO DOS ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS E PERMANENTES
(Lei nº 4.320/1964)

!
Exercício: 20XX

Exercício Exercício
Atual Anterior
O saldo da conta
Ativo (I)
Créditos Empenhados em Liquidação
Ativo Financeiro
Ativo Permanente (Classe 6) não é utilizado para elaboração
Total do Ativo deste Quadro porque seu valor já estará
refletido no Passivo patrimonial com
Passivo (II) atributo “F” (Classe 2).
Passivo Financeiro
Passivo Permanente Assim, evita-se duplicidade.
Total do Passivo

Saldo Patrimonial (III) = (I – II)

Campo Contas Contábeis


2.1.0.0.0.00.00, Atributo Financeiro (F) +
2.2.0.0.0.00.00, Atributo Financeiro (F) +
Passivo
Financeiro 6.2.2.1.3.01.00 (Crédito Empenhado a Liquidar) +
6.2.2.1.3.05.00 (Empenhos a Liquidar Inscritos em RPNP) +
6.3.1.1.0.00.00 (RP Não Processado a Liquidar)
Anexos do Balanço Patrimonial
QUADRO DAS CONTAS DE COMPENSAÇÃO
(Lei nº 4.320/1964)
Exercício: 20XX

Exercício Exercício
Atual Anterior
Atos Potenciais Ativos
Garantias e Contragarantias recebidas
Direitos Conveniados e outros inst. congêneres Somente devem ser

!
Direitos Contratuais considerados os atos
Outros atos potenciais ativos potenciais do ativo e do
Total dos Atos Potenciais Ativos passivo a executar.
Atos Potenciais Passivos
Garantias e Contragarantias concedidas
Obrigações conveniadas e outros inst. congêneres
Obrigações contratuais
Outros atos potenciais passivos
Total dos Atos Potenciais Passivos

QUADRO DO SUPERÁVIT / DÉFICIT FINANCEIRO


(Lei nº 4.320/1964)
Exercício: 20XX
A classificação por Fonte não é
Exercício Atual Exercício

!
Anterior padronizada. Cabe a cada ente
<Código da fonte> <Descrição da fonte> adaptá-lo à classificação por
<Código da fonte> <Descrição da fonte> ele adotada.
<Código da fonte> <Descrição da fonte>
(...) (...)
Total das Fontes de Recursos
Anexo ao BP – Demonstrativo do Superávit
Financeiro
Como anexo ao Balanço Patrimonial, deverá ser elaborado o demonstrativo
do superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial do exercício
anterior.
Superávit financeiro - a diferença positiva entre o ativo financeiro e o
passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais
transferidos e as operações de credito a eles vinculadas, que é uma das
fontes para abertura de crédito adicional, segundo o artigo 43 da Lei nº
4.320/64.

Fonte:
Diferença entre as estruturas da
Lei nº 4.320/1964 e o MCASP
Exemplo: Suponha a seguinte situação inicial no encerramento do exercício.

Balanço Patrimonial – Lei nº 4.320/1964 Balanço Patrimonial – MCASP


Ativo $ Passivo $ Ativo $ Passivo $
Ativo Financeiro Passivo Financeiro Ativo Circulante Passivo Circulante

Disponibilidades 500 Caixa e Equivalentes 500

Ativo Permanente Passivo Permanente Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante

Saldo Patrimonial 500 Patrimônio Líquido 500


TOTAL 500 TOTAL 500 TOTAL 500 TOTAL 500

Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes


Ativo Financeiro 500 Passivo Financeiro
Ativo Permanente Passivo Permanente
Saldo Patrimonial 500
Diferença entre as estruturas da
Lei nº 4.320/1964 e o MCASP
Evento 1: foi empenhado $100 referente a serviços que não foram prestados no exercício.

Balanço Patrimonial – Lei nº 4.320/1964 Balanço Patrimonial – MCASP


Ativo $ Passivo $ Ativo $ Passivo $
Ativo Financeiro Passivo Financeiro Ativo Circulante Passivo Circulante

Disponibilidades 500 RP não processados 100 Caixa e Equivalentes 500

Ativo Permanente Passivo Permanente Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante

Saldo Patrimonial 400 Patrimônio Líquido 500


TOTAL 500 TOTAL 500 TOTAL 500 TOTAL 500

Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes


Ativo Financeiro 500 Passivo Financeiro 100
Ativo Permanente Passivo Permanente
Saldo Patrimonial 400
Diferença entre as estruturas da
Lei nº 4.320/1964 e o MCASP
Evento 2: foi empenhado e liquidado $70 referente a serviços prestados no exercício.

Balanço Patrimonial – Lei nº 4.320/1964 Balanço Patrimonial – MCASP


Ativo $ Passivo $ Ativo $ Passivo $
Ativo Financeiro Passivo Financeiro Ativo Circulante Passivo Circulante

Disponibilidades 500 RP não processados 100 Caixa e Equivalentes 500


RP processados 70 Obrigações a pagar 70

Ativo Permanente Passivo Permanente Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante

Saldo Patrimonial 330 Patrimônio Líquido 430


TOTAL 500 TOTAL 500 TOTAL 500 TOTAL 500

Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes


Ativo Financeiro 500 Passivo Financeiro 170
Ativo Permanente Passivo Permanente
Saldo Patrimonial 330
Diferença entre as estruturas do Quadro Principal e do Quadro dos
Ativos e Passivos Financeiros
Evento 3: foi empenhado $50 referente a serviços prestados no exercício, mas não
liquidados.
Balanço Patrimonial – Lei nº 4.320/1964 Balanço Patrimonial – MCASP
Ativo $ Passivo $ Ativo $ Passivo $

Ativo Financeiro Passivo Financeiro Ativo Circulante Passivo Circulante

Caixa e Equivalentes 500


Disponibilidades 500 RP não processados 150
Obrigações a pagar 120
RP processados 70

Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante


Ativo Permanente Passivo Permanente

Patrimônio Líquido 380


Saldo Patrimonial 280 TOTAL 500 TOTAL 500
TOTAL 500 TOTAL 500 Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes
Empenho não foi liquidado ainda; Serviço prestado Ativo Financeiro 500 Passivo Financeiro 220
=> ocorreu o fato gerador; Status do estágio
Ativo Permanente Passivo Permanente
! alterado para “em liquidação”; Obrigação teve seu
atributo mudado para “F”; O valor aparece no Saldo Patrimonial 280
Passivo Financeiro, por constar de Obrigações a
Pagar.
Quadro das Contas de Compensação

• Este quadro apresenta os atos potenciais do ativo e do


passivo a executar, que potencialmente podem afetar o
patrimônio do ente. Os valores dos atos potenciais já
executados não devem ser considerados.

• Será elaborado utilizando-se a classe 8 (Controles


Credores) do PCASP.
Quadro do Superávit / Déficit Financeiro

• Este quadro apresenta o superávit / déficit financeiro, apurado


conforme o § 2º do art. 43 da Lei nº 4.320/1964.

• Será elaborado utilizando-se o saldo da conta 8.2.1.1.1.00.00 –


Disponibilidade por Destinação de Recurso (DDR), segregado
por fonte / destinação de recursos.
Quadro do Superávit / Déficit Financeiro

• Poderão ser apresentadas algumas fontes com


déficit e outras com superávit financeiro, de modo
que o total seja igual ao superávit / déficit
financeiro apurado pela diferença entre o Ativo
Financeiro e o Passivo Financeiro conforme o
quadro dos ativos e passivos financeiros e
permanentes.
Balanço Patrimonial – Análise de Quocientes

Disponibilidades
Liquidez Imediata
Passivo Circulante

Ativo Circulante
Liquidez Corrente
Passivo Circulante

(Disponibilidades + Créditos CP)


Liquidez Seca
Passivo Circulante

(Ativo Circulante + Ativo Realiz. Longo Prazo)


Liquidez Geral
(Passivo Circulante + Passivo Não-Circulante)

(Ativo Circulante + Ativo Não-Circulante)


Índice de Solvência
(Passivo Circulante + Passivo Não-Circulante)
Balanço Patrimonial – Análise de Quocientes

(Passivo Circulante + Passivo Não-Circulante)


Endividamento Geral
Ativo Total

Passivo Circulante
Composição do Endividamento
(Passivo Circulante + Passivo Não-Circulante)
EXERCÍCIOS
14- O demonstrativo da Contabilidade Pública que apresenta o ativo e o
passivo da entidade e o demonstrativo onde são discriminadas as receitas e
despesas previstas em confronto com as realizadas pela entidade, são,
respectivamente, os Balanços:

a) Financeiro e Patrimonial.

b) Orçamentário e das Variações Patrimoniais.

c) Orçamentário e Patrimonial.

d) das Variações Patrimoniais e Orçamentário.

e) Patrimonial e Orçamentário.
15- A evidenciação dos bens permanentes das entidades públicas
será realizada através do(a):

A) Balanço Financeiro.

B) Demonstração das Variações Patrimoniais.

C) Balanço Patrimonial.

D) Inventário.

E) Balanço Orçamentário.
Calcule os indicadores do Balanço Patrimonial

 Liquidez Imediata;
 Liquidez Corrente;
 Liquidez Seca;
 Liquidez Geral;
 Endividamento Geral;
 Composição do Endividamento

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