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I - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – INTRODUÇÃO:
ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA
I.1 – ELABORAÇÃO PELA LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA
Por ocasião do encerramento do exercício social, as empresas devem elaborar as seguintes
demonstrações contábeis (art. 176 da Lei nº 6.404/1976, com redação dada pelas Leis nº 11.638, de
2007 e 11.941, de 2009):
● Balanço Patrimonial (BP);
● Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
● Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) – Pronunciamento Técnico CPC nº 26;
● Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
● Demonstração das Mutações do Patrimônio (DMPL);
● Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
● Demonstração do Valor Adicionado [(DVA) obrigatória para as companhias abertas];
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NOTAS:
(1ª) Para fins de elaboração das demonstrações contábeis a sociedade deverá observar o
disposto nos artigos 175 a 188 da Lei nº 6.404/76 (das S.A.) e alterações posteriores (Leis nº
9.457, de 1997, 10.303, de 2001, 11.638, de 2007, 11.941, de 2009, 12.810, de 2013, 13.129, de
2015 e 13.818 de 2019);
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(2ª) Para fins societários a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) poderá
ser incluída na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), quando esta
demonstração for elaborada e publicada pela empresa (artigo 186, § 2º da Lei nº 6.404, de 1976);
(3ª) Para fins societários a Instrução CVM nº 59, de 22-12-1986, publicada no D.O.U. de 30-
12-1986, tornou obrigatória a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) para as
Companhias Abertas (S.A., de Capital Aberto);
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(4ª) As empresas sujeitas à apuração do imposto de renda com base no lucro real,
seja qual for o tipo societário adotado, serão obrigadas ao cumprimento dos preceitos da Lei nº
6.404, de 15-12-1976 e alterações posteriores (Lei das Sociedades por Ações) para efeito da
determinação dos resultados. É o que se depreende do disposto no art. 67, caput, inciso
XI, art. 18º, da Lei nº 7.450, de 1985, consolidado no § 1º do artigo 286 do RIR/2018,
aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 2018 (Parecer Normativo CST nº 34/81);
(5ª) Para fins societários a companhia fechada com PL inferior a R$
2.000.000,00, na data do balanço, não será obrigada à elaboração e publicação da
Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC (§ 6º, art. 176 da Lei nº 6.404/1976, com
redação dada pela Lei 11.638/2007). A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é
obrigatória apenas para as Cias Abertas - Sociedade Anônima de Capital Aberto (item 3 NBC
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■ ATENÇÃO: Não confundir exercício social com ano calendário. Ambos possuem
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Líquido;
(e) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de
Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração das Mutações do Patrimônio
Líquido, Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado.
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I.3 – FORMAS DE TRIBUTAÇÃO DO IRPJ
A pessoa jurídica poderá ser tributada com base no Lucro Real, Lucro Presumido ou
Lucro Arbitrado.
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I.3.2 – REGIMES DE ESCRITURAÇÃO: (arts. 262, 265 e 285 do RIR/2018):
Nota: A legislação tributária permite a apuração pelo regime de caixa, entre outras, nas
seguintes hipóteses: Variações Cambiais, Venda de bens do Ativo Não Circulante para
recebimento a Longo Prazo (art. 503 do RIR/2018), Venda de Bens Imóveis para recebimento à
prazo ou a prestações (art. 484 do RIR/2018).
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I.3.3 – LUCRO PRESUMIDO E LUCRO ARBITRADO
Representam presunções da base de cálculo, ou seja, do lucro que servirá de base de
cálculo para a apuração do IRPJ e da CSLL. Essas presunções representam percentuais (definidos
em lei) aplicados sobre os valores das receitas, objetivando obter a base de cálculo (lucro) dos
mencionados tributos.
Notas:
(1ª) A opção, irretratável para todo o ano-calendário, será manifestada com o pagamento do
IRPJ e da CSLL correspondente ao mês de janeiro ou de início de atividade, quando for o caso;
(2ª) A DRE para fins tributários é denominada Demonstração do Resultado do
Período de Apuração – DRPA (art. 286 do RIR/2018).
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I.3.5 – ALÍQUOTA (art. 225 e 623 do RIR/2018)
● 15% sobre o lucro real, presumido ou arbitrado, determinado no período de apuração
correspondente.
saldo negativo do IRPJ de anos-calendário anteriores (ainda não compensado) apurado na DIPJ
(até o ano-calendário de 2013, exercício de 2014) e na Escrituração Contábil Fiscal - ECF (a partir
do ano-calendário de 2014, exercício de 2015).
Nota: Maiores detalhes serão estudados na matéria de Imposto sobre a Renda das
Pessoas Jurídicas (IRPJ).
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II - BALANÇO PATRIMONIAL (BP)
II.1 – INTRODUÇÃO
O Balanço Patrimonial tem como finalidade demonstrar a situação financeira e
patrimonial das entidades no momento do encerramento do exercício social (slide anterior nº
8), representando, portanto, uma posição estática do patrimônio.
Nessa demonstração, as contas patrimoniais são classificadas de modo a facilitar o
conhecimento da situação financeira das entidades.
Segundo esta orientação, as contas do ativo devem ser apresentadas na ordem
decrescente de liquidez, enquanto as contas do passivo devem obedecer à ordem
decrescente das exigibilidades.
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II.3 - BALANÇO PATRIMONIAL
(ATIVO - ELEMENTOS E CLASSIFICAÇÕES)
1 - ATIVO
1.1 - ATIVO CIRCULANTE – AC (Curto Prazo – veja slide nº 25)
Compreende as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social
subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.
Este grupo pode ser decomposto da seguinte forma:
(a) Disponibilidade (Caixa, Bancos e Aplicações de Liquidez Imediata);
(b) Investimentos Temporários (Aplicações em Letras de Câmbio, Depósitos a Prazo Fixo,
RDB, CDB, etc., ou mesmo em debêntures ou Ações destinadas a serem revendidas até o
término do exercício seguinte);
(c) Créditos (Contas a Receber, Clientes, Duplicatas a Receber, Impostos a Recuperar etc.);
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Compreende os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados
de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas
ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto
da companhia. Na empresa em que o ciclo operacional (consulte slide nº 24) tiver duração
maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o
prazo desse ciclo.
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1 - ATIVO
1.2.2 - INVESTIMENTOS
Compreende as participações permanentes em outras sociedades (inclusive quando decorrentes
de incentivos fiscais) e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que
não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa,
inclusive: imóveis não necessários à manutenção da atividade explorada pela empresa e não
destinados à revenda; florestas destinadas à proteção do solo ou à preservação do ambiente, sem
que se destinem à manutenção das atividades da empresa.
1.2.3 - IMOBILIZADO
Compreende os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção
das atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade,
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recuperação de ativos de que trata o § 3º do artigo 183 da Lei das S/A (artigo 299-A da
Lei nº 6.404, de 1976). Sobre o assunto consulte o Pronunciamento Técnico do Comite de
Pronunciamentos Contábeis (CPC) nº 1.
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II.4 - BALANÇO PATRIMONIAL
(PASSIVO - ELEMENTOS E CLASSIFICAÇÕES)
2 - PASSIVO
2.1 - PASSIVO CIRCULANTE - PC (Curto Prazo – veja slide nº 25)
Compreende as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do
ativo não circulante quando se vencerem no exercício seguinte (Curto Prazo).
2.2 - PASSIVO NÃO CIRCULANTE – PNC (Longo Prazo – veja slide nº 25)
2.2.1 - EXIGÍVEL A LONGO PRAZO (PELP)
Compreende as obrigações da companhia, inclusive financiamento para aquisição de direitos do
ativo não circulante, quando se vencerem em prazo superior ao exercício social
seguinte (ver slide 30). Na empresa em que o ciclo operacional (consulte slide nº 24)
tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por
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202 da Lei nº 6.404/76 (redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) que dispõe:
“Os lucros não destinados nos termos dos artigos 193 a 197 (Reservas de
Lucros) deverão ser distribuídos como dividendos”. Consulte o slide nº 35.
(*) Para efeitos das normas internacionais de contabilidade esta conta deverá ser classificada
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no Passivo (Circulante ou Exigível a Longo Prazo), sendo retificada pela conta Encargos Financeiros
a Transcorrer. A justificativa para esse tratamento é que, como o desconto de duplicata não
transfere para o banco o risco do não recebimento do título, trata-se, na essência,
de um “empréstimo” bancário com duplicatas oferecidas em garantia.
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(3ª) As provisões constituídas para registrar obrigações ainda não
definitivamente constituídas devem ser classificadas no Passivo Circulante (PC) ou no
Exigível a Longo Prazo (PELP), conforme o caso, por exemplo Provisão para Férias,
para Licença Prêmio, para 13º Salário e outras. Consulte a respeito o item de
Provisões (slides nº 81 a 83) no item III - Demonstração do Resultado do
Exercício (DRE);
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TESTES DE FIXAÇÃO
02 - Uma empresa contrai um empréstimo junto à uma instituição
financeira, em 20-07-20X6, no valor de R$ 1.200.000,00, com prazo
de carência de 1 ano e vencimento a partir de julho de 20X7, em 12
parcelas mensais e iguais. Em 31-12-20X6, data do seu balanço,
constarão, de acordo com a Lei das S.A., (em R$):
entidade deve ATIVAR o bem, mediante o seguinte registro contábil (art. 367 do RIR, de 2018):
D – Ativo Imobilizado (ANC - Imobilizado)
C – Arrendamento Mercantil Financeiro a Pagar (PC e PELP)
Notas:
(1ª) Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância
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AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL [(AAP) ver slide 22]
VALOR JUSTO é definido pela estrutura conceitual da contabilidade como o valor pelo
qual um ativo pode ser negociado ou um passivo liquidado entre partes interessadas,
conhecedoras do assunto e independentes entre si, com a ausência de fatores que
pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.
Diversos Pronunciamentos do CPC definem Valor Justo tais como os de nº 1, 4 e 46.
CASO PRÁTICO - DADOS:
● A investidora SDN adquiriu 20.000 ações da Companhia SILPA por R$ 10,00 cada uma,
totalizando R$ 200.000,00 (Custo de Aquisição). Um mês após a aquisição as ações da SILPA
aumentaram para R$ 11,00 cada uma, totalizando R$ 220.000,00. A investidora SDN registrará o
ganho de R$ 20.000,00 (R$ 220.000,00 – R$ 200.000,00) da seguinte forma:
Nota: O total das ações da SILPA está contabilizado pelo valor justo de R$
220.000,00. Se a investidora alienar as ações por R$ 227.000,00 ela vai auferir um ganho
de R$ 7.000,00 (R$ 227.000,00 – R$ 220.000,00) que será contabilizado no Resultado do
Exercício (ARE), porém, como a investidora alienou as ações avaliadas a valor justo, terá que
reconhecer o saldo da conta Ajuste de Avaliação Patrimonial (AAP) para o resultado do
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PREJUÍZOS ACUMULADOS
Entretanto, caso a companhia tenha apurado prejuízo, ela deverá representá-lo na
conta de Prejuízos Acumulados, redutora do Patrimônio Líquido.
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III.1 – OBJETIVO
Demonstrar a Apuração do Resultado do Exercício (ARE), detalhando a composição da
conta ARE (Apuração do Resultado do Exercício) e determinando o valor do Resultado por
Quota ou Ação do Capital Social Integralizado.
Observe a estrutura da DRE (inserida no artigo 187 da Lei nº 6.404, de 1976 - Lei das
Sociedades por Ações) no slide seguinte.
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ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)
Nº DESCRIÇÃO Valores
01 RECEITA OPERACIONAL BRUTA (VENDAS BRUTAS)
02 (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA:
▪ DEVOLUÇÕES DE VENDAS, VENDAS CANCELADAS
▪ ABATIMENTOS E DESCONTOS INCONDICIONAIS CONCEDIDOS
▪ IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS [ICMS, ISS, PIS E COFINS (veja no item III.5)]
▪ AJUSTES A VALOR PRESENTE (AVP) DOS CRÉDITOS DO ATIVO (MATÉRIA DE IRPJ)
03 (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (VENDAS LIQUIDAS)
04 (-) CUSTOS DAS VENDAS [CMV (comercial), CPV (industrial), CSP (prestadora de serviços)]
05 (=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
06 (-) DESPESAS OPERACIONAIS (Manteve no grupo as Receitas Financeiras)
07 (+) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS (Equivalência Patrimonial)
08 (=) RESULTADO OPERACIONAL LIQUÍDO
09 (+) OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS (Antigas não-operacionais para fins Tributários)
10 (=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DA CSLL
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(*) Na ECF a partir do exercício de 2015 e na antiga Ficha 06-A da DIPJ (DRE) até o
exercício de 2014 as participações nos lucros são consideradas antes do Resultado
antes da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), ou seja, são computadas na Linha
nº 06 da DRE apresentada no slide anterior.
RA = RLE RQ = RLE
NA NQ
ONDE:
RLE = Resultado Líquido do Exercício ou do Período de Apuração;
NA = Nº de Ações do Capital Social Integralizado;
NQ = Nº de Quotas do Capital Social Integralizado;
RA = Resultado (Lucro ou Prejuízo) por Ação;
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Abrangente (DRA), ou seja, a mutação que ocorre no Patrimônio Líquido durante um período
que resulta de transações e outros eventos que não são derivados de transações com
sócios ou acionistas na qualidade de proprietários, dessa forma, todas as receitas e
despesas são resultados abrangentes, pois, não decorrem de transações com sócios e sim com
terceiros. Veja a seguir a estrutura básica da DRE estabelecida pela Resolução mencionada.
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DRE – PARA EFEITOS SOCIETÁRIOS (ELEMENTOS MÍNIMOS)
DESCRIÇÃO 31.12.X1 31.12.X0
RECEITAS:
• Vendas de Produtos, Mercadorias e Serviços
(-) CUSTO DAS VENDAS
• Custo dos Produtos, Mercadorias e Serviços (CMV, CPV, CSP)
(=) LUCRO BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS:
• (-) Despesas Administrativas
• (-) Despesas com Vendas
• (+) Outras Despesas e Receitas Operacionais
(+) RESULTADO DAS INVESTIDAS (MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL)
(=) RESULTADO ANTES DAS RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS
(+/-) RESULTADO FINANCEIRO
• Receitas Financeiras
• (-) Despesas Financeiras
(+/-) OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS (antigas não operacionais)
(=) RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
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Nota: Se o Bem for alienado por valor superior a R$ 150.000,00, haverá perante
a legislação do IRPJ um Lucro Não Operacional (Ganho de Capital); se for
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DEFINIÇÃO - São despesas operacionais, redutoras da Receita Bruta (Vb) para fins de
apuração da Receita Líquida (VL), tais como:
● ICMS - Imposto de Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte
Intermunicipal, Interestadual e de Comunicações.
● ISS (QN) - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza.
● IE - Imposto de Exportação.
● PIS - Programa de Integração Social.
● COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social.
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Nota: Veja no subitem III.4.7 (slides 56 a 58) o cálculo das contribuições sociais
(PIS e COFINS) considerando a exclusão do ICMS na base de cálculo dessas
contribuições em função de julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) de março/2017.
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III.5.2 - RECUPERAÇÃO DE IMPOSTOS
Imposto não cumulativo é aquele em que se abate, em cada operação, o montante do
imposto cobrado nas anteriores. Exemplo: ICMS e IPI.
Notas:
(1ª) O Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, pode ser recuperado, mas não é
considerado Imposto Incidente sobre Vendas – por não representar despesa e nem receita
(art. 208, § 2º do RIR/2018);
(2ª) Para fatos geradores ocorridos a partir de 01-12-2002 (PIS) e 01-02-2004
(COFINS) as empresas tributadas com base no lucro real passaram a contabilizar essas
contribuições sociais como tributos não cumulativos. As empresas tributadas com base
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no lucro presumido não tiveram modificação com relação ao cálculo dos referidos tributos.
(3ª) Não se incluem no custo de aquisição “os impostos recuperáveis”
através de créditos na escrita fiscal (§ 3º do artigo nº 301 do RIR/2018).
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III.5.3 – ICMS CALCULADO “POR DENTRO”
O ICMS é um imposto que integra a sua própria base de cálculo (imposto
calculado por dentro), ou seja, no preço de venda ou de compra já está embutido o valor
do ICMS destacado. Assim, a sua alíquota efetiva (real) é superior à alíquota
nominal (divulgada), observe o quadro a seguir:
ALÍQUOTA DO ICMS:
NOMINAL EFETIVA
4% 4,166%
7% 7,527%
12% 13,636%
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17% 20,48%
18% 21,951%
20% 25,000%
25% 33,333%
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III.5.3.1 – ICMS CALCULADO “POR DENTRO”
● COMPRA DE MERCADORIA: Suponha que a empresa tenha adquirido
mercadoria para revenda cujo valor total da NF seja de R$ 1.000,00. Neste montante já estará
incluído o ICMS Destacado na mencionada Nota Fiscal (NF) no valor de R$ 180,00 (18% x R$
1.000,00). A contabilização correspondente seria:
D - Mercadorias em Estoque (R$ 1.000,00 – R$ 180,00) 820,00
D - ICMS a Recuperar (ou C/C de ICMS) 180,00
C – Fornecedores (PC) 1.000,00
Notas:
(1ª) Não consideramos a exclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS em função
da falta de julgamento dos embargos pelo Supremo Tribunal Federal – STF (consulte os slides 56 a 58);
(2ª) Para atividade comercial o cálculo realizado por dentro aumentou a alíquota desses tributos
em 37,457%, ou seja, 37,457% = (27,25% x 1,37457).
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III.5.5 - TRIBUTOS CALCULADOS “POR DENTRO” (SERVIÇOS)
01 Receita Operacional Bruta ........................................................................ 200.000,00
Tributos calculados por dentro:
● ISS ............................................. 5% x R$ 200.000,00 = R$ 10.000,00
02 ● PIS ........................................ 1,65% x R$ 200.000,00 = R$ 3.300,00
● COFINS ................................ 7,60% x R$ 200.000,00 = R$ 15.200,00
● Totais .................................. 14,25% x R$ 200.000,00 = R$ 28.500,00 - 28.500,00
03 Receita sem os Tributos (1 – 2) ................................................................. 171.500,00
Nota: Para atividade prestação de serviços o cálculo realizado por dentro aumentou à alíquota
desses tributos em 16,618%, ou seja, 16,618% = (14,25% x 1,16618). À semelhança do que
ocorreu com o ICMS a justiça (TRF e STJ) sem julgando favoravelmente a exclusão do ISS
(QN) na base de cálculo das contribuições sociais (PIS e COFINS).
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III.5.6 - ICMS SOBRE O VALOR DO IPI
Exemplo de Cálculo – observe a Nota Fiscal de Venda para industrialização:
Valor ..................................................R$ 80.000,00
(+) IPI (alíquota de 25%) ...................R$ 20.000,00
(=) Total da NF ..................................R$ 100.000,00
ICMS Destacado (18%) ....................R$ 14.400,00
Note que a base de cálculo do ICMS não foi o valor total da NF (R$ 100.000,00) e sim o valor de R$
80.000,00. Neste montante não está incluído o valor do IPI.
Note que:
(1º) o IPI representa um imposto calculado "por fora" do preço de venda e cobrado
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III.5.6.1 – FÓRMULAS PARA O CÁLCULO DA OPERAÇÃO – ICMS SOBRE IPI
Os cálculos da operação de saída - venda de bens para uso e consumo – quando o
ICMS incide sobre o valor total da nota fiscal, incluindo o valor do IPI, poderão ser realizados da
seguinte forma:
DADOS:
V = Valor da Operação N = C + ICMS
(+) Valor do IPI Y . N = Y . (C + ICMS)
(=) Total da Nota Fiscal (TNF) [(C + ICMS) + Y (C + ICMS)]
Onde:
Z = alíquota do ICMS
Y = alíquota do IPI
C = Valor da operação sem o ICMS
N = Valor da operação com o ICMS incluso
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ICMS = [Z + (Z . Y)] . N
próprios de tal julgamento, devendo, por isso mesmo, os demais órgãos do Poder Judiciário
fazer a aplicação imediata da diretriz consagrada no tema em questão, consoante entendimento
jurisprudencial prevalecente no âmbito da Suprema Corte (parágrafo extraído da própria Nota de
Esclarecimento sobre a Solução de Consulta Interna nº 13, de 18-10-2018, que será analisada no
subitem seguinte).
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II.5.7.1 - CONSULTA INTERNA DA COSIT Nº 13, DE 18-10-2018
Posteriormente a Receita Federal do Brasil publicou a Solução de Consulta Interna
da Coordenação do Sistema de Tributação (COSIT) nº 13, de 18-10-2018, esclarecendo que o
montante a ser excluído da base de calculo mensal das contribuições sociais (PIS e COFINS)
representa o valor mensal do ICMS a Recolher, conforme o entendimento majoritário
firmado no julgamento do Recurso Extraordinário nº 574.706/PR, pelo Supremo Tribunal
Federal (STF).
Em decorrência de várias manifestações, equivocadas, sobre a Solução de Consulta
Interna COSIT nº 13, de 18 de outubro de 2018, a Secretaria da Receita Federal do Brasil
esclareceu e informou seus termos e fundamentos, nos limites do contido no
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A Empresa Comercial SILNEV Ltda., realizou uma venda a prazo de mercadorias no valor total de
R$ 150.000,00. Os tributos incidentes sobre a referida operação são: IPI 20%, ICMS 18%,
Contribuições Sociais Não Cumulativas: PIS 1,65% e COFINS 7,6%.
Nota: Desconsidere a exclusão do ICMS na Base de Cálculo do
PIS/COFINS.
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06 – O valor total dos tributos incidentes sobre vendas (considerados como despesas operacionais
redutoras da receita bruta para fins de apuração da receita líquida) monta em R$
_______________________.
07 – O valor total da nota fiscal de vendas (importância a ser cobrada do cliente que adquiriu as
referida mercadorias) representa em R$ ______________________.
Vendas Brutas (VB) 5.000,00; Vendas Canceladas do Exercício Anterior 100,00; PIS -
(a) 3.228,00;
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(b) 3.128,00;
(c) 3.028,00;
(d) 2.378,00;
(e) 2.728,00.
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12. O valor do Faturamento Bruto da empresa, corresponderá (em R$):
(a) 5.000,00;
(b) 4.500,00;
(c) 5.500,00;
(d) 4.690,00;
(e) 4.190,00.
13. O valor do Lucro Operacional Bruto (Lb) da empresa, corresponderá (em R$):
(a) 2.628,00;
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(b) 2.128,00;
(c) 2.728,00;
(d) 2.228,00;
(e) 1.728,00.
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14. Da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) da Comercial SDN Ltda., em 31-12-20X3,
foram extraídos os seguinte elementos:
CONTAS: R$
Receita Bruta da Venda de Mercadorias............................................................................... 55.000,00
Receitas Financeiras............................................................................................................. 1.505,00
Despesas de Comissões sobre Vendas................................................................................. 1.000,00
Outras Despesas Operacionais............................................................................................... 6.500,00
Custo das Mercadorias Vendidas........................................................................................... 26.370,00
Descontos Incondicionais Concedidos................................................................................... 5.000,00
PIS Dedução da Receita Bruta............................................................................................... 330,00
COFINS Dedução da Receita Bruta........................................................................................ 1.500,00
Outras Receitas (Não operacionais) ....................................................................................... 2.000,00
Outras Despesas (Não operacionais) ..................................................................................... 250,00
ICMS sobre Vendas ................................................................................................................ 8.000,00
Despesas Financeiras.............................................................................................................. 500,00
Provisão para o Imposto de Renda (sobre Lucro Real)............................................................ 1.300,00
PIS - Despesa Operacional....................................................................................................... 10,00
COFINS - Despesa Operacional................................................................................................ 45,00
Provisão para CSLL................................................................................................................... 1.200,00
Professor • Silvério das Neves
O Resultado com Mercadorias (Lucro Bruto) e o Lucro Líquido do Exercício – LLE - (após o Imposto de Renda)
na DRE para fins tributários, importaram, respectivamente (R$), em:
(a) 40.170,00 e 7.500,00;
(b) 13.800,00 e 6.500,00;
(c) 6.500,00 e 13.800,00;
(d) 14.000,00 e 7.000,00;
(e) 7.000,00 e 14.000,00.
SLIDE 63
III.6 – AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS E MATÉRIAS PRIMAS
III.6.1 - CUSTO DE AQUISIÇÃO – RIR/2018 (DECRETO Nº 9.580, DE 2018)
SLIDE 67
NOTAS:
(3ª) Das opções calculadas no subitem C2 para avaliação do estoque final dos Produtos
em Elaboração, a de R$ 1.200,00 é a que implica menor valor do referido
estoque e, portanto, maior custo dos produtos vendidos (CPV) e menor
resultado industrial no período de apuração encerrado. Entretanto, o valor
do estoque inicial do período de apuração seguinte também é menor, o que implicará
um maior resultado industrial neste período;
Professor • Silvério das Neves
Nota: Os abatimentos sobre vendas não devem ser confundidos com os descontos
financeiros, concedidos ou obtidos, em razão do pagamento ou recebimento de títulos por
antecipação (esses descontos são considerados receitas ou despesas financeiras e, dessa
forma, não alteram o valor do Lucro Bruto).
SLIDE 69
III.7.3 - CASO PRÁTICO - INVENTÁRIO PERIÓDICO E PERMANENTE
NOTAS FISCAIS A PRAZO DE:
DEVOLUÇÃO
ELEMENTOS VENDAS
DE VENDAS
Valor Bruto ............................. 220.000,00 22.000,00
(-) Desconto Incondicional ..... -20.000,00 -2.000,00
(=) Valor total da NF ............. 200.000,00 20.000,00
ICMS Destacado (18%) ......... 36.000,00 3.600,00
período de apuração;
(2º) A operação de Devolução de Vendas como se ela se referisse a Venda
realizada em período de apuração de apuração anterior;
(3º) Contabilizar utilizando os Inventários Periódico e Permanente.
SLIDE 70
CONTABILIZAÇÃO – INVENTÁRIO PERIÓDICO:
➢ NF DE VENDA A PRAZO:
D - Duplicatas a Receber (AC) 200.000,00
D - Descontos Incondicionais Concedidos (*) 20.000,00
C - Receita Bruta (ARE) 220.000,00
D - ICMS sobre Vendas (**)
C - ICMS a Recolher (C/C de ICMS) 36.000,00
➢ NF DE DEVOLUÇÃO DE VENDAS
D - Devolução de Vendas (***) 22.000,00
C - Duplicatas a Receber (AC) 20.000,00
C - Descontos Incondicionais Concedidos (*) 2.000,00
D - ICMS a Recuperar (C/C de ICMS)
C - ICMS sobre Vendas (ARE) 3.600,00
Professor • Silvério das Neves
(*), (**) e (***) – parcelas redutoras da Receita Bruta para fins de apuração da Receita
Liquida na DRE (art. 208 do RIR/2018).
SLIDE 71
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE
ELEMENTOS VALORES R$
Receita Operacional Bruta (Vendas Brutas) ............................................................................. 220.000,00
(-) Deduções da Receita Bruta:
▪ Devolução de Vendas ................................................................................ R$ 22.000,00
▪ Descontos Incondicionais Concedidos ( 20.000,00 – 2.000,00).................. R$ 18.000,00
▪ ICMS sobre Vendas (36.000,00 – 3.600,00)............................................... R$ 32.400,00 -72.400,00
(=) Receita Operacional Líquida (Vendas Líquidas) .................................................................. 147.600,00
Note que o valor da Receita Operacional Líquida (Vendas Líquidas) correspondente exatamente
ao valor líquido da Nota Fiscal de Vendas deduzido do valor do valor líquido da Nota Fiscal de
Devolução de Vendas e do valor líquido do ICMS sobre Vendas. Observe o cálculo a seguir:
▪ Valor Bruto (R$ 220.000,00 – R$ 22.000,00) .................................................. R$ 198.000,00
▪ (-) Descontos Incondicional (R$ 20.000,00 – R$ 2.000,00) ............................ R$ 18.000,00
Professor • Silvério das Neves
SLIDE 76
III.8 - DESPESAS OPERACIONAIS
Os encargos necessários à atividade da empresa e à sua manutenção, que não fazem
parte do custo, classificam-se como despesas operacionais.
Para apuração do Lucro Operacional (pela legislação tributária – art. 289 do RIR/2018) deduz-
se das receitas, além dos custos (CPV, CMV, CSP), as despesas administrativas, despesas
com vendas, despesas financeiras líquidas e outras despesas operacionais.
Notas:
(1ª) Os custos são os encargos incorridos pela empresa para a produção de bens e
serviços. As despesas são os demais encargos não ligados à área produtiva e que são
Professor • Silvério das Neves
(ativas e passivas) serão consideradas, para os efeitos da legislação do imposto de renda das
pessoas jurídicas (IRPJ), da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL), da contribuição
PIS/PASEP e COFINS, como receitas ou despesas financeiras, conforme o caso (art. 404 do
RIR de 2018, cuja matriz legal é o art. 9º da Lei nº 9.718, de 1998).
SLIDE 80
III.9 – PROVISÕES
III.9.1 – DEFINIÇÃO (ASPECTOS TRIBUTÁRIOS)
Sob o ponto de vista tributário são retificações de ativos (?) e/ou passivos exigíveis já que
se referem a perdas de ativos ou obrigações que recebem essa denominação pelo seu caráter
estimativo e, além disso, tem fato gerador contábil ocorrido. (?) Veja slide 83
RETIFICADORAS DO ATIVO (CONSULTE O SLIDE Nº 83):
➢ Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa – AC ou ARLP (*)
➢ Provisão para Ajuste de Bens ao Valor de Mercado – AC ou ARLP (*)
➢ Provisão para Perdas Prováveis na Realização de Investimentos - ANC (*)
PASSIVOS EXIGÍVEIS – PASSIVO (CONSULTE SLIDE Nº 83):
➢ Provisão para Gratificações a Empregados - PC (*)
➢ Provisão para Licença-Prêmio – PC (*)
➢ Provisão para Férias de Empregados – PC (Dedutível - art. 342 do RIR/2018)
Professor • Silvério das Neves
Nota: São dedutíveis as provisões técnicas das companhias de seguro, capitalização e entidades de
previdência privada (art. 340 do RIR/2018), bem como, a Provisão para Perdas em Estoque de Livros
(art. 341 do RIR/2018).
SLIDE 81
(a) CONSTITUIÇÃO DAS PROVISÕES INDEDUTÍVEIS
D - Despesas (ARE)
C - Provisões (*) 36.000,00
(*) Provisão retificadora do Ativo ou do Passivo Exigível (PE).
Nota: Se a Provisão for indedutível, na apuração da Base de Cálculo (BC) dos tributos
sobre o lucro (IRPJ e CSLL), o referido valor deverá ser adicionado à referida base de
cálculo na parte A e controlado na Parte B do LACS/LALUR.
SLIDE 82
III.9.2 – PROVISÕES - ASPECTOS SOCIETÁRIOS
O Pronunciamento Técnico CPC nº 25 que trata das provisões, passivos e ativos contingentes,
define provisões como sendo um passivo de prazo ou de valor incerto (itens nº 7 e 10).
Portanto após o mencionado Pronunciamento do CPC as provisões retificadoras do ativo
passaram contabilmente a ser denominadas de:
➢ Perdas Prováveis com Créditos de Liquidação Duvidosa – AC ou ARLP;
➢ Perdas Estimadas com Ajuste de Bens ao Valor de Mercado – ARLP;
➢ Perdas Prováveis na Realização de Investimentos – ANC – Investimentos;
➢ Perdas Estimadas por Desvalorização de Ativos (Pronunciamento CPC nº 01).
SLIDE 83
II.10 – PERDAS EM OPERAÇÕES DE CRÉDITO (ARTS. 347 a 351 DO RIR/2018 E ARTS.
71 A 74 DA IN SRF Nº 1.700, DE 2017)
DEDUTIBILIDADE - Poderão ser registrados como perda os créditos:
I - em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor, em
sentença emanada do Poder Judiciário;
II - SEM GARANTIA , DE VALOR:
(a) até R$ 15.000,00 por operação, vencidos há mais de seis meses, independentemente de
iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento;
CONTABILIZAÇÃO I, II A:
D - Perdas no Recebimento de Créditos (Despesas com Vendas)
C - Duplicatas a Receber (AC ou ARLP)
(b) acima de R$ 15.000,00 até R$ 100.000,00 por operação, vencidos há mais de um ano,
independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, porém, mantida a
cobrança administrativa;
(c) superior a R$ 100.000,00 por operação vencidos, vencidos há mais de um ano, desde que
Professor • Silvério das Neves
A conta redutora poderá ser baixada contra o crédito a partir do 5º ano do seu vencimento.
No caso de crédito com empresa em processo falimentar, em concordata ou em recuperação judicial,
a dedução da perda será admitida a partir da data da decretação da falência ou do deferimento do
processamento da concordata ou recuperação judicial, desde que a credora tenha adotado os
procedimentos judiciais necessários para o recebimento do crédito (§ 5º do art. 347 do RIR/2018 cuja
matriz legal é a Lei nº 9.430, de 1996, art. 9º, § 4º e § 8º, regulamentado pelo art. 71 da IN RFB 1.700/17).
SLIDE 85
CONSIDERA-SE:
(1) OPERAÇÃO a venda de bens, a prestação de serviços, a cessão de direitos, a aplicação
de recursos financeiros em operações com títulos e valores mobiliários, constante de um único
contrato, no qual esteja prevista a forma de pagamento do preço pactuado, ainda que a transação
seja realizada para pagamento em mais de uma parcela. No caso de empresas mercantis, a
operação será caracterizada pela emissão da fatura, mesmo que englobe mais de uma nota fiscal
(§§ 2º e 3º, art. 71 da IN RFB nº 1.700, de 2017).
(2) CRÉDITO GARANTIDO, para estes fins, o proveniente de venda com reserva de
domínio, alienação fiduciária em garantia ou de operações com outras garantias reais (§ 4º, art. 347
do RIR/2018 regulamentado pela Lei nº 9.430, de 1996, art. 9º, § 3º).
(3) ARRESTO: Medida acautelatória dos direitos do credor, para não ter prejuízos na
eventualidade de ser vencedor em ação contra o proprietário do bem que possa ser subtraído de
Professor • Silvério das Neves
IMPORTANTE
As empresas poderão usar taxas superiores às fixadas desde que comprovem,
mediante laudo pericial de órgão técnico, sua adequação ao tempo de vida útil do
bem (art. 320 do RIR/2018, regulamentado pelo art. 124, § 2º da IN RFB 1.700/2017).
SLIDE 87
III.11.2 – AMORTIZAÇÃO (DEFINIÇÃO - ASPECTOS TRIBUTÁRIOS)
Representa um ativo não monetário identificável sem substância física. Compreende a
importância correspondente à recuperação do capital aplicado em bens intangíveis que não
possui substância física (art. 330 do RIR/2018).
SLIDE 88
III.11.2.2 – TAXA DE AMORTIZAÇÃO (ART. 333 DO RIR/2018)
A taxa anual de amortização será estabelecida tendo em vista o número de anos
restantes de existência do direito (Lei nº 4.506, de 1964, art. 58, § 1º).
III.11.4 – CONTABILIZAÇÃO
D - Despesa de Depreciação, Amortização ou Exaustão (ARE - Resultado)
C - Depreciação, Amortização ou Exaustão Acumulada [conta retificadora do ANC]
Nota: A matéria deste subitem encontra-se disciplinada nos artigos: 317 a 329 (Depreciação), 330
a 335 (Amortização) e 336 a 338 (Exaustão) do RIR/2018.
SLIDE 90
III.11.5 – ALTERAÇÕES DA LEI Nº 12.973, DE 2014
O artigo 40 da Lei nº 12.973, de 2014, alterou o art. 57 da Lei nº 4.506, de
1964, permitindo a exclusão no LACS/LALUR da quota de depreciação
registrada a menor na contabilidade do contribuinte para atender as disposições da
legislação societária (inciso II, art. 183, Lei nº 6.404/76 – consulte a respeito os slides
nº 92 a 94). Esta matéria encontra-se consolidada no art. 321 do RIR/2018 (Decreto
nº 9.580, de 2018).
O Parecer Normativo COSIT nº 01, de 2011 e artigo 124, §§ 4º e 5º da IN
RFB nº 1.700, de 2017, regulamentam os aspectos tributários previsto no art. 321 do
RIR/2018, cuja matriz legal é o art. 40 da lei nº 12.973, de 2014.
Professor • Silvério das Neves
Notas:
(1ª) A matéria prevista no artigo (perdas e critérios para determinar vida útil – incisos I e
Professor • Silvério das Neves
(1ª) Valor Residual representa o valor que um ativo imobilizado (máquina, veículo,
equipamento etc.), terá no final da sua vida útil (valor não depreciado do bem);
(2ª) Perda Estimada por Desvalorização do Ativo (art. 183, § 3º, inciso I, da Lei nº
6.404, de 1976 – consulte no slide anterior) definida pelo Pronunciamento Técnico CPC nº 1
[consulte a respeito o item III.12 (slides nº 95 a 97 adiante, inclusive caso prático)].
SLIDE 93
III.11.6.1 – CALCULO E CONTABILIZAÇÃO DA DEPRECIAÇÃO
● Depreciação Societária ........... R$ 12.000,00 (6% de R$ 200.000,00)
▪ Contabilização:
D – Despesas de Depreciação (ARE)
C – Depreciação Acumulada [(-) do ANC Imobilizado] 12.000,00
● Depreciação Tributária Dedutível:
▪ Valor ... R$ 25.000,00 [10% de R$ 250.000,00 (Custo de Aquisição do bem)]
● AJUSTE (EXCLUSÃO NO LACS/LALUR – CONSULTE SLIDE 91):
◦ Depreciação Tributária Dedutível (veja o slide nº 93) ......... R$ 25.000,00
◦ (-) Depreciação Societária (veja o slide nº 93) .................... R$ 12.000,00
◦ (=) Exclusão Autorizada no LALUR/LACS ......................... R$ 13.000,00
Nota: O valor excluído na parte A (R$ 13.000,00), deverá ser controlado na parte B do
LACS/LALUR (art. 321 do RIR/2018, regulamentado pelo art. 124, § § 4º e 5º da IN RFB nº 1.700,
Professor • Silvério das Neves
CASO PRÁTICO:
● Valor contábil do bem (veja definição no slide nº 44) ................... R$ 150.000,00;
● Valor Justo (ver slide nº 33 e 2ª nota do slide 97) ........................ R$ 120.000,00;
● Valor Líquido de Uso (ver 3ª nota no slide nº 97) ........................ R$ 115.000,00.
SLIDE 95
VALOR RECUPERÁVEL: o maior dos dois (valor justo ou valor de uso, no caso
seja superior ao valor contábil não existira nenhuma perda a ser registrada na
contabilidade.
CONTABILIZAÇÃO:
D – Perdas - Redução de Bens ao Valor Recuperável de Ativos (ARE)
C – Perda Estimada por Desvalorização de Ativos (Redutora do Ativo) 30.000,00
(2ª) Valor Justo representa o valor pelo qual o ativo pode ser negociado entre partes
interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de fatores que
pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória (consulte
a respeito o slide nº 33);
(3ª) Valor em Uso representa o valor presente líquido de fluxo de caixa, gerado pelo
uso do bem nas atividades da pessoa jurídica;
Professor • Silvério das Neves
(4ª) Unidade Geradora de Caixa – representa o menor grupo identificável de ativos que
gera entradas de caixa que são, em grande parte, independentes das demais entradas de caixa
de outros ativos ou grupos de ativos (definição constante no Pronunciamento Técnico do CPC nº
01 que trata da redução ao valor recuperável de ativos).
SLIDE 97
TESTES DE FIXAÇÃO
15. As contas que computam os eventos de estoque, compras e vendas, tiveram o seguinte
comportamento em setembro:
CONTAS VALORES R$
Vendas ...................................................................... 125.000,00
Compras ................................................................... 75.000,00
ICMS sobre Vendas .................................................. 15.000,00
ICMS sobre Compras ............................................... 9.000,00
ICMS a Recolher ..................................................... 6.000,00
Fretes sobre Compras ............................................. 6.250,00
Fretes sobre Vendas ............................................... 8.750,00
Estoque Inicial (Ei) ................................................... 37.500,00
Estoque Final (Ef) .................................................... 50.000,00
Professor • Silvério das Neves
Com base nos dados acima o lucro bruto alcançou o valor de (em R$):
(a) 56.500,00;
(b) 59.750,00;
(c) 65.500,00;
(d) 50.250,00;
(e) 41.500,00.
SLIDE 98
16. A empresa Comércio Industrial Ltda. comprou 250 latas de tinta a custo unitário de R$ 150,00,
tributadas com IPI de 5% e ICMS de 12%. Pagou entrada de 30% e aceitou duas duplicatas
mensais de igual valor. A tinta adquirida foi contabilizada conforme sua natureza contábil
funcional, com a seguinte destinação:
➢ 50 latas para consumo interno;
➢ 100 latas para revender; e
➢ 100 latas para usar como matéria prima.
(b) 37.500,00;
(c) 35.025,00;
(d) 34.875,00;
(e) 33.125,00.
SLIDE 99
OBSERVE OS DADOS PARA RESPONDER AS QUESTÕES 17 E 18.
A Empresa de Mineração Faca Amarela começou as suas atividades de exploração no começo do
Ano 1. No fim do ano, o seu contador preparou o resumo dos custos de mineração que foi o seguinte:
DADOS: VALORES R$
Mão de Obra 2.380.000,00
Material 245.000,00
Diversos 539.280,00
Total 3.164.280,00
Estes itens não incluem nenhum custo de depreciação, amortização ou exaustão. Os dados
referentes ao Ativo Não Circulante (ANC) usados na mineração do ouro eram os seguintes:
18. Segundo as disposições da legislação tributária a Depreciação Acumulada que poderá ser
excluída no LALUR/LACS do final do ano 1 é de R$:
Professor • Silvério das Neves
(a) 33.600,00;
(b) 29.400,00;
(c) 0,00;
(d) 460,00;
SLIDE 101
(e) 4.200,00.
IV - DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
(DLPA) – art. 186 da Lei nº 6.404/1976
IV.1 – OBJETIVO
Demonstrar a movimentação da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados (LPA), revelando os
eventos que influenciaram a modificação do seu saldo. Essa demonstração deve também revelar
o dividendo por ação do capital realizado.
A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) é a representação dos lucros ou
prejuízos acumulados no início do período de apuração (exercício) e as mutações ocorridas
durante o atual período de apuração (exercício).
A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) discriminará:
➢ O saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do
Professor • Silvério das Neves
(=) Saldo no Final do Período (+) ............................................................. [(+) Lucro ou (-) Prejuízo]
SLIDE 103
IV.3 – CONTABILIZAÇÃO – DESTINAÇÃO DO LUCRO APURADO:
IV.3.1 – FORMAÇÃO DE RESERVAS DE LUCROS
D - Lucros Acumulados (PL)
C - Reservas de Lucros (PL)
IV.3.2 – REVERSÃO DE RESERVAS DE LUCROS
D - Reservas de Lucros (PL)
C - Lucros Acumulados (PL)
IV.3.3 – CAPITALIZAÇÃO DE LUCROS
D - Lucros Acumulados (PL)
C - Capital Social (PL)
IV.3.4 – DIVIDENDOS OU LUCROS CREDITADOS
D - Lucros Acumulados (PL)
C - Dividendos a Pagar (PC)
Nota: O artigo 178 da Lei nº 6.404/76 (redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) retirou do PL no
Balanço Patrimonial a conta de Lucros Acumulados. Este fato deve-se à nova redação do § 6º do artigo
Professor • Silvério das Neves
202 da Lei nº 6.404, de 1976 (dada pela Lei nº 10.303, de 2001), que dispõe:
“Os lucros não destinados nos termos dos artigos 193 a 197 (Reservas de Lucros)
deverão ser distribuídos como dividendos”.
Assim, no Balanço Patrimonial das sociedades por ações a conta de Lucros Acumulados não
poderá conter saldo com lucros (slides nº 22 e 35). Para os demais tipos societários não é
obrigatória a destinação total dos Lucros Apurados, portanto nessa hipótese, no Balanço Patrimonial a
conta de Lucros Acumulados poderá apresentar saldo (Resolução CFC nº 1.159, de 2009).
SLIDE 104
IV.4 - CONCEITOS (DLPA)
Saldo Inicial de Lucros ou Prejuízos Acumulados é o valor constante do balanço de
encerramento do período de apuração anterior.
Ajustes de Períodos de Apuração Anteriores são aqueles decorrentes de efeitos de
mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício
anterior, e que não possa ser atribuído a fatos subsequentes. Esses ajustes podem decorrer de
erro na omissão de lançamentos de Receitas ou Despesas de períodos anteriores, ou da
contabilização a maior ou a menor da provisão para o imposto de renda (PIR). Tais ajustes, também,
podem ser decorrentes da alteração de critérios contábeis (alteração no critério de
avaliação de estoques ou do regime de escrituração caixa para competência). Segundo o Princípio de
Competência do Exercício, tais valores não poderão ser contabilizados como receitas e despesas
no atual período de apuração (exercício social), motivo pelo qual deverão ser lançados, positiva
ou negativamente, como ajustes de períodos de apuração anteriores diretamente no PL na
Professor • Silvério das Neves
conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados – LPA (§1º, art. 186 da Lei nº 6.404, de 1976).
Reversão de Reservas decorre da não utilização das reservas de lucros anteriormente
constituídas, como Reservas de Contingências, de Lucros a Realizar, etc.
CONTABILIZAÇÃO:
D - Reservas de Lucros (PL)
C - Lucros ou Prejuízos Acumulados (LPA)
SLIDE 105
TESTES DE FIXAÇÃO SOBRE DLPA
19. A Companhia SDN contabilizou em fevereiro de 20X4 o recebimento de receita de prestação de serviços
o valor de R$ 6.000,00. Sabendo-se que:
● A receita se refere ao mês de dezembro/X3 e não foi contabilizada no período oportuno;
● A taxa para cálculo do Imposto de Renda em 20X3 foi de 15% e a Companhia não estava sujeita ao
adicional do IRPJ.
Supondo que não existam outros elementos a serem considerados, assinale a alternativa que contém a
contabilização do fato apontado:
(a) D - Disponível
C - Receita de Prestação de Serviços 6.000,00
(b) D - Disponível 6.000,00
C - Lucros Acumulados (Ajuste de Períodos Anteriores) 5.100,00
C - Provisão para o Imposto de Renda 900,00
(c) D - Duplicatas a Receber 6.900,00
C - Lucros Acumulados (Ajuste de Períodos Anteriores) 6.000,00
Professor • Silvério das Neves
● Os lucros distribuídos foram creditados na conta Lucros a Pagar (Passivo Circulante - PC).
SLIDE 108
OBRIGADO