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Curso de Pós-Graduação em

Gestão Tributária e Compliance

MODULO CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA


PROF. SILVÉRIO
Professor DAS NEVES
Augusto Coimbra

Aulas: 11, 12, 25 e 26 de


SETEMBRO de 2020.
ÍNDICE DA MATÉRIA
Nº MATÉRIA SLIDES
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – ELABORAÇÃO: 3 a 13
I
✓ Legislação Societária e Tributária. Iniciação ao IRPJ. 3 a 13
II BALANÇO PATRIMONIAL (BP) – Nova Estrutura 14 a 37
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE (DRPA): 38 a 102
Objetivo, Estrutura, Conceitos e DRE para efeito tributário/societário, Valor Contábil 38 a 44
Tributos sobre Vendas e Serviços (ICMS, ISS, PIS e COFINS) 45 a 63
Compras de Mercadorias e Matérias Primas (Custo de Aquisição) 64 e 65
III Empresa Industrial (sem contabilidade de Custos Integrada e
66 a 68
Coordenada com a Escrituração)
Devoluções de Vendas, Abatimentos e Descontos Incondicionais (períodos anteriores) 69 a 76
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Despesas Operacionais (Administrativas, Vendas, Financeiras) 77 a 80


Provisões, Perdas de Crédito, Depreciação, Amortização e Exaustão,
81 a 101
Avaliação de Ativos e Teste de Recuperabilidade
IV DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (DLPA) 102 a 108
TESTES DE FIXAÇÃO – SLIDES: 7, 26, 36, 37, 59 a 63, 98 a 101, 106 e 107.
TRABALHO ESPECIAL NA PLATAFORMA SER – PARA ATRIBUIÇÃO DE NOTA.

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I - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – INTRODUÇÃO:
ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA
I.1 – ELABORAÇÃO PELA LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA
Por ocasião do encerramento do exercício social, as empresas devem elaborar as seguintes
demonstrações contábeis (art. 176 da Lei nº 6.404/1976, com redação dada pelas Leis nº 11.638, de
2007 e 11.941, de 2009):
● Balanço Patrimonial (BP);
● Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
● Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) – Pronunciamento Técnico CPC nº 26;
● Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
● Demonstração das Mutações do Patrimônio (DMPL);
● Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
● Demonstração do Valor Adicionado [(DVA) obrigatória para as companhias abertas];
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● Notas Explicativas (NE) às Demonstrações Financeiras.


As demonstrações contábeis devem ser complementadas por notas explicativas, quadros
analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação
patrimonial e dos resultados do exercício (§ 4º, art. 176, Lei 6.404/76). As demonstrações de cada
exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do
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exercício anterior (§ 1º, art. 176).
I.2 – PELA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (IRPJ)
As Demonstrações Contábeis obrigatórias para todos os contribuintes sujeitos à tributação
do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) com base no Lucro Real (art. 286 do
RIR/2018 - Decreto nº 9.580/2018), são:
● Balanço Patrimonial (BP);
● Demonstração do Resultado do Exercício – DRE (para fins societários) ou Demonstração do
Resultado do Período de Apuração - DRPA (para fins tributários);
● Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA).

NOTAS:
(1ª) Para fins de elaboração das demonstrações contábeis a sociedade deverá observar o
disposto nos artigos 175 a 188 da Lei nº 6.404/76 (das S.A.) e alterações posteriores (Leis nº
9.457, de 1997, 10.303, de 2001, 11.638, de 2007, 11.941, de 2009, 12.810, de 2013, 13.129, de
2015 e 13.818 de 2019);
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(2ª) Para fins societários a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) poderá
ser incluída na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), quando esta
demonstração for elaborada e publicada pela empresa (artigo 186, § 2º da Lei nº 6.404, de 1976);
(3ª) Para fins societários a Instrução CVM nº 59, de 22-12-1986, publicada no D.O.U. de 30-
12-1986, tornou obrigatória a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) para as
Companhias Abertas (S.A., de Capital Aberto);
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(4ª) As empresas sujeitas à apuração do imposto de renda com base no lucro real,
seja qual for o tipo societário adotado, serão obrigadas ao cumprimento dos preceitos da Lei nº
6.404, de 15-12-1976 e alterações posteriores (Lei das Sociedades por Ações) para efeito da
determinação dos resultados. É o que se depreende do disposto no art. 67, caput, inciso
XI, art. 18º, da Lei nº 7.450, de 1985, consolidado no § 1º do artigo 286 do RIR/2018,
aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 2018 (Parecer Normativo CST nº 34/81);
(5ª) Para fins societários a companhia fechada com PL inferior a R$
2.000.000,00, na data do balanço, não será obrigada à elaboração e publicação da
Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC (§ 6º, art. 176 da Lei nº 6.404/1976, com
redação dada pela Lei 11.638/2007). A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é
obrigatória apenas para as Cias Abertas - Sociedade Anônima de Capital Aberto (item 3 NBC
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TG 09, Resoluções CFC nº 1.138/08 e nº 1.162/09);


(6ª) Para fins societários as demonstrações contábeis das companhias abertas e as
Sociedades de Grande Porte (ver slide seguinte) observarão as normas expedidas pela
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e serão obrigatoriamente auditadas por
auditores independentes registrados nessa mesma Comissão.
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Nota: Considera-se Sociedade de Grande Porte (SGP) a sociedade ou conjunto
de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total
superior a R$ 240.000.000,00 ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (art.
3º, § único, Lei 11.638/2007).

LEI Nº 6.404 de 15-12-1976


Art. 175 – O exercício social terá a duração de um ano e a data de término será
fixada no estatuto.
Parágrafo único: Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária, o
exercício social poderá ter duração diversa.

■ ATENÇÃO: Não confundir exercício social com ano calendário. Ambos possuem
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12 meses, porém, no ano calendário este período estende-se de 1º de janeiro a 31 de


dezembro, enquanto que no exercício social o período de 12 meses deve ser contado do
dia seguinte à data do encerramento das demonstrações contábeis, prevista no estatuto social
da Companhia.
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TESTE DE FIXAÇÃO

01 - As demonstrações contábeis obrigatórias para todos os contribuintes sujeitos à


tributação do imposto de renda das pessoas jurídicas com base no
Lucro Real, são:
(a) Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício;
(b) Balanço Patrimonial e Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados;
(c) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício e Demonstração de
Lucros ou Prejuízos Acumulados;
(d) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de
Lucros ou Prejuízos Acumulados e Demonstração das Mutações do Patrimônio
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Líquido;
(e) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de
Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração das Mutações do Patrimônio
Líquido, Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado.
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I.3 – FORMAS DE TRIBUTAÇÃO DO IRPJ
A pessoa jurídica poderá ser tributada com base no Lucro Real, Lucro Presumido ou
Lucro Arbitrado.

I.3.1 – LUCRO REAL


O Lucro Real exige a escrituração contábil e fiscal completa e comprovada. Representa o
Resultado Líquido contábil [antes dos tributos sobre o lucro (CSLL e IRPJ)] devidamente
ajustado por Adições, Exclusões e Compensações (que representam diferenças entre o
tratamento contábil e o tratamento tributário dos registros realizados na escrituração contábil).

AJUSTES (ADIÇÕES, EXCLUSÕES E COMPENSAÇÕES):


Os ajustes (adições, exclusões e compensações) necessários à obtenção do Lucro Real
serão escrituradas em Livros Fiscais, a saber:
● LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real para apurar o IRPJ;
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● LACS – Livro de Apuração da Contribuição Social para apurar a CSLL.


Nota: O LACS/LALUR encontra-se dividido em duas partes, a saber:
Parte A – registro das adições e exclusões na base de cálculo;
Parte B – registro de valores que constituíram ajustes futuros.

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I.3.2 – REGIMES DE ESCRITURAÇÃO: (arts. 262, 265 e 285 do RIR/2018):

● ESCRITURAÇÃO - deverá ser mantida em registro permanente, em obediência aos


preceitos da legislação comercial, bem como aos Princípios Fundamentais de Contabilidade,
devendo observar métodos e critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações
patrimoniais, segundo o regime de competência.
● REGIME DA COMPETÊNCIA - A pessoa jurídica tributada com base no lucro real deverá
apurar seus resultados de acordo com as leis comerciais e fiscais, observando o regime de
competência. Assim, as receitas, despesas ou custos devem ser reconhecidos no período de apuração a
que se referirem, independentemente do efetivo pagamento ou recebimento, da inadimplência ou
impontualidade do devedor, bem como se este promove demanda judicial para contestar a dívida. Para
fins tributários existem exceções onde se permite apurar e pagar o tributo pelo regime de
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caixa (veja nota a seguir).

Nota: A legislação tributária permite a apuração pelo regime de caixa, entre outras, nas
seguintes hipóteses: Variações Cambiais, Venda de bens do Ativo Não Circulante para
recebimento a Longo Prazo (art. 503 do RIR/2018), Venda de Bens Imóveis para recebimento à
prazo ou a prestações (art. 484 do RIR/2018).
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I.3.3 – LUCRO PRESUMIDO E LUCRO ARBITRADO
Representam presunções da base de cálculo, ou seja, do lucro que servirá de base de
cálculo para a apuração do IRPJ e da CSLL. Essas presunções representam percentuais (definidos
em lei) aplicados sobre os valores das receitas, objetivando obter a base de cálculo (lucro) dos
mencionados tributos.

I.3.4 - PERÍODOS DE APURAÇÃO (Art. 217 do RIR/2018)


REGRA: TRIMESTRAIS, encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de
dezembro de cada ano-calendário.
OPÇÃO: APURAÇÃO ANUAL com base no LUCRO REAL determinado em 31 de dezembro de
cada ano-calendário, desde que a empresa antecipe o pagamento dos tributos sobre o lucro (IRPJ e CSLL)
através de recolhimentos mensais calculados por estimativa (cálculo semelhante ao lucro presumido).
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Notas:
(1ª) A opção, irretratável para todo o ano-calendário, será manifestada com o pagamento do
IRPJ e da CSLL correspondente ao mês de janeiro ou de início de atividade, quando for o caso;
(2ª) A DRE para fins tributários é denominada Demonstração do Resultado do
Período de Apuração – DRPA (art. 286 do RIR/2018).
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I.3.5 – ALÍQUOTA (art. 225 e 623 do RIR/2018)
● 15% sobre o lucro real, presumido ou arbitrado, determinado no período de apuração
correspondente.

I.3.6 – ADICIONAL (art. 225, 624 e 625 do RIR/2018)


● 10% sobre a parcela da base do lucro real, presumido ou arbitrado que exceder o valor
resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de apuração.

I.3.7 – CASO PRÁTICO


● Base de Cálculo = Lucro Real do período trimestral ........................................ R$ 100.000,00
● Cálculo do IRPJ:
○ Imposto de Renda (15% x R$ 100.000,00) ......................................................... R$ 15.000,00
○ Adicional de IR [10% x R$ 40.000,00 (R$ 100.000,00 – R$ 60.000,00)] ............ R$ 4.000,00
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○ (=) Total ............................................................................................................... R$ 19.000,00

I.4 – AJUSTES (ADIÇÕES, EXCLUSÕES E COMPENSAÇÕES)


São escrituradas nas Partes A e B nos seguintes Livros Fiscais:
● LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real para apurar o IRPJ;
● LACS – Livro de Apuração da Contribuição Social para apurar a CSLL.
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CASOS PRÁTICOS:
PRIMEIRO PERÍODO DE APURAÇÃO:
● Lucro Líquido do período de apuração, antes do IRPJ ................................ R$ 400.000,00
● (+) Adições à base de cálculo registradas no LALUR ................................... R$ 120.000,00
● (-) Exclusões à base de cálculo registradas no LALUR ................................ R$ 600.000,00
● (=) Base de Cálculo Negativa do IRPJ (Prejuízo Fiscal) ............................... R$ - 80.000,00
Nota: O valor do Prejuízo Fiscal (R$ 80.000,000), bem como, as futuras compensações serão
controladas na Parte B do LALUR para compensação futura. A compensação não poderá ser
superior a 30% da base de cálculo existente antes de sua dedução (já ajustada por adições e
exclusões).
SEGUNDO PERÍODO DE APURAÇÃO:
● Prejuízo Líquido do período de apuração, antes do IRPJ .................................... R$ -100.000,00
● (+) Adições à base de cálculo registradas no LALUR ........................................... R$ 380.000,00
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● (-) Exclusões à base de cálculo registradas no LALUR ........................................ R$ 80.000,00


● (=) Base de Cálculo Positiva Antes da Compensação .......................................... R$ 200.000,00
● (-) Compensação de Prejuízos Fiscais anteriores:
● Saldo a Compensar ..................................... R$ 80.000,00
● Limite (30% x R$ 200.000,00) ...................... R$ 60.000,00 .......................... R$ 60.000,00
● (=) Lucro Real (Base de Cálculo do IRPJ) ............................................................. R$ 140.000,00
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CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA DEVIDO:
● IMPOSTO:
15% x R$ 140.000,00 ............................................................................ R$ 21.000,00
● ADICIONAL:
10% x R$ 80.000,00 (R$ 140.000,00 – R$ 60.000,00) ......................... R$ 8.000,00
● VALOR TOTAL DEVIDO (Provisão para o IRPJ) .................................... R$ 29.000,00
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) VALORES R$
Resultado (Prejuízo) Líquido antes do Imposto de Renda da PJ (IRPJ) - 100.000,00
(-) Provisão para o Imposto de Renda da PJ (PIR) - 29.000,00
(=) Resultado (Prejuízo) depois do IRPJ - 129.000,00

COMPENSAÇÕES COM O IMPOSTO DEVIDO: Do valor total devido (R$ 29.000,00) a


empresa poderá compensar o valor do imposto de renda retido na fonte (IRRF) sobre receitas que
compuseram a base de cálculo do IRPJ; o valor do imposto pago indevidamente ou a maior e o
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saldo negativo do IRPJ de anos-calendário anteriores (ainda não compensado) apurado na DIPJ
(até o ano-calendário de 2013, exercício de 2014) e na Escrituração Contábil Fiscal - ECF (a partir
do ano-calendário de 2014, exercício de 2015).
Nota: Maiores detalhes serão estudados na matéria de Imposto sobre a Renda das
Pessoas Jurídicas (IRPJ).
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II - BALANÇO PATRIMONIAL (BP)

II.1 – INTRODUÇÃO
O Balanço Patrimonial tem como finalidade demonstrar a situação financeira e
patrimonial das entidades no momento do encerramento do exercício social (slide anterior nº
8), representando, portanto, uma posição estática do patrimônio.
Nessa demonstração, as contas patrimoniais são classificadas de modo a facilitar o
conhecimento da situação financeira das entidades.
Segundo esta orientação, as contas do ativo devem ser apresentadas na ordem
decrescente de liquidez, enquanto as contas do passivo devem obedecer à ordem
decrescente das exigibilidades.
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Portanto, atualmente, de acordo com a legislação comercial e fiscal a estrutura do


Balanço Patrimonial que deve ser observada, qualquer que seja a natureza jurídica da empresa,
é a seguinte:
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II.2 - NOVA ESTRUTURA PATRIMONIAL
APÓS A INTRODUÇÃO DO PADRÃO INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE (2008)
BALANÇO PATRIMONIAL
1 - ATIVO 2 - PASSIVO
2.1 – CIRCULANTE (PC)
1.1 – CIRCULANTE (AC) 2.1.1 – Obrigações Comerciais
1.1.1 – Disponível 2.1.2 – Obrigações Fiscais
1.1.2 – Créditos 2.1.3 – Obrigações Sociais
2.1.4 – Obrigações Trabalhistas
1.1.3 – Estoques
2.1.5 – Outras Obrigações
1.1.4 – Despesas do Exercício Seguinte
2.2 – NÃO CIRCULANTE (PNC)
2.2.1 – Obrigações Comerciais (LP)
2.2.2 – Obrigações Fiscais/Sociais (LP)
1.2 – NÃO CIRCULANTE (ANC) 2.2.3 – Outras Obrigações
1.2.1 – Ativo Realizável a LP 2.2.4 – Receitas Diferidas (REF)
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1.2.2 – Investimentos 2.3 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL)


1.2.3 – Imobilizado 2.3.1 – Capital Social
2.3.2 – Reservas (Capital e Lucros)
1.2.4 – Intangível 2.3.3 – Ajustes de Avaliações Patrimoniais (AAP)
1.2.5 – Diferido (não reclassificado) 2.3.4 – Prejuízos Acumulados (PA)
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO

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II.3 - BALANÇO PATRIMONIAL
(ATIVO - ELEMENTOS E CLASSIFICAÇÕES)
1 - ATIVO
1.1 - ATIVO CIRCULANTE – AC (Curto Prazo – veja slide nº 25)
Compreende as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social
subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.
Este grupo pode ser decomposto da seguinte forma:
(a) Disponibilidade (Caixa, Bancos e Aplicações de Liquidez Imediata);
(b) Investimentos Temporários (Aplicações em Letras de Câmbio, Depósitos a Prazo Fixo,
RDB, CDB, etc., ou mesmo em debêntures ou Ações destinadas a serem revendidas até o
término do exercício seguinte);
(c) Créditos (Contas a Receber, Clientes, Duplicatas a Receber, Impostos a Recuperar etc.);
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(d) Outros créditos (Adiantamento a Empregados, etc.);


(e) Estoques (Mercadorias, Matérias-Primas, Produtos Acabados e Semi-Acabados, Material
de Consumo, etc.);
(f) Despesas Antecipadas de Curto Prazo ou Despesas do Exercício Seguinte (Prêmios
de Seguro, Despesas Financeiras Antecipadas, etc.).
SLIDE 16
1 - ATIVO
1.2 - ATIVO NÃO CIRCULANTE – ANC (Longo Prazo – veja slide nº 25)

1.2.1 - REALIZÁVEL A LONGO PRAZO (ARLP)

Compreende os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados
de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas
ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto
da companhia. Na empresa em que o ciclo operacional (consulte slide nº 24) tiver duração
maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o
prazo desse ciclo.
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Classificam-se também neste grupo as Obrigações ou Depósitos Compulsórios (Eletrobrás, Gasolina,


Compra de Carros).

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1 - ATIVO
1.2.2 - INVESTIMENTOS
Compreende as participações permanentes em outras sociedades (inclusive quando decorrentes
de incentivos fiscais) e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que
não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa,
inclusive: imóveis não necessários à manutenção da atividade explorada pela empresa e não
destinados à revenda; florestas destinadas à proteção do solo ou à preservação do ambiente, sem
que se destinem à manutenção das atividades da empresa.

1.2.3 - IMOBILIZADO
Compreende os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção
das atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade,
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inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle


desses bens (arrendamento mercantil financeiro – veja slide nº 27). Classificam-se
também neste subgrupo as florestas destinadas á exploração dos respectivos frutos e as
que se destinem ao corte para comercialização, consumo ou industrialização,
bem como os direitos contratuais de exploração de florestas, com prazo de exploração superior a
dois anos (Parecer Normativo CST nº 108/1978).
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1 - ATIVO
1.2.4 - INTANGÍVEL
Compreende os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio
adquirido. Consulte a respeito o slide 28).

1.2.5 – DIFERIDO (CONSULTAR O SLIDE Nº 29)


O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza,
não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob
essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a
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recuperação de ativos de que trata o § 3º do artigo 183 da Lei das S/A (artigo 299-A da
Lei nº 6.404, de 1976). Sobre o assunto consulte o Pronunciamento Técnico do Comite de
Pronunciamentos Contábeis (CPC) nº 1.

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II.4 - BALANÇO PATRIMONIAL
(PASSIVO - ELEMENTOS E CLASSIFICAÇÕES)
2 - PASSIVO
2.1 - PASSIVO CIRCULANTE - PC (Curto Prazo – veja slide nº 25)
Compreende as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do
ativo não circulante quando se vencerem no exercício seguinte (Curto Prazo).

2.2 - PASSIVO NÃO CIRCULANTE – PNC (Longo Prazo – veja slide nº 25)
2.2.1 - EXIGÍVEL A LONGO PRAZO (PELP)
Compreende as obrigações da companhia, inclusive financiamento para aquisição de direitos do
ativo não circulante, quando se vencerem em prazo superior ao exercício social
seguinte (ver slide 30). Na empresa em que o ciclo operacional (consulte slide nº 24)
tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por
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base o prazo desse ciclo.

2.2.2 - RESULTADO DIFERIDO


Compreende as receitas diferidas, diminuídas dos custos e despesas diferidas a elas
correspondentes (antigo grupo Resultado de Exercícios Futuros – REF – consulte a respeito o slide
nº 30).
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2 - PASSIVO
2.3 - PATRIMONIO LÍQUIDO (PL)
2.3.1 - CAPITAL SOCIAL
Compreende o montante do capital subscrito e, por dedução a parcela ainda não integralizada
(não realizada).

2.3.2 - RESERVAS DE CAPITAL – consulte slide 31


Compreende as contas que registrarem:
a) contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de
emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do
capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
c) a Redução do IRPJ devido (por determinação da legislação do IRPJ).
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2.3.3 - RESERVAS DE LUCROS


Compreende as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia, tais como:
Reserva Legal, Reservas Estatutárias, Reservas para Planos de Investimentos, Reserva para
Contingências, Reserva de Lucros a Realizar e Reserva Especial de Lucros para Dividendos
Obrigatórios não Distribuídos. Reserva de Incentivos Fiscais (artigos 193 a 199 da Lei nº 6.404/76).
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2 - PASSIVO
2.3.4 - AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL – AAP (slide nº 33 e 34)
Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no
resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos
ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua
avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177
desta Lei (§ 3º, art. 182, Lei nº 6.404, de 1976). Veja slides nº 33 e 34.

2.3.5 – PREJUÍZOS ACUMULADOS (para as Sociedades Anônimas – S/A) ou LUCROS


OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (para as Demais Sociedades) – Slide nº 35
O artigo 178 da Lei nº 6.404/76 (redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) retirou do
patrimônio líquido a conta de Lucros Acumulados. Este fato deve-se à redação do § 6º do artigo
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202 da Lei nº 6.404/76 (redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) que dispõe:
“Os lucros não destinados nos termos dos artigos 193 a 197 (Reservas de
Lucros) deverão ser distribuídos como dividendos”. Consulte o slide nº 35.

2.3.6 - (-) AÇÕES EM TESOURARIA


Ações de emissão da própria sociedade por ela readquiridas do mercado.
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Notas:
(1ª) No balanço patrimonial as contas acessórias [subcontas (secundárias)] acompanham as
contas principais que lhes deram origem, ainda que os saldos sejam opostos. Assim, as
importâncias retificadoras de valores:
(a) Ativos – Depreciação, Amortização ou Exaustão Acumuladas, e outras acompanham as
contas do ativo que retificam, como redução de seus saldos.
(b) Passivos – (Capital a Realizar ou a Integralizar, Ações em Tesouraria, Prejuízos
Contábeis e outras) acompanham as contas do passivo que retificam como redução de seus saldos.

(2ª) Segundo o Pronunciamento Técnico CPC nº 25, classifica-se também no Passivo


a conta Duplicatas Descontadas (*).

(*) Para efeitos das normas internacionais de contabilidade esta conta deverá ser classificada
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no Passivo (Circulante ou Exigível a Longo Prazo), sendo retificada pela conta Encargos Financeiros
a Transcorrer. A justificativa para esse tratamento é que, como o desconto de duplicata não
transfere para o banco o risco do não recebimento do título, trata-se, na essência,
de um “empréstimo” bancário com duplicatas oferecidas em garantia.
SLIDE 23
(3ª) As provisões constituídas para registrar obrigações ainda não
definitivamente constituídas devem ser classificadas no Passivo Circulante (PC) ou no
Exigível a Longo Prazo (PELP), conforme o caso, por exemplo Provisão para Férias,
para Licença Prêmio, para 13º Salário e outras. Consulte a respeito o item de
Provisões (slides nº 81 a 83) no item III - Demonstração do Resultado do
Exercício (DRE);

(4ª) CICLO OPERACIONAL – Representa a aplicação de recursos na


atividade da entidade até a formação dos estoques que, mediante venda, voltarão a
ser valores disponíveis.
Ciclo Operacional a Longo prazo somente ocorrerá nas entidades onde
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o processo produtivo é demorado, como exemplo:


(a) Construção pesada;
(b) Construção naval;
(c) Construção de equipamentos de grande porte etc.
SLIDE 24
(5ª) PRAZOS DO BALANÇO PATRIMONIAL:
● CURTO PRAZO (CP) – CIRCULANTE (Ativo e Passivo):
tomando-se por base o último dia de cada mês do ano-calendário,
classificam-se no circulante (curto prazo - CP) os direitos realizáveis e as
obrigações exigíveis no curso dos doze meses seguintes.

● LONGO PRAZO (LP) – NÃO CIRCULANTE (Ativo e Passivo):


tomando-se por base o último dia de cada mês do ano-calendário,
classificam-se no longo prazo (LP) os direitos realizáveis e as obrigações
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exigíveis a partir do décimo terceiro mês subsequente.

Nota: Resolva o Teste de Fixação a seguir sobre a matéria em tela.

SLIDE 25
TESTES DE FIXAÇÃO
02 - Uma empresa contrai um empréstimo junto à uma instituição
financeira, em 20-07-20X6, no valor de R$ 1.200.000,00, com prazo
de carência de 1 ano e vencimento a partir de julho de 20X7, em 12
parcelas mensais e iguais. Em 31-12-20X6, data do seu balanço,
constarão, de acordo com a Lei das S.A., (em R$):

(a) 1.200.000,00 no Passivo Circulante;


(b) 1.200.000,00 no Passivo Exigível a Longo Prazo;
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(c) 600.000,00 no Passivo Circulante;


(d) 600.000,00 no Passivo Circulante e 600.000,00 no Passivo
Exigível a Longo Prazo;
(e) 800.000,00 no Passivo Circulante.
SLIDE 26
II.5 – ALTERAÇÕES NA LEI Nº 6.404, DE 1976 (LEI DAS S/A) IMPLICAÇÕES
CONTÁBEIS DA LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL (LEIS Nº 11.638, DE 2007 E
11.941, DE 2009) - OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTOS
O Arrendamento Mercantil, em conformidade com o Pronunciamento Técnico CPC nº
06 (R2) - ARRENDAMENTOS, foram classificados em duas espécies, a saber:
◦ Arrendamento Mercantil Financeiro; e
◦ Arrendamento Mercantil Operacional.
A partir de 01.01.2019 (entrada em vigor do CPC 6 – R2) passou a ser aplicado para todos os
contratos de arrendamento mercantil, exceto os arrendamentos de curto prazo ou para os quais o ativo
subjacente seja de baixo valor.
● No Arrendamento Financeiro, embora a propriedade do ativo não tenha sido transferido ao
arrendatário, este assume os riscos e benefícios de sua utilização por quase toda a sua vida útil. Dessa
forma, na essência este tipo de arrendamento constitui uma compra e venda a prazo assim, o
financiamento via arrendamento foi escolhido porque os custos financeiros são menores, nessa hipótese, a
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entidade deve ATIVAR o bem, mediante o seguinte registro contábil (art. 367 do RIR, de 2018):
D – Ativo Imobilizado (ANC - Imobilizado)
C – Arrendamento Mercantil Financeiro a Pagar (PC e PELP)

● No Arrendamento Operacional, essa transferência de riscos e benefícios não acontece,


portanto, o valor da contraprestação paga será considerado custo ou despesa operacional de locação (art.
366 e 367 do RIR/2018).
SLIDE 27
ATIVO INTANGÍVEL GERADO INTERNAMENTE (CPC nº 4 – R1)
(ITENS 51 A 67) - FASE DE DESENVOLVIMENTO
“63. Marcas, títulos de publicações, listas de clientes e outros itens similares, gerados
internamente, não devem ser reconhecidos como ativos intangíveis.”
“64. Os gastos incorridos com marcas, títulos de publicações, listas de clientes e
outros itens similares não podem ser separados dos custos relacionados ao desenvolvimento
do negócio como um todo. Dessa forma, esses itens não devem ser reconhecidos como
ativos intangíveis.”

Notas:
(1ª) Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância
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física (item 8 – Definições do Pronunciamento Técnico CPC nº 4).


(2ª) Caso um item abrangido pelo Pronunciamento Técnico CPC nº 4 não atenda à
definição de ativo intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna deve ser
reconhecido como despesa quando incorrido.
SLIDE 28
ATIVO DIFERIDO
Em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade o grupo do Ativo
Diferido foi eliminado da estrutura do Balanço Patrimonial. Classificavam-se no Ativo
Diferido as seguintes contas:
▪ Despesas pré-operacionais;
▪ Gastos com reorganização societária;
▪ Gastos com pesquisa e desenvolvimento de produtos.
As despesas com o desenvolvimento de produtos, quando comprovada sua viabilidade
econômica e financeira devem ser doravante classificadas no Intangível. Os demais gastos
(pré-operacionais, reorganização e de pesquisa de produtos) devem ser classificados como
despesas, exceto os pré-operacionais vinculados ao processo de preparação de máquinas e
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equipamentos, que poderão ser incorporados ao valor desses ativos.


Nota: O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua
natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderia permanecer no ativo sob
essa classificação até sua completa amortização [baixa do ativo contra despesa (conta de
resultado)].
SLIDE 29
PASSIVO NÃO CIRCULANTE (PNC)
O conceito de PNC corresponde ao antigo Passivo Exigível a Longo Prazo (PELP),
ou seja, são as obrigações para com terceiros com prazo de vencimento superior ao do
exercício social (superior a 12 meses – slide nº 25).

RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS (REF)


O grupo REF foi extinto, por não existir correspondente nas Normas Internacionais de
Contabilidade. Esse grupo não era importante no balanço da maioria das sociedades, exceto
das empresas imobiliárias tributadas pelo lucro real que eram obrigadas a lançar nesse grupo
as receitas e custos dos imóveis, cuja tributação é realizada pela sistemática de caixa (valores
efetivamente recebidos). Quando do recebimento das parcelas financiadas a empresa transferia
as Receitas e os Custos dos Imóveis Vendidos, registrados no REF, para o Resultado do
Exercício (ARE) proporcionalmente à receita recebida, atualmente esse
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ajuste é realizado no LALUR (artigo 484 do RIR/2018).


A Lei nº 11.941, de 2009, dispôs que o saldo existente no antigo grupo REF em 31 de
dezembro de 2008 deveria ser reclassificado para o PNC em conta representativa de
Receita Diferida, deduzida dos Custos à ela associados. Note que o Passivo da
sociedade é consituído por obrigações (dívidas), sendo as Receitas e Custos Diferidos (antigo
REF) a única exceção.
SLIDE 30
PATRIMÔNIO LÍQUIDO:
RESERVAS DE CAPITAL
Representam contribuições feitas à companhia por sócios ou acionistas que não se
confundem com o aumento de capital, como por exemplo, a Reserva de Ágio na Emissão de Ações.
Dentre as diversas alterações ocorridas no Patrimônio Líquido (PL), iniciaremos pela
eliminação (revogação) de duas Reservas de Capital:
● Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures;
● Reserva de Doações e Subvenções Governamentais para Investimento.

PRÊMIOS NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES


O Prêmio na Emissão de Debêntures representa o valor pago a maior pelo
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debenturista para adquirir o título, geralmente em função de alguma vantagem como a


possibilidade da debênture se transformar em ações no resgate ou pela participação do
adquirente (debenturista) nos lucros da companhia. Por se tratar de uma transação
com terceiros, não estava correto do ponto de vista contábil registrar a contrapartida dessa
mais valia como Reserva de Capital.
SLIDE 31
RESERVAS DE REAVALIAÇÃO

Outra modificação importante foi a proibição da constituição


de Reservas de Reavaliação. O artigo 6º da lei nº 11.638, de
2007, dispõe que os saldos existentes nas reservas de reavaliação
deverão ser mantidos até a sua efetiva realização ou
estornados até o final do exercício social em que esta lei entrar em
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vigor, ou seja, estornados até o dia 31-12-2008.

SLIDE 32
AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL [(AAP) ver slide 22]
VALOR JUSTO é definido pela estrutura conceitual da contabilidade como o valor pelo
qual um ativo pode ser negociado ou um passivo liquidado entre partes interessadas,
conhecedoras do assunto e independentes entre si, com a ausência de fatores que
pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.
Diversos Pronunciamentos do CPC definem Valor Justo tais como os de nº 1, 4 e 46.
CASO PRÁTICO - DADOS:
● A investidora SDN adquiriu 20.000 ações da Companhia SILPA por R$ 10,00 cada uma,
totalizando R$ 200.000,00 (Custo de Aquisição). Um mês após a aquisição as ações da SILPA
aumentaram para R$ 11,00 cada uma, totalizando R$ 220.000,00. A investidora SDN registrará o
ganho de R$ 20.000,00 (R$ 220.000,00 – R$ 200.000,00) da seguinte forma:

REGISTRO CONTÁBIL DA INVESTIDORA SDN:


(1º) ATRIBUIÇÃO DO NOVO VALOR:
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D – Subconta Ajuste a Valor Justo - Ações da SILPA (ANC)


C – Ajuste de Avaliação Patrimonial – Ações SILPA (PL) 20.000,00

Nota: Existem algumas operações onde os Ganhos ou Perdas serão registrados


diretamente no resultado do exercício (ARE). Nessa hipótese os ajustes deverão ser
realizados no LACS e LALUR.
SLIDE 33
REPRESENTAÇÃO NO PATRIMÔNIO – CIA SDN
ATIVO
● Instrumentos Financeiros (Ações da SILPA):
Custo de Aquisição ............................................................................... R$ 200.000,00
(+) Subconta Ajuste a Valor Justo (Ações da SILPA) ............................ R$ 20.000,00
R$ 220.000,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL)
● Ajustes de Avaliação Patrimonial (Ações da SILPA) ..................................... R$ 20.000.00

Nota: O total das ações da SILPA está contabilizado pelo valor justo de R$
220.000,00. Se a investidora alienar as ações por R$ 227.000,00 ela vai auferir um ganho
de R$ 7.000,00 (R$ 227.000,00 – R$ 220.000,00) que será contabilizado no Resultado do
Exercício (ARE), porém, como a investidora alienou as ações avaliadas a valor justo, terá que
reconhecer o saldo da conta Ajuste de Avaliação Patrimonial (AAP) para o resultado do
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exercício, da seguinte forma:


D – Ajuste de Avaliação Patrimonial (Ações da SILPA)
C – Ganhos em Mercados de Renda Variável – SILPA (ARE) 20.000,00
A investidora SDN registrará um ganho total de R$ 27.000,00 [R$ 227.000,00
(Preço de Venda) – R$ 200.000,00 (Custo de Aquisição das Ações da SDN)].
SLIDE 34
LUCROS ACUMULADOS
A nova redação do artigo 178, § 2º , Inciso III da Lei nº 6.404, de 1976, excluiu do
grupo do Patrimônio Líquido (PL) na estrutura do Balanço Patrimonial a conta de
Lucros Acumulados, dando a esta um caráter apenas transitório de recepção do lucro
líquido do exercício e sua destinação para constituição das reservas de lucros ou para
a distribuição de dividendos. Ver o § 3º do artigo 176 da Lei nº 6.404/1976.

PREJUÍZOS ACUMULADOS
Entretanto, caso a companhia tenha apurado prejuízo, ela deverá representá-lo na
conta de Prejuízos Acumulados, redutora do Patrimônio Líquido.
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Nota: Consulte a respeito do assunto em tela os itens nº 46 a 50 da


Resolução CFC nº 1.159, de 13 de fevereiro de 2009. As sociedades
não anônimas poderão manter saldo positivo na conta de Lucros Acumulados
no encerramento do Balanço Patrimonial.
SLIDE 35
TESTES DE FIXAÇÃO
03. No exercício financeiro de 20X3, a Cia. Comercial SDN, cujo período de apuração
estendeu-se de 01-07-20X2 a 30-06-20X3, contratou um seguro de suas instalações
nas seguintes condições:
● Risco Coberto .......................................................... R$ 100.000.000,00;
● Valor do Prêmio ....................................................... R$ 1.200.000,00;
● Data do Pagamento ................................................. 02-01-20X3;
● Período de Cobertura (vigência) ..................... 01-03-20X3 a 31-12-20X3;
● Conta Debitada pelo pagamento ................................. Seguros a Vencer.
No Balanço Patrimonial daquele exercício, a conta retrocitada, tendo em vista que as
apropriações das parcelas incorridas foram feitas de forma correta, apresentou um
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saldo (em R$) de:


(a) 720.000,00;
(b) 480.000,00;
(c) 600.000,00;
(d) 400.000,00;
(e) 0,00.
SLIDE 36
04. A Companhia SDN, cujo período social coincide com o ano calendário, tomou um empréstimo junto ao
Banco Neve S.A., mediante emissão (desconto) de nota promissória, nas seguintes condições:

• Data da Operação............................................................. 01-12-20X0


• Valor do Título................................................................. R$ 200.000,00
• Vencimento do Título....................................................... 31-03-20X1
• Juros cobrados................................................................ R$ 64.000,00
• Despesas Bancárias....................................................... R$ 2.000,00
• IOF................................................................................... R$ 3.200,00

Informação adicional: A empresa não difere as despesas bancárias e o imposto sobre


operações financeiras (IOF), seguindo orientação dos auditores externos.
Considerando apenas esta operação, assinale a alternativa que contém, respectivamente, o valor
líquido debitado à conta Banco Neve S.A. - Conta Movimento, em 01-12-20X0, e o saldo da conta
Juros a Vencer, no balanço de 31-12-20X0 (em R$):
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(a) 130.800,00 e 64.000,00;


(b) 130.800,00 e 48.000,00;
(c) 130.800,00 e 50.100,00;
(d) 136.000,00 e 64.000,00;
(e) 130.800,00 e 69.200,00.
SLIDE 37
III - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE (SOCIETÁRIA) OU
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO PERÍODO DE APURAÇÃO – DRPA (TRIBUTÁRIA)

III.1 – OBJETIVO
Demonstrar a Apuração do Resultado do Exercício (ARE), detalhando a composição da
conta ARE (Apuração do Resultado do Exercício) e determinando o valor do Resultado por
Quota ou Ação do Capital Social Integralizado.

Na determinação do resultado do exercício devem ser computados (Princípio da


Competência dos Exercícios):
(a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua
realização em moeda; e
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(b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas


receitas e rendimentos.

Observe a estrutura da DRE (inserida no artigo 187 da Lei nº 6.404, de 1976 - Lei das
Sociedades por Ações) no slide seguinte.
SLIDE 38
ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)
Nº DESCRIÇÃO Valores
01 RECEITA OPERACIONAL BRUTA (VENDAS BRUTAS)
02 (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA:
▪ DEVOLUÇÕES DE VENDAS, VENDAS CANCELADAS
▪ ABATIMENTOS E DESCONTOS INCONDICIONAIS CONCEDIDOS
▪ IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS [ICMS, ISS, PIS E COFINS (veja no item III.5)]
▪ AJUSTES A VALOR PRESENTE (AVP) DOS CRÉDITOS DO ATIVO (MATÉRIA DE IRPJ)
03 (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (VENDAS LIQUIDAS)
04 (-) CUSTOS DAS VENDAS [CMV (comercial), CPV (industrial), CSP (prestadora de serviços)]
05 (=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
06 (-) DESPESAS OPERACIONAIS (Manteve no grupo as Receitas Financeiras)
07 (+) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS (Equivalência Patrimonial)
08 (=) RESULTADO OPERACIONAL LIQUÍDO
09 (+) OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS (Antigas não-operacionais para fins Tributários)
10 (=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DA CSLL
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11 (-) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO (CSLL)


12 (=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DO IRPJ
13 (-) IMPOSTO DE RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS (IRPJ)
14 (=) RESULTADO DEPOIS DO IRPJ
15 (-) PARTICIPAÇÕES NOS LUCROS (*) Veja a seguir
16 (=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (LLE ou PLE)

SLIDE 39
(*) Na ECF a partir do exercício de 2015 e na antiga Ficha 06-A da DIPJ (DRE) até o
exercício de 2014 as participações nos lucros são consideradas antes do Resultado
antes da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), ou seja, são computadas na Linha
nº 06 da DRE apresentada no slide anterior.

Após determinar o Resultado Líquido do Período de Apuração (Lucro ou Prejuízo) a DRE


deverá apresentar o cálculo do Resultado por Ação ou Quota do Capital Social da seguinte forma:

RA = RLE RQ = RLE
NA NQ

ONDE:
RLE = Resultado Líquido do Exercício ou do Período de Apuração;
NA = Nº de Ações do Capital Social Integralizado;
NQ = Nº de Quotas do Capital Social Integralizado;
RA = Resultado (Lucro ou Prejuízo) por Ação;
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RQ = Resultado (Lucro ou Prejuízo) por Quota.

CASO PRÁTICO – DADOS:


● Lucro Líquido do Período de Apuração (linha 16 do slide anterior) ....... R$ 600.000,00;
● Número de Ações do Capital Social Realizado: 1.000.000 de ações;
● Lucro Líquido por Ação = R$ 600.000,00 = R$ 0,60
1.000.000
SLIDE 40
III.2 – DRE PARA FINS TRIBUTÁRIOS - RIR/99 (BLOCO L DA ECF)
A DRE demonstrada no slide nº 39 (artigo 187 da Lei nº 6.404/76) é utilizada pela
Receita Federal para fins tributários com o nome Demonstração do Resultado do
Período de Apuração (DRPA). Essa demonstração (com diversas modificações
objetivando obter maiores informações para fins tributários) está representada na ECF a
partir de 2015 e na antiga Ficha nº 06-A da DIPJ - utilizada até 2014.

III.3 – PADRÃO INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE (SOCIETÁRIA)


Para fins da legislação societária a DRE encontra-se prevista na Resolução CFC nº
1.185, de 2009 (e suas alterações) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC)
que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC nº 26 (R1).
Esta Demonstração deve ser complementada pela Demonstração do Resultado
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Abrangente (DRA), ou seja, a mutação que ocorre no Patrimônio Líquido durante um período
que resulta de transações e outros eventos que não são derivados de transações com
sócios ou acionistas na qualidade de proprietários, dessa forma, todas as receitas e
despesas são resultados abrangentes, pois, não decorrem de transações com sócios e sim com
terceiros. Veja a seguir a estrutura básica da DRE estabelecida pela Resolução mencionada.
SLIDE 41
DRE – PARA EFEITOS SOCIETÁRIOS (ELEMENTOS MÍNIMOS)
DESCRIÇÃO 31.12.X1 31.12.X0
RECEITAS:
• Vendas de Produtos, Mercadorias e Serviços
(-) CUSTO DAS VENDAS
• Custo dos Produtos, Mercadorias e Serviços (CMV, CPV, CSP)
(=) LUCRO BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS:
• (-) Despesas Administrativas
• (-) Despesas com Vendas
• (+) Outras Despesas e Receitas Operacionais
(+) RESULTADO DAS INVESTIDAS (MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL)
(=) RESULTADO ANTES DAS RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS
(+/-) RESULTADO FINANCEIRO
• Receitas Financeiras
• (-) Despesas Financeiras
(+/-) OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS (antigas não operacionais)
(=) RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
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• (-) Despesa com Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL)


• (-) Despesa com Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ)
(=) RESULTADO LÍQUIDO DAS OPERAÇÕES CONTINUADAS
(+) Valor Líquido das OPERAÇÕES DESCONTINUADAS
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
Nota: Na DRE é realizada uma separação entre o resultado líquido de operações descontinuadas [resultado proveniente de
ativos ou de grupos de ativos responsáveis pela produção de bens e serviços que a entidade pretende descontinuar (interromper ou
suspender)] do resultado das operações continuadas, objetivando fornecer melhores subsídios para a avaliação do desempenho
da entidade.
SLIDE 42
III.4 – CONCEITOS
Receita Operacional Bruta (Vb) compreende o produto da venda de bens e/ou de serviços.
Incluem-se na Receita Bruta: Impostos Incidentes sobre Vendas e Serviços (exceto o IPI –
veja a seguir) e os Ajustes a Valor Presente – AVP (§§ 1º, 2º e 3º do artigo nº 208 do RIR/2018).
Impostos Incidentes sobre Vendas - tributos que guardam proporcionalidade com o
preço da venda efetuada ou dos serviços prestados, tais como o ICMS, ISS (QN), IE, PIS E
COFINS (art. 208, § 1º, III do RIR/2018) – veja slide 45. Note que o IPI não faz parte dessa
relação porque é cobrado separadamente do preço de venda (art. 208, § e 2º do RIR/2018).
Descontos ou Abatimentos Incondicionais são parcelas redutoras do preço de venda,
quando constarem da Nota Fiscal de Venda ou da Fatura de Serviço, e que não dependerem para sua
concessão de evento posterior à emissão desses documentos (item II, § 1º do art. 208 do RIR/2018).

Despesas Operacionais são os gastos (não computados no custo) necessários à atividade da


empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora. Observe o conceito de Despesas
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Operacionais constante do RIR/99 no slides nº 77 a 98.

Variações Monetárias compreendem as atualizações dos direitos de crédito e das obrigações da


empresa, em função de taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou
contratual. O artigo 9º da Lei nº 9.718, de 28/11/1998, que considerou tais variações como receitas ou
despesas financeiras para efeitos das legislações do IRPJ, PIS, COFINS e CSLL.
SLIDE 43
VALOR OU CUSTO CONTÁBIL DO BEM é o valor pelo qual o bem estiver
registrado na contabilizado, diminuído da depreciação, amortização ou exaustão acumulada e
das perdas estimadas no valor dos ativos (art. 501 do RIR/2018).

ATIVO NÃO CIRCULANTE – ANC IMOBILIZADO

Custo dos Bens (Exemplo: Máquina) 200.000,00

(-) Depreciação Acumulada (50.000,00)


(=) Valor Contábil do Bem (Máquina) 150.000,00

Nota: Se o Bem for alienado por valor superior a R$ 150.000,00, haverá perante
a legislação do IRPJ um Lucro Não Operacional (Ganho de Capital); se for
Professor • Silvério das Neves

alienado por valor inferior a R$ 150.000,00, haverá um Prejuízo Não


Operacional (Perda de Capital). Pelas normas da Contabilidade
Internacional essas importâncias constaram na DRE como “Outras
Receitas” e “Outras Despesas” (art. 187 da Lei nº 6.404/76).
SLIDE 44
III.5 – TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS
III.5.1 – ASPECTOS TRIBUTÁRIOS (art. 208, § 1º, III e § 2º do RIR/2018)

DEFINIÇÃO - São despesas operacionais, redutoras da Receita Bruta (Vb) para fins de
apuração da Receita Líquida (VL), tais como:
● ICMS - Imposto de Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte
Intermunicipal, Interestadual e de Comunicações.
● ISS (QN) - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza.
● IE - Imposto de Exportação.
● PIS - Programa de Integração Social.
● COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social.
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Nota: Veja no subitem III.4.7 (slides 56 a 58) o cálculo das contribuições sociais
(PIS e COFINS) considerando a exclusão do ICMS na base de cálculo dessas
contribuições em função de julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) de março/2017.
SLIDE 45
III.5.2 - RECUPERAÇÃO DE IMPOSTOS
Imposto não cumulativo é aquele em que se abate, em cada operação, o montante do
imposto cobrado nas anteriores. Exemplo: ICMS e IPI.

Notas:
(1ª) O Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, pode ser recuperado, mas não é
considerado Imposto Incidente sobre Vendas – por não representar despesa e nem receita
(art. 208, § 2º do RIR/2018);
(2ª) Para fatos geradores ocorridos a partir de 01-12-2002 (PIS) e 01-02-2004
(COFINS) as empresas tributadas com base no lucro real passaram a contabilizar essas
contribuições sociais como tributos não cumulativos. As empresas tributadas com base
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no lucro presumido não tiveram modificação com relação ao cálculo dos referidos tributos.
(3ª) Não se incluem no custo de aquisição “os impostos recuperáveis”
através de créditos na escrita fiscal (§ 3º do artigo nº 301 do RIR/2018).

SLIDE 46
III.5.3 – ICMS CALCULADO “POR DENTRO”
O ICMS é um imposto que integra a sua própria base de cálculo (imposto
calculado por dentro), ou seja, no preço de venda ou de compra já está embutido o valor
do ICMS destacado. Assim, a sua alíquota efetiva (real) é superior à alíquota
nominal (divulgada), observe o quadro a seguir:

ALÍQUOTA DO ICMS:
NOMINAL EFETIVA
4% 4,166%
7% 7,527%
12% 13,636%
Professor • Silvério das Neves

17% 20,48%
18% 21,951%
20% 25,000%
25% 33,333%

SLIDE 47
III.5.3.1 – ICMS CALCULADO “POR DENTRO”
● COMPRA DE MERCADORIA: Suponha que a empresa tenha adquirido
mercadoria para revenda cujo valor total da NF seja de R$ 1.000,00. Neste montante já estará
incluído o ICMS Destacado na mencionada Nota Fiscal (NF) no valor de R$ 180,00 (18% x R$
1.000,00). A contabilização correspondente seria:
D - Mercadorias em Estoque (R$ 1.000,00 – R$ 180,00) 820,00
D - ICMS a Recuperar (ou C/C de ICMS) 180,00
C – Fornecedores (PC) 1.000,00

● VENDA DE MERCADORIA. Caso a empresa venda a mercadoria com margem de


lucro de 100% sobre o custo (R$ 1.640,00 = R$ 820,00 + 100%), o cálculo do valor de venda
seria efetuado da seguinte forma:
Professor • Silvério das Neves

VALOR DA VENDA = R$ 1.640,00 = R$ 2.000,00 82% = 100% - 18%


82%
NOTA FISCAL DE VENDA:
Valor ............................................ R$ 2.000,00
ICMS Destacado (18%) ............. R$ 360,00
SLIDE 48
Cálculo da Alíquota Real (%) = R$ 360,00 x 100 = 21,951%
R$ 1.640,00
R$ 360,00 (21,951% x R$ 1.640,00)

CONTA DE ENERGIA ELÉTRICA = valor da conta sem o ICMS R$ 1.500,00

Alíquota de ICMS na conta de energia elétrica = 25% 75% = 100% – 25%

Valor da conta com o ICMS = R$ 1.500,00 = R$ 2.000,00


75%
Professor • Silvério das Neves

ICMS a ser pago sobre o valor da conta R$ 500,00 (2.000,00 – 1.500,00).

Cálculo da Alíquota Real (%) = R$ 500,00 x 100 = 33,333%


R$ 1.500,00

ICMS = R$ 500,00 (33,333% x R$ 1.500,00)


SLIDE 49
III.5.4 - TRIBUTOS CALCULADOS “POR DENTRO” (COMÉRCIO)
01 Receita Operacional Bruta 200.000,00
Tributos não cumulativos calculados por dentro:
● ICMS ............................... 18% x R$ 200.000,00 = R$ 36.000,00
02 ● PIS ............................... 1,65% x R$ 200.000,00 = R$ 3.300,00
● COFINS ....................... 7,60% x R$ 200.000,00 = R$ 15.200,00
● Totais .......................... 27,25% x R$ 200.000,00 = R$ 54.500,00 - 54.500,00
03 Receita sem os Tributos (1 – 2) .......................................................... 145.500,00
ALÍQUOTAS REAIS DOS TRIBUTOS CALCULADOS “POR DENTRO”
01 Receita sem os Tributos ................................................................... R$ 145.500,00
Valor dos Tributos não cumulativos:
● ICMS ............................................... R$ 36.000,00 ................................... 24,742%
02 ● PIS ................................................. R$ 3.300,00 .................................... 2,268%
● COFINS .......................................... R$ 15.200,00 .................................... 10,447%
● Totais .............................................. R$ 54.500,00 ................................... 37,457%
03 Receita sem Tributos R$ 145.500,00 x 37,457% 54.500,00
Professor • Silvério das Neves

Notas:
(1ª) Não consideramos a exclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS em função
da falta de julgamento dos embargos pelo Supremo Tribunal Federal – STF (consulte os slides 56 a 58);
(2ª) Para atividade comercial o cálculo realizado por dentro aumentou a alíquota desses tributos
em 37,457%, ou seja, 37,457% = (27,25% x 1,37457).
SLIDE 50
III.5.5 - TRIBUTOS CALCULADOS “POR DENTRO” (SERVIÇOS)
01 Receita Operacional Bruta ........................................................................ 200.000,00
Tributos calculados por dentro:
● ISS ............................................. 5% x R$ 200.000,00 = R$ 10.000,00
02 ● PIS ........................................ 1,65% x R$ 200.000,00 = R$ 3.300,00
● COFINS ................................ 7,60% x R$ 200.000,00 = R$ 15.200,00
● Totais .................................. 14,25% x R$ 200.000,00 = R$ 28.500,00 - 28.500,00
03 Receita sem os Tributos (1 – 2) ................................................................. 171.500,00

ALÍQUOTAS REAIS DOS TRIBUTOS CALCULADOS “POR DENTRO”


01 Receita sem os Tributos .......................................................................... R$ 171.500,00
Valor dos Tributos não cumulativos:
● ISS .................................................... R$ 10.000,00 .................................... 5,831%
02 ● PIS ................................................... R$ 3.300,00 .................................... 1,924%
● COFINS ............................................ R$ 15.200,00 .................................... 8,863%
● Totais ................................................ R$ 28.500,00 ................................. 16,618%
Professor • Silvério das Neves

03 Receita sem Tributos R$ 171.500,00 x 16,618% 28.500,00

Nota: Para atividade prestação de serviços o cálculo realizado por dentro aumentou à alíquota
desses tributos em 16,618%, ou seja, 16,618% = (14,25% x 1,16618). À semelhança do que
ocorreu com o ICMS a justiça (TRF e STJ) sem julgando favoravelmente a exclusão do ISS
(QN) na base de cálculo das contribuições sociais (PIS e COFINS).
SLIDE 51
III.5.6 - ICMS SOBRE O VALOR DO IPI
Exemplo de Cálculo – observe a Nota Fiscal de Venda para industrialização:
Valor ..................................................R$ 80.000,00
(+) IPI (alíquota de 25%) ...................R$ 20.000,00
(=) Total da NF ..................................R$ 100.000,00
ICMS Destacado (18%) ....................R$ 14.400,00

Note que a base de cálculo do ICMS não foi o valor total da NF (R$ 100.000,00) e sim o valor de R$
80.000,00. Neste montante não está incluído o valor do IPI.

Entretanto, se o cliente adquirir a MERCADORIA PARA USO E CONSUMO o valor do ICMS


incidirá sobre o valor total da Nota Fiscal incluindo o IPI. Esta previsão está contida no
artigo nº 155, § 2º, XI, da Constituição Federal de 1988, adiante transcrito.
Professor • Silvério das Neves

Art. 155 - “§ 2º o imposto previsto no inciso II atenderá o seguinte:


Não compreenderá em sua base de cálculo, o montante do IPI, quando a operação realizada entre
contribuintes e relativa a produtos destinados à industrialização ou à comercialização,
configure fato gerador dos dois impostos.”
SLIDE 52
Por sua vez o inciso II do mencionado artigo 155, dispõe:
“II – Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior;”
Exemplo de Cálculo – observe a Nota Fiscal de venda de mercadorias ou produtos cujo
destino seja o uso e/ou consumo:

Valor ..................................................R$ 80.000,00


(+) IPI (alíquota de 25%) ...................R$ 20.000,00
(=) Total da NF ..................................R$ 100.000,00
ICMS Destacado (18%) ....................R$ 18.000,00

Note que:
(1º) o IPI representa um imposto calculado "por fora" do preço de venda e cobrado
Professor • Silvério das Neves

separadamente ou destacadamente dessa importância;


(2º) a base de cálculo do ICMS foi o valor total da NF, ou seja, R$ 100.000,00; neste montante
está incluído o valor do IPI;
(3º) Note que, nesta hipótese, a empresa estaria assumindo o custo do acréscimo do ICMS
no valor de R$ 3.600,00 [R$ 18.000,00 (ICMS deste slide) – R$ 14.400,00 (ICMS do slide anterior)].

SLIDE 53
III.5.6.1 – FÓRMULAS PARA O CÁLCULO DA OPERAÇÃO – ICMS SOBRE IPI
Os cálculos da operação de saída - venda de bens para uso e consumo – quando o
ICMS incide sobre o valor total da nota fiscal, incluindo o valor do IPI, poderão ser realizados da
seguinte forma:
DADOS:
V = Valor da Operação N = C + ICMS
(+) Valor do IPI Y . N = Y . (C + ICMS)
(=) Total da Nota Fiscal (TNF) [(C + ICMS) + Y (C + ICMS)]

Onde:
Z = alíquota do ICMS
Y = alíquota do IPI
C = Valor da operação sem o ICMS
N = Valor da operação com o ICMS incluso
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. = Símbolo de multiplicação ou vezes


ICMS = Z . [C + ICMS + IPI]
ICMS = Z . [C + ICMS + Y . (C + ICMS)]

Fórmula do ICMS = [Z + (Z . Y)] . C


[1 – Z – (Z . Y)]
SLIDE 54
III.5.6.2 - CASO PRÁTICO:
Dados:
C = R$ 294,00 (Valor da operação sem o ICMS)
Z = 18% ou 0,18 (alíquota do ICMS)
Y = 20% ou 0,20 (alíquota do IPI)
ICMS = [0,18 + (0,18 . 0,20)] . R$ 294,00 = 0,216 . R$ 294,00 = R$ 81,00
[1 – 0,18 – (0,18 . 0,20)] 0,784
A NOTA FISCAL SERIA EMITIDA COM OS SEGUINTES VALORES:
Valor da Operação (R$ 294,00 + R$ 81,00) .................................. R$ 375,00
(+) Valor do IPI (20% . R$ 375,00) .............................................. R$ 75,00
(=) Total da Nota Fiscal ................................................................ R$ 450,00
ICMS Destacado (18% . R$ 450,00) ........................................... R$ 81,00
Nota: Caso fosse fornecido o valor da operação com o ICMS incluso
(N = R$ 375,00), os cálculos utilizariam as seguintes fórmulas:
IPI = Y . N
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ICMS = [Z + (Z . Y)] . N

N = R$ 375,00 (valor da operação com ICMS incluso)


IPI = 20% ou 0,20 . R$ 375,00 = R$ 75,00
ICMS = [0,18 + (0,18 . 0,20)] . R$ 375,00 = 0,216 x R$ 375,00= R$ 81,00
TNF = R$ 375,00 + R$ 75,00 (IPI) = R$ 450,00 (Total da Nota Fiscal)
ICMS = 18% ou 0,18 . R$ 450,00 = R$ 81,00
SLIDE 55
III.5.7 – EXCLUSÃO DO ICMS NA BASE DE CÁLCULO DO PIS/COFINS
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu no mês de março de 2017 que o governo federal não
pode incluir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na base de cálculo das
contribuições sociais (PIS e COFINS). Os seis ministros que votaram pela desvinculação do ICMS da base
de cálculo avaliaram que o ICMS não compõe o faturamento (?) ou a receita bruta das
empresas para essa finalidade.
A decisão da Suprema Corte teve repercussão geral no Judiciário (RE 574.706), ou
seja, as instâncias inferiores da Justiça também terão de seguir essa orientação. Essas contribuições
sociais (PIS e COFINS) são tributos pagos por empresas de todos os setores econômicos e ajudam a
financiar a previdência social e o seguro-desemprego.
O fato de o precedente firmado no julgamento do referido recurso ainda não haver transitado em
julgado, pois, depende de apreciação dos embargos de declaração opostos pela
Fazenda Nacional, não obsta que a decisão proferida produza, desde logo, todos os efeitos
Professor • Silvério das Neves

próprios de tal julgamento, devendo, por isso mesmo, os demais órgãos do Poder Judiciário
fazer a aplicação imediata da diretriz consagrada no tema em questão, consoante entendimento
jurisprudencial prevalecente no âmbito da Suprema Corte (parágrafo extraído da própria Nota de
Esclarecimento sobre a Solução de Consulta Interna nº 13, de 18-10-2018, que será analisada no
subitem seguinte).
SLIDE 56
II.5.7.1 - CONSULTA INTERNA DA COSIT Nº 13, DE 18-10-2018
Posteriormente a Receita Federal do Brasil publicou a Solução de Consulta Interna
da Coordenação do Sistema de Tributação (COSIT) nº 13, de 18-10-2018, esclarecendo que o
montante a ser excluído da base de calculo mensal das contribuições sociais (PIS e COFINS)
representa o valor mensal do ICMS a Recolher, conforme o entendimento majoritário
firmado no julgamento do Recurso Extraordinário nº 574.706/PR, pelo Supremo Tribunal
Federal (STF).
Em decorrência de várias manifestações, equivocadas, sobre a Solução de Consulta
Interna COSIT nº 13, de 18 de outubro de 2018, a Secretaria da Receita Federal do Brasil
esclareceu e informou seus termos e fundamentos, nos limites do contido no
Professor • Silvério das Neves

julgamento do Recurso Extraordinário nº 574.706/PR, pelo Supremo Tribunal Federal (STF),


através de Nota de Esclarecimento.
Nos cálculos a seguir apresentados deduziremos o valor do ICMS destacado
nas notas fiscais de venda (ICMS incidente sobre vendas) para fins de dedução na base
de cálculo do PIS/COFINS.
SLIDE 57
● CONTRIBUIÇÕES NÃO CUMULATIVAS:
Fórmula para o caso do PIS e da COFINS = 9,25% = (1,65% + 7,6%):
PV = PL + PV 18% (ICMS) + 9,25% x 82% PV onde:
PV = Preço de Venda
PL = Preço Líquido de impostos (o preço que o produtor deseja obter livre dos tributos).
Desenvolvendo a Fórmula:
PV = PL + 18% PV + 7,585% PV
PV = PL + 25,585% PV ......... PL = PV – 25,585% PV
PL = 74,415% PV
PV = PL : 74,415% ou 0,74415
Suponha que o produtor queira um PL de R$ 1.488,30:
PV = R$ 2.000,00 (R$ 1.488,30 : 0,74415)
ICMS R$ 360,00 (18% x R$ 2.000,00)
Base de Cálculo PIS/COFINS: R$ 1.640,00 (R$ 2.000,00 – R$ 360,00)
Professor • Silvério das Neves

PIS + COFINS = R$ 151,70 (9,25% . R$ 1.640,00)


PIS R$ 27,06 (1,65% x R$ 1.640,00)
COFINS R$ 124,64 (7,6% x R$ 1.640,00)
R$ 151,70
PL = R$ 1.488,30 [R$ 2.000,00 (PV) – R$ 360,00 (ICMS) – R$ 151,70 (PIS e COFINS)]
SLIDE 58
CASOS PRÁTICOS
05 – Determinada empresa pretende vender seu produto final pelo valor de R$ 5.400,00, mais o
acréscimo dos tributos a serem considerados no preço de venda assim, deverá ser agregado
ao referido preço o montante dos tributos incidentes sobre vendas, cujo cálculo deverá ser realizado
“por dentro”. Sabe-se que o percentual total dos tributos (percentual hipotético) a serem
repassados ao preço final de venda representa 40% do mencionado preço. Com base nessas
informações o preço final de venda, após o repasse (agregação) dos tributos será, em R$, de
____________________.

CASOS PRÁTICOS 06 A 10 – OBSERVE OS DADOS A SEGUIR:


Professor • Silvério das Neves

A Empresa Comercial SILNEV Ltda., realizou uma venda a prazo de mercadorias no valor total de
R$ 150.000,00. Os tributos incidentes sobre a referida operação são: IPI 20%, ICMS 18%,
Contribuições Sociais Não Cumulativas: PIS 1,65% e COFINS 7,6%.
Nota: Desconsidere a exclusão do ICMS na Base de Cálculo do
PIS/COFINS.
SLIDE 59
06 – O valor total dos tributos incidentes sobre vendas (considerados como despesas operacionais
redutoras da receita bruta para fins de apuração da receita líquida) monta em R$
_______________________.

07 – O valor total da nota fiscal de vendas (importância a ser cobrada do cliente que adquiriu as
referida mercadorias) representa em R$ ______________________.

08 – O valor do IPI cobrado destacadamente na nota fiscal de venda alcança o montante de R$


_________________________________.

Na apuração do resultado do exercício (ARE) os valores a serem considerados como


receita operacional bruta (ROB) e receita operacional líquida (ROL) montam pela legislação
Professor • Silvério das Neves

tributária, respectivamente, em:

09 – Receita Operacional Bruta (ROB) - R$ ________________________.

10 – Receita Operacional Líquida (ROL) – R$ ________________________.


SLIDE 60
COM BASE NOS DADOS ABAIXO – RESPONDA OS TESTES (11 A 13):

11. Determine em R$ o valor das Vendas Líquidas – VL (valores em R$ 1.000,00):

Vendas Brutas (VB) 5.000,00; Vendas Canceladas do Exercício Anterior 100,00; PIS -

Dedução da Receita Bruta 82,00; Descontos Financeiros Concedidos 100,00; Comissões


sobre Vendas 250,00; COFINS sobre Vendas 380,00; IPI sobre Faturamento 500,00;

Devolução de Vendas 500,00; Conta-Corrente de ICMS 850,00; Custo das Mercadorias


Vendidas (CMV) 1.500,00; Fretes sobre Vendas 200,00; ICMS sobre vendas 810,00.

(a) 3.228,00;
Professor • Silvério das Neves

(b) 3.128,00;

(c) 3.028,00;
(d) 2.378,00;

(e) 2.728,00.
SLIDE 61
12. O valor do Faturamento Bruto da empresa, corresponderá (em R$):
(a) 5.000,00;
(b) 4.500,00;
(c) 5.500,00;
(d) 4.690,00;
(e) 4.190,00.

13. O valor do Lucro Operacional Bruto (Lb) da empresa, corresponderá (em R$):
(a) 2.628,00;
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(b) 2.128,00;
(c) 2.728,00;
(d) 2.228,00;
(e) 1.728,00.

SLIDE 62
14. Da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) da Comercial SDN Ltda., em 31-12-20X3,
foram extraídos os seguinte elementos:
CONTAS: R$
Receita Bruta da Venda de Mercadorias............................................................................... 55.000,00
Receitas Financeiras............................................................................................................. 1.505,00
Despesas de Comissões sobre Vendas................................................................................. 1.000,00
Outras Despesas Operacionais............................................................................................... 6.500,00
Custo das Mercadorias Vendidas........................................................................................... 26.370,00
Descontos Incondicionais Concedidos................................................................................... 5.000,00
PIS Dedução da Receita Bruta............................................................................................... 330,00
COFINS Dedução da Receita Bruta........................................................................................ 1.500,00
Outras Receitas (Não operacionais) ....................................................................................... 2.000,00
Outras Despesas (Não operacionais) ..................................................................................... 250,00
ICMS sobre Vendas ................................................................................................................ 8.000,00
Despesas Financeiras.............................................................................................................. 500,00
Provisão para o Imposto de Renda (sobre Lucro Real)............................................................ 1.300,00
PIS - Despesa Operacional....................................................................................................... 10,00
COFINS - Despesa Operacional................................................................................................ 45,00
Provisão para CSLL................................................................................................................... 1.200,00
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O Resultado com Mercadorias (Lucro Bruto) e o Lucro Líquido do Exercício – LLE - (após o Imposto de Renda)
na DRE para fins tributários, importaram, respectivamente (R$), em:
(a) 40.170,00 e 7.500,00;
(b) 13.800,00 e 6.500,00;
(c) 6.500,00 e 13.800,00;
(d) 14.000,00 e 7.000,00;
(e) 7.000,00 e 14.000,00.
SLIDE 63
III.6 – AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS E MATÉRIAS PRIMAS
III.6.1 - CUSTO DE AQUISIÇÃO – RIR/2018 (DECRETO Nº 9.580, DE 2018)

Art. 301. O custo das mercadorias revendidas e das matérias-


primas utilizadas será determinado com base em registro permanente de estoques ou
no valor dos estoques existentes, de acordo com o livro de inventário, no fim do
período de apuração (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 14).
§ 1º O custo de aquisição de mercadorias destinadas à revenda
compreenderá os de transporte e seguro até o estabelecimento do
contribuinte e os tributos devidos na aquisição ou na importação (Decreto-
Lei nº 1.598, de 1977, art. 13).
Professor • Silvério das Neves

§ 2º Os gastos com desembaraço aduaneiro integram o custo de


aquisição.
§ 3º Os impostos recuperáveis por meio de créditos na escrita
fiscal não integram o custo de aquisição. Consulte o slide 46.
SLIDE 64
III.6.2 - CUSTO DE PRODUÇÃO – RIR/2018 (DECRETO Nº 9.580/2018)
Art. 302. O custo de produção dos bens ou serviços vendidos
compreenderá, obrigatoriamente (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 13, § 1º):
I - o custo de aquisição de matérias-primas e de outros bens ou serviços
aplicados ou consumidos na produção, observado o disposto no artigo 301;
II - o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta,
manutenção e guarda das instalações de produção;
III - os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação
dos bens aplicados na produção;
IV - os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção; e
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V - os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção.


§ 1º A aquisição de bens de consumo eventual, cujo valor não exceda a cinco por
cento do custo total dos produtos vendidos no período de apuração anterior, poderá
ser registrada diretamente como custo (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 13, § 2º).
SLIDE 65
III.6.3 - EMPRESA INDUSTRIAL SEM CONTABILIDADE DE CUSTOS INTEGRADA
E COORDENADA COM O RESTANTE DA ESCRITURAÇÃO
Deverá avaliar os estoques da seguinte forma [art. 308 do Decreto nº 9.580, de 2018
(RIR/2018)]:

(A) PRODUTOS ACABADOS


Serão avaliados por 70% do maior preço de venda (com o valor do ICMS e sem o valor do
IPI) do produto durante o período de apuração.

(B) PRODUTOS EM ELABORAÇÃO


Serão avaliados, à opção da empresa:
(b1) por uma vez e meia o valor do maior custo das matérias-primas adquiridas no período
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de apuração (sem o valor do ICMS e do IPI recuperáveis); ou


(b2) 80% do valor do custo dos produtos acabados, ou seja, 56% (80% x 70%) do maior
preço de venda (sem o IPI).
Nota: Os valores correspondentes (Produtos Acabados ou em Elaboração) deverão ser
reconhecidos na Escrituração Comercial da Sociedade (§ 2º, art. 308 do RIR/2018).
SLIDE 66
(C) CASO PRÁTICO:
(C1) Custo dos Produtos Acabados:
Maior preço de venda do período (sem o IPI) .......... R$ 3.000,00
(x) percentual ............................................................ 70% .
(=) Custo dos Produtos Acabados (CPA) ................. R$ 2.100,00

(C2) Custo dos Produtos em Elaboração:


Maior custo das matérias-primas .............................. R$ 800,00
(x) Coeficiente ............................................................ 1,5 .
(=) Custo dos Produtos em Elaboração (CPE) ............. R$ 1.200,00

ou, por opção da pessoa jurídica:


Professor • Silvério das Neves

Valor dos Produtos Acabados .................................... R$ 2.100,00


(x) Percentual ............................................................. 80% .
(=) Custo dos Produtos em Elaboração (CPE) .......... R$ 1.680,00

SLIDE 67
NOTAS:

(1ª) A empresa poderá utilizar, a seu critério, R$ 1.200,00 ou R$ 1.680,00, como


Custo dos Produtos em Elaboração para avaliação do respectivo estoque;

(2ª) 56% do maior preço de venda é igual a R$ 1.680,00 = (56% x R$ 3.000,00);

(3ª) Das opções calculadas no subitem C2 para avaliação do estoque final dos Produtos
em Elaboração, a de R$ 1.200,00 é a que implica menor valor do referido
estoque e, portanto, maior custo dos produtos vendidos (CPV) e menor
resultado industrial no período de apuração encerrado. Entretanto, o valor
do estoque inicial do período de apuração seguinte também é menor, o que implicará
um maior resultado industrial neste período;
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(4ª) Os valores apurados (Produtos: Acabados ou em Elaboração) devem ser reconhecidos


na escrituração comercial (art. 308, § 2º do RIR/2018);
(5ª) Os custos (CMV, CPV, CSP) são demonstrados na Escrituração Contábil Fiscal -
ECF (Registros L200 e L 210 Metodologia de Custeio de Estoque e apropriação).
SLIDE 68
III.7 - DEVOLUÇÕES, ABATIMENTOS E DESCONTOS INCONDICIONAIS

III.7.1 – DEVOLUÇÃO DE VENDAS


Correspondem à anulação de valores registrados como receita bruta no próprio
período de apuração. As vendas canceladas de períodos de apuração anteriores
deverão ser registradas como Despesas de Vendas (Despesas Operacionais).

III.7.2 - DESCONTOS INCONDICIONAIS E ABATIMENTOS SOBRE VENDAS


Descontos Incondicionais são parcelas redutoras dos preços de venda e compra
constantes da nota fiscal ou da fatura de serviços e não dependentes de evento posterior à
emissão desses documentos.
Abatimentos sobre Vendas são os descontos concedidos após a operação de vendas em
função de avaria (diferença no tipo, qualidade, preço ou qualquer outro fator que esteja em desacordo com
o pedido ou com a nota fiscal). Normalmente estes descontos são concedidos para evitar a devolução da
Professor • Silvério das Neves

mercadoria, matéria prima ou produto vendido.

Nota: Os abatimentos sobre vendas não devem ser confundidos com os descontos
financeiros, concedidos ou obtidos, em razão do pagamento ou recebimento de títulos por
antecipação (esses descontos são considerados receitas ou despesas financeiras e, dessa
forma, não alteram o valor do Lucro Bruto).
SLIDE 69
III.7.3 - CASO PRÁTICO - INVENTÁRIO PERIÓDICO E PERMANENTE
NOTAS FISCAIS A PRAZO DE:
DEVOLUÇÃO
ELEMENTOS VENDAS
DE VENDAS
Valor Bruto ............................. 220.000,00 22.000,00
(-) Desconto Incondicional ..... -20.000,00 -2.000,00
(=) Valor total da NF ............. 200.000,00 20.000,00
ICMS Destacado (18%) ......... 36.000,00 3.600,00

Utilizar os dados acima para contabilizar:


(1º) A venda e a devolução de Vendas como se ambas ocorressem no mesmo
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período de apuração;
(2º) A operação de Devolução de Vendas como se ela se referisse a Venda
realizada em período de apuração de apuração anterior;
(3º) Contabilizar utilizando os Inventários Periódico e Permanente.

SLIDE 70
CONTABILIZAÇÃO – INVENTÁRIO PERIÓDICO:
➢ NF DE VENDA A PRAZO:
D - Duplicatas a Receber (AC) 200.000,00
D - Descontos Incondicionais Concedidos (*) 20.000,00
C - Receita Bruta (ARE) 220.000,00
D - ICMS sobre Vendas (**)
C - ICMS a Recolher (C/C de ICMS) 36.000,00

➢ NF DE DEVOLUÇÃO DE VENDAS
D - Devolução de Vendas (***) 22.000,00
C - Duplicatas a Receber (AC) 20.000,00
C - Descontos Incondicionais Concedidos (*) 2.000,00
D - ICMS a Recuperar (C/C de ICMS)
C - ICMS sobre Vendas (ARE) 3.600,00
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C/C = Conta Corrente de ICMS (recebe à débito os valores a recuperar e a crédito os


valores a recolher).
Saldo: Devedor = ICMS a Recuperar Credor = ICMS a Recolher

(*), (**) e (***) – parcelas redutoras da Receita Bruta para fins de apuração da Receita
Liquida na DRE (art. 208 do RIR/2018).
SLIDE 71
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE
ELEMENTOS VALORES R$
Receita Operacional Bruta (Vendas Brutas) ............................................................................. 220.000,00
(-) Deduções da Receita Bruta:
▪ Devolução de Vendas ................................................................................ R$ 22.000,00
▪ Descontos Incondicionais Concedidos ( 20.000,00 – 2.000,00).................. R$ 18.000,00
▪ ICMS sobre Vendas (36.000,00 – 3.600,00)............................................... R$ 32.400,00 -72.400,00
(=) Receita Operacional Líquida (Vendas Líquidas) .................................................................. 147.600,00
Note que o valor da Receita Operacional Líquida (Vendas Líquidas) correspondente exatamente
ao valor líquido da Nota Fiscal de Vendas deduzido do valor do valor líquido da Nota Fiscal de
Devolução de Vendas e do valor líquido do ICMS sobre Vendas. Observe o cálculo a seguir:
▪ Valor Bruto (R$ 220.000,00 – R$ 22.000,00) .................................................. R$ 198.000,00
▪ (-) Descontos Incondicional (R$ 20.000,00 – R$ 2.000,00) ............................ R$ 18.000,00
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▪ (=) Valor Total da NF (R$ 200.000,00 – R$ 20.000,00) ................................... R$ 180.000,00


▪ ICMS Destacado (R$ 36.000,00 – R$ 3.600,00) ............................................ R$ 32.400,00
O valor do ICMS de R$ 32.400,00 corresponde a 18% sobre R$ 180.000,00. Como o ICMS é
calculado por dentro (integra o preço de vendas) o valor da receita líquida (vendas líquidas) será de:
► R$ 147.600,00 (R$ 180.000,00 – R$ 32.400,00).
SLIDE 72
Nos slides 71 e 72 adotamos a hipótese de INVENTÁRIO PERIÓDICO, ou seja, a empresa não
possuiu controle de estoque. Assim, no levantamento físico para determinação do valor do Estoque Final
(EF) já teríamos considerado a entrada no estoque provocada pela Devolução de Vendas.
A apuração do Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), nessa hipótese, seria realizada no final
do período de apuração mediante a utilização da fórmula:
CMV = Estoque Inicial (Ei) + Compras (C) – Estoque Final (EF)

CONTABILIZAÇÃO – INVENTÁRIO PERMANENTE:


Caso a empresa tivesse controle de estoque (Inventário Permanente) teríamos que acrescentar nos
lançamentos correspondentes à Venda e a Devolução de Vendas (realizados no slide nº 71) os valores
relativos ao Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), da seguinte forma:
✓ NA OPERAÇÃO DE VENDAS (supondo que o CMV fosse R$ 80.000,00)
D - Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
C - Mercadorias em Estoque (AC) 80.000,00
✓ NA OPERAÇÃO DE DEVOLUÇÃO DE VENDAS (supondo CMV de R$ 8.000,00)
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D - Mercadorias em Estoque (AC)


C - Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) 8.000,00
Assim na DRE (slide nº 72) – acrescentaríamos (o valor do CMV):
▪ Receita Operacional Líquida (Vendas Líquidas) ........................................ R$ 147.600,00
▪ (-) Custo das Mercadorias Vendidas (R$ 80.000,00 – R$ 8.000,00) ......... R$ 72.000,00
▪ (=) Lucro Operacional Bruto (Lucro Bruto) ........................................... R$ 75.600,00
SLIDE 73
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE
ELEMENTOS VALORES R$
Receita Operacional Bruta (Vendas Brutas) ......................................................... 220.000,00
(-) Deduções da Receita Bruta:
▪ Devolução de Vendas .............................................................. R$ 22.000,00
▪ Desc. Incond. Concedidos ( 20.000,00 – 2.000,00)................. R$ 18.000,00
▪ ICMS sobre Vendas (36.000,00 – 3.600,00)............................ R$ 32.400,00 -72.400,00
(=) Receita Operacional Líquida (Vendas Líquidas) .............................................. 147.600,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (R$ 80.000,00 – R$ 8.000,00)..................... -72.000,00
(=) Lucro Operacional Bruto (Lucro Bruto) ........................................................ 75.600,00
A representação acima parte do pressuposto que os valores da Receita Operacional Bruta
(Vendas Brutas) e da Devolução de Vendas referem-se ao mesmo período.
Caso a operação de Devolução de Vendas (mencionada no slide nº 70) fosse relativa a
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operação de Vendas realizada em períodos anteriores, seu montante deveria ser


contabilizado como Despesa Operacional (Despesa de Vendas) e, nesta hipótese, não afetaria
o valor da Receita Operacional Líquida (Vendas Líquidas) tampouco o valor do Lucro Operacional
Bruto (Lucro Bruto), pois, seria considerada como Despesa de Vendas.
Nos slides seguintes faremos a contabilização da Devolução de Vendas na suposição de
que a referida operação seja relativa à Venda realizada no período anterior.
SLIDE 74
CONTABILIZAÇÃO (SUPONDO INVENTÁRIO PERMANENTE):
NF DE VENDA A PRAZO:
D - Duplicatas a Receber (AC) 200.000,00
D - Descontos Incondicionais Concedidos (ARE) 20.000,00
C - Receita Bruta (ARE) 220.000,00
D - ICMS sobre Vendas (ARE)
C - ICMS a Recolher (C/C de ICMS) - PC 36.000,00
D - Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
C - Mercadorias em Estoque (AC) 80.000,00
NF DE DEVOLUÇÃO DE VENDAS (SUPONDO DEVOLUÇÃO DE PERÍODO ANTERIOR):
D - Devolução de Vendas de Período Anterior (*) 22.000,00
C - Duplicatas a Receber (AC) 20.000,00
C - Devolução de Vendas de Período Anterior (Desc. Incond.) 2.000,00
D - ICMS a Recuperar (C/C de ICMS) - AC
C - Devolução de Vendas de Período Anterior (ARE) 3.600,00
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D - Mercadorias em Estoque (AC)


C - Devolução de Vendas de Período Anterior (ARE) 8.000,00

(*) DESPESA DE VENDAS (DESPESA OPERACIONAL) – O valor da referida despesa seria:


R$ 8.400,00 (R$ 22.000,00 – R$ 2.000,00 – R$ 3.600,00 – R$ 8.000,00).

Nesta hipótese a DRE seria representada da seguinte forma:


SLIDE 75
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE
ELEMENTOS VALORES R$
Receita Operacional Bruta (Vendas Brutas) .............................................................. 220.000,00
(-) Deduções da Receita Bruta:
▪ Devolução de Vendas ............................................................... R$ 0,00
▪ Descontos Incondicionais Concedidos ..................................... R$ 20.000,00
▪ ICMS sobre Vendas ................................................................... R$ 36.000,00 -56.000,00
(=) Receita Operacional Líquida (Vendas Líquidas) ................................................... 164.000,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) ................................................................ - 80.000,00
(=) Lucro Operacional Bruto (Lucro Bruto) .................................................................. 84.000,00
(-) Despesas Operacionais (Devolução de Vendas de Período Anterior) ................... - 8.400,00
75.600,00
Note que o resultado final foi idêntico ao anterior (slide nº 74), ou seja, R$ 75.600,00 porém,
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nesta hipótese, a operação de Devolução de Vendas de Período Anterior (R$ 8.400,00):


(a) não afetou os valores da Receita Operacional Líquida (Vendas Líquidas) e do Lucro
Operacional Bruto (Lucro Bruto);
(b) alterou o Resultado do Exercício (por representar uma Despesa Operacional).

SLIDE 76
III.8 - DESPESAS OPERACIONAIS
Os encargos necessários à atividade da empresa e à sua manutenção, que não fazem
parte do custo, classificam-se como despesas operacionais.

Para apuração do Lucro Operacional (pela legislação tributária – art. 289 do RIR/2018) deduz-
se das receitas, além dos custos (CPV, CMV, CSP), as despesas administrativas, despesas
com vendas, despesas financeiras líquidas e outras despesas operacionais.

Notas:
(1ª) Os custos são os encargos incorridos pela empresa para a produção de bens e
serviços. As despesas são os demais encargos não ligados à área produtiva e que são
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necessários à geração de receitas;


(2ª) Somente serão dedutíveis as despesas necessárias à atividade da empresa e à
manutenção da fonte produtora [art. 69, da IN RFB nº 1.700, de 2017 e art. 311 do Decreto nº
9.580, de 2018 (RIR/2018)].
SLIDE 77
III.8.1 – DESPESAS ADMINISTRATIVAS
São os valores pagos ou incorridos para direção ou gestão da empresa, destacando-se:
● Despesa com pessoal, inclusive encargos sociais (INSS, FGTS)
● Alimentação do Trabalhador
● PIS sobre outras receitas operacionais (não fazem parte das atividades principais da PJ)
● COFINS sobre outras receitas operacionais (idem acima)
● Energia Elétrica, Água, Telefone (da Área Administrativa)
● Seguros
● Serviços prestados por Pessoa Física ou Jurídica
● Impressos e Material de Escritório
● Leasing (Arrendamento Mercantil) da área administrativa
● Honorários de Diretoria da área Administrativa
● Viagens e Estadias
● Serviços de Terceiros
● Contribuições e Doações
● Impostos e Taxas
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● Provisões do Passivo e Perdas Prováveis ou Estimadas em Ativos (consulte slides nº )


● Encargos de Depreciação, Amortização e Exaustão (da área administrativa (veja slides n°)
● Despesas com Conservação de Bens e Instalações
● Despesas com Multas
● Despesas com Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados
● Pesquisas Científicas e Tecnológicas
● Bens do ANC Deduzidos como Despesas [R$ 1.200,00 (art. 120 da IN RFB nº 1.700, de 2017)]
● Outras
SLIDE 78
III.8.2 – DESPESAS COM VENDAS
São os valores pagos ou incorridos para a promoção, colocação e distribuição das
mercadorias ou produtos, e os riscos assumidos com vendas, destacando-se:
● Propaganda e Publicidade
● Despesas com Créditos de Liquidação Duvidosa
● Despesas com Créditos Incobráveis
● Perdas em Operações de Crédito (Consulte os slides 84 a 86)
● Despesas com Royalties e Assistência Técnica
● Encargos de Depreciação, Amortização e Exaustão da área de vendas
● Despesas de Pessoal e Encargos Sociais (INSS, FGTS) da área de vendas
● Comissões e Corretagem sobre Vendas
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● Fretes sobre Vendas


● Seguros sobre Vendas
● Arrendamento Mercantil Operacional (Leasing)
● Água, Luz, Telefone
● Devolução de Vendas de Períodos de Apuração Anteriores (ver slides 75 e 76)
● Outras
SLIDE 79
III.8.3 - DESPESAS FINANCEIRAS (Art. 398, 399, 406 e 407 do RIR/2018)

São os valores correspondentes aos encargos de natureza financeira, destacando-se


(arts. 145 a 147 e 150 da IN RFB nº 1.700, de 2017):
• Juros Passivos (Despesas de Juros)
• Despesas com Ajustes a Valor Presente (AVP)
• Descontos Financeiros Concedidos (Descontos Financeiros Passivos)
• Deságio Concedido na Colocação de Debêntures ou Títulos de Crédito
• Variações Monetárias Passivas (incluem as Variações Cambiais Passivas)
• Juros auferidos a título de Remuneração de Capital Próprio

Nota: Para fatos geradores ocorridos a partir de 01-01-1999, as variações monetárias


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(ativas e passivas) serão consideradas, para os efeitos da legislação do imposto de renda das
pessoas jurídicas (IRPJ), da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL), da contribuição
PIS/PASEP e COFINS, como receitas ou despesas financeiras, conforme o caso (art. 404 do
RIR de 2018, cuja matriz legal é o art. 9º da Lei nº 9.718, de 1998).
SLIDE 80
III.9 – PROVISÕES
III.9.1 – DEFINIÇÃO (ASPECTOS TRIBUTÁRIOS)
Sob o ponto de vista tributário são retificações de ativos (?) e/ou passivos exigíveis já que
se referem a perdas de ativos ou obrigações que recebem essa denominação pelo seu caráter
estimativo e, além disso, tem fato gerador contábil ocorrido. (?) Veja slide 83
RETIFICADORAS DO ATIVO (CONSULTE O SLIDE Nº 83):
➢ Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa – AC ou ARLP (*)
➢ Provisão para Ajuste de Bens ao Valor de Mercado – AC ou ARLP (*)
➢ Provisão para Perdas Prováveis na Realização de Investimentos - ANC (*)
PASSIVOS EXIGÍVEIS – PASSIVO (CONSULTE SLIDE Nº 83):
➢ Provisão para Gratificações a Empregados - PC (*)
➢ Provisão para Licença-Prêmio – PC (*)
➢ Provisão para Férias de Empregados – PC (Dedutível - art. 342 do RIR/2018)
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➢ Provisão para 13º Salário – PC (Dedutível - art. 343 do RIR/2018)


(*) Não dedutíveis na Base de Cálculo do IRPJ e da CSLL.

Nota: São dedutíveis as provisões técnicas das companhias de seguro, capitalização e entidades de
previdência privada (art. 340 do RIR/2018), bem como, a Provisão para Perdas em Estoque de Livros
(art. 341 do RIR/2018).
SLIDE 81
(a) CONSTITUIÇÃO DAS PROVISÕES INDEDUTÍVEIS
D - Despesas (ARE)
C - Provisões (*) 36.000,00
(*) Provisão retificadora do Ativo ou do Passivo Exigível (PE).
Nota: Se a Provisão for indedutível, na apuração da Base de Cálculo (BC) dos tributos
sobre o lucro (IRPJ e CSLL), o referido valor deverá ser adicionado à referida base de
cálculo na parte A e controlado na Parte B do LACS/LALUR.

(b) REVERSÃO DE PROVISÕES INDEDUTÍVEIS CONSTITUÍDAS


D - Provisões [(-) do Ativo ou conta do PE]
C – Receita de Reversão de Provisões (**) 36.000,00
(**) Conta de Resultado (Receita) – ARE.
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PE (Passivo Exigível) PC ou PELP.


Nota: O valor correspondente à Receita de Reversão de Provisões será baixado na parte B e
poderá ser excluído na base de cálculo dos tributos sobre o lucro (CSLL e IRPJ) na parte
A do LACS/LALUR.

SLIDE 82
III.9.2 – PROVISÕES - ASPECTOS SOCIETÁRIOS
O Pronunciamento Técnico CPC nº 25 que trata das provisões, passivos e ativos contingentes,
define provisões como sendo um passivo de prazo ou de valor incerto (itens nº 7 e 10).
Portanto após o mencionado Pronunciamento do CPC as provisões retificadoras do ativo
passaram contabilmente a ser denominadas de:
➢ Perdas Prováveis com Créditos de Liquidação Duvidosa – AC ou ARLP;
➢ Perdas Estimadas com Ajuste de Bens ao Valor de Mercado – ARLP;
➢ Perdas Prováveis na Realização de Investimentos – ANC – Investimentos;
➢ Perdas Estimadas por Desvalorização de Ativos (Pronunciamento CPC nº 01).

III.9.3 – ALTERAÇÕES TRIBUTÁRIAS DA LEI Nº 12.973, DE 2014


Pelas razões anteriormente explanadas o artigo 59 da Lei nº 12.973, de 2014
(matriz legal do § único do art. 339 do RIR/2018) que disciplinou sobre a contabilidade internacional
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para efeitos da legislação tributária federal, dispôs:


“Art. 59 – Para fins da legislação tributária federal, as referências a provisões
alcançam as perdas estimadas no valor de ativos, inclusive as decorrentes de redução
ao valor recuperável” (art. 339, § único do RIR/2018). Consulte slides 96 a 98.

SLIDE 83
II.10 – PERDAS EM OPERAÇÕES DE CRÉDITO (ARTS. 347 a 351 DO RIR/2018 E ARTS.
71 A 74 DA IN SRF Nº 1.700, DE 2017)
DEDUTIBILIDADE - Poderão ser registrados como perda os créditos:
I - em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor, em
sentença emanada do Poder Judiciário;
II - SEM GARANTIA , DE VALOR:
(a) até R$ 15.000,00 por operação, vencidos há mais de seis meses, independentemente de
iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento;
CONTABILIZAÇÃO I, II A:
D - Perdas no Recebimento de Créditos (Despesas com Vendas)
C - Duplicatas a Receber (AC ou ARLP)
(b) acima de R$ 15.000,00 até R$ 100.000,00 por operação, vencidos há mais de um ano,
independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, porém, mantida a
cobrança administrativa;
(c) superior a R$ 100.000,00 por operação vencidos, vencidos há mais de um ano, desde que
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iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento.


No caso de contrato de crédito em que o pagamento de uma ou mais parcelas implique o
vencimento automático de todas as demais parcelas vincendas, os limites a que se referem às alíneas
"a" e "b" acima serão considerados em relação ao total dos créditos, por operação, com o mesmo
devedor (Lei nº 9.430, de 1996, art. 9º, § 2º, § 6º do art. 71 da IN RFB nº 1.700, de 2017 e § 3º art. 347
do RIR/2018).
SLIDE 84
III - COM GARANTIA, vencidos há mais de dois anos, de valor:
(a) até R$ 50.000,00 por operação, independentemente de iniciados os procedimentos
judiciais para o seu recebimento ou o arresto (veja slide 86) das garantias; e
(b) superior a R$ 50.000,00 por operação, desde que iniciados e mantidos os procedimentos
judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias; e

IV - CONTRA DEVEDOR DECLARADO FALIDO OU PESSOA JURÍDICA DECLARADA


EM CONCORDA OU RECUPERAÇÃO JUDICIAL (veja slide 86), relativamente à parcela que
exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar, sendo também deduzida como perda a parcela
do crédito cujo compromisso de pagar não houver sido honrado pela empresa concordatária ou em
recuperação judicial, observada as condições contidas nos itens I a III (anteriores) e as demais condições
previstas no art. 71 da IN RFB nº 1.700, de 2.017.
CONTABILIZAÇÃO II B, II C, III E IV
D - Perdas no Recebimento de Créditos (Resultado)
C - Créditos a Receber em Atraso (Redutora de Duplicatas a Receber)
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A conta redutora poderá ser baixada contra o crédito a partir do 5º ano do seu vencimento.
No caso de crédito com empresa em processo falimentar, em concordata ou em recuperação judicial,
a dedução da perda será admitida a partir da data da decretação da falência ou do deferimento do
processamento da concordata ou recuperação judicial, desde que a credora tenha adotado os
procedimentos judiciais necessários para o recebimento do crédito (§ 5º do art. 347 do RIR/2018 cuja
matriz legal é a Lei nº 9.430, de 1996, art. 9º, § 4º e § 8º, regulamentado pelo art. 71 da IN RFB 1.700/17).
SLIDE 85
CONSIDERA-SE:
(1) OPERAÇÃO a venda de bens, a prestação de serviços, a cessão de direitos, a aplicação
de recursos financeiros em operações com títulos e valores mobiliários, constante de um único
contrato, no qual esteja prevista a forma de pagamento do preço pactuado, ainda que a transação
seja realizada para pagamento em mais de uma parcela. No caso de empresas mercantis, a
operação será caracterizada pela emissão da fatura, mesmo que englobe mais de uma nota fiscal
(§§ 2º e 3º, art. 71 da IN RFB nº 1.700, de 2017).
(2) CRÉDITO GARANTIDO, para estes fins, o proveniente de venda com reserva de
domínio, alienação fiduciária em garantia ou de operações com outras garantias reais (§ 4º, art. 347
do RIR/2018 regulamentado pela Lei nº 9.430, de 1996, art. 9º, § 3º).
(3) ARRESTO: Medida acautelatória dos direitos do credor, para não ter prejuízos na
eventualidade de ser vencedor em ação contra o proprietário do bem que possa ser subtraído de
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sua disponibilidade, assim evitando seja ocultado, danificado, dilapidado ou alienado.


(4) RECUPERAÇÃO JUDICIAL: Representa uma medida jurídica legal utilizada para tentar
evitar a falência de uma empresa. Objetiva garantir a reestruturação dos negócios e redefinir um
plano de resgate financeiro, foi proposta para substituir concordata (artigo nº 47 da Lei n° 11.101,
de 2005).
SLIDE 86
III.11 – DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO
III.11.1 – DEPRECIAÇÃO (ARTS.121 A 127 DA IN RFB Nº 1.700, DE 2017)
➢ Desgaste de bens físicos (bens tangíveis), registrados no Ativo Não Circulante (ANC) por
uso, perda, obsolescência ou ação da natureza.
➢ Perda da vida útil de bens físicos (bens tangíveis) registrados no ANC por uso, perda,
obsolescência ou ação da natureza.
TAXAS USUAIS PARA FINS TRIBUTÁRIOS (LEGISLAÇÃO DO IRPJ)
VIDA ÚTIL
BENS DEPRECIÁVEIS TAXA
ESTIMADA

➢ Edifícios e Construções 4% aa 25 anos


➢ Equipamentos, Máquinas, Móveis e Utensílios,
Ferramentas, Instalações, etc. 10% aa 10 anos
➢ Veículos 20% aa 5 anos
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➢ Com relação às Taxas de Depreciação consultar Anexo III da IN RFB 1.700/17.

IMPORTANTE
As empresas poderão usar taxas superiores às fixadas desde que comprovem,
mediante laudo pericial de órgão técnico, sua adequação ao tempo de vida útil do
bem (art. 320 do RIR/2018, regulamentado pelo art. 124, § 2º da IN RFB 1.700/2017).
SLIDE 87
III.11.2 – AMORTIZAÇÃO (DEFINIÇÃO - ASPECTOS TRIBUTÁRIOS)
Representa um ativo não monetário identificável sem substância física. Compreende a
importância correspondente à recuperação do capital aplicado em bens intangíveis que não
possui substância física (art. 330 do RIR/2018).

III.11.2.1 - BENS INTANGÍVEIS SUJEITOS À AMORTIZAÇÃO


ATIVO NÃO CIRCULANTE INTANGÍVEL – ANC (art. 331 do RIR/2018):
➢ Marcas e Patentes
➢ Softwares, direitos autorais, autorizações ou concessões
➢ Ponto Comercial, Fundo de Comércio Adquirido
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➢ Gastos com Desenvolvimento de Produtos


➢ Gastos com Desenvolvimento de Website (página ou paginas acessíveis na Internet)
Nota: Consulte nos itens II.3 e II.5 (slides 19 e 28) a representação do Ativo Intangível
do Balanço Patrimonial.

SLIDE 88
III.11.2.2 – TAXA DE AMORTIZAÇÃO (ART. 333 DO RIR/2018)
A taxa anual de amortização será estabelecida tendo em vista o número de anos
restantes de existência do direito (Lei nº 4.506, de 1964, art. 58, § 1º).

III.11.2.3 – AMORTIZAÇÃO (ARTIGOS 334 E 335 DO RIR/2018):


▪ de Direitos de Exploração de Florestas [quota de amortização do valor dos direitos
contratuais de exploração de florestas terá como base de cálculo o valor do contrato e será
calculada em função do prazo de sua duração (art. 334 do RIR/2018)];
▪ Acelerada de bens intangíveis vinculados à pesquisa e à inovação tecnológica
Direitos de Exploração de Florestas (incentivo fiscal de dedução total como custo ou
despesa no período de apuração em que os dispêndios forem efetuados, previsão contida no art.
335 do RIR/2018):
▫ considera-se inovação tecnológica a concepção de novo produto ou processo de
fabricação e a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou ao
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processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade


e resulte em maior competitividade no mercado (§ 1º do art. 335 do RIR/2018);
▫ se a empresa não tiver registrado a amortização acelerada incentivada
diretamente na contabilidade, poderá excluir o valor correspondente aos dispêndios
relativos à aquisição de bens intangíveis do lucro líquido para fins de determinação do lucro real
na parte A do LACS/LALUR (§ 2º do art. 335 do RIR/2018).
SLIDE 89
III.11.3 – EXAUSTÃO (DEFINIÇÃO – ASPECTOS TRIBUTÁRIOS)
Compreende a importância correspondente à diminuição do valor dos recursos
naturais (minerais) não renováveis, resultante da sua exploração, a ser lançada como custo
ou encargo, em cada período de apuração, nas mesmas condições dos cálculos dos encargos de
depreciação e amortização, considerando o custo de aquisição ou prospecção, dos
recursos explorados.

III.11.3.1 - CÁLCULO TAXAS


A quota anual de exaustão será determinada pelo volume da produção no período e sua
relação com a possança conhecida, ou em função do prazo de concessão dado pela
autoridade governamental (§ 2º do art. 336 do RIR/2018). Consulte o cálculo nos Testes de
Fixação nº 17 e 18 (slide nº 100 e 101).
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III.11.4 – CONTABILIZAÇÃO
D - Despesa de Depreciação, Amortização ou Exaustão (ARE - Resultado)
C - Depreciação, Amortização ou Exaustão Acumulada [conta retificadora do ANC]

Nota: A matéria deste subitem encontra-se disciplinada nos artigos: 317 a 329 (Depreciação), 330
a 335 (Amortização) e 336 a 338 (Exaustão) do RIR/2018.
SLIDE 90
III.11.5 – ALTERAÇÕES DA LEI Nº 12.973, DE 2014
O artigo 40 da Lei nº 12.973, de 2014, alterou o art. 57 da Lei nº 4.506, de
1964, permitindo a exclusão no LACS/LALUR da quota de depreciação
registrada a menor na contabilidade do contribuinte para atender as disposições da
legislação societária (inciso II, art. 183, Lei nº 6.404/76 – consulte a respeito os slides
nº 92 a 94). Esta matéria encontra-se consolidada no art. 321 do RIR/2018 (Decreto
nº 9.580, de 2018).
O Parecer Normativo COSIT nº 01, de 2011 e artigo 124, §§ 4º e 5º da IN
RFB nº 1.700, de 2017, regulamentam os aspectos tributários previsto no art. 321 do
RIR/2018, cuja matriz legal é o art. 40 da lei nº 12.973, de 2014.
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Nota: Ao contribuinte está assegurado o direito de computar quota efetivamente


adequada às condições de depreciação de seus bens, desde que faça prova dessa
adequação, quando adotar taxa diferente [art. 320 do RIR/2018, normatizado pelo § 1º do art.
124 da IN da RFB nº 1.700, de 2017 e no caso de dúvida poderá pedir perícia ao Instituto
Nacional de Tecnologia (§ 2º do art. 124 da IN RFB 1.700, de 2017)].
SLIDE 91
III.11.5.1 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO (LEI 6.404/1976)
“Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
§ 3º A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores
registrados no imobilizado, no intangível e no diferido, a fim de que sejam:
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de
interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que
não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica
estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização” (Ajuste das Taxas).

Notas:
(1ª) A matéria prevista no artigo (perdas e critérios para determinar vida útil – incisos I e
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II) encontra-se disciplinada no Pronunciamento Técnico CPC nº 01 (R1) que trata da


Redução ao Valor Recuperável dos Ativos. Este Pronunciamento estabelece que a companhia
deverá realizar a análise do ativo pelo menos uma vez por ano;
(2ª) A Receita Federal do Brasil regulamentou o assunto especificado no item II
(ajuste das taxas) através do Parecer Normativo COSIT nº 01, de 29-07-2011.
SLIDE 92
III.11.6 – CASO PRÁTICO
Uma empresa possui os seguintes dados relativos ao seu ANC Imobilizado:
● Custo de Aquisição do Ativo ......................................... R$ 250.000,00
● (-) Valor Residual estabelecido para o bem .................... R$ 20.000,00 (veja 1ª nota)
● (-) Perda Estimada por Desvalorização do Ativo ............ R$ 30.000,00 (veja 2ª nota)
● (=) Base de Cálculo da Depreciação Societária ... R$ 200.000,00

● A Base de Cálculo da Depreciação Tributária corresponde ao Custo de


Aquisição (valor pago pelo ativo) no caso R$ 250.000,00.
● TAXA DE DEPRECIAÇÃO:
◦ Tributária: definida no Anexo III da IN RFB 1.700/17 ............................. 10% aa
◦ Societária: definida na avaliação do ativo (CPC 01): .............................. 6% aa
Notas:
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(1ª) Valor Residual representa o valor que um ativo imobilizado (máquina, veículo,
equipamento etc.), terá no final da sua vida útil (valor não depreciado do bem);
(2ª) Perda Estimada por Desvalorização do Ativo (art. 183, § 3º, inciso I, da Lei nº
6.404, de 1976 – consulte no slide anterior) definida pelo Pronunciamento Técnico CPC nº 1
[consulte a respeito o item III.12 (slides nº 95 a 97 adiante, inclusive caso prático)].
SLIDE 93
III.11.6.1 – CALCULO E CONTABILIZAÇÃO DA DEPRECIAÇÃO
● Depreciação Societária ........... R$ 12.000,00 (6% de R$ 200.000,00)
▪ Contabilização:
D – Despesas de Depreciação (ARE)
C – Depreciação Acumulada [(-) do ANC Imobilizado] 12.000,00
● Depreciação Tributária Dedutível:
▪ Valor ... R$ 25.000,00 [10% de R$ 250.000,00 (Custo de Aquisição do bem)]
● AJUSTE (EXCLUSÃO NO LACS/LALUR – CONSULTE SLIDE 91):
◦ Depreciação Tributária Dedutível (veja o slide nº 93) ......... R$ 25.000,00
◦ (-) Depreciação Societária (veja o slide nº 93) .................... R$ 12.000,00
◦ (=) Exclusão Autorizada no LALUR/LACS ......................... R$ 13.000,00

Nota: O valor excluído na parte A (R$ 13.000,00), deverá ser controlado na parte B do
LACS/LALUR (art. 321 do RIR/2018, regulamentado pelo art. 124, § § 4º e 5º da IN RFB nº 1.700,
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de 2017). A partir do período de apuração em que o montante acumulado das quotas de


depreciação computado na determinação da base de cálculo dos tributos sobre o lucro (CSLL
e IRPJ) atingir o custo de depreciável do bem, o valor da depreciação, registrado na escrituração
comercial, deverá ser adicionado ao lucro líquido para efeito de determinação dos tributos
incidentes sobre o lucro (CSLL e IRPJ) com a respectiva baixa na parte B do LACS/LALUR.
SLIDE 94
III.12 – TESTE DE RECUPERABILIDADE (IMPAIRMENT TEST)
O teste retro mencionado tem o objetivo de verificar se o ativo não esta
desvalorizado em relação ao seu valor justo (veja definição nos slides nº 33 e 97). Quando
ocorrer a alienação ou baixa do bem, a pessoa jurídica poderá reconhecer na apuração da
base de cálculo dos tributos incidentes sobre o lucro (CSLL e IRPJ) somente os valores
contabilizados como redução ao valor recuperável de ativos que não tenham sido objeto de
reversão (slide nº 97). No caso de alienação ou baixa de um ativo que compõe uma unidade
geradora de caixa (slide nº 97), o valor a ser reconhecido na apuração do lucro real deve ser
proporcional à relação entre o valor contábil desse ativo e o total da unidade geradora de
caixa à data em que o teste de recuperabilidade foi realizado.
Nota: Consulte as definições no slide nº 97.
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CASO PRÁTICO:
● Valor contábil do bem (veja definição no slide nº 44) ................... R$ 150.000,00;
● Valor Justo (ver slide nº 33 e 2ª nota do slide 97) ........................ R$ 120.000,00;
● Valor Líquido de Uso (ver 3ª nota no slide nº 97) ........................ R$ 115.000,00.

SLIDE 95
VALOR RECUPERÁVEL: o maior dos dois (valor justo ou valor de uso, no caso

valor justo R$ 120.000,00). Assim, o valor da perda será de R$ 30.000,00 [R$

150.000,00 (valor contábil) – R$ 120.000,00 (valor recuperável)]. Caso o valor recuperável

seja superior ao valor contábil não existira nenhuma perda a ser registrada na

contabilidade.

CONTABILIZAÇÃO:
D – Perdas - Redução de Bens ao Valor Recuperável de Ativos (ARE)
C – Perda Estimada por Desvalorização de Ativos (Redutora do Ativo) 30.000,00

INDEDUTIBILIDADE: A Perda será adiciona na parte A e controlada na B do


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LACS/LALUR. Quando ocorrer a alienação ou baixa do bem, a pessoa jurídica poderá


reconhecer na apuração da base de cálculo dos tributos incidentes sobre o lucro (CSLL e
IRPJ) somente os valores contabilizados como redução ao valor recuperável de ativos
que não tenham sido objeto de reversão (veja a 1ª nota no slide seguinte).
SLIDE 96
Notas:
(1ª) Reversão - Se, em nova avaliação, o valor do bem vier a aumentar a empresa poderá
reconhecer o aumento até o valor registrado na primeira avaliação (no Caso Prático do slide nº
96 o valor foi de R$ 30.000,00);

(2ª) Valor Justo representa o valor pelo qual o ativo pode ser negociado entre partes
interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de fatores que
pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória (consulte
a respeito o slide nº 33);

(3ª) Valor em Uso representa o valor presente líquido de fluxo de caixa, gerado pelo
uso do bem nas atividades da pessoa jurídica;
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(4ª) Unidade Geradora de Caixa – representa o menor grupo identificável de ativos que
gera entradas de caixa que são, em grande parte, independentes das demais entradas de caixa
de outros ativos ou grupos de ativos (definição constante no Pronunciamento Técnico do CPC nº
01 que trata da redução ao valor recuperável de ativos).
SLIDE 97
TESTES DE FIXAÇÃO
15. As contas que computam os eventos de estoque, compras e vendas, tiveram o seguinte
comportamento em setembro:
CONTAS VALORES R$
Vendas ...................................................................... 125.000,00
Compras ................................................................... 75.000,00
ICMS sobre Vendas .................................................. 15.000,00
ICMS sobre Compras ............................................... 9.000,00
ICMS a Recolher ..................................................... 6.000,00
Fretes sobre Compras ............................................. 6.250,00
Fretes sobre Vendas ............................................... 8.750,00
Estoque Inicial (Ei) ................................................... 37.500,00
Estoque Final (Ef) .................................................... 50.000,00
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Com base nos dados acima o lucro bruto alcançou o valor de (em R$):
(a) 56.500,00;
(b) 59.750,00;
(c) 65.500,00;
(d) 50.250,00;
(e) 41.500,00.
SLIDE 98
16. A empresa Comércio Industrial Ltda. comprou 250 latas de tinta a custo unitário de R$ 150,00,
tributadas com IPI de 5% e ICMS de 12%. Pagou entrada de 30% e aceitou duas duplicatas
mensais de igual valor. A tinta adquirida foi contabilizada conforme sua natureza contábil
funcional, com a seguinte destinação:
➢ 50 latas para consumo interno;
➢ 100 latas para revender; e
➢ 100 latas para usar como matéria prima.

Para fins de simplificação, considere que na aquisição para consumo interno o


ICMS não incidiu sobre o IPI. Após efetuar o competente lançamento contábil, é
correto afirmar que, com essa operação, os estoques da empresa sofreram aumento de
valor de (em R$):
(a) 39.375,00;
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(b) 37.500,00;
(c) 35.025,00;
(d) 34.875,00;
(e) 33.125,00.
SLIDE 99
OBSERVE OS DADOS PARA RESPONDER AS QUESTÕES 17 E 18.
A Empresa de Mineração Faca Amarela começou as suas atividades de exploração no começo do
Ano 1. No fim do ano, o seu contador preparou o resumo dos custos de mineração que foi o seguinte:
DADOS: VALORES R$
Mão de Obra 2.380.000,00
Material 245.000,00
Diversos 539.280,00
Total 3.164.280,00

Estes itens não incluem nenhum custo de depreciação, amortização ou exaustão. Os dados
referentes ao Ativo Não Circulante (ANC) usados na mineração do ouro eram os seguintes:

DADOS – CONTÁBEIS E SOCIETÁRIOS VALORES R$


Custo de aquisição da Mina (a capacidade estimada da jazida é de 10 mil
2.100.000,00
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toneladas). O valor residual da Mina é estimado em R$ 420.000,00.


Benfeitorias (vida útil estimada: 10 anos, sem nenhum valor residual). 184.800,00
Equipamento (vida útil estimada: 10 anos). O valor residual estimado em R$
336.000,00
42.000,00.
Durante o ano 1, foram extraídas 800 toneladas (8%) das quais 600 toneladas foram
vendidas.
SLIDE 100
TAXAS DE DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO PARA FINS TRIBUTÁRIOS:
BENFEITORIAS E EQUIPAMENTOS 10% AO ANO.

17. Segundo as disposições da legislação societária a Exaustão, Amortização e Depreciação


Acumuladas no final do ano 1 são, respectivamente, em R$:
(a) 168.000,00, 14.800,00 e 62.000,00;
(b) 134.400,00, 18.480,00 e 29.400,00;
(c) 134.000,00, 12.320,00 e 49.000,00;
(d) 168.000,00, 12.320,00 e 29.400,00;
(e) 154.000,00, 18.480,00 e 49.000,00.

18. Segundo as disposições da legislação tributária a Depreciação Acumulada que poderá ser
excluída no LALUR/LACS do final do ano 1 é de R$:
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(a) 33.600,00;
(b) 29.400,00;
(c) 0,00;
(d) 460,00;

SLIDE 101
(e) 4.200,00.
IV - DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
(DLPA) – art. 186 da Lei nº 6.404/1976

IV.1 – OBJETIVO
Demonstrar a movimentação da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados (LPA), revelando os
eventos que influenciaram a modificação do seu saldo. Essa demonstração deve também revelar
o dividendo por ação do capital realizado.
A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) é a representação dos lucros ou
prejuízos acumulados no início do período de apuração (exercício) e as mutações ocorridas
durante o atual período de apuração (exercício).
A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) discriminará:
➢ O saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do
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saldo inicial (realizada até 31-12-1995).


➢ As reversões de reservas e o resultado (lucro ou prejuízo) líquido do período de apuração
(exercício).
➢ As transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital
e o saldo ao fim do período.
SLIDE 102
IV.2 - ESTRUTURA
Saldo no início do período (+) ........................................................... [(+) Lucro ou (-) Prejuízo]
(+) Ajustes de Períodos de Apuração Anteriores .................................. (veja conceito no slide nº 105)
(+) Correção Monetária (até 31-12-1995) ............................................. (contabilizada até 31-12-1995)
(=) Saldo Inicial Ajustado e Corrigido
(+) Resultado Líquido do Exercício (DRE) ............................ [(+) Lucro (-) Prejuízo]
(-) Formação de Reservas de Lucros ............................. (contabilização no slide a seguir nº 104)
(+) Reversão de Reservas de Lucros ............................. (contabilização nos slides nº 104 e 105)
(-) Capitalização de Lucros ............................................. (contabilização a seguir no slide nº 104)
(-) Dividendos ou Lucros Distribuídos ou Creditados ..... (contabilização a seguir no slide nº 104)
(+) Outras Movimentações
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(=) Saldo no Final do Período (+) ............................................................. [(+) Lucro ou (-) Prejuízo]

Dividendo por Ação = Dividendos Creditados


do Capital Social (Realizado) NA (Nº de Ações)

SLIDE 103
IV.3 – CONTABILIZAÇÃO – DESTINAÇÃO DO LUCRO APURADO:
IV.3.1 – FORMAÇÃO DE RESERVAS DE LUCROS
D - Lucros Acumulados (PL)
C - Reservas de Lucros (PL)
IV.3.2 – REVERSÃO DE RESERVAS DE LUCROS
D - Reservas de Lucros (PL)
C - Lucros Acumulados (PL)
IV.3.3 – CAPITALIZAÇÃO DE LUCROS
D - Lucros Acumulados (PL)
C - Capital Social (PL)
IV.3.4 – DIVIDENDOS OU LUCROS CREDITADOS
D - Lucros Acumulados (PL)
C - Dividendos a Pagar (PC)

Nota: O artigo 178 da Lei nº 6.404/76 (redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) retirou do PL no
Balanço Patrimonial a conta de Lucros Acumulados. Este fato deve-se à nova redação do § 6º do artigo
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202 da Lei nº 6.404, de 1976 (dada pela Lei nº 10.303, de 2001), que dispõe:
“Os lucros não destinados nos termos dos artigos 193 a 197 (Reservas de Lucros)
deverão ser distribuídos como dividendos”.
Assim, no Balanço Patrimonial das sociedades por ações a conta de Lucros Acumulados não
poderá conter saldo com lucros (slides nº 22 e 35). Para os demais tipos societários não é
obrigatória a destinação total dos Lucros Apurados, portanto nessa hipótese, no Balanço Patrimonial a
conta de Lucros Acumulados poderá apresentar saldo (Resolução CFC nº 1.159, de 2009).
SLIDE 104
IV.4 - CONCEITOS (DLPA)
Saldo Inicial de Lucros ou Prejuízos Acumulados é o valor constante do balanço de
encerramento do período de apuração anterior.
Ajustes de Períodos de Apuração Anteriores são aqueles decorrentes de efeitos de
mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício
anterior, e que não possa ser atribuído a fatos subsequentes. Esses ajustes podem decorrer de
erro na omissão de lançamentos de Receitas ou Despesas de períodos anteriores, ou da
contabilização a maior ou a menor da provisão para o imposto de renda (PIR). Tais ajustes, também,
podem ser decorrentes da alteração de critérios contábeis (alteração no critério de
avaliação de estoques ou do regime de escrituração caixa para competência). Segundo o Princípio de
Competência do Exercício, tais valores não poderão ser contabilizados como receitas e despesas
no atual período de apuração (exercício social), motivo pelo qual deverão ser lançados, positiva
ou negativamente, como ajustes de períodos de apuração anteriores diretamente no PL na
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conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados – LPA (§1º, art. 186 da Lei nº 6.404, de 1976).
Reversão de Reservas decorre da não utilização das reservas de lucros anteriormente
constituídas, como Reservas de Contingências, de Lucros a Realizar, etc.
CONTABILIZAÇÃO:
D - Reservas de Lucros (PL)
C - Lucros ou Prejuízos Acumulados (LPA)
SLIDE 105
TESTES DE FIXAÇÃO SOBRE DLPA
19. A Companhia SDN contabilizou em fevereiro de 20X4 o recebimento de receita de prestação de serviços
o valor de R$ 6.000,00. Sabendo-se que:
● A receita se refere ao mês de dezembro/X3 e não foi contabilizada no período oportuno;

● A taxa para cálculo do Imposto de Renda em 20X3 foi de 15% e a Companhia não estava sujeita ao

adicional do IRPJ.
Supondo que não existam outros elementos a serem considerados, assinale a alternativa que contém a
contabilização do fato apontado:
(a) D - Disponível
C - Receita de Prestação de Serviços 6.000,00
(b) D - Disponível 6.000,00
C - Lucros Acumulados (Ajuste de Períodos Anteriores) 5.100,00
C - Provisão para o Imposto de Renda 900,00
(c) D - Duplicatas a Receber 6.900,00
C - Lucros Acumulados (Ajuste de Períodos Anteriores) 6.000,00
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C - Provisão para o Imposto de Renda 900,00


(d) D - Disponível 6.000,00
C - Lucros Acumulados (Ajuste de Períodos Anteriores) 1.500,00
C - Receita de Serviços 4.500,00
(e) D - Disponível 5.100,00
C - Receita de Serviços 5.100,00
SLIDE 106
20. Com a finalidade de elaborar a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA), do
Balanço de 31-12-20X7, o contador da Empresa SDN Ltda., coletou (no Razão da conta de título
idêntico) os seguintes dados referentes ao período de apuração (período-base) de 20X7:
ITENS (ELEMENTOS) VALORES
Saldo da conta no início do período-base (ou saldo anterior de Lucros Acumulados) 14.000,00
Ajuste devedor do exercício imediatamente anterior (insuficiência da provisão para o IRPJ) 2.000,00
Reversão do saldo da conta Reservas de Lucros de períodos anteriores 16.000,00
Lucro Líquido do período de apuração após a provisão para o imposto de renda de 20X7 150.000,00
Parcela dos lucros incorporada ao Capital Social (Capitalização de Lucros) 6.000,00
Transferência para a Reserva Lucros (conforme disposição contratual) 6.000,00
Lucros Distribuídos aos sócios em 20X7 32.500,00
IMPORTANTE:
● A SDN, fundada em 20X1, sempre apresentou resultado positivo (lucro) em suas operações;

● Os lucros distribuídos foram creditados na conta Lucros a Pagar (Passivo Circulante - PC).

A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) apresentou, em função dos dados


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coletados, ao fim do período (31-12-20X7), um saldo credor de (em R$):


(a) 105.500,00;
(b) 130.500,00;
(c) 133.500,00;
(d) 145.500,00;
(e) 166.500,00.
SLIDE 107
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SLIDE 108
OBRIGADO

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