O documento descreve a música durante o período Renascença, caracterizado por avanços nas artes e na ciência com a perda de influência da Igreja Católica. Detalha os principais gêneros musicais como missas, motetos e madrigais, assim como compositores importantes como Palestrina, Josquin des Prez e William Byrd. Também menciona os instrumentos musicais mais utilizados no período.
O documento descreve a música durante o período Renascença, caracterizado por avanços nas artes e na ciência com a perda de influência da Igreja Católica. Detalha os principais gêneros musicais como missas, motetos e madrigais, assim como compositores importantes como Palestrina, Josquin des Prez e William Byrd. Também menciona os instrumentos musicais mais utilizados no período.
O documento descreve a música durante o período Renascença, caracterizado por avanços nas artes e na ciência com a perda de influência da Igreja Católica. Detalha os principais gêneros musicais como missas, motetos e madrigais, assim como compositores importantes como Palestrina, Josquin des Prez e William Byrd. Também menciona os instrumentos musicais mais utilizados no período.
A Renascença, período de transição entre a idade média e a idade moderna (fim do século XVI ao início do século XVII aproximadamente), foi caracterizado por grandes avanços no campo da ciência e das artes. A igreja católica, que tinha grande controle sobre as manifestações artísticas no período medieval, perde força e o homem como indivíduo passa a ser protagonista, influenciado principalmente pelas idéias dos antigos gregos e romanos. Uma das grandes descobertas ocorridas durante o período renascentista foi a invenção da imprensa, a qual foi aperfeiçoada por Johann Guttenberg nos anos 50 do século XV, esta invenção proporcionou uma maior difusão do conhecimento. A música deste período é marcada por uma maior liberdade no uso dos elementos. Mesmo ainda regidos pelo sistema modal, os compositores sofrem maior influência da música profana, onde notas e registros incomuns na música medieval passam a ser explorados. O contraste das vozes da música medieval, onde o percurso horizontal tem grande importância, dá lugar à busca pela textura sonora, onde as vozes são compostas visando a formação de um conjunto polifônico. O uso da imitação, ou seja , a repetição de um trecho melódico por outra voz, é intensificado. Aos poucos o sentido harmônico vertical ganha importância, como alicerce do contraponto. As missas e os motetos permaneceram como as principais formas da música sacra, com a adição de mais vozes nas composições. Na Alemanha, através da igreja protestante, surgem os primeiros hinos compostos em idioma diferente do latim. A Inglaterra teve grande destaque na vanguarda musical deste período, hinos sacros passaram a ser compostos em inglês. Entre os gêneros de música renascentista destacam- se: a música vocal profana, canções populares que se tornaram cada vez mais abundantes. Na Itália surgem a frótola e o madrigal italiano; na Alemanha surge o lied; na Espanha, o villancisco, e na França, a chanson( canção). Os madrigais elisabetanos eram composiçôes para grupos vocais pequenos; se dividiam em: madrigal tradicional ( sem refrão e com forte uso de imitação), ballet ( com refrão e forte interação com a dança), ayre ( com acompanhamento instrumental). O Estilo policoral (composições para dois coros), apresentando característica mista polifônica e homofônica. Os gêneros de música instrumental tiveram grande expansão. Surgiram a canzona, a toccata (para teclados), os consorts ingleses. A fantasia surge como uma peça polifônica livre, se utilizando de recursos de imitação. Palestrina é considerado o maior representante da música polifônica da Renascença. Foi duas vezes mestre de coro da Capela Júlia, em São Pedro do Vaticano (1551-55 e 1577-94). Após ter sido mestre-de-capela de São João Latrão (1555-58) e Santa Maria Maggiore (1561-67), foi diretor do ensino musical do seminário romano. A produção musical de Palestrina é considerável: 104 missas, de quatro a oito vozes, escritas com temas gregorianos ou populares; 375 motetos, 68 ofertórios, 65 hinos, 35 magnificats, cinco lamentações, 56 madrigais espirituais e nove ricercari, para órgão. No gênero da música profana, deixou três coletâneas de madrigais publicadas em 1555, 1581 e 1586. Josquin des Prez (1440 – 1521), era chamado de “Príncipe dos Compositores”, pelos músicos de sua época, que admiravam sua obra naquilo que esta tinha de comovedor e o modo de como ele ressaltava o sentido das palavras no canto. Nascido em Condé-sur-l’Escaut, província pertencente aos Países Baixos, fez carreira na Itália, onde morou quase initerruptamente de 1459 a 1505. Grande compositor, é considerado o mais moderno dentre os de sua época. Sua produção musical compreende mais de 20 missas completas a 4, 5 e 6 vozes; 104 motetos, hinos e salmos, 74 canções. Entre suas obras religiosas mais conhecidas estão as missa Hercules dux Ferrarie, o moteto Miserere e, principalmente, as duas últimas missas compostas depois de 1505, De Beata Virgine e Pange Lingua. William Byrd (1542 – 1623), nasceu em Londres em 1542 e faleceu a 4 de julho de 1623 em Stondon Massey, Essex. Ligada à tradição polifônica do século XVI, sua obra se destaca graças às sua variações para o virginal, canções, motetos e hinos. É o mais representativo dos compositores da Renascença inglesa. É considerado o maior compositor de contraponto de sua época na Inglaterra, chamado de “o Palestrina Inglês”. Foi o primeiro compositor inglês a escrever madrigais. Organista e exímio executante do virginal, Byrd escreveu para este último, grande número de composições, muitas das quais ainda são tocadas hoje em dia. Outros compositores de destaque foram: Roland de Lassus, John Downland e Carlos Gesualdo. Os instrumentos mais utilizados na música renascentista foram o alaúde, a viola da gamba (com estrutura similar ao do violoncelo), a sacabuxa ( ancestral do trombone), o trompete (ainda sem o sistema de válvulas), o virginal (espécie de cravo) e instrumentos de percussão variados.