Você está na página 1de 32

CARDIOPATIAS

Inflamatórias e Isquêmicas
CORAÇÃO
VÁLVULAS CARDÍACAS
CICLO CARDÍACO
CLASSIFICAÇÃO DAS CARDIOPATIAS

Inflamatórias CARDIOPATIAS Congestivas

Pericardite IC
Miocardite
Isquêmicas
Endocardite

Febre reumática Anginas


(Pancardite)
Infarto
CARDIOPATIAS ISQUÊMICAS

A doença cardiovascular constitui-se na principal causa de morte no mundo


ocidental, sendo atribuída, em mais ou menos 50% dos casos, a DAC.

O espectro da DAC é abrangente, variando desde a forma assintomática até


quadros dolorosos de angina estável, angina instável, infarto agudo do
miocárdio e morte súbita

ATEROSCLEROSE DAC (ANGINAS, INFARTO, MORTE SÚBITA)

Métodos diagnósticos precisos + Novas drogas para o tratamento da doença

coronariana aguda (Angina instável e Infarto) ⇒ ↓ mortalidade ⇒ Maior

número de pessoas ingresse na fase crônica da doença (Angina Estável)


A Doença Arterial coronariana crônica (Angina estável) é a apresentação
mais frequente da DAC, estimando-se que exista cerca de 30 pessoas com
angina estável para cada com IAM que chega ao hospital

Estenose coronariana
+

↑ Demanda de oxigênio (estresse físico e/ou emocional, refeição volumosa)

ANGINA ESTÁVEL
Manifestação clínica da Angina Estável

• Desconforto na região retroesternal ou precordial, peso, aperto,


estrangulamento, dispnéia e não exatamente dor.

• Pode ser localizada ou irradiar-se para os membros superiores, mandíbula,


arcada dentária, epigástrio e região dorsal

• Relacionada com esforço físico ou emoções e progride lentamente,


alcançando o pico máximo em 5 a 15 minutos

• Duração: nunca excede de 15 a 20 minutos; passando desse período pensar


em IAM
ANGINAS

Estável – previsível Instável ⇒ ↓ parcial do fluxo sanguíneo


(Esforço ⇒↑ Consumo de O2) para o miocárdio

Risco aumentado de Infarto do miocárdio e


MORTE

TRATAMENTO DAS ANGINAS


O tratamento da angina depende em parte da gravidade e da estabilidade dos

sintomas.

Objetivos: Evitar o IAM; aliviar e controlar os sintomas e melhorar a qualidade de

vida
ANGINA ESTÁVEL

Mudança no estilo de vida; Redução dos fatores de risco e a


utilização de medicamentos.
OBS: Também podem ser utilizados procedimentos invasivos

Os principais fatores de risco para Angina e IAM

HERANÇA GENÉTICA, SEXO MASCULINO, IDADE > 45 ANOS PARA

HOMENS E > 55 ANOS PARA MULHERES, HAS, DM, DISLIPIDEMIAS,

OBESIDADE, TABAGISMO, ESTRESSE, ALTERAÇÕES HEMOSTÁTICAS


Medicamentos utilizados:
✓ Betabloqueadores
✓ Nitratos
✓ Antagonistas do cálcio
✓ Drogas antiplaquetárias

✓Betabloqueadores ⇒ Interferem na ação da epinefrina e norepinefrina

sobre o coração e outros órgãos. (↓ frequência cardíaca)

✓Nitratos (nitroglicerina) ⇒ Dilatam as paredes dos vasos sanguíneos.

Podem ser de ação curta ou prolongada.


Medicamentos utilizados:

✓Antagonistas do cálcio ⇒ Impedem que os vasos sanguíneos se contraiam

e podem combater o espasmo das artérias coronárias.

✓Drogas antiplaquetárias (Aspirina) ⇒ não permite que as plaquetas se

acumulem nas paredes dos vasos sanguíneos.


ANGINA INSTÁVEL

Monitorização rigorosa da terapia medicamentosa e a eventual instituição de

outros tratamentos (arteriografia, angioplastia coronariana ou cirurgia de

revascularização do miocárdio (bypass)

Arteriografia ou Angiografia

- Exame que utiliza contraste  e que permite visualizar a luz  das mais

diversas artérias de todo o corpo.

- Diagnóstico e  avaliação  da gravidade de doenças que acometem as

artérias (aterosclerose , aneurismas e má formações).


Cirurgia de revascularização do miocárdio (bypass)
Essa cirurgia é altamente eficaz nos casos de angina e de doença arterial

coronariana que não tenha se disseminado.

• A cirurgia pode melhorar a tolerância ao exercício, reduzir os sintomas e

diminuir o número ou a dose das drogas necessárias.

• Indicações:

- Angina que não respondeu ao tratamento medicamentoso

- Coração normal do ponto de vista funcional

- Não apresenta outros problemas que tornariam a cirurgia arriscada

(Ex:DPOC).
Angioplastia Coronariana

As razões pelas quais pacientes com angina são submetidos à

angioplastia são similares às da realização da cirurgia de

revascularização do miocárdio.

Nem todas as obstruções da artéria coronária podem ser

submetidas à angioplastia devido à sua localização, à sua

extensão, ao seu grau de calcificação ou a outras condições


Angioplastia Coronariana

Aterosclerose coronariana grave

Liberado stent após insuflação do


balão

Retira-se o balão e permanece o


stent, restaurando o calibre do vaso
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM)
↓Total do fluxo sanguíneo para o miocárdio

Desconforto mais intenso e mais longo (+de 30 minutos)

Fluxo sanguíneo Não há necrose do miocárdio


restaurado (- de 20´)
ANGINA
Há necrose do miocárdio
Fluxo sanguíneo não restaurado em 20’
IAM

É um processo de necrose da célula miocárdica por falta de um aporte adequado


de nutrientes e de oxigênio (insuficiente perfusão).
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM)
FORMAÇÃO DE PLACAS DE ATEROMA

PLACAS SE ROMPEM E OBSTRUEM OS VASOS

PRIVAÇÃO DE O2 NUTRIENTES P/ AQUELA REGIÃO

ISQUEMIA

INFARTO
(limitação do fluxo coronário que leva à necrose do miocárdio)

MORTE
SINTOMAS DO IAM

- Dor localizada na região medial do peito, a qual pode irradiar para as

costas, a mandíbula ou o membro superior esquerdo.

- Dor semelhante à da angina, porém + intensa e prolongada e não é

aliviada pelo repouso


- Durante IAM ⇒ sudorese excessiva, agitação, ansiedade, lábios, mãos ou

pés discretamente cianóticos, desorientação, náuseas, vômitos (reflexo

vagal)
Eletrocardiograma (ECG) e dosagem de
DIAGNÓSTICO Marcadores de necrose miocárdica –
Creatinoquinase (CK), Mioglobina e Troponinas
(Muito específico para injúria cardíaca)

Caso ECG e os Marcadores sejam insuficientes:


ecocardiograma ou cintilografia

A EXTENSÃO DO IAM DEPENDE


• Localização e da severidade do estreitamento aterosclerótico nas

coronárias

• Necessidade de oxigênio no miocárdio mal perfundido

• Extensão do desenvolvimento de vasos sanguíneos colaterais


TRATAMENTO DO IAM

Tratamento Inicial
❖ Em geral, administrado aspirina mastigável (redução do

coágulo da artéria coronária e diminuição da carga de trabalho)

❖ Betabloqueador ⇒ ↓ frequência cardíaca (menor trabalho

cardíaco)

❖ Administração de oxigênio ⇒ maior volume de oxigênio ao

coração e mantendo mínima a lesão do tecido cardíaco.


Tratamento Inicial

❖Terapia trombolítica ⇒ Se for possível realizar rapidamente

a desobstrução da artéria coronária afetada, o tecido cardíaco

pode ser salvo.

❖ Dieta zero
Tratamento Subsequente
❖ Instituição da dietoterapia

❖ Repouso ao leito, em um ambiente tranquilo, durante alguns

dias.

COMPLICAÇÕES DO IAM
Ruptura do miocárdio, Coágulos sanguíneos, Arritmias,

Insuficiência cardíaca, choque ou pericardite


CONDUTA NUTRICIONAL NO IAM
✓ Jejum nas primeiras 4-12 horas após diagnosticado

✓ Cálculo das Necessidades: Harris Benedict (Fator injúria)

Método prático: 20 a 30 Kcal/Kg/dia

QUANDO INICIAR A ALIMENTAÇÃO

✓ Pacientes hemodinamicamente estáveis incapacitados de se

alimentar por via oral ⇒ Nutrição Enteral.

(Cuppari, 2002; Mura, 2007)


✓ Pacientes lúcidos e capazes de se alimentar por

via oral deve se considerar:

Necessidade de repouso absoluto no leito no primeiro dia após

IAM e repouso relativo (leito-cadeira) durante os 2 a 3 dias

após o evento.

Estado clínico, metabólico e nutricional do paciente (Comum a

presença de fatores de risco para DAC: DM, HAS,

Dislipidemias e Obesidade).

(Cuppari, 2002; Mura, 2007)


- Macro e Micronutrientes: de acordo com o quadro clínico e

resultados laboratoriais

- Fracionamento: 5 a 6 refeições/dia (↓ volume)

- Consistência: líquido-pastosa ou branda (Dieta normal: 4 ou

5 dia pós-IAM se estiver deambulando)

(Cuppari, 2002; Mura, 2007)


- Evitar alimentos flatulentos e de difícil digestibilidade.

- Dieta laxante ⇒ Fibras: 20 a 30 g/dia (Solúveis e Insolúveis)

- Suplementos orais hipercalóricos: atingir as calorias totais

(Cuppari, 2002; Mura, 2007)


- Ingestão de líquidos: Normal, apenas em caso de retenção

hídrica é necessário restrição

- Promover educação nutricional: modificação de hábitos

alimentares e do estilo de vida

(Cuppari, 2002; Mura, 2007)


INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS NA ALTA HOSPITALAR
➢ Acompanhamento nutricional periódico e realizado por

profissional habilitado;

➢ Controle dos fatores de risco (Dislipidemias, Diabetes, HAS,

Tabagismo, Obesidade, Estresse)


INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS NA ALTA HOSPITALAR

➢Manutenção das medicações prescritas;

➢ Promoção de atividade física regular

Você também pode gostar