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ARQUIVO FONTESEdilza - AstecnologiasdaRecordacao PDF
ARQUIVO FONTESEdilza - AstecnologiasdaRecordacao PDF
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Professora Associada II da Faculdade de História da Universidade Federal do Pará. Professora do programa de
pós-graduação de ciência política da UFPA e do Programa História Social da Amazônia/UFPA,
email:edilzafontes@yahoo.com.br.
2 Acesse o site http://www.multimidia.ufpa.br/jspui/
3 O projeto pretende pesquisar os 25 anos do processo de interiorização da UFPA de 1986 a 2011,
usando como fontes a documentação institucional (atas dos conselhos superiores, documentação do
departamento de seleção - antigo DAVES, documentação do departamento de pessoal, atas dos
conselhos de centro, documentação da reitoria e pró-reitoras), além de trabalhar com a memória dos
vários segmentos envolvidos no processo de interiorização da UFPA. Depoimento de professores,
servidores, alunos, egressos e autoridades locais, são partes da memória que pretendemos
sistematizar. Assim como a documentação iconográfica e os documentos institucionais produzidos
pela UFPA, que indicam as várias fases pelo que passa o processo de interiorização da universidade.
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O repositório foi concebido e está sendo desenvolvido pelo laboratório de Pesquisa e Experimentação
em Multimídia e do laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento em TI da Assessoria de Educação a
Distância/UFPA.
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tema de abordagem de pesquisas históricas e mesmo de história da educação, das cidades, das
instituições educacionais, da história do ensino no Pará. No nosso entendimento este é um
grande passo para o debate sobre temas sociais para pesquisa, na medida em que no ato do
registro das memórias, e no momento de sua publicação e uso na sala de aula, permite
levantar odebate sobre processos sociais na história do Pará de forma imediata, no momento
em que esta produzindo fontes para projetos de pesquisas. Fonte oral que podem ser também
objetos de pesquisa futura.
O uso do repositório possibilita então a disponibilização dos depoimentos da pesquisa,
no momento mesmo da produção dos depoimentos, para fins educacionais, e cria uma
ambiência de pesquisa de conteúdo em meio digital democratizando e enriquecendo seu uso
no ensino de graduação e na produção de pesquisa, que usam memórias como objeto de
estudo.
O repositório em relação a nossa pesquisa socializam os conteúdos, no processo da
pesquisa e a disponibilização em mídia digital deve trazer contribuição, ampliações de
informações, sobre os objetos de pesquisa, na medida em que a publicação sobre os
depoimentos suscita outras memórias dos processos rememorados e permite um diálogo
profícuo com outros sujeitos que podem enriquecer o processo de pesquisa.
O trabalho de pesquisa iniciou-se com a ajuda da equipe de filmagem da AEDI5 e só
depois passados a usar o estúdio e a sala de gravação.O processo inclui uma preocupação com
o pessoal, o convite para depor, a explicação dos objetivos do projeto e das às informações
dos dados sobre a publicação. O calendário das entrevistas é rigorosamente implementado,
pois causas de falta indica custos.
As entrevistas são feitas por mim, coordenadora do projeto, com base em um roteiro
legível, deixando bem à vontade nossos convidados. Partimos do pressuposto de que nossos
depoentes tem uma vida social vinculadaà educação ou as ciências e que suas experiências
são suporte, são parâmetros de que partem para organizarem as suas memórias.
Trabalharemos com o pressuposto de que a memória é seletiva, e esta seleção é feita
no presente, no momento do depoimento. O processo de seleção dos entrevistados é um
procedimento feito pelos historiadores, que pode ser mudado e ampliado no decorrer da
pesquisa. No caso da pesquisa analisada, usamos como critérios para a seleção de depoentes,
professores, ex-alunos, servidores e dirigentes da UFPA, que participaram de formas
diferenciadas para o processo de interiorização da UFPA. Esta seleção fez com que no
momento da gravação dos depoimentos, muitos professores questionaram a exclusão e
reivindicasse a escuta de suas memórias. Nossa pesquisa torna-se pública, a instituição toma-
se conhecimento dela pelo repositório e cada vez mais novos sujeitos estão interessados no
registro de suas experiências. Neste sentido o repositório toma a dimensão de um arquivo
digital, um dispositivo de acumulação e sistematização da memória coletiva e individual. O
5O repositório é resultado do trabalho de uma equipe multidisciplinar composta pelos autores deste
artigo, bem como pelos pesquisadores e técnicos: Diego Hortêncio Santos, Geisa Ferreira Dias, Thiane
de Nazaré Monteiro Neves e William Silva.(Miranda, 2012, pp.3).
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Na medida em que as entrevistas eram publicadas no repositório, tivemos vários professores
reclamando da não inclusão em seu nome nas entrevistas ou mesmo descordando do cronograma das
entrevistas estabelecidas, sabemos que trabalha com memórias expõe o historiador a situações
conflitivas na medida em que trabalha com a história de vivos.
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2012. Faremos a análise destasas memórias confrontando com a com a documentação escrita dos
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memórias da interiorização e só o uso de fontes orais garante os sentidos que cada um dos
sujeitos deu as suas experiências, as suas histórias de vida.
Nossa pesquisa publica os vídeos das entrevistas feitas e elas são pouco editadas. Este
visa disponibilizar uma abordagem flexível, com fotos e as próprias entrevistas, mostrando
que a produção do conhecimento histórico é feita, também a partir de fontes públicas,
produzidas historicamente. Neste sentido disponibiliza para os internautas, para o leitores, as
fontes de onde partiu as análises sobre determinadas investigações históricas, é importante
para o diálogo que se quer, ou seja, ou seja o diálogo entre o historiador e seu leitor
gostaríamos de ressaltar que na produção das entrevistas , outras memórias são acessadas. Os
educadores selecionam as suas recordações e memórias do tempo dos governos militares e
suas relações com a UFPA aparecem tentando sair do silêncio.
As entrevistas só são realizadas e publicadas no repositório após permissão dada pelo
entrevistado no início da entrevista e após assinatura de documentos autorizando a publicação.
Já ocorreram momentos em que o entrevistado arrepende-se da permissão para sua publicação
no repositório, principalmente quando a entrevista também registrou suas memórias em
relação a prisão, tortura, sofridas pelo entrevistado ano de 1968 em outro estado da federação
brasileira em que o entrevista também relatou a prisão de seus familiares e os
constrangimentos por que passou toda a sua família devido a sua participação em movimento
de resistência a ditadura militar. Estas lembranças fizeram com que o entrevistado após alguns
dias solicitasse a não publicação de suas memórias alegando problemas familiares com a sua
publicação. Neste sentido começamos a observar que no bojo das memórias sobre o projeto de
interiorização da UFPA foram relatos memórias em relação aos governos militares e os
servidores da instituição.
“[...] depois que eu entrei para a universidade eu passei a ser ligado a JUC, num determinado
momento eu cheguei a ser dirigente da JUC em Belém [...] Era toda uma organização, era o
grupo mais avançado da Ação Católica, era a época do Betinho o principal líder da JUC
nacional. Neste momento também foi criada a AP (Ação Popular) que foi a última tentativa de
criação de um partido católico no Brasil. Eraa proposta de um partido católico de esquerda,
participei dessa coisa toda, entre as pessoas que participaram estava a Elisa que depois casou
com Samuel Sá, Almerinda, Roberto Valente, enfim várias pessoas que participaram dessa
atividade [...] ligado a JUC participando da política estudantil numa posição de esquerda
digamos com divergências, também em relação ao partido comunista, mas com alianças
também era uma situação complexa, se aliava mas também havia divergências internas. [...] eu
fui convidado pelo Manuel Leite Carneiro, hoje ele é um dos donos do Ideal, era presidente do
Diretório da Faculdade de Filosofia aí quando ele estava pensando na saída, terminando o
mandato dele, ele me chamou e perguntou se eu queria sucedê-lo [...] eu aceitei e aí além de
todas as minhas atribuições, acrescentei também a de presidente do Diretório, aí quando eu era
presidente do Diretório da Faculdade de Filosofia [...] eu entrei em 1959, deve ter sido em1960
ou 1961, eu saí em 1962, por que eu cursei até 1962. Nesse momento estava se configurando
toda uma luta política estudantil em plano nacional pela reforma universitária, era uma das
reformas de base, do ponto de vista dos professores a figura mais importante era o Darcy
Ribeiro. A UNE organizou um grande congresso na Bahia, congresso sobre a reforma
universitária, as nossas grandes reinvindicações eram por exemplo, a abolição da cátedra, a
realização de concursos para professores, por que não havia concursos, os professores entraram
por indicação dos catedráticos [...] O professor Simão Bittar era formado em Direito, foi
escolhido para ser professor de Geografia Humana, como ele era um intelectual muito
responsável ele comprou todos os livros clássicos da Geografia Humana, que era possível
comprar, ele estudou esses livros, ele dava aula, indicando para nós esses livros, emprestando
esses livros, para nós, às vezes íamos a casa dele para discutirmos com ele, esses livros, esses
temas, (...) ele era um intelectual de peso, conhecia muitas línguas, quando os alunos se
interessavam, ele recebia na casa dele, emprestava os livros, nós tínhamos um grupo de estudo
que íamos a casa dele, trabalhar com ele, ele adorava fazer isso, enfim, o grande número de
professores ensinavam coisas terríveis, era contra isso que a gente se insurgia. [...] O meu
currículo era melhor, eu fiquei nos dois primeiros lugares nos dois concursos, só que eu podia
esperar isso também meu nome foi vetado pelo SNI. Era o SNI que tinha agentes aqui, que
vigiava todas as universidades do Brasil, e que em casos desse tipo eles vetavam as pessoas
que não queriam, [...] o concurso foi em 71. Há um detalhe que eu deveria dizer também, antes
disso em 1969, já na vigência do AI-5 houve uma denúncia contra os dirigentes da AP, aqui em
Belém, os dirigentes da AP era Eu, Roberto Valente, Almerinda, Elisa Sá e Félix Coqueiro. A
denúncia maior era contra mim, mas a denúncia era um pouco vaga, [...] o que nós sabemos
depois do processo, houve uma confissão, a gente não sabe como foi obtida, acredito que sobre
tortura que indicava pessoas daqui, inclusive o professor Maués dos Correios. A denúncia era
assim um tanto vaga, e eles chegaram até a importunar um colega nosso do correio, mas que
não era eu e depois chegaram à conclusão de que não era este senhor. Quando chegaram à
conclusão que era eu eles montaram todo um esquema para me prender. Prenderam a mim,
prenderam o Valente, nós ficamos incomunicáveis, com o exterior, na verdade nos ficamos no
mesmo quarto, um quarto de oficiais, onde ficamos presos na Aeronáutica, fomos torturados,
mas enfim, nós já tínhamos nos afastado da AP, [...] [Quanto tempo o senhor ficou preso?] um
mês, [Onde o senhor ficou?] no quartel da Aeronáutica, [ E que tipo de tortura eles fizeram
com o senhor?] Aqueles tapas no ouvido, faziam uma encenação, haviam dois majores que
tomavam conta de nós, o major Ulisses e o outro eu não consigo lembrar o nome, que era o
negro [...] pois é, um era o bom o outro era o mau. O Ulisses era o bonzinho, o negro era o
mauzinho, aí em alguns momentos altas horas da noite, ele ia e nos pegava, individualmente,
nos levava para uma sala, onde havia várias pessoas fortes, que nos davam essas tapas e queria
que a gente confessasse as coisas, aí num determinado momento o major Ulisses chegava lá,
vamos acabar com isso, vocês estão cometendo um abuso, quer dizer ele era o bonzinho, mas a
ameaça estava sempre presente, só que nós não sabíamos mais de nada, nós havíamos nos
desvinculado totalmente, eles conseguiram também, saber dos outros nomes por uma série de
razões, [...] aí em um determinado momento como eles não tinham mais como nos manter
presos, nós fomos soltos, Valente e Eu [...] ”.
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A documentação relativa a correspondência da ASI do Gabinete da reitoria foi encontrada quando a
realização do projeto Universidade Multicampi, 25 anos de ensino superior regionalizando o Pará.
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“O pesquisador é contemporâneo dos objetos e divide com os que fazem a história, seus atores,
as mesmas categorias e referências. Assim, a falta de distância ao invés de um inconveniente
pode ser um instrumento de auxilio importante para o maior entendimento da realidade
estudada, de maneira a superar a descontinuidade fundamental que ordinariamente separa o
instrumental intelectual, afetivo, e psíquico do historiador e aqueles que fazem a história”.
(apud FERREIRA & AMADO, 1996: 216)
Outro historiador como Remond (1996) afirma que o distanciamento que pretende
garantir a objetividades, nos estudos históricos, não é consequência direta do recuo, mas
“efeitos da capacidade que o historiador tem de controlar seus preconceitos e prevenções”. O
historiador do tempo presente não está privado de testemunhos insubstituíveis na sua pesquisa
e pode entender com maior facilidade as mentalidades do período e os comportamentos
sociais desse tempo. Hobasbawm declara (1998: 243-255):
critérios para os outros tempos, ainda que seja para salvar o esquecimento e talvez da
destruição as fontes que serão indispensáveis aos historiadores do terceiro milênio”.
Ainda hoje permanecem desafios para a história do tempo presente, pois, uma delas é
como lidar com eventos não terminados. Michel Pollack, Denis Peschnsky, Henry Russo
(1991: 28) rejeitam a oposição entre tempo curto e tempo longo, junto com Ricouer sustentam
que a história do tempo presente (desfataliza) a história permitindo ao historiador analisar o
que permanece “virtual no presente, ao que ele ainda está aberto ao possível”. O tempo
presente neste sentido é o tempo móvel que se desloca com o desaparecimento das
testemunhas.
No Brasil as memórias produzidas sobre o período da ditadura militar não encontram
diálogos com o que foi produzido pela historiografia mais recente. È necessário refletir sobre
o papel do indivíduo na História e sobre a relação de identidade e memória. Trabalhar com o
dever da memória, que segundo Todorovic (1995,pp.55) faz da “memória um valor
transformado em religião “laica”, torna-se um empreendimento sistemático de reinvindicação
de identitária de memória e de suspeita em relação à pesquisa histórica”. Temos que ter
preocupação com a vitimização dos depoentes, como opositores da ditadura militar no Brasil.
Russo (1998,pp.89) chama a atenção para a função crítica da história e a necessidade de
distanciamento, o historiador deve fazer uma análise crítica das memórias edificantes,
heroicas, para ele assim como para François Berdarida (1993,pp.8) “é necessário promover
um autêntico dever de história, que parte da memória, dela se nutre, mas sabe tomar o
distanciamento necessário em relação a ela”. É necessário produzir uma historização crítica da
memória. Há uma função crítica da História diante da memória.
Partimos do pressuposto de que o testemunho para uma história do tempo presente é
uma fonte importante para a construção de um discurso histórico consistente, desde que a
análise das memórias individuais possibilita a construção de uma memória coletiva em
relação a determinados processos históricos vivenciados coletivamente pelos testemunhos
enquanto sujeitos históricos.
O historiador do tempo presente lida com a memória viva dos seus contemporâneos
que influencia fortemente o seu trabalho, isto confere singularidade a história do tempo
presente, por isso “é necessário uma reflexão crítica e constante sobre a função social da
História”. (NORIEL, 1998,208). O historiador do tempo presente aproxima-se de certo
sentido de um juiz ao analisar o tempo presente já que se propõe averiguar os fatos, ouvir
testemunhos e produzir uma narrativa para o tribunal da história. Há então convergências
entre um e outro ofício, no que diz respeito ao princípio investigativo, a preocupação com a
prova, na produção de um tipo de conhecimento provisório que tem implícito uma intenção de
verdade. Neste sentido, as conclusões que chega um historiador não são verdades absolutas,
são verdades expostas a críticas e suas conclusões estão sujeitas a um processo ilimitado de
revisões que levam às novas rescrituras. O trabalho do historiador então é inconcluso e a
tarefa investigativa do historiador permanece inacabada e a verdade histórica que ele produz é
provável, possível enquanto possibilidade.
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