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Vanderlei Salvatori desde sempre foi uma criança perturbada. Aos sete
anos de idade era normal assistir as sessões de pancadaria que seu pai dava em
sua mãe - seguido pelo habitual estupro. Aos 11 anos de idade já aprendeu a
fazer pequenos furtos para conseguir o que queria. Seu pai era um conhecido
traficante de armas e drogas no bairro onde moravam – seu pai apenas o
aturava pois não ligava para nada que o pequeno Vanderlei fazia ao longo do
seu dia. Aos 12 anos de idade ele chegou em casa e viu sangue no chão da
cozinha, seu pai falava no telefone desesperado sobre transporte e limpeza. Ele
lhe disse que sua mãe estava doente e precisava viajar para um hospital
estrangeiro. Duas semanas depois telefonaram falando que ela estava morta.
Aos 14 anos de idade já praticava assaltos com armas rudimentares e revolveres
enferrujados. Aos 14 anos matou sua primeira vitima: um mendingo aleatório
que se recusou a dar suas bugigangas para ele... essa noite lhe rendeu bons 20
reais... o suficiente para comprar uma garrafa de 51 e alguns petiscos.
Vanderlei foi liberado pela policia por ser menor de idade e não poder
ser indiciado por nenhum crime. Mas foi encaminhado para uma casa de
menores aonde iria aguardar a maioridade ou ser adotado por alguma familia
boazinha. Com 14 anos de idade ele cansou de viver na hipocrisia daquele
orfanato de meia tijela aonde os velhacos gastavam a verba publica com roupas
caras e percocets enquanto eles haviam de comer pão e agua. Vanderlei esperou
anoitecer e fugiu para voltar para as ruas fazer o que sabia: viver às margens da
sociedade.
Esta noite ele comeu a melhor comida, o melhor whisky, a melhor puta,
o melhor charuto e comprou as melhores roupas para ele. Alugou um caro
quarto de hotel e foi em um salão de beleza para fazer a barba e o cabelo. ele se
olhava no espelho e sentiu orgulho: não parecia mais nada com o seu pai. Ele
até não queria mais voltar para os ranques do esgoto aonde era a sede dos
Ratos. Ele até estava pensando em fugir da cidade com todo o dinheiro que ele
fez. Se soubessem quando ele conseguiu neste negócio sangrento os chefes com
certeza iriam querer uma gorda fatia para eles. Mas o diabo tinha outros planos
e ele não conseguiu fugir da cidade à tempo.
ESCURIDÃO
De repente ele acordou com uma fome e uma sede voraz e não havia
nada ali para ele. Não havia agua ou alimento. Mas um cheiro e um pequeno
barulho chamou a sua atençao. Quando ele olhou para o extremo oposto da
masmorra ele observeu um rato escondido no canto. Ele se apoiou na parede e
começou a lentamente chegar perto do rato. Quando estava atrás do roedor ele
deu o bote: o rato estava vivo mas não escutou e não percebeu ele se
aproximar? Como pode ser? É quase como se o rato tivesse se deixado ser pego.
Ele agarrou o rato com todas as forças e cravou seus dentes no roedor. Sangue
quente e delicioso verteu por sua boca e sua garganta enquanto ele tomava
aquele liquido sagrado em grandes goles. Sua barriga roncou enquanto ele
terminava de se saciar com aquela presa. Quando o sangue do rato acabou ele
caiu em si e percebeu o que havia feito. Jogou longe o cadaver do rato e
começou a querer vomitar de ânsia. Neste instante uma risada amargurada e
sarcástica começou a ser ouvida dentro da cela. Ele se virou arrepiado e viu o
ultimo homem que queria ver.
O medo tomou conta dele. Como ele não viu o Mestre Morte entrar na
cela? Há quanto tempo ele estava ali? O mestre morte era o infame lider dos
Ratos de Esgoto. Ninguém nunca viu o seu rosto devido à uma mascara negra
de ferro que ele sempre usou. Quão paranoico um deve ser para usar uma
mascara de ferro? Dizem que quem vê o seu rosto não vive para contar historia.
O Mestre Morte deu uma risada amarga que gelou a alma de Vanderlei
e respondeu:
PESADELO