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No último dia 18, em decisão administrativa, a Mesa Diretora decidiu diminuir os gastos com
assinatura de veículos de imprensa e, por outro lado, aumentar em R$ 2,3 milhões o valor anual da
verba destinada à cota parlamentar – verba pública que deputados usam com gastos como
alimentação, combustível e passagens aéreas. Os valores de ambas as despesas são
semelhantes, o que sugere uma escolha na aplicação orçamentária – no ano passado, R$ 1,96
milhão foi consumido com a compra de jornais e revistas. Como foi uma deliberação interna, a
medida não precisa passar pela análise dos 513 deputados.
O aumento na verba de mandato vai custar aos cofres públicos mais R$ 371,86 por mês para cada
um dos 513 deputados – que, a depender dos estados que representam, recebem entre R$ 30 mil
e R$ 45 mil a título de cota parlamentar. A decisão foi da Mesa Diretora da Câmara, encabeçada
pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que alega não haver aumento de gastos,
mas redistribuição de valores.
Além de jornais e revistas, a Casa resolveu cortar o fornecimento de materiais de escritório para os
gabinetes (papel-ofício, etiquetas, envelopes etc). No comunicado aos deputados, a Câmara diz
que a medida vai ter positivo impacto ambiental devido à redução de papéis utilizados, e lembra
que os parlamentares podem usar a cota para repor as assinaturas.
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11/01/2018 Deputados custam R$ 1 bilhão por ano ao contribuinte | Congresso em Foco
Carros oficiais. São 11 carros para uso dos seguintes deputados: o presidente da Câmara; os
outros 6 integrantes da Mesa (vice e secretários, mas não os suplentes); o procurador parlamentar;
a procuradora da Mulher; o ouvidor da Casa; e o presidente do Conselho de Ética.
OBSERVAÇÕES
(1) Ajuda de custo. O 14º e o 15º salários foram extintos em 2013, restando apenas a ajuda de
custo. O valor remanescente se refere à média anual do valor dessa ajuda de custo, que é paga
apenas duas vezes em 4 anos.
(2) Cotão. Valor se refere à média dos 513 deputados, consideradas as diferenças entre estados. A
média não computa adicional de R$ 1.353,04 devido a líderes e vice-líderes partidários. O Cotão
inclui passagens aéreas, fretamento de aeronaves, alimentação do parlamentar, cota postal e
telefônica, combustíveis e lubrificantes, consultorias, divulgação do mandato, aluguel e demais
despesas de escritórios políticos, assinatura de publicações e serviços de TV e internet,
contratação de serviços de segurança. O telefone dos imóveis funcionais está fora do cotão: é de
uso livre, sem franquia. O cotão varia, de estado para estado, de R$ 30,7 mil a R$ 45,6 mil,
conforme a relação abaixo (valores em R$):
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PE 41.676,80
PI 40.971,77
PR 38.871,86
RJ 35.759,97
RN 42.731,99
RO 43.672,49
RR 45.612,53
RS 40.875,90
SC 39.877,78
SE 40.139,26
SP 37.043,53
TO 39.503,61
(3) Auxílio-moradia. O valor indicado representa a média de gastos de acordo com o uso do
benefício em cada época. Atualmente, o valor é de R$ 4.253,00. Mas só quem não usa
apartamento funcional tem direito ao benefício. Atualmente, 319 deputados ocupam os
apartamentos localizados na Asa Sul e na Asa Norte.
(4) Saúde. Os deputados só são ressarcidos em serviços médicos que não puderem ser prestados
no Departamento Médico (Demed) da Câmara, em Brasília.
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