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Primeiro Aquario Guia Pratico PDF
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Guia Prático
TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O SEU
PRIMEIRO
AQUÁRIO
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos os amigos e colegas de trabalho, que sempre me deram
apoio e que estão junto comigo na luta pela melhora do nível deste fantástico hobby
em nosso país.
Um abraço especial ao competente amigo e parceiro, Ricardo Kobe, que topou
o desafio de fazer este guia comigo, com sua paixão pelo hobby e garra para fazer o
impossível acontecer.
Prazer em conhecê-lo, mais uma vez, bem vindo ao hobby e boa leitura!
Muitas vezes, mesmo ouvindo do logista que não se deve levar os peixes junto
com o aquário no mesmo dia, os pais decidem fazê-lo porque acham que os filhos
“morrem” se o levar vazio (quando na verdade, quem não aguenta esperar são eles
mesmos). Daí os peixes é que morrem, a água apodrece e ouve-se infindáveis
palestras da mãe com temas como “Eu avisei que o moleque não ia cuidar” módulos
I e II, “Você só inventa moda, eu sabia que ia dar nisso” módulo “marido” e
módulo “filho” e, como não poderia deixar de ser, o desfecho clássico “O aquário ou
eu”.
Para evitar conflitos familiares e palestras sobre premonições confirmadas,
basta tomar alguns cuidados básicos:
3) Equipamentos
Um aquário não é um aquário sem:
pH – Indica se a água está ácida, neutra ou alcalina. Sua escala vai de 0 a 14, sendo que 7.0 é
considerado neutro. Em um aquário comunitário, com peixes tropicais, é interessante que se
mantenha valores próximos a 7.0. A manutenção do pH adequado deve ser feita através de trocas
parciais de água, alimentação controlada de alta digestibilidade e trocas de refil do filtro externo a
cada 30 dias. No início do aquário, a tendência é o pH se
manter alcalino, ou seja, acima de 7.0, pois a água de torneira,
na maioria das cidades brasileiras, é alcalina. Com o passar do
tempo, no entanto, a tendência é de o pH ser ácido, ou seja,
abaixo de 7.0, devido à decomposição de matéria orgânica no
aquário. Através da manutenção adequada (que falaremos
adiante), conseguimos manter o pH estável.
O ideal é nunca comprar mais que 3 ou 4 peixes por vez. Se o aquário for pequeno, 1 ou 2.
Isso evita problemas com amônia ou instabilidades desnecessárias e perigosas. Sei que é
angustiante não trazer um monte de peixes para casa. Mas se esforce e compre o mínimo possível
de peixes, toda vez que for à loja.
Não há uma regra fixa, mas mantenha algo em torno de 1cm de peixe por litro de água.
Para Kinguios e Carpas, 1cm de peixe para cada 4 litros de água.
Procure aprender sempre mais sobre cada espécie, para evitar problemas. Repare, também,
que não há regras rígidas. Já cansei de ver peixes teoricamente incompatíveis convivendo bem
entre si e também já vi peixes que são perfeitamente compatíveis envolvidos em verdadeiros e
literais “arranca-rabos”. Por isso, é sempre importante observar o comportamento de seus
bichinhos e conversar com outros aquaristas sobre compatibilidades.
Dica: Um aquário com poucos peixes, é muito mais fácil de manter e cuidar. Quanto menos
peixes, melhor. Um aquário superlotado, além de ser problemático, não apresenta um visual
harmônico. Se quiser mais peixes, a solução é ter mais aquários.
Quantidade.
Cada aquarista desenvolve seu próprio método de alimentação. Mas se você é
iniciante, recomendo que use o seguinte critério: Jogue 4 a 5 floquinhos. Espere que
os peixes comam tudo. Mais 4 a 5 floquinhos. Espere novamente. Repita a operação
por mais algumas vezes, dependendo da quantidade e tipo de peixes que possui. Ao
perceber que o ímpeto deles diminuiu, pare. Alimente novamente no fim do dia, ou
horas depois de alimentar pela primeira vez, usando o mesmo critério.
Pode-se alimentar, desde que seguindo esse critério, até 3 vezes ao dia.
Qualidade.
Há várias marcas no mercado e você deve escolher a sua, mas
se quiser um conselho, use Tetra. A diferença é impressionante. Para
ter uma idéia, TetraMin,, o alimento básico, apresenta níveis sempre
acima dos 90% de digestibilidade, ou seja, mais de 90% do que o
peixe ingere é aproveitado. Nenhum outro alimento apresenta
índices que, sequer, aproxima-se disso.
Alimento bom, proporciona peixes com cores incríveis, um
aquário muito mais limpo e problemas com pH menos frequentes.
Já um alimento ruim suja a água e não alimenta o peixe
adequadamente. O resultado é um peixe menos resistente a doenças,
com cores opacas e crescimento afetado. Portanto, fique atento!
Alimentos embalados em sacos ou potes transparentes,
também não são adequados. O motivo é simples: na presença da luz,
os alimentos perdem seus valores nutricionais. Todo profissional em
nutrição sabe disso. Se uma empresa faz isso, no mínimo ignora esse
fato e está prejudicando a vitalidade de seus peixes.
Seja exigente! Não adianta investir em bons equipamentos,
bons peixes, fazer a manutenção correta e jogar tudo fora usando um
alimento de má qualidade, ou qualidade mediana. Use o melhor.
Varie a dieta. Procure alimentar de acordo com o tipo de
peixes que possui, mas ofereça sabores diversificados.
Importante: Apenas uma pessoa deve alimentar. Caso
contrário, corre-se o risco de três pessoas alimentarem os peixes no
mesmo dia, ou nenhuma.
Crianças pequenas devem alimentar os peixes, mas sempre
sob sua supervisão, pois podem cair na tentação de virar o pote no
aquário.
Lembre-se de que sempre que você passar pelo aquário, os
peixes ficarão esperando por comida. Isso não significa que
realmente precisem de mais alimento. Não precisa ficar com dó, pois
é um comportamento instintivo do peixe.
Não alimente a todo instante! Duas ou três vezes por dia, da
maneira indicada, é suficiente.
Evite alimentar logo após acender as luzes. Os peixes ficam
meio atordoados nesse momento. Aguarde cerca de uma hora para
fazer isso.
18) Ganhei de presente um peixe, mas não sei nada sobre ele.
Posso soltá-lo no aquário?
Muitos presentes assim podem ser verdadeiros presentes de
grego. Primeiro porque se não sabe nada sobre o peixe, pode ser
que esteja colocando no aquário um verdadeiro encrenqueiro. Ele
pode destruir os seus peixes por ter um comportamento agressivo.
Além disso, você não sabe onde foi comprado nem as condições da
loja, o que pode ser um riso a saúde de seus peixes. Convém
perguntar onde foi comprado para descobrir que espécie é e, na
dúvida, devolvê-lo a própria loja ou trocá-lo, por mais indelicado
Sérgio Gomes, autor dos livros “O Aquário Marinho & as Rochas Vivas”, “Guia de
Corais e Outros Invertebrados” e “O Aquário de Água Doce sem Mistérios”, foi
quem escreveu a obra.
Direitos autorais desta edição reservados ao autor, cuja reprodução, não obstante,
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