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Antecedentes Pré-Colombianos

- 5000 a.C.: cultivo do milho


● Possível sedentarização
- 3500 a.C.: cultivo do algodão
- 3000 a.C.: cerâmica mais antiga
● Puerto Hormiga, Colômbia
● Indícios de sociedade estável

América do Norte:
- Zona do Colorado, Arizona
- Construções em abrigos rochosos
Em pedra
Conforto térmico muito eficiente
Conhecimento sobre orientação solar
Paredes largas

Vale do México e costas:


- Civilizações: olmeias, zapotecas, teotihuacán, El Tajin
- Monumentalidade

Peninsula de Yucatán:
- Maias: 250-950 d.C.
- Cidades-estado: confederações de cidades
- Agricultura rotativa
- Organização política mais horizontal
- Derrota para os espanhóis em 1524
- Conhecimento matemático avançado

O império Asteca:
- Pântano mexicano
- Tenotchititián
- Traçado regular na cidade

Chavin de Huantar (Peru):


- Apogeu: 1500 – 300 a.C.
- Incas
- Diversidade cultural devido à extensão territorial
- Planejamento urbano
- União política: estradas e correios

Os grupos indígenas do Brasil


- Primeiras referências: crônicas de conquistadores (Carta de Pero Vas de Caminha)
- Índios vistos como seres mitólógicos

Yanoamas:
- Aldeia e casa circulares
- Um grupo de pessoas mora na mesma cabana
Xingú-Xavantes:
- Aldeia em arco e casas circulares
- Espaço central com a casa dos homens “war”
- Caminhos radiais para os homens e periféricos para as mulheres

Yawalapiti:
- Aldeia radial e construções elípticas

Marubo (Amazonas):
- Aldeia radial e casas poligonais com cobertura até o chão

Karajás:
- Aldeia linear e casas retangulares

Atualmente...
● Miscigenação
● Desrespeito com as reservas indígenas > execução de obras de grande estrutura
● Mudança das antigas técnicas construtivas (madeira, sapé e palha) para alvenaria

Permanencias na arquitetura contemporânea...


● Luis Barragán (México)
● Ricardo Legorreta (México)
● Rogerio Salmona (Colômbia)
● Severiano Porto (Brasil)

Antecedentes ibéricos
- Portugal unificado precocemente
- Espanha ainda era um conjunto de reinos
- A tradição arquitetônica [e urbana] da Península Ibérica provem da sedimentação milenar de elementos
(tipológicos, morfológicos econstrutivos) de diferentes culturas produzida pela inter-relação entre o saber popular
e conhecimento erudito; A transferência para Ibero – américa ocorre mediante a seleção, síntese e re-elaboração
desses elementos

1. Período neolítico:
- Menires de arenito constituem a principal marca da presença humana em Portugal
- Tartessos: 1ª civilização na foz do Guadalquivir; recebeu influencia grega e desaparece no sec. VI a.C
(provavelmente destruída por Cartago)
- Ainda era um território “selvagem”

2. As citanias dos povos pré-romanos:


- Diversos povos ocupando Espanha e Portugal
- Aldeias situadas em colinas com cercamentos
- Construções circulares
- Ausência de praças

3. As feitorias:
- Presença dos fenícios
- Fundações de portos em lugares elevados e foz de rios, originando algumas cidades no mediterrâneo
● Portugueses fariam o mesmo no Brasil
4. Influência grega:
- Decadência fenícia e expansão grega: padrões de organização espacial semelhantes
- Tradição grega: popular (arranjos irregulares adaptados ao lugar) e erudita (traçados ortogonais propostos por
Hipodamis de Mileto)

5. O legado de Roma:
- Presença mais evidente
- Expansão marítima: “mare nostrum”
- Dividem o território ibérico em províncias
● Base atual
- Plantas perfeitas e vilas romanas > com pátio central
- Arranjo ortogonal

6. Contribuições germânicas:
- Decadência do Império Romano
- Presença de ingrejas romanticas, devido à cristianização
- Arranjos urbanísticos distintos pelo território
● Ocupação dispersa: Aldeia Vergé, Bragança
● Aldeia monte: Sabugal, Guarda
● Aldeia rua: Monsaraz, Alentejo
- Norte: pedra aparente
- Sul: tijolo + reboco

7. Povos islâmicos:
- Árabes (elite e minoria), mouros e berberes (povo e camponeses, viviam no norte da África)
- Influência muito evidente
- Norte: cristão
- Sul: islâmico
- Configuração espacial árabe:
● Hierarquia de ruas
● Planta semelhante à grega
- Configuração espacial berbere:
● Organização familiar
● Arranjo mais espontâneo
● Casa simples de “porta e janela” = “bit”
- Principes moravam nas cidades importantes, ao sul

8. O legado medieval:
- Domínio cristão ao norte foi se expandindo para o sul
- 1492: tomada de Granada : > árabes foram definitivamente expulsos da Espanha
- Casas em linha, com lotes estreitos
- Unificação de Portugal e Espanha dividia em quatro reinos: Castela e Leão, Navarra, Aragão e Andaluz

9. Expansão ultra-marina:
- Infante Dom Henrique acolheu mouros e judeus expulsos dos reinos espanhóis
● Iriam ser os primeiros navegadores e povoadores das ilhas atlânticas
- Fundam cidades no litoral do Brasil e África

10. Ilhas Atlânticas:


- Ocupação do litoral, onde era plano e cultivável
- Ilha do Açores, Madeira, Cabo Verde
- Proteção dos ventos: muros de pedra (influência moura)
- Casa rural: presença de fornos
- Casa urbana: influência renascentista
● Proporção, modulação
- Ocupação linear

Primórdios da colonização

Transição da cidade medieval para renascentista:


- Cidade medieval = organismo socioeconômico / cidade renascentista = organismo político
- Divisão entre conhecimento teórico (arquiteto) e prática (mestres) / arquitetura erudita e arquitetura popular
- Perspectiva como instrumento de projeto
- Relação entre fortificação e urbanismo
- Vanguarda intelectual na Itália Tratados de urbanismo e arquitetura e propostas de cidade ideal, projetada a-
priori como cidade nova
- Mudanças na técnica de fortificação, decorrentes do descobrimento da pólvora
- Releitura de Vitrúvio (90 aC – 20 aC) e propostas de cidades ideais fortificadas

Cultura urbana do renascimento:


- Influencia direta da cultura italiana (viagens a Italia dos arquitetos do rei e contato com a vanguarda)
- Fortificação moderna abaluartada e exercício dos engenheiros militares
- A rua reta e a malha ortogonal
- Abertura de praças para novos equipamentos urbanos: Paço municipal,Santa Casa de Misericórdia, etc.) e maior
autonomia das administrações municipais
- Arquitetura erudita x arquitetura popular

A fortificação:
- A fortificação medieval era essencialmente defensiva,a fortificação renascentista é ao mesmo tempo defensiva e
agressiva
1. Século XVI até 1650: Vanguarda italiana
- União ibérica (1580-1640): unificação do corpo técnico; presença dos mesmos engenheiros militares italianos nos
dominios espanhois e portugueses: Leonardo Turriano, Felipe Terzi, Batista Antonelli, etc.
- Restauração: necessidade de autonomia técnica; formação de Aulas de Fortificação em Portugal (1647) e Brasil.
2. 1650 a 1800: Vanguarda francesa: Sébastien Le Preste de Vauban
- Criação das Academias Militares: Salvador – 1696, Rio de Janeiro e São Luiz de Maranhão – 1699; Recife – 1701.
- Condiciona o traçado da cidade

A descoberta do Brasil:
Três padrões de cidade:
● Planejada, com malha (erudita), Salvador
● Povoado linear popular, com uma rua bem larga, Marechal Deodoro
● Aldeia indígena, com uma grande praça e Igreja em ponto visível, Villa de Abrantes

1. 1500-1532
- Capitanias Hereditárias
- Estabelecimento de feitorias, misto de organização militar e comercial
- (...) foi uma colonização de traficantes antes que de colonos
2. 1532-1650
- Cidade ainda não consolidada
- Olinda: fundação como vila
- Ciclo do açucar > grandes fazendas
- População rural
- Posicionamento dos edifícios em lugares altos
- Fundação de Salvador (1549)
● Sistemas defensivos: estruturas pontuais localizadas estrategicamente (fortalezas)
- Rio de Janeiro:
● Fundação francesa
● Engenheiro militar Antonelli fez o planejamento
3. 1650-1720
- Decadêcia do açucar
- Cidades com maior autonomia
- Formação de uma camada urbana
- Expansão para o sul: Paranagua, Desterro (Florianopolis) e Sacramento > busca por prata
- No sul, casas térreas e sobrados para os ricos
4. 1720-1800
- Decadência de Portugal
● Política de urbanização do Brasil
- 1750: outro encontrado em MG
- Barroco mineiro
- Índios considerado cidadão
- Consolidação da rede urbana
- Ciclos da Mineração e tropeirismo
- Tratado de Madri: 1750 – Tratado de Santo Idelfonso: 1777
- Influencia da filosofia iluminista
- Cidades planejadas (malhas ortogonais) por engenheiros militares e edificação de fortificações no
interior em áreas de fronteira

Elementos, materiais e técnicas construtivas


- Alicerces: para parede de pau-a-pique

- Paredes:
1. Taipa de pilão:
- As paredes de taipa de pilão eram executadas em barro apiloado dentro de formas que recebiam o
nome de taipal. O taipal compreendia 2 tabuados de aproximadamente 3m de comprimento por 1m de altura,
mantido no sentido vertical por meio de escoras
- Aspecto poroso, irregular
- O barro de cor oca é misturado com água, fibras vegetais ou animais, esterco, óleo de baleia ou sangue
era socado e apiloado em camadas de 20cm de altura que depois de socados se reduziam a metade. A largura
média das paredesvera 60cm, embora se encontrassem paredes de 30 a até 150cm

2. Pedra e cal; pedra e barro:


Pedras justapostas em que se usava a cal ou o barro como principal elemento aglutinante para seu
assentamento

3. Pedra em junta seca ou parede de cantaria:


As pedras eram assentadas de tal maneira que se sustentavam pelo próprio peso e pela colocação. Não
existia argamassa entre elas.

4. Enxaimel:
Sistema construtivo encontrado no interior do estado do Rio Grande do Sul, em que os panos das paredes
eram contraventados , com escoras de madeira e os vãos posteriormente preenchidos com parede de taipa de
mão, adobe, tijolo ou pedra.

5. Adobe:
Feita em paralelepípedos de barro cru de grandes dimensões, secos na sombra e depois ao sol. Ao barro
era misturado estrume ou ainda fibra vegetal ou crina para maior consistência.

6. Tijolo:
Eram usadas peças de barro cozido nas olarias, em forma de paralelepípedo regular. Existiam tijolo com
formas especificas como por exemplo os circulares usados para a feitura de colunas, BROAS.

7. Pau-a-pique:
Também chamado de taipa de mão, taipa de sede, taipa de sopapo, pescoção, etc, conforme a região
onde era empregado. A parede de pau a pique fazia parte da estrutura em madeira que forma painéis
enquadrados por montantes e vigas. O enquadramento formado pelos esteios, pelos baldrames e frechal recebia
armação de paus roliços verticais que se fixavam através de orifícios no baldrame e frechal. Alternadamente, por
fora e por dentro. varas equidistantes horizontais eram fixadas ou amarradas com embira ou cipó aos paus
verticais. O barro era então atirado por este tramado, ao mesmo tempo, por duas pessoas, uma por dentro e outra
por fora.

- Revestimentos:
1. Argamassa:
Era feito em pelo menos 3 demãos, Inicialmente argamassa de barro misturado com esterco fresco animal
e um pouco de areia. Nas demãos seguintes a terra e o esterco diminuem até desaparecer, predominando a areia
e a cal. Essa era importada obtidas de conchas ou mariscos queimados, quando em falta era substituída pela
tabatinga.

2. Oitões ou empenas:
Os oitões acima do frechal eram revestidos com madeira , telhas, cacos cerâmicos, no caso de
paredes não ensolaradas, para a proteção contra a infiltração da água da chuva. As vezes, como simples recurso
decorativo aparecem enfeitados com marcas de ferro no relevo fresco.

- Janelas: O fechamento dos vãos é geralmente de madeira, as vezes reforçado com ferro
- Almofadas: São painéis de almofadas que podem ser rebaixados ou salientes
- Janela com namoradeira

-Coberturas:
- Platibanda: usada desde o século XIX evita o deságue das águas da chuva sobre as calçadas, formando a
proteção do telhado na fachada principal.
- Beiral: Parte do telhado formado por uma ou mais fiadas de telhas que faz saliência sobre o prumo da
parede externa de uma construção. Evita a infiltração da água das chuvas na parte superior da parede.
- Cunhal: Tratamento cuidadoso e artístico que aparece nos ângulos externos dos edifícios. Geralmente
eram feitos do próprio material da parede. Em alguns casos apareciam em madeira trabalhada, em massa,
emestuque, em pedra aparelhada (cantaria) no caso de casas melhores
- Estrutura do telhado: A estrutura das telhas era sempre de madeira e o desdobramento de suas peças
era artesanal. O sistema de estrutura primitivamente utilizado era o de Caibro Armado (sem tesoura, apenas com
cada caibro recebendo seu próprio tirante. Posteriormente a estrutura principal passou a ser a Tesoura com terças
e caibros como estrutura secundária.
- Varanda: é o espaço que resulta de um prolongamento da água principal do telhado, e apoiado
diretamente no solo, guarnecido por guarda-corpo,ou outra proteção.

- Alpendre: é uma peça coberta, com uma cobertura autônoma que não constitui prolongamento do
telhado, mas é apoiada na parede principal.

- Forros: Os mais comuns eram de tábuas de madeira, planos, assentes diretamente na estrutura dos telhados ou
de um barroteamanto complementar. As tábuas tinham geralmente a largura de um palmo. Além da forma plana
os forros poderiam ter a forma abobadada (comum em igrejas). Outra forma é a forma de Esquife (também
conhecido com caixão ou gamela),onde o forro compõe-se de cinco painéis, quatro inclinados e um plano.

- Pisos: ladrilho, frisos de madeira (internos); lajeado, pé de moleque com costelas, capistrana, costelas (externos)

Arquitetura religiosa jesuítica e as missões na região do Prata

1. A Companhia de Jesus:
- Jesuítas com formação profissional
- Se forma no contexto da Contra Reforma
- “Conquistadores”
- Não obedecem cegamente ao papa
- Princípios: liberdade, catequese e educação para meninos
● Ensino mais elitizado
- Atuação no Brasil: 1549-1759
- Trouxeram gado e coqueiros pro Brasil

2. Referências arquitetônicas:
- A referência principal dos jesuítas é a Igreja Il Gesú, em Roma
- Geralmente, 3 naves, cruz grega, laterais côncavas
3. Fundamentos e referências urbanísticas:
- Utopia – Tomas Morus > cidades planejadas a partir de traçados ortogonais
- Catequização respeitando certos traços culturais próprios como a organização política, o idioma (guarani) a
sacralização das ações quotidianas, a cura de doenças, e a “absolvição dos pecados” para uma integração socio-
cultural
- Defesa dos guaranis frente aos abusos das instituições coloniais como a encomienda e a mita (de origem inca) e
dos interesses escravistas dos paulistas
- Autossuficiência econômica, baseados na exploração da terra e o trabalho e propriedade coletivos
- Finalidade de controlar o território e de evangelizar
- Missões: “fronteira humana”

4. Os jesuítas no Brasil:
- Atuação urbanística extensa e relevante, na fundação de aldeias e vilas (entre estas São Paulo)
- Programa arquitetônico:
- Conjunto de Igreja e claustro posicionado sobre uma praça
-Igreja com coro e sacristia
- Claustro: aulas e oficinas, biblioteca, enfermaria e outras dependências; cubículos de residência.
-Cerca com horta e pomar

5. Os jesuítas da hispano-américa
- Assentamento (missóes) garantiam a religiosidade dos catequizados
- 1612: ataques dos bandeirantes, que sequestravam os guaranis e levavam pra São Paulo
- 1680: 30 povos
● Atual RS: 7 povos
● Povos com produção independente
● Economia baseada em trocas
- Guerra guaranítica: 1754-56
- Tratado de Madri: 1750
● Com a chegada dos portugueses nas missões, os índios missioneiros se revoltaram, pois não
aceitavam a expulsão

6. Organização econômica e regional:


- Quando uma missão atingia certa população, criava-se outra
- Sistema econômico fechado e auto-suficiente com base em trocas
- Territórios coletivos
- Distância entre cidade: máximo 1 dia de caminhada, 30km
- A Ordem melhorou o cultivo da erva mate, que os guaranis já usavam para infusão e trouxe o gado bovino e
equino que se desenvolveu extraordinariamente. Os animais espalharam-se pela região formando as vacarias de
gado xucro ou chimarrão.

7. Estrutura urbana:
- Assentamento: 300 a 8000 índios (representados por um concelho) e 2 sacerdotes
- Implantação: locais elevados, protegidos de enchentes e com disponibilidade de água
- Elementos de produção agrícola interna: o reparto de terras não foi normatizado e os loteamentos vararam em
função das características geográficas e os tipos de produção previstos.
- Praça quadrada como elemento principal, com funções cívicas e religiosas (150 varas = 120 m)
- Elementos defensivos: não condicionaram o traçado
- Ruas ortogonais (60 m de largura), avarandados ao redor das edificações para ter uma circulação
protegida de sol e chuva e em proteger as alvenarias de barro cru
- Distribuição:
● Edifícios coletivos a um lado da praça: Igreja, oficinas, colégio e biblioteca, cemitério, cotiguaçu
(casa das viuvas e orfãos); Cabildo na frente
● Residências SEM FORMAR QUARTEIRÕES
● Cemitério: adjacente à igreja, antecipadamente moderno, de acordo com princípios de saúde
pública, pois na Espanha até 1787 e nas cidades hispano-americanas ate o século XIX se
enterravam os mortos nas igrejas
● Colégio: conjunto de 2 pátios adoçados à igreja, com várias funções: casa dos padres, oficinas,
biblioteca, etc.
● No pátio se localizava um relógio de sol
● Cabildo e justiça: um o dois edifícios para estas funções. A partir de 1715, nas praças se instalou
el rollo (símbolo de justiça)
● Hospitais: até depois da expulsão dos jesuítas os povos missionários tiveram hospital. Quando
aconteceram epidemias, esta função se adaptou em depósitos de materiais fora do povoado
● Cotiguaçú: prédio para residência das viúvas, idosos e órfãos
● Tambo: casa de hospedes para mercadores e estrangeiros (só podiam permanecer 3 dias)
● Açougue, padaria, e olaria: localizados perto das oficinas, configurando uma área produtiva,
claramente zonificada dentro do povoado.

- As missões não eram consideradas cidades pois: não tinha quarteirões (ponto de vista urbanístico) e não tinham
mercado aberto (ponto de vista econômico)

8. As residêcias:
- Enfileiradas
- Unidades coletivas “como gustaren los indios” de 4,5 m x 50 m para clãs ou famílias extensas, divididas
interiormente para casais de forma a consolidar uma sociedade a base da unidade familiar monogámica

9. Museu das missões, Lucio Costa, 1937:


- O 'museu' deve ser um simples abrigo para as peças que, todas de regular tamanho, muito lucrarão vistas assim
em contato direto com os demais vestígios(...) Conviria mesmo, aproveitando-se o material das próprias ruínas e as
esplêndidas consolas de madeira do antigo colégio de São Luís, reconstituir alguns trechos do antigo passeio
alpendrado que se desenvolvia ao longo das casas.

Arquitetura religiosa no Brasil colonial


- Igreja com poderes políticos
- As diferentes ordens religiosas tinham características arquitetônicas distintas
- Atuaram no Brasil Colônia: Jesuítas, Beneditinos, Franciscanos ,Clarissas, Carmelitas e Mercedários
- Missão de catequese: pretensamente uma forma “divina” para organizar a mão de obra indígena.
- Na cidade colonial as igrejas e claustros formavam conjuntos arquitetônicos que, posicionados em locais
estratégicos, se configuravam como elementos primários na estruturação da malha urbana. Igualmente eram os
espaços organizadores da vida cultural e social.
- Equipamentos religiosos condicionavam o desenvolvimento urbano

1. Jesuítas:
- Ordem masculina não contemplativa fundada pelo espanhol Inácio de Loyola em 1540 no contexto da Contra-
reforma
- Atuação no Brasil entre 1549 e 1759
- Princípios de atuação: luta pela liberdade, aldeamento dos índios para catequese e ensino dos meninos em
colégios

2. Ordem de São Bento – Beneditinos:


- Antiga
- “orar, rezar e trabalhar”
- Rezam sete vezes ao dia
- Primeiros a chegar ao Brasil
- Mosteiro de São Bento, Salvador > primeiro fora da Europa
- Em frente aos equipamentos religiosos há sempre um vazio
- Ordem monástica (masculina e feminina)
- Qualidade nas construções

3. Ordem dos Carmelitas:


- Igreja e convento do Carmo; Olinda, Recife e Salvador
- Pode ser estudada junto com a orden do Beneditos, pela qualidade das construções, origem erudita e presença
de entrada coberta. As fachadas são ornamentadas com molduras: de calcáreo de arenito no
nordeste, de pedra sabão em Minas Gerais e de granito em Rio de Janeiro e São Paulo. Além da atividade
contemplativa, ambas as ordens exercem a catequese e o assistencialismo construindo hospitais e hospícios, no
sentido original lugar de hospedagem de pobres e doentes. Os conventos carmelitas (igual que os franciscanos)
apresentam junto as suas igrejas as capelas das ordens terceiras, paralelamente mais um pouco recuadas.
- Duas horas no mínimo de reza por dia

4. Ordem de São Francisco – franciscanos:


- Atendia toda população e todas as classes
- Renuncia as riquezas materiais e respeita a natureza
- Interior mais ornamentado que exterior
- Influência barroca
- Primeiros a chegar no Brasil
- Recursos de desenho:
● Adros perpectivados (planta trapezoidal)
● Frontões polilobulados com curvas e contra-curvas
● Trompe lóeil ou forros com pintura perspectivada
● Azulejos
● Retábulos ricamente talhados e dourados

5. Ordem real e militar de Nossa Senhora das Mercês da redenção dos cativos – mercedaria:
- Criada para socorrer cativos de guerras entre cristãos e mouros
- Pouca presença no Brasil

Arquitetura rural - O ciclo da cana de açucar: das casas fortes às casas grandes
- A cana de açucar: Originaria da Índia, aclimatada na Ilha da Madeira pelo Infante D. Henrique e logo
trazida para o Brasil. Em 1526, Duarte Coelho, ao chegar a Pernambuco, iniciou a plantação de cana-de-açúcar e
construiu em Igarassu e Itamaracá os primeiros engenhos do Nordeste.
- O açúcar era considerado especiaria. A partir de 1526 seu cultivo se estendeu pelo litoral, de Natal ate Santos.
- Presença holandesa
● Vendiam escravos
● Tomaram conta do nordeste por 25 anos (1625-1654)
● Controlou o comercio do açúcar e tinha o privilegio da comercialização dos escravos requisitados para
trabalhar nos engenhos.
- A partir de 1650, com o inicio da formação de uma camada social urbana e com a queda do preço internacional
do açúcar, pela concorrência das colônias do Caribe inicia-se o declínio. No século XIX os engenhos se adaptam a
novas técnicas como a máquina de vapor e outros cultivos como o café

1. A casa forte
- Antecedeu os engenhos
- Rural
- Defesa do território
● A casa da Torre de Garcia d’Ávila, Bahia
- Transição gótico- renascimento
- Iniciada por Diogo Álvares Correia
- Sede de extenso morgado onde foi iniciada a pecuária do nordeste
- Construção de pedra e cal em estilo manuelino

2. Engenhos
- 1532
- Mecanismo utilizado para moer cana
- A produção do açucar:
● Moenda
● Cozido do caldo
● Clarificação ou purga
● Embalagem
- As mudanças tecnológicas e sociais modificam os engenhos
- Com a apertura dos portos em 1808 entram as máquinas de vapor que passam a ser utilizadas nos engenhos
- Na metade do século XIX generaliza-se o cultivo de outros produtos mais rentáveis como o café
- O fim da escravatura é o fim do engenho
- Ate 1650 a vida urbana do Brasil colonial era incipiente e intermitente. Os engenhos tinham autonomia e auto-
suficiência
- Implantação: os engenhos se localizavam perto de cursos de água para aproveitar a energia hidráulica e dos
matos para obter lenha para as fornalhas
- Por extensão, define-se também ao conjunto de arquitetura rural das fazendas
açucareiras composto pelos seguintes edifícios:
Residência dos senhores: térreo é área de serviço, depósitos, oficinas e senzala e o sobrado é a residência da
família. Tem acesso direto do exterior por escada externa, ligada à varanda. As paredes são caiadas e soalho de
tábuas largas (30 cm)
● Capela
● Moita ou fábrica
● Senzala

1. Engenhos do nordeste:
- Mais refinados
- Componentes bem separados
● Podem estar em 2 ou 3 blocos

2. Engenhos do sudeste:
- Compactos – todas as dependências no mesmo teto
- Menos recursos

3. Arquitetura urbana residencial


Influência direta de Portugal e de costumes herdados da cultura moura; a homogeneidade morfológica; o tipo
arquitetônico de casa compacta, determinado pela estrutura fundiária de lotes com larguras em múltiplos de uma
braça (2,2m); a distribuição interna – salas para a rua, dormitórios no meio e sem janelas e cozinha para os fundos
- constante em todos os níveis sociais, não sendo a riqueza um fator diferenciador nesse aspecto. A
homogeneidade do espaço doméstico, constante também nos arquipélagos e em Portugal peninsular, viria da
persistência do tipo de casa compacta, a qual provém da casa de origem moura e da aplicação do mesmo quadro
normativo das Ordenações Manuelinas em todos os domínios, sistematizando-se a estrutura predial e o repertório
formal e construtivo.

Arquitetura bandeirista
-1611-1727: Ciclo bandeirante: caça de índios e ataques às Missões do Guairá
● Urbano: expansão para o norte e oeste (mineração) e sul (tropeiros)
● Arquitetônico: consolidação do tipo de casa rural: casa bandeirista
- A descoberta de ouro na região de Minas (1690) impulsiona o desenvolvimento urbano de São Paulo e a
expansão ao oeste, motivada pelas jazidas de Cuiabá e Mato Grosso e o tropeirismo ao sul
- Caçavam os guaranis pois estavam mais adaptados ao “homem branco”
- Norte/oeste: mineração
- Sul: tropeiros
- Fundação de São Paulo: 1554
● No século XVII, pobre e isolada
● Fundação do colégio jesuíta
- Formação de bandeiras da região de SP
- A situação do aglomerado de São Paulo no planalto facilitou a abertura de vias de penetração dos bandeirantes e
viria a originar arraiais ao longo dos caminhos

1. As casas bandeiristas
- É uma residência rural típica de São Paulo no tempo dos bandeirantes
- O mobiliário geralmente é escasso e pobre: redes de dormir, bancos, poucas cadeiras, mesas e baús de madeira
- Hoje estão catalogadas e devidamente tombadas 38 casas bandeiristas em SP. Doze delas na capital.
- Técnica construtiva: taipa
- Quadrado com espaço central
- Telhado de 4 águas sem tesoura
- Beirais amplos quase horizontais
- Casa elevada, protegendo-a de enchentes
- Capela e casa dos hóspedes afastadas
- Predominância dos cheios (poucas janelas)
- Corredor central
- Sem cozinha nem banheiro dentro da casa
- Referências paladianas
- O programa das casas bandeiristas segundo Luís Saia:
● Inteira separação da família e trabalho;
● Criação de uma faixa composta de alpendre, capela e quarto de hóspede e outra separada para residência
familiar, organizada em torno de uma sala;
● Em consequência do partido adotado surge o esquema
● construtivo:
- escolha de uma plataforma plana;
- desenvolvimento da planta dentro de um retângulo;
- paredes de taipa constituindo ao mesmo tempo vedação
e estrutura;
- aproveitamento do forro dos quartos para compartimento
de uso variável;
- telhado de quatro águas, com cobertura de telha decanal

A cidade e a arquitetura mineira


- Aumento populacional devido à descoberta do ouro
-Migração portuguesa
- Abertura de estradas para o escoamento dos diamantes e ouro para os grandes centros, e depois pra Portugal
- Transferência da capital para o RJ, devido à maior proximidade
- Auge: 1750
Primeira etapa:
- Formação de pequenos aglomerados ao longo de estradas em torno de uma capela
- Coroa não permite o estabelecimento de nenhuma ordem religiosa em MG

Segunda etapa:
- Crescimento dos aglomerados + “conurbação”

Terceira etapa:
-Classes mais definidas

Quarta etapa:
- Decadência das cidades
- Transferência do centro econômico para BH

-MG: maior semelhança com Portugal>menor miscigenação


- Maior desenvolvimento vertical>semelhante ao norte de Portugal
- Igreja no ponto alto
- Residências: caldeiras no térreo, grande escada na frente

Arquitetura lusobrasileira no sul do Brasil


- Cidades gaúchas surgiram somente no Império (até então, assentamentos)
- Divisão do território em sesmarias
- Aglometados sulinos (fases):
● Tropeiros (sem padrão)
● Açorianos (cidades já desenhadas com traçado ortogonal)
● Militares (maior organização)
- Traçados mais avançados que a arquitetura

Arquitetura do ciclo do café: fazendas do RJ e SP


- Em 1760 inicia-se o cultivo de café no atual Estado do Rio de Janeiro
- Os estrangeiros que se estabelecem no Rio de Janeiro com a chegada da Corte de D. João VI impulsionam a
monocultura do café que de Rio se expande a Minas e São Paulo, pelos principais vales.
- O cultivo do café vem a substituir o da cana de açúcar. As fazendas se habilitam para as novas necessidades do
programa
- A partir do século XIX os cafezais caracterizam a paisagem cultural das antigas ex-colônias. Seu consumo é um
habito que foi percebido pelos viajantes
-O café e o neoclassicismo arribaram (a São Paulo) juntos e estão associados à independência
política.
- O fim da escravatura representa o inicio do declínio do ciclo do café e a sua substituição pelo processo de
industrialização
- Nova paisagem cultural: neoclássico
- D. Pedro trás a palmeira imperial pro Brasil >marca acessos
- Encomenda de móveis franceses
- Banheiros afastados
- Presença de alpendre
- A cidade do café: Vassouras

Casa rural no RJ
- Fazendas de café do RJ: grandes

O neoclassicismo no Brasil
- Na França, é a manifestação arquitetônica do Iluminismo
- Fim dos absolutismos>democracia
- Surgimento da arqueologia e estudo da arquitetura clássica
- Surgiu em oposição ao barroco
- Arquitetura mais racional
- Ensino na arquitetura com esquemas pré-estabelecidos
- 1808: Abertura comercial dos portos – fim do monopólio
- 1816: Chegada da Missão Francesa – Pintores, escultores e o Arquiteto Auguste Grandent de Montini
- Montigny difundiu o neoclassicismo no Brasil
- Presença de engenheiros militares
- Aumento da população do RJ devido à vinda da corte>demandou transformações na cidade

O ecletismo no Brasil: industralização e república


- Referenciais mais amplos que no neoclássico
- Apogeu na metade do século XIX
- Nasceu não como um estilo, mas como modo de projetar
- Base historicista
- + luxo e estravagância
- Grande obra: Ópera de Paris
- Ingresso de imigrantes: novos referenciais>Theo Wiedersphan
- Atualção separada entre arquitetos e engenheiros
- Movimento representativo da I República
- Vida mais urbana
- Manaus e Belém com vários exemplares devido á economia da borracha

Arquitetura de Porto Alegre no período positivista


- Construção oficial: Alphonse Hebert
- Edificações universitárias: Manoel Itaqui
● Influência do Art Nouveau
● Variedade volumétrica
- Âmbito privado: Theo Wiedersphan
● Neobarroco

Início da industrialização e arquitetura do ferro


- Coincide com a economia do café e início da industralização
- Arquitetura pré-fabricada vinda da Europa: chalés, caixas d’água, mercados, escadas
- 1806: Traslado da Corte portuguesa para Rio de Janeiro
- 1808: Abertura dos portos – ingresso de mercadorias inglesas e francesas, de estruturas de ferro pre-fabricadas e
arquiteturas de catálogo em toda América do Sul
- 1888: Abolição da escravatura e consolidação da imigração centro-europeia
- 1889: Inicio do período republicano e a industrialização com o excedente de capital gerado pela economia agrária
- Vigência das propostas estéticas do academicismo e ecletismo (difícil encontrar projetos “puros”)

Arquitetura da imigração alemã


- 1824 – Primeira constituição: fomento da imigração de brancos não portugueses
- Processo de definição das fronteiras – participação de militares alemães
- 1850 - Lei 581: proibição de entrada de escravos
- Lei de Terras – fomento a colonização
- 1888 - Abolição da escravatura
- Enxaimel: Técnica típica da arquitetura do norte da Europa de origem germânica. Consiste em paredes montadas
com hastes de madeira encaixadas entre si em posições horizontais, verticais ou inclinadas, cujos espaços são
preenchidos por pedra, tijolo, taipa de mão ou adobe. Quando os primeiros alemães chegaram ao Brasil, a
arquitetura enxaimel já não era utilizada mas foi considerada a mais adequada para as condições encontradas em
São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os alemães eram mestres na construção do enxaimel,
tinham uma tradição milenar em construção de taipa-desopapo, que chamavam de Lehmwand e em cobertura de
capim. A real inovação construtiva dos ranchos foi a amarração das peças estruturais com cipós e a cobertura de
folhas de palmeira. É provável que na floresta não fossem encontradas gramíneas próprias para a construção de
telhados, e, na falta da de outra opção, utilizavam a folha de bananeira.
- A residência:
● O porão ocupa toda a projeção da construção
● Cozinha e habitações em construções separadas

Arquitetura da imigração italiana


NO CADERNO

Art Nouveau
- Arte nova, Jugendstil (Alemanha), Liberty (Itália), Modernismo catalão
- Reação à Revolução industrial: materiais industrializados trabalhados artesanalmente
- Relação com Arts & Crafts – valorização do trabalho manual e inspiração na natureza
- Design integral: arquitetura, artes aplicadas, artes gráficas
- Belle Époque (1870-1914)

1. BH e Goiânia – antecedentes de Brasília


- Algumas regiões do Brasil eram vistas como "vazio" territorial, que atualizava o conceito de "sertão", o que vinha
preocupando as elites brasileiras interessadas em construir uma nação. Por outro lado, as áreas ocupadas do Brasil
eram vistas como um arquipélago, onde cidades ou regiões pouco tinham a ver entre si. A criação 1937 do
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) indica a importância das estradas como instrumento de
comunicação entre as regiões e as cidades.
- Em 1940, Vargas lança a chamada "Marcha para o Oeste", como uma diretriz de integração territorial para o país.
E o fez durante os festejos de inauguração da cidade de Goiânia. Essa cidade, obra do
interventor Pedro Ludovico Teixeira, foi projetada pelo arquiteto Attílio Corrêa Lima, o mesmo arquiteto que
estaria envolvido com a construção da cidade industrial de Volta Redonda, outro projeto estratégico do governo
Vargas. Volta Redonda condensava a promessa de progresso que o governo Vargas apresentava, de um Brasil
urbano, industrial, moderno e com alto padrão de vida.
- A idéia de mudar a capital e construir uma nova cidade já fazia parte do "inconsciente coletivo", devido não só à
construção de Belo Horizonte no fim do século XIX (projeto de Aarão Reis), mas também à construção de Goiânia,
inaugurada em 1940 (projeto de Attílio Corrêa Lima).
- Esse ciclo de construção de cidades-capitais se mantém, aliás, até hoje, como se pode notar pela construção de
Palmas, capital do novo Estado do Tocantins, inaugurada em 1990. São cidades que podem ser consideradas parte
da interiorização do Brasil, da civilização de seus sertões decorrente da
conquista do oeste.
- BH: Ouro Preto, então Capital de Minas Gerais passava a ser considerada cidade “nascida ao acaso”, com suas
ruas impróprias ao desenvolvimento de uma civilização moderna. Os progressistas propõem uma cidade arejada
com largas artérias em contraponto ao labirinto anárquico .(Salgueiro, 1996). Em 1893 o Governador Augusto de
Lima propõe a mudança de capital e sugere 5 localidades e opta-se pelas terras no arraial de Belo Horizonte.
Projeto do engenheiro Aarão Leal de Carvalho Reis (1853- 1936)

Antecedentes do Movimento Moderno


- Vanguardas modernas em artes plásticas e arquitetura
- CIAM’S

1. O neocolonial
- Conjunto de experiências artísticas surgidas durante as primeiras décadas do século XX, em todo o continente
americano, incluídos os Estados Unidos, (no sul, onde houve a presença colonial espanhola)
- Elas têm em comum:
• a origem local;
• a rejeição ao ecletismo e ao academicismo dominante na época;
• a pesquisa e a valorização das raízes coloniais e pré-colombianas
- Objetivo: identificar um legado próprio do passado, para a construção de uma linguagem formal autêntica. Foi o
primeiro processo cultural de dimensão continental surgido na América com uma relativa autonomia em relação à
Europa.
- Para Carlos Lemos, o Neocolonial no Brasil, foi a reconciliação e reafirmação da raiz ibérica como contrapesos aos
processos de imigração do começo do século.
- Eleição do barroco mineiro como síntese da identidade nacional, destacando-se a genialidade do Aleijadinho
como representante de uma cultura híbrida

Movimento moderno sob hegemonia Corbusiano-carioca


- Haussmanização as capitais
- Combinação entre tradição/local e modernidade/universal
- Artes plásticas: Lasar Segall e Tarsila de Amaral (aluna de Legé, amigo de Le Corbusier)
- Publicações no Jornal O Estado de São Paulo
● Carta de Rino Levi sobre a arquitetura moderna (15/10/1925)
● Artigo de Gregory Warchavchik , Acerca da Arquitetura Moderna (1/11/1925)
- 1930-31: Lúcio Costa é nomeado diretor e logo demitido
- Revista da Diretoria de Engenharia de Rio de Janeiro
- Veículo de divulgação dos arquitetos que conformarão a equipe do MEC
- Artigo de Lucio Costa manifestándo-se moderno (jul 1932)
- Projetos do Ministério de Educação e Saúde (1935)
● Concurso para sede do MEC no centro de Rio de Janeiro: foi premiada a proposta de Arquimedes
Memória e Francisque Cuchet mais não foi construída
● Consultoria do arquiteto Marcelo Piacentini (autor da cidade universitária de Roma) para a sede da
Universidade de Brasil
- Por sugestão de Lúcio Costa ao ministro Gustavo Capanema, foi convidado Le Corbusier (julio e agosto de 1936)
para assessorar as duas equipes de projeto
- Revista Projeto 102: apresenta um croquis do projeto do MEC assinado por LC
- Arquitetos: Niemeyer, Lucio Costa, Reidy, Irmãos Roberto, Attilio Correa Lima, Burle Marx (paisagismo do RJ)

“Na década de 1940, duas escolas já eram observadas no cenário brasileiro – a carioca e a paulista. As diferenças
entre tais escolas são de diversas ordens: das referências – mais americanas para os paulistas e mais europeias
para os cariocas; das relações que o edifício estabelece com a cidade – mais introspectivas para os paulistas e mais
extrovertidas para os cariocas; e das soluções formais encontradas – mais contidas entre os paulistas e mais
escultóricas entre os cariocas”

Brasília
- 1761 – Marquês de Pombal, então primeiro-ministro de Portugal, propunha mudar a capital do império
português para o interior do Brasil Colônia
- 1891 – Primeira constituição republicana, nela havia um dispositivo que previa a mudança da Capital
Federal do Rio de Janeiro para o interior do país, determinando como "pertencente à União, no Planalto
Central da República, uma zona de 14.400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada,
para nela estabelecer-se a futura Capital Federal"
- 1922 - Ano do Centenário da Independência do Brasil, o Deputado Americano do Brasil apresenta um projeto à
Câmara incluindo entre as comemorações a serem celebradas o lançamento da Pedra Fundamental da futura
Capital, no Planalto Central.
- 1955 - Eleito presidente, Juscelino estabeleceu a construção de Brasília como "meta síntese" de seu "Plano de
Metas"
● Escala monumental = capital
● Escala residencial = superquadras, gabarito de 6 pavimentos, chão livre c/pilotis
● Escala gregária = espaço social
● Escala bucólica = áreas livres arborizadas ou guardando a cobertura vegetal nativa

Plano piloto: O projeto consistiu basicamente no Eixo Rodoviário (ou "Eixão") no sentido norte-sul, e Eixo
Monumental no sentido leste-oeste. A criação arquitetônica dos monumentos centrais foi designada a Oscar
Niemeyer. O Eixo Rodoviário é formado pelas asas Sul e Norte e pela parte central, onde as asas se encontram sob
a Rodoviária do Plano Piloto. As asas são áreas compostas basicamente pelas superquadras residenciais, quadras
comerciais e entrequadras de lazer e diversão (onde há também escolas e igrejas). O Eixo Monumental é composto
pela Esplanada dos Ministérios e pela Praça dos Três Poderes, a leste; a rodoviária, os setores de autarquias,
setores comerciais, setores de diversão e setores hoteleiros em posição cêntrica; a torre de televisão, o Setor
Esportivo (hoje denominado Complexo Poliesportivo Ayrton Senna, onde estão o Ginásio Nilson Nelson, o Estádio
Mané Garrincha e o Autódromo Nelson Piquet) e a Praça do Buriti, a oeste. A sede do governo do Distrito Federal,
localizada na Praça do Buriti, deveria ter suas funções administrativas transferidas do Palácio do Buriti para a
região administrativa de Taguatinga até 2010, o que não ocorreu.

Escola paulista
NO CADERNO

Arquitetura contemporânea
1.Continuidade da Escola Carioca: Niemeyer maduro (Museu de Arte de Niteroi)
2.Continuidade da Escola Paulista: Paulo Mendes da Rocha (MUBE)
3.Expressividade - Formal: Rui Othake - Tecnológica (edifício Bernini)
4. Compromisso com a história e o lugar: inserções contemporâneas em preexistências
5. Reafirmação de Identidades regionais e uso de tecnologias locais: Severiano Porto (Amazonas), Acacio Borsoi
(Pernambuco) Vital M. Pessoa de Melo (Pernambuco)
6. Compromisso com a sustentabilidade e o uso racional da energia

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