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América do Norte:
- Zona do Colorado, Arizona
- Construções em abrigos rochosos
Em pedra
Conforto térmico muito eficiente
Conhecimento sobre orientação solar
Paredes largas
Peninsula de Yucatán:
- Maias: 250-950 d.C.
- Cidades-estado: confederações de cidades
- Agricultura rotativa
- Organização política mais horizontal
- Derrota para os espanhóis em 1524
- Conhecimento matemático avançado
O império Asteca:
- Pântano mexicano
- Tenotchititián
- Traçado regular na cidade
Yanoamas:
- Aldeia e casa circulares
- Um grupo de pessoas mora na mesma cabana
Xingú-Xavantes:
- Aldeia em arco e casas circulares
- Espaço central com a casa dos homens “war”
- Caminhos radiais para os homens e periféricos para as mulheres
Yawalapiti:
- Aldeia radial e construções elípticas
Marubo (Amazonas):
- Aldeia radial e casas poligonais com cobertura até o chão
Karajás:
- Aldeia linear e casas retangulares
Atualmente...
● Miscigenação
● Desrespeito com as reservas indígenas > execução de obras de grande estrutura
● Mudança das antigas técnicas construtivas (madeira, sapé e palha) para alvenaria
Antecedentes ibéricos
- Portugal unificado precocemente
- Espanha ainda era um conjunto de reinos
- A tradição arquitetônica [e urbana] da Península Ibérica provem da sedimentação milenar de elementos
(tipológicos, morfológicos econstrutivos) de diferentes culturas produzida pela inter-relação entre o saber popular
e conhecimento erudito; A transferência para Ibero – américa ocorre mediante a seleção, síntese e re-elaboração
desses elementos
1. Período neolítico:
- Menires de arenito constituem a principal marca da presença humana em Portugal
- Tartessos: 1ª civilização na foz do Guadalquivir; recebeu influencia grega e desaparece no sec. VI a.C
(provavelmente destruída por Cartago)
- Ainda era um território “selvagem”
3. As feitorias:
- Presença dos fenícios
- Fundações de portos em lugares elevados e foz de rios, originando algumas cidades no mediterrâneo
● Portugueses fariam o mesmo no Brasil
4. Influência grega:
- Decadência fenícia e expansão grega: padrões de organização espacial semelhantes
- Tradição grega: popular (arranjos irregulares adaptados ao lugar) e erudita (traçados ortogonais propostos por
Hipodamis de Mileto)
5. O legado de Roma:
- Presença mais evidente
- Expansão marítima: “mare nostrum”
- Dividem o território ibérico em províncias
● Base atual
- Plantas perfeitas e vilas romanas > com pátio central
- Arranjo ortogonal
6. Contribuições germânicas:
- Decadência do Império Romano
- Presença de ingrejas romanticas, devido à cristianização
- Arranjos urbanísticos distintos pelo território
● Ocupação dispersa: Aldeia Vergé, Bragança
● Aldeia monte: Sabugal, Guarda
● Aldeia rua: Monsaraz, Alentejo
- Norte: pedra aparente
- Sul: tijolo + reboco
7. Povos islâmicos:
- Árabes (elite e minoria), mouros e berberes (povo e camponeses, viviam no norte da África)
- Influência muito evidente
- Norte: cristão
- Sul: islâmico
- Configuração espacial árabe:
● Hierarquia de ruas
● Planta semelhante à grega
- Configuração espacial berbere:
● Organização familiar
● Arranjo mais espontâneo
● Casa simples de “porta e janela” = “bit”
- Principes moravam nas cidades importantes, ao sul
8. O legado medieval:
- Domínio cristão ao norte foi se expandindo para o sul
- 1492: tomada de Granada : > árabes foram definitivamente expulsos da Espanha
- Casas em linha, com lotes estreitos
- Unificação de Portugal e Espanha dividia em quatro reinos: Castela e Leão, Navarra, Aragão e Andaluz
9. Expansão ultra-marina:
- Infante Dom Henrique acolheu mouros e judeus expulsos dos reinos espanhóis
● Iriam ser os primeiros navegadores e povoadores das ilhas atlânticas
- Fundam cidades no litoral do Brasil e África
Primórdios da colonização
A fortificação:
- A fortificação medieval era essencialmente defensiva,a fortificação renascentista é ao mesmo tempo defensiva e
agressiva
1. Século XVI até 1650: Vanguarda italiana
- União ibérica (1580-1640): unificação do corpo técnico; presença dos mesmos engenheiros militares italianos nos
dominios espanhois e portugueses: Leonardo Turriano, Felipe Terzi, Batista Antonelli, etc.
- Restauração: necessidade de autonomia técnica; formação de Aulas de Fortificação em Portugal (1647) e Brasil.
2. 1650 a 1800: Vanguarda francesa: Sébastien Le Preste de Vauban
- Criação das Academias Militares: Salvador – 1696, Rio de Janeiro e São Luiz de Maranhão – 1699; Recife – 1701.
- Condiciona o traçado da cidade
A descoberta do Brasil:
Três padrões de cidade:
● Planejada, com malha (erudita), Salvador
● Povoado linear popular, com uma rua bem larga, Marechal Deodoro
● Aldeia indígena, com uma grande praça e Igreja em ponto visível, Villa de Abrantes
1. 1500-1532
- Capitanias Hereditárias
- Estabelecimento de feitorias, misto de organização militar e comercial
- (...) foi uma colonização de traficantes antes que de colonos
2. 1532-1650
- Cidade ainda não consolidada
- Olinda: fundação como vila
- Ciclo do açucar > grandes fazendas
- População rural
- Posicionamento dos edifícios em lugares altos
- Fundação de Salvador (1549)
● Sistemas defensivos: estruturas pontuais localizadas estrategicamente (fortalezas)
- Rio de Janeiro:
● Fundação francesa
● Engenheiro militar Antonelli fez o planejamento
3. 1650-1720
- Decadêcia do açucar
- Cidades com maior autonomia
- Formação de uma camada urbana
- Expansão para o sul: Paranagua, Desterro (Florianopolis) e Sacramento > busca por prata
- No sul, casas térreas e sobrados para os ricos
4. 1720-1800
- Decadência de Portugal
● Política de urbanização do Brasil
- 1750: outro encontrado em MG
- Barroco mineiro
- Índios considerado cidadão
- Consolidação da rede urbana
- Ciclos da Mineração e tropeirismo
- Tratado de Madri: 1750 – Tratado de Santo Idelfonso: 1777
- Influencia da filosofia iluminista
- Cidades planejadas (malhas ortogonais) por engenheiros militares e edificação de fortificações no
interior em áreas de fronteira
- Paredes:
1. Taipa de pilão:
- As paredes de taipa de pilão eram executadas em barro apiloado dentro de formas que recebiam o
nome de taipal. O taipal compreendia 2 tabuados de aproximadamente 3m de comprimento por 1m de altura,
mantido no sentido vertical por meio de escoras
- Aspecto poroso, irregular
- O barro de cor oca é misturado com água, fibras vegetais ou animais, esterco, óleo de baleia ou sangue
era socado e apiloado em camadas de 20cm de altura que depois de socados se reduziam a metade. A largura
média das paredesvera 60cm, embora se encontrassem paredes de 30 a até 150cm
4. Enxaimel:
Sistema construtivo encontrado no interior do estado do Rio Grande do Sul, em que os panos das paredes
eram contraventados , com escoras de madeira e os vãos posteriormente preenchidos com parede de taipa de
mão, adobe, tijolo ou pedra.
5. Adobe:
Feita em paralelepípedos de barro cru de grandes dimensões, secos na sombra e depois ao sol. Ao barro
era misturado estrume ou ainda fibra vegetal ou crina para maior consistência.
6. Tijolo:
Eram usadas peças de barro cozido nas olarias, em forma de paralelepípedo regular. Existiam tijolo com
formas especificas como por exemplo os circulares usados para a feitura de colunas, BROAS.
7. Pau-a-pique:
Também chamado de taipa de mão, taipa de sede, taipa de sopapo, pescoção, etc, conforme a região
onde era empregado. A parede de pau a pique fazia parte da estrutura em madeira que forma painéis
enquadrados por montantes e vigas. O enquadramento formado pelos esteios, pelos baldrames e frechal recebia
armação de paus roliços verticais que se fixavam através de orifícios no baldrame e frechal. Alternadamente, por
fora e por dentro. varas equidistantes horizontais eram fixadas ou amarradas com embira ou cipó aos paus
verticais. O barro era então atirado por este tramado, ao mesmo tempo, por duas pessoas, uma por dentro e outra
por fora.
- Revestimentos:
1. Argamassa:
Era feito em pelo menos 3 demãos, Inicialmente argamassa de barro misturado com esterco fresco animal
e um pouco de areia. Nas demãos seguintes a terra e o esterco diminuem até desaparecer, predominando a areia
e a cal. Essa era importada obtidas de conchas ou mariscos queimados, quando em falta era substituída pela
tabatinga.
2. Oitões ou empenas:
Os oitões acima do frechal eram revestidos com madeira , telhas, cacos cerâmicos, no caso de
paredes não ensolaradas, para a proteção contra a infiltração da água da chuva. As vezes, como simples recurso
decorativo aparecem enfeitados com marcas de ferro no relevo fresco.
- Janelas: O fechamento dos vãos é geralmente de madeira, as vezes reforçado com ferro
- Almofadas: São painéis de almofadas que podem ser rebaixados ou salientes
- Janela com namoradeira
-Coberturas:
- Platibanda: usada desde o século XIX evita o deságue das águas da chuva sobre as calçadas, formando a
proteção do telhado na fachada principal.
- Beiral: Parte do telhado formado por uma ou mais fiadas de telhas que faz saliência sobre o prumo da
parede externa de uma construção. Evita a infiltração da água das chuvas na parte superior da parede.
- Cunhal: Tratamento cuidadoso e artístico que aparece nos ângulos externos dos edifícios. Geralmente
eram feitos do próprio material da parede. Em alguns casos apareciam em madeira trabalhada, em massa,
emestuque, em pedra aparelhada (cantaria) no caso de casas melhores
- Estrutura do telhado: A estrutura das telhas era sempre de madeira e o desdobramento de suas peças
era artesanal. O sistema de estrutura primitivamente utilizado era o de Caibro Armado (sem tesoura, apenas com
cada caibro recebendo seu próprio tirante. Posteriormente a estrutura principal passou a ser a Tesoura com terças
e caibros como estrutura secundária.
- Varanda: é o espaço que resulta de um prolongamento da água principal do telhado, e apoiado
diretamente no solo, guarnecido por guarda-corpo,ou outra proteção.
- Alpendre: é uma peça coberta, com uma cobertura autônoma que não constitui prolongamento do
telhado, mas é apoiada na parede principal.
- Forros: Os mais comuns eram de tábuas de madeira, planos, assentes diretamente na estrutura dos telhados ou
de um barroteamanto complementar. As tábuas tinham geralmente a largura de um palmo. Além da forma plana
os forros poderiam ter a forma abobadada (comum em igrejas). Outra forma é a forma de Esquife (também
conhecido com caixão ou gamela),onde o forro compõe-se de cinco painéis, quatro inclinados e um plano.
- Pisos: ladrilho, frisos de madeira (internos); lajeado, pé de moleque com costelas, capistrana, costelas (externos)
1. A Companhia de Jesus:
- Jesuítas com formação profissional
- Se forma no contexto da Contra Reforma
- “Conquistadores”
- Não obedecem cegamente ao papa
- Princípios: liberdade, catequese e educação para meninos
● Ensino mais elitizado
- Atuação no Brasil: 1549-1759
- Trouxeram gado e coqueiros pro Brasil
2. Referências arquitetônicas:
- A referência principal dos jesuítas é a Igreja Il Gesú, em Roma
- Geralmente, 3 naves, cruz grega, laterais côncavas
3. Fundamentos e referências urbanísticas:
- Utopia – Tomas Morus > cidades planejadas a partir de traçados ortogonais
- Catequização respeitando certos traços culturais próprios como a organização política, o idioma (guarani) a
sacralização das ações quotidianas, a cura de doenças, e a “absolvição dos pecados” para uma integração socio-
cultural
- Defesa dos guaranis frente aos abusos das instituições coloniais como a encomienda e a mita (de origem inca) e
dos interesses escravistas dos paulistas
- Autossuficiência econômica, baseados na exploração da terra e o trabalho e propriedade coletivos
- Finalidade de controlar o território e de evangelizar
- Missões: “fronteira humana”
4. Os jesuítas no Brasil:
- Atuação urbanística extensa e relevante, na fundação de aldeias e vilas (entre estas São Paulo)
- Programa arquitetônico:
- Conjunto de Igreja e claustro posicionado sobre uma praça
-Igreja com coro e sacristia
- Claustro: aulas e oficinas, biblioteca, enfermaria e outras dependências; cubículos de residência.
-Cerca com horta e pomar
5. Os jesuítas da hispano-américa
- Assentamento (missóes) garantiam a religiosidade dos catequizados
- 1612: ataques dos bandeirantes, que sequestravam os guaranis e levavam pra São Paulo
- 1680: 30 povos
● Atual RS: 7 povos
● Povos com produção independente
● Economia baseada em trocas
- Guerra guaranítica: 1754-56
- Tratado de Madri: 1750
● Com a chegada dos portugueses nas missões, os índios missioneiros se revoltaram, pois não
aceitavam a expulsão
7. Estrutura urbana:
- Assentamento: 300 a 8000 índios (representados por um concelho) e 2 sacerdotes
- Implantação: locais elevados, protegidos de enchentes e com disponibilidade de água
- Elementos de produção agrícola interna: o reparto de terras não foi normatizado e os loteamentos vararam em
função das características geográficas e os tipos de produção previstos.
- Praça quadrada como elemento principal, com funções cívicas e religiosas (150 varas = 120 m)
- Elementos defensivos: não condicionaram o traçado
- Ruas ortogonais (60 m de largura), avarandados ao redor das edificações para ter uma circulação
protegida de sol e chuva e em proteger as alvenarias de barro cru
- Distribuição:
● Edifícios coletivos a um lado da praça: Igreja, oficinas, colégio e biblioteca, cemitério, cotiguaçu
(casa das viuvas e orfãos); Cabildo na frente
● Residências SEM FORMAR QUARTEIRÕES
● Cemitério: adjacente à igreja, antecipadamente moderno, de acordo com princípios de saúde
pública, pois na Espanha até 1787 e nas cidades hispano-americanas ate o século XIX se
enterravam os mortos nas igrejas
● Colégio: conjunto de 2 pátios adoçados à igreja, com várias funções: casa dos padres, oficinas,
biblioteca, etc.
● No pátio se localizava um relógio de sol
● Cabildo e justiça: um o dois edifícios para estas funções. A partir de 1715, nas praças se instalou
el rollo (símbolo de justiça)
● Hospitais: até depois da expulsão dos jesuítas os povos missionários tiveram hospital. Quando
aconteceram epidemias, esta função se adaptou em depósitos de materiais fora do povoado
● Cotiguaçú: prédio para residência das viúvas, idosos e órfãos
● Tambo: casa de hospedes para mercadores e estrangeiros (só podiam permanecer 3 dias)
● Açougue, padaria, e olaria: localizados perto das oficinas, configurando uma área produtiva,
claramente zonificada dentro do povoado.
- As missões não eram consideradas cidades pois: não tinha quarteirões (ponto de vista urbanístico) e não tinham
mercado aberto (ponto de vista econômico)
8. As residêcias:
- Enfileiradas
- Unidades coletivas “como gustaren los indios” de 4,5 m x 50 m para clãs ou famílias extensas, divididas
interiormente para casais de forma a consolidar uma sociedade a base da unidade familiar monogámica
1. Jesuítas:
- Ordem masculina não contemplativa fundada pelo espanhol Inácio de Loyola em 1540 no contexto da Contra-
reforma
- Atuação no Brasil entre 1549 e 1759
- Princípios de atuação: luta pela liberdade, aldeamento dos índios para catequese e ensino dos meninos em
colégios
5. Ordem real e militar de Nossa Senhora das Mercês da redenção dos cativos – mercedaria:
- Criada para socorrer cativos de guerras entre cristãos e mouros
- Pouca presença no Brasil
Arquitetura rural - O ciclo da cana de açucar: das casas fortes às casas grandes
- A cana de açucar: Originaria da Índia, aclimatada na Ilha da Madeira pelo Infante D. Henrique e logo
trazida para o Brasil. Em 1526, Duarte Coelho, ao chegar a Pernambuco, iniciou a plantação de cana-de-açúcar e
construiu em Igarassu e Itamaracá os primeiros engenhos do Nordeste.
- O açúcar era considerado especiaria. A partir de 1526 seu cultivo se estendeu pelo litoral, de Natal ate Santos.
- Presença holandesa
● Vendiam escravos
● Tomaram conta do nordeste por 25 anos (1625-1654)
● Controlou o comercio do açúcar e tinha o privilegio da comercialização dos escravos requisitados para
trabalhar nos engenhos.
- A partir de 1650, com o inicio da formação de uma camada social urbana e com a queda do preço internacional
do açúcar, pela concorrência das colônias do Caribe inicia-se o declínio. No século XIX os engenhos se adaptam a
novas técnicas como a máquina de vapor e outros cultivos como o café
1. A casa forte
- Antecedeu os engenhos
- Rural
- Defesa do território
● A casa da Torre de Garcia d’Ávila, Bahia
- Transição gótico- renascimento
- Iniciada por Diogo Álvares Correia
- Sede de extenso morgado onde foi iniciada a pecuária do nordeste
- Construção de pedra e cal em estilo manuelino
2. Engenhos
- 1532
- Mecanismo utilizado para moer cana
- A produção do açucar:
● Moenda
● Cozido do caldo
● Clarificação ou purga
● Embalagem
- As mudanças tecnológicas e sociais modificam os engenhos
- Com a apertura dos portos em 1808 entram as máquinas de vapor que passam a ser utilizadas nos engenhos
- Na metade do século XIX generaliza-se o cultivo de outros produtos mais rentáveis como o café
- O fim da escravatura é o fim do engenho
- Ate 1650 a vida urbana do Brasil colonial era incipiente e intermitente. Os engenhos tinham autonomia e auto-
suficiência
- Implantação: os engenhos se localizavam perto de cursos de água para aproveitar a energia hidráulica e dos
matos para obter lenha para as fornalhas
- Por extensão, define-se também ao conjunto de arquitetura rural das fazendas
açucareiras composto pelos seguintes edifícios:
Residência dos senhores: térreo é área de serviço, depósitos, oficinas e senzala e o sobrado é a residência da
família. Tem acesso direto do exterior por escada externa, ligada à varanda. As paredes são caiadas e soalho de
tábuas largas (30 cm)
● Capela
● Moita ou fábrica
● Senzala
●
1. Engenhos do nordeste:
- Mais refinados
- Componentes bem separados
● Podem estar em 2 ou 3 blocos
2. Engenhos do sudeste:
- Compactos – todas as dependências no mesmo teto
- Menos recursos
Arquitetura bandeirista
-1611-1727: Ciclo bandeirante: caça de índios e ataques às Missões do Guairá
● Urbano: expansão para o norte e oeste (mineração) e sul (tropeiros)
● Arquitetônico: consolidação do tipo de casa rural: casa bandeirista
- A descoberta de ouro na região de Minas (1690) impulsiona o desenvolvimento urbano de São Paulo e a
expansão ao oeste, motivada pelas jazidas de Cuiabá e Mato Grosso e o tropeirismo ao sul
- Caçavam os guaranis pois estavam mais adaptados ao “homem branco”
- Norte/oeste: mineração
- Sul: tropeiros
- Fundação de São Paulo: 1554
● No século XVII, pobre e isolada
● Fundação do colégio jesuíta
- Formação de bandeiras da região de SP
- A situação do aglomerado de São Paulo no planalto facilitou a abertura de vias de penetração dos bandeirantes e
viria a originar arraiais ao longo dos caminhos
1. As casas bandeiristas
- É uma residência rural típica de São Paulo no tempo dos bandeirantes
- O mobiliário geralmente é escasso e pobre: redes de dormir, bancos, poucas cadeiras, mesas e baús de madeira
- Hoje estão catalogadas e devidamente tombadas 38 casas bandeiristas em SP. Doze delas na capital.
- Técnica construtiva: taipa
- Quadrado com espaço central
- Telhado de 4 águas sem tesoura
- Beirais amplos quase horizontais
- Casa elevada, protegendo-a de enchentes
- Capela e casa dos hóspedes afastadas
- Predominância dos cheios (poucas janelas)
- Corredor central
- Sem cozinha nem banheiro dentro da casa
- Referências paladianas
- O programa das casas bandeiristas segundo Luís Saia:
● Inteira separação da família e trabalho;
● Criação de uma faixa composta de alpendre, capela e quarto de hóspede e outra separada para residência
familiar, organizada em torno de uma sala;
● Em consequência do partido adotado surge o esquema
● construtivo:
- escolha de uma plataforma plana;
- desenvolvimento da planta dentro de um retângulo;
- paredes de taipa constituindo ao mesmo tempo vedação
e estrutura;
- aproveitamento do forro dos quartos para compartimento
de uso variável;
- telhado de quatro águas, com cobertura de telha decanal
Segunda etapa:
- Crescimento dos aglomerados + “conurbação”
Terceira etapa:
-Classes mais definidas
Quarta etapa:
- Decadência das cidades
- Transferência do centro econômico para BH
Casa rural no RJ
- Fazendas de café do RJ: grandes
O neoclassicismo no Brasil
- Na França, é a manifestação arquitetônica do Iluminismo
- Fim dos absolutismos>democracia
- Surgimento da arqueologia e estudo da arquitetura clássica
- Surgiu em oposição ao barroco
- Arquitetura mais racional
- Ensino na arquitetura com esquemas pré-estabelecidos
- 1808: Abertura comercial dos portos – fim do monopólio
- 1816: Chegada da Missão Francesa – Pintores, escultores e o Arquiteto Auguste Grandent de Montini
- Montigny difundiu o neoclassicismo no Brasil
- Presença de engenheiros militares
- Aumento da população do RJ devido à vinda da corte>demandou transformações na cidade
Art Nouveau
- Arte nova, Jugendstil (Alemanha), Liberty (Itália), Modernismo catalão
- Reação à Revolução industrial: materiais industrializados trabalhados artesanalmente
- Relação com Arts & Crafts – valorização do trabalho manual e inspiração na natureza
- Design integral: arquitetura, artes aplicadas, artes gráficas
- Belle Époque (1870-1914)
1. O neocolonial
- Conjunto de experiências artísticas surgidas durante as primeiras décadas do século XX, em todo o continente
americano, incluídos os Estados Unidos, (no sul, onde houve a presença colonial espanhola)
- Elas têm em comum:
• a origem local;
• a rejeição ao ecletismo e ao academicismo dominante na época;
• a pesquisa e a valorização das raízes coloniais e pré-colombianas
- Objetivo: identificar um legado próprio do passado, para a construção de uma linguagem formal autêntica. Foi o
primeiro processo cultural de dimensão continental surgido na América com uma relativa autonomia em relação à
Europa.
- Para Carlos Lemos, o Neocolonial no Brasil, foi a reconciliação e reafirmação da raiz ibérica como contrapesos aos
processos de imigração do começo do século.
- Eleição do barroco mineiro como síntese da identidade nacional, destacando-se a genialidade do Aleijadinho
como representante de uma cultura híbrida
“Na década de 1940, duas escolas já eram observadas no cenário brasileiro – a carioca e a paulista. As diferenças
entre tais escolas são de diversas ordens: das referências – mais americanas para os paulistas e mais europeias
para os cariocas; das relações que o edifício estabelece com a cidade – mais introspectivas para os paulistas e mais
extrovertidas para os cariocas; e das soluções formais encontradas – mais contidas entre os paulistas e mais
escultóricas entre os cariocas”
Brasília
- 1761 – Marquês de Pombal, então primeiro-ministro de Portugal, propunha mudar a capital do império
português para o interior do Brasil Colônia
- 1891 – Primeira constituição republicana, nela havia um dispositivo que previa a mudança da Capital
Federal do Rio de Janeiro para o interior do país, determinando como "pertencente à União, no Planalto
Central da República, uma zona de 14.400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada,
para nela estabelecer-se a futura Capital Federal"
- 1922 - Ano do Centenário da Independência do Brasil, o Deputado Americano do Brasil apresenta um projeto à
Câmara incluindo entre as comemorações a serem celebradas o lançamento da Pedra Fundamental da futura
Capital, no Planalto Central.
- 1955 - Eleito presidente, Juscelino estabeleceu a construção de Brasília como "meta síntese" de seu "Plano de
Metas"
● Escala monumental = capital
● Escala residencial = superquadras, gabarito de 6 pavimentos, chão livre c/pilotis
● Escala gregária = espaço social
● Escala bucólica = áreas livres arborizadas ou guardando a cobertura vegetal nativa
Plano piloto: O projeto consistiu basicamente no Eixo Rodoviário (ou "Eixão") no sentido norte-sul, e Eixo
Monumental no sentido leste-oeste. A criação arquitetônica dos monumentos centrais foi designada a Oscar
Niemeyer. O Eixo Rodoviário é formado pelas asas Sul e Norte e pela parte central, onde as asas se encontram sob
a Rodoviária do Plano Piloto. As asas são áreas compostas basicamente pelas superquadras residenciais, quadras
comerciais e entrequadras de lazer e diversão (onde há também escolas e igrejas). O Eixo Monumental é composto
pela Esplanada dos Ministérios e pela Praça dos Três Poderes, a leste; a rodoviária, os setores de autarquias,
setores comerciais, setores de diversão e setores hoteleiros em posição cêntrica; a torre de televisão, o Setor
Esportivo (hoje denominado Complexo Poliesportivo Ayrton Senna, onde estão o Ginásio Nilson Nelson, o Estádio
Mané Garrincha e o Autódromo Nelson Piquet) e a Praça do Buriti, a oeste. A sede do governo do Distrito Federal,
localizada na Praça do Buriti, deveria ter suas funções administrativas transferidas do Palácio do Buriti para a
região administrativa de Taguatinga até 2010, o que não ocorreu.
Escola paulista
NO CADERNO
Arquitetura contemporânea
1.Continuidade da Escola Carioca: Niemeyer maduro (Museu de Arte de Niteroi)
2.Continuidade da Escola Paulista: Paulo Mendes da Rocha (MUBE)
3.Expressividade - Formal: Rui Othake - Tecnológica (edifício Bernini)
4. Compromisso com a história e o lugar: inserções contemporâneas em preexistências
5. Reafirmação de Identidades regionais e uso de tecnologias locais: Severiano Porto (Amazonas), Acacio Borsoi
(Pernambuco) Vital M. Pessoa de Melo (Pernambuco)
6. Compromisso com a sustentabilidade e o uso racional da energia