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Novo Manual para

Laboratórios
Sucroalcooleiros

Celso Caldas
SUMÁRIO

Cap. 01 - Sistema de pagamento de cana ----------------------------------------------- 05


Cap. 02 - Qualidade da matéria prima -----------------------------------------------------18
Cap. 03 - Moagem ------------------------------------------------------------------------------ 30
Cap. 04 - Caldos -------------------------------------------------------------------------------- 47
Cap. 05 - Xarope -------------------------------------------------------------------------------- 82
Cap. 06 - Massas e Magma ------------------------------------------------------------------ 89
Cap. 07 - Méis ----------------------------------------------------------------------------------- 94
Cap. 08 - Licor ----------------------------------------------------------------------------------- 111
Cap. 09 - Açúcar -------------------------------------------------------------------------------- 115
Cap. 10 - Torta ---------------------------------------------------------------------------------- 154
Cap. 11 - Lodo e controle dos filtros ------------------------------------------------------- 159
Cap. 12 - Mosto --------------------------------------------------------------------------------- 163
Cap. 13 - Vinho e fermento ------------------------------------------------------------------ 168
Cap. 14 - Óleo fúseo -------------------------------------------------------------------------- 178
Cap. 15 - Álcool de segunda ---------------------------------------------------------------- 180
Cap. 16 - Vinhaça e flegmaça --------------------------------------------------------------- 182
Cap. 17 - Álcool --------------------------------------------------------------------------------- 185
Cap. 18 - Métodos por absorção atômica ------------------------------------------------ 211
Cap. 19 - Método cromotográficos --------------------------------------------------------- 225
Cap. 20 - Águas industriais ------------------------------------------------------------------ 232
Cap. 21 - Águas potáveis --------------------------------------------------------------------- 252
Cap. 22 - Águas residuais e efluentes industriais -------------------------------------- 271
Cap. 23 - Águas de irrigação ---------------------------------------------------------------- 291
Cap. 24 - Métodos microbiológicos -------------------------------------------------------- 295
Cap. 25 - Insumos ------------------------------------------------------------------------------ 308
Cap. 26 - Compostos orgânicos ------------------------------------------------------------ 317
Tabelas -------------------------------------------------------------------------------------------- 324

01
Apresentação

Em 1998 vencemos um grande desafio que foi colocar à dis-posição do setor sucro-
alcooleiro nacional um manual de análises que contemplasse a grande maioria dos
Novo Manual para Laboratórios Sucroalcooleiros
Celso Silva Caldas controles analíticos realizados pelas usinas, destilarias e laboratórios do setor. Não
Abril de 2011 foi fácil agrupar tais análises e atualizá-las, buscando sempre uma linguagem aces-
sível aos analistas, não esquecendo os textos originais, ou seja, suas referências.
José Robério e Maria Rosa Lobo
Revisão
Passados mais de dez anos da publicação do Manual de Aná-lises Selecionadas
Estúdio Zero Pixel
para Indústria Sucroalcooleira perce-bemos a urgente necessidade de publicar
Capa, projeto gráfico e diagramação
uma nova edição daquele Manual, agora mais direcionado aos controles diários
das Unidades Produtoras.

Ficha Catalográfica
Assim, surge esta edição que preferimos chamá-la de Novo Manual para Labora-
L732m Caldas, C. S. tórios Sucroalcooleiros. Mudamos o nome porque neste Novo Manual foram re-
Novo Manual para Laboratórios Sucroalcooleiros Maceió. 1 ed. Maceió: Moura
Ramos, 2011. tirados alguns ca-pítulos existentes no primeiro, como por exemplo, os métodos
de análises de solos e fertilizantes, e, por outro lado, introduzidos capítulos novos
697 p. il. 17 x 25 cm.
como o que trata do atual sis-tema de pagamento de cana, além de novas metodo-
ISBN 978-85-62030-09-3 logias em praticamente todos os demais capítulos.
Atualização de: Manual de Análises Selecionadas para Indústrias Sucroalcoolei-
ras. 1. ed. Maceió: Gráfica Bom Conselho, 1998. v. 1000. 424 p. Esperamos que este Novo Manual tenha a mesma aceitação do primeiro e que con-
1.Química – Alagoas. 2. Indústrias. 3. Análises. I. Título. tinue contribuindo para o crescimento dos profissionais dos laboratórios das uni-
dades sucroalcoo-leiras, participando assim do avanço tecnológico das indús-trias
CDU – 913(813.5) do açúcar e do álcool no Brasil.

Gráfica Moura Ramos


Rua Rodrigues de Aquino, 741
Jaguaribe / João Pessoa - PB Celso Silva Caldas
CEP 58.015-040
Tel.: (82) 3337-5290
E-mail: grafica.al@mouraramos.com.br

02
Sumário

Agradecimentos........................................................................................................................... 01

Introdução...................................................................................................................................... 02

Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana................................................................... 03

Capítulo 02 - Matéria Prima...................................................................................................... 04

Capítulo 03 - Moagem................................................................................................................ 05

Capítulo 04 - Caldos.................................................................................................................... 06

Capítulo 05 - Xarope.................................................................................................................... 07

Capítulo 06 - Massas e Magma................................................................................................ 08

Capítulo 07 - Méis......................................................................................................................... 09

Capítulo 08 - Licor........................................................................................................................ 10

Capítulo 09 - Açúcar.................................................................................................................... 11

Capítulo 10 - Torta........................................................................................................................ 12

Capítulo 11 - Lodo e Controle dos Filtros............................................................................ 13

Capítulo 12 - Mosto..................................................................................................................... 14

Capítulo 13 - Vinho e Fermento.............................................................................................. 15

Capítulo 14 - Óleo Fúsel............................................................................................................. 16

Capítulo 15 - Álcool de Segunda............................................................................................ 17

Capítulo 16 - Vinhaça e Flegmaça.......................................................................................... 18

Capítulo 17 - Álcool..................................................................................................................... 19

Capítulo 18 - Métodos por Absorção Atômica.................................................................. 20

Capítulo 19 - Métodos Cromatográficos.............................................................................. 21

Capítulo 20 - Águas Industriais................................................................................................ 22

Capítulo 21 - Águas Potáveis.................................................................................................... 23

03
Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais..................................................... 24

Capítulo 23 - Águas de Irrigação............................................................................................. 25

Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos............................................................................... 26

Capítulo 25 - Insumos................................................................................................................. 27

Capítulo 26 - Compostos Orgânicos...................................................................................... 28

Bibliografia ..................................................................................................................................... 29

Ao Grupo Tércio Wanderley e a Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do


Brasil – Setentrional, nos-so sincero agradecimento pela confiança e apoio finan-ceiro
para publicação deste livro.

A toda equipe técnica da Central Analítica por sempre estar ao nosso lado e permitir,
graças à sua competên-cia, que possa realizar trabalhos como esta edição.

À equipe da empresa ZeroPixel, pelo excelente trabalho de diagramação e arte deste


livro.

Ao sempre amigo José Robério Cavalcante da Silva pelo apoio e revisão de todas as
metodologias, inclusive na parte prática.

À querida amiga-irmã Maria Rosa Lobo pela edição e re-visão de todas as metodolo-
gias microbiológicas.

À esposa Abigail, aos filhos Amadeus e Aman e a toda família por sempre entenderem
os momentos de ausência quando estou no desenvolvimento de minhas atividades
profissionais.

04
Capítulo 01
Sistema de
Pagamento de
Cana

05
Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 11

Sumário

1.1 Introdução............................................................................................................................... 01

1.2 O atual sistema de pagamento de cana..................................................... 02

1.3 Parâmetros tecnológicos.................................................................................. 03

1.3.1 Amostragem...................................................................................... 04

1.3.2 Preparo da amostra......................................................................... 05

Determinação do índice de preparo........................................ 06

1.3.3 Extração do caldo e determinação do PBU............................ 07

1.3.4 Brix % caldo....................................................................................... 08

1.3.5 Pol % caldo......................................................................................... 09

1.3.6 Pureza % caldo................................................................................. 10

1.3.7 Açúcares redutores % caldo........................................................ 11

Método Eynon – Lane.................................................................... 12

Método de Cálculo.......................................................................... 13

1.3.8 Açúcares redutores totais % caldo............................................ 14

1.3.9 Fibra % cana...................................................................................... 15

Método da prensa........................................................................... 16

Método Tanimoto............................................................................ 17

1.3.10 Brix % cana...................................................................................... 18

1.3.11 Pol % cana........................................................................................ 19

1.3.12 Pureza % cana................................................................................ 20

1.3.13 Açúcares redutores % cana....................................................... 21

1.3.14 Açúcares redutores totais % cana........................................... 22

1.3.15 Açúcares totais recuperáveis % cana .................................... 23

06
12 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 13

1.1. Introdução IAA estabelecia o controle de preços em função da concorrência entre o Sudeste e Nordeste
e das relações conflituosas entre usineiros e fornecedores de cana. No caso específico da
A participação do Estado na agroindústria da cana-de-açúcar é histórica e vem desde sua comercialização da cana, a Lei 4071 de 15 de junho de 1962 regulamentava o pagamento
implantação no Brasil através das Capitanias Hereditárias, principalmente a de São Vicente e de cana de açúcar.
de Pernambuco, respectivamente pertencentes a Martim Afonso de Souza e Duarte Coelho.
Nesta relação entre Estado e agroindústria muitas foram as diretrizes publicadas através de
decretos e leis, sendo iniciadas em 17 de dezembro de 1548 com o Regimento do Provedor 1.2. O atual sistema de pagamento de cana
Mor da Fazenda do Brasil, no Governo Tomé de Souza. Dois fatos marcaram mais acentuada-
mente a participação do Estado na relação de comercialização da cana: a Independência do Em 1991 o Governo Federal iniciou a liberação dos preços do setor da agroindústria da cana-
Brasil em 1822 e a revolução tecnológica mundial em 1870. -de-açúcar através da lei Nº 8.178 de 01 de março, sendo esta liberação concluída 1998. Este
fato levou a formação de um grupo técnico formado por representantes da Organização de
Com a Independência, o setor industrial da cana-de-açúcar absorveu inovações tecnológicas Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (ORPLANA) e da União da Indústria da
importantes que possibilitou um considerável crescimento no parque fabril, trazendo me- Cana-de-açúcar (UNICA). Deste grupo nasceu o Conselho Estadual de Produtores de Cana-
lhores desempenhos e aumentando os lucros dos então engenhos de açúcar. Foi assim que -de-açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (CONSECANA-SP) que elaborou normas
no início do século XIX surgiram os engenhos movidos a vapor. Com a revolução tecnológica e passou a coordenar as relações comerciais entre os fornecedores de cana e os produtores
no mundo, desencadeada em meados de 1870, os proprietários de engenhos denominados de açúcar e álcool envolvendo preços e parâmetros de qualidade.
“senhores de engenho” e a alta aristocracia do império se voltaram para novas e mais mo-
dernas situações de progresso tecnológico. Um dos fatores de maior relevância foi às cons- Para implantação do novo sistema de pagamento de cana nenhuma das etapas dos proces-
truções de ferrovias que possibilitaram maior rapidez no transporte da cana para a indústria, sos de amostragem, preparo e análise da cana foi alterada, o que contribui demasiadamente
além da ampliação da área cultivada. para o sucesso e aceitação do modelo atual.

Outra questão de extrema importância para o crescimento do setor nesta fase da história foi No que se refere à parte química, a alteração se baseou na substituição do parâmetro saca-
à participação do agricultor no contexto industrial da cana, que coincide com a abolição da rose pelos açúcares totais recuperáveis (ATR), o que provocou no início da implantação do
escravidão em 1888. Nesta época, os engenhos já haviam incorporado todas as inovações sistema algumas confusões com o parâmetro açúcares redutores totais (ART). Embora este
tecnológicas do setor e com isto se inicia uma nova fase na indústria açucareira brasileira sistema já exista há mais de dez anos, é sempre bom esclarecer a diferença entre ART e ATR.
com o surgimento dos “Engenhos Centrais”, precursores das atuais Usinas de Açúcar. Surge O ART é um parâmetro que contempla os açúcares redutores (AR) - na cana os principais
assim na então província do Rio de Janeiro o primeiro Engenho Central do Brasil, denomina- são glicose e frutose - e mais a sacarose convertida também em glicose e frutose, já que ela
do Engenho Central de Quissamã. Nesse novo tipo de empreendimento havia parceria entre é um dissacarídeo e pode ser transformada nesses dois monossacarídeos. Este parâmetro
indústria processadora e fornecimento de matéria prima pelo agricultor, e começa uma rela- ART pode ser analisado no caldo, ou calculado a partir da pol (sacarose aparente) e dos AR
ção entre usineiro e fornecedor de cana, existente até os dias atuais. (glicose e frutose) encontrados no caldo. Já o ATR é um cálculo que contempla os ART e as
perdas industriais das unidades produtoras, sendo hoje estabelecidos diferentes valores por
Em um passado não tão recente, o Governo Federal na busca de conceder uma maior pro- regiões e estados da federação. No valor da tonelada de cana, além da quantidade de ATR,
teção ao setor açucareiro brasileiro diante de uma serie de fatores que dificultava sua par- são consideradas as participações da matéria-prima nos custos de produção de açúcar e
ticipação no mercado mundial, e ainda em função da crise mundial de 1929, cria em 1933 álcool e ainda os preços destes produtos nos mercados internos e externos.
o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) com objetivo de estabelecer regras de economia
dirigida a este setor produtivo. Essa fase se desenvolveu até março de 1990, quando o go- Observa-se que com o novo sistema de remuneração da cana há a necessidade da determi-
verno do então presidente Fernando Collor de Melo resolveu extinguir o IAA, transferindo nação dos açúcares redutores (AR), visto que no sistema de pagamento pelo teor de sacarose
algumas de suas atribuições a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR), onde o Estado isto não era necessário. Este fato poderia se tornar um empecilho considerando tempo e
permaneceu controlando apenas as diretrizes básicas do setor. Entre tantas outras ações, o dificuldades para realização desta análise. Felizmente, para solucionar este inconveniente foi

07
14 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 15

elaborada uma equação de regressão relacionando os AR com as purezas dos caldos, sendo 1.3.1. Amostragem
obtida uma correlação de R2= 0,9484 para 314 dados. Nestes dados a pureza do caldo variou
de 69 a 93%, e a pol do caldo variou de 12,5 a 17,0%. Já que o Brix e a pol do caldo eram de- As coletas das amostras de cana nos caminhões serão feitas através de perfuração da carga,
terminados rotineiramente no antigo sistema não houve nenhuma dificuldade analítica na por sonda amostradora mecânica horizontal ou oblíqua, devendo estas estar situadas após a
implantação do cálculo a partir do ATR. balança de pesagem rodoviária, obedecendo aos seguintes critérios:

Por outro lado, a equação obtida para determinação do AR foi desenvolvida no estado de São • Para sonda amostradora mecânica horizontal serão retiradas amostras aleatórias sim-
Paulo e serviria apenas para implantação desse novo sistema. Cada estado deveria nos anos ples em 03 (três) pontos diferentes do carregamento, definidos por sorteio, que não
seguintes obter suas próprias equações dentro da realidade de suas variedades de cana; tipo poderão ter por coincidência o alinhamento vertical e/ou horizontal.
de solo; condições climáticas; etc. Atualmente já existem várias equações para determinação • Para sonda amostradora mecânica oblíqua serão retiradas até 02 (duas) amostras de
dos AR, sendo estas homologadas pelos CONSECANAS dos estados produtores. um mesmo local da carga.
• Em hipótese alguma poderá ser desobedecida a posição dos furos determinados no
Todas as considerações, inclusive de análises e fórmulas dos parâmetros de qualidade, estão sorteio.
mostradas nos itens a seguir. • O peso da amostra composta não poderá ser inferior a 10kg (dez quilogramas).
• É necessária que diariamente seja avaliada a situação da coroa dentada da sonda.
Quando esta apresentar baixa eficiência de corte (esmagamento da amostra) deverá
1.3. Parâmetros Tecnológicos ser trocada ou receber manutenção.
• A amostra coletada tem um prazo máximo de 06 (seis) horas para ser desintegrada
NOTAS: na forrageira. Decorrido este tempo a amostra deverá ser desprezada e considerada
Para efeito das análises dos parâmetros tecnológicos do sistema de pagamento de cana, “não analisada”.
alguns pontos devem ser rigorosamente observados, uma vez que fazem parte dos Manuais
de Normas e Procedimentos dos CONSECANAS dos vários estados e regiões produtoras de 1.3.2. Preparação da Amostra
cana-de-açúcar.
Uma vez coletadas as amostras, estas devem ser preparadas para análises. Este preparo é
Alguns desses itens são comuns a praticamente todos os CONSECANAS e, portanto estão realizado em desintegradores (forrageiras) que atendam as especificações técnicas dos fa-
citados a seguir: bricantes. O desintegrador deverá estar em perfeitas condições e possuir, no mínimo, um
jogo de facas, de contra-facas e de martelos para reposição. Esses equipamentos têm suas
• A temperatura da sala de análise do laboratório de pagamento de cana deverá estar performances avaliadas através da determinação do índice de preparo.
no intervalo de 18ºC a 25ºC.
• Os equipamentos do laboratório deverão ser aferidos no mínimo a cada turno e even- DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE PREPARO
tualmente quando houver necessidade por dúvidas nos resultados analíticos.
• A rede elétrica do laboratório deve estar dimensionada de modo a atender as especi- Técnica
ficações originais dos fabricantes de todos os equipamentos à plena carga operacio- • Desintegrar, no equipamento a ser avaliado, uma amostra de cana obtida em sonda
nal e possuir sistema de aterramento específico. Não deverão ser usadas extensões amostradora horizontal ou oblíqua;
em tomadas, a fim de evitar interferências nos equipamentos. • Homogeneizar a amostra desintegrada de forma manual ou usando betoneira;
• Os reagentes devem ser de qualidade p.a. (pró-análise) e de origem comprovada. • Transferir 500g desta amostra para o copo do extrator, também conhecido como di-
gestor;
• Adicionar 2.000mL de água destilada;
• Ligar e manter o digestor em agitação durante 15min;

08
16 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 17

• Resfriar e filtrar o extrato obtido em funil de tela de filtro rotativo usado na fabricação ser prensada e obtido o caldo. Decorrido este tempo a amostra deverá ser desprezada
do açúcar ou em algodão; e considerada “não analisada”.
• Clarificar, com sub-acetato de chumbo seco, octapol ou mistura clarificante à base de
alumínio, uma alíquota de 200mL do extrato filtrado e efetuar a leitura sacarimétrica 1.3.3. Extração do Caldo e Determinação do PBU
(L1);
• Transferir para os recipientes do aparelho de índice de preparo, também conhecido Técnica
como open cell, mais duas sub-amostras de 500g da mesma amostra preparada e • Pesar 500g da amostra preparada em balança analítica com legibilidade de até 0,5g e
homogeneizada; transferir para o cilindro da prensa, com auxílio de um pincel
• Adicionar a cada recipiente, 2.000mL de água destilada, ligar e manter o aparelho em • Prensar a amostra na prensa hidráulica durante 1 minuto a 250 Kgf/cm2 e coletar o
agitação por 15min; caldo em copo plástico, que servirá para as análises dos parâmetros tecnológicos do
• Clarificar, com sub-acetato de chumbo seco, octapol ou mistura clarificante à base de caldo
alumínio, uma alíquota de 200mL dos dois recipientes do aparelho; • Retirar o bolo úmido (bagaço prensado) e transferir para uma bacia plástica, pesar em
• Efetuar as leituras sacarimétricas das duas alíquotas clarificadas e calcular a leitura balança de precisão, anotando como PBU
média (Lm).
NOTAS:
Cálculos • O manômetro da prensa hidráulica deverá ser devidamente calibrado a cada safra por
empresa credenciada, para que a pressão sobre a amostra seja de 250 kg/cm2, cor-
respondente a 24,5 MPa (vinte e quatro e cinco décimo de megapascal). Recomenda-
Indice de Preparo = Lm x 100
L1 -se que as unidades possuem em seus laboratórios “células de carga” indicadas para
aferições diárias das prensas.
Onde: • Após a extração, o caldo terá um tempo máximo de 30min para realização das análi-
Lm Média das leituras sacarimétricas dos extratos obtidos com o aparelho para ses. Decorrido este tempo a amostra deverá ser desprezada e considerada não ana-
determinação do IP (open cell) lisada.
L1 Leitura sacarimétrica do extrato obtido com o extrator (digestor)
1.3.4 Brix % Caldo
NOTAS:
• Alguns CONSECANAS estabelecem valores para o índice de preparo das forrageiras, Determinação da percentagem de sólidos dissolvidos em solução, expressa em graus Brix,
estando estes entre 85 e 90%. por refratometria.
• A amostra desintegrada deverá ser colocada em uma lona para que seja efetuada sua
homogeneização. Algumas normas estabelecem que a cana disposta nesta lona deva Técnica
formar uma camada com altura máxima de até 20cm, onde se fará a coleta de aproxi- Filtrar cerca de 50mL da amostra em algodão, desprezando os primeiros filtrados;
madamente 5L de amostra em no mínimo 6 pontos distintos e aleatórios. Em seguida • Limpar os prismas do refratômetro com água destilada e enxugar com papel absor-
a amostra deverá ser encaminhada ao laboratório. A homogeneização das amostras vente;
também poderá ser feita através de uma betoneira. • Colocar algumas gotas da amostra entre os prismas do refratômetro e fazer a leitura
• Um fato de extrema importância para a desintegração das amostras é a posição da do Brix.
contra-faca do desintegrador que deverá estar regulada a uma distância de 2 ± 0,5mm
(dois milímetros, mais ou menos, meio milímetro). As facas e as contra-facas deverão OBSERVAÇÃO:
estar sempre afiadas, não devendo apresentar bordas onduladas e arredondadas. Caso o refratômetro não seja equipado com compensador automático de temperatura, me-
• Após a amostra ser preparada, ou seja, passada na forrageira terá, no máximo, 1h para dir a temperatura da solução e consultar a tabela 1A.

09
18 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 19

Cálculos 1.3.5 POL % Caldo

Brix % caldo = leitura do refratômetro Determinação da concentração de sacarose aparente expressa em percentagem, por pola-
rização.
NOTA:
São recomendados pelos Conselhos de Pagamento de Cana que sejam feitos Testes de Line- Reagentes e soluções
aridade do refratômetro. Estabelece-se que a “saída da linearidade” sobre qualquer parte da
faixa até 30ºBrix, não deverá exceder a mais ou menos 0,1ºBrix. NOTA:
Em algumas regiões do Brasil não é mais permitida à utilização do sub-acetato de chumbo
Técnica do teste de linearidade para refratômetro seco, sendo somente recomendados para clarificação do caldo a mistura clarificante e o oc-
• Preparar soluções padrões de sacarose, respeitando intervalos de 10ºBrix e cobrindo a tapol. Diante desta situação, citamos os preparos destes três reagentes.
faixa de 0º a 30ºBrix. Podem ser as seguintes concentrações: 0, 10, 20 e 30ºBrix.
• Efetuar 5 (cinco) leituras de cada solução Subacetato de chumbo seco, em pó: O sub-acetato de chumbo em pó a ser usado na clari-
• Calcular a média das 5 (cinco) leituras de cada solução e comparar com o valor em ficação do caldo deverá possuir as seguintes especificações:
ºBrix esperado, para cada solução, interpolando linearmente os extremos da faixa
• Chumbo total (como PbO) mínimo 75g/100g
Exemplo • Chumbo básico (como PbO) mínimo 33g/100g
• Aparelho: refratômetro • Perda por secagem (2 horas a 105ºC) máximo 1,5g/100g
• Solução: 10ºBrix • Material insolúvel em água máximo 2,0g/100g
• Leituras: 10,1; 10,2; 10,0; 10,1; 10,0ºBrix • Material insolúvel em ácido acético máximo 0,05g/100g
• Média das leituras: 10,1ºBrix • Cloreto (como Cl) máximo 0,0005g/100g
• Valor esperado: média entre o maior e o menor valor = (10,0 + 10,2)/2 = 10,1ºBrix • Substâncias não precipitadas por H2S máximo 0,03g/100g
• Calcular a média das diferenças e comparar com o valor especificado de, mais ou me- • Cobre (como Cu) máximo 0,005g/100g
nos, 0,10ºBrix • Ferro (como Fe) máximo 0,005 g/100g
• Nitrato (como NO3) para o teste limite máximo 0,003 g/100g
A linearidade esperada é a seguinte: • Granulometria:
75% devem passar pela peneira 115 mesh tyler
N° Leitura - Interpolação = Diferença 100% devem passar pela peneira 35 mesh tyler
1 10,1 - 10,1 = 0,0
2 10,2 - 10,1 = 0,1 A análise química e granulométrica do sub-acetato de chumbo em pó deve obedecer aos
3 10,0 - 10,1 = -0,1 procedimentos descritos em:
4 10,1 - 10,1 = 0,0
5 10,0 - 10,1 = -0,1 • Scheneider, F. (ed) “Sugar Analysis ICUMSA Methods”. ICUMSA, 1979 – 265 p.
Média -0,02º • Clayton, J.L. “System of Cane Sugar Factory Control”, 3ª ed., Brishane, ISSCT, 1971,
p.61.
• Repetir o procedimento para as outras faixas de Brix
Quando for utilizado este reagente, a relação mínima deve ser de 1,5g/100mL de caldo, po-
dendo ser utilizado o agitador eletromagnético por 30seg e/ou mixer para homogeneização
do clarificante.

10
20 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 21

Mistura clarificante: Outro procedimento para clarificação do caldo é a utilização da mistura Técnica
clarificante que é preparada à base de alumínio. A quantidade recomendada desta mistura • Tomar cerca de 200mL da amostra
para clarificação do caldo deve ser no mínimo 6g/100mL de caldo. Os componentes para • Clarificar o caldo de acordo com as recomendações do clarificante
elaboração desta mistura são: • Filtrar em papel de filtro sobre o funil
• Fazer a leitura sacarimétrica em tubo de 200mm e anotar a temperatura da solução
• Cloreto de alumínio hexa-hidratado p.a (pró-análise) com pureza igual ou maior de • Na tabela 2, encontrar o fator de correção de temperatura
90% • Com auxílio do Brix, encontrar na tabela 3 o fator de polarização
• Hidróxido de cálcio p.a (pró-análise) ou pureza igual com maior de 95%
• Auxiliar de filtração: Como este produto não interfere nas reações de clarificação do Cálculos
caldo pode ser usado os seguintes produtos:
• Celite nuclear 545 Pol%caldo = Ls × Ft × Fp
• Celite Hyflo Supercel
• Perfiltro 443 Onde:
• Fluitec M10 e M30 Ls Leitura sacarimétrica da amostra clarificada à base de sub-acetato de chumbo
Ft Fator de correção da temperatura (Tabela 2)
Para utilização desta mistura os componentes devem ser homogeneizados na proporção de Fp Fator de polarização (Tabela 3)
1:2:4, respectivamente, hidróxido de cálcio; cloreto de alumínio hexa-hidratado e auxiliar de
filtração. Considerando o preparo de 1000g do auxiliar de filtração pesar e homogeneizar as NOTAS:
seguintes quantidades: A correção da temperatura também poderá ser feita pela expressão:

1 parte de hidróxido de cálcio 143 g Lc = Ls × (1 + 0,000255 (T-20) )


2 partes de cloreto de alumínio hexa-hidratado 286 g
4 partes de auxiliar de filtração 571 g Onde:
Total 1.000g Lc leitura sacarimétrica corrigida à temperatura de 20°C
Ls leitura sacarimétrica da amostra clarificada à base de sub-acetato de chumbo
NOTAS: T temperatura do laboratório
• A homogeneização da mistura deve ser feita em homogeneizador tipo tambor ro-
tativo, já existente no mercado para esta finalidade, ou outro similar que promova a Caso não sejam utilizadas tabelas, calcular a pol % caldo de acordo com as fórmulas dos
mistura sem deixar aglomerados. CONSECANAS.
• A mistura clarificante deve ser homogenia e preparada diariamente para evitar re-
dução do poder de clarificação em conseqüência da higroscopicidade do cloreto de Cálculos
alumínio.
Pol % caldo = LPb × (0,2605 - 0,0009882 × Brix % caldo)
Octapol: Este produto substitui o sub-acetato de chumbo seco e sua utilização, para testes,
foi oficializada através da Circular 03/02 de 15 de maio de 2002 do CONSECANA SP: Pro- Onde:
cedimentos para o Uso do Octapol nas Análises Tecnológicas da Indústria Sucroalcooleira. LPb leitura sacarimétrica da amostra clarificada à base de sub-acetato de chumbo
Através dos testes foram definidas as quantidades a serem usadas nas análises e a equação
de correção da leitura sacarimétrica. NOTA IMPORTANTE:
As transformações da leitura sacarimétrica com a mistura carificante à base de alumínio e da

11
22 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 23

leitura sacarimétrica à base de octapol para leituras equivalentes à base de subacetato de -se, neste caso, o valor da leitura sacarimétrica por 2 (dois)
chumbo serão feitas pelas expressões:
São recomendados pelos Conselhos de Pagamento de Cana que sejam feitos Testes de Line-
Clarificação com mistura clarificante à base de alumínio aridade do sacarímetro. Estabelece-se que a “saída da linearidade” sobre qualquer parte da
LPb = 1,00621 × LAl + 0,05117 faixa até 100ºZ, não deve exceder, mais ou menos, 0,03ºZ.

Onde: Procedimentos preliminares


LAl leitura sacarimétrica da amostra clarificada com clarificante à base de alumínio • Verificar a montagem correta e limpeza interna do tubo e das pastilhas de vidro do
tubo sacarimétrico;
Assim sendo, a equação completa para o cálculo da pol % cana passa a ser a seguinte: • Verificar o ponto “0” (zero) ao ar e corrigi-lo caso o valor seja superior a, mais ou me-
nos, 0,02 ºZ;
Pol % caldo = (1,00621 × LAl + 0,05117) × (0,2605 - 0,0009882 × Brix%caldo) • Efetuar a calibração do ponto “0” (zero) com água destilada, tomando-se o cuidado
para não formar bolha de ar no tubo sacarimétrico;
Clarificação com octapol: • Fazer a leitura com placas de quartzo padrão, de valores conhecidos e, quando possí-
vel, calibrados por instituição credenciada;
LPb = 0,99879 × Loctapol + 0,47374 • Se necessário, efetuar ajuste da placa;
• Efetuar as leituras sacarimétricas com as soluções padrões, verificando, desta forma, a
Onde: linearidade e a repetitividade.
Loctapol leitura sacarimétrica da amostra clarificada com octapol
Técnica para o teste de linearidade do sacarímetro
Assim sendo, a equação completa para o cálculo da pol % cana passa a ser a seguinte: • Estabelece-se que a “saída da linearidade” sobre qualquer parte da faixa até 100ºZ não
deve exceder, mais ou menos, 0,03ºZ;
Pol%caldo = (0,99879 × Loctapol + 0,47374) × (0,2605 × 0,000982 × Brix%caldo) • Prepara-se soluções de sacarose com intervalos de 25ºZ, cobrindo a faixa de 0 a 100º.
NOTAS: Podem ser as seguintes concentrações 0, 25, 50, 75 e 100ºZ;
• As leituras sacarimétricas dos caldos clarificados deverão ser determinadas em sacarí- • Efetua-se 05 (cinco) leituras de cada solução, utilizando o mesmo tubo sacarimétrico;
metro digital, automático, com peso normal igual a 26g, resolução de 0,01ºZ e calibra- • Calcula-se a média das 05 (cinco) leituras de cada solução e compara-se com o valor
do a 20ºC, em comprimento de onda de 587 e 589,4nm provido de tubo polarimétrico em ºZ esperado para cada solução, interpolando linearmente entre os extremos da
de fluxo contínuo, e com saída para impressora e/ou registro magnético de dados. faixa.
• Na clarificação do caldo extraído poderá ser utilizado Erlenmeyer graduado de 250mL
com rolha de borracha, para proceder à agitação vigorosa. Deverá, também, procurar Exemplo
utilizar o volume mínimo de 150mL de caldo. • Aparelho: sacarímetro
• Caso não se consiga a clarificação do caldo com o uso das quantidades recomen- • Solução: 25ºZ
dadas, os seguintes procedimentos devem ser tomados, na ordem de preferên- • Leituras: 25,01; 25,01; 25,02; 25,02 e 25,04ºZ
cia assinalada: • Valor esperado: média entre o maior e o menor valor
• Refiltragem do caldo clarificado (25,01 + 25,04) ÷ 2 = 25,03ºZ
• Repetição da análise, desde a clarificação do caldo, ainda disponível, ou nova • Calcular a média das diferenças e comparar com o valor especificado de, mais ou me-
extração de caldo nos, 0,03ºZ.
• Diluição do caldo extraído, na proporção de 1 (uma) parte de caldo para 1 (uma)
parte de água destilada, volume/volume, e posterior clarificação, multiplicando-

12
24 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 25

A linearidade esperada é a seguinte: 1.3.6 Pureza % Caldo

N° Leitura - Interpolação = Diferença Determinação da pureza do caldo expressa em percentagem, através de cálculos.
1 25,01 - 25,03 = -0,02
2 25,01 - 25,03 = -0,02 Cálculos
3 25,02 - 25,03 = -0,01
4 25,02 - 25,03 = -0,01 (pol%caldo)
Pureza%caldo = x 100
(Brix%caldo)
5 25,04 - 25,03 = +0,01
Média -0,01º
1.3.7 Açúcares Redutores % Caldo
• Repetir o procedimento para as demais soluções
Determinação da concentração, em percentagem volume e percentagem peso, de açúcares
Algumas literaturas citam um teste de consistência a partir da leitura sacarimétrica esperada redutores utilizando os métodos Eynon-Lane e calculado, de acordo com manuais do CON-
realizada em tubos de 200mm, utilizando uma equação de regressão. O valor da leitura sa- SECANA.
carimétrica obtido não deve diferir mais do que 5oS. Estas equações não podem substituir
as análises convencionais e servem apenas para avaliação dos laboratórios ou para validar NOTA:
dados digitados. No capítulo 04 – Caldo está citado o método de determinação de AR por Somogy-Nelson

Para análises de colmos inteiros, limpos e despontados: Método Eynon - Lane


LSesp = (-0,1246 × B^2 + 10,0001 × B-75,973)
Reagentes e Soluções
Onde:
LSesp leitura sacarimétrica esperada Açúcar invertido, solução estoque a 1%: Pesar 9,5g de sacarose p.a. (ou, açúcar granulado)
B Brix % caldo e transferir para balão volumétrico de 1.000mL, com o auxílio de, aproximadamente, 100mL
de água destilada e agitar até dissolução dos cristais. Acrescentar 5mL de ácido clorídrico
Para análises de amostras coletadas em sonda durante as safras concentrado, p.a. e homogeneizar. Fechar o balão e deixar em repouso por 3 dias (72h), à
de 1983 a 1998 no estado de São Paulo: temperatura de 20º- 25ºC, para permitir completa inversão da sacarose. Após completar os
LSesp = (-0,1404 × B2 + 10,172 × B-74,812) 3 dias, elevar o volume até próximo a 800mL. Agitar. Dissolver, separadamente, 2g de ácido
benzóico (preservativo da solução) em 75mL de água destilada aquecida à 70ºC e transferir
Onde: para o balão contendo a solução invertida, completar o volume e homogeneizar. Armazenar
LSesp leitura sacarimétrica esperada a solução invertida em frasco âmbar.
B Brix % caldo
Açúcar invertido, solução a 0,2%: Pipetar 50mL da solução estoque de açúcar invertido a
NOTA: 1% e transferir para balão volumétrico de 250mL. Adicionar 3 a 4 gotas de solução indicado-
As determinações do Brix e da Pol do caldo extraído poderão também ser determinadas uti- ra de fenolftaleína e, sob agitação, adicionar lentamente uma solução 1N de NaOH até leve
lizando um sistema analítico por espectro-fotometria, por Infravermelho Próximo (NIR), após coloração rosa, a qual deverá ser, posteriormente, eliminada pela adição de 1 ou 2 gotas da
definição e validação das curvas de calibração. solução de HCl 0,5N. Completar o volume com água destilada e homogeneizar.

Solução indicadora de azul de metileno a 1%: Pesar 1g de azul de metileno e transferir para

13
26 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 27

balão volumétrico de 100mL com, aproximadamente, 60mL de água destilada. Dissolver e deverá ser adicionado; caso contrário, se o gasto for maior, a solução estará concen-
completar o volume e agitar. Transferir esta solução para frasco conta-gotas. trada e deverá ser diluída com água destilada;
• O fator de correção do licor de Fehling será calculado pela fórmula:
Solução de EDTA a 4%: Pesar 20g de EDTA e transferir para balão volumétrico de 500mL,
com água destilada. Solubilizar e completar o volume. Armazenar em frasco âmbar, com (25,64)
F=
tampa rosqueável. V
Solução A, de Fehling: Pesar 69,5g de sulfato de cobre pentahidratado p.a. e transferir para
balão volumétrico de 1.000mL. Adicionar, aproximadamente, 500mL de água destilada e dis- Onde:
solver o sal. Completar o volume e homogeneizar. Armazenar em frasco âmbar, com tampa F Fator do licor de Fehling;
rosqueável. V Volume gasto (mL).

Solução B, de Fehling: Pesar 346g de tartarato de sódio e potássio, em béquer de 1.000mL. NOTAS:
Adicionar, aproximadamente, 350mL de água destilada e dissolver o sal. Pesar 100g de hidró- • Um fator aceitável deverá estar entre 0,9975 a 1,0025. Recomenda-se conferir pelo
xido de sódio em béquer de 600mL. Adicionar, aproximadamente, 250mL de água destilada menos uma vez por semana.
e dissolvê-lo mantendo o béquer em banho de água corrente. Transferir, quantitativamente, • Outras concentrações da solução de açúcares invertidos podem sem usadas, mudan-
as duas soluções para balão volumétrico de 1.000mL. Resfriar até à temperatura ambiente, do os valores da fórmula do fator de correção.
homogeneizar e completar o volume. Armazenar em frasco âmbar, com tampa rosqueável.
Técnica
NOTA IMPORTANTE: • Filtrar a amostra de caldo em algodão para eliminar as partículas em suspensão;
Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação, • Diluir a amostra, em volume ou em peso, visando a consumir na titulação um volume
como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro- em torno de 35mL, de maneira a reduzir os erros de análise;
cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus • No quadro a seguir, indicam as diluições que podem ser realizadas;
respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás- • A quantidade de EDTA deve ser adicionada antes de completar o volume a 100mL.
sicos das análises titrimétricas.
Volume do Caldo Volume do EDTA Fator de Diluição
Padronização do licor de Fehling 10 2 10
• Transferir, com o auxílio de pipetas volumétricas, para erlenmayer de 250mL, 5mL da 20 4 5
solução de Fehling B e 5mL da solução de Fehling A; 25 5 4
• Colocar algumas pérolas de vidro no erlenmayer; 50 10 2
• Encher a bureta de Mohr, de 50mL, com a solução de açúcar invertido a 0,2%;
• Aquecer a mistura até atingir a ebulição e cronometrar, exatamente, 2 minutos, man- • Transferir, com auxílio de pipetas volumétricas para Erlenmeyer de 250 mL, 5 mL da
tendo o líquido em ebulição constante; solução de Fehling B e 5mL da solução de Fehling A;
• Adicionar 3 a 4 gotas da solução de azul de metileno; • Colocar algumas pérolas de vidro;
• Continuar a titulação, adicionando, gota a gota, a solução contida na bureta, até com- • Transferir para a bureta 15 mL da solução e aquecer a mistura até a ebulição que deve
pleta eliminação da cor azul; o tempo total, desde o início da bulição até o final da ser conseguido em 2min e 30seg;
titulação deve ser de 3 minutos; • Se não ocorrer mudança de cor na solução, indicando que o licor de
• Anotar o volume gasto (V); • Fehling não foi reduzido, deve-se adicionar mais solução da bureta até que a cor ori-
• Confirmar o resultado repetindo a titulação; ginal desapareça, tornando-se a mistura de cor vermelho tijolo;
• Se o volume gasto for menor que 25,64mL, a solução de cobre estará diluída e mais sal • Anotar o volume gasto (V), como valor aproximado da titulação;

14
28 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 29

• Repetir as mesmas operações, adicionando no Erlenmeyer, além do licor de Fehling, o Onde:


((m×S×V))
volume da solução consumido na titulação anterior, menos 1 mL (V1); S Quantidade de sacarose contida na amostra =
(10.000)
• Aquecer a mistura até a ebulição e então cronometrar, exatamente, 2min, mantendo V Volume gasto corrigido
o líquido em ebulição constante; m Massa de caldo em 100mL da solução a titular
• Adicionar 3 a 4 gotas da solução de azul de metileno;
• Completar a titulação, gota a gota, até completa eliminação da cor azul; MÉTODO DE CÁLCULO
• O tempo total, desde o início da ebulição até o final da titulação deve ser de 3 minu-
tos, no máximo; NOTA:
• Anotar o volume gasto na bureta e fazer a correção com o fator do licor de Fehling, Nas normas dos CONSECANAS se encontra o cálculo dos açúcares redutores no caldo a partir
anotando-o como V. de sua pureza, usando equações matemáticas. Não serão citadas todas estas fórmulas por-
que diferem para cada estado produtor e constantemente são atualizadas. A título de ilustra-
Cálculos ção abaixo será mostrada a equação utilizada para o estado de Alagoas na safra 2010/2011:
Percentagem em volume: Cálculos

(((f×t)))
AR = Acucares Redutores%caldo = 3,3459 - 0,02871 × Pureza%caldo
((V×me) )

Onde: 1.3.8 Açúcares Redutores Totais % Caldo


f Fator de diluição
V Volume gasto corrigido Determinação da concentração de açúcares redutores totais, expressa em percentagem, por
me Massa específica do caldo = 0,00431 x B + 0,99367 cálculos.

Onde: NOTA:
B Brix % caldo, válido entre 9 e 23 No capítulo 04 – Caldos, estão citados os métodos de determinação de ART por Eynon-Lane
t Fator que considera a influência da sacarose na análise, dado por: e Somogy-Nelson

t = 5,2096 - 0,2625 × [(0,0052 × LPb × V)1/3 ]

Onde: Cálculos
LPb Leitura sacarimétrica do caldo
V Volume gasto corrigido Açúcares Redutores Totais%caldo = Pol%caldo × 1,0526+AR

Percentagem em peso: Onde:


AR Açúcares redutores % caldo
((100×t))
AR =
((V×m)) 1.3.9 Fibra % Cana

Onde: Determinação da fibra % cana através do método da prensa usando o peso do bolo úmido
t = 5,2096 - 0,2625 S 1/3
(PBU) e do método de secagem chamado Tanimoto.

15
30 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 31

MÉTODO DA PRENSA do (sólidos dissolvidos e água);


• Retirar o material da estufa e pesar novamente, chamando-o de peso do bolo seco
NOTA: (PBS);
Nas normas dos CONSECANAS se encontra o cálculo da fibra da cana a partir do peso do bolo • No caldo obtido da prensagem da cana desfibrada, determinar o Brix refratométrico
úmido (PBU), usando equações matemáticas. Não serão citadas todas estas fórmulas porque chamando o resultado de Bj.
diferem para cada estado produtor e constantemente são atualizadas. A título de ilustração
abaixo será mostrada a equação utilizada para o estado de Alagoas na safra 2010/2011: Cálculos

Cálculos [(100×PBS)-(PBU×Brix%caldo extraido)]


Fibra%cana =
((100-Bj))
Fibra%cana = 0,0799 . PBU + 2,3136
Onde:
MÉTODO TANIMOTO
PBU Peso do bolo úmido, após a extração do caldo
NOTA: PBS Peso do bolo seco, após a secagem em estufa
Neste método será determinada a fibra % cana através da secagem do bolo úmido (PBU) Bj Brix refratométrico do caldo extraído da cana pela prensa
em estufa elétrica com circulação de ar forçada, e controle automático de temperatura. Para
esta secagem pode ser utilizado um cesto confeccionado de tela de filtro rotativo usado nas 1.3.10 Brix % cana
indústrias de açúcar, medindo 240x160x80mm, com furos de 0,5mm de diâmetro. O tempo
entre a prensagem da amostra e a secagem do bolo úmido deve ser o menor possível para Determinação do Brix % cana por cálculos
evitar perda de água para o ambiente, principalmente se não houver controle de umidade
de ar no laboratório ou se esta estiver baixa. Para viabilizar a realização de um maior número NOTA IMPORTANTE:
de análises, após a obtenção do bolo úmido, este pode ser acondicionado em isopor até que Para o sistema de pagamento de cana não é necessário o cálculo do Brix % cana. Como ilus-
seja levado à estufa. tração seu cálculo está mostrado a seguir:
Outra maneira de agilizar estas análises é realizar a prensagem da cana exclusivamente para
esta determinação. Neste caso a quantidade de cana a ser prensada pode ser menor, como a Cálculos
metodologia que se segue, mas determinando o Brix do caldo obtido, já que o valor desses
sólidos entra diretamente na fórmula da fibra % cana. Brix%cana = Brix%caldo × (1-0,01 × Fibra%cana) × C

Técnica Onde:
• Homogeneizar perfeitamente a amostra de cana desfibrada pela forrageira; C = 1,0313 - 0,00575 × Fibra%cana ou C = 1,02626 - 0,00046 × PBU
• Pesar exatamente 100g em balança semi-analítica;
• Prensar em prensa hidráulica durante 1min, estando esta calibrada para uma pressão NOTA:
de 250kgf/cm2/min; Alguns autores e Unidades Industriais NÃO utilizam o fator “C” para determinação do Brix %
• Pesar o bagaço em balança semi-analítica chamando o resultado de peso do bolo Cana. Outros entendem que, uma vez sendo a pol % cana calculada com uso dos fatores de
úmido (PBU); fibra e “C”, o Brix % Cana deve também ser assim calculado.
• Levar o PBU para estufa de secagem com circulação de ar forçada e deixar até peso
constante, estando esta ajustada para 105–110ºC. Este tempo é em média de 6h, mas
depende totalmente das amostras de cana analisadas, ou seja, da quantidade de cal-

16
32 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 33

1.3.11 Pol % Cana 1.3.14 Açúcares Redutores Totais % Cana

Determinação da pol % cana por cálculos Determinação dos açúcares redutores totais (ART) na cana por cálculos.

Cálculos Cálculos

Pol%cana = Pol%caldo × (1-0,01 × Fibra%cana) × C ART%cana = ART%caldo × (1-0,01×Fibra % cana) × C


NOTA:
Alguns CONSECANAS consideram em seus cálculos de pagamento de cana o fator de pureza 1.3.15 Açúcares Totais Recuperáveis % Cana
“Fp”. Este fator de pureza é atribuído para bonificar ou penalizar canas com purezas acima
de 84,28 e menores de 82,28, respectivamente. Como ilustração, no caso do CONSECANA do Determinação dos açúcares totais recuperáveis (ATR) na cana por cálculos.
estado de Pernambuco para a safra 2010/2011 o fator de pureza é assim utilizado:
• Para purezas no intervalo de 82,28% a 84,28% o fator de pureza (FPZA­) = 1 NOTA:
• Para purezas superiores a 84,28 e inferiores a 82,28 calcular o fator de pureza pela O cálculo dos açúcares totais recuperáveis em Kg / tonelada de cana é calculado em função
expressão: das perdas de fábricas pré-estabelecidas pelos CONSECANAS, sendo diferentes nos vários
estados produtores de cana-de-açúcar.
Cálculos
(Pureza do caldo)
Fpza =
(83,28)
ATR=10×PC×1,0526× ( (1-PI)
/100 ) +10×AR× (
/100 )
(1-PI)
Neste caso, ainda para o estado de Pernambuco, o cálculo da pol % cana passa a ser:

Pol%cana = Pol%caldo × (1-0,01×Fibra%cana) × C × Fpza Onde:


ATR Açúcares totais recuperáveis em kg/t cana
1.3.12 Pureza % Cana PC Pol % cana
PI Perdas industriais em %
Determinação da pureza % cana por cálculos AR Açúcares redutores % cana

NOTA: Como ilustração, para o estado de Alagoas na safra 2010/2011 foi considerada uma perda
Desde que nos cálculos da Pol % Cana e Brix % Cana sejam utilizados os mesmos fatores, ou industrial de 11%, ficando assim a fórmula dos açúcares totais recuperáveis em Kg/t cana:
seja, de fibra e o fator “C”, a pureza % da cana se torna a mesma pureza % caldo.
ATR = (PC × 9,3681) + (AR × 8,9)
1.3.13 Açúcares Redutores % Cana

Determinação dos açúcares redutores (AR) na cana por cálculos

Cálculos

AR%cana = AR%caldo × (1-0,01×Fibra % cana) × C

17
Capítulo 02
Qualidade da
Matéria Prima

18
Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 37

Sumário

2.1 Introdução............................................................................................................................... 01

2.2 Determinação do Estágio de Maturação...................................................................... 02

2.3 Análises de Pré-Colheita..................................................................................................... 03

2.3.1 Amostragem...................................................................................................... 02

2.3.2 Determinação de Parâmetros Tecnológicos.......................................... 05

2.4 Matéria Estranha.................................................................................................................... 06

2.4.1 Amostragem...................................................................................................... 02

2.3.2 Determinação de Determinação por Peneiramento.......................... 05

Matéria estranha mineral........................................................................ 00

Matéria estranha vegetal........................................................................ 00

Matéria estranha total.............................................................................. 00

Umidade na parcela mineral.................................................................. 00

Cinzas na parcela mineral....................................................................... 00

2.5 Impureza Mineral.................................................................................................................. 00

2.5.1 Amostragem...................................................................................................... 02

2.5.2 Método de Determinação por Calcinação............................................. 00

2.5.3 Método Específico de Determinação por Calcinação........................ 00

Análise do solo............................................................................................ 00

Amostragem................................................................................................ 00

Determinação da umidade..................................................................... 00

Determinação do material volátil........................................................ 00

Análise da cana limpa............................................................................... 00

Análise da cana suja.................................................................................. 00

Cálculo final da impureza mineral....................................................... 00

2.6 Nível de Infestação de Brocas........................................................................................... 00

2.6.1 Nas áreas canavieiras..................................................................................... 00

Amostragem................................................................................................ 00

2.6.2 Nos Carregamentos de Cana....................................................................... 00

19
38 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 39

Amostragem................................................................................................ 00 2.1. Introdução


2.7 Liberação de Cortesia Flavipes......................................................................................... 00
O controle de qualidade da matéria-prima é um procedimento que se tenta aprimorar e in-
2.8 Nível de Parasitismo............................................................................................................. 00
tensificar a cada safra, pois através dele é possível obter uma cana mais limpa, com menos
2.8.1 Amostragem...................................................................................................... 00 deterioração e mais adequada para os processos de produção de açúcar e de álcool.
2.9 Nível de Infestação de Cigarrinhas................................................................................. 00
Vários são os controles que devem ser implantados e monitorados pelas unidades industriais.
2.8.1 Amostragem...................................................................................................... 00
O importante, porém, é que quando estiverem devidamente estabelecidos, sejam usados
2.10 Tempo de Queima.............................................................................................................. 00 para tomadas de decisões, como treinamentos, e estabelecimento de metas de melhorias.

Neste Novo Manual, além de metodologias tradicionais, outras também de grande relevância
foram introduzidas. A importância destes controles é tão evidente nas fábricas que algumas
metodologias menos precisas já não são encontradas com facilidades, sendo substituídas
pelos métodos mais complexos, porém mais fidedignos, como é o caso das determinações
de impurezas na cana.

Uma questão ainda é bastante discutida nos dias atuais: os procedimentos das amostragens
para realização destes controles. Em muitas situações os procedimentos são questionados
e colocam em cheque a confiabilidade dos resultados obtidos. É importante considerar que
quando um resultado analítico é colocado em dúvida os prejuízos são muitos, não somente
materiais, mas, sobretudo e principalmente, os incômodos da falta de confiança no labora-
tório como um todo, ou seja, nos equipamentos e na equipe técnica. Este fato nos obrigou
a citar nos inícios das metodologias deste capítulo orientações para amostragens, visto que
são específicas para cada controle realizado.

2.2. Determinação do Estágio de Maturação

Determinação do estágio de maturação da cana-de-açúcar através do índice de maturação.

A partir da implantação do sistema de pagamento de cana pela sua qualidade, a determina-


ção do estágio de maturação passou a ser bastante importante para que sejam conciliados
produtividade agrícola e teores de açúcares no tempo da colheita da cana. O Brix é a medida
indicada para esta avaliação porque contempla todos os sólidos dissolvidos no caldo.

O método de determinação do estágio de maturação se baseia no fato de que a maturação


da cana ocorre da base para o ápice do colmo. Com isto, a partir do conhecimento do índice
de maturação obtido da relação entre os Brix nessas partes da cana, é possível prever o está-
gio de maturação da planta.

20
40 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 41

Técnica 2.3.2. Determinação de Parâmetros Tecnológicos


• Selecionar as amostras de cana na área canavieira;
• Separar as bases e as pontas dos colmos das canas analisadas; As amostras devem ser trituradas na forrageira e imediatamente seguir para as análises dos
• Proceder aos cortes nestas partes de tal forma a obter uma quantidade de caldo sufi- parâmetros tecnológicos, usando exatamente as metodologias estabelecidas pelo CONSE-
ciente para determinação do Brix. CANA para pagamento de cana, citadas no capítulo 01 – Sistema de Pagamento de Cana.

NOTA: Os resultados devem ser enviados aos departamentos agrícolas para avaliações. Com relação
Esta avaliação pode ser realizada no campo usando refratômetros de campo (portátil). a esses resultados um fato deve ser considerado: a comparação desses resultados com os ob-
tidos nas canas dos caminhões transportadores deve ter restrições em função das diferentes
Cálculos quantidades de impurezas.

Indice de maturação = Brix do ápice do colmo


Brix da base do colmo 2.4. Matéria Estranha

Resultados Determinação de matéria estranha em amostras de cana, considerando quantidades de


A partir do índice de maturação, estabelecer o estágio de maturação da planta usando o areia (impureza mineral) e palha (impureza vegetal)
quadro a seguir:
2.4.1. Amostragem
Índice de Maturação Estágio de Maturação
< 0,60 Cana verde Um procedimento perfeitamente coerente e que deve ser seguido é o sistema de amostra-
0,60 – 0,85 Cana em maturação gem estabelecido pelos CONSECANAS para remuneração da cana. Assim, para estes con-
0,85 - 1,00 Cana madura troles as amostras devem ser obtidas a partir do sorteio estabelecido para definições das
> 1,00 Cana em declínio de maturação posições dos furos dados pela sonda, lembrando que para as sondas horizontais e de “trator”
devem ser dados três furos em locais diferentes da carga, ao passo que se a sonda for oblíqua
são dados dois furos no mesmo local da carga.
2.3. Análises de Pré-colheita
As amostras, embora sejam coletadas através do mesmo procedimento para o sistema de
Determinação de dados tecnológicos em amostras de cana antes do corte para avaliação de pagamento de cana, devem ser obtidas exclusivamente para estes controles e Não são tritu-
sua qualidade e elaboração de programação de moagem. radas em forrageiras. No capítulo 01 – Sistema de Pagamento de Cana - estão citados todos
os detalhes de amostragem.
2.3.1. Amostragem
2.4.2. Método de Determinação por Peneiramento
Uma vez estabelecida à área de amostragem de cana para definição de programação de cor-
te, retira-se uma amostra com 10 (dez) canas a cada 10 (dez) hectares, sendo estas coletadas Determinação, através de um método prático e rápido, da matéria estranha contida numa
em seqüência na linha e ao acaso no interior da área estabelecida. Essas amostras devem ser amostra de um carregamento de cana, podendo também ser determinados os percentuais
identificadas de acordo com a fazenda e talhão e enviadas no mesmo dia ao laboratório para das impurezas minerais e vegetais.
realização das análises.
NOTAS:
A determinação das impurezas minerais e vegetais em uma mesma amostra torna o méto-

21
42 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 43

do bastante atrativo. Com relação à quantificação da impureza mineral temos as seguintes PV Peso da parcela vegetal
considerações:
• Na parcela da impureza mineral pode-se determinar a umidade para minimizar as Cálculos
interferências de água e caldo contidos nesta amostra, visto que são quantificados
como impureza; PTME Peso total de matéria estranha
• Ainda na parcela da impureza mineral podem-se determinar diretamente as cinzas
através da calcinação da amostra peneirada. Neste caso o método se torna bem mais PTME = PMU + PV
atrativo e confiável, embora a freqüência de amostragem fique comprometida.
% MET Percentual de matéria estranha total
Técnica
• Anotar todas as informações necessárias correspondentes ao carregamento da cana,
como por exemplo, fazenda, talhão, et cana;
%MET = ( PMTE
PTA )
x 100

• Amostrar o caminhão de acordo com o sistema de pagamento de cana;


• Transferir todo o material coletado para uma superfície limpa e homogeneizar manu- % MEM Percentual de matéria estranha mineral
almente;
• Pesar toda a amostra em balança do tipo Filizola. Anotar o peso total da amostra (PTA)
no formulário, expresso em gramas;
%MEM = ( PMU
PTA )
x 100

• Toda amostra deverá ser transferida para uma lona preta para separação da cana de-
nominada “limpa” das impurezas mineral e vegetal; % MEV Percentual de matéria estranha vegetal
• Com auxílio de uma escova de nylon, ou mesmo com um pincel largo, limpar cuidado-
samente todos os toletes de cana, que deverão ser separados em balde de plástico. As
palhas agregadas a estes toletes também devem ser removidas e juntadas as demais.
%MEV = ( PTA
PV
) x 100
• O material mineral e vegetal separado da “cana limpa” deverá ser peneirado em uma
peneira com 2mm de abertura. O material peneirado (parcela mineral) deverá ser re- OBSERVAÇÃO:
colhido numa bacia plástica. A parcela retida corresponde à matéria estranha vegetal Pode-se também calcular a % MET da seguinte forma:
• Ambos os materiais, mineral e vegetal, devem ser pesados e seus pesos anotados no
formulário. Designar, para efeito de cálculo, a parcela mineral úmida de (PMU), e a par- %MET=%MEM+%MEV
cela vegetal de (PV). Estes pesos somados fornecem o peso total de matéria estranha
(PTME), e devem ser expressos em gramas; Exemplo
• Após pesado, o material vegetal (palhas) pode ser descartado, enquanto o material Cálculo dos percentuais de matéria estranha
mineral servirá para determinação da umidade ou calcinado para determinar as cin- Peso total da amostra PTA = 7.100g
zas, ou seja, as impurezas minerais. Peso da parcela mineral úmida PMU = 138,0g
Peso da parcela vegetal PV = 560,1g
Para efeito de cálculo das percentagens de matéria estranha (mineral, vegetal e total), consi-
derar a seguinte nomenclatura: PTME Peso total de matéria estranha

PTA Peso total da amostra PTME = PMU + PV PTME =138,0 + 560,1 = 698,1g
PTME Peso total de matéria estranha
PMU Peso da parcela mineral úmida

22
44 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 45

MATÉRIA ESTRANHA MINERAL Caso a quantidade de amostra seja grande, pesar apenas 100g e prosseguir a análise. Neste
caso, nos cálculos da umidade considerar como PMU o valor 100g
Cálculos
% MEM Percentual de matéria estranha mineral • Levar este vidro de relógio contendo o material mineral à estufa durante 3h, estando
esta a 100-105 °C;
%MEM = ( PMU
PTA )
x 100 %MEM = ( 138,0
7100 )
x 100 = 1,94% • Após o tempo estabelecido, o vidro de relógio com a amostra seca é imediatamente
pesado, e seu peso, em gramas, anotado como (P2). Este peso junto com o (P1) e o
peso da parcela mineral úmida (PMU), servirá para determinação da percentagem de
umidade da matéria estranha mineral (% UMEM).

MATÉRIA ESTRANHA VEGETAL Cálculos


Para efeito do cálculo da umidade da matéria estranha mineral, considerar a seguinte no-
Cálculos menclatura:
% MEV Percentual de matéria estranha vegetal
PMU Peso da parcela mineral úmida considerada na análise
%MEV = ( PV
PTA ) x 100 %MEV = (
560,1
7100 ) x 100 = 7,89% P1
P2
Peso do vidro de relógio tarado + amostra mineral úmida
Peso do vidro de relógio tarado + amostra mineral seca

MATÉRIA ESTRANHA TOTAL % UMEM Percentual de umidade da matéria estranha mineral

Cálculos
% MET Percentual de matéria estranha total
%UMEM =
[ (P1 - P2)
PMU ] x 100

Exemplo
%MET = ( PMTE
PTA ) x 100 %MET = ( 698,1
7100 ) x 100 = 9,83% Cálculo da umidade na matéria estranha mineral
Peso do vidro de relógio tarado + amostra mineral úmida P1 = 148g
Peso do vidro de relógio tarado + amostra mineral seca P2 = 110g
OBSERVAÇÃO:
Pode-se também calcular a % MET da seguinte forma: % UMEM Percentual de umidade da matéria estranha mineral

%MET=%MEM+%MEV %MET=1,94+7,98=9,83%
%UMEM =
[ 148 - 110
138 ]
x 100 = 27,53%

UMIDADE NA PARCELA MINERAL NOTA:


Conhecendo o percentual de água (umidade) na matéria estranha mineral pode-se calcular a
Técnica quantidade de impureza mineral (%IM) sem a interferência da água pela expressão:
• Transferir quantitativamente o material correspondente à parcela mineral úmida para
um vidro de relógio tarado em estufa a 105-110ºC, durante 1h. O peso do vidro de %IM = %MEM × 0,01 × %UMEM
relógio tarado com a amostra mineral úmida deve ser anotado como (P1), em grama.

NOTA:

23
46 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 47

Exemplo Técnica
Cálculo do percentual de impureza mineral • Homogeneizar bem as sub-amostras de todos os carregamentos das áreas selecio-
nadas, já trituradas na forrageira, e obter uma amostra composta que servirá para
% IM = 1,94 x 0,01 x 27,53 análise;
% IM = 0,534 % • Da amostra composta triturada e homogeneizada, pesar exatamente 50,000g em
balança analítica, usando uma cápsula de porcelana previamente tarada em mufla a
CINZAS NA PARCELA MINERAL 550ºC por 30 minutos;
• Levar a cápsula mais a amostra triturada para a mufla, e quando esta atingir a tem-
Técnica peratura de 800ºC deixar permanecer por 2h. Atingido o tempo, desligar a mufla e
• Da amostra peneirada, pesar exatamente 50,000g em balança analítica, usando uma esperar que a temperatura chegue a 150ºC. Neste momento, retirar a cápsula com a
cápsula de porcelana previamente tarada em mufla a 550ºC por 30minutos e prosse- amostra incinerada e transferir para um dessecador por 30 minutos;
guir a técnica conforme citada no próximo item, determinação de impureza mineral • Após este tempo, pesar a cápsula em balança analítica.
por calcinação.
Cálculos
P1 Peso da cápsula + amostra “in natura”
2.5. Impureza Mineral P2 Tara da cápsula
P3 Peso da amostra “in natura” (P1 - P2)
Determinação da impureza mineral em amostras compostas de cana, utilizando métodos de P4 Peso da cápsula + amostra incinerada
calcinação P5 Peso da amostra incinerada (P4 - P2)

2.5.1. Amostragem % IM Percentual de impureza mineral

O sistema de amostragem para estas análises é semelhante ao apresentado para o controle


de matéria estranha com uma diferença: as amostras coletadas nos carregamentos são tri-
%IM = ( PP ) x 100
5
3

turadas em forrageiras, e uma sub-amostra de cada carregamento com aproximadamente


200g é separada em baldes plásticos devidamente identificados de acordo com o item esco- Exemplo
lhido, geralmente carregadeiras ou fazendas. Ao final do dia, ou do turno, estas sub-amostras Peso da cápsula + amostra “in natura” P1 = 142,158g
devem ser perfeitamente homogeneizadas e uma amostra composta selecionada para aná- Tara da cápsula P2 =92,158g
lise. Peso da amostra “in natura” (P1 - P2) P3 = 50,000g
Peso da cápsula + amostra incinerada P4 = 92,448g
2.5.2. Método de determinação por calcinação Peso da amostra incinerada (P4 - P2) P5 = 0,300g

Determinação do percentual de impureza mineral em uma amostra de um carregamento de % IM Percentual de impureza mineral
cana através do método por calcinação.

NOTA:
%IM = ( 50,000
0,300
) x 100 = 0,6%
Este método, além de criterioso, fornece resultados com um elevado nível de confiabilidade,
bastante superior aos obtidos através do método por peneiramento

24
48 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 49

NOTA: nea quanto possível. Entretanto, é importante que estas amostragens sejam acompanhadas
Caso se deseje expressar o resultado em kg de impureza mineral por tonelada de cana, multi- pelo laboratório químico.
plicar o resultado da percentagem por 10. Assim, no exemplo acima teríamos 6,0kg/ton cana
O número de amostras de cada área escolhida também pode ser definido pelo departamen-
2.5.3. Método específico de determinação por calcinação to agrícola, que vai depender da homogeneidade do solo. Um bom parâmetro é uma coleta
de 10 a 15 amostras para cada 10ha. Ao final, as amostras são perfeitamente homogenei-
Determinação do percentual de impureza mineral em uma amostra de um carregamento de zadas e uma amostra composta deve ser enviada ao laboratório com todas as informações
cana através do método específico por calcinação. necessárias à sua identificação.

Dos métodos publicados e adotados pelas indústrias sucroalcooleiras para determinação de As determinações químicas realizadas no solo são: umidade e material volátil (orgânico).
impurezas, particularmente a mineral, este é o que reproduz resultados mais precisos e con- Estes valores permitem o cálculo da real impureza mineral no solo que servirá para norma-
fiáveis. Porém, é também o método mais trabalhoso porque a determinação da parte mineral tizar os resultados das impurezas minerais encontradas nas amostras de cana coletadas nos
não se baseia apenas em análises nas amostras coletadas no carregamento da cana, mas carregamentos
também nas análises do solo onde estas foram plantadas e nas análises das canas limpas.
Determinação da Umidade
Em outras palavras, esta determinação pode ser própria para cada fazenda; para cada tipo
de solo; para solos com determinados tipos de irrigação e/ou fertirrigação; para diferentes Técnica
variedades de cana; et cana. Na primeira edição deste Manual as particularidades citadas nos • Homogeneizar bem a amostra e pesar 50,000g em uma cápsula de porcelana previa-
incentivaram a chamar este método de ESPECÍFICO, e é justamente por isto que ele também mente tarada em estufa a 105-110ºC, durante 1h. O peso da cápsula mais a amostra
é utilizado para avaliar o desempenho de operadores e tipos de carregadeiras de solo úmido devem ser considerados como (P1), em gramas
• Levar a cápsula mais a amostra para estufa de secagem durante um período de 16h,
Entretanto, o presente método tem uma limitação: a não determinação simultânea da impu- a 100-105ºC
reza vegetal. Isto induz que sejam estabelecidos alguns critérios, visto que o correto seria a • Retirar a cápsula e levar a um dessecador por um período de 30 minutos
determinação em uma mesma amostra das impurezas vegetal e mineral. Uma maneira co- • Após este tempo, pesar novamente a cápsula com a amostra seca em balança analíti-
erente de minimizar esta falha é realizar um determinado número de análises de impurezas ca. Para efeito de cálculo, considerar este peso como (P2), expresso em gramas
vegetais de acordo com o item estabelecido para compor as amostras de cana desfibrada
para determinação das impurezas minerais. Melhor explicando: se as amostras para determi- Cálculos
nações das impurezas minerais estão sendo compostas por carregadeiras, compor também Peso da amostra = 50,000g
as amostras coletadas por estas carregadeiras, sem que as mesmas tenham sido desinte- P1 Peso da cápsula + amostra úmida
gradas, e realizar ao final de cada turno a quantificação da impureza vegetal das amostras P2 Peso da cápsula + amostra seca
compostas. P1 - P2 Peso da água contida na amostra

ANÁLISE DO SOLO %U Percentual de umidade no solo

Amostragem %U =
[ (P1 - P2)
50 ] x 100

Os cuidados com as análises do solo começam no momento da amostragem, onde todas as Exemplo
orientações devem ser rigorosamente seguidas. As áreas analisadas serão definidas pelos de- Peso da amostra = 50,000g
partamentos agrícolas das indústrias e deverão ter uma característica de solo tão homogê- Peso da cápsula + amostra úmida P1 = 106,714g

25
50 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 51

Peso da cápsula + amostra seca P2 = 105,074g Peso da amostra “in natura” (P1 - P2) P3 = 50,000g
Peso de água contida na amostra P3 = 1,640g Peso da cápsula + amostra incinerada P4 = 137,946g
Peso da amostra incinerada (P4 - P2) P5 = 45,787g
%U Percentual de umidade no solo Peso do material volátil contido na amostra (P3 - P5 ) = 4,213g

%U =
[ 106,714-105,074
138 ] x 100 %U = 3,28 MO Peso do material orgânico volátil

MO = 4,213 - 1,64 MO = 2,573g


Determinação do Material Volátil
% MOV Percentual de material orgânico volátil
Técnica
• Pesar exatamente 50,0000g da amostra em uma cápsula de porcelana, previamente
tarada a 550ºC durante 30 minutos;
50( )
%MOV = 2,573 x 100 = 5,146%

• Levar a cápsula mais a amostra à mufla, e quando esta atingir a temperatura de 550ºC
deixar por 3h; ANÁLISE DA CANA LIMPA
• Terminado este tempo, desligar a mufla e esperar que a temperatura desça para
100ºC. Neste momento, retirar a cápsula com a amostra incinerada e colocar em um A cana limpa é também conhecida, para efeito desta metodologia, de “branco“. Na verdade,
dessecador durante 30 minutos; o termo mais apropriado para estas canas seria “canas de referências“ já que a partir delas é
• Retirar do dessecador e pesar em balança analítica. que serão calculadas as impurezas minerais das canas transportadas.

Cálculos Da mesma forma que com o solo, os cuidados com estas análises começam nas amostragens
P1 Peso da cápsula + amostra “in natura” onde necessariamente devem corresponder às áreas classificadas para o respectivo controle.
P2 Tara da cápsula Assim, por exemplo, canas limpas de áreas de encosta não servem como referências para
P3 Peso da amostra “in natura” (P1 - P2) áreas de tabuleiros; as canas de uma determinada variedade servem como referências ape-
P4 Peso da cápsula + amostra incinerada nas para aquelas áreas onde a referida variedade de cana foi plantada, uma vez que os valo-
P5 Peso da amostra incinerada (P4 - P2) res das cinzas variam de acordo com as diferentes variedades, et cana.
P3 - P5 Peso do material volátil contido na amostra
Depois de coletadas, as amostras devem ser rigorosamente identificadas e ao chegarem ao
MO Peso do material orgânico volátil laboratório químico devem ser limpas, de maneira que não haja mais areia nem palhas agre-
gadas, isto porque o objetivo agora é conhecer as cinzas, ou material inorgânico, da cana
MO = (P3 - P5 ) - Peso de água contido na amostra limpa, ou cana de referência

% MOV Percentual de material orgânico volátil Para melhor entendimento, neste método chamaremos as substâncias minerais de cinzas,
ou seja, cinzas das canas limpas ou de referências.

P3 ( )
%MOV = MO x 100
Técnica
Exemplo • Coletar algumas amostras de cana da área selecionada para o controle, estando estas
Peso da cápsula + amostra “in natura” P1 = 142,159g queimadas, se for o caso, mas ainda “em pé”;
Tara da cápsula P2 = 92,159g • Levar estas amostras ao laboratório químico e, com auxílio de um pincel, retirar a areia

26
52 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 53

que por acaso esteja agregado à cana. Da mesma maneira, devem-se também elimi- • Proceder exatamente conforme descrito para o método de determinação de impure-
nar as palhas ainda agregadas às amostras de cana; za mineral.
• Triturar as amostras de cana na forrageira, e homogeneizar bem;
• Proceder exatamente conforme descrito para o método de determinação de impure- Exemplo
za mineral. Peso da cápsula + amostra “in natura” P1 = 142,158g
Tara da cápsula P2 = 92,158g
Exemplo Peso da amostra “in natura” (P1 - P2) P3 = 50,000g
Peso da cápsula + amostra “in natura”P1 = 143,795g Peso da cápsula + amostra incinerada P4 = 92,448g
Tara da cápsula P2 = 93,795g Peso da amostra incinerada (P4 - P2) P5 = 0,300g
Peso da amostra “in natura” (P1 - P2) P3 = 50,000g
Peso da cápsula + amostra incinerada P4 = 93,957g % CCS Percentual de cinzas na cana suja
Peso da amostra incinerada (P4 - P2) P5 = 0,162g

% CCL Percentual de cinzas na cana limpa


%CCS = ( 50,000 )
0,300 x 100 = 0,600%

%CCL = ( 50,000 )
0,162 x 100 = 0,324% CÁLCULO FINAL DA IMPUREZA MINERAL

O resultado da impureza mineral será dado levando-se em consideração todas as análises


ANÁLISE DA CANA SUJA realizadas nesta metodologia, ou seja, em função do material orgânico volátil existente no
solo, das cinzas da cana limpa e das cinzas da cana suja. A unidade mais usual para a expres-
As amostras da cana suja serão coletadas normalmente, através da sonda, obedecendo to- são deste valor é kg impureza mineral / tonelada de cana. Algumas unidades industriais, no
das as recomendações do sistema de remuneração cana. Os cuidados nesta etapa do con- entanto, preferem expressar seus resultados em percentagem. Para transformação de um
trole de matéria estranha são no sentido de que as amostras devam realmente representar resultado para outro, é bastante multiplicar o resultado expresso em percentagem por 10.
a área selecionada, ou seja, é necessário um bom controle para que estes resultados da cana
suja não sejam comparados com resultados de canas limpas que não representem suas refe-
rências. Exemplificando, o cuidado é necessário para que os resultados de uma amostra de
[
kgIM/t cana = ( %CCS - %CCL ) x 1-
%MOV
100 ] x10

cana suja de uma determinada variedade não sejam comparados com resultados de cana
limpa de uma outra variedade.
[
kgIM/t cana = ( 0,600 - 0,324 ) x 1-
5,146
100 ] x10

As amostras coletadas nos carregamentos são trituradas em forrageiras, comuns aos labo-
ratórios de PCTS, e uma sub-amostra, de cada carregamento, de aproximadamente 200g é kgIM/t cana = 0,276 × 0,9485 × 10 kgIM/t cana = 2,62
separada em um balde plástico devidamente etiquetado. Ao final do dia, ou do turno, estas
sub-amostras devem ser perfeitamente homogeneizadas e uma amostra composta selecio-
nada para análise. 2.6. Nível de Infestação de Brocas

Técnica Determinação nível de infestação de brocas em áreas canavieiras previamente estabelecidas


• Homogeneizar bem as sub-amostras de todos os carregamentos das áreas selecio- e nos carregamentos de cana
nadas, já trituradas na forrageira, e obter uma amostra composta que servirá para
análise;

27
54 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 55

2.6.1. Nás Áreas Canavieiras Cálculos

Amostragem B
%Entre-nós com brocas = ×100
C

Definir a área da fazenda a ser amostrada em hectare e marcar 02 (dois) pontos para cada
hectare até que sejam atingidos 30% (trinta por cento) da área total da fazenda. Onde:
B Números de entre-nós com presença de brocas
Técnica C Total de entre-nós existentes nas canas analisadas
• Estabelecer o talhão a ser amostrado, em hectare;
• Proceder ao caminhamento de 50m a partir do vértice do talhão, sendo o primeiro
ponto após 25m e o segundo ao final dos 50m; 2.7 Liberação de Cotesia Flavipes
• Contar o número de brocas (N).
Procedimento para liberação de cotesia de acordo com os resultados do nível de infestação
Cálculos de brocas

B Técnica
Brocas/ha =
A • Caminhar dentro do talhão com o copo de cotesia aberto deixando-o na bainha da
Onde: cana nos pontos pré-estabelecidos conforme a densidade populacional da área
B Números de brocas contadas • Este procedimento deve ser feito no período da manhã quando as temperaturas são
A Total de hectares amostrados menores.

2.6.2. Nos Carregamentos de Cana Resultados


• Até 3000 brocas/ha liberar 6000 cotesias
Amostragem • Acima de 3000 brocas/ha liberar 02 cotesias para cada broca

Retirar de maneira aleatória de 05 (cinco) a 10 (dez) canas da carga do caminhão.


2.8. Nível de Parasitismo
NOTA:
O número de canas amostradas pode ser diferente dependendo da capacidade operacional Determinação do nível de parasitismo em percentual em áreas canavieiras previamente es-
de cada usina. tabelecidas.

Técnica 2.8.1. Amostragem


• Com auxilio de uma faca abrir as canas ao meio;
• Contar todos os entre-nós de todas as canas abertas (C); Proceder à mesma amostragem adotada para determinação do índice de infestação de bro-
• Contar todos os entre-nós que apresentarem presença de brocas (B); cas
• Calcular o percentual de entre-nós com broca.
Resultados
Após um período de 17 a 20 dias da liberação das cotesias, realizar a contagem das brocas e
determinar seu percentual, expressando em percentual de parasitismo.

28
56 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 57

2.9 Nível de Infestação de Cigarrinhas Procedimentos


• Identificar a área onde será queimada a cana através da fazenda, lote e talhão;
Determinação nível de infestação de cigarrinhas em áreas canavieiras previamente • Marcar os horários de início e término da queima da cana, respectivamente,
estabelecidas quando atear fogo nas canas e quando este se encerrar por completo;
2.9.1. Amostragem • Fazer uma média aritmética destes horários e comunicar a balança como sen-
do à hora e minutos do final da queima da área que será considerado para dar
Definir a área da fazenda a ser amostrada em hectare amostrando 18 (dezoito) pontos início a contagem do tempo de queima (TQ) (A);
de 1m por hectare. • Quando os carregamentos de cana daquela área chegar à usina registrar o ho-
rário (B).
Técnica
• Na área estabelecida contar o número de ninfas e adultos de cigarrinha pre- Cálculos
sentes na touceira de cana após uma semana das primeiras chuvas, depois de Será considerado tempo de queima (TQ) em h:min o intervalo de tempo entre o regis-
finalizado o período de inverno. tro do horário do encerramento da queima da cana que corresponde à média aritmé-
tica do início e fim da existência de fogo no canavial (A) e registro do horário que os
Cálculos caminhões de cana chegam à usina (B).

B
Brocas/ha =
A

Onde:
B Números de ninfas e adultos de cigarrinhas
A Total de hectares amostrados

2.10. Tempo de Queima

Procedimento para determinação do tempo de queima (TQ) em uma área canavieira


preestabelecida.

O procedimento mais comum nas indústrias de açúcar e álcool para determinação do


tempo de queima é iniciar a medição após o término da queima da cana. É importan-
te considerar que dependendo da área e das condições climáticas este procedimento
pode mascarar para valores menores os tempos de queima. Diante disto, sugerimos o
procedimento a seguir que minimiza as interferências citadas.

29
Capítulo 03
Moagem

30
60 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 61

Sumário

3.1 Cana Desfibrada..................................................................................................................... 01

3.1.1 Amostragem...................................................................................................... 02

3.1.2 Índice de Preparo............................................................................................ 03

Para amostras de cana com pedaços menores que 10cm......... 00

Para amostras de cana com pedaços maiores que 10cm........... 00

3.1.3 Parâmetros tecnológicos.............................................................................. 30

Método da Prensa...................................................................................... 00

Preparo da amostra..................................................................... 00

Extração do caldo e determinação do PBU......................... 00

Brix % caldo extraído.................................................................. 00

Pol % caldo extraído.................................................................... 00

Pureza % caldo extraído............................................................ 00

AR % caldo – Calculado.............................................................. 00

AR % caldo – Analisado.............................................................. 00

ART % caldo – Calculado........................................................... 00

Fibra % cana................................................................................... 00

Método da prensa.......................................................... 00

Método Tanimoto........................................................... 00

Brix % cana...................................................................................... 00

Pol % cana....................................................................................... 00

AR % cana........................................................................................ 00

ART % cana..................................................................................... 00

ATR % cana...................................................................................... 00

Umidade % cana........................................................................... 00

Método de cálculo......................................................... 00

Método de secagem pela estufa elétrica............... 00

Método de secagem pela estufa Spencer............. 00

Caldo extraído pela prensa % cana........................................ 00

31
62 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 63

Caldo extraído pela prensa % caldo absoluto................... 00 Método de secagem pela estufa Spencer............. 00

Pol extraída pela prensa % pol na cana................................ 00 Método por equação de regressão linear.............. 00

Brix % bagaço da prensa........................................................... 00 Método de secagem pela estufa elétrico............................ 00

Pol % bagaço da prensa ............................................................ 00 Método de secagem pela estufa Spencer........................... 00

Método do Digestor a Frio...................................................................... 00 Método por equação de regressão linear........................... 00

Preparo do extrato do digestor............................................... 00 Fibra % bagaço.............................................................................. 00

Brix % do extrato do digestor.................................................. 00 Pol % bagaço.................................................................................. 00

Pol % do extrato do digestor.................................................... 00 Brix % bagaço................................................................................ 00

Pureza % do extrato do digestor............................................ 00 Açúcares redutores % bagaço................................................. 00

AR % do extrato do digestor.................................................... 00 Açúcares redutores totais % bagaço..................................... 00

ART % do extrato do digestor.................................................. 00 Método do Digestor a frio...................................................................... 00

Massa Específica do extrato do digestor............................. 00 Pol % bagaço.................................................................................. 00

Fibra % cana................................................................................... 00 Brix % bagaço................................................................................ 00

Brix % cana...................................................................................... 00 Fibra % bagaço.............................................................................. 00

Pol % cana....................................................................................... 00 Impureza mineral % bagaço.................................................................. 00

Açúcares redutores % cana....................................................... 00 Porcentagem de pol em células abertas .......................................... 00

Açúcares redutores totais % cana.......................................... 00 3.3 Caldo.......................................................................................................................................... 00

Açúcares totais recuperáveis % cana.................................... 00 3.3.1 Amostragem...................................................................................................... 00

3.2 Bagaço....................................................................................................................................... 00 3.3.2 Parâmetros Tecnológicos.............................................................................. 00

3.2.1 Amostragem...................................................................................................... 00 3.4 Estração de Moenda............................................................................................................. 00

3.2.2 Parâmetros Tecnológicos.............................................................................. 00 3.4.1 Introdução.......................................................................................................... 00

Método da Prensa...................................................................................... 00 3.4.2 Amostragem...................................................................................................... 00

Extração do caldo e determinação do PBU......................... 00 3.4.3 Cálculos das extrações................................................................................... 00

Brix % caldo extraído do bagaço............................................ 00 Extração acumulada de pol % pol na cana....................................... 00

Pol % caldo extraído do bagaço............................................. 00 Extração individual de pol % pol na cana......................................... 00

Pureza % do caldo extraído do bagaço................................ 00 Extração individual de pol % pol no bagaço................................... 00

Açúcares redutores % caldo extraído do bagaço............. 00 Extrações reduzidas.................................................................................. 00

Açúcares redutores totais % caldo extraído do bagaço. 00 Segundo Noel Deer..................................................................... 00

Umidade % bagaço..................................................................... 00 Segundo Mittal.............................................................................. 00

Método de secagem pela estufa elétrico............... 00 Total................................................................................................... 00

32
64 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 65

Embebição % cana.................................................................................... 00 3.1. Cana Desfibrada


Exemplo numérico.................................................................................... 00
Determinação de parâmetros de qualidade da cana preparada para moagem, também cha-
3.5 Bagacilho (Cush-Cush)......................................................................................................... 00
mada de cana desfibrada.
3.5.1 Amostragem...................................................................................................... 00

3.5.2 Parâmetros Tecnológicos.............................................................................. 00 3.1.1 Amostragem


Umidade % bagaço do bagacilho........................................................ 00
Esta amostragem deve ser realizada na esteira de cana, antes do retorno do bagacilho, O
Fibra % bagaço do bagacilho................................................................ 00 correto procedimento é para que a amostragem se desenvolva em um período de 15 minu-
Brix % bagaço do bagacilho................................................................... 00 tos e ao longo da largura da esteira. Para isto é sempre recomendada à construção de uma
passarela sobre a esteira para que o analista tenha condições de conforto e segurança para
Pol % bagaço do bagacilho.................................................................... 00
coleta das amostras. Em pequenos intervalos de tempo devem ser coletadas sub-amostras
Peso do caldo extraído do bagacilho................................................. 00 para que ao final dos 15 minutos se tenha uma amostra de aproximadamente 10kg de cana.
Brix % bagacilho......................................................................................... 00
No laboratório esta amostra deve ser totalmente homogeneizada e posteriormente dividida
Pol % bagacilho.......................................................................................... 00
em duas partes. Uma delas servirá para determinação do índice de preparo enquanto a outra
Umidade % bagacilho.............................................................................. 00 será para determinação dos parâmetros tecnológicos. Quando os métodos destes parâme-
Fibra % bagacilho...................................................................................... 00 tros se basearem no CONSECANA a parcela destinada a estas análises deve ser passada na
forrageira para que tenha o mesmo preparo da cana amostrada pela sonda e assim compa-
Exemplo numérico.................................................................................... 00
rada suas qualidades com menor interferência. Quando o método for o digestor, as amostras
3.6 Curva de Brix........................................................................................................................... 00 não devem ser passadas na forrageiras.
3.6.1 Amostragem...................................................................................................... 00
3.1.2 Índice de Preparo
3.6.2 Exemplo de uma curva de Brix................................................................... 00

Determinação da percentagem de células abertas, também chamada de índice de preparo,


em amostras de cana preparada

NOTAS:
• Como dito no item amostragem, para esta análise a amostra não deve ser passada na
forrageira;
• Esta análise tem como principal objetivo avaliar o sistema de preparo de cana insta-
lado na usina. Logo não se deve proceder a separação de cana para posterior análise;

Para amostras de cana com pedaços MENORES que 10cm

Técnica
• Coletar cerca de 10kg de uma amostra de cana preparada, sendo esta a mais repre-
sentativa possível;
• Homogeneizar bem a amostra;

33
66 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 67

• Pesar 500g da amostra e transferir para o copo do digestor com auxílio de um funil e • Pesar a fração restante, ou seja, a fração dos pedaços de cana menores do que 10cm;
pincel; • Proceder a análises conforme citado anteriormente para amostra de cana desfibrada
• Adicionar 2000g de água destilada; com pedaços menores do que 10cm e calcular o percentual de cana preparada.
• Colocar no digestor por 15min e filtrar em funil de tela cerca de 200mL;
• Adicionar 1–2g de subacetato de chumbo seco em pó, agitar, filtrar e proceder à lei- Cálculos
tura sacarimétrica do extrato do digestor (Ld);
• Tomar outra quantidade da amostra e pesar duas porções de 500g e transferir para os IP(% células abertas) =
(400 x r)
x ( ba )
dois vasilhames do agitador;
• Adicionar a cada vasilhame 2000g de água destilada;
{[( 5-r- ( F%C100(1 - r ) )([{
• Colocar no agitador por 15min;
• Filtrar ambas as amostras agitadas e proceder às leituras sacarimétricas (L1 e L2), con- Onde:
forme realizado para amostra do digestor. IP Índice de preparo
F%C Fibra % cana
Cálculos A peso da fração de cana preparada, ou seja, a fração de cana restante após a retirada
dos pedaços maiores do que 10cm;
(400 x r) B peso total da amostra, no caso recomendado igual a 50Kg;
IP(% células abertas) =
{[( 5-r- ( F%C100(1 - r ) )([{ r Relação entre as leituras sacarimétricas, calculado assim:

[( L1 + L2 ) × 0,5 ]
r=
Onde: Ld
IP Índice de preparo
F%C Fibra % cana Onde:
r Relação entre as leituras sacarimétricas, calculado assim: L1 leitura sacarimétrica do extrato do agitador vasilhame 1.
L2 leitura sacarimétrica do extrato do agitador vasilhame 2.
[( L1 + L2 ) × 0,5 ] - P2) Ld leitura sacarimétrica do extrato do digestor.
r=
Ld
3.1.3 Parâmetros Tecnológicos
Onde:
L1 leitura sacarimétrica do extrato do agitador vasilhame 1 Determinação dos parâmetros tecnológicos na cana desfibrada pelo método da prensa e do
L2 leitura sacarimétrica do extrato do agitador vasilhame 2 digestor a frio
Ld leitura sacarimétrica do extrato do digestor
MÉTODO DA PRENSA
Para amostras de cana com pedaços maiores que 10cm
Preparo da Amostra
Técnica Extração do Caldo e Determinação do PBU
• Coletar e pesar cerca de 50Kg de uma amostra de cana desfibrada, sendo esta a mais Brix % Caldo Extraído
representativa possível; Pol % Caldo Extraído
• Colocar a amostra sobre uma lona plástica, separar e desprezar os pedaços de cana Pureza % Caldo Extraído
maiores que 10cm; AR % Caldo – Calculado

34
68 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 69

AR % Caldo – Analisado MÉTODO DE SECAGEM PELA ESTUFA ELÉTRICA


ART % Caldo – Calculado
Fibra % Cana – Método da Prensa Técnica
Fibra % Cana – Método Tanimoto • Pesar 100g da amostra – cana desintegrada na forrageira – no cesto de tela;
Brix % Cana • Levar à estufa a 105°C até peso constante;
Pol % Cana • Retirar e pesar em balança semi-analítica.
AR % Cana
ART % Cana Cálculos
ATR % Cana
Umidade% = P1 - P2
NOTAS:
• Para determinação de TODOS os parâmetros tecnológicos acima proceder conforme Onde:
metodologias citadas no capítulo 01 – Sistema de Pagamento de Cana P1 peso do cesto + amostra “ in natura “ (antes da secagem)
• As determinações de AR e de ART também estão citadas no capítulo 04 – Caldos, pe- P2 peso do cesto + amostra seca
los métodos Eynon-Lane e Somogy- Nelson.
MÉTODO DE SECAGEM PELA ESTUFA SPENCER
UMIDADE % CANA
Técnica
Determinação da umidade % cana por cálculos e métodos gravimétricos • Pesar exatamente 100g da amostra no cesto da estufa Spencer (P1);
• Ligar a estufa e deixar em funcionamento por 45min;
• Desligar, remover o cesto e pesar (P2).

MÉTODO DE CÁLCULO OBSERVAÇÃO


Deve-se recolocar o cesto na estufa e deixar em funcionamento por mais 5min e repesar o
NOTA: cesto. Se a perda adicional não for maior que 0,1g, aceitar a segunda pesagem. Se a perda for
A umidade da cana pode ser definida como sendo a quantidade de água existente no caldo maior que 0,1g, secar por mais 5 minutos e considerar o novo peso.
mais a água existente no bagaço. A água existente no caldo pode ser estimada como sendo
100 – Brix % caldo. Assim, conhecendo a fibra % cana e o Brix % caldo pode determinar a Cálculos
umidade % cana.
Umidade% = P1 - P2
Cálculos
Onde:
Umidade%cana = 100 - B - F P1 peso do cesto + amostra “ in natura “ (antes da secagem)
P2 peso do cesto + amostra seca
Onde:
B Brix % caldo NOTA:
F Fibra % cana No livro Cálculos da Agroindústria da Cana-de-açúcar de autoria de Antônio Carlos Fernan-
des (STAB, Piracicaba – SP, 2000) são citados alguns cálculos especiais para análises de cana
pela prensa que não são utilizados pelo Sistema de Pagamento de Cana, mas podem ser

35
70 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 71

úteis nos cálculos de projetos e pesquisas. A seguir estes cálculos são apresentados. Onde:
B % BAGprensa Brix%bagaço da prensa
CALDO EXTRAÍDO PELA PRENSA % CANA B%cana Brix%cana
B%caldo Brix % caldo
Cálculos
POL % BAGAÇO DA PRENSA
CE%C = 100 - ( PBU
5 ) Cálculos

Onde:
Pol%BAGprensa =
[
P%cana - P%caldo x 1-
PBU
500 ]
CE%C Caldo extraído pela prensa % cana 100
PBU Peso do bolo úmido PBU

CALDO EXTRAÍDO PELA PRENSA % CALDO ABSOLUTO Onde:


Pol%BAGprensa Pol%bagaço da prensa
Cálculos P%cana Pol%cana

CE%Cabs =
[ 100 - PBU
5 ] P%caldo Pol%caldo

(1-0,01×F) MÉTODO DO DIGESTOR A FRIO

Onde: PREPARO DO EXTRATO DO DIGESTOR


CE%Cabs Caldo extraído pela prensa % caldo absoluto
F Fibra % cana Técnica
• Pesar 500g da amostra – cana desfibrada – e transferir para o copo do digestor;
POL EXTRAÍDA PELA PRENSA % POL NA CANA • Adicionar 1000mL de água destilada;
• Levar ao digestor durante 15min;
Cálculos • Filtrar o extrato em tela e proceder as análises dos parâmetros tecnológicos.

POLprensa%POLcana =
[PBU
Pol%caldo 100 - 5 ] Brix % Extrato do Digestor
(Pol%cana) Pol % Extrato do Digestor
Pureza % Extrato do Digestor
BRIX % BAGAÇO DA PRENSA AR % Extrato do Digestor
ART % Extrato do Digestor
Cálculos
NOTAS:

B%BAGprensa =
[ PBU
B%cana - B%caldo x 1 - 500 ] • Para determinação de TODOS os parâmetros tecnológicos citados acima proceder
conforme metodologias citadas no capítulo 01 – Sistema de Pagamento de Cana,
100 considerando o extrato do digestor como sendo o caldo prensado.
PBU • As determinações de AR e de ART também estão citadas no capítulo 04 – Caldos, pe-

36
72 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 73

los métodos Eynon-Lane e Somogy-Nelson. AÇÚCARES REDUTORES TOTAIS % CANA

MASSA ESPECÍFICA DO EXTRATO DO DIGESTOR Cálculos

Cálculos ART%cana = ART%extrato digestor × [3 - (0,01 × Fibra%cana)]

Meext = 0,003997 × B + 0,99784 AÇÚCARES TOTAIS RECUPERÁVEIS % CANA

Onde: NOTA:
Meext Massa específica do extrato do digestor Para determinação do ATR % Cana proceder conforme cálculo citado no capítulo 01 – Siste-
B Brix % caldo extrato do digestor ma de Pagamento de Cana.

NOTA:
Esta equação é válida para o Brix%caldo na faixa de 3,0 a 7,5%. 3.2 Bagaço

FIBRA % CANA 3.2.1 Amostragem

Cálculos A amostragem do bagaço é sempre muito questionada devido à dificuldade de obtenção


de uma amostra representativa. Por ser um material que representa perda de açúcar para
[100 - %umidade - ( 3 × Brix%estratodigestor )]
Fibra%cana = o processo, sua amostragem deve ser contínua, porém com uma preservação eficiente da
[1 - ( 0,01 × Brix%extratodigestor )] amostra para evitar a inversão da sacarose e formação de outros compostos. Clorofórmio e
quaternários de amônia são as substâncias mais encontradas e eficientes para conservação
BRIX % CANA dessas amostras. No caso de amostras acondicionadas em geladeiras é também recomenda-
da a utilização dos conservantes citados anteriormente.
Cálculos
Alem da conservação outro detalhe deve ser levado em consideração: a umidade relativa do
Brix%cana = Brix%extrato digestor × [3 - (0,01 × Fibra%cana)] ar. Existem casos em que amostras de bagaço coletadas de forma contínua e devidamente
conservadas, ainda assim se alteram por perda de água e caldo para o meio ambiente de-
POL % CANA vido à baixa umidade relativa do ar. Nestes casos os resultados de umidade e pol passam a
ser totalmente duvidosos, sendo recomendada a amostragem instantânea ou composta por
Cálculos sub-amostras coletadas no período de 15min, seja manual ou mesmo através de amostra-
dores contínuos.
Pol%cana = Pol%extrato digestor × [3 - (0,01 × Fibra%cana)]
3.2.2 Parâmetros Tecnológicos
AÇÚCARES REDUTORES % CANA
Determinação dos parâmetros tecnológicos do bagaço pelos métodos da prensa e do diges-
Cálculos tor a frio.

AR%cana = AR%extrato digestor × [3 - (0,01 × Fibra%cana)]

37
74 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 75

MÉTODO DA PRENSA Cálculos

EXTRAÇÃO DO CALDO E DETERMINAÇÃO DO PBU Umidade%bagaço = 81,63 - (0,16 × PBU)

Técnica Onde:
• Pesar 250g da amostra em balança analítica com legibilidade de até 0,5g e transferir PBU Peso do bolo úmido obtido da prensagem do bagaço.
para o cilindro da prensa com auxílio de um pincel;
• Prensar a amostra na prensa hidráulica durante 1 minuto a 250 Kgf/cm2 e coletar o FIBRA % BAGAÇO
caldo em copo plástico que servirá para as análises dos parâmetros tecnológicos do
caldo; Cálculos
• Retirar o bolo úmido (bagaço prensado), transferir para uma bacia plástica e pesar em
(100-Umid%bag-B%CEBag)
balança de precisão, anotando como PBU. F%bag =
(1-0,01×B%CEBag)
Brix % Caldo Extraído do Bagaço Onde:
Pol % Caldo Extraído do Bagaço F % bag Fibra % bagaço
Pureza % Caldo Extraído do Bagaço Umid%bag Umidade % bagaço
Açúcares Redutores % Caldo Extraído do Bagaço B%CEBag Brix % caldo extraído do bagaço
Açúcares Redutores Totais % Caldo Extraído do Bagaço
POL % BAGAÇO
NOTAS:
Para determinação de todos os parâmetros tecnológicos citados acima proceder conforme Cálculos
metodologias citadas no capítulo 01 – Sistema de Pagamento de Cana, considerando o caldo
extraído do bagaço como sendo o caldo prensado. Pol%bag = Pol%CEBag × (1 - 0,01 × F%bag)
As determinações de AR e de ART também estão citadas no capítulo 04 – Caldos, pelos mé- Onde:
todos Eynon-Lane e Somogy-Nelson. Pol%bag Pol % bagaço
Pol%CEBag Pol % caldo extraído do bagaço
UMIDADE % BAGAÇO F%bag Fibra % bagaço

Determinação da quantidade de água, expressa em percentagem de umidade, por métodos BRIX % BAGAÇO
gravimétricos e por método estatístico da equação de regressão linear
Cálculos
Método de secagem pela estufa elétrica
Proceder conforme metodologia indicada para análise de cana Brix%bag = Brix%CEBag × (1-0,01 × F%bag)

Método de secagem pela estufa Spencer Onde:


Proceder conforme metodologia indicada para análise de cana Brix%bag Brix % bagaço
Brix%CEBag Brix % caldo extraído do bagaço
Método por equação de regressão Linear F%bag Fibra % bagaço

38
76 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 77

AÇÚCARES REDUTORES % BAGAÇO em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o
volume com água destilada
Cálculos
Técnica
AR%bag = AR%CEBag × (1-0,01 × F%bag) • Pesar exatamente 100g da amostra do bagaço homogeneizado e transferir para o
copo do digestor;
Onde: • Adicionar 1000mL de água destilada contendo 15mL da solução de carbonato de só-
AR%bag Açúcares redutores%bagaço dio 5%;
AR%CEBag Açúcares redutores%caldo extraído do bagaço • Levar ao digestor durante 10min;
F%bag Fibra%bagaço • Desligar o digestor e deixar esfriar;
• Filtrar em tela e separar cerca de 200mL para determinação da pol;
AÇÚCARES REDUTORES TOTAIS % BAGAÇO • Adicionar de 1 a 2g de subacetato de chumbo seco, em pó e agitar;
• Filtrar em papel de filtro, desprezando os primeiros 25mL do filtrado;
Cálculos • Com o filtrado límpido e transparente fazer a leitura sacarimétrica.

ART%bag = ART%CEBag × (1-0,01 × F%bag) Cálculos

Onde:
ART%bag Açúcares redutores totais % bagaço
Pol%Bagaço =
[ Ls × 26 × ( 1000 + Umidade%bagaço )

(
10.000 - Ls × 26 ×
100
Q (
[
ART%CEBag Açúcares redutores totais % caldo extraído do bagaço
F%bag Fibra % bagaço Onde:
Ls leitura sacarimétrica
NOTA: Q pureza do caldo residual
Muitas unidades industriais estimam os teores de açúcares redutores no bagaço em função
de suas baixas concentrações. Neste caso cálculo para determinação dos açúcares redutores NOTA:
totais no bagaço é o seguinte: Quando não coincidem as amostragens de bagaço e do caldo de última pressão (último rolo
da moenda), é comum algumas unidades industriais fixarem a pureza do caldo residual (Q)
Cálculos em 65%.

[
ART%Bagaço = Pol%bagaço × 1,0526 + Pol%bag x ( Pol )[
ARcana
cana
BRIX % BAGAÇO

Cálculos
MÉTODO DO DIGESTOR A FRIO

POL % BAGAÇO
Brix%bagaço = ( Pureza%caldo
Pol%bagaço
residual
) x100
Reagentes e soluções NOTA:
A pureza do caldo residual é determinada após a coleta do caldo residual no último terno da
Carbonato de sódio 5%: Pesar exatamente 5g de carbonato de sódio (Na2CO3) e dissolver moenda e analisados pol % caldo e Brix % caldo conforme metodologias citadas no capítulo

39
78 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 79

01 – Sistema de Pagamento de Cana. • Adicionar 2000g de água destilada;


• Colocar no digestor por 15min e filtrar em funil de tela cerca de 200mL;
FIBRA % BAGAÇO • Adicionar 1-2g de subacetato de chumbo seco em pó, agitar, filtrar e proceder à leitu-
ra sacarimétrica do extrato do digestor (Ld).
Cálculos • Tomar outra quantidade da amostra e pesar duas porções de 250g e transferir para os
dois vasilhames do agitador;
Fibra%bagaço = 100 - (Umidade%bagaço + Brix%bagaço) • Adicionar a cada vasilhame 1500g de água destilada;
• Colocar no agitador por 15min;
IMPUREZA MINERAL % BAGAÇO • Filtrar ambas as amostras agitadas e proceder às leituras sacarimétricas (L1 e L2), con-
forme realizado para amostra do digestor.
Técnica
• Da amostra do bagaço pesar exatamente 25g em balança analítica, usando uma cáp- Cálculos
sula de porcelana previamente tarada em mufla a 550ºC por 30 minutos;
(600 x r)
• Levar a cápsula mais a amostra para a mufla, e quando esta atingir a temperatura de PCA =
800ºC deixar permanecer por 2h. Atingido o tempo, desligar a mufla e esperar que a ( 9 - r -( F%b100(1 - r ) )
temperatura chegue a 150ºC. Neste momento, retirar a cápsula com a amostra incine-
rada e transferir para um dessecador por 30 minutos; Onde:
• Após este tempo, pesar a cápsula em balança analítica. PCA Porcentagem de pol em células abertas
F%b Fibra % bagaço
Cálculos r Relação entre as leituras sacarimétricas, calculado assim:
P1 Peso da cápsula + amostra “in natura”
P2 Tara da cápsula [( L1 + L2 ) × 0,5]
P3 Peso da amostra “in natura” (P1 - P2) r=
Ld
P4 Peso da cápsula + amostra incinerada
P5 Peso da amostra incinerada (P4 - P2) Onde:
L1 leitura sacarimétrica do extrato do agitador vasilhame 1;
% IM Percentual de impureza mineral L2 leitura sacarimétrica do extrato do agitador vasilhame 2;
Ld leitura sacarimétrica do extrato do digestor.
%IM = ( PP ) x100
5

3 NOTA:
Segundo o Manual de Controle Químico da Fabricação de Açúcar do Centro de Tecnologia
PORCENTAGEM DE POL EM CÉLULAS ABERTAS Canavieira (Piracicaba, 2005), quando não se conhece a fibra % bagaço pode-se utilizar os
valores na tabela abaixo com erro desprezível, para um conjunto de 4 a 7 ternos de moenda.
Técnica
• Coletar cerca de 5kg de uma amostra de bagaço, sendo esta a mais representativa Valores Estimados da Fibra % Bagaço
possível; Números de Ternos
• Homogeneizar bem a amostra; Ternos 1 2 3 4 5 6 7
• Pesar 250g da amostra e transferir para o copo do digestor com auxílio de um funil e 4 30 37 44 50 - - -
pincel; 5 30 35 40 45 50 - -

40
80 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 81

6 30 34 38 42 46 50 - dual de cada terno, porque requer um maior tempo e pessoal disponível para realização das
7 30 34 38 41 44 47 50 amostragens e análises. Na imensa maioria das indústrias esta freqüência é de duas a três
vezes por semana, freqüência esta que nem sempre é aceita pelos setores de manutenção
que preferem que sejam realizadas diariamente.

3.3 Caldos
Vale lembrar que existem controles mais rápidos e menos trabalhosos para estas avaliações,
como é o caso da eficiência acumulada e principalmente da curva de Brix.
3.3.1 Amostragem

As amostras de caldo para este controle de moagem podem ser obtidas nas saídas de cada 3.4.2 Amostragem
terno ou através das prensagens dos bagaços de cada terno da moenda. No caso do controle
Para determinação da extração acumulada pol%pol na cana, as coletas das amostras de cana
de extração terno a terno, recomenda-se que sejam coletados os caldos nas saídas dos rolos
desfibradas devem ser conforme descrita no item 3.1 – Cana Desfibrada, deste capítulo. Já o
da moenda, conforme será detalhado adiante.
bagaço deve ser coletado na saída do último terno da moenda em toda extensão dos rolos.

3.3.2 Parâmetros Tecnológicos


Quando as amostragens se destinarem às extrações individuais de pol%pol na cana e
Determinação dos parâmetros tecnológicos do caldo-de-cana obtido no sistema de moa-
pol%pol nos bagaços, os procedimentos devem ser cuidadosamente realizados para que
gem
os bagaços e caldos extraídos representem simultaneamente os materiais processados nos
respectivos ternos. Um procedimento usual para estas extrações individuais, também co-
NOTA:
nhecidas como extrações terno a terno, é a “marcação” da cana desfibrada com cal, para que
Para determinação dos parâmetros tecnológicos no caldo proceder conforme metodologias
os bagaços nas saídas dos ternos se tornem esverdeados e assim se consiga coletá-los ao
citadas nos capítulos 01 – Sistema de Pagamento de Cana e 04 – Caldos
mesmo tempo que os caldos extraídos por esses ternos.

3.4 Extração de Moenda


3.4.3 Cálculos das Extrações
Determinação da eficiência de extração de moenda por cálculos, considerando as análises já
Cálculos das extrações individual e acumulada de pol%pol na cana e da extração individual
citadas neste capítulo.
de pol%pol no bagaço, através das relações de pol / fibra na cana e nos bagaços.

3.4.1 Introdução
NOTA:
Para os cálculos de extração serão utilizadas as seguintes nomenclaturas:
O conhecimento da eficiência da extração é de fundamental importância não apenas para
Sc Pol % cana
o setor de manutenção da fábrica, mas também para o setor químico, uma vez que está
Fc Fibra da cana
diretamente relacionada com a eficiência da indústria como um todo. Isto faz com que o
Sbn Pol % bagaço no terno n
controle de moagem necessite uma atenção maior por parte dos técnicos dos laboratórios,
Fbn Fibra % bagaço no terno n
desde sua amostragem até a obtenção dos dados e interpretação dos valores das eficiências
N Número do terno
de extração.

EXTRAÇÃO ACUMULADA DE POL % POL NA CANA - EAC


As freqüências destes controles também são motivos de muitas discórdias por parte dos
técnicos. Estas devem ser definidas de modo a não sobrecarregar as atividades do laborató-
rio, mas também que não comprometam as informações de avaliação do desempenho da
moenda. O principal ponto destas discussões é sem dúvida a freqüência da extração indivi-

41
82 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 83

Relação pol / fibra na cana – SFc NOTA:


Quando n=1, ou seja, no primeiro terno da moenda, a extração individual é igual à extração
SFc = ( SL ) x 100
c

d
acumulada. Logo EIb1 = EAc1.

Relação pol / fibra no bagaço (de cada terno) – SFbn EXTRAÇÕES REDUZIDAS

SFbn = ( SL ) x 100
bn

bn
Determinação das extrações, expressas em percentagem, para uma fibra padrão de 12,5%

• Segundo Noel Deer (ERD)


Cálculos

EACn =
[ ( SFc - SFbn )
SFc [ x100 ERD = 100 -
[( 100 - E ) × ( 100 - Fibra%cana )]
( 7 × Fibra%cana )

NOTA: Onde:
Nestes cálculos a relação pol / fibra no bagaço se refere ao bagaço do último terno da mo- ERD Extração reduzida segundo Noel Deer
enda E Extração de pol % pol na cana

EXTRAÇÃO INDIVIDUAL DE POL % POL NA CANA - EIC • Segundo Mittal (ERM)

Cálculos
( Fibra%cana
1 - 12,5
) x (100-E)
ERM = 100 x [ ]
EICn =
[ ( SFB(n - 1) - SFbn )
SFc [ x100
100

Onde:
NOTA: ERM Extração reduzida segundo Mittal
Quando n=1, ou seja, no primeiro terno da moenda, a extração individual é igual à extração E Extração de pol % pol na cana
acumulada. Logo EIC1=EAC1
• Total (ERT)

EXTRAÇÃO INDIVIDUAL DE POL % POL NO BAGAÇO - EIB


ERT = 100 x ( Fibra%bagaço
Pol%bagaço
)
Cálculos Onde:
ERT Extração reduzida total
EIBn =
[ ( SFB(n - 1) - SFbn )
SFB(n - 1) [ x100

42
84 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 85

Exemplo Numérico EIB1 = EAC1 = 78,15


EIB2 = [(20,51 – 14,59)/20,51] x 100 = 28,86
1. Dados Analíticos EIB3 = [(14,59 – 9,22)/14,59] x 100 = 36,81
EIB4 = [(9,22 – 5,92)/9,22] x 100 = 35,79
Pol%cana – SC = 12,2
Fibra%cana – FC = 13,0 Extrações Reduzidas

Ternos Segundo NOELL DEER


Números de Ternos
1° 2° 3° 4° ERND = 100 – {[(100 – 93,69) x (100 – 13,0)]/(7 x 13,0)} = 93,97
Pol (%) Bagaço – Sb 7,47 5,73 4,06 2,74
Umidade (%) Bagaço - Ub 54,93 53,87 50,90 50,14 Segundo MITTAL
Brix (%) Bagaço 8,65 6,86 5,06 3,58 ERM = 100 x [1 – (12,5 / 13,0) x ((100 – 93,69) / 100)] = 93,93
Pureza do Caldo - Pza 83,36 83,53 80,24 76,54
Fibra (%) Bagaço - FB 36,42 39,27 44,04 46,28 Extração Reduzida Total = 100 x [1 – (2,74 / 46,28)] = 94,08

2. Cálculos EMBEBIÇÃO % CANA

Relação Pol / Fibra na Cana = (12,2 / 13,0) x 100 = 93,85 Cálculos

Relação Pol / Fibra nos Bagaços (terno a terno): Bagaco%cana = ( (Fibra%bagaco)


(Fibra%cana)
) x100
1° terno: (7,47 / 36,42) x 100 = 20,51
2° terno: (5,73 / 39,27) x 100 = 14,59
3° terno: (4,06 / 44,04) x 100 = 9,22
4° terno: (2,74 / 46,28) x 100 = 5,92 [( 100 × Brix%cana) - (Bagaco%cana × Brix%bagaco )]
Caldo misto%cana =
(%Caldo misto)

Extração Acumulada de Pol % Pol na Cana: Exemplo Numérico


EAC1 = [(93,85 – 20,51)/93,85] x 100 = 78,15
EAC2 = [(93,85 – 14,59)/93,85] x 100 = 84,45 1.Dados Analíticos
EAC3 = [(93,85 – 9,22)/93,85] x 100 = 90,17
EAC4 = [(93,85 – 5,92)/93,85] x 100 = 93,69 Fibra % cana – FC 13,0
Brix % cana – BC 14,86
Extração Individual de Pol % Pol na Cana: Fibra % bagaço – Fb 46,28
EIC1 = EAC1 = 78,15 Brix do bagaço – Bb 3,58
EIC2 = [(20,51 – 14,59)/93,85] x 100 = 6,31 Brix do caldo misto – BCM 13,90
EIC3 = [(14,59 – 9,22)/93,85] x 100 = 5,72
EIC4 = [(9,22 – 5,92)/93,85] x 100 = 3,52 2.Cálculos

Extração Individual de Pol % Pol na Cana: Bagaço % cana = (13,0 / 46,28) X 100 = 28,09

43
86 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 87

Caldo misto % cana = [(100 x 14,86) – (28,09 x 3,58)]/13,90 = 99,67 Onde:


Embebição % cana = (99,67 + 28,09) – 100 = 27,76 Ub Umidade % bagaço
R1 Peso do bolo úmido em gramas
R2 Peso do bolo seco em gramas
3.5 Bagacilho (Cush-Cush)
NOTA:
Determinação de parâmetros tecnológicos no material retido nas peneiras, também chama- Os procedimentos das determinações a seguir no bagaço do bagacilho são os citados no
do de bagacilho ou retorno do cush-cush. método do digestor a frio para bagaço (item 3.2 deste capítulo) considerando 100g da amos-
tra mais 1000g de água, ou seja, fator de diluição igual a 11.
NOTA: FIBRA % BAGAÇO DO BAGACILHO
Os procedimentos para as análises de caldo e bagaço são os métodos da prensa e digestor
a frio citados nos capítulos 01 – Sistema de Pagamento de Cana; 04 – Caldos, e neste capí- Cálculos
tulo 03 – Controle de Moagem. Os cálculos dessas análises estão mostrados a seguir e se
diferenciam dos já mostrados devido à mudança da quantidade de amostra prensada. Estes Fb = (100 - Ub - 11 × Bext)
resultados serão utilizados posteriormente para determinação dos parâmetros tecnológicos (1-0,01×Bext)
do bagacilho.
Onde:
3.5.1 Amostragem Fb Fibra % bagaço
Bext Brix % do extrato do digestor
Proceder a amostragem na saída da esteira sem-fim de retorno do bagacilho para esteira de
cana desfibrada. Deve-se amostrar uma quantidade equivalente a 5Kg. BRIX % BAGAÇO DO BAGACILHO
Cálculos
3.5.2 Parâmetros Tecnológicos
Bb = Bext × ( 11 - 0,01 × Fb )
Técnica Onde:
• Pesar 1.000g da amostra em uma bacia plástica; Bb Brix % bagaço
• Transferir todo este material para o cesto da prensa;
• Prensar para obtenção do caldo nas condições de 250 Kgf/cm2 durante um minuto; POL % BAGAÇO DO BAGACILHO
• Remover o bolo de bagaço e pesar anotando seu peso como PBU. Cálculos

UMIDADE % BAGAÇO DO BAGACILHO Sb= Sext × ( 11 - 0,01 × Fb )

NOTA: Onde:
A determinação da umidade no bagaço do bagacilho é realizada secando o peso do bolo Sb Pol % bagaço
úmido, conforme já citado neste capítulo para determinação da umidade em cana. Sext Pol % extrato do digestor

Cálculos PESO DO CALDO EXTRAÍDO DO BAGACILHO

Ub =
[ ( R1 - R2 )
R1 [ x100

44
88 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 89

Cálculos Cálculos

PCE=1000-PBU (R1 × Fb )
Fibra%bagacilho =
1000
Onde:
PCE Peso do caldo extraído Exemplo Numérico
PBU Peso do bolo úmido obtido na prensa
1. Dados Analíticos
BRIX % BAGACILHO
R1 Peso do bolo úmido = 128,17g
Cálculos R2 Peso do bolo seco = 65,1g
BCE Brix % do caldo extraído = 14,3
( PCE × BCE + R1 × Bb ) SCE Pol % do caldo extraído = (Ls = 46,88) = 11,55
Brix%bagacilho =
1000 Sext Pol do extrato do digestor (Ls = 1,85) = 0,48
Bext Brix do extrao do digestor = 1,1
Onde:
BCE Brix % caldo extraído da prensa 2. Cálculos

POL % BAGACILHO Ub = ((128,17 – 65,1)/128,17) x 100 = 49,21


Fb = ((110 – 49,21) – (11 x 1,1))/(1 –(0,01 x 1,1)) = 39,12
Cálculos Bb = 1,1 x (11 – (0,01 x 39,12)) = 11,67
Sb = 0,48 x (11 – (0,01 x 39,12)) = 5,09
( PCE × SCE + R1 × Bb ) PCE = 1.000 – 128,17 = 871,83
Pol%bagacilho =
1000 Brix% bagacilho = [(871,83 x 14,3) + (128,17 x 11,67)]/1.000 = 13,96
Pol% bagacilho = [(871,83 x 11,55) + (128,17 x 5,09)]/1.000 = 10,72
Onde: U% bagacilho = {[(100 – 14,3) x 871,83] + (128,17 x 49,21)}/1.000 = 81,02
BCE Pol % caldo extraído da prensa Fibra%bagacilho = (128,17 x 39,3)/1.000 = 5,04

UMIDADE % BAGACILHO
3.6 Curva de Brix
Cálculos
Avaliação do desempenho dos ternos da moenda através da curva de Brix dos caldos extra-
(100 - BCE) × (PCE × BCE + R1×Bb ) ídos
Umidade%bagacilho =
1000
3.6.1 Amostragem
FIBRA % BAGACILHO
Embora pareça simples, a amostragem para este controle requer bastante atenção. Devem
ser coletadas amostras de caldos que na medida do possível representem as porções de
canas que estão sendo moídas. Recomenda-se por isso que a cana desfibrada ao entrar na

45
90 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 91

moenda seja marcada com uma quantidade de cal e à medida que avancem na moenda os
caldos sejam coletados em baixo dos ternos.
Técnica

A curva de Brix se baseia na elaboração de um gráfico onde são colocados nos eixos das
abscissas os números dos ternos da moenda e no eixo das ordenadas são colocados os va-
lores da relação entre o Brix do caldo de cada terno e o Brix do caldo primário. Esta relação é
denominada de “r”.

A curva obtida é comparada com uma outra curva, chamada “ideal”, que é traçada normal-
mente com valores teóricos. Na verdade, a curva ideal deve ser estabelecida pela própria
unidade industrial, avaliando assim sua própria condição de moagem. A curva ideal deve
ser obtida no momento em que a moenda apresente um bom desempenho, mostrando um
decréscimo da relação do Brix em função, principalmente, da taxa de embebição, número de
ternos, et cana. Como ilustração pode-se considerar como curva ideal à elaborada a partir
dos seguintes dados de “r“ encontrados na literatura, para uma moenda de 6 ternos:

Ternos Valores de “r”


1º 1,00
2º 0,60
3º 0,40
4º 0,25
5º 0,10
6º 0,05

3.6.2 Exemplo de uma curva de Brix

Dados Analíticos
Ternos Brix Curba Ideal Curva Real
1º 20,10 1,00 1,00
2º 16,00 0,60 0,80
3º 11,80 0,40 0,59
4º 8,20 0,25 0,41
5º 7,20 0,10 0,36
6º 5,00 0,05 0,31

46
Capítulo 04
Caldos

47
Capítulo 04 - Caldos 95

Sumário

4.1 Brix % Caldo............................................................................................................................ 01

4.2 Pol % Caldo.............................................................................................................................. 00

4.3 Pureza % Caldo....................................................................................................................... 00

4.4 Açúcares Redutores % Caldo............................................................................................ 00

Método Eynon–Lane................................................................................................ 00

Método Somogyi–Nelson....................................................................................... 00

Método de Cálculo.................................................................................................... 00

4.5 Açúcares Redutores Totais % Caldo................................................................................ 00

4.6 Açúcares Redutores Infermentescíveis % Caldo........................................................ 00

4.7 Sacarose % Caldo.................................................................................................................. 00

4.8 Açúcares Totais % Caldo..................................................................................................... 00

4.9 Açúcares Redutores Fermentescíveis % Caldo........................................................... 00

4.10 Açúcares Totais Fermentescíveis % Caldo.................................................................. 00

4.11 Coeficiente Glucósico........................................................................................................ 00

4.12 pH .......................................................................................................................................... 00

4.13 Acidez Sulfúrica................................................................................................................... 00

4.14 Fosfato.................................................................................................................................... 00

Método comparativo................................................................................................ 00

Método colorimétrico (com solução redutora de Elon)............................... 00

Método colorimétrico (com solução ácida de amino naftol sulfônico). 00

Método colorimétrico (com digestão nítrica–perclórica)........................... 00

Método colorimétrico (com molibdato de sódio)......................................... 00

4.15 Dureza Total.......................................................................................................................... 00

4.16 Cálcio....................................................................................................................................... 00

4.17 Magnésio............................................................................................................................... 00

4.18 Nitrogênio Amoniacal....................................................................................................... 00

4.19 Sulfito...................................................................................................................................... 00

4.20 Cor ICUMSA........................................................................................................................... 00

48
96 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 97

4.21 Turbidez.................................................................................................................................. 00 4.1 Brix % Caldo


Método do espectrofotômetro............................................................................. 00
Determinação da percentagem de sólidos dissolvidos em solução, expressa em graus Brix,
Método do turbidímetro......................................................................................... 00
por densimetria.
4.22 Dextrana................................................................................................................................. 00

Método semi–quantitativo (HAZE)...................................................................... 00 NOTA:


No capítulo 01 – Sistema de Pagamento de Cana está citado a determinação do Brix por
Método quantitativo com solução de sacarose/TCA.................................... 00
refratometria, uma vez que os CONSECANAS não recomendam a determinação do Brix den-
4.23 Amido...................................................................................................................................... 00 simétrico.
4.24 Sílica......................................................................................................................................... 00
Técnica
4.25 Alumínio................................................................................................................................. 00
• Filtrar a amostra em tela de malha fina e encher uma proveta de 500mL
4.26 Cinzas Condutimétricas.................................................................................................... 00 • Imergir cuidadosamente o densímetro Brix (também chamado aerômetro) até o pon-
Método do rafinômetro........................................................................................... 00 to de flutuação, esperando 15min para realizar a leitura
• Caso o densímetro Brix não seja equipado com termômetro, imergir também um ter-
Método do condutivímetro.................................................................................... 00
mômetro e esperar que a temperatura estabilize
4.27 Resíduo Insolúvel................................................................................................................ 00 • Fazer a leitura no densímetro Brix e anotar a temperatura da amostra no momento
4.28 Compostos Fenólicos........................................................................................................ 00 da leitura

Método do ácido sulfanílico.................................................................................. 00


Cálculos
Método do Folin–Ciocalteu.................................................................................... 00

4.29 Nitrogênio Amínico............................................................................................................ 00 Brix%caldo = Leitura do densimetro ± Ft

4.30 Hidroximetilfurfural........................................................................................................... 00
Onde:
Ft Fator de correção da temperatura (tabela 1B)

4.2 Pol % Caldo

4.3 Pureza % Caldo

NOTAS:
• Os métodos de determinação de Pol % Caldo, Pureza % Caldo, Açúcares Redutores
% Caldo e Açúcares Redutores Totais % Caldo estão citados no capítulo 01 – Sistema
de Pagamento de Cana, de acordo com os manuais dos CONSECANAS.
• Neste capítulo serão novamente citados os procedimentos para determinação do AR
e ART pelos métodos Eynon–Lane, SomogY–Nelson e de Cálculos com pequenas alte-
rações de concentrações de soluções e cálculos de análises.

49
98 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 99

4.4 Açúcares Redutores % Caldo c) Transferir quantitativamente as duas soluções para balão volumétrico de 1000mL e ho-
mogeneizar
Determinação da concentração, em percentagem, de açúcares redutores (AR) utilizando os
métodos de Eynon–Lane, Somogyi–Nelson e de Cálculos. d) Completar o volume com água destilada e estocar em frasco de cor âmbar

MÉTODO EYNON–LANE NOTA:

Reagentes e soluções O licor de Fehling é preparado a partir da mistura de volumes iguais das soluções de Fehling
A e Fehling B.
• Solução de ácido clorídrico 1:1
• Solução de Fehling A Solução indicadora de azul de metileno 1%: Pesar 1g de azul de metileno em cápsula de
• Solução de Fehling B porcelana e dissolver com um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de
• Solução indicadora de azul de metileno 1% 100mL e completar o volume com água destilada.
• Solução de hidróxido de sódio 26%
• Solução indicadora de fenolftaleína 1% Solução de hidróxido de sódio 26%: Pesar em becker de 1000mL 260g de hidróxido de
• Solução padrão de açúcar invertido a frio 1% sódio (NaOH). Adicionar 800mL de água destilada e homogeneizar. Esfriar totalmente e com-
• Solução padrão de açúcar invertido a quente 1% pletar o volume até a marca .
• Solução padrão de açúcar invertido 1%, partindo da glicose p.a.
• Solução padrão de açúcar invertido 0,25% Solução indicadora de fenolftaleína 1%: Dissolver 1g de fenolftaleína em aproximadamen-
• Solução de ácido clorídrico 0,5N te 60mL de álcool etílico hidratado (C2H5OH), transferir para balão volumétrico de 100mL e
completar o volume com água destilada.
Preparo das Soluções
Solução padrão de açúcar invertido a frio 1%: Pesar o mais rápido possível 9,5000g de
Solução de ácido clorídrico 1:1: Numa proveta, medir 500mL de ácido clorídrico (HCl) con- sacarose (C12H22O11) seca em estufa a 100ºC. Transferir para balão volumétrico de 1000mL
centrado. Transferir para balão volumétrico de 1000mL contendo aproximadamente 300mL e adicionar 5mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado mantendo a solução sob agitação
de água destilada, adicionando o ácido aos poucos. Esfriar e completar o volume com água durante a adição do ácido e deixar em repouso durante 72h a 20ºC. Diluir a solução a apro-
destilada ximadamente 800mL e adicionar solução de ácido benzóico (C7H6O2) preparada com 2g do
ácido em aproximadamente 75mL de água destilada. Completar o volume do balão com
Solução de Fehling A: Pesar 69,28g de sulfato cúprico pentaidratado (CuSO4.5H2O) e dissol- água destilada, homogeneizar e estocar em frasco de vidro com boa vedação.
ver em um pouco de água. Transferir para balão volumétrico de 1000mL com auxílio de água
destilada e completar o volume. Guardar em frasco de cor âmbar Solução padrão de açúcar invertido a quente 1%: Pesar o mais rápido possível 0,9500g de
sacarose (C12H22O11) seca em estufa a 100ºC e transferir para balão volumétrico de 100mL.
Solução de Fehling B: Adicionar 2mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado e levar ao banho–maria e deixar duran-
a) Pesar em becker de 1000mL 346g de tartarato duplo de sódio e potássio tetraidratado te 12min a 65ºC. Deixar esfriar e completar o volume do balão com água destilada.
(KNaC4H4O6.4H2O) e adicionar aproximadamente 350mL de água destilada. Dissolver o rea-
gente, com auxílio de um bastão de vidro Solução padrão de açúcar invertido 1%, partindo da glicose p.a.: Pesar exatamente 1,0000g
de glicose (C6H12O6) seca em estufa a 100ºC e transferir para balão volumétrico de 100mL.
b) Pesar em becker de 500mL 100g de hidróxido de sódio (NaOH) e adicionar 250mL de Completar o volume com água destilada.
água destilada. Dissolver o reagente, esperando esfriar totalmente

50
100 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 101

Solução padrão de açúcar invertido 0,25%: Pipetar 50mL de solução padrão de açúcar in- Vg
vertido 1% e transferir para balão volumétrico de 200 mL. Completar o volume com água F=
40
destilada
Onde:
Solução de ácido clorídrico 0,5N: Transferir 20,7mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado Vg Volume gasto na titulação
para balão volumétrico de 500mL contendo aproximadamente 200mL de água destilada.
Esfriar, completar o volume e homogeneizar. NOTA IMPORTANTE:

NOTA IMPORTANTE: Este fator deve ser aplicado ao resultado e não ao volume gasto nas titulações das amostras

Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação, OBSERVAÇÕES:
como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro- • O erlenmeyer deve permanecer em aquecimento contínuo durante todo tempo do
cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus teste
respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás- • Os volumes adicionados devem ser tais, que não parem a ebulição da solução
sicos das análises titrimétricas. • O tempo da titulação não deve ultrapassar 3min
• O fator de correção da solução deve ser determinado a cada 3 dias
OBSERVAÇÃO: Padronização do licor de Fehling • Dependendo do fator, pode–se ajustar a concentração da solução de Fehling A

• Pipetar 50mL da solução de açúcar invertido 1% para balão volumétrico de 200mL Caso o volume gasto do padrão esteja abaixo de 39,9 ou acima de 40,1 a solução deve ser
• Adicionar 2 gotas da solução indicadora de fenolftaleína 1% e neutralizar com hidró- ajustada. Abaixo seguem dois exemplos dos referidos casos:
xido de sódio 26% até cor levemente rósea
• Adicionar algumas gotas de ácido clorídrico 0,5N para fazer desaparecer a cor rósea 1) Assumindo–se que foram gastos 39,5mL, isso indica que a solução de Fehling A tem:
• Completar o volume com água destilada e homogeneizar
• Encher a bureta de 50mL com a solução de açúcar invertido 0,25% (39,5 / 40,0) x 69,28 = 68,414g de sulfato de cobre no lugar de 69,28g. Supondo–se que res-
• Pipetar 20mL do licor de Fehling (A + B) para um erlenmeyer de 250mL taram 950mL da solução, temos 64,99g de sulfato de cobre, o que mostra a falta de 4,29 g do
• Adicionar 15mL de água destilada e 39mL da solução invertida, perfazendo um total sal. Porém, em vez de se adicionar 4,29g é preciso fazer uma compensação, pois o título está
de 74mL menor, ou seja: (40,0 / 39,5 ) x 4,29 = 4,34g
• Aquecer a solução até ebulição e marcar 2min
• Adicionar 4 gotas da solução indicadora do azul de metileno 1% Esta massa é dissolvida em um pouco de água e adicionada à solução, a qual deverá voltar a
• A titulação deve ser completada em 1min a partir do momento da adição do azul de um volume de 1000mL, sendo este volume completado com água destilada.
metileno
• Anotar o volume gasto (V1). Repetir a titulação confirmando o resultado 2) Assumindo–se agora que se gastaram 40,5mL, isso indica que a solução de cobre contém
• Se o licor de Fehling tiver a concentração correta, devem–se gastar 40mL da solução mais que 69,28g. Portanto, os 950mL restantes da solução devem ser diluídos para: (40,5 /
de açúcar invertido 0,25% 40,0) x 950 = 961,9mL
• Caso o volume gasto seja maior ou menor que 40mL, a solução de Fehling A tem mui-
to ou pouco cobre em relação à concentração correta, sendo necessário um ajuste. Se Isso mostra que 11,9mL de água devem ser adicionados à solução. Após ajuste da concentra-
o volume gasto estiver entre 40,10 e 39,90mL, pode–se calcular um fator de correção ção da solução, fazem–se novas titulações, devendo–se gastar os 40mL para concentração
da concentração (F) do licor de Fehling, sem ajustar a concentração de cobre, da se- correta, ou seja, obter fator 1,0
guinte maneira:

51
102 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 103

Técnica • Sulfato de sódio anidro p.a.


• Filtrar cerca de 500mL da amostra em algodão e encher uma bureta de 50mL • Reativo de Somogyi
• Preparar 2 erlenmeyers de 250mL adicionando a cada um 5mL da solução de Fehling • Molibdato de amônia p.a.
A e 5mL da solução de Fehling B, mais aproximadamente 50mL de água destilada e • Ácido sulfúrico concentrado
algumas pérolas de vidro • Arseniato de sódio p.a.
• Preparar o material para proceder à titulação • Reativo de Nelson
• Verter da bureta cerca de 5mL da solução contendo a amostra no erlenmeyer onde se • Solução padrão de açúcar invertido 1%
encontra o licor de Fehling • Solução padrão de açúcar invertido 50ppm
• Proceder ao aquecimento até ebulição e manter por cerca de 2min • Oxalato de sódio
• Adicionar ao erlenmeyer 2 – 3 gotas da solução indicadora de azul de metileno 1% • Celite
• Proceder ao gotejamento da solução da bureta sobre o erlenmeyer em ebulição até
mudança de coloração Preparo das soluções
• Fazer a leitura do volume gasto na titulação e anotar
• Com o 2º erlenmeyer previamente preparado, posicionar o material novamente para Solução de hidróxido de sódio 1 N: Pesar exatamente 40g de hidróxido de sódio (NaOH) e
titulação dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e
• Completar o volume da bureta com a solução contendo a amostra completar o volume com água destilada.
• Verter para o erlenmeyer o volume gasto na 1ª titulação menos 1mL
• Proceder ao aquecimento até ebulição e manter durante 2min Solução de sulfato de cobre 10%: Pesar 10g de sulfato de cobre pentaidratado (CuSO4.5H2O)
• Adicionar 2 gotas da solução indicadora de azul de metileno 2% e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e
• Proceder ao gotejamento da solução da bureta sobre o erlenmeyer em ebulição até completar o volume com água destilada.
mudança de coloração
• Fazer a leitura do volume gasto na titulação e anotar Reativo de Somogyi: Pesar 28g de fosfato dibásico de sódio anidro (Na2HPO4) – 52,9g se o
fosfato for heptaidratado ou 70,6 se o fosfato possuir 12 moléculas de água. Pesar separada-
Cálculos mente 40g de tartarato duplo de sódio e potássio tetraidratado (KNaC4H4O6.4H2O). Dissolver
ambos reagentes em 700mL de água destilada e adicionar 100mL da solução de hidróxido
Acucares redutores%caldo = 5 xF de sódio 1N. Gotejar 80mL da solução de sulfato de cobre 10% sob agitação constante. Jun-
Vg tar 180g de sulfato de sódio anidro (Na2SO4) e completar o volume para 1000mL. Guardar
este reativo em recipiente escuro à temperatura ambiente. Caso haja cristalização da solu-
Onde: ção, aquecer a 35ºC.
Vg Volume gasto na titulação
F Fator de correção da concentração do licor de Fehling Reativo de Nelson: Pesar 25g de molibdato de amônio tetraidratado [(NH4)6Mo7O24.4H2O] e
dissolver em 450mL de água destilada. Cuidadosamente adicionar 26mL de ácido sulfúrico
MÉTODO SOMOGY–NELSON (H2SO4) concentrado, gota a gota sob agitação constante. Juntar 3g de arseniato de sódio
heptaidratado (Na2HAsO4.7H2O) dissolvidos em 25mL de água destilada. Manter este reagen-
Reagentes e soluções te em recipiente escuro em torno de 35°C por 48h. Depois deixar à temperatura ambiente.
• Fosfato dibásico de sódio anidro p.a.
• Tartarato duplo de sódio e potássio p.a. Solução padrão de açúcar invertido 1%: Pesar 9,5000g de sacarose (C12H22O11) seca em es-
• Solução de hidróxido de sódio 1 N tufa durante 48h a 100ºC e dissolver em 100mL de água destilada. Transferir para balão vo-
• Solução de sulfato de cobre 10% lumétrico de 1000mL e adicionar, gota a gota sob agitação, 5mL de ácido clorídrico (HCl)

52
104 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 105

concentrado. Deixar em repouso durante 3 dias a uma temperatura em torno de 20ºC. Neu- Onde:
tralizar esta solução com a solução de hidróxido de sódio 1N e adicionar 2g de ácido benzói- La Absorbância da amostra (média das leituras dos tubos 5 e 6)
co (C7H6O2) dissolvidos em 200mL de água quente. Completar o volume com água destilada Lb Absorbância do branco (média das leituras dos tubos 1 e 2)
para 1000mL. Lp Absorbância do padrão (média das leituras dos tubos 3 e 4)

Solução padrão de açúcar invertido 50ppm: Pipetar 10mL da solução padrão de açúcar MÉTODO DE CÁLCULO
invertido 1% para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada e
agitar. Desta solução pipetar novamente 10mL e transferir para balão volumétrico de 200mL. NOTA:
Completar o volume com água destilada e agitar. Esta solução contém 50ppm de açúcar Nas normas dos CONSECANAS se encontra o cálculo dos açúcares redutores no caldo a partir
invertido de sua pureza usando equações estatísticas de regressão. Não serão citadas estas fórmu-
las porque diferem para cada estado produtor e são constantemente atualizadas. A título
Técnica de ilustração abaixo será mostrada a equação utilizada para o estado de Alagoas na safra
2010/2011.
Preparo da amostra
• Pipetar 5mL da amostra filtrada e homogeneizada, transferir para balão volumétrico Cálculos
de 500mL e completar o volume com água destilada
• Adicionar 0,2g de oxalato de sódio [(COONa)2] e aproximadamente 1g de celite Acucares redutores%caldo = 3,3459 - 0,02871 × Pureza%caldo
• Agitar e filtrar em papel de filtro desprezando os primeiros 20–25mL filtrados

Determinação 4.5. Açúcares Redutores Totais % Caldo


• Numerar 6 tubos de ensaio e adicionar a cada tubo as seguintes soluções :
Tubos Nº 1 e 2: 1mL de água destilada (branco) Determinação da concentração de açúcares redutores totais expressa em percentagem, pe-
Tubos Nº 3 e 4: 1mL da solução padrão de açúcar invertido 50ppm los métodos de Eynon–Lane, Somogyi–Nelson e de Cálculos.
Tubos Nº 5 e 6: 1mL da solução contendo a amostra diluída
• Em cada tubo adicionar 1mL do reativo de Somogyi e agitar bem MÉTODO EYNON–LANE
• Levar os tubos em um mesmo momento ao aquecimento em banho–maria, estando
a água em ebulição, e deixar durante 15min Reagentes e soluções
• Esfriar em água corrente e adicionar a cada tubo 1mL do reativo de Nelson e agitar
• Adicionar 7mL de água destilada a cada tubo de ensaio e agitar vigorosamente Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de A.R. pelo método Eynon–
• Deixar em repouso durante 15min e fazer a leitura das absorbâncias, estando o espec- Lane
trofotômetro ajustado em 535nm e aferido em 0,0 de absorbância e 100% de transmi-
tância com água destilada NOTA IMPORTANTE:
Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação,
Cálculos como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro-
cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus
Acucares redutores%caldo= 0,5 x
[ La - Lb
Lp - Lb ] respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás-
sicos das análises titrimétricas.

53
106 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 107

Técnica Preparo das soluções


• Da amostra filtrada, transferir 25mL para balão volumétrico de 200mL e completar o
volume com água destilada Solução de ácido clorídrico 0,75N: Medir em proveta 62,1mL de ácido clorídrico (HCl) con-
• Transferir 25mL do balão anterior para outro balão de 200mL centrado e transferir para balão volumétrico de 1000mL com aproximadamente 500mL de
• Adicionar cerca de 50mL de água destilada e 10mL de ácido clorídrico (HCl) concen- água destilada. Completar o volume com água destilada e agitar.
trado
• Aquecer em banho–maria a 65°C, durante 12min Solução de hidróxido de sódio 0,75N: Pesar exatamente 30g de hidróxido de sódio (NaOH)
• Esfriar à temperatura ambiente e neutralizar com hidróxido de sódio 26%, usando a e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e
solução de fenolftaleína como indicadora completar o volume com água destilada.
• Descolorir a solução com algumas gotas de ácido clorídrico 0,5N e completar o volu-
me com água destilada Técnica
• Preparar uma bureta de 50mL com a amostra preparada anteriormente
• Preparar 2 erlenmeyers de 250mL adicionando a cada um 5mL da solução de Fehling Preparo da amostra
A e 5mL da solução de Fehling B, mais aproximadamente 50mL de água destilada e
algumas pérolas de vidro • Pipetar 5mL da amostra filtrada (obtida na determinação de açúcares redutores) e
• Proceder à titulação da mesma maneira que na análise de açúcares redutores transferir para balão volumétrico de 200mL.
• Adicionar 10mL da solução de ácido clorídrico 0,75N sob agitação e levar ao banho–
Cálculos maria durante 30min a 65°C.
• Esfriar, adicionar 10mL da solução de hidróxido de sódio 0,75N e completar o volume
Acucares redutores totais%caldo = ( 320
Vg )
xF com água destilada

Determinação
Onde: • Proceder à determinação conforme citado na determinação de A.R.
Vg Volume gasto na titulação
F Fator de correção da concentração do licor de Fehling Cálculos

MÉTODO SOMOGY–NELSON Acucares redutores totais%caldo= 20 x


[ La - Lb
Lp - Lb ]
Reagentes e soluções
Onde:
• Solução de ácido clorídrico 0,75N La Absorbância da amostra (média das leituras dos tubos 5 e 6)
• Solução de hidróxido de sódio 0,75N Lb Absorbância do branco (média das leituras dos tubos 1 e 2)
Lp Absorbância do padrão (média das leituras dos tubos 3 e 4)
NOTA:
Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação do A.R. pelo MÉTODO DE CÁLCULO
método Somogyi–Nelson.
Cálculos

Acucares redutores totais%caldo = Pol%caldo × 1,0526 + acucares redutores%caldo

54
108 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 109

4.6. Açúcares Redutores • Transferir o sobrenadante dos tubos da centrífuga para o balão de 500mL
• Suspender o material sedimentado nos tubos com bastão de vidro com cerca de 8mL
INFERMENTESCÍVEIS % CALDO de água destilada para cada tubo
• Centrifugar nas mesmas condições anteriores
Determinação da concentração de açúcares redutores infermentescíveis (ARI) expressa em • Juntar o sobrenadante ao material já existente no balão de 500mL
percentagem, utilizando o método de Eynon–Lane • Neutralizar com solução de hidróxido de sódio 26%
• Completar o volume do balão com água destilada
Reagentes e Soluções • Colocar a solução na bureta de 50mL
• Ácido sulfúrico concentrado • Preparar 2 erlenmeyers de 250mL, colocando em cada um 2,5mL da solução de
• Superfosfato de cálcio triplo p.a. Fehling A e 2,5mL da solução de Fehling B, mais 15mL de água e algumas pérolas de
• Sulfato de amônio p.a. vidro
• Sulfato de magnésio p.a. • Proceder à titulação conforme descrito para açúcares redutores
• Fermento prensado p.a.
Cálculos
NOTA:
Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação de A.R. pelo ARI%caldo = ( Vg5 ) x F
método Eynon–Lane, no capítulo 01 – Sistema de Pagamento de Cana.

NOTA IMPORTANTE: Onde:


ARI Açúcares redutores infermentescíveis
Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação, Vg Volume gasto na titulação
como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro- F Fator de correção da concentração do licor de Fehling
cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus
respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás-
sicos das análises titrimétricas. 4.7. Sacarose % Caldo

Técnica Determinação da concentração de sacarose, expressa em percentagem, por cálculos


• Transferir 250mL da amostra filtrada para erlenmeyer de 1000mL
• Regular o pH com ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado para valores entre 4 e 5 Cálculos
• Adicionar em seguida:
0,5g de superfosfato triplo Sacarose%caldo = [( ART%caldo ) - ( AR%caldo )] × 0,95
0,5g de sulfato de amônio
0,25g de sulfato de magnésio Onde:
10g de fermento prensado em suspensão com cerca de ART Açúcares redutores totais
50mL de água morna AR Açúcares redutores
• Tamponar o erlenmeyer com algodão e incubar em estufa a 30°C, durante 48h
• Após este período, escoar cerca de 150mL para balão volumétrico de 500mL, evitan-
do a suspensão do fermento sedimentado no erlenmeyer
• Agitar o material restante do erlenmeyer e centrifugar durante 5min a 3000rpm

55
110 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 111

4.8. Açúcares Totais % Caldo ARI Açúcares Redutores Infermentescíveis

Determinação da concentração de açúcares totais, expressa em percentagem, por cálculos


4.11. Coeficiente Glucósico
Cálculos
Determinação do coeficiente glucósico por cálculos
AT%caldo = ( sacarose%caldo ) + ( AR%caldo )
Cálculos
Onde:
AT Açúcares totais CG = ( pol%caldo )
AR%caldo x 100

Onde:
CG Coeficiente glucósico
4.9. Açúcares Redutores Fermentescíveis % Caldo

Determinação da concentração de açúcares redutores fermentescíveis, expressa em percen- 4.12. pH


tagem, por cálculos
Determinação da concentração de íons H+, pelo método potenciométrico
Cálculos
Reagentes e soluções
ARF%caldo = ART%caldo - ARI%caldo • Solução tampão pH = 6,86 a 25ºC
• Solução tampão pH = 4,01 a 25ºC
Onde: • Solução de cloreto de potássio 3M
ARF Açúcares redutores fermentescíveis
ART Açúcares Redutores Totais Preparo das soluções
ARI Açúcares Redutores Infermentescíveis
Solução tampão pH = 6,86 a 25ºC: Pesar em becker de 100mL 3,402g de fosfato de potás-
sio monobásico (KH2PO4) e 3,549g de fosfato de sódio dibásico (Na2HPO4), secos a 130ºC,
4.10. Açúcares Totais Fermentescíveis % Caldo durante 2h e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de
1000ml e completar o volume com água destilada. (Não é necessário precauções especiais
Determinação da concentração de açúcares totais fermentescíveis, expressa em percenta- para evitar alteração do tampão por causa do contato com CO2 do ar atmosférico).
gem, por cálculos
Solução tampão pH = 4,01 a 25ºC: Pesar 10,211g de biftalato ácido de potássio (K8H5O4)
Cálculos seco a 110ºC por 1h e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volu-
métrico de 1000ml e completar o volume com água destilada.
ATF%caldo = AT%caldo - ARI%caldo
NOTA:
Onde: As soluções tampão de pH, para aferição do potenciômetro, são encontradas à venda no
ATF Açúcares totais fermentescíveis mercado preparadas prontas para uso.
AT Açúcares Totais

56
112 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 113

Solução de cloreto de potássio 3 M: Pesar 223,68 g de cloreto de potássio (KCl) seco a 105ºC • A abertura lateral deverá estar aberta durante as medições
por 1h e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de • Se o eletrodo se cristalizar no diafragma, lavá–lo com água destilada e repor novo
1000mL e completar o volume com água destilada cloreto de potássio 3M
• Se aparecerem bolhas de ar dentro da membrana, agitar o eletrodo em sentido verti-
Técnica cal, até que desapareçam
• Evitar choque térmico do eletrodo. Se possível, calibrá-lo à nova temperatura grada-
NOTA: tivamente
A aferição do equipamento deve ser realizada de acordo com o manual do fabricante. A • Quando analisar substâncias albuminosas, fazer a limpeza da membrana com cloreto
título de ilustração está mostrado a seguir um procedimento de aferição de um pHmetro. de potássio pepsinado (5% de pepsina em ácido clorídrico 0,1N) e depois com água
destilada
Aferição do potenciômetro

• Ligar o potenciômetro à rede elétrica 4.13. Acidez Sulfúrica


• Ajustar o botão de controle de temperatura para o valor médio da temperatura am-
biente Determinação da acidez sulfúrica, expressa em gramas de ácido sulfúrico por litro de amos-
• Emergir o eletrodo na água destilada, enxugar levemente com papel higiênico macio tra, através de titrimetria de neutralização
e transferir para a solução tampão de pH 6,86. Girar o botão “ E “ até obter o 6,86.
Deixar estabilizar Reagentes e soluções
• Emergi-lo, lavar com água destilada, enxugar e mergulhar na solução tampão de pH
4,01. Girar o botão “% sen” até obter o valor 4,01. Deixar estabilizar • Solução indicadora de fenolftaleína 1%
• Deixar o eletrodo mergulhado em água destilada ou em cloreto de potássio 3M • Solução de hidróxido de sódio 0,1N
• Solução padrão de biftalato de potássio 0,1N
Determinação
Preparo das soluções
• Lavar o eletrodo com água destilada, enxugar e imergi-lo na amostra, estando esta à
temperatura ambiente. Solução indicadora de fenolftaleína 1%: Pesar exatamente 1,0g de fenolftaleína e dissolver
• Esperar que os números no visor se estabilizem e anotar o valor do pH. em 60mL de álcool etílico (C2H5OH) absoluto. Transferir para balão volumétrico de 100mL
• Lavar o eletrodo com esguichos de água destilada e deixá-lo mergulhado em água e completar o volume com água destilada. Armazenar esta solução em frasco de cor âmbar
destilada ou cloreto de potássio 3M. com rosca esmerilhada.

Cálculos Solução de hidróxido de sódio 0,1N: Pesar rapidamente e exatamente 4,0000g de hidróxido
de sódio (NaOH) e dissolver em um pouco de água. Transferir para balão de 1000mL e com-
pH = Leitura do potenciometro pletar o volume com água destilada.

OBSERVAÇÕES: Solução padrão de biftalato de potássio 0,1N: Pesar exatamente 20,4220g de biftalato de
potássio (C8H5KO4), seco em estufa, e dissolver em um pouco de água. Transferir para balão
• Somente a membrana e não o diafragma deverá ser imersa nas soluções volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
• Quando usar o eletrodo com freqüência, convém conservá-lo em cloreto de potássio
3M para proteger o diafragma OBSERVAÇÃO: Padronização da solução de hidróxido de sódio 0,1N

57
114 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 115

• Pipetar 25mL da solução de biftalato de potássio 0,1N para erlenmeyer de 250mL Reagentes e soluções
• Adicionar 5 gotas da solução indicadora de fenolftaleína 1% • Solução de ácido clorídrico 1: 1
• Titular com hidróxido de sódio 0,1N • Solução de molibdato de amônio 2,5%
• Anotar o volume gasto (Vg), calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção • Solução de cloreto estanoso 2,5%
da concentração (F) do hidróxido de sódio: • Solução de cloreto de cobalto 10%
• Solução de sulfato de cobre 10%
N(verdadeira) = 2,5
Vg Preparo das Soluções

Solução de ácido clorídrico 1:1: Medir em proveta 500mL de ácido clorídrico (HCl) concen-
N(verdadeira) trado e misturar cuidadosamente em 500mL de água destilada.
F=
0,1
Solução de molibdato de amônio 2,5%: Pesar 25g de molibdato de amônio tetraidrata-
Técnica do [(NH4)6Mo7O24.4H2O] e transferir para balão volumétrico de 1000mL contendo 220mL de
• Pipetar 20mL da amostra homogeneizada e filtrada e transferir para erlenmeyer de água destilada. Adicionar 750mL da solução de ácido clorídrico 1:1 . Misturar e deixar esfriar
250mL à temperatura ambiente. Completar o volume com água destilada.
• Adicionar 50mL de água destilada e 2 – 3 gotas da solução indicadora de fenolftaleína
• Encher a bureta com hidróxido de sódio 0,1N e proceder à titulação até a mudança de Solução de cloreto estanoso 2,5%: Pesar 2,5g de cloreto estanoso diidratado (SnCl2.2H2O)
coloração, anotando o volume gasto (Vg) e transferir para balão volumétrico de 100mL contendo aproximadamente 60mL de água
destilada. Adicionar 10mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado e misturar completamente
Cálculos até dissolução do cloreto. Completar o volume com água destilada.

Acidez sulfurica (g/L H2SO4 ) = Vg × 0,245 × F Solução de cloreto de cobalto 10%: Pesar 5g de cloreto de cobalto haxaidratado (CoCl2.6H2O)
e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 50mL e
Onde: completar o volume com água destilada.
Vg Volume de hidróxido de sódio 0,1N gasto na titulação
F Fator de correção da concentração do hidróxido de sódio 0,1N Solução de sulfato de cobre 10%: Pesar 20g de sulfato de cobre pentaidratado (CuSO4.5H2O)
e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 200mL e
NOTA: completar o volume com água destilada.
Algumas metodologias de acidez trazem seus resultados em ácido acético e em uma unida-
de diferente de g/L, como por exemplo, mg/100mL. OBSERVAÇÃO: Preparação dos tubos padrões de fosfato, em P2O5.

• Juntar 16mL da solução de cloreto de cobalto 10% em 200mL da solução de sulfato


4.14 Fosfato de cobre 10%
• A tonalidade desta solução é equivalente a 300mg/L de P2O5 no caldo
Determinação da concentração de fosfato, expressa em mg/L de P2O5, pelos métodos com- • Para as outras concentrações, tomar os seguintes volumes da mistura acima prepara-
parativo e colorimétrico da (300 mg/L) e completar a 50mL:

MÉTODO COMPARATIVO

58
116 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 117

Volume da Mistura mg/L P205 no Caldo Preparo das soluções


41,6 250
Solução estoque de P2O5: Pesar exatamente 1,9168g de fosfato ácido de potássio (KH2PO4)
33,3 200
seco em estufa e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico
25,0 150
de 500mL, adicionar 5mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado e completar o volume com
16,6 100
água destilada. Esta solução contém 2mg de P2O5/mL ou 2000mg/L.
8,3 50

Solução de uso de P2O5: Transferir 5mL da solução estoque de P2O5 para balão volumétrico
• Transferir as soluções padrões para tubos de ensaios e vedá-los com rolhas
de 500mL e completar o volume com água destilada. Esta solução contém 0,02mg de P2O5/
• Colocar os tubos padrões em uma estante com fundo branco tal que seja possível
mL ou 20mg/L.
intercalar outro tubo contendo a amostra para comparação com as cores das soluções
padrões
Solução de ácido sulfúrico 10N: Medir em proveta 271,7mL de ácido sulfúrico (H2SO4) con-
centrado e transferir para balão volumétrico de 1000mL contendo aproximadamente 500mL
Técnica
de água destilada. Esfriar e completar o volume com água destilada.
• Da amostra filtrada, pipetar 5mL para balão volumétrico de 100mL e completar o vo-
lume com água destilada
Solução sulfo molibdato 5%: Pesar 50g de molibdato de sódio diidratado (Na2MoO4.2H2O),
• Pipetar 10mL desta solução para balão volumétrico de 100mL e completar o volume
dissolver com um pouco de água destilada e transferir para balão volumétrico de 2000mL.
com água destilada
Adicionar 500mL de ácido sulfúrico 10N e completar o volume com água destilada. Armaze-
• Adicionar 4,2mL da solução de molibdato de amônio 2,5% e 6 gotas da solução de
nar em frasco de cor âmbar.
cloreto estanoso
• Aguardar o desenvolvimento da cor durante 5min e comparar sua intensidade com
Solução redutora de Elon: Pesar 30g de bissulfito de sódio anidro (NaHO3), dissolver com
as dos tubos
um pouco de água destilada e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Separadamente
pesar 10g de Elon (Photorex) e dissolver em becker com auxílio de 300mL de água destilada.
Cálculos
Juntar esta solução ao balão contendo o bissulfito e completar o volume com água destilada.
Armazenar em frasco de cor âmbar.
Fosfato (mg/L P2 O5 ) = C

OBSERVAÇÃO: Construção da curva padrão


Onde:
C Concentração de fósforo, em mg/L P2O5, cuja cor mais se aproxime da cor da amostra.
• Com auxílio de uma microbureta transferir 0; 0,5; 1; 2; 3; 4; 5; 6 e 7mL da solução de
uso de P2O5 para balões volumétricos de 50mL
MÉTODO COLORIMÉTRICO COM SOLUÇÃO REDUTORA DE ELON
• Adicionar a cada balão volumétrico 10mL da solução sulfo molibdato e 5mL da solu-
ção redutora de Elon
Reagentes e soluções
• Completar o volume com água destilada, homogeneizar e aguardar o desenvolvi-
• Ácido sulfúrico concentrado
mento da cor durante 10min. As concentrações dos padrões em mg/L de P2O5 são,
• Solução estoque de P2O5
respectivamente, 0,0; 0,2; 0,4; 0,8; 1,2; 1,6; 2,0; 2,4 e 2,8
• Solução de uso de P2O5
• Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com a
• Solução de ácido sulfúrico 10N
solução em branco, estando este ajustado em 660nm
• Solução sulfo molibdato 5%
• Anotar as leituras, em absorbância ou % de transmitância, e construir o gráfico da
• Solução redutora de Elon
curva padrão, plotando nas ordenadas os valores das absorbâncias e no eixo das abs-
• Carvão ativo

59
118 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 119

cissas os valores das concentrações dos padrões de P2O5, em mg/L. Pode–se obter Solução redutora: Pesar 180g de meta bissulfito de sódio (Na2S2O5) e dissolver em 1400mL
através das leituras das absorbâncias e concentrações dos padrões a equação de re- de água destilada. Pesar separadamente 114,0g de sulfito de sódio anidro (Na2SO3) e 3g do
gressão linear da curva padrão ácido 1–amino–2–naftol–4–sulfônico [(C6H4).(C4HNH2OHO3H)] e dissolver em 200mL de água
destilada. Juntar as duas soluções em um balão volumétrico de 2000mL, completar o volume
Técnica e deixar em repouso durante 1 noite, filtrar em papel de filtro faixa branca ou equivalente.
• Pipetar 5mL da amostra homogeneizada e filtrada para balão volumétrico de 100mL Conservar esta solução em geladeira, sendo sua validade no máximo de 2 meses.
e completar o volume com água destilada
• Transferir para becker de 100mL e adicionar 2 a 3g de carvão ativo para clarificar Técnica
• Filtrar em papel de filtro faixa branca, desprezando os primeiros filtrados • Se caldo misto, pipetar 10mL da amostra filtrada, se caldo clarificado, 100mL para
• Pipetar 5mL do caldo clarificado para balão volumétrico de 50mL balão volumétrico de 200mL
• Adicionar 10mL da solução sulfomolibdato e 5mL da solução redutora de Elon • Completar o volume com água destilada e homogeneizar
• Completar o volume com água destilada • Pipetar 20mL desta solução para dois balões de 100mL
• Homogeneizar e deixar em repouso durante um tempo mínimo de 20min • Completar um dos balões com água destilada (branco) e ao outro adicionar 60mL de
• Fazer uma prova em branco, em paralelo, só com água destilada e os reagentes utili- água destilada, 10mL da solução de molibdato de amônia 1,5% e 10mL da redutora
zados, e aferir com esta solução o espectrofotômetro, conforme feito para elaboração • Completar o volume com água destilada e homogeneizar, anotando o tempo da adi-
da curva padrão ção da solução redutora
• Efetuar a leitura da absorbância, ou da % de transmitância • Após 10min da adição da solução redutora, fazer a leitura das absorbâncias dos ba-
lões (branco e amostra) em cubeta de 1cm, estando o espectrofotômetro ajustado em
Cálculos 700nm e aferido com água destilada em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância

Fosfato (mg/L P2 O5 ) = C × 200 Cálculos

Onde: [(La - Lb) x 104


Fosfato (mg/L P2O5) =
C Concentração de fósforo, em mg/L P2O5, correspondente à % transmitância ou ab- Va
sorbância encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear
Onde:
MÉTODO COLORIMÉTRICO COM SOLUÇÃO ÁCIDA DE AMINO NAFTOL SULFÔNICO La Leitura da absorbância da amostra
Lb Leitura da absorbância do branco
Reagentes e soluções Va Volume da alíquota da amostra
• Ácido clorídrico concentrado
• Solução de molibdato de amônia 1,5% MÉTODO COLORIMÉTRICO COM DIGESTÃO NÍTRICA-PERCLÓRICA
• Solução redutora
Reagentes e soluções
Preparo das soluções • Ácido clorídrico concentrado
• Ácido nítrico concentrado
Solução de molibdato de amônia 1,5%: Pesar 15g de molibdato de amônia tetraidratado [ • Ácido perclórico concentrado
(NH4)6Mo7O24.4 H2O ] e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volu- • Solução de molibdato de amônia 5%
métrico de 1000mL, adicionar 310mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado e completar o • Solução de vanadato de amônia 0,25%
volume com água destilada. • Reagente misturado

60
120 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 121

• Solução de ácido sulfúrico 10N • De cada solução padrão de uso de fósforo pipetar 5mL para tubos de ensaio
• Solução padrão estoque de fósforo • Adicionar a cada tubo 2mL do reagente misturado e deixar em repouso por 15min
• Soluções padrões de uso de fósforo • Fazer as leituras das % de transmitâncias ou das absorbâncias, estando o espectrofo-
• Solução de ácido clorídrico 2N tômetro ajustado em 420nm e aferido em 0,0 de absorbância e 100% de transmitân-
cia com o branco
Preparo das soluções • Traçar o gráfico da curva padrão, plotando no eixo das ordenadas as leituras obtidas
e no eixo das abcissas as concentrações dos padrões. Pode–se obter, através das lei-
Solução de molibdato de amônia 5%: Pesar 50g de molibdato de amônia tetraidratado [ turas e concentrações dos padrões, uma equação de regressão linear para a referida
(NH4)6Mo7O24.4H2O] e dissolver em um pouco de água fervente. Esfriar, transferir para balão curva padrão
volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
Técnica
Solução de vanadato de amônia 0,25%: Pesar 2,5g de meta vanadato de amônia (NH4VO3) e
dissolver em 500mL de água fervente. Esfriar, juntar 350mL de ácido nítrico (HNO3) concen- Obtenção do extrato nítrico–perclórico
trado e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destila-
da e guardar em frasco escuro. • Pipetar 5mL da amostra filtrada e homogeneizada para balão de Kjedahl de 100mL
• Adicionar 10mL de ácido nítrico e 2mL de ácido perclórico, concentrados
Reagente misturado: Misturar as soluções de molibdato e vanadato em partes iguais, pouco • Levar o balão ao conjunto de digestão até clarear a amostra
antes de serem utilizadas. • Retirar e esfriar
• Adicionar 10mL de ácido clorídrico aproximadamente 2N e deixar entrar em ebulição
Solução de ácido sulfúrico 10N: Medir em proveta 271,7mL de ácido sulfúrico (H2SO4) con- • Filtrar o extrato a quente, através de papel de filtro faixa branca para balão volumé-
centrado e adicionar a aproximadamente 500mL de água destilada. Esfriar, transferir para trico de 100mL
balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. • Esfriar e completar o volume

Solução padrão estoque de fósforo: Pesar 0,4393g de fosfato diácido de potássio (KH2PO) Determinação
seco em estufa e dissolver em 30mL de água destilada. Transferir para balão volumétrico de • Pipetar 5mL do extrato nítrico–perclórico e transferir para tubos de ensaios
1000mL, adicionar 10mL de ácido sulfúrico 10N e completar o volume com água destilada. • Acrescentar a cada tubo 2mL do reagente misturado de vanadato e molibdato
Esta solução contém 100mg/L de fósforo (P). • Aferir o espectrofotômetro com uma solução contendo 5mL do branco e 2mL do re-
agente misturado de vanadato e molibdato, em 0,0 de absorbância e 100% de trans-
Soluções padrões de uso de fósforo: Com auxílio de uma microbureta, adicionar 0,0 (bran- mitância
co); 5,0; 10,0; 15,0 e 20,0mL da solução padrão estoque de fósforo para 5 balões volumétricos • Fazer a leitura da amostra em % de transmitância ou absorbância
de 100mL. Adicionar a cada balão 4mL da solução de ácido sulfúrico 10N e completar o vo-
lume com água destilada. Estas soluções contêm respectivamente 0; 5; 10; 15 e 20mg/L de Cálculos
fósforo (P).
Fosfato (mg/L P2O5 ) = C × 45,8
Solução de ácido clorídrico aproximadamente 2N: Pipetar 165mL de ácido clorídrico (HCl)
concentrado para balão volumétrico de 1000mL e diluir com água destilada. Esfriar e com- Onde:
pletar o volume com água destilada. C Concentração de fósforo, em mg/L P, correspondente à % de transmitância ou absor-
bância, encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão

61
122 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 123

MÉTODO COLORIMÉTRICO COM MOLIBDATO DE SÓDIO • Adicionar 5mL da solução de molibdato de sódio
• Aguardar 4min
Reagentes e soluções • Adicionar 2mL da solução de cloreto estanoso 0,4%
• Ácido sulfúrico concentrado • Aguardar 10min
• Solução de molibdato de sódio • Fazer as leituras das % de transmitâncias ou das absorbâncias, estando o espectrofo-
• Ácido clorídrico fumegante tômetro ajustado em 590nm e aferido em 0,0 de absorbância e 100% de transmitân-
• Solução de cloreto estanoso 10% cia com o branco
• Solução de cloreto estanoso 0,4% • Traçar o gráfico da curva padrão, plotando no eixo das ordenadas as leituras obtidas
• Solução padrão estoque de fósforo 100mg/L PO4 e no eixo das abcissas as concentrações dos padrões. Pode–se obter, através das lei-
• Soluções padrões de uso de fósforo turas e concentrações dos padrões, uma equação de regressão linear para a referida
curva padrão
Preparo das soluções
Técnica
Solução de molibdato de sódio: Pesar 47,4g de molibdato de sódio dihidratado • Proceder de maneira idêntica ao preparo da curva padrão, substituindo o volume do
[Na6Mo7O24.4H2O], dissolver em 213mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado e transferir padrão por 1mL da amostra
para balão volumétrico de 1000mL contendo 220mL de água destilada. Completar o volume
com água destilada. Cálculos

Solução de cloreto estanoso 10%: Pesar 10g de cloreto estanoso diidratado (SnCl2.2H2O) e Fosfato (mg/L PO4 )=C
dissolver em ácido clorídrico (HCl) fumegante. Transferir para balão volumétrico de 100mL e
completar o volume com o mesmo ácido utilizado na dissolução do cloreto. Onde:
Solução de cloreto estanoso 0,4%: Pipetar 4mL da solução de cloreto estanoso 10% e trans- C Concentração de fósforo, em mg/L PO4, correspondente à % de transmitância ou
ferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada. Preparar absorbância, encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear
esta solução no momento do uso.

Solução padrão estoque de fósforo 100mg/L PO4: Pesar 0,1433g de fosfato diácido de po- 4.15 Dureza Total
tássio (KH2PO4) seco em estufa e dissolver em 30mL de água destilada. Transferir para ba-
lão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. Esta solução contém Determinação da dureza total, expressa em percentagens de óxido de cálcio mais óxido de
100mg/L de fósforo (PO4). magnésio, pelo método titrimétrico de complexação

Soluções padrões de uso de fósforo: Com auxílio de uma microbureta, adicionar 0,0 (bran- Reagentes e Soluções
co); 5,0; 10,0; 20,0, 30,0 e 40,0mL da solução padrão estoque de fósforo para 6 balões volumé- • Solução de EDTA 0,1N
tricos de 50mL. Completar os volumes com água destilada. Estas soluções contêm respecti- • Solução de EDTA 0,025N
vamente 0 (branco); 10; 20; 40; 60 e 80mg/L de fósforo (PO4). • Cloreto de amônio p.a.
• Hidróxido de amônio concentrado
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão • Sulfato de magnésio p.a.
• Solução tampão pH 10
• De cada solução padrão de uso de fósforo pipetar 1mL para tubos de ensaio • Trietanolamina concentrada
• Adicionar a cada tubo 19mL de água destilada • Solução de cianeto de potássio 10%

62
124 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 125

• Coquetel tampão metílico que contenha 16g de bórax por litro. Não preparar quantidade superior a 50mL, pois
• Solução de metanol + bórax a solução se deteriora com facilidade ao fim de poucos dias. É conveniente fazer estoque de
• Solução indicadora de eriocromo black T álcool metílico + bórax.
• Solução indicadora de metil orange
• Solução de carbonato de cálcio 0,025N Solução indicadora de metil orange: Pesar 0,2g do indicador e dissolver em um pouco de
água fervente. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água
Preparo das Soluções destilada.

Solução de EDTA 0,1N: Pesar 18,6126g de etileno diamino tetra acetato de sódio diidratado– Solução de carbonato de cálcio 0,025N: Pesar exatamente 1,2511g de carbonato de cálcio
EDTA – (C10H14N2O8Na2.2H2O) seco em estufa a 105ºC, durante 1h, de pureza igual a 100% ou (CaCO3) seco em estufa a 285ºC, durante 2h e transferir para um becker de 1000mL com apro-
uma quantidade correspondente, conforme a pureza do sal. Dissolver com água destilada e ximadamente 300mL de água destilada. Adicionar aos poucos uma solução de ácido clorídri-
transferir quantitativamente para balão volumétrico de 500mL, homogeneizar e completar co (HCl) 1:1, até total dissolução do sal. Neutralizá–la com uma solução de hidróxido de amô-
o volume. nio (NH4OH) 1:3 usando 3 gotas do indicador metil orange. Transferir quantitativamente para
balão volumétrico de 1000mL, completar o volume com água destilada e homogeneizar.
Solução de EDTA 0,025N: Pipetar, para balão volumétrico de 1000mL, 250mL da solução de
EDTA 0,1N, agitar e completar o volume até a marca. Pode–se pesar 4,6531g do sal seco para OBSERVAÇÃO: Padronização do EDTA 0,025 N
balão volumétrico de 1000mL.
• Pipetar 25mL da solução de carbonato de cálcio 0,025 N para erlenmeyer de 250mL
Solução tampão pH 10: Pesar 67,5g de cloreto de amônio (NH4Cl) em um becker de 400mL • Adicionar 3 a 4 gotas da solução indicadora de eriocromo black T
e dissolver com 150mL de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL, adi- • Titular imediatamente com a solução de EDTA 0,025N até o escurecimento do titula-
cionar 600mL de hidróxido de amônio (NH4OH) concentrado. Em outro recipiente, dissolver do; esperar a formação da cor azulada; caso não ocorra, adicionar uma ou mais gotas
em 100mL de água destilada 0,616g de sulfato de magnésio heptaidratado (MgSO4.7H2O) e até que a viragem ocorra
0,930g de etileno diamino tetra acetato de sódio diidratado – EDTA – (C10H14N2O8Na2.2H2O). • Anotar o volume gasto (Vg), calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção
Juntar esta solução a solução já existente no balão de 1000mL. Completar com água destila- da concentração (F) do EDTA:
da e homogeneizar.
N(verdadeira) = 0,625
Solução de cianeto de potássio 10%: Pesar 100g de cianeto de potássio (KCN) e dissolver Vg
em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o
volume com água destilada. N(verdadeira)
F=
0,025
Coquetel tampão: Adicionar, em proveta de 1000mL, 600mL da solução tampão, 300mL de
trietanolamina (C6H15NO3) e 100mL da solução de cianeto de potássio 10%. Homogeneizar Técnica
com auxílio de um bastão de vidro até total dissolução dos reagentes e guardar em frasco • Pipetar 10mL do extrato nítrico–perclórico obtido para determinação de fosfato e
limpo e seco. transferir para erlenmeyer de 125mL
• Adicionar 5mL do coquetel tampão e 5 gotas da solução indicadora de eriocromo
Solução de metanol + bórax: Pesar 16g de bórax e dissolver em 1000mL de álcool metílico black T
(CH4OH). • Titular com EDTA 0,025N até mudança de coloração

Solução indicadora de eriocromo black T: Dissolver 0,2g do indicador em 50mL de álcool

63
126 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 127

Cálculos Cálculos

Dureza total (%CaO + %MgO) = Vg1 × 0,24 × F Calcio (%CaO)= Vg2 × 0,14 × F

Onde: Onde:
Vg1 Volume de EDTA 0,025 N gasto na titulação Vg2 Volume de EDTA 0,025 N gasto na titulação
F Fator de correção da concentração do EDTA 0,025 N F Fator de correção da concentração do EDTA 0,025N

4.16 Cálcio 4.17. Magnésio

Determinação da concentração de cálcio, expressa em percentagem de CaO, por titrimetria Determinação da concentração de magnésio, expressa em percentagem de MgO, por cál-
de complexação culos

Reagentes e Soluções Cálculos


• Sulfato de potássio p.a.
• Indicador de murexida Magnesio (%MgO) = (Vg1 - Vg2 ) × 0,1 × F
• Solução de hidróxido de potássio 10%
Onde:
NOTA: Vg1 Volume de EDTA 0,025 N gasto na titulação da dureza total
Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação de dureza Vg2 Volume de EDTA 0,025 N gasto na titulação do cálcio
total. F Fator de correção da concentração do EDTA 0,025N

Preparo das Soluções


4.18. Nitrogênio Amoniacal
Indicador de murexida: Misturar completamente em gral de porcelana 0,5g de murexida e
100g de sulfato de potássio (K2SO4) seco em pó. Guardar em frasco escuro. Determinação da concentração de nitrogênio amoniacal, expresso em mg/L pelo método
de Kjedahl
Solução de hidróxido de potássio 10%: Pesar 50g de hidróxido de potássio (KOH) e dissol-
ver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 500mL e completar Reagentes e Soluções
o volume com água destilada. • Álcool etílico
• Solução de hidróxido de sódio 0,1N
Técnica • Solução indicadora de fenolftaleína 1%
• Pipetar 10mL do extrato nítrico–perclórico obtido para determinação de fosfato e • Solução de mistura de indicadores – vermelho de metila e azul de metileno
transferir para erlenmeyer de 125mL • Solução de hidróxido de sódio 45%
• Adicionar 5mL da solução de hidróxido de potássio 10%, 3mL da solução de cianeto • Solução de ácido clorídrico 0,1N
de potássio 10% e 3 a 4g do indicador de murexida • Solução de ácido clorídrico 0,01N
• Titular com EDTA 0,025N até mudança de coloração • Solução de ácido bórico 2%
• Solução padrão de carbonato de sódio 0,01N

64
128 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 129

Preparo das Soluções


N(verdadeira) = 0,25
Vg
Solução de hidróxido de sódio 0,1N: Pesar 4g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o N(verdadeira)
F=
volume com água destilada. 0,01
Técnica
Solução indicadora de fenolftaleína 1%: Pesar 1g de fenolftaleína e dissolver em 60mL de • Transferir 20mL da solução de ácido bórico 2% e adicionar 3 gotas da mistura de
álcool etílico (C2H5OH). Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume indicadores para um erlenmeyer de 125mL, estando esta solução mergulhada na ex-
com água destilada. tremidade final do microdestilador
• Pipetar 10mL da amostra para o balão do microdestilador
Solução de mistura de indicadores: Pesar 0,25g de vermelho de metila e 0,25g de azul de • Acrescentar 5mL de hidróxido de sódio 45% no funil do aparelho e lavar com 2 por-
metileno, diluir para 100mL com álcool etílico (C2H5OH) neutralizado por hidróxido de ções de água destilada (aproximadamente 15mL)
sódio (NaOH) 0,1 N em presença de fenolftaleína 1%. • Destilar até um volume de aproximadamente 60mL
• Titular o destilado com ácido clorídrico 0,01N até mudança de coloração
Solução de hidróxido de sódio 45%: Pesar 450g de hidróxido de sódio (NaOH), dissolver em
um pouco de água destilada e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Esfriar e com- Cálculos
pletar o volume com água destilada.
Nitrogenio amoniacal (mg/L) = Vg × 14 × F
Solução de ácido clorídrico 0,1N: Pipetar 8,28mL de ácido clorídrico (HCl), a 37% de pureza
e densidade 1,19g/mL, para balão volumétrico de 1000mL. Adicionar aos poucos 800mL de Onde:
água destilada, sob agitação. Esperar esfriar e completar o volume com água destilada. Vg Volume de ácido gasto na titulação da amostra
F Fator de correção da concentração do ácido clorídrico 0,01N
Solução de ácido clorídrico 0,01N: Pipetar 100mL da solução de ácido clorídrico 0,1N para
balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
4.19. Sulfito
Solução de ácido bórico 2%: Pesar 20g de ácido bórico (H3BO3) e dissolver em um pouco
de água destilada – aquecer a 60ºC – se necessário. Transferir para um balão volumétrico de Determinação da concentração de sulfito, expressa em mg/L de SO2, por titrimetria de oxi-
1000mL e completar o volume com água destilada. -redução

Solução padrão de carbonato de sódio 0,01N: Pesar exatamente 0,5299g de carbonato de Reagentes e Soluções
sódio anidro (Na2CO3), seco a 105ºC, durante 2h, e dissolver em um pouco de água destilada. • Solução de ácido sulfúrico 25%
Transferir para um balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. • Solução de iodo 0,1N
• Solução de iodo N/32
OBSERVAÇÃO: Padronização do ácido clorídrico 0,01N • Cloreto de sódio p.a.
• Solução de amido
• Pipetar 25mL de carbonato de sódio 0,01N para erlenmeyer de 125mL • Solução de tiossulfato de sódio 0,03125N
• Adicionar 3 gotas de mistura de indicadores e titular com ácido clorídrico 0,01N • Solução de dicromato de potássio 0,03125N
• Anotar o volume gasto (Vg), calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção • Hidróxido de sódio p.a.
da concentração (F) do ácido clorídrico da seguinte maneira: • Carbonato de sódio p.a.

65
130 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 131

Preparo das Soluções • Adicionar 1mL da solução de amido e continuar a titulação até obter uma coloração
levemente esverdeada
Solução de ácido sulfúrico 25%: Transferir 250mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado • Anotar o volume gasto (Vg), calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção
para um balão volumétrico de 1000mL contendo neste 500mL de água destilada. Agitar, da concentração (F1) da solução de tiossulfato de sódio, da seguinte maneira:
esfriar e completar o volume com água destilada.
N(verdadeira) = 0,78124
Solução de iodo 0,1N: Pesar 20g de iodeto de potássio (KI) livre de iodato (IO3) em 40mL de Vg
água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e adicionar 12,75g de iodo (I2)
puro ressublimado. Tampar o balão e agitar para dissolver o iodo, esfriar e completar com N(verdadeira)
F1 =
0,03125
água destilada. Guardar esta solução em lugar frio e em frasco de cor âmbar.

Solução de iodo N/32: Transferir 312,5mL da solução de iodo 0,1N para balão volumétrico de OBSERVAÇÃO: Padronização da solução de iodo 0,03125N
1000mL. Completar o volume com água destilada. Esta solução corresponde a N/32 e deve
ser guardada em lugar frio em frasco de cor âmbar. • Pipetar 25mL da solução de iodo 0,03125 para erlenmeyer de 250mL, adicionar 75mL
de água destilada e titular com a solução de tiossulfato de sódio 0,03125N recém–pa-
Solução de amido: Pesar 10g de amido e 5g de cloreto de sódio (NaCl) e transferir para um dronizada até obter uma coloração amarelo–clara
becker de 1000mL. Juntar 500mL de água destilada e aquecer sob agitação até total dissolu- • Adicionar 2mL da solução de amido e continuar a titulação até descolorir
ção. Ferver durante 2min e cobrir com vidro de relógio para repousar por 1 noite. Filtrar em • Anotar o volume gasto (Vg), calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção
papel de filtro faixa preta para um recipiente limpo e escuro . da concentração (F2) da solução de iodo da seguinte maneira:

Solução de tiossulfato de sódio 0,03125N: Pesar exatamente 7,7556g de tiossulfato de só- (0,03125×Vg×F1 )
N(verdadeira) =
dio pentaidratado (Na2S2O3.5H2O) e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para Vg
balão volumétrico de 1000mL, adicionar 0,05g de carbonato de sódio anidro (Na2CO3), ou 1g
de hidróxido de sódio (NaOH), ou ainda 5mL de clorofórmio (CHCl3), e completar o volume N(verdadeira)
F2=
com água destilada previamente fervida. 0,03125

Solução de dicromato de potássio 0,03125N: Pesar exatamente 1,5323g de dicromato de Técnica


potássio (K2Cr2O7) seco em estufa a 150°C, durante 1h e dissolver em um pouco de água • Pipetar 10mL da amostra para erlenmeyer de 250mL
destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água des- • Adicionar 50mL de água destilada e 5mL da solução de ácido sulfúrico 25%
tilada. • Adicionar 0,5g de carbonato de sódio e três gotas da solução de amido
• Titular com a solução de iodo N/32 até obter uma coloração azul
OBSERVAÇÃO: Padronização da solução de tiossulfato de sódio 0,03125N • Anotar o volume da solução de iodo gasto na titulação
Cálculos
• Dissolver em erlenmeyer de 1000mL 0,9375g de iodeto de potássio (KI) isento de
iodato (IO3–) em 100mL de água destilada contendo 6mL de ácido clorídrico (HCl) Sulfito (mg/L SO2 ) = Vg × 100 × F2
concentrado
• Adicionar 25mL de dicromato de potássio 0,03125N, cerca de 300mL de água desti- Onde:
lada e titular com a solução de tiossulfato de sódio 0,03125N até obter uma coloração Vg Volume gasto da solução de iodo N/32
verde–amarelada F2 Fator de correção da concentração da solução de iodo N/32

66
132 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 133

4.20. Cor ICUMSA • Ajustar o pH para 7 ± 0,1 da solução não filtrada, S1, com uma solução de ácido clorí-
drico ou hidróxido de sódio, ambas 0,1N
Determinação da cor ICUMSA por colorimetria • Medir o Brix refratométrico da solução S1
• Medir a absorbância (AS1) da solução não filtrada e neutralizada em uma cubeta de
Reagentes e Soluções 10mm (1cm) estando o espectrofotômetro ajustado em 420nm e aferido em 0,0 de
• Solução de hidróxido de sódio 0,1N absorbância e 100% de transmitância com água destilada
• Solução de ácido clorídrico 0,1N
Cálculos
Preparo das Soluções

Solução de hidróxido de sódio 0,1N: Pesar 4g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em


Cor ICUMSA = [ AS2
bxc ] x 1000

um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o


volume com água destilada. Onde:
AS2 Absorbância da solução lida diretamente no espectrofotômetro ajustado em
Solução de ácido clorídrico 0,1N: Pipetar 8,28mL de ácido clorídrico (HCl), concentrado 420ηm
para balão volumétrico de 1000mL. Adicionar aos poucos 800mL de água destilada, sob agi- b Comprimento interno da cubeta, em centímetros
tação. Esperar esfriar e completar o volume com água destilada. c Concentração do filtrado em g/mL, em função do Brix

Técnica NOTAS:
• Preparar uma solução com aproximadamente 5oBrix. Por exemplo, se o Brix do caldo • A concentração da solução (g/mL) pode ser obtida da seguinte forma:
for 13,25º então para fazer 100g da solução a 5oBrix deve–se pesar: (100/13,25) x 5 =
37,74g de caldo e completar o peso para 100g com água destilada. (Brix%solucaoS2 × densidade aparente)
Concentracao (g/mL) =
100
• Dividir a solução preparada em 2 beckers de 250mL, designando as soluções de S1 e
S2.
• A densidade aparente da solução analisada (massa específica em g/mL) pode ser ob-
NOTA: tida na tabela 4.
A divisão desta solução é para determinação de cor ICUMSA e também da turbidez de uma
mesma solução, ou seja, de uma mesma amostra.
4.21 Turbidez
• Preparar um conjunto de filtração a vácuo, usando membrana com 0,45μm de aber-
tura Determinação da turbidez pelos métodos do espectrofotômetro, utilizando os valores das
• Filtrar a solução S2, desprezando os primeiros filtrados. absorbâncias obtidas na análise de cor ICUMSA, e do turbidímetro.
• Transferir o filtrado para um becker de 100mL
• Ajustar o pH para 7 ± 0,1 com uma solução de ácido clorídrico ou hidróxido de sódio, MÉTODO DO ESPECTROFOTÔMETRO
ambas 0,1N
• Medir o Brix refratométrico da solução S2 Cálculos
• Medir a absorbância (AS2) da solução filtrada e neutralizada em uma cubeta de
10mm (1cm) estando o espectrofotômetro ajustado em 420nm e aferido em 0,0 de Turbidez = IT - Cor ICUMSA
absorbância e 100% de transmitância com água destilada

67
134 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 135

Onde: 4.22 Dextrana


IT Indice de turbidez, dada pela expressão:
Determinação da concentração de dextrana, expressa em mg/L e mg/kg, por colorimetria
IT =
[ AS1
(b x c) ] x 1000 através do método semi-quantitativo (HAZE) e método quantitativo com solução de saca-
rose/TCA.

Onde: MÉTODO SEMI–QUANTITATIVO (HAZE)


AS1 Absorbância da solução não filtrada, S1
b Comprimento interno da cubeta, em centímetro Reagentes e Soluções
c Concentração de sólidos totais em g/mL • Dextrana p.a. com peso molecular de 2 milhões de Daltons (2.000.000 D)
• Solução padrão estoque de dextrana
OBSERVAÇÕES: • Soluções padrões de uso de dextrana
A concentração da solução (g/mL) pode ser obtida da seguinte forma: • Solução de ácido tricloroacético 10%
• Álcool etílico absoluto
(Brix%solucaoS1 × densidade aparente) • Celite tratada
Concentracao (g/mL) =
100
• Água deionizada
• Ácido clorídrico p.a.
A densidade aparente da solução analisada (massa específica em g/mL) pode ser obtida na
tabela 4. NOTA:
Para esta determinação é necessário os seguintes materiais:
MÉTODO DO TURBIDÍMETRO
• Suporte plástico com diâmetro de 25mm, marca Gelman, referência 4320
NOTA IMPORTANTE: • Membrana com diâmetro de 25mm, marca Gelman, referência P/N 61630
Para este método, a solução lida deve ser é a mesma preparada na determinação de cor ICU- • Seringa plástica intravenosa de 20mL
MSA, sem filtração, ou seja, com o mesmo Brix.
Preparo das Soluções
• Deixar a solução em repouso por cinco minutos para eliminação das bolhas
• Colocar a amostra a ser lida na célula de leitura do turbidímetro e proceder a leitura da Solução padrão estoque de dextrana (1000mg/L): Deixar a dextrana no mínimo uma sema-
turbidez, estando este calibrado com padrões e procedimentos indicados no Manual na em dessecador. Pesar 1,0000g de dextrana pura e dissolver em um pouco de água destila-
de Operação do Equipamento. da. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.

Cálculos Solução padrões de uso de dextrana (100mg/L a 1000mg/L): Separar 10 balões de 200mL
e em cada balão adicionar os volumes da solução padrão estoque de 1000mg/L de dextrana,
Turbidez(NTU) = L conforme mostrado na tabela a seguir:

Onde:
L Leitura obtida no turbidímetro

68
136 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 137

Concentrações das soluções Volumes da solução estoque de • Aguardar 2 min e fazer as leituras das absorbâncias de cada solução, estando o espec-
padrões de uso em mg/L de 1000mg/L de dextrana a serem trofotômetro ajustado para 720ηm
dextrana adicionados • Através dos dados das absorbâncias e concentrações dos padrões, elaborar o gráfico
100 20 da curva padrão ou calcular a equação de regressão linear.
Técnica
200 40
• Filtrar a amostra de caldo, seja obtido na prensa ou no processo, inicialmente em al-
300 60
godão e posteriormente em papel de filtro qualitativo
400 80
• Determinar o Brix do caldo filtrado através de refratômetro
500 100
• Acoplar o suporte plástico com a membrana em uma seringa plástica de 20mL
600 120
• Adicionar 10mL de caldo filtrado à seringa, usando a própria medida da seringa
700 140
• Acrescentar 2mL da solução de TCA a 10%
800 160
• A partir deste ponto proceder exatamente conforme indicado para as soluções pa-
900 180
drões da elaboração da curva padrão.
1000 200

Cálculos
Solução de ácido tricloroacético (TCA) 10%: Pesar 10g de ácido tricloroacético (C2HCl3O2)
e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e
Dextrana(mg/L) = C
completar o volume com água destilada.

Onde:
Celite tratado: Transferir 50g de celite para um becker de 2000mL. Adicionar 950mL de água
C Concentração de dextrana na amostra encontrada no gráfico da curva padrão ou da
deionizada com pH pré-determinado. Adicionar 50mL de ácido clorídrico p.a. e agitar por
equação de regressão linear, em mg/L.
5min em agitador magnético. Filtrar toda solução a vácuo com papel de filtro qualitativo,
descartando o filtrado existente no kitassato. Prosseguir a filtração a vácuo, lavando o celite
NOTA:
com porções de 150 – 200mL de água deionizada. Realizar a medição do pH de cada porção
de água deionizada usada nas lavagens da celite até obtermos novamente o pH original da A
Dextrana (mg/L / Brix ou ppm / Brix) =
água deionizada usada. Secar a celite tratada em estufa a 105°C durante 6h. Armazenar o B×0,01
celite tratado em frasco hermeticamente fechado.

Onde:
OBSERVAÇÃO: Curva de calibração
A Concentração de dextrana na amostra em mg/L
B Brix em volume do caldo analisado, calculado da seguinte forma:
• Acoplar o suporte plástico com a membrana em uma seringa plástica de 20mL
• Transferir separadamente 10mL de cada solução padrão de trabalho de dextrana
Brix em volume = Brix em peso × me
usando a própria escala da seringa
• Acrescentar 2mL da solução de TCA a 10%
Onde:
• Colocar 0,2g de celite tratado e conectar o êmbolo na seringa
me Massa específica da solução a 20° em g/mL, encontrada na tabela 4
• Inverter cuidadosamente sem agitar o conjunto de filtração por duas vezes
• Filtrar lentamente pressionando o êmbolo da seringa, descartando os primeiros 2mL
MÉTODO QUANTITATIVO COM SOLUÇÃO DE SACAROSE/TCA
do filtrado
• Filtrar lentamente gota a gota, 5mL da solução para um tubo de ensaio
• Acrescentar 5mL de álcool etílico absoluto no tubo e inverte-lo por 2 a 3 vezes

69
138 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 139

Reagentes e Soluções Técnica


• Enzima alfa-amilase
• Dextrana T500 OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
• Solução padrão de dextrana 800mg/L
• Solução padrão de dextrana 80mg/L • Separar 8 copos plásticos e numera–los de 1 a 9 e adicionar a cada os volumes das
• Solução de ácido tricloroacético 10% soluções indicadas, conforme mostrado na tabela a seguir:
• Solução de sacarose/TCA
• Álcool etílico absoluto – Água deionizada Copo n° Dextrana Sacarose/ Dextrana Dextrana Água
(mg/L) TCA (mL) 80 mg/L 800 mg/L (mL)
Preparo das soluções 1 0,00 8,0 0,0 - 4,5
2 160 8,0 2,0 - 2,5
Solução padrão de dextrana 800mg/L: Inicialmente determinar a umidade (%) da dextrana 3 320 8,0 4,0 - 0,5
através de estufa a 105° durante 3h. Determinar a massa de dextrana necessária para se obter 4 800 8,0 - 1,0 3,5
0,16g de dextrana seca através da equação: 5 1200 8,0 - 1,5 3,0
6 1600 8,0 - 2,0 2,5
(0,16×100)
Dextrana (g) = 7 2000 8,0 - 2,5 2,0
(100 - umidade%)
8 3200 8,0 - 4,0 0,5
9 Branco 8,0 - - 17,0
Pesar a massa encontrada em becker de 250mL e adicionar 1 a 2mL de água deionizada para
formar uma pasta homogênea. Aguardar 10min, homogeneizando em intervalos de tempo.
• Nos copos numerados de 1 a 8 adicionar vagarosamente 12,5mL de álcool etílico ab-
Após este tempo adicionar mais 80mL de água deionizada e colocar o becker em banho
soluto através de uma bureta, agitando lentamente, de modo que a adição ocorra
maria durante 30min. Retirar e esfriar à temperatura ambiente. Transferir quantitativamente
num período de meio a um minuto
para balão de 200mL com água deionizada, completar o volume e homogeneizar. Esta solu-
• Agitar lentamente e marcar 20min
ção deve ser preparada e consumida no dia da análise.
• Aferir o espectrofotômetro em zero e 100 (cem) com a prova em branco (copo N° 09),
estando este ajustado em 720nm
Solução padrão de dextrana 80mg/L: Pipetar 10mL da solução padrão de dextrana 800mg/L
• Através dos dados das absorbâncias e concentrações dos padrões, elaborar o gráfico
para balão de 100mL. Completar o volume com água deionizada e homogeneizar. Esta solu-
da curva padrão ou calcular a equação de regressão linear.
ção deve ser preparada e consumida no dia da análise.

NOTAS:
Solução de ácido tricloroacético 10%: Pesar 10g de ácido tricloroacético (C2HCl3O2) e dissol-
• O álcool deve ser adicionado dentro de 20min a partir da adição da solução de dex-
ver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar
trana na solução de sacarose/TCA
o volume com água destilada.
• Recomenda–se que o álcool etílico seja adicionado em cada balão entre 3 a 4 minutos
de diferença entre um e outro balão
Solução de sacarose/TCA: Pesar 20g de sacarose em becker de 250mL, dissolver com um
• Pode-se utilizar cubetas de 10 ou 40mm, desde que a cubeta usada na elaboração da
pouco de água deionizada. Transferir para balão volumétrico de 200mL, adicionar 6,2mL de
curva padrão seja a mesma da leitura das amostras.
solução de TCA e homogeneizar. Completar o volume com água deionizada e homogeneizar.

Determinação

• Determinar o Brix da amostra através de refratômetro

70
140 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 141

• Pesar exatamente 32g da amostra em balão volumétrico de 100mL C


Dextrana (mg/L / Brix ou ppm/ Brix) =
• Adicionar 1 gota da enzima alfa–amilase e homogeneizar. Colocar em banho–maria a (B × 0,01)
55°C por 15min. Resfriar à temperatura ambiente
• Adicionar 10mL da solução de TCA e agitar por 3 a 4min, completando o volume em Onde:
seguida com água deionizada C Concentração de dextrana na amostra encontrada no gráfico da curva padrão ou da
• Filtrar em pré–filtro desprezando os primeiros 10 a 15mL para lavagem da vidraria e equação de regressão linear, em mg/L.
em seguida filtrar em membrana 0,45µm B Brix em volume do caldo analisado, calculado da seguinte forma:
• Adicionar 12,5mL do filtrado em dois copos plásticos previamente limpos e secos. Em
um dos copos adiconar 12,5mL de álcool etílico absoluto, lentamente, usando uma Brix em volume = Brix em peso × me
bureta e agitando o copo em intervalos de tempo, de tal forma que a adição se com-
plete entre meio e um minuto Onde:
• Agitar lentamente o copo e cronometrar 20min me Massa específica da solução a 20° em g/mL, encontrada na tabela 4
• No outro copo adicionar 12,5mL de água deionizada para servir de prova em branco
• Aferir o espectrofotômetro em zero e 100 (cem) com a prova em branco, estando este
ajustado em 720nm, e realizar a leitura da amostra 4.23. AMIDO

NOTA: Determinação da concentração de amido, expressa em mg/L, pelo método colorimétrico


Caso seja observado floculação ou coagulação na solução da cubeta imediatamente após a
leitura no espectrofotômetro, repetir a análise. Reagentes e Soluções
• Solução de cloreto de cálcio 40% m/m
Cálculos • Solução de ácido acético 1 mol/L
• Solução de ácido acético 0,030 mol/L
Dextrana(mg/L) = C • Solução de cloreto de cálcio – ácido acético
• Solução de iodato de potássio 0,0017 mol/L
Onde: • Solução de iodeto de potássio 10%
C Concentração de dextrana na amostra encontrada no gráfico da curva padrão ou da • Solução padrão de amido 900 mg/L
equação de regressão linear, em mg/L. • Solução padrão de amido 180 mg/L
• Solução padrão de amido 45 mg/L
NOTAS: • Sacarose
Para obter o resultado da dextrana em mg/kg, proceder da seguinte forma:
Preparo das Soluções
C
Dextrana (mg / kg) =
(m × 12,5 × 0,01) Solução de cloreto de cálcio 40%: Pesar 530g de cloreto de cálcio diidratado (CaCl2.2H2O)
e adicionar lentamente e com constante agitação em 470g de água deionizada. Armazenar
Onde: em frasco âmbar com tampa rosqueável.
C Concentração de dextrana na amostra encontrada no gráfico da curva padrão ou da
equação de regressão linear, em mg/L. Solução de ácido acético 1mol/L: Diluir 57mL de ácido acético glacial em 1000mL com água
m massa de caldo pesada para realização do ensaio deionizada. Armazenar em frasco de cor âmbar.
A partir do resultado mg/kg, proceder da seguinte forma:

71
142 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 143

Solução de ácido acético 0,030mol/L: Diluir 30mL da solução de ácido acético 1mol/L em transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água deionizada e
1000mL com água deionizada. Armazenar em frasco de cor âmbar. homogeneizar. Esta solução deve ser preparada no dia de sua utilização e depois descartada.

Solução de cloreto de cálcio – ácido acético: Ajustar o pH da solução de cloreto de cálcio OBSERVAÇÃO: Preparo da Curva Padrão
para pH 3,0 ± 0,1 com solução de ácido acético 0,030mol/L.
• Pesar 3,6g de sacarose para cada balão de uma série de 09 balões volumétricos de
Solução de iodato de potássio 0,0017 mol/L: Secar 0,5g de iodato de potássio em estufa a 50mL
105°C durante 2h. Pesar exatamente 0,3567g de iodato de potássio (KIO3) dissolver em um • Adicionar a cada balão os volumes (mL) das soluções padrões e água indicados na
pouco de água deionizada e transferir para balão volumétrico de 1000mL, Completar o vo- tabela a seguir.
lume com água destilada. Armazenar esta solução em frasco âmbar com tampa rosqueável.
mL de solução padrão de
Conc. Amido
Solução de iodeto de potássio 10%: Pesar 10,0g de iodeto de potássio (KI) e dissolver em Balão n° amido (mg/L) mL Água
em mg/L
um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o vo- 45 180 900
lume com água destilada. 1 - - - 7 0
2 2 - - 5 25
Solução padrão de amido 900 mg/L: Pesar aproximadamente 2,0000g de amido e secar em 3 - 1 - 6 50
estufa a 105°C, durante 2h, calcular a umidade e desprezar o material. Pesar o equivalente a 4 - 2 - 5 100
900mg do amido seco, calculado da seguinte forma: 5 - 3 - 4 150
6 - 4 - 3 200
Amido(g) = [ (0,9×100)
(100 - umidade%) ] 7
8
-
-
5
7
-
-
2
-
250
350
9 - - 2 5 500
Adicionar 5 a 10mL de água destilada e misturar com bastão de vidro. Para completar a hi-
dratação do amido, aguardar aproximadamente 10min com homogeneização não contínua.
• Agitar até completa dissolução do açúcar. Dentro de 30min após adição da água para
Transferir quantitativamente a mistura para becker de 1000mL contendo 500mL de água
dissolver o açúcar, colocar os balões no banho de água em ebulição
destilada. Colocar em ebulição o becker contendo o amido durante 3min. Transferir a solu-
• Pipetar 15mL da solução de cloreto de cálcio/ácido acético e transferir para cada ba-
ção a quente para balão volumétrico de 500mL lavando o becker com pequenas porções de
lão e homogeneizar
água quente. Esfriar o balão, completar o volume com água deionizada e homogeneizar. Esta
• Tampar os balões e colocar em banho com água em ebulição por 15min e iniciar a
solução é estável por uma semana se armazenada em geladeira se armazenada em frasco
contagem de tempo
âmbar.
• Após 15min retirar os balões e esfriar a temperatura ambiente
• Adicionar a cada balão 15mL da solução de ácido acético 0,030mol/L e 10mL da so-
NOTA:
lução de iodeto/iodato de potássio. Completar os volumes com água deionizada e
Deve–se utilizar amido de batata.
homogeneizar
• Realizar as leituras das absorbâncias a 700ηm no intervalo de 10 a 20min após a adi-
Solução padrão de amido 180 mg/L: Pipetar 20mL da solução padrão 900mg/L de amido
ção do iodeto/iodato, utilizando uma cubeta de 10mm ou 20mm e água deionizada
e transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água deionizada e
como prova em branco
homogeneizar. Esta solução deve ser preparada no dia de sua utilização e depois descartada.
• A partir dos valores relacionados, construir a curva padrão plotando o teor de amido
(mg/L) no eixo das abcissas e as leituras das absorbâncias no eixo das ordenadas, ou
Solução padrão de amido 45 mg/L: Pipetar 5mL da solução padrão 900mg/L de amido e
calcular a equação de regressão linear

72
144 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 145

• Qualquer mudança de reagentes ou de espectrofotômetro, haverá necessidade de se trada no gráfico ou através da equação de regressão linear
determinar nova curva padrão B Brix em volume do caldo analisado, calculado da seguinte forma:

Técnica Brix em volume = Brix em peso × me


• Filtrar cerca de 50mL de caldo em algidão, desprezando os primeiros 10mL do filtrado.
Medir o Brix refratométrico e anotar
• Pesar 3,60g da amostra em dois balões volumétricos de 50mL, identificando o balão 1 Onde:
como prova em branco e balão 2 como amostra me Massa específica da solução a 20° em g/mL, encontrada na tabela 4
• Adicionar a cada balão 15mL da solução de cloreto de cálcio/ácido acético e homo-
geneizar
• Fechar os balões e colocar em banho de água em ebulição por 15min 4.24. Sílica
• Retirar os balões do banho e esfriar a temperatura ambiente
• Adicionar em cada balão 15mL da solução de ácido acético 0,030mol/L Determinação da concentração de sílica solúvel (reativa), expressa em mg/L, pelo método
• Completar o volume do balão 1 (branco) com água deionizada colorimétrico do ácido oxálico com molibdato de amônio
• No balão 2 (amostra) adicionar 10mL da solução de iodeto/iodato de potássio. Com-
pletar o volume com água deionizada e homogeneizar Reagentes e Soluções
• Realizar as leituras no intervalo de 10 a 20min após a adição da solução de iodeto/ • Solução estoque de sílica de 1000mg/L SiO2
iodato • Solução de ácido clorídrico 2%
• Fazer as leituras das absorbâncias das soluções a 700nm, utilizando cubetas de 10mm • Solução de molibdato de amônio 10%
(mesma usada na elaboração da curva-padrão), utilizando como prova em branco a • Solução de ácido oxálico 10%
solução contida no balão 1 e anotar. • Solução de sulfito de sódio 17%

Cálculos Preparo das Soluções

Amido(mg/L) = C Solução estoque de sílica 1000mg/L SiO2: Pesar 3,5304g de metassilicato de sódio pen-
taidratado (Na2SiO3.5H2O) e dissolver em um pouco de água destilada e em 20mL de ácido
Onde: clorídrico a 2%. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com
água destilada.
C Concentração de amido na amostra em mg/L correspondente à absorbância, encon-
trada no gráfico ou através da equação de regressão linear Solução de ácido clorídrico 2%: Num becker de 1000mL, juntar 20mL de ácido clorídrico
(HCl) concentrado em 500mL de água destilada, transferir para um balão volumétrico de
NOTA: 1000mL, esfriar e completar o volume com água destilada. Misturar e estocar em frasco bem
Para obter o resultado do amido em função do Brix da amostra proceder da seguinte forma: fechado de polietileno.

C Solução de molibdato de amônio 10%: Pesar 10g de molibdato de amônio


Dextrana (mg/L / Brix ou ppm/ Brix) =
(B × 0,01) [(NH4)6Mo7O24.4H2O] em becker de 250mL e dissolver em 80mL de água destilada. Aplicar
um leve aquecimento para solubilizar e resfriar. Transferir para balão volumétrico de 100mL
Onde: e completar o volume com água destilada. Guardar em frasco de polietileno.
C Concentração de amido na amostra em mg/L correspondente à absorbância, encon-

73
146 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 147

Solução de ácido oxálico 10%: Pesar 10g de ácido oxálico diidratado (C2H2O4.2H2O) e dissol- • Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi-
ver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar tância, estando este ajustado em 460ηm de comprimento de onda
o volume com água destilada. Guardar em frasco de polietileno • Fazer a leitura das absorbâncias
Solução de sulfito de sódio 17%: Pesar 170g de sulfito de sódio anidro (Na2SO3) e dissolver
em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o
volume com água destilada. Guardar em frasco de polietileno.
OBSERVAÇÃO: Curva de calibração Cálculos

• Pipetar para balões volumétricos de 100mL as seguintes alíquotas da solução padrão Silica(mg/L) = C
de 1000mg/L SiO2, e completar com água destilada: Onde:
C Concentração de sílica na amostra em mg/L correspondente à absorbância, encon-
Alíquotas (mL) Padrões de SiO2 (mg/L) trada no gráfico ou através da equação de regressão linear.
0,0 Branco
0,5 5,0 NOTA:
2,5 25,0 Para obter o resultado da sílica em função do Brix da amostra proceder da seguinte forma:
5,0 50,0
7,0 75,0 C
Silica (mg ⁄ L / Brix ou ppm ⁄ Brix) =
(B x 0,01)
10,0 100,0

• Pipetar 2mL de cada padrão para becker de 100mL Onde:


• Adicionar, seguindo a ordem, 8mL de água destilada, 5mL de ácido clorídrico 2%, 1mL C Concentração de sílica na amostra em mg/L correspondente à absorbância, encon-
de ácido oxálico 10%, 5mL de molibdato de amônio 10% e 10mL de sulfito de sódio trada no gráfico ou através da equação de regressão linear
17% B Brix em volume do caldo analisado, calculado da seguinte forma:

OBSERVAÇÃO: No preparo do branco, não adicionar as duas últimas soluções. Brix em volume = Brix em peso × me

• Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi- Onde:


tância, estando este ajustado em 460nm de comprimento de onda me Massa específica da solução a 20° em g/mL, encontrada na tabela 4.
• Fazer as leituras das absorbâncias ou das % de transmitância
• Construir o gráfico da curva padrão plotando as leituras das absorbâncias nas ordena-
das e as concentrações dos padrões no eixo das abscissas 4.25. Alumínio

Técnica Determinação da concentração de alumínio, expressa em mg/L, pelo método colorimétrico


• Determinar o Brix da amostra através de refratômetro do complexo alumínio-xilenol-orange.
• Pipetar 2mL da amostra para becker de 100mL
• Juntar 8mL de água destilada, logo após 5mL da solução de ácido clorídrico 2%, 1mL Reagentes e Soluções
de ácido oxálico 10%, 5mL de molibdato de amônio 10% e 10mL da solução de sul- • Ácido nítrico concentrado
fito de sódio a 17% • Ácido perclórico concentrado
• Homogeneizar e aguardar 5min • Ácido clorídrico concentrado

74
148 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 149

• Solução de EDTA 0,0072 mol/L • 2,5 mL do extrato nítrico–perclórico


• Solução estoque padrão de alumínio 20 mg/L • 2,5 mL de água destilada (branco)
• Solução de trabalho padrão de alumínio 2 mg/L • 2,5 mL da solução padrão de trabalho de 2 mg/L de Al
• Solução indicadora alaranjado de xilenol 0,15% • A cada tubo adicionar 3 mL do tampão de acetato pH 3,8 e 1 mL do indicador alaran-
• Solução tampão de acetato de sódio pH 3,8 jado de xilenol
• Deixar por 01h30min em banho-maria a 40°C, esfriar
Preparo das Soluções • Adicionar 3,5 mL da solução de EDTA 0,0072 mol/L
• Deixar em repouso por 01 hora na temperatura ambiente
Solução de EDTA 0,0072 mol/L: Pesar 2,6800g de EDTA, dissolver em aproximadamente 500 • Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi-
mL de água e transferir para uma balão de 1.000 mL, completar o volume do mesmo com tância, estando este ajustado em 550nm de comprimento de onda
água destilada; • Fazer a leitura do branco, da solução de trabalho e da solução do extrato nítrico–per-
clórico contendo a amostra
Solução estoque padrão de alumínio 20 mg/L Al: Pesar 0,1788g de cloreto de alumínio
hexahidratado (AlCl3.6H2O) e diluir a 1.000 mL, esta solução contém 20 mg/L de Alumínio; Cálculo

Solução de trabalho padrão de alumínio 2 mg/L Al: Da solução de 20 mg/L de alumínio,


pipetar 10 mL e transferir para balão volumétrico de 100 mL, completar o mesmo com água
Aluminio (mg ⁄ L de Al) = 20
[ La - Lb
Lp - Lb ]
destilada;
Onde:
Solução indicadora alaranjado de xilenol 0,15%: Pesar 0,15g de alaranjado de xilenol, dis- La Leitura do extrato nítrico-perclórico contendo a amostra
solver em cerca de 50 mL de água, transferir para um balão volumétrico de 100 mL e com- Lb Leitura do branco
pletar o volume. Lp Leitura do padrão

Solução tampão de acetato de sódio pH 3,8: Dissolver 136g de acetato de sódio trihidrata-
do em aproximadamente 800 mL de água, acertar o pH para 3,8 com ácido clorídrico concen- 4.26. Cinzas Condutimétricas
trado (HCl), completar o volume a 1.000 mL com água em balão volumétrico.
Determinação das cinzas condutimétricas pelos métodos do rafinômetro e do condutivíme-
Técnica tro
• Pipetar 10 mL da amostra previamente filtrada e colocar em frasco de micro digestor
de Kejdahl. MÉTODO DO RAFINÔMETRO
• Colocar 10 mL de ácido nítrico concentrado mais 02 mL de ácido perclórico concen-
trado, digerir até clarear, caso não haja clareamento da amostra, repetir o procedi- NOTA:
mento anterior, prosseguir com a digestão até o aparecimento de fumos brancos. Proceder ao ajuste do equipamento de acordo com o manual do fabricante.
• Transferir o extrato digerido com água destilada quente para um becker de 150 mL,
ajustar o pH para 3,8 – 4,0. Técnica
• Transferir o extrato após a correção do pH para balão volumétrico de 100 mL, esfriar • Filtrar a amostra em papel de filtro ou algodão
e completar o volume com água destilada. Chamar esta solução de EXTRATO NÍTRI- • Pesar 10g da amostra e transferir quantitativamente para balão volumétrico de
CO–PERCLÓRICO. CUIDADO. 200mL, completando o volume com água destilada
• Para 03 tubos de ensaios pipetar as seguintes quantidades: • Homogeneizar e ajustar a temperatura para 20ºC

75
150 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 151

• Lavar a célula de condutividade do equipamento pelo menos três vezes e encher com Cálculos
a solução a ser lida
• Fazer as leituras da temperatura e das cinzas Cinzas condutimetricas%caldo = K × (C1 - 0,9 × C2 )
• Determinar o teor de cinzas condutimétricas da água utilizada na diluição da amostra
Onde:
K 18 x 10-4
NOTA: C1 Condutividade da solução da amostra em µS/cm a 20ºC
Caso o valor das cinzas da água seja maior 0,002%, este deve ser subtraído do valor das cin- C2 Condutividade da água em µS/cm a 20ºC
zas obtido na solução da amostra, caso contrário, esta correção não será necessário.
NOTA:
Cálculos Caso o equipamento não faça a correção automática de temperatura, as correções das leitu-
ras das condutividades na solução de caldo e na água para temperatura de 20ºC são feitas
Cinzas%Caldo = C1 - C2 multiplicando os valores lidos nas diferentes temperaturas pelos fatores obtidos na Tabela 5.

Onde:
C1 Cinzas % caldo a 20ºC 4.27 Resíduo Insolúvel
C2 Cinzas % água a 20ºC
Determinação dos resíduos do caldo retidos após filtração em tela de nylon 21 microns (600
NOTA: mesh), também chamados resíduos insolúveis.
Caso o equipamento não faça a correção automática de temperatura, as correções das leitu-
ras das cinzas na solução de caldo e na água para temperatura de 20ºC são feitas multiplican- Técnica
do os valores lidos nas diferentes temperaturas pelos fatores obtidos na Tabela 5. • Pesar uma tela de filtração previamente seca em estufa a 105ºC por 30min (P1)
• Montar o sistema de filtração a vácuo com funil de Buchner e kitassato
MÉTODO DO CONDUTIVÍMETRO • Filtrar aproximadamente 1000g da amostra previamente homogeneizada (PA)
• Lavar a tela de filtração com água suficiente para assegurar a completa remoção dos
NOTA: resíduos solúveis
Proceder ao ajuste do equipamento de acordo com o manual do fabricante. • Retirar a tela do funil contendo os resíduos insolúveis e transferir para estufa a 105ºC
por 30min
Técnica • Retirar, esfriar em dessecador e pesar (P2)
• Filtrar a amostra em papel de filtro ou algodão
• Pesar 10g da amostra e transferir quantitativamente para balão volumétrico de Cálculos
200mL, completando o volume com água destilada
• Homogeneizar e ajustar a temperatura para 20ºC
• Lavar a célula de condutividade do equipamento pelo menos três vezes e encher com
Residuo insoluvel (mg ⁄ Kg) =
[ P2 - P1
Pa ] x 1000

a solução a ser lida ou caso o equipamento contenha eletrodo em lugar das células,
imergi-lo na solução Onde:
• Fazer as leituras da temperatura e da condutividade em µS/cm P1 Peso da tela seca e limpa (g)
• Determinar a condutividade da água utilizada na diluição da amostra P2 Peso da tela + resíduos insolúveis n(g)
PA Peso da amostra em Kg

76
152 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 153

4.28. Compostos Fenólicos Esta solução deve ser preparada no momento do ensaio, pois sua estabilidade é de apenas
2h.
Determinação da concentração de ácidos fenólicos, expressa em mg/L, por espectrofotome-
tria, através dos métodos do ácido sulfanílico e Folin-Ciocalteu Solução padrão de ácido gálico 200mg/L: Pesar exatamente 0,1000g de ácido gálico e dis-
NOTA IMPORTANTE: solver em água destilada. Transferir para balão volumétrico de 500mL e completar o volume
Fenóis e aminoácidos são os dois maiores grupos precursores de cor na cana de açúcar. Áci- com água destilada.
dos fenólicos formam compostos coloridos com o ferro e cobre, sendo facilmente oxidados
para formar compostos coloridos polimerizados. A concentração de ácidos fenólicos indica a OBSERVAÇÃO: Curva de calibração
tendência de o açúcar escurecer durante seu armazenamento.
• Separar 7 balões volumétricos de 100mL e adicionar a cada, respectivamente, os se-
Neste Manual estão apresentados dois métodos, sendo um expressando os compostos fenó- guintes volumes da solução padrão de ácido gálico: 0,0(branco); 1,0; 2,0; 4,0; 6,0; 8,0
licos como ácido gálico e o outro como ácido caféico. e 10,0mL. Completar os volumes dos balões com água destilada. Estas soluções, res-
pectivamente, possuem as seguintes concentrações: 0,0 (branco); 0,2; 0,4; 0,8; 1,2; 1,6
MÉTODO DO ÁCIDO SULFANÍLICO e 2,0 mg de ácido gálico por 100mL
• Separar 7 balões volumétricos de 50mL e adicionar a cada um 10mL das soluções pa-
Reagentes e Soluções drões de 0,0 (branco); 0,2; 0,4; 0,8; 1,2; 1,6 e 2,0 mg de ácido gálico por 100mL, e 10mL
• Solução de EDTA 0,01 mol/L da solução de EDTA 0,01 mol/L
• Solução de ácido sulfúrico 0,5 mol/L • Completar apenas o volume do balão com 0,0 mg ácido gálico /100mL (branco)
• Solução de ácido sulfanílico 0,8%m/v • Nos demais balões adicionar 4,0mL da solução de ácido sulfanílico 0,8% e 2,0mL da
• Solução de nitrito de sódio 4% solução de nitrito de sódio 4%
• Solução padrão de ácido gálico 200mg/L • Agitar e completar os volumes com água destilada
• Marcar 60min após a adição da solução de nitrito de sódio 4% para desenvolvimento
Preparo das Soluções da cor
• Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi-
Solução de EDTA 0,01 mol/L: Pesar 3,72g de EDTA e dissolver em água destilada. Transferir tância, estando este ajustado em 420nm de comprimento de onda
para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. • Fazer as leituras das absorbâncias
• Construir o gráfico da curva padrão plotando as leituras das absorbâncias nas orde-
Solução de ácido sulfúrico 0,5 mol/L: Pesar 49g de ácido sulfúrico p.a e adicionar a aproxi- nadas e as concentrações dos padrões (mg/100mL de ácidos fenólicos, como ácido
madamente 500mL de água destilada. Esfriar, transferir para balão volumétrico de 1000mL e gálico) no eixo das abscissas, ou calcular a equação de regressão linear
completar o volume com água destilada.
Técnica
Solução de ácido sulfanílico 0,8%m/v: Dissolver 0,800g de ácido sulfanílico em aproximada- • Medir 30mL de caldo e adicionar 1–3g de substância clarificante (octapol ou celite)
mente 50mL de água morna. Adicionar 10mL da solução de ácido sulfúrico 0,5 mol/L. Mistu- • Filtrar em papel de filtro faixa branca ou equivalente
rar perfeitamente, transferir para balão de 100mL e completar o volume com água destilada. • Determinar o Brix refratométrico (ver item 4.1)
• Pipetar 3mL do caldo filtrado e transferir para balão volumétrico de 50mL e completar
Solução de nitrito de sódio 4%: Pesar e dissolver 1,000g de nitrito de sódio em 25mL de o volume com água destilada
água destilada. • Pipetar 10mL do caldo diluído e transferir para outro balão de 50mL
• Em outro balão de 50mL adicionar 10mL de água destilada (branco)
NOTA: • Em cada balão adicionar 10mL da solução de EDTA 0,01 mol/L

77
154 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 155

• Completar o volume do balão marcado como branco • Reagente Folin-Ciocalteu


• No balão contendo a amostra de caldo adicionar 4,0mL da solução de ácido sulfanílico • Solução de hidróxido de sódio 2N
0,8% e 2,0mL da solução de nitrito de sódio 4% • Solução padrão estoque de ácido cafeíco 200mg/L
• Agitar e completar o volume com água destilada
• Marcar 60min após a adição da solução de nitrito de sódio 4% para desenvolvimento Preparo das Soluções
da cor
• Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi- Solução de hidróxido de sódio 2N: Pesar exatamente 80g de hidróxido de sódio e dissolver
tância, estando este ajustado em 420ηm de comprimento de onda em água. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água des-
• Fazer as leituras das absorbâncias e encontrar a concentração da amostra lida no grá- tilada.
fico da curva padrão ou na equação de regressão linear
Solução padrão estoque de ácido caféico 200mg/L: Pesar exatamente 0,1000g de ácido ca-
Cálculos féico e dissolver em água destilada. Transferir para balão volumétrico de 500mL e completar
o volume com água destilada.
Compostos fenolicos(mg⁄L) = C × 10 × FD
OBSERVAÇÃO: Curva de calibração
Onde:
C Concentração de compostos fenólicos, expressos em mg/100mL ácido gálico, corres- • Separar 7 balões volumétricos de 100mL e adicionar a cada, respectivamente, os se-
pondente à absorbância, encontrada no gráfico ou através da equação de regressão linear. guintes volumes da solução padrão estoque de ácido caféico: 0,0(branco); 1,0; 2,0; 3,0;
FD Fator de diluição, no caso desta metodologia igual a 16,67. 4,0; 5,0 e 6,0mL. Completar os volumes dos balões com água destilada. Estas soluções,
respectivamente, possuem as seguintes concentrações: 0,0 (branco); 2,0; 4,0; 6,0; 8,0;
NOTA: 10,0 e 12,0 mg/L de ácido caféico.
Para obter o resultado dos compostos fenólicos em função do Brix da amostra proceder da • Pipetar de cada balão volumétrico 2mL e transferir para tubos de ensaio
seguinte forma: • Adicionar em cada tubo 0,2mL do reagente de Folin–Ciocalteu e 0,4mL da solução de
hidróxido de sódio 2N
CF • Agitar durante 5min
Compostos fenolicos (mg ⁄ L / Brix ou ppm ⁄ Brix) =
(B x 0,01) • Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi-
tância, estando este ajustado em 650nm de comprimento de onda
Onde: • Fazer as leituras das absorbâncias
CF Concentração de compostos fenólicos na amostra em mg/L • Construir o gráfico da curva padrão plotando as leituras das absorbâncias nas ordena-
B Brix em volume do caldo analisado, calculado da seguinte forma: das e as concentrações dos padrões de ácido caféico no eixo das abscissas, ou calcular
a equação de regressão linear
Brix em volume = Brix em peso × me
Técnica
Onde: • Determinar o Brix refratométrico (ver item 4.1)
me Massa específica da solução a 20° em g/mL, encontrada na tabela 4 • Pipetar 5mL da amostra filtrada para balão volumétrico de 50mL e completar o volu-
me
MÉTODO DO FOLIN-CIOCALTEU • Pipetar 2mL da amostra diluída e transferir para tubo de ensaio
• Em outro tubo colocar 2mL de água destilada (branco)
Reagentes e Soluções • Adicionar 0,4mL do reagente de Folin-Ciocalteu e 0,4mL da solução de hidróxido de

78
156 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 157

sódio 2N • Solução de ácido acético 20%


• Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi- • Solução tampão de acetato pH 5,0
tância, estando este ajustado em 650nm de comprimento de onda • Solução estoque de cianeto de potássio 0,01 mol/L
• Fazer as leituras das absorbâncias e encontrar a concentração da amostra lida no grá- • Solução de cianeto de potássio 0,0002 mol/L
fico da curva padrão ou na equação de regressão linear • Solução de ninhydrina
• Solução de isopropanol 50%
Cálculos • Solução de ácido glutâmico

Composto fenolico(mg⁄L) = C Preparo das Soluções

C Concentração de compostos fenólicos, expressa em mg/L de ácido caféico, corres- Solução de hidróxido de sódio 20%: Pesar 20g de hidróxido de sódio p.a, dissolver e trans-
pondente à absorbância, encontrada no gráfico ou através da equação de regressão linear ferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada.
Solução de ácido acético 20%: Medir exatamente 20mL de ácido acético p.a e transferir para
NOTAS: balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada.
• Se necessário usar a amostra “in natura” ou fazer outra diluição para que a absorbância
se enquadre nos valores das absorbâncias dos padrões da curva de calibração. Neste Solução tampão de acetato pH 5,0: Misturar 50mL da solução de hidróxido de sódio 20%,
caso, respectivamente, eliminar ou multiplicar o resultado pelo novo fator de diluição. com 100mL de uma solução de ácido acético 20%.
• Para obter o resultado dos compostos fenólicos em função do Brix da amostra proce-
der da seguinte forma: Solução estoque de cianeto de potássio 0,01 mol/L: Pesar 0,1628g de cianeto de potássio
e dissolver. Transferir para balão volumétrico de 250mL e completar o volume com água
CF deionizada. Esta solução é estável por 3 meses.
Compostos fenolicos (mg ⁄ L / Brix ou ppm ⁄ Brix) =
(B x 0,01)
Solução de cianeto de potássio 0,0002 mol/L: Diluir 5mL da solução estoque de cianeto
Onde: de potássio 0,01 mol/L em balão volumétrico de 250mL com etileno glicol. Esta solução é
CF Concentração de compostos fenólicos na amostra em mg/L estável por 1 mês.
B Brix em volume do caldo analisado, calculado da seguinte forma:
NOTA IMPORTANTE:
Brix em volume = Brix em peso × me O cianeto de potássio (KCN) é extremamente venenoso por ser altamente tóxico, poden-
Onde: do levar à morte rapidamente. Todos os cuidados de segurança devem ser tomados ao
Me Massa específica da solução a 20° em g/mL, encontrada na tabela 4 manusear este reagente.

Solução de ninhydrina: Pesar 5g de ninhydrina, dissover e transferir para balão volumétrico


4.29. Nitrogênio Amínico de 100 mL. Completar o volume com etileno glicol. Esta solução é estável por 6 meses.

Determinação da concentração de ácidos fenólicos, expressa em mg/kg, por espectrofoto- Solução de isopropanol 50%: Misturar 50mL de isopropanol com 50mL de água deionizada.
metria
Solução de ácido glutâmico 0,1% (95mg/L N amínico): Pesar 0,1g de ácido glutâmico e dis-
Reagentes e Soluções solver em água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume
• Solução de hidróxido de sódio 20% com água deionizada.

79
158 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 159

• Fazer as leituras das absorbâncias e encontrar a concentração da amostra lida no grá-


OBSERVAÇÃO: Curva de calibração fico da curva padrão ou na equação de regressão linear

• Pipetar alíquotas de 1, 2, 3, 4, 5 e 10mL da solução padrão de ácido glutâmico e


transferir para balões volumétricos de 100 mL numerados de 1 até 6 e completar os Cálculos
volumes com água deionizada. Estas soluções correspondem respectivamente a con-
centrações de 0,95 a 9,5 mg/L de nitrogênio amínico. Nitrogenio aminico(mg⁄L) = C
• Pipetar de cada balão 1mL e transferir para tubos de ensaios numerados de 1 a 6
• Separar outro tubo e adicionar 1mL de água destilada (branco) Onde:
• Acrescentar em cada tubo de ensaio 1mL da solução tampão de acetato e agitar; 1mL
da solução de cianeto de potássio 0,0002 mol/L e 0,2mL da solução de nihydrina e C Concentração de nitrogênio amínico, expressa em mg/L, correspondente à absor-
agitar; bância, encontrada no gráfico ou através da equação de regressão linear.
• Tampar os tubos e colocar em banho–maria em ebulição por 15min sem deixar eva-
porar NOTAS:
• Esfriar os tubos por 20min a temperatura ambiente; • Se necessário diluir a amostra para que a absorbância se enquadre nos valores das
• Adicionar em cada tubo 10mL da solução de isopropanol 50% lavando o condensado absorbâncias dos padrões da curva de calibração. Neste caso multiplicar o resultado
da tampa e do tubo, agitar e deixar em repouso por 15min pelo fator de diluição.
• Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi- • Para obter o resultado de nitrogênio amínico em função do Brix da amostra proceder
tância, estando este ajustado em 570nm de comprimento de onda, usando cubeta da seguinte forma:
de 10mm
• Fazer as leituras das absorbâncias CF
Nitrogenio aminico (mg ⁄ L / Brix ou ppm ⁄ Brix) =
• Construir o gráfico da curva padrão plotando as leituras das absorbâncias nas orde- (B x 0,01)
nadas e as concentrações dos padrões de ácido glutâmico, expressas em nitrogênio
amínico, no eixo das abscissas, ou calcular a equação de regressão linear Onde:
C Concentração de nitrogênio amínico na amostra em mg/L
Técnica B Brix em volume do caldo analisado, calculado da seguinte forma:
• Determinar o Brix refratométrico (ver item 4.1)
• Pipetar 1mL da amostra e transferir para tubo de ensaio Brix em volume = brix em peso × me
• Em outro tubo colocar 1mL de água destilada (branco)
• Adicionar 1,5mL da solução tampão de acetato e agitar Onde:
• Acrescentar 1 mL da solução de cianeto de potássio 0,0002 mol/L e 0,2 mL da solução me Massa específica da solução a 20° em g/mL, encontrada na tabela 4
de nihydrina e agitar
• Tampar o tubo e colocar em banho-maria em ebulição por 15min sem deixar evapo-
rar; 4.30. Hidroximetilfurfural
• Esfriar o tubo por 20min a temperatura ambiente
• Adicionar ao tubo 10mL da solução de isopropanol 50% lavando o condensado da Determinação de hidroximetilfurfural (HMF), expressa em mg/kg, por espectrofotometria
tampa e do tubo, agitar e deixar em repouso por 15min
• Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi- Reagentes e Soluções
tância, estando este ajustado em 570ηm de comprimento de onda • Solução de Carrez I

80
160 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 161

• Solução de Carrez II A336 Absorbância lida a 336ηm


• Solução de bissulfito de sódio
NOTA IMPORTANTE: O fator 29,44 é função das seguintes variáveis:
• Massa da amostra
Prepara das Soluções • Peso molecular do HMF
• Absortividade molar do HMF a 284nm
Solução de Carrez I: Pesar 15g de ferrocianeto de potássio e dissolver em água destilada. • Fator de diluição da amostra
Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada. • Volume da amostra diluída usada para leitura da absorbância
• Fatores de conversão de “g” para “mg” e de “g” para “kg”
Solução de Carrez II: Pesar 30g de acetato de zinco e dissolver em água destilada. Transferir
para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada. NOTA:
Para obter o resultado de HMF em função do Brix da amostra proceder da seguinte forma:
de bissulfito de sódio: Pesar 0,20g de bissulfito de sódio e dissolver em água destilada.
Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada. HMF
Hidroximetilfurfural (mg ⁄ (kg / Brix) ou ppm ⁄ Brix)=
(B x 0,01)
Técnica Onde:
• Pesar 25g da amostra e transferir para balão volumétrico de 50mL HMF Concentração de HMF na amostra expressa em mg/kg
• Adicionar 0,5mL da solução de Carrez I e misturar B Brix em massa do caldo analisado
• Adicionar 0,5mL da solução de Carrez II e misturar
• Se necessário, adicionar uma gota de álcool para eliminar espumas
• Completar o volume do balão com água destilada e filtrar, desprezando os primeiros
10mL filtrados
• Pipetar 5mL para cada um dos dois tubos
• Em um dos tubos adicionar 5mL de água destilada (amostra) e no outro 5mL de solu-
ção de bissulfito de sódio 0,2% (referência)
• Misturar bem os dois tubos de ensaio e colocar no banho ultra–som por 3min
• Aferir o espectrofotômetro com a solução de referência em 0,0 de absorbância e 100%
de transmitância, estando este ajustado em 284 de comprimento de onda
• Fazer a leitura da amostra no comprimento de onda 284nm
• Aferir o espectrofotômetro com a solução de referência em 0,0 de absorbância e 100%
de transmitância, estando este ajustado em 336nm de comprimento de onda
• Fazer a leitura da amostra no comprimento de onda 336nm

Cálculos

Hidroximetilfurfural (mg⁄kg) = (A284 - A336 ) × 29,944

Onde:
A284 Absorbância lida a 284ηm

81
Capítulo 05
Xarope

82
Capítulo 05 - Xarope 165

Sumário

5.1 Brix % Xarope.......................................................................................................................... 00

Método densimétrico............................................................................................... 00

Método refratométrico............................................................................................ 00

5.2 Pol % Xarope........................................................................................................................... 00

5.3 Pureza % Xarope.................................................................................................................... 00

5.4 Açúcares Redutores % Xarope.......................................................................................... 00

Método Eynon–Lane................................................................................................ 00

Método Somogyi–Nelson....................................................................................... 00

5.5 Açúcares Redutores Totais % Xarope............................................................................. 00

Método Eynon–Lane................................................................................................ 00

Método Somogyi–Nelson....................................................................................... 00

5.6 Coeficiente Glucósico.......................................................................................................... 00

5.7 pH ............................................................................................................................................... 00

5.8 Acidez Sulfúrica...................................................................................................................... 00

5.9 Fosfato....................................................................................................................................... 00

Método colorimétrico (com solução redutora de Elon)............................... 00

Método colorimétrico (com digestão nítrica–perclórica)........................... 00

5.10 Dureza Total.......................................................................................................................... 00

5.11 Cor ICUMSA........................................................................................................................... 00

5.12 Turbidez.................................................................................................................................. 00

5.13 Resíduo Insolúvel................................................................................................................ 00

83
166 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 05 - Xarope 167

5.1. Brix % Xarope Cálculos

Determinação da percentagem de sólidos dissolvidos em solução, expressa em graus Brix, Brix%xarope = (L ± Ft) × Fd
pelos métodos densimétrico e refratométrico.
Onde:
MÉTODO DENSIMÉTRICO L Leitura obtida no refratômetro.
Ft Fator de temperatura (tabela 1A).
Técnica Fd Fator de diluição (neste caso 5).
• Resfriar a amostra de xarope até a temperatura ambiente;
• Pesar 200g de xarope em um becker previamente tarado; NOTA:
• Adicionar água destilada até completar um peso total de 1000g; Para o caso de análises realizadas com refratômetro que possuem correção automática de
• Misturar até completa homogeneização e encher a proveta de 500mL; temperatura, multiplicar a leitura apenas pelo fator de diluição.
• Imergir cuidadosamente o densímetro de Brix;
• Deixar em repouso por 20 min, fazer a leitura do Brix, e se o densímetro tiver termô-
metro, ler também a temperatura; caso contrário, imergir um termômetro e deixar 5.2 Pol % Xarope
durante 2 min, lendo a seguir a temperatura;
• Com auxílio da tabela 1B, corrigir a leitura para a temperatura padrão de 20°C; Determinação da concentração de sacarose aparente, expressa em percentagem, pelo mé-
• Multiplicar o Brix corrigido por 5, obtendo–se o Brix do xarope. todo polarimétrico.

Cálculos Reagentes e Soluções


• Subacetato de chumbo seco, em pó.
Brix%xarope = (L ± Ft) × Fd
Técnica
Onde: • Separar cerca de 200mL da amostra diluída usada para determinação do Brix densi-
L Leitura obtida no densímetro. métrico;
Ft Fator de temperatura (tabela 1B). • Adicionar uma quantidade de subacetato de chumbo seco, em pó, suficiente para sua
Fd Fator de diluição (neste caso 5). clarificação;
• Agitar vigorosamente e filtrar em papel de filtro, desprezando as primeiras porções;
MÉTODO REFRATOMÉTRICO • Encher o tubo polarimétrico e fazer a leitura no sacarímetro.

Técnica
• Filtrar em algodão uma porção da solução utilizada para determinação do Brix densi- Cálculos
métrico, desprezando os primeiros 25mL do filtrado;
• Limpar os prismas do refratômetro com água destilada usando algodão ou um papel Pol%xarope = Ls × Ft × Fpol × Fd
absorvente fino para secá-los;
• Colocar algumas gotas da solução entre os prismas, fechá-los e deixar por alguns se- Onde:
gundos para que a solução atinja a temperatura dos prismas. Ls Leitura sacarimétrica.
Ft Fator de correção de temperatura, caso a temperatura da solução não seja 20°C
(tabela 2).

84
168 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 05 - Xarope 169

Fpol Fator de polarização (tabela 3). Fehling B e aproximadamente 50mL de água destilada;
Fd Fator de diluição (neste caso 5). • Colocar o erlenmeyer na chapa aquecedora, aquecer até ebulição e manter por
2min;
• Adicionar 3 a 4 gotas do indicador de azul de metileno;
5.3. Pureza % Xarope • Completar a titulação até a descoloração do azul de metileno para vermelho tijolo
(V1).
Determinação da pureza do xarope, expressa em percentagem, por cálculos.
NOTA:
Cálculos Este volume gasto (V1) servirá apenas de orientação para execução da análise.

Pureza%xarope =
( pol%xarope
Brix%xarope ) x 100
• Repetir a titulação, colocando agora no erlenmeyer de 250mL, 5mL da solução de
Fehling A + 5mL de Fehling B, um volume igual a (V1 – 1) da solução contendo a amos-
tra (bureta) e a seguinte quantidade de água: mL água = 75 – (10 + (V1);
5.4. Açúcares Redutores % Xarope • Proceder à titulação conforme a técnica da 1ª titulação;
• Anotar o volume (V2) e repetir a 2ª titulação, anotar o volume (V3);
• Caso (V2) difira de (V3) em mais de 0,2mL, efetuar nova titulação ;
Determinação da concentração de açúcares redutores (glicose e frutose), expressa em per- • Considerar o volume final gasto na titulação como (Vg).
centagem, utilizando os métodos de Eynon–Lane e Somogyi–Nelson.
Cálculos
MÉTODO EYNON–LANE

Reagentes e Soluções
Acucares redutores%xarope = [ (62,5 × f)
Vg ] xF

Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de A.R. para caldos.


Onde:
NOTA IMPORTANTE: f Fator de correção devido à presença da sacarose
Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação, Vg Volume gasto, na titulação
como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro- F Fator de correção da concentração do licor de Fehling
cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus
respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás- NOTA
sicos das análises titrimétricas. Considerando que a concentração da sacarose no volume da amostra diluída gasto para
titulação varia pouco, pode–se considerar f = 1, o que resume a fórmula em:
Técnica
• Pesar 20,0000g da amostra e transferir para balão volumétrico de 250mL completan-
do o volume com água destilada;
Acucares redutores%xarope = [ (62,5 × f)
Vg ] xF

• Adicionar 0,2g de oxalato de sódio [(COONa)2] e 1 a 2g de celite, homogeneizar e filtrar


em papel de filtro faixa branca, desprezando os primeiros 25mL do filtrado; MÉTODO SOMOGY–NELSON
• Encher uma bureta de 50mL com a solução a ser analisada, lavando–a antes com a
mesma solução; Reagentes e Soluções
• Em uma erlenmeyer de 250mL adicionar 5mL da solução de Fehling A + 5mL de • Oxalato de sódio p.a.

85
170 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 05 - Xarope 171

• Celite NOTA IMPORTANTE:


Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação,
NOTA: como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro-
Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação de A.R. para cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus
caldos. respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás-
sicos das análises titrimétricas.
Técnica
Preparo da amostra Técnica
• Pesar 5g da solução diluída preparada para determinação do Brix densimétrico e • Da amostra filtrada para determinação do A.R. no xarope pelo método Eynon–Lane,
transferir para balão de 250mL, completando o volume com água destilada; pipetar 10mL para balão volumétrico de 200mL;
• Adicionar 0,2g de oxalato de sódio [(COONa)2] e 1 a 2g de celite, homogeneizar e filtrar • Adicionar 10mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado;
em papel de filtro faixa branca, desprezando os primeiros 25mL do filtrado; • Aquecer em banho–maria a 65°C, durante 12min;
• Pipetar 50mL do filtrado, transferir para balão volumétrico de 250mL e completar o • Esfriar à temperatura ambiente e neutralizar com hidróxido de sódio 26%, usando a
volume com água destilada. solução de fenolftaleína como indicadora;
• Descolorir a solução com algumas gotas de ácido clorídrico 0,5N e completar o volu-
Determinação me com água destilada;
• Proceder à determinação do A.R. conforme citado para caldos. • Preparar uma bureta de 50mL com a amostra preparada anteriormente;
• Preparar 2 erlenmeyers de 250mL adicionando, a cada um, 5mL da solução de Fehling
A + 5mL da solução de Fehling B, mais aproximadamente 50mL de água destilada e
Cálculos algumas pérolas de vidro;
• Proceder à titulação da mesma maneira que na análise de açúcares redutores.
Acucares redutores%xarope = 625 x [ (La - Lb)
(Lp - Lb) ] xF
Cálculos

Onde:
La Absorbância da amostra (média das duas leituras dos tubos 5 e 6).
Acucares redutores%xarope = [ 1250
Vg ] xF

Lb Absorbância do branco (média das duas leituras dos tubos 1 e 2).


Lp Absorbância do padrão (média das duas leituras dos tubos 3 e 4). Onde:
Vg Volume gasto na titulação
F Fator de correção da concentração do licor de Fehling
5.5. Açúcares Redutores Totais % Xarope
MÉTODO SOMOGY–NELSON
Determinação da concentração de açúcares redutores totais, expressa em percentagem, pe-
los métodos de Eynon-Lane e Somogyi-Nelson. Reagentes e Soluções
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de A.R. para caldos.
MÉTODO EYNON–LANE
Técnica
Reagentes e Soluções Preparo da amostra
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de A.R. para caldos. • Da amostra filtrada para determinação do A.R. no xarope pelo método Somogyi–Nel-

86
172 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 05 - Xarope 173

son, pipetar 5mL para balão volumétrico de 200mL; Técnica


• Adicionar 10mL da solução de ácido clorídrico 0,75N sob agitação e levar ao banho– Aferição do potenciômetro
maria por 30min a 65°C; • Ver aferição do potenciômetro citada no método de determinação de pH em caldos
• Esfriar, adicionar 10mL da solução de hidróxido de sódio 0,75N e completar o volume ou no manual de instrução do equipamento.
com água destilada;
Determinação
Determinação • Lavar o eletrodo com água destilada, enxugar e imergi–lo em uma porção da amostra
• Proceder à determinação do A.R.T. conforme citado para caldos diluída utilizada na determinação do Brix densimétrico;
• Esperar que os números no visor se estabilizem e anotar o valor do pH;
Cálculos • Lavar o eletrodo com esguichos de água destilada e deixá–lo mergulhado em água
destilada ou cloreto de potássio 3M.
Acucares redutores%xarope = 50 x [ (La - Lb)
(Lp - Lb) ] xF
Cálculos
pH = Leitura do potenciometro
Onde:
La Absorbância da amostra (média das duas leituras dos tubos 5 e 6).
Lb Absorbância do branco (média das duas leituras dos tubos 1 e 2). 5.8. Acidez Sulfúrica
Lp Absorbância do padrão (média das duas leituras dos tubos 3 e 4).
Determinação da acidez sulfúrica, expressa em percentagem de ácido sulfúrico, através de
titrimetria de neutralização.
5.6. Coeficiente Glucósico
Reagentes e Soluções
Determinação do coeficiente glucósico do xarope por cálculos. Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de acidez sulfúrica para caldos

Cálculos Técnica
• Pesar 5,0000g da amostra em erlenmeyer de 250mL

Coeficiente glucosico = [ (AR%xarope)


(Pol%xarope) ] x 100
• Adicionar 50mL de água destilada e 2–3 gotas da solução indicadora de fenolftaleína
• Encher a bureta com hidróxido de sódio 0,1N e proceder à titulação até a mudança
de coloração
Onde: • Anotar o volume gasto (Vg)
AR Açúcares redutores
Cálculos

5.7. pH Acidez sulfurica (%H2SO4) = Vg × 0,098 × F

Determinação da concentração de íons H+ pelo método potenciométrico . Onde:


Vg Volume de hidróxido de sódio 0,1 N gasto na titulação
Reagentes e Soluções F Fator de correção da concentração do hidróxido de sódio 0,1N
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de pH para caldos.

87
174 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 05 - Xarope 175

5.9. Fosfato Onde:


C Concentração de fósforo, em mg/L P2O5, correspondente à % de transmitância ou
Determinação da concentração de fosfato, expressa em ppm de P2O5, através de métodos absorbância, encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear
colorimétricos

MÉTODO COLORIMÉTRICO COM DIGESTÃO NÍTRICA–PERCLÓRICA 5.10. Dureza Total

Reagentes e Soluções Determinação da dureza total, expressa em percentagens de óxido de cálcio mais óxido de
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de fosfato com digestão nítri- magnésio, por titrimetria de complexação
ca–perclórica para caldos
Reagentes e Soluções
Técnica Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de dureza total para caldos
• Medir 50mL de xarope, transferir para balão volumétrico de 200mL e completar o vo-
lume com água destilada Técnica
• Pipetar 5mL desta solução diluída e proceder de maneira idêntica à determinação de • Pipetar 10mL do extrato nítrico–perclórico para erlenmeyer de 125mL
fosfato em caldos, pelo método da digestão nítrica–perclórica • Adicionar 5mL de coquetel tampão, 5 gotas da solução indicadora de eriocromo black
T e titular com EDTA 0,025N até mudança de coloração, anotando o volume gasto (Vg)
Cálculos
Cálculos
Fosfato (ppm P2O5 ) = C × 183,2
Dureza total (%CaO + %MgO) = Vg × 0,96 × F
Onde:
C Concentração de fósforo, em ppm P, correspondente à % de transmitância ou absor- Onde:
bância, encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear Vg Volume de EDTA 0,025N gasto na titulação
F Fator de correção da concentração do EDTA 0,025N
MÉTODO COLORIMÉTRICO COM SOLUÇÃO REDUTORA DE ELON

Reagentes e Soluções 5.11. Cor ICUMSA


–Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de fosfato com solução re-
dutora de Elon Determinação da cor ICUMSA por colorimetria

Técnica Reagentes e Soluções


• Medir 50mL de xarope, transferir para balão volumétrico de 200mL e completar o vo- Ver reagentes e soluções citados no método de determinação de cor ICUMSA para caldos
lume com água destilada
• Pipetar 5mL desta solução diluída e proceder de maneira idêntica à determinação de Técnica
fosfato em caldos, pelo método da solução redutora de Elon • Preparar uma solução com aproximadamente 5oBrix. Por exemplo, se o Brix do xa-
rope for 55°, então para fazer 100g da solução a 5oBrix deve–se pesar: (100/55) x 5 =
Cálculos 9,10g de xarope e completar o peso para 100g com água destilada.
Fosfato (ppm P2O5 ) = C × 800 • A partir desta solução proceder conforme metodologia indicada para cor ICUMSA em

88
176 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros

caldos.

5.12. Turbidez

Determinação da turbidez pelos métodos do espectrofotômetro, utilizando os valores das


absorbâncias obtidas na análise de cor ICUMSA, e do turbidímetro.
Proceder conforme metodologias indicadas para determinação da turbidez em caldos usan-
do os métodos do espectrofotômetro e turbidímetro.

5.13. Resíduo Insolúvel

Determinação dos resíduos em xarope retidos após filtração em tela de nylon 21 microns
(600 mesh), também chamados resíduos insolúveis.
metodologias indicadas para caldos.

Capítulo 06
Massas e
Magma

89
Capítulo 06 - Massas e Magma 179

Sumário

6.1 Brix %......................................................................................................................................... 00

Método densimétrico............................................................................................... 00

Método refratométrico............................................................................................ 00

6.2 Pol % ......................................................................................................................................... 00

6.3 Pureza %................................................................................................................................... 00

6.4 Rendimentos de Cristais %................................................................................................ 00

Método da centrifugação....................................................................................... 00

Métodos de cálculos 01 e 02.................................................................................. 00

6.4 Cinzas Condutimétricas...................................................................................................... 00

Método do condutivímetro.................................................................................... 00

Método do rafinômetro........................................................................................... 00

6.6 Cor ICUMSA............................................................................................................................. 00

6.7 Turbidez.................................................................................................................................... 00

90
180 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 06 - Massas e Magma 181

6.1 Brix Onde:


L Leitura obtida no refratômetro
Determinação da percentagem de sólidos dissolvidos em solução, expressa em graus Brix, Fd Fator de diluição (neste caso 5)
utilizando os métodos densimétrico e refratométrico Ft Fator de temperatura (tabela 1A)

MÉTODO DENSIMÉTRICO NOTA:


Para o caso de análises realizadas com refratômetro que possuem correção automática de
Técnica temperatura, multiplicar a leitura apenas pelo fator de diluição.
• Homogeneizar bem a amostra e pesar 200g em becker de 1000mL
• Completar o peso para 1000g com água destilada
• Com auxílio do bastão, misturar até completar a dissolução 6.2 Pol
• Encher a proveta com a solução a analisar e deixar em repouso durante 20min apro-
ximadamente Determinação da concentração de sacarose aparente, expressa em percentagem, por pola-
• Imergir o aerômetro e deixar em repouso durante 5min rização
• Fazer a leitura do Brix e da temperatura
Reagentes e Soluções
NOTA: • Subacetato de chumbo seco, em pó
Caso o aerômetro não seja equipado com termômetro, imergir o termômetro e fazer a leitura
após 5min Técnica
• Separar cerca de 200mL da amostra diluída usada para determinação do Brix densi-
Cálculos métrico
• Adicionar uma quantidade de subacetato de chumbo seco, em pó, suficiente para sua
Brix% = (L ± Ft) × Fd clarificação
• Agitar vigorosamente e filtrar em papel de filtro, desprezando as primeiras porções
Onde: • Encher o tubo polarimétrico e fazer a leitura no sacarímetro
L Leitura obtida no aerômetro
Fd Fator de diluição (neste caso 5) Cálculos
Ft Fator de temperatura (tabela 1B)
Pol% = Ls × Ft × Fpol × Fd
MÉTODO REFRATOMÉTRICO

Técnica Onde:
• Colocar algumas gotas da solução preparada para determinação do Brix densimétrico Ls Leitura sacarimétrica
entre os prismas do refratômetro e fazer a leitura Ft Fator de correção de temperatura, caso a temperatura da solução não seja 20°C
(tabela 2)
Cálculos Fpol Fator de polarização (tabela 3)
Fd Fator de diluição (neste caso 5)
Brix% = (L ± Ft) × Fd

91
182 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 06 - Massas e Magma 183

6.3. Pureza Onde:


P Peso da amostra, em gramas
Determinação da pureza das massas e magma, expressa em percentagem, por cálculos P1 Tara do cesto+peso da amostra após centrifugação, em gramas
P2 Tara do cesto, em gramas
Cálculos
MÉTODO DE CÁLCULO 01
Cálculos
Pureza% = ( Brix%
Pol%
) x 100
RC (%) = [ (Pza MC - Pza MM)
(100 - Pza MM) ] x Brix%MC

6.4. Rendimentos de Cristais


Onde:
Determinação dos rendimentos de cristais, expressos em percentagens, pelos métodos da RC Rendimentos de cristais em percentagem
centrifugação e de cálculos Pza MC Pureza % da massa cozida
Pza MM Pureza % do mel mãe
MÉTODO DA CENTRIFUGAÇÃO Brix % MC Brix % da massa cozida

Reagentes e Soluções MÉTODO DE CÁLCULO 02


• Solução de carbonato de sódio 10% Cálculos

Preparo das Soluções


Solução de carbonato de sódio 10%: Pesar 100g de carbonato de sódio (Na2CO3) e dissolver
CC (%) Brix = [ (Pza massa - Pza mel)
(Pza acucar - Pza mel) ] x 100

em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o


volume com água destilada Onde:
CC % Brix Concentração de cristais % Brix
Técnica
• Pesar 500g da amostra no cesto tarado de uma centrífuga de laboratório, equipada
com cesto de tela perfurada, cronômetro e medidor de velocidade 6.5 Cinzas Condutimétricas
• Colocar 15mL da solução de carbonato de sódio 10% para facilitar a remoção do mel
• Colocar o cesto previamente tarado com a amostra na centrífuga e acionar lentamen- Determinação da concentração de cinzas condutimétricas, expressa em percentagem, utili-
te o motor para evitar trepidação e facilitar a distribuição da amostra nas paredes do zando os métodos por condutivímetro e rafinômetro
cesto
• Aumentar a velocidade até atingir 3.000rpm e marcar 5min MÉTODO DO CONDUTIVÍMETRO
• Passado o tempo previsto, desligar a centrífuga, remover e pesar o cesto
Técnica
Cálculos • Pesar 10g da amostra diluída utilizada para determinação do Brix densimétrico, trans-
ferir para balão volumétrico de 200mL e completar o volume com água destilada

Rendimento de cristais (%) = [ (P1 - P2)


P ] x 100
• Lavar a célula do condutivímetro com pequenas porções da solução a ser determina-
da

92
184 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 06 - Massas e Magma 185

• Caso o condutivímetro contenha célula na forma de eletrodo, mergulhá–lo em uma ração, preferivelmente usando padrões a 20°C
porção da amostra e proceder à lavagem • Os rafinômetros modernos dispõem de sistema de compensação de temperatura e
• Tomar outra porção da solução e proceder à determinação da condutividade da solu- da constante da célula, neste caso obtém–se diretamente a % cinzas a 20°C.
ção, anotando sua temperatura
• Determinar a condutividade da água utilizada na diluição da amostra, de maneira se- Cálculos
melhante à determinação das amostras
Cinzas condutimetricas% = (C - Ca) × Fd
NOTAS:
• As leituras das condutividades da solução contendo a amostra e da água de diluição Onde:
deverão ser corrigidas a 20°C através da tabela 5. C % cinzas da solução a 20°C
• A calibração do equipamento deve ser realizada de acordo com seu manual de opera- Ca % cinzas da água a 20°C
ção, preferivelmente usando padrões a 20°C. Fd Fator de diluição para determinação do Brix (neste caso 5)

Cálculos 6.6 Cor ICUMSA

Cinzas condutimetricas% = K × (C - 0,9 Ca) × Fd Determinação da cor ICUMSA por colorimetria

Onde: Reagentes e Soluções


K = 18 x 10–4 Ver reagentes e soluções citados no método de determinação de cor ICUMSA para caldos
C Condutividade da solução (μS / cm) a 20°C
Ca Condutividade da água em (μS / cm) a 20°C Técnica
Fd Fator de diluição para determinação do Brix (neste caso 5) • Preparar uma solução com aproximadamente 5oBrix. Por exemplo, se o Brix da mas-
sa for 90o, então para fazer 100g da solução a 5oBrix deve–se pesar: (100/90) x 5 =
MÉTODO DO RAFINÔMETRO 5,56g de massa e completar o peso para 100g com água destilada
• A partir desta solução proceder conforme metodologia indicada para cor ICUMSA em
Técnica caldos
• Pesar 10g da amostra diluída utilizada para determinação do Brix densimétrico, trans-
ferir para balão volumétrico de 200mL e completar o volume com água destilada
• Lavar a célula do rafinômetro com pequenas porções da solução a ser determinada 6.7 Turbidez
• Caso o rafinômetro contenha célula na forma de eletrodo, mergulhá–lo em uma por-
ção da amostra e proceder à lavagem Determinação da turbidez pelos métodos do espectrofotômetro, utilizando os valores das
• Tomar outra porção da solução e proceder à determinação das cinzas da solução, ano- absorbâncias obtidas na análise de cor ICUMSA, e do turbidímetro.
tando a sua temperatura
• Determinar as cinzas da água utilizada na diluição da amostra • Proceder conforme metodologias indicadas para determinação da turbidez em cal-
dos usando os métodos do espectrofotômetro e turbidímetro.
NOTAS:
• As leituras das cinzas condutimétricas da solução contendo a amostra e da água de
diluição deverão ser corrigidas a 20°C através da tabela 5.
• A calibração do equipamento deve ser realizada de acordo com o seu manual de ope-

93
Capítulo 07
Méis

94
Capítulo 07 - Méis 189

Sumário

7.1 Brix % Mel................................................................................................................................. 00

Método densimétrico............................................................................................... 00

Método refratométrico............................................................................................ 00

7.2 Pol % Mel.................................................................................................................................. 00

7.3 Pureza % Mel........................................................................................................................... 00

7.4 Açúcares Redutores % - Em Mel Invertido................................................................... 00

7.5 Açúcares Redutores Totais % - Em Mel Invertido....................................................... 00

7.6 Açúcares Redutores % - Em Melaço................................................................................ 00

Método Eynon-Lane................................................................................................. 00

Método Somogy-Nelson......................................................................................... 00

7.7 Açúcares Redutores Totais % - Em Melaço................................................................... 00

Método Eynon-Lane................................................................................................. 00

Método Somogy-Nelson......................................................................................... 00

7.8 Açúcares Redutores Infermentescíveis % Mel............................................................ 00

7.9 Sacarose % Mel...................................................................................................................... 00

7.10 Açúcares Totais % Mel....................................................................................................... 00

7.11 Açúcares Redutores Fermentescíveis % Mel............................................................. 00

7.12 Açúcares Totais Fermentescíveis % Mel...................................................................... 00

7.13 Cinzas Sulfatadas................................................................................................................ 00

7.14 Cinzas Condutimétricas.................................................................................................... 00

Método do condutivímetro.................................................................................... 00

Método do rafinômetro........................................................................................... 00

7.15 Sólidos Insolúveis em Suspensão................................................................................. 00

7.16 Sólidos Solúveis não Açúcares....................................................................................... 00

7.17 pH............................................................................................................................................. 00

7.18 Cor ICUMSA........................................................................................................................... 00

7.19 Acidez Sulfúrica.................................................................................................................. 00

7.20 Nitrogênio Total................................................................................................................... 00

95
Capítulo 07 - Méis 191

7.21 Carbono Orgânico.............................................................................................................. 00 7.1 Brix % Mel


7.22 Digestão Nítrica-Perclórica.............................................................................................. 00
Determinação da percentagem de sólidos dissolvidos em solução, expressa em graus Brix,
7.23 Fósforo.................................................................................................................................... 00
em amostras de méis, mel invertido e melaço, utilizando os métodos densimétrico e refra-
7.24 Potássio.................................................................................................................................. 00 tométrico
7.25 Cálcio....................................................................................................................................... 00
MÉTODO DENSIMÉTRICO
7.26 Magnésio............................................................................................................................... 00

7.27 Sulfato..................................................................................................................................... 00 Técnica


7.28 Sulfito...................................................................................................................................... 00 • Homogeneizar bem a amostra e pesar 100g em becker de 1000mL
• Completar o peso para 600g com água destilada
7.29 Turbidez.................................................................................................................................. 00
• Com auxílio do bastão, misturar até completar a dissolução
• Encher a proveta com a solução a analisar e deixar em repouso por 20min aproxima-
damente
• Imergir o aerômetro e deixar em repouso durante 5min
• Fazer a leitura do Brix e da temperatura

NOTA:
• Caso o aerômetro não seja equipado com termômetro, imergir o termômetro e fazer
a leitura após 5min
• Fazer a correção da temperatura a 20ºC através do fator, encontrado, na tabela 1B

Cálculos

Brix%mel = (L ± Ft) × Fd

Onde:
L Leitura obtida no aerômetro
Ft Fator de temperatura (tabela 1B)
Fd Fator de diluição (neste caso 6)

MÉTODO REFRATOMÉTRICO

Técnica
• Pesar exatamente 100g de mel em um becker de 1000mL
• Completar com água destilada até 600g
• Com auxílio do bastão, misturar até completar a dissolução
• Colocar algumas gotas da solução acima entre os prismas do refratômetro e fazer a
leitura

96
192 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 193

Cálculos 7.3. Pureza % Mel


Brix%mel = (L ± Ft) × Fd Determinação da pureza de amostras de méis, melaço e mel invertido, expressa em percen-
tagem, por cálculos
Onde:
L Leitura obtida no refratômetro. Cálculos
Fd Fator de diluição (neste caso 6).

( Brix%mel ) x 100
Ft Fator de temperatura (tabela 1A). Pol%mel
Pureza%mel =

NOTA:
Para o caso de análises realizadas com refratômetro que possuem correção automática de
temperatura, multiplicar a leitura apenas pelo fator de diluição. 7.4 Açúcares Redutores - Em Mel Invertido

Determinação da concentração de açúcares redutores (glicose e frutose), expressa em per-


7.2. Pol% Mel centagem, utilizando o método de Eynon-Lane.

Determinação da concentração de sacarose aparente, expressa em percentagem, em amos- Reagentes e Soluções


tras de méis, mel invertido e melaço, por polarização. • Solução de EDTA 4%

Reagentes e Soluções NOTA:


• Subacetato de chumbo seco, em pó. Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação de A.R. em
caldos por Eynon-Lane.
Técnica
• Separar cerca de 200mL da amostra diluída usada para determinação do Brix refrato- Preparo das Soluções
métrico
• Adicionar 2g de subacetato de chumbo seco, em pó, suficiente para sua clarificação Solução de EDTA 4%: Pesar 20g de etileno diamino tetra acetato de sódio, diidratado - EDTA
• Agitar vigorosamente e filtrar em papel de filtro, desprezando as primeiras porções - (C10H14N2Na2O8.2 H2O) seco em estufa a 250°C e dissolver em um pouco de água destilada.
• Encher o tubo polarimétrico e fazer a leitura no sacarímetro Transferir para balão volumétrico de 500mL e completar o volume com água destilada.

Cálculos NOTA IMPORTANTE:


Pol%mel = Ls × Ft × Fpo l × Fd Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação,
como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro-
Onde: cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus
Ls Leitura sacarimétrica respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás-
Ft Fator de correção de temperatura, caso a temperatura da solução não seja 20°C sicos das análises titrimétricas.
(tabela 2)
Fpol Fator de polarização (tabela 3) Técnica
Fd Fator de diluição (neste caso 6) • Pesar 10,0000g da amostra em becker de 100mL
• Adicionar um pouco de água destilada e dissolver a amostra com a ajuda de um bas-

97
194 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 195

tão de vidro lação varia pouco, pode–se considerar f = 1, o que resume a fórmula em:
• Transferir para balão volumétrico de 200mL


Completar o volume com água destilada (solução A)
Pipetar da solução A 50mL para balão volumétrico de 250mL
Acucares redutores%mel invertido = ( 1000
Vg )
xF

• Adicionar 5mL da solução de EDTA 4%


• Adicionar três gotas da solução de hidróxido de sódio 26%
• Completar o volume 7.5. Açúcares Redutores Totais - Em Mel Invertido
• Encher uma bureta de 50mL com a solução a ser analisada, lavando–a antes com a
mesma solução Determinação da concentração de açúcares redutores totais, expressa em percentagem, uti-
• Em um erlenmeyer de 250mL, adicionar 10mL da solução de Fehling A + 10mL de lizando o método de Eynon-Lane
Fehling B
• Verter da bureta no erlenmeyer cerca de 20mL, aquecer até ebulição e manter duran- Reagentes e Soluções
te 2min • Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de AR para mel inver-
• Adicionar 3 a 4 gotas do indicador de azul de metileno tido
• Completar a titulação até a descoloração do azul de metileno para vermelho tijolo (V1) NOTA IMPORTANTE:
Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação,
NOTA: como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro-
Este volume gasto (V1) servirá apenas de orientação para execução da análise cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus
• Repetir a titulação, colocando agora, no erlenmeyer de 250mL, 10mL da solução de respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás-
Fehling A + 10mL de Fehling B, um volume igual a (V1 – 1) da solução contendo a sicos das análises titrimétricas.
amostra (bureta) e a seguinte quantidade de água: mL agua = 75-(20 + V1).
• Proceder à titulação conforme a técnica da 1ª titulação Técnica
• Anotar o volume (V2) e repetir a 2ª titulação, anotar o volume (V3) • Pipetar 25mL da solução A e transferir para balão volumétrico de 200mL
• Caso (V2) difira de (V3) em mais de 0,2mL, efetuar nova titulação • Adicionar 10mL de ácido clorídrico 1:1
• Considerar o volume final gasto na titulação como (Vg) • Agitar bem e colocar em banho–maria a 60ºC. Agitar durante 3min e deixar em repou-
so por 12min
Cálculos • Retirar do banho e esfriar em água corrente
• Adicionar 3 gotas de fenolftaleína 1%

Acucares redutores%mel invertido = [ 2500 x f


C x Vg ] xF
• Adicionar solução de hidróxido de sódio 26% com agitação constante até apareci-
mento da cor rosa permanente
• Descolorir a solução com uma ou quantas gotas forem necessárias de ácido clorídrico
Onde: 1:1
f Fator de correção devido à presença da sacarose • Adicionar 2,5mL da solução de EDTA 4%
C Concentração, em gramas, da solução a analisar • Completar o volume
Vg Volume gasto, na titulação • Proceder à titulação da mesma maneira que na análise de açúcares redutores
F Fator de correção da concentração do licor de Fehling
Cálculos
NOTA:
Considerando que a concentração da sacarose no volume da amostra diluída gasto para titu- Acucares redutores%mel invertido = ( C2000
x Vg )
xF

98
196 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 197

Onde: • Em um erlenmeyer de 250mL, adicionar 5mL da solução de Fehling A + 5mL de


C Concentração em gramas da solução a analisar Fehling B
Vg Volume gasto em mL na titulação • Verter da bureta no erlenmeyer cerca de 20mL, aquecer até ebulição e manter duran-
F Fator de correção da concentração do licor de Fehling te 2min
• Adicionar 3 a 4 gotas do indicador de azul de metileno
Resumindo: • Completar a titulação até a descoloração do azul de metileno (V1)

Acucares redutores%mel invertido = ( 1600


Vg )
xF
NOTA:
Este volume gasto (V1) servirá apenas de orientação para execução da análise
• Repetir a titulação, colocando agora, no erlenmeyer de 250mL, 5mL da solução de
Fehling A + 5mL da solução de Fehling B, um volume igual a (V1 – 1) da solução con-
7.6. Açúcares Redutores – Em Melaço tendo a amostra (bureta) e a seguinte quantidade de água: mL agua=75-(20+V1 ).
• Proceder à titulação conforme a técnica da 1ª titulação
Determinação da concentração de açúcares redutores (glicose e frutose), expressa em per- • Anotar o volume (V2) e repetir a 2ª titulação, anotar o volume (V3)
centagem, utilizando os métodos de Eynon-Lane e Somogyi-Nelson • Caso (V2) difira de (V3) em mais de 0,2mL, efetuar nova titulação
• Considerar o volume final gasto na titulação como (Vg)
MÉTODO EYNON-LANE
Cálculos
Reagentes e Soluções
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de A.R. para mel invertido
Acucares redutores%melaco = [ 1000 x f
C x Vg ] xF

NOTA IMPORTANTE:
Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação, Onde:
como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro- f Fator de correção devido à presença da sacarose
cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus C Concentração, em gramas, da solução a analisar
respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás- Vg Volume gasto na titulação
sicos das análises titrimétricas. F Fator de correção da concentração do licor de Fehling

Técnica NOTA:
• Pesar 5,0000g da amostra em becker de 100mL Considerando que a concentração da sacarose no volume da amostra diluída gasto para
• Adicionar um pouco de água destilada e dissolver a amostra com a ajuda de um bas- titulação varia pouco, pode-se considerar f = 1, ou seja:
tão de vidro
• Transferir para balão volumétrico de 200mL
• Completar o volume com água destilada (solução A)
Acucares redutores%melaco = ( 800
Vg )
xF

• Pipetar da solução A 50mL para balão volumétrico de 200mL


• Adicionar 10mL da solução de EDTA 4% MÉTODO SOMOGY-NELSON
• Adicionar três gotas da solução de hidróxido de sódio 26% e completar o volume Proceder conforme metodologia indicada para xarope
• Encher uma bureta de 50mL com a solução a ser analisada, lavando–a antes com a
mesma solução

99
198 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 199

7.7. Açúcares Redutores Totais - Em Melaço V Volume gasto na titulação


F Fator de correção da concentração do licor de Fehling
Determinação da concentração de açúcares redutores totais, expressa em percentagem, uti-
lizando os métodos de Eynon–Lane e de Somogy-Nelson Resumindo:

MÉTODO EYNON-LANE Acucares redutores%melaco = ( 1600


Vg )
xF

Reagentes e Soluções
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de A.R. para mel invertido MÉTODO SOMMOGY-NELSON
Proceder conforme metodologia indicada para xarope
NOTA IMPORTANTE:
Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação,
como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro- 7.8. Açúcares Redutores Infermentescíveis % Mel
cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus
respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás- Determinação da concentração de açúcares infermentescíveis, expressa em percentagem,
sicos das análises titrimétricas. em amostras de méis, mel invertido e melaço, utilizando o método de Eynon-Lane

Técnica Reagentes e Soluções


• Pipetar 25mL da solução A e transferir para balão volumétrico de 200mL • Superfosfato de cálcio triplo p.a.
• Adicionar 10mL de ácido clorídrico 1:1 • Sulfato de amônio p.a.
• Agitar bem e colocar em banho–maria a 60º. Agitar durante 3min e deixar em repouso • Sulfato de magnésio p.a.
durante 12min a uma temperatura de 60ºC • Fermento prensado p.a.
• Retirar do banho e esfriar em água corrente
• Adicionar 3 gotas de fenolftaleína 1% NOTA:
• Adicionar solução de hidróxido de sódio 26% com agitação constante até apareci- Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação de AR em
mento da cor rosa permanente caldos
• Descolorir a solução com uma ou quantas gotas forem necessárias de ácido clorídrico
1:1 NOTA IMPORTANTE:
• Adicionar 2,5mL da solução de EDTA 4% Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação,
• Completar o volume como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro-
• Proceder à titulação da mesma maneira que na análise de açúcares redutores cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus
respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás-
Cálculos sicos das análises titrimétricas.

Acucares redutores%melaco = [ 1000 x f


C x Vg ] xF
Técnica
• Da amostra coletada e homogeneizada, pesar 200g em becker de 1000mL
• Adicionar 600mL de água destilada e diluir bem
Onde: • Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água desti-
C Concentração em gramas da solução a analisar lada

100
200 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 201

• Transferir 250mL deste balão para erlenmeyer de 1000mL


• Regular o pH com ácido sulfúrico (H2S04) concentrado para valores entre 4 e 5
• Adicionar em seguida:
Sacarose%mel = [ ART%mel
AR%mel ] x 0,95

• 0,5g de superfosfato triplo;


• 0,5g de sulfato de amônio; Onde:
• 0,25g de sulfato de magnésio; ART Açúcares redutores totais
• 10g de fermento prensado em suspensão com cerca de 50mL de água morna. AR Açúcares totais
• Tamponar o erlenmeyer com algodão e incubar em estufa a 30°C durante 48h
• Após este período, escoar cerca de 150mL para balão volumétrico de 500mL, evitan-
do a suspensão do fermento sedimentado no erlenmeyer 7.10. Açúcares Totais % Mel
• Agitar o material restante do erlenmeyer e centrifugar durante 5min a 3000rpm
• Transferir o sobrenadante dos tubos da centrífuga para o balão de 500mL Determinação da concentração de açúcares totais, expressa em percentagem, em amostras
• Suspender o material sedimentado nos tubos com bastão de vidro com cerca de 8 mL de méis, mel invertido e melaço, utilizando o método de cálculo estequiométrico
de água destilada para cada tubo
• Centrifugar nas mesmas condições anteriores Cálculos
• Juntar o sobrenadante ao material já existente no balão de 500mL
• Neutralizar com solução de hidróxido de sódio 25% Acucares totais%mel = Sacarose%mel + AR%mel
• Completar o volume do balão com água destilada
• Colocar a solução na bureta de 50mL Onde:
• Preparar 2 erlenmeyers de 250mL, colocando em cada um 2,5mL da solução de AR Açúcares totais
Fehling A + 2,5mL da solução de Fehling B + 15mL de água e algumas pérolas de
vidro
• Proceder à titulação conforme descrito para açúcares redutores em melaço pelo mé- 7.11. Açúcares Redutores Fermentescíveis % Mel
todo Eynon-Lane
Cálculos Determinação da concentração de açúcares redutores fermentescíveis, expressa em percen-
tagem, em amostras de méis, mel invertido e melaço, por cálculos

Acucares redutores infermenteciveis%mel = ( Vg25 ) x F Cálculos


ARF%mel = ART%mel - ARI%mel
Onde:
Vg Volume gasto na titulação Onde:
F Fator de correção da concentração do licor de Fehling ARF Açúcares redutores fermentescíveis
ART Açúcares redutores totais
ARI Açúcares redutores infermentescíveis
7.9 Sacarose % Mel

Determinação da concentração de sacarose, expressa em percentagem, em amostras de


méis, mel invertido e melaço, utilizando o método de cálculo estequiométrico.
Cálculos 7.12. Açúcares Totais Fermentescíveis % Mel

101
202 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 203

P Tara da cápsula
Determinação da concentração de açúcares totais fermentescíveis, expressa em percenta- P1 Peso da amostra “in natura”
gem, em amostras de méis, mel invertido e melaço, por cálculos P2 Peso da cápsula tarada mais amostra calcinada

Cálculos
7.14. Cinzas Condutimétricas
Acucares Totais Fermenteciveis%mel = AT%mel - ARI%mel
Determinação da concentração de cinzas condutimétricas, expressa em percentagem, em
Onde: amostras de méis, mel invertido e melaço, utilizando os métodos do condutivímetro e do
AT Açúcares totais rafinômetro.
ARI Açúcares redutores infermentescíveis
MÉTODO DO CONDUTIVÍMETRO
Proceder conforme metodologia indicada para massas e magma. Como será utilizada a so-
7.13 Cinzas Sulfatadas lução diluída de mel da determinação do Brix refratométrico, realizar os cálculos da seguinte
forma:
Determinação da concentração de cinzas sulfatadas, expressa em percentagem, em amos-
tras de méis, mel invertido e melaço, utilizando o método gravimétrico Cálculos
Reagentes e Soluções
• Solução de ácido sulfúrico 10% Cinzas condutimétricas% = K × (C - 0,9 Ca) × Fd

Preparo das Soluções Onde:


K = 18 x 10 – 4
Solução de ácido sulfúrico 10%: Medir em proveta 100mL de ácido sulfúrico (H2SO4) con- C Condutividade da solução (μS / cm) a 20°C
centrado e transferir para becker de 250mL contendo 80mL de água destilada. Esfriar e trans- Ca Condutividade da água em (μS / cm) a 20°C
ferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada Fd Fator de diluição para determinação do Brix (neste caso 6)

Técnica MÉTODO DO RAFINÔMETRO


• Tarar uma cápsula de porcelana a 550ºC, durante 30min (anotar P) Proceder conforme metodologia indicada para massas e magma. Como será utilizada a so-
• Pesar 1,0000g de mel (anotar P1) lução diluída de mel da determinação do Brix refratométrico, realizar os cálculos da seguinte
• Adicionar 0,5mL de ácido sulfúrico concentrado ou 5mL de ácido sulfúrico 10% forma:
• Aquecer com precaução em chapas elétricas até a carbonização evitando projeções
da amostra Cálculos
• Transferir a cápsula para a mufla a 600ºC, durante 2h
• Resfriar em dessecador e pesar (anotar P2) Cinzas condutimétricas% = (C - Ca) × Fd

Cálculos
(P2 - P) x 100 Onde:
Cinzas Sulfatadas% = C % cinzas da solução a 20°C
P1
Onde: Ca % cinzas da água a 20°C

102
204 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 205

Fd Fator de diluição para determinação do Brix (neste caso 6)


7.17 pH

7.15. Sólidos Insolúveis em Suspensão Determinação da concentração de íons H+ pelo método potenciométrico em amostras de
méis, mel invertido e melaço
Determinação da concentração de sólidos insolúveis em suspensão, expressa em percenta-
gem, em amostras de méis, mel invertido e melaço, utilizando o método gravimétrico. Reagentes e Soluções
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de pH em caldos
Técnica
• Pesar 1,0000g de mel em becker de 100mL Técnica
• Colocar aproximadamente 100mL de água destilada e ferver em chapa elétrica ou Aferição do potenciômetro
aquecedora • Ver aferição do potenciômetro citada no método de determinação de pH em caldos
• Filtrar em cadinho de Gooch G4 previamente tarado a 250°C (anotar como P1) • Determinação
• Colocar água novamente no becker e repetir a filtração • Lavar o eletrodo com água destilada, enxugar e imergi–lo na amostra utilizada para a
• Repetir até não haver mais mel a ser dissolvido determinação do Brix densimétrico
• Levar o cadinho à estufa durante ± 1h a 250ºC • Esperar que os números no visor se estabilizem e anotar o valor do pH
• Pesar e calcular a percentagem dos sólidos insolúveis em solução por diferença de • Lavar o eletrodo com esguichos de água destilada e deixá–lo mergulhado em água
peso (anotar como P2) destilada ou cloreto de potássio 3M

Cálculos Cálculos

Cinzas condutimétricas% = (P2 - P1) × 100 pH = Leitura do potenciometro

Onde:
P1 Peso da tara do cadinho 7.18. Cor ICUMSA
P2 Peso do cadinho mais insolúveis
Determinação da cor ICUMSA por colorimetria.

7.16. Sólidos Solúveis não Açúcares Reagentes e Soluções


Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de cor em caldos.
Determinação da concentração de sólidos solúveis não–açúcares, expressa em percenta-
gem, em amostras de méis, mel invertido e melaço, utilizando o método de cálculos. Técnica
• Preparar uma solução aproximadamente com 5oBrix. Por exemplo, se o Brix do mel
Cálculos for 80°, então para fazer 100g da solução a 5oBrix deve–se pesar: (100/80) x 5 = 6,25g
de mel e completar o peso para 100g com água destilada;
Solidos soluveis nao-acucares% = Brix%mel - AT%mel • A partir desta solução, proceder conforme metodologia citada para determinação de
Onde: cor ICUMSA em caldos;
AT Açúcares totais

103
206 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 207

7.19. Acidez Sulfúrica Solução de hidróxido de sódio 50%: Pesar 500g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver
em água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL, esfriar e completar o volu-
Determinação da concentração da acidez sulfúrica, expressa em percentagem, em amostras me com água destilada.
de méis, mel invertido e melaço, através de titrimetria de neutralização.
Proceder conforme metodologia indicada para xarope. Solução de ácido clorídrico 0,05N: Pipetar 4,14mL de ácido clorídrico (HCl) a 37% de pureza
e densidade 1,19g/mL, para balão volumétrico de 1000mL. Adicionar aos poucos 800mL de
água destilada, sob agitação. Esperar esfriar e completar o volume com água destilada.
7.20. Nitrogênio Total
Solução de ácido bórico 2%: Pesar 20g de ácido bórico (H3BO3) num becker de 400mL. Adi-
Determinação da concentração de nitrogênio total, expressa em percentagem, em amostras cionar 300mL de água destilada e dissolver (aquecer a 60°C) se necessário. Transferir para
de méis, melaço e mel invertido, através do método de Kjedahl. balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.

Reagentes e Soluções Solução padrão de carbonato de sódio 0,05N: Pesar exatamente 2,65g de carbonato de só-
• Mistura digestora (sulfato cúprico, sulfato de potássio e selenito de sódio) dio (Na2CO3) seco a 105ºC, durante 2h, e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir
• Solução de hidróxido de sódio 0,1N para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
• Solução indicadora de fenolftaleína
• Mistura de indicadores (vermelho de metila e azul de metileno) OBSERVAÇÃO: Padronização do ácido clorídrico 0,05N
• Solução de hidróxido de sódio 50% • Pipetar 25mL de carbonato de sódio 0,05N para erlenmeyer de 125mL
• Solução de ácido clorídrico 0,05N • Adicionar 3 gotas de mistura de indicadores e titular com ácido clorídrico 0,05N
• Solução de ácido bórico 2% • Anotar o volume gasto (Vg), calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção
• Solução padrão de carbonato de sódio 0,05N da concentração (F) do ácido clorídrico da seguinte maneira:

Preparo das Soluções Nverdadeira = 1,25 / Vg

Mistura digestora: Pesar 10g de sulfato cúprico pentaidratado (CuSO4.5 H2O), 10g de sulfato F = Nverdadeira / 0,05
de potássio (K2SO4) e 0,5g de selenito de sódio (Na2SeO3). Triturar em gral de porcelana até
obter cor uniforme. Técnica
Diluição prévia da amostra
Solução de hidróxido de sódio 0,1N: Pesar 4g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o • Pesar exatamente 5g da amostra homogeneizada e diluir com pouca água
volume com água destilada. • Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada
• Digestão da amostra
Solução indicadora de fenolftaleína: Pesar 1g do indicador e dissolver em 70mL de álcool • Pipetar 5mL da amostra para balão de Kjedahl de 100mL
etílico (C2H5OH). Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água • Acrescentar ao balão 0,5g da mistura digestora
destilada. • Adicionar 5mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado
Mistura de indicadores: Pesar 0,25g de vermelho de metila e 0,25g de azul de metileno, • Levar ao conjunto de digestor e deixar evaporar até a obtenção de um extrato esver-
diluir para 100mL com álcool etílico (C2H5OH) neutralizado por NaOH 0,1N em presença de deado claro
fenolftaleína. • Fazer uma prova em branco que só receba ácido sulfúrico e mistura digestora
• Transferir o extrato para balão volumétrico de 100mL e completar o volume

104
208 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 209

• Transferir 20mL da solução de ácido bórico 2% e adicionar 3 gotas da mistura de (K2Cr2O7) previamente seco em estufa a 103ºC, durante 2h, e diluir para balão volumétrico de
indicadores para um erlenmeyer de 125mL, estando esta solução mergulhada na ex- 1000mL com água destilada.
tremidade final do microdestilador
• Pipetar 25mL do extrato diluído para o balão do microdestilador Solução de sulfato ferroso amoniacal 0,1N: Dissolver 39,214g do sulfato ferroso amonia-
• Acrescentar 20mL de hidróxido de sódio 50% no funil do aparelho e lavar com 2 por- cal hexaidratado [Fe(NH4)2(SO4)2.6H2O] em água destilada contida num balão volumétrico
ções de água destilada (aproximadamente 15mL) de 1000mL. Adicionar 20mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado sob agitação. Esfriar e
• Destilar até um volume de aproximadamente 60mL diluir para 1000mL com água destilada. Padronizar toda vez que usar, utilizando o padrão de
• Titular o destilado com ácido clorídrico 0,05N 0,25N de dicromato.

Cálculos Solução indicadora de ferroína: Dissolver 1,485g de 1,10 fenantrolina mono–idrato, 695mg
de sulfato ferroso amoniacal heptaidratado (FeSO4.7H2O) em água destilada. Transferir para
Nitrogenio(%N) = (Va - Vb) × 1,12 × F balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.

Onde: Solução indicadora de difenilamina sulfônica: Dissolver 0,329g de difenilamina sulfonato


Va Volume de ácido gasto na titulação da amostra de bário em 100mL de água destilada e 1mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado. Deixar
Vb Volume de ácido gasto na titulação do branco decantar e transferir o sobrenadante para frasco conta–gotas
F Fator de correção da concentração do ácido clorídrico
NOTA:
Este indicador pode ser substituído por uma solução preparada a partir de 0,5g de difenila-
7.21 Carbono Orgânico mina dissolvida em 20mL de água destilada e 100mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado.

Determinação da concentração de carbono orgânico, expressa em percentagem, em amos- OBSERVAÇÃO: Padronização do sulfato ferroso amoniacal 0,1N
tras de melaço e mel invertido, usando titrimetria de oxi-redução • Num erlenmeyer de 250mL colocar 100mL de água destilada
• Adicionar, sob resfriamento na torneira, 30mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado
Reagentes e Soluções • Adicionar 10mL de dicromato de potássio 0,25N (solução padrão da análise)
• Solução de dicromato de potássio 2N • Deixar esfriar totalmente e titular com o sulfato ferroso amoniacal 0,1N usando 3 go-
• Solução de dicromato de potássio 0,25N tas de ferroína
• Solução de sulfato ferroso amoniacal 0,1N • Anotar o volume gasto (Vg), calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção
• Solução indicadora de ferroína (fenantrolina monoidrato e sulfato de ferro) da concentração (F) do sulfato ferroso amoniacal da seguinte maneira:
• Solução indicadora de difenilamina sulfônica (difenilamina sulfonato de bário e ácido
sulfúrico) Nverdadeira = 2,5 / Vg

Preparo das Soluções F = Nverdadeira / 0,1

Solução de dicromato de potássio 2N: Pesar 98g de dicromato de potássio (K2Cr2O7) e dis-
solver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e com- Técnica
pletar o volume com água destilada. Diluição prévia da amostra
• Pesar exatamente 5g da amostra homogeneizada e diluir com pouca água
Solução de dicromato de potássio a 0,25N: Dissolver 12,259g de dicromato de potássio • Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada

105
210 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 211

• Determinação volumétrico de 1000mL. Deixar esfriar e completar o volume com água destilada
• Pipetar 5mL da amostra diluída para balão volumétrico de 100mL
• Adicionar 20mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado Técnica
• Esperar 15min Diluição prévia da amostra
• Adicionar 25mL de dicromato de potássio 2N • Pesar exatamente 5g da amostra homogeneizada
• Levar ao banho–maria durante 30min • Dissolver com pouca água e transferir para balão volumétrico de 100mL
• Deixar esfriar totalmente • Completar o volume com água destilada
• Completar com água destilada o volume do balão volumétrico de 100mL • Obtenção do extrato
• Em um erlenmeyer de 250mL adicionar 100mL de água destilada + 5mL da amostra • Pipetar 10mL da amostra com diluição prévia e transferir para balão de Kjedahl de
contida no balão volumétrico de 100mL 100mL
• Adicionar 3mL de ácido ortofosfórico concentrado • Adicionar 10mL de ácido nítrico (HNO3) concentrado e levar o balão ao conjunto de
• Adicionar 3 gotas do indicador difenilamina sulfônica e titular com sulfato ferroso digestão
amoniacal 0,1N • Quando a solução adquirir uma coloração amarela clara, límpida, e ficar com um vo-
• Fazer uma prova em branco lume reduzido a aproximadamente 1mL, retirar o balão do conjunto de digestão e
esperar esfriar completamente
Cálculos • Adicionar 2mL de ácido perclórico (HClO4) concentrado e continuar a digestão até o
aparecimento de fumos brancos
Carbono organico (%C) = (Vgb - Vga) × 2,4 × F • Retirar o balão do conjunto de digestão e esperar esfriar completamente
• Adicionar 10mL de ácido clorídrico aproximadamente 2N
Onde: • Filtrar o extrato em papel de filtro, recebendo o destilado em balão volumétrico de
Vgb Volume gasto na titulação do branco 100mL
Vga Volume gasto na titulação da amostra • Esperar esfriar e completar o volume com água destilada
F Fator de correção da concentração do sulfato ferroso amoniacal 0,1N.

7.23 Fósforo
7.22. Digestão Nítrica - Perclórica
Determinação da concentração de fósforo, expressa em percentagem de P2O5, em amostras
Obtenção do extrato nítrico-perclórico para determinação de fósforo, potássio, cálcio, mag- de méis, mel invertido e melaço, pelo método colorimétrico através do complexo vanado-
nésio e sulfatos. Este extrato é também usado para as determinações de ferro, cobre, zinco, molíbdico
manganês e demais elementos por espectrofotometria de absorção atômica.
Reagentes e Soluções
Reagentes a Soluções Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de fósforo em caldos, com
• Ácido nítrico concentrado digestão nítrica–perclórica
• Ácido perclórico concentrado
• Solução de ácido clorídrico aproximadamente 2N
Preparo de Soluções Técnica
• Pipetar 5mL do extrato nítrico–perclórico e transferir para tubos de ensaios
Solução de ácido clorídrico aproximadamente 2N: Adicionar 167mL de ácido clorídrico • Acrescentar a cada tubo 2mL da solução mista de vanadato e molibdato
(HCl) concentrado em aproximadamente 500mL de água destilada contidos em um balão • Aferir expectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com 5mL

106
212 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 213

do branco e 2mL da solução misturada de vanadato e molibdato, estando este ajus-


tado em 420nm Cálculos
• Fazer a leitura da amostra em % transmitância ou absorbância
Potassio (%K2O) = L × 0,096
Cálculos
Onde:
Fosforo (%P2O5 ) = C × 0,0458 L leitura do fotômetro de chama.

Onde:
C Concentração de fósforo, em ppm P, correspondente à % de transmitância ou absor- 7.25. Cálcio
bância, encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear
Determinação da concentração de cálcio, expressa em percentagem de Ca, em amostras de
méis, mel invertido e melaço, por titrimetria de complexação.
7.24 Potássio
Reagentes e Soluções
Determinação da concentração de potássio, expressa em percentagem de K2O, em amostras • Ácido clorídrico concentrado
de méis, mel invertido e melaço, pelo método do fotômetro de chama • Ácido acético concentrado
• Solução de cloreto férrico
Reagentes e Soluções • Solução de hidróxido de amônio 1:3
• Solução padrão de potássio (1000mg/L de K+) • Solução de EDTA 0,01M
• Solução de uso de potássio (20mg/L de K+) • Álcool etílico
• Trietanolamina
Preparo das Soluções • Solução indicadora de calcon
• Álcool metílico
Solução padrão de potássio (1000mg/L de K+): Pesar exatamente 1,9102g de cloreto de • Solução indicadora de eriocromo black T
potássio (KCl), seco em estufa, dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para ba- • Hidróxido de sódio p.a.
lão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. Esta solução contém • Cianeto de potássio p.a.
1000mg/L de K+. • Solução condicionante de cálcio
• Cloreto de amônio p.a.
Solução de uso de potássio (20mg/L de K+): Pipetar 20mL da solução padrão de potássio • Hidróxido de amônio p.a.
para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada. Esta solução • Solução condicionante de magnésio
contém 20mg/L de K+. • Solução indicadora de metil orange
• Solução de carbonato de cálcio 0,01M
Técnica
• Pipetar 5mL do extrato nítrico-perclórico para balão volumétrico de 100mL
• Completar o volume com água destilada Preparo das Soluções
• Ajustar o fotômetro de chama de maneira que a leitura seja zero (000) com água des-
tilada e 100 com a solução de 20ppm de K+. Solução de cloreto férrico: Dissolver 3g do cloreto férrico (FeCl3) e 1,5mL de ácido clorí-
• Fazer a leitura da amostra drico (HCl) concentrado em 500mL de água destilada. Transferir para balão volumétrico de

107
214 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 215

1000mL, adicionar 100mL de ácido acético (C2H4O2) e completar o volume com água desti- • Pipetar 25mL da solução de carbonato de cálcio 0,01M para erlenmeyer de 250mL
lada. • Adicionar 5mL da solução condicionante para cálcio e 4 gotas da solução indicadora
de calcon
Solução de hidróxido de amônio 1:3 : Diluir 200mL de hidróxido de amônio (NH4OH) con- • Titular imediatamente com a solução de EDTA 0,01M até o escurecimento do titulado,
centrado em 600 mL de água destilada. esperar a formação da cor azulada; caso não ocorra, adicionar uma ou mais gotas até
que a viragem ocorra
Solução de EDTA 0,01M: Pesar 3,7225g de etileno diamino tetra acetato de sódio diidratado • Anotar o volume gasto (Vg), calcular a molaridade verdadeira e o fator de correção da
- EDTA - (C10H14N2Na2O8.2 H2O) seco em estufa durante 2h a 105°C e dissolver em um pouco concentração (F) do EDTA da seguinte maneira:
de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com
água destilada. Mverdadeira = 0,25 / Vg

Solução indicadora de calcon: Dissolver 0,1g do indicador calcon em 10mL de álcool etílico F = Mverdadeira / 0,01
(C2H5OH). Adicionar 15 gotas de trietanolamina (C6H15NO3).
Técnica
Solução indicadora de eriocromo black T: Dissolver 0,125g de eriocromo em 25mL de álco- • Transferir 20mL do extrato nítrico–perclórico para becker de 250mL
ol metílico (CH3OH). Adicionar 15 gotas de trietanolamina (C6H15NO3). • Adicionar 5mL da solução de cloreto férrico e 5mL de hidróxido de amônio 1:3
• Ferver em chapa aquecedora durante 3min, em capela
Solução condicionante para cálcio: Dissolver 80g de hidróxido de sódio (NaOH) em aproxi- • Filtrar a quente, recebendo o filtrado em um balão volumétrico de 100mL
madamente 500mL de água destilada. Adicionar 20g de cianeto de potássio (KCN) e 50mL • Completar o volume com água destilada
de trietanolamina (C6H15NO3). Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o • Pipetar 50mL do balão e adicionar 5mL da solução condicionante para cálcio e 4 gotas
volume com água destilada. da solução indicadora de calcon
• Titular com EDTA 0,01 M e anotar o volume gasto na titulação (V1)
Solução condicionante para magnésio: Dissolver 70g de cloreto de amônio (NH4Cl) em um
pouco de água destilada. Juntar 580mL de hidróxido de amônio (NH4OH) e 20g de cianeto Cálculos
de potássio (KCN). Transferir para balão volumétrico de 1000mL, adicionar 50mL de trietano-
lamina (C6H15NO3) e completar o volume com água destilada. Calcio (%Ca) = V1 × 0,8 × F

Solução indicadora de metilorange: Pesar 0,2g do indicador e dissolver em água fervente. Onde:
Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada. V1 Volume de EDTA 0,01 gasto na titulação
F Fator de correção da concentração do EDTA 0,01M
Solução de carbonato de cálcio 0,01M: Pesar exatamente 1,0000g de carbonato de cálcio
(CaCO3) e transferir para um becker de 1000mL com aproximadamente 300mL de água des-
tilada. Adicionar aos poucos uma solução de ácido clorídrico (HCl) 1:1, até total dissolução 7.26. Magnésio
do sal. Neutralizá–la com uma solução de hidróxido de amônio (NH4OH) 1:3 usando 3 gotas
do indicador metil orange. Transferir quantitativamente para balão volumétrico de 1000mL, Determinação da concentração de magnésio, expressa em percentagem de Mg, em amos-
completar o volume com água destilada e homogeneizar. tras de méis, melaço e mel invertido, por titrimetria de complexação

OBSERVAÇÃO: Padronização do EDTA 0,01M Reagentes e Soluções


Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de cálcio

108
216 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 217

• Deixar esfriar em dessecador e pesar (P2)


Técnica
• Aos 50mL restantes da determinação de cálcio, adicionar 5mL da solução condicio- Cálculos
nante para magnésio e 4 gotas da solução indicadora de eriocromo black T
• Titular com EDTA 0,01M e anotar o volume gasto (V2) Sulfato (SO4) = (P2 - P1) × 329,04

Cálculos Onde:
P2 Tara do cadinho mais o peso do precipitado após a secagem
Magnesio (%Mg) = (V2 -V1) × 0,48 × F P1 Tara do cadinho

Onde:
V2 Volume de EDTA gasto na determinação do magnésio 7.28 Sulfito
V1 Volume de EDTA gasto na determinação de cálcio
F Fator de correção da concentração do EDTA 0,01M Determinação da concentração de sulfito, expressa em ppm de SO2 em amostras de méis,
melaço e mel invertido, por colorimetria

7.27. Sulfato Reagentes e Soluções


• Solução tetracloromercurato 0,2M
Determinação da concentração de sulfato, expressa em percentagem, em amostras de méis, • Solução ácida de pararosanilina
mel invertido e melaço, por gravimetria • Solução de formaldeído
• Solução padrão de sulfito (100ppm)
Reagentes e Soluções • Solução padrão de sulfito (10ppm)
• Solução de cloreto de bário 0,25M • Solução padrão de trabalho de sulfito (0,5ppm)
• Solução de iodo 0,1N
Preparo das Soluções • Solução de tiossulfato de sódio 0,1N
• Solução indicadora de amido
Solução de cloreto de bário 0,25M: Pesar 61,07g de cloreto de bário (BaCl2) e dissolver em • Solução de dicromato de potássio 0,1N
um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o • Solução de ácido clorídrico 2M
volume com água destilada • Solução de ácido sulfúrico 2M

Técnica Preparo das Soluções


• Transferir 25mL do extrato nítrico–perclórico para becker de 250mL e levar à chapa de
aquecimento para ferver, estando o becker coberto com um vidro de relógio Solução tetracloromercurato 0,2M: Pesar 54,4g de cloreto de mercúrio (HgCl2) e dissolver
• Quando iniciar a fervura, adicionar 10mL da solução de cloreto de bário 0,25M e dei- em 700mL de água destilada. Juntar 23,4g de cloreto de sódio (NaCl). Transferir para balão
xar na chapa de aquecimento até se reiniciar a fervura volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
• Deixar esfriar completamente, de preferência deixando em repouso durante 1 noite Solução ácida de pararosanilina: Pesar 0,2g de pararosalina (C19H19N3O) e dissolver em
• Filtrar em um cadinho de Gooch G-4, tarado em estufa a 250°C, durante 30min (P1) 100mL de água destilada. Adicionar 30mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado e transferir
• Lavar o precipitado várias vezes com água quente para balão volumétrico de 500mL. Completar o volume com água destilada.
• Levar o cadinho com o precipitado à estufa durante 2h a 100°C

109
218 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 219

Solução de formaldeído: Medir em proveta 5,4mL de formaldeído (CH2O) a 38%, transferir esfriar e completar o volume com água destilada.
para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
OBSERVAÇÃO: Padronização da solução de tiossulfato de sódio 0,1N
Solução padrão de sulfito (100ppm): Pesar exatamente 0,1285g de bissulfito de sódio (NaH-
SO3) 100% de pureza – ou considerar a pureza real do sal determinada como descrito adiante • Dissolver em erlenmeyer de 1000mL 3,0g de iodeto de potássio (KI) isento de iodato
– e dissolver em um pouco de água destilada Transferir para balão volumétrico de 1000mL e (IO3–) em 100mL de água destilada contendo 6mL de ácido clorídrico (HCl) concen-
completar o volume com água destilada. trado
• Adicionar 25mL de dicromato de potássio 0,1N, cerca de 300mL de água destilada
Solução padrão de sulfito (10ppm): Pipetar 20mL da solução padrão de 100ppm de sulfito e e titular com a solução de tiossulfato de sódio 0,1N até obter uma coloração verde–
transferir para balão volumétrico de 200mL. Completar o volume com uma solução de tetra- amarelado
cloromercurato 0,2M contendo 10g de sorbitol (C6H14O6). Essa solução deve ser armazenada • Adicionar 1mL da solução de amido e continuar a titulação até obter uma coloração
em geladeira. levemente esverdeada
• Anotar o volume gasto (Vg), calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção
Solução padrão de trabalho de sulfito (0,5ppm): Pipetar 10mL da solução padrão de 10ppm da concentração (F1) da solução de tiossulfato de sódio, da seguinte maneira
de sulfito para balão volumétrico de 200mL e completar o volume com água destilada.
Nverdadeira = 2,5 / Vg
Solução de iodo 0,1N: Pesar 20g de iodeto de potássio (KI) livre de iodato (IO3) em 40mL de
água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e adicionar 12,75g de iodo puro F1 = Nverdadeira / 0,1
ressublimado. Tampar o balão e agitar para dissolver o iodo, esfriar e completar com água
destilada. Guardar esta solução em lugar frio e em frasco de cor âmbar. OBSERVAÇÃO: Determinação da concentração de sulfito no sal bissulfito de sódio.

Solução de tiossulfato de sódio 0,1N: Pesar exatamente 6,225g de tiossulfato de sódio pen- • Pesar 0,025g do sal bissulfito para erlenmeyer de 250mL contendo 25mL da solução
taidratado (Na2S2O3.5 H2O) e 0,05g de carbonato de sódio anidro (Na2CO3), ou 1g de hidró- de iodo 0,1N, 5mL de ácido clorídrico 2M e 150mL de água destilada
xido de sódio (NaOH), ou ainda 5mL de clorofórmio (CHCl3) e dissolver em 250mL de água • Agitar até dissolução dos reagentes, adicionar 5mL da solução indicadora de amido e
destilada previamente fervida. titular o excesso de iodo com tiossulfato de sódio 0,1N padronizado até obtenção da
descoloração da solução. Anotar o volume gasto (Va)
Solução indicadora de amido: Pesar 10g de amido e 5g de cloreto de sódio (NaCl) e trans- • Proceder à mesma titulação com um branco contendo somente as soluções de ácido
ferir para um becker de 1000mL. Juntar 500mL de água destilada e aquecer sob agitação até clorídrico e amido. Considerar o volume gasto na titulação do branco como (Vb)
total dissolução. Ferver durante 2min e cobrir com vidro de relógio para repousar por 1 noite. • Calcular a concentração de sulfito através da expressão:
Filtrar com papel de filtro faixa preta para recipiente limpo e escuro.
%SO2 = 12,8 (Vb - Va) × F1
Solução de dicromato de potássio 0,1N: Pesar exatamente 4,9035g de dicromato de potás-
sio (K2Cr2O7) seco em estufa a 150°C, durante 1h e dissolver em um pouco de água destilada. Onde:
Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada. Vb Volume de tiossulfato de sódio gasto na titulação do branco
Va Volume de tiossulfato de sódio gasto na titulação da amostra
Solução de ácido clorídrico 2M: Medir 16,6mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado, trans- F1 Fator de correção da concentração do tiossulfato de sódio 0,1N
ferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada.
Técnica
Solução de ácido sulfúrico 2M: Transferir 109mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado Preparo da amostra
para um balão volumétrico de 1000mL contendo neste 500mL de água destilada. Agitar,

110
220 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros

• Pesar 1g da amostra, dissolver em água destilada e transferir para balão volumétrico


de 200mL. Completar o volume com água destilada
• Pipetar 20mL desta solução e transferir para um microdestilador de Kjedahl
• Colocar 10mL de ácido sulfúrico 2M e destilar durante 5min (aproximadamente 75mL)
recebendo o destilado em 20mL da solução de tetracloromercurato 0,1M
• Completar o volume para 100mL com água destilada e agitar
• Determinação
• Numerar 06 tubos de ensaio e adicionar em cada tubo de ensaio as seguintes solu-
ções:
• Tubos 1 e 2 : 5mL de água destilada (branco)
• Tubos 3 e 4 : 5mL da solução padrão de trabalho de sulfito (0,5ppm)
• Tubos 5 e 6 : 5mL da amostra
• Adicionar a cada tubo 0,5mL da solução ácida de pararosanilina e agitar
• Adicionar a cada tubo 0,5mL da solução de formaldeído e agitar
• Deixar em repouso por 30min
• Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi-
tância, estando este ajustado a 560nm. Ler as absorbâncias dos tubos

Cálculos

Sulfito (ppmSO2 ) = 500 x [ (La - Lb)


(Lp - Lb) ]
Onde:
La Absorbância da amostra (média das duas leituras dos tubos 5 e 6)
Lb
Lp
Absorbância do branco (média das duas leituras dos tubos 1 e 2)
Absorbância do padrão (média das duas leituras dos tubos 3 e 4)
Capítulo 08
7.29. Turbidez Licor
Determinação da turbidez pelos métodos do espectrofotômetro, utilizando os valores das
absorbâncias obtidas na análise de cor ICUMSA, e do turbidímetro.

Proceder conforme metodologias indicadas para determinação da turbidez em caldos usan-


do os métodos do espectrofotômetro e turbidímetro.

111
Capítulo 08 - Licor 223

Sumário

8.1 Brix % Licor.............................................................................................................................. 00

8.2 pH ............................................................................................................................................. 00

8.3 Açúcares Redutores % Licor.............................................................................................. 00

Método Eynon-Lane.................................................................................................... 00

Método Somogyi-Nelson........................................................................................... 00

8.4 Cor ICUMSA............................................................................................................................. 00

8.5 Turbidez.................................................................................................................................... 00

112
224 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 08 - Licor 225

8.1 Brix % Licor Cálculos

Determinação da percentagem de sólidos dissolvidos em solução, expressa em graus Brix, pH = leitura do potenciometro
pelo método refratométrico

Técnica 8.3 Açúcares Redutores % Licor


• Filtrar a amostra em papel de filtro
• Colocar algumas gotas da amostra entre os prismas do refratômetro e fazer a leitura Determinação da concentração de açúcares redutores (glicose e frutose), expressa em per-
do Brix centagem, utilizando os métodos de Eynon-Lane e Somogyi-Nelson

OBSERVAÇÃO: MÉTODO EYNON-LANE

Caso o refratômetro não seja equipado com compensador automático de temperatura, me- Reagentes e Soluções
dir a temperatura da solução e consultar a tabela 1A. Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de A.R. para caldos

Cálculos NOTA IMPORTANTE:


Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação,
Brix%licor = Leitura do refratometro como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro-
cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus
respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás-
8.2 pH sicos das análises titrimétricas.

Determinação da concentração de íons H+ pelo método potenciométrico Técnica


• Pesar 20,0000g da amostra e transferir para balão volumétrico de 250mL completan-
Reagentes e Soluções do o volume com água destilada
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de pH em caldos • Adicionar 0,2g de oxalato de sódio [(COONa)2] e 1 a 2g de celite, homogeneizar e fil-
trar em papel de filtro faixa branca, desprezando os primeiros 25mL do filtrado
Técnica • Encher uma bureta de 50mL com a solução a ser analisada, lavando–a antes com a
Aferição do potenciômetro mesma solução
• Ver aferição do potenciômetro citada no método de determinação de pH em caldos • Em um erlenmeyer de 250mL adicionar 2,5mL da solução de Fehling A, 2,5mL de
Fehling B e aproximadamente 50mL de água destilada
Determinação • Colocar o erlenmeyer na chapa aquecedora, aquecer até ebulição e manter por
• Filtrar a amostra em papel de filtro 2min
• Lavar o eletrodo com água destilada, enxugar e imergi-lo na amostra à temperatura • Adicionar 3 a 4 gotas do indicador de azul de metileno
ambiente • Completar a titulação até a descoloração do azul de metileno para vermelho tijolo (V1)
• Esperar que os números no visor se estabilizem e anotar o valor do pH
• Lavar o eletrodo com esguichos de água destilada e deixá-lo mergulhado em água NOTA:
destilada ou cloreto de potássio 3M Este volume gasto (V1) servirá apenas de orientação para execução da análise

113
226 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 08 - Licor 227

• Repetir a titulação, colocando agora no erlenmeyer de 250mL 2,5mL da solução de Cálculos


Fehling A + 2,5mL de Fehling B, um volume igual a (V1 – 1) da solução contendo a
amostra (bureta) e a seguinte quantidade de água: mL agua = 75-(10+V1 ).
• Proceder à titulação conforme a técnica da 1ª titulação
Acucares redutores%licor = 2,5 x [ (La - Lb)
(Lp - Lb) ]
• Anotar o volume (V2) e repetir a 2ª titulação, anotar o volume (V3)
• Caso (V2) difira de (V3) em mais de 0,2mL, efetuar nova titulação Onde:
• Considerar o volume final gasto na titulação como (Vg) La Absorbância da amostra (média das leituras dos tubos 5 e 6)
Lb Absorbância do branco (média das leituras dos tubos 1 e 2)
Cálculos Lp Absorbância do padrão (média das leituras dos tubos 3 e 4)

Acucares redutores%licor = [ 31,25 x f


C x Vg ] xF
8.4 Cor ICUMSA

Onde: Determinação da cor ICUMSA por colorimetria


F Fator de correção devido à presença da sacarose
Vg Volume gasto, em mL, na titulação Reagentes e Soluções
F Fator de correção da concentração do licor de Fehling Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de cor em xarope

OBSERVAÇÃO:
• Considerando que a concentração da sacarose no volume da amostra diluída gasto Técnica
para titulação varia pouco, pode–se considerar f = 1, o que resume a fórmula em: • Preparar uma solução aproximadamente com 5oBrix. Por exemplo, se o Brix do licor
31,25 for 70o, então para fazer 100g da solução a 5oBrix deve–se pesar: (100/70) x 5 = 7,15
Acucares redutores%licor = xF
Vg g de licor e completar o peso para 100g com água destilada
MÉTODO SOMOGY–NELSON • A partir desta solução, proceder conforme metodologia citada para determinação de
cor ICUMSA em caldos
Reagentes e Soluções
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de A.R. em caldos
8.5 Turbidez
Técnica
Preparo da amostra Determinação da turbidez pelos métodos do espectrofotômetro, utilizando os valores das
• Pesar 1g da amostra para balão de 250mL completando o volume com água destilada absorbâncias obtidas na análise de cor ICUMSA, e do turbidímetro.
• Filtrar em papel de filtro, desprezando os primeiros 25mL do filtrado
• Pipetar 50mL do filtrado e transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o Proceder conforme metodologias indicadas para determinação da turbidez em caldos usan-
volume com água destilada do os métodos do espectrofotômetro e turbidímetro.

Determinação
Proceder à determinação do A.R. conforme citado para caldos

114
Capítulo 09
Açúcar

115
Capítulo 09 - Açúcar 231

Sumário

9.1 Açúcar Demerara, VHP e VVHP......................................................................................... 00

9.1.1 Pol % Açúcar ....................................................................................................................... 00

9.1.2 Umidade % Açúcar............................................................................................................ 00

Método da estufa de secagem................................................................................. 00

Método do analisador de halogênio .................................................................... 00

9.1.3 Fator de Segurança .......................................................................................................... 00

9.1.4 Afinação do Açúcar Demerara, VHP e VVHP............................................................. 00

9.1.5 Cor .......................................................................................................................................... 00

Método 4, ICUMSA 1978........................................................................................... 00

Método GS1/3-7, ICUMSA 2002 .............................................................................. 00

Método GS9/1/2/3-8, ICUMSA 2005 (MOPS)....................................................... 00

9.1.6 Granulometria..................................................................................................................... 00

Método IAA, 1985......................................................................................................... 00

Método ICUMSA GS1-20 2005................................................................................. 00

Método ICUMSA GS2-37 1994................................................................................. 00

9.1.7 Cizas Sulfatadas.................................................................................................................. 00

9.1.8 Cinzas Condutimétricas................................................................................................... 00

Método do condutivímetro...................................................................................... 00

Método do rafinômetro ............................................................................................. 00

9.1.9 Açúcares Redutores % AÇÚCAR................................................................................... 00

Método Eynon-Lane.................................................................................................... 00

Método Somogyi-Nelson........................................................................................... 00

Método Luff Schoorl.................................................................................................... 00

Método GS2/3-5 ICUMSA 2001................................................................................ 00

9.1.10 pH.......................................................................................................................................... 00

9.1.11 Dextrana............................................................................................................................. 00

Método Amstar Corporation................................................................................... 00

Método GS1-15, ICUMSA 1994................................................................................ 00

116
232 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 233

9.1.12 Amido.................................................................................................................................. 00 Método GS2/3-5 ICUMSA 2001.............................................................................. 00

9.1.13 Sulfito................................................................................................................................... 00 9.2.10 pH.......................................................................................................................................... 00

9.1.14 Densidade Aparente...................................................................................................... 00 9.2.11 Dextrana............................................................................................................................. 00

Método 01....................................................................................................................... 00 9.2.12 Densidade Aparente...................................................................................................... 00

Método 02....................................................................................................................... 00 9.2.13 Granulometria.................................................................................................................. 00

9.1.15 Materiais Insolúveis........................................................................................................ 00 9.2.14 Sulfito................................................................................................................................... 00

Método GS2/3-19 ICUMSA 2002............................................................................. 00 9.2.15 Materiais Insolúveis........................................................................................................ 00

Método qualitativo....................................................................................................... 00 Método GS2/3-19 ICUMSA 2002............................................................................. 00

Método qualitativo....................................................................................................... 00

9.2 Açúcar Cristal e Refinado.................................................................................................... 00 9.2.16 Amido.................................................................................................................................. 00

9.2.1 Pol % Açúcar........................................................................................................................ 00 9.2.17 Pontos Pretos.................................................................................................................... 00

9.2.2 Umidade % Açúcar............................................................................................................ 00 9.2.18 Partículas Magnetizáveis.............................................................................................. 00

Método da estufa de secagem................................................................................. 00 9.2.19 Taninos Totais.................................................................................................................... 00

Método do analisador de halogênio .................................................................... 00 9.2.20 Filtrabilidade..................................................................................................................... 00

9.2.3 Cor ICUMSA.......................................................................................................................... 00 9.2.21 Teste de Fluidez (Resistência ao Empedramento)............................................... 00

Método GS2/3-9 – ICUMSA 2005............................................................................ 00 9.2.22 Floco Ácido........................................................................................................................ 00

Método GS9/1/2/3-8 – ICUMSA 2005.................................................................... 00 9.2.23 Floco Alcoólico................................................................................................................. 00

9.2.4 Aparência Visual................................................................................................................. 00 9.2.24 Floculação em Meio Ácido........................................................................................... 00

9.2.5 Índice de Reflectância...................................................................................................... 00 9.2.25 Turvação EBC..................................................................................................................... 00

9.2.6 Turbidez................................................................................................................................. 00 9.2.26 Turvação em Meio Alcoólico....................................................................................... 00

Método espectrofotométrico................................................................................... 00 9.2.27 Aparência Visual............................................................................................................... 00

Método nefelométrico................................................................................................ 00 9.2.28 Gosto.................................................................................................................................... 00

9.2.7 Cinzas Sulfatadas............................................................................................................... 00 9.2.29 Odor..................................................................................................................................... 00

9.2.8 Cinzas Condutimétricas................................................................................................... 00 9.2.30 Odor Após Acidificação................................................................................................. 00

Método do condutivímetro.................................................................................... 00

Método do rafinômetro............................................................................................ 00

9.2.9 Açúcares Redutores % Açúcar....................................................................................... 00

Método Eynon-Lane.................................................................................................... 00

Método Somogyi-Nelson........................................................................................... 00

Método Luff Schoorl.................................................................................................... 00

117
234 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 235

9.1 Açúcar Demerara, VHP e VVHP minutos até que o éter se evapore
• Deixar em repouso durante, no mínimo, 10 min para que a solução atinja a tempera-
9.1.1 Pol % Açúcar tura ambiente, de preferência controlada a 20ºC ± 1ºC
• Completar cuidadosamente com água deionizada até a marca de aferição
Determinação da concentração de sacarose aparente por polarização • Filtração da solução
• Após repouso de, no mínimo, 5 min a fim de permitir a sedimentação do precipitado,
Reagentes e Soluções filtrar a solução em papel de filtro único, descartando os primeiros 10mL do filtrado e
• Solução de subacetato de chumbo (acetato básico de chumbo) colocar aproximadamente 60mL do restante em becker de 150mL para análise
• Água deionizada • Durante a filtração, o funil deve ser coberto com um vidro de relógio para minimizar
• Éter etílico a evaporação
• Solução de ácido muriático • O conjunto de filtração deve ser mantido em local afastado de corrente de ar e luz
solar direta
Preparo das Soluções • Após a filtração, o funil deve ser retirado e o vidro de relógio colocado sobre o becker
de 150mL
Solução de subacetato de chumbo (acetato básico de chumbo): Pesar 560g ± 0,5g de • Leitura da amostra
acetato básico de chumbo e dissolver em 1000mL de água deionizada em erlenmeyer de • Lavar o tubo polarimétrico com o filtrado, pelo menos 2 vezes e a seguir enchê-lo de
2000mL. Aquecer até ebulição por 30 min e deixar por toda uma noite em repouso. Sifonar forma que não ocasione bolhas de ar oclusas
o líquido sobrenadante e desprezar o precipitado. Efetuar leitura do Brix da solução, o qual • No caso de tubo polarimétrico descontínuo, não aplicar uma tensão excessiva ao ros-
deve apresentar valor equivalente a 54°. Caso o Brix lido esteja maior, diluir com água deio- quear a tampa, pois isto pode torná-lo opticamente ativo.
nizada até o índice ser alcançado. A solução de subacetato deve ser estocada em recipiente • O tubo deve ser manuseado o mínimo possível a fim de evitar seu aquecimento pelo
seguro onde o contato com a atmosfera seja o mínimo possível, a fim de evitar contamina- calor das mãos
ção pelo dióxido de carbono do ar. Recomenda-se a estocagem em vidro âmbar com tampa • Colocar o tubo no sacarímetro e efetuar leitura da polarização
esmerilhada. Esta solução tem um prazo de validade de seis meses. • A temperatura do filtrado é determinada após a leitura da pol, tão logo seja possível
efetuá-la
NOTA: • Correção da temperatura
Outra maneira de avaliar esta solução é através de sua massa específica que é obtida multi- • A correção da temperatura em função da temperatura do filtrado no tubo polarimé-
plicando o valor da densidade relativa medida em densímetro pelo valor da massa específica trico é realizada caso o seu valor difira de 20ºC
da água a 20°C que é igual a 0,998201 g/mL.

Técnica Cálculos
Preparo da amostra e clarificação
• Pesar o mais rápido possível 26,000g ± 0,002g ou 13,0000g ± 0,002g da amostra Pol%acucar(°S) = Ls × F
• Transferir o açúcar para um balão volumétrico de 100mL, lavando o recipiente de pe-
sagem com água deionizada num volume tal que não exceda 70mL, dissolvendo a Onde:
seguir a amostra por agitação manual ou mecânica Ls Leitura sacarimétrica
• Adicionar aproximadamente 0,5mL da solução de subacetato de chumbo F Fator de correção da temperatura = 1 + 0,00014 ( t - 20 )
• Homogeneizar a solução por agitação suave e cuidadosamente elevar o volume com Onde:
água deionizada até atingir o colo do balão t Temperatura do filtrado no momento da leitura
• Se houver formação de espuma adicionar 1 a 3 gotas de éter etílico e aguardar alguns

118
236 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 237

NOTAS IMPORTANTES • Na estufa, manter a temperatura a 105ºC, durante 3h


• Se o peso da amostra for de 13,0000g ± 0,002g multiplicar a leitura sacarimétrica por • Após esse período, tampar e transferir a cápsula para dessecador, até que esfrie à tem-
2 (dois); peratura ambiente mais 5ºC, o que ocorre geralmente em 1h
• O fator de correção da temperatura pode ser obtido a partir da tabela 2 • Proceder à pesagem o mais rápido possível (P2)
• As lentes e tubos deverão ser lavados freqüentemente com solução de ácido muri-
ático, particularmente se qualquer turbidez causada por carbonato de chumbo for Cálculos
evidente.
• Na metodologia publicada pela ICUMSA - International Commission for Uniform Me-
thods of Sugar Analysis, além da temperatura e da escala (ver comentário abaixo),
Umidade%acucar = [ (P1 - P2)
(P1 - P) ] x 100

outros fatores são considerados no cálculo da polarização desses tipos de açúcares


como fator em função do tubo polarimétrico de aço inox; fator em função do balão
volumétrico de boro-silicato; fator em função dos açúcares redutores para açúcares Onde:
com polarização entre 99,0 °Z e 99,80 °Z e fator de leitura quando o comprimento do P1 Peso da cápsula + amostra úmida, em gramas.
tubo polarimétrico for maior que 200 mm ± 0,02 mm e no máximo 200 mm ± 0,40 mm P2 Peso da cápsula + amostra seca, em gramas.
• A partir de 1º de julho de 1988, a ICUMSA, International Commission for Uniform Me- P Peso da cápsula
thods of Sugar Analysis, mudou a Escala Internacional de Açúcar para °Z, obtida em
sacarímetros que trabalham com lâmpada de isótopo de mercúrio (λ = 546,2271ηm). OBSERVAÇÕES:
Valores de polarização obtidos em °S (lâmpadas de sódio, (λ = 589,3nηm) podem ser • Recomenda-se que o teste de umidade seja feito em duplicata, aceitando-se como
convertidos para °Z, sendo multiplicados por 0,99971 resultado a média dos dois resultados obtidos.
• O resultado deve ser expresso com 3 casas decimais
• A reprodutividade analítica das duas análises deve ser tal que o desvio em torno do
9.1.2 Umidade % Açúcar valor médio não supere a 10%, o que invalida o teste. O cálculo desse desvio é feito
da seguinte forma:
Determinação da concentração de água, expressa em percentagem de umidade, através de
gravimetria pelos métodos da estufa de secagem e do analisador de halogênio. %Desvio = 200 x [ (U1 - U2)
(U1 + U2) ] x 100

MÉTODO DA ESTUFA DE SECAGEM – ICUMSA GS2/1/3-15


Onde:
NOTA U1 e U2 Resultados das duas reproduções do teste, em percentagem.
A cápsula usada nesta determinação deve ser de alumínio com tampa com diâmetro aproxi-
madamente 6,0cm ± 1cm e altura igual a 2,5cm ± 0,5cm. MÉTODO DO ANALISADOR DE HALOGÊNIO

Técnica Técnica
• Tarar uma cápsula para determinação de umidade em estufa de secagem durante 3h • Colocar a amostra no analisador de umidade com lâmpada de halogênio e proceder
a 105ºC (P) de acordo com o modo de programação indicado pelo fabricante, em função do tipo
• Pesar o mais rápido possível aproximadamente 20,0000 a 30,0000g de açúcar, transfe- de açúcar analisado. A diferença de peso antes e após secagem é convertida em per-
rindo-a para estufa, onde ela deve ser destampada (P3) centagem de umidade.
• Tomar o cuidado para que a espessura da camada de açúcar na cápsula não exceda
a 1cm

119
238 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 239

Cálculos 9.1.5 Cor

Umidade%acucar = L Determinação da cor de açúcar afinado ou “in natura”, através de espectrofotômetro, usando
os métodos ICUMSA de 1978, 2002 e 2005.
Onde:
L Leitura obtida no analisador de halogênio após secagem da amostra. MÉTODO 4, ICUMSA 1978
(Modificado para amostras afinadas e “in natura”)
FATOR DE SEGURANÇA
Determinação do fator de segurança por cálculos Reagentes e Soluções
Ver reagentes e soluções citadas no método GS1-7 ICUMSA 1994
Cálculos
Para amostras “in natura”
umidade%acucar
Fator de seguranca = • Preparar uma solução com 25% de sólidos (25g da amostra + 75g de água deionizada)
100 - Pol%acucar
• Filtrar o xarope em um conjunto de filtração Millipore usando membrana com 0,45μm
de abertura
OBSERVAÇÃO: • Receber o filtrado em um recipiente limpo e seco, descartando as primeiras porções
O fator de segurança deve ser expresso com 2 casas decimais • Caso a filtração torne-se lenta, substituir a membrana por uma nova
• Ajustar o pH do filtrado para pH 8,5 ± 0,1 com soluções de ácido clorídrico ou hidró-
9.1.4 Afinação do Açúcar Demerara, VHP e VVHP xido de sódio, ambas 0,5 mol/L
• Determinar o Brix da solução
Afinação do açúcar para determinação de cor (ICUMSA) e granulometria • Remover todo o ar ocluso dentro da solução e proceder à determinação do Brix da
solução
Técnica • Determinação da cor
• Pesar 500g da amostra homogeneizada e colocar no misturador (batedeira) ligando-o • Aferir o espectrofotômetro utilizando água deionizada previamente filtrada em mem-
na velocidade mais baixa brana com 0,45μm de abertura em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância, es-
• Adicionar, gradativamente e uniformemente, 190mL de xarope de açúcar cristal refi- tando este ajustado nos comprimentos de onda 420ηm e 720ηm
nado de dupla cristalização, a 64ºBrix e à temperatura do laboratório, usando para sua • Fazer a leitura da solução, em absorbância, usando uma cubeta com 1cm de caminho
adição um funil de separação de 500mL, com subdivisões de 5mL óptico nos comprimentos de onda 420ηm e 720ηm
• Misturar completamente
• Centrifugar o magma resultante por exatamente 2min a 3.000rpm Cálculos
• A centrífuga deverá atingir, a partir do estado de inércia, a velocidade de 3.000rpm
em 15s
• Remover o açúcar centrifugado, espalhando-o sobre uma superfície plana e limpa.
Cor ICUMSA = [ (Abs420 - (2 x Abs720 ))
(b x c) ] x 1000

• Para a determinação da granulometria do produto, a amostra deverá ser preparada


seguindo as recomendações que serão indicadas mais adiante. Onde:
• Para a análise de cor a amostra deve estar seca, o que se consegue deixando-a expos- Abs420 Absorbância da solução lida diretamente no espectrofotômetro ajustado em
ta ao ar ambiente, tendo-se o cuidado de movimentá-la periodicamente durante a 420ηm
secagem a fim de evitar a formação de torrões. Abs720 Absorbância da solução lida diretamente no espectrofotômetro ajustado em
• A amostra seca pode ser acondicionada em vidro hermeticamente fechado, para uso 720ηm
posterior.

120
240 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 241

b Comprimento interno da cubeta, em centímetros pletar o volume com água deionizada.


c Concentração do filtrado em g/mL, em função do Brix
Solução de hidróxido de sódio 0,05 mol/L: Transferir 50mL da solução de hidróxido de só-
OBSERVAÇÕES: dio 0,1 mol/L para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água deionizada.
• A concentração da solução (g/mL) pode ser obtida da seguinte forma:
Técnica
(Brix%solucao × densidade aparente) • Preparar um xarope com amostra de açúcar afinado ou “in natura”, totalmente homo-
Concentracao(g ⁄ mL) =
100 geneizada, de acordo com o quadro abaixo:

• A densidade aparente da solução analisada (massa específica em g/mL) pode ser ob- Variação de Peso da Peso de Água Comprimento
tida na tabela 4. Cor ICUMSA Amostra(g) (g) da Cubeta (cm)
100 - 200 50 ± 0,1 50 ± 0,1 5
Para amostras afinadas 200 - 500 50 ± 0,1 50 ± 0,1 5
500 - 2000 30 ± 0,1 70 ± 0,1 2
• Preparar uma solução com 50% de sólidos (50g da amostra de açúcar afinada + 50g 2000 - 7000 10 ± 0,1 90 ± 0,1 1
de água deionizada) 7000 - 13000 5 ± 0,1 95 ± 0,1 1
• Proceder conforme metodologia indicada para amostra de açúcar “in natura”.
• Filtrar o xarope em um conjunto de filtração Millipore usando inicialmente um pré-
MÉTODO GS1/3-7, ICUMSA 2002 -filtro e depois uma membrana com 0,45μm de abertura e 50mm de diâmetro
• Receber o filtrado em um recipiente limpo e seco, descartando as primeiras porções
NOTA • Caso a filtração torne-se lenta, substituir a membrana por uma nova
Este método substitui o método GS1-7, ICUMSA 1994 • Ajustar o pH do filtrado para pH 7,0 ± 0,1 com soluções de ácido clorídrico ou hidró-
xido de sódio, ambas 0,05 mol/L
Reagentes e Soluções • Remover todo o ar ocluso dentro da solução e proceder à determinação do Brix da
• Solução de ácido clorídrico 0,1mol/L solução
• Solução de ácido clorídrico 0,05mol/L
• Solução de hidróxido de sódio 0,1mol/L Determinação da cor
• Solução de hidróxido de sódio 0,05mol/L • Aferir o espectrofotômetro utilizando água deionizada previamente filtrada em mem-
brana de 0,45μm em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância, estando este ajus-
Preparo das Soluções tado em 420ηm
• Escolher a cubeta de acordo com o quadro acima e lavá-la com a solução a ser lida
Solução de ácido clorídrico 0,1 mol/L: Pipetar 8,9mL do ácido clorídrico (HCl) concentrado • Fazer a leitura da solução, em absorbância, enxugando bem a cubeta com papel hi-
para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água deionizada. giênico macio

Solução de ácido clorídrico 0,05 mol/L: Transferir 50mL da solução de ácido clorídrico 0,1 Cálculos
mol/L para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água deionizada.

Solução de hidróxido de sódio 0,1 mol/L: Pesar 4g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver
Cor ICUMSA = [ Abs
(b×c) ] x 1000

em um pouco de água deionizada. Transferir para um balão volumétrico de 1000mL e com-

121
242 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 243

Onde: Técnica
Abs Absorbância da solução lida diretamente no espectrofotômetro ajustado em • Pesar quantidade de açúcar e água conforme tabela a seguir e dissolver na tempera-
420ηm tura ambiente do laboratório
b Comprimento interno da cubeta, em centímetros • Após total dissolução transferir a solução para um balão volumétrico de 100 mL
c Concentração do filtrado em g/mL, em função do Brix • Adicionar 10 mL da solução tampão de MOPS e completar o volume com água desti-
lada ou deionizada
OBSERVAÇÕES: • Preparar uma solução tampão (MOPS) de referência ou branco, transferindo 10 mL
• A concentração da solução (g/mL) pode ser obtida da seguinte forma: do tampão para um balão volumétrico de100mL e completar o volume com água
destilada ou deionizada
(Brix%solucao × densidade aparente)
Concentracao(g ⁄ mL) =
100 Variação de Cor Alíquota do Concentração Comprimento
ICUMSA Açúcar (g) (g/mL) da Célula (cm)
• A densidade aparente da solução analisada (massa específica em g/mL) pode ser ob- Até 800 20 ± 0,04 0,2
tida na tabela 4. 200 - 1.600 10 ± 0,02 0,1 5
400 - 3.200 5 ± 0,01 0,05
MÉTODO GS9/1/2/3-8, ICUMSA 2005 (MOPS) Até 1.000 20 ± 0,04 0,2
250 – 2.000 10 ± 0,02 0,1 4
Reagentes e Soluções 500 – 4.000 5 ± 0,01 0,05
• Solução de hidróxido de sódio 1mol/L 250 – 2.000 20 ± 0,04 0,2
• Solução tampão de MOPS (3-(N-morfolino) ácido propano sulfônico) 500 – 4.000 10 ± 0,02 0,1 2
1.000 – 8.000 5 ± 0,01 0,05
Preparo das Soluções 500 – 4.000 20 ± 0,04 0,2
1.000 – 8.000 10 ± 0,02 0,1 1
Solução de hidróxido de sódio 1mol/L: Pesar 20,000g de hidróxido de sódio (NaOH), dissol- 2.000 – 16.000 5 ± 0,01 0,05
ver em um pouco de água deionizada.Transferir para balão volumétrico de 500mL e comple-
tar o volume com água deionizada. • Filtrar o xarope em um conjunto de filtração Millipore usando inicialmente um pré-
-filtro e depois uma membrana com 0,45μm de abertura e 50mm de diâmetro
Solução tampão de MOPS: Dissolver 41,8 ± 0,1g de MOPS em 800mL de água destilada ou • Receber o filtrado em um recipiente limpo e seco, descartando as primeiras porções
deionizada. Limpar e secar o eletrodo de medição de pH, submergir o mesmo na solução de • Caso a filtração torne-se lenta, substituir a membrana por uma nova
MOPS. Ajustar o pH da solução para 7,0 ± 0,1 com a solução de hidróxido de sódio 1mol/L • Remover todo o ar ocluso dentro da solução e proceder à determinação do Brix da
(aproximadamente 80mL). Agitar a solução em agitador magnético até que o pH esteja ajus- solução
tado. Transferir a solução para um balão volumétrico de 1 litro e completar o volume do • Determinação da cor
mesmo com água destilada ou deionizada. • Aferir o espectrofotômetro utilizando a solução de MOPS como padrão de referência
de cor zero em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância, estando este ajustado
NOTA em 420ηm
A validade da solução tampão de MOPS é de 01 (uma) semana quando armazenada em • Escolher a cubeta de acordo com o quadro acima e lavá-la com a solução a ser lida
geladeira. • Fazer a leitura da solução, em absorbância, enxugando bem a cubeta com papel hi-
giênico macio

122
244 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 245

Cálculos • Após a drenagem repetir as operações anteriores usando desta vez 50mL de álcool
• Terminada essa fase, repetir as mesmas operações anteriores, usando 50mL de éter

Cor ICUMSA = [ Abs


(b×c) ] x 1000
etílico anidro (C4H10O) como solvente
• Durante a drenagem da última operação de lavagem, observar se o açúcar no balão
não apresenta nenhuma movimentação e se os cristais não aderem mais às paredes
Onde: do frasco, o que indica que a amostra se encontra pronta para análise
Abs Absorbância da solução lida diretamente no espectrofotômetro ajustado em • Retirar o açúcar do balão e espalhá-lo sobre um papel absorvente, deixando-o secar
420ηm ao ar ambiente do laboratório.
b Comprimento interno da cubeta, em centímetros • Não deve ocorrer a formação de torrões durante a secagem
c Concentração do filtrado em g/mL, em função do Brix • Ocorrendo e sendo os torrões brandos, poderão formar-se torrões de difícil desagre-
gação após a secagem. A amostra deve ser inutilizada, repetindo-se o processo de
OBSERVAÇÕES: afinação.
• A amostra seca é novamente pesada até 0,1g
• A concentração da solução (g/mL) pode ser obtida da seguinte forma: • Colocar as peneiras no agitador mecânico na seguinte ordem:
• Concentracao(g⁄mL)=((Brix%solucao×densidade aparente))/100
• A densidade aparente da solução analisada (massa específica em g/mL) pode ser ob- peneira ABNT Nº 16 (peneira Tyler Nº 14)
tida na tabela 4. peneira ABNT Nº 20 (peneira Tyler Nº 20)
peneira ABNT Nº 30 (peneira Tyler Nº 28)
9.1.6 Granulometria recipiente de fundo

Determinação da granulometria por peneiramento através dos métodos IAA 1985, ICUMSA • Sobre a tela da peneira ABNT Nº 16 despejar a amostra previamente pesada, acionan-
GS1-20 (2005) e ICUMSA GS2-37 (1994). do o agitador por 5min

MÉTODO IAA 1985 Cálculos

Reagentes
• Álcool etílico anidro
Granulometria% = ( pesopeso
inicial da amostra )
do fundo
x 100

• Éter etílico anidro


MÉTODO ICUMSA GS1-20 (2005)
Técnica
• Espalhar a amostra afinada sobre uma superfície e retirar porções, representativas, até Reagentes e Soluções
formação de uma subamostra de 100g • Álcool metílico anidro
• Transferir esses 100g para uma balão de extração de fundo chato, boca larga e colo • Álcool iso-propanol
curto, de 250mL • Éter anidro etílico
• As operações que se seguem devem ser realizadas com filtração forçada, utilizando
bomba de vácuo Técnica
• Adicionar 75mL de álcool etílico anidro (C2H5OH) e agitar mecanicamente por 2min, • Espalhar a amostra sobre uma superfície e retirar porções, representativas, até forma-
para perfeita homogeneização do açúcar com o solvente ção de uma subamostra de aproximadamente 120g
• Drenar o solvente usando a bomba de vácuo • Transferir esses 120g para uma balão de extração de fundo chato, boca larga e colo

123
246 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 247

curto, de 500mL CV Coeficiente de variação, em %


• As operações que se seguem devem ser realizadas com filtração forçada, utilizando A16 Abertura da peneira que retém 16% da massa dos cristais, em mm
bomba de vácuo A84 Abertura da peneira que retém 84% da massa dos cristais, em mm
• Adicionar 250mL de álcool metílico anidro (CH3OH) e agitar mecanicamente por 3
minutos, para perfeita homogeneização do açúcar com o solvente OBSERVAÇÃO: Elaboração do gráfico de probabilidade
• Drenar o solvente usando a bomba de vácuo Converter as frações retidas em cada peneira em frações acumuladas. Elaborar um gráfico
• Após a drenagem repetir as operações anteriores usando desta vez isopropanol em papel de probabilidade aritmética definindo nas abscissas as aberturas das peneiras em
• Terminada essa fase, repetir as mesmas operações anteriores, usando 50mL de éter milímetros (mm) e nas ordenadas as frações acumuladas. O fundo na deve ser considerado.
etílico anidro (C4H10O) como solvente Traçar a reta que melhor corresponder aos pontos marcados e encontrar as aberturas médias
• Durante a drenagem da última operação de lavagem observar se o açúcar no balão (AM) das peneiras que retêm 50%; 16% e 84% das massas em cristais.
não apresenta nenhuma movimentação e se os cristais não aderem mais às paredes
do frasco, o que indica que a amostra se encontra pronta para análise MÉTODO ICUMSA GS2-37 (1994)
• Caso contrário, mantém-se o vácuo até que isso ocorra
• Retirar o açúcar do balão e espalhá-lo sobre o cesto de alumínio, deixando-o secar em NOTA:
estufa em torno de 1 hora e meia a uma temperatura de entre 80 e 90°C Esta metodologia pode ser aplicada para os tipos de açúcar cristal, açúcar refinado granula-
• A amostra seca é novamente pesada até 100 ± 0,1g do e açúcar VVHP, desde que as amostras com tenham umidade até 0,05 %. Caso, a umidade
• Colocar as peneiras no agitador mecânico na seguinte ordem: da amostra seja superior a este valor, secar em estufa aproximadamente 120 g da amostra a
105 °C ± 5 °C por três horas, e utilizar esta amostra seca para o ensaio.
ABNT – 20 (0,85mm)
ABNT – 30 (0,60mm) Técnica
ABNT – 40 (0,425mm) • Selecionar as peneiras ABNT 14, 16, 18, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 70 e o fundo coletor
FUNDO • Pesar cada peneira e o fundo coletor e anotar
• Colocar as peneiras em ordem decrescente de abertura sobre a máquina vibratória
• Sobre a tela da peneira ABNT Nº 20 despejar a amostra previamente pesada, acionan- (PRODUTEST)
do o agitador por 10 minutos • Pesar 100,0g da amostra, transferir para a primeira peneira do conjunto e tampar
• Pesar as frações retidas em cada peneira • Ligar o equipamento para agitação pelo tempo de cinco minutos (5min), na posição
• Se alguma peneira retiver mais que 30% de cristais deve-se repetir a análise. Antes, oito do reostato
porém, colocar outra peneira de abertura imediatamente inferior sobre a peneira que • Pesar cada uma das peneiras contendo as frações retidas e anotar
retém 30% ou mais, e retirar a peneira com menor percentagem de retenção de massa NOTA:
• A porcentagem passante de açúcar pela peneira ABNT 70 corresponde a massa retida
Cálculos no fundo coletor.
AM(mm) = A50 • Após uso, cada peneira deve ser cuidadosamente limpa com auxílio de uma escova
de cerdas de nylon, certificando-se que nenhum resíduo de amostra permaneça em
A16 - A84 qualquer abertura da tela.
CV(%) = x 100
2 × A50
NOTA IMPORTANTE:
Onde: Quando a porcentagem passante pela peneira ABNT 70 for solicitada isoladamente, selecio-
AM Abertura média nar as peneiras ABNT 40, 70 e o fundo coletor e proceder como citado anteriormente.
A50 Abertura média (AM) da peneira que retém 50% da massa de cristais, em mm

124
248 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 249

Cálculos Onde:
Proceder conforme cálculo usado no método ICUMSA GS1-20 (2005) P1 Peso, em gramas, do cadinho com a amostra após a calcinação
P2 Peso, em gramas, do cadinho vazio (tara)
9.1.7 Cinzas Sulfatadas P Peso, em gramas, da amostra

Determinação da concentração de cinzas sulfatadas, expressa em percentagem, através de 9.1.8 Cinzas Condutimétricas
gravimetria.
Determinação da concentração de cinzas condutimétricas, expressa em percentagem, pelos
Reagentes e Soluções métodos do condutivímetro e do rafinômetro
• Solução de ácido sulfúrico 1:1
MÉTODO DO CONDUTIVÍMETRO
Preparo da Solução
Reagentes e Soluções
Solução de ácido sulfúrico 1:1: Medir em proveta 500mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concen- • Solução de cloreto de potássio 0,1 mol/L
trado e transferir para balão volumétrico de 1000mL contendo aproximadamente 400mL de • Solução de cloreto de potássio 0,001 mol/L - Cinzas condutimétricas de 0,240 % para
água deionizada. Esfriar e completar o volume com água deionizada 5 g/100 mL e de 0,080% para 28 g/100 g.
• Água deionizada (Tipo III)
Técnica
• Pesar com precisão um cadinho previamente tarado a 550ºC, durante 30min e resfria- Preparo das Soluções
do à temperatura ambiente
• Pesar 5,0000g da amostra com a mesma precisão da pesagem anterior Solução de cloreto de potássio0,1 mol/L: Pesar 7,4560g de cloreto de potássio p.a. previa-
• Adicionar aproximadamente 2mL de ácido sulfúrico 1:1, gota a gota, de tal forma que mente seco em estufa a 105°C ± 5°C por 3 horas. Transferir para balão volumétrico de 1000mL
a amostra fique umedecida, tendo-se o cuidado de imprimir movimentos circulares com aproximadamente 300 mL de água Milli-Q. Solubilizar o sal e completar o volume. Esta
ao cadinho para melhor homogeneização. solução tem estabilidade de três meses se conservada à temperatura ambiente.
• Aquecer a amostra em chapa aquecedora até sua completa carbonização, tendo-se o
cuidado de evitar perda da amostra por ebulição durante a operação, pois isto resul- Solução de cloreto de potássio 0,001mol/L: Pipetar 5mL da solução de cloreto de potássio
tará em perdas de material, o que invalidaria o teste. 0,1 mol/L. Transferir para balão volumétrico de 500 mL. Completar o volume com água Milli-
• Transferir a amostra para mufla a 550ºC, por um período de aproximadamente 2h, a -Q. Esta solução tem estabilidade de um mês se conservada à temperatura ambiente.
fim de eliminar toda a matéria orgânica.
• Em seguida retirar a amostra da mufla e deixar que esfrie naturalmente até a tempe- NOTA:
ratura ambiente, quando deverá ser adicionado aproximadamente 0,5mL de ácido Esta solução serve para aferição do condutivímetro nas seguintes condições:
sulfúrico 1:1., gota a gota, de modo que umedeça novamente todo o material que Cinzas condutimétricas de 0,240% para 5 g/100 mL
restou no cadinho Cinzas condutimétricas de 0,080% para 28 g/100 g.
• Aquecer novamente o cadinho e colocá-lo novamente na mufla a 650ºC, durante
30min Técnica
• Pesar exatamente 5,0000g de açúcar e transferir quantitativamente, com ajuda de
Cálculos água deionizada, para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água
deionizada e agitar
Cinzas sulfatadas = [ (P 1- P2)
P ] x 100 • A partir desta solução, proceder conforme a metodologia indicada para massas e

125
250 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 251

magma magma

Cálculos Cálculos
Leitura de Condutividade a 20 °C ± 02 °C:
Cinzas condutimetricas% = (C - Ca)
Cinzas Condutimetricas(%m⁄v) = (16,2 + 0,36 × D) × 10 × C × f × K -4

Onde:
Onde: C % cinzas da solução a 20°C
D Massa de amostra utilizada em grama por 100 mL Ca % cinzas da água a 20°C
C C1 – C2
C1 Condutividade em μS/cm a 20°C da solução 9.1.9 Açúcares Redutores % Açúcar
C2 Condutividade em μS/cm a 20°C da água destilada utilizada
f Fator de diluição da solução = 5/S Determinação da concentração de açúcares redutores (glicose e frutose), expressa em per-
S Peso da amostra em gramas centagem, utilizando os métodos de Eynon-Lane, Somogyi-Nelson, Luff Schoorl e ICUMSA
K Constante da célula de condutividade (cm-1) GS2/3-5 (2001)

Resumindo: MÉTODO EYNON-LANE

Cinzas condutimetricas(%m/v) = 0,0018 × {[ C1


(1 + 0,023 × (t - 20)) ]} {[
-
C2
(1 + 0,023 × (t - 20)) ]} xK Reagentes e Soluções
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de caldo

Leitura de condutividade diferente de 20 °C ± 02 °C: Técnica


• Pesar 25,0000g da amostra, dissolver em um pouco de água deionizada e transferir
Cinzas condutimetricas(%m/v) = 0,0018 × {[ C1
(1 + 0,023 × (t - 20)) ]} {[
-
C2
(1 + 0,023 × (t - 20)) ]} xK para balão volumétrico de 100mL, adicionar uma quantidade de padrão de açúcar
invertido (2,5g/L) para que a solução final se encontre na margem esperada (250 a
400mg de AR/100mL)
Onde: • Completar o volume com água destilada ou deionizada
C1 Condutividade da solução açucarada à temperatura de medição em (μS / cm) • Encher uma bureta de 50mL com a solução a ser analisada, lavando-a antes com a
C2 Condutividade da água deionizada à temperatura de medição em (μS / cm) mesma solução
t Temperatura em °C da amostra no momento da leitura da condutividade • No redutec adicionar 10 mL de Fehling A + 10 mL de Fehling B, 20mL de água destila-
K Constante da celular de condutividade (cm-1) da, aquecer até ebulição e manter por 2min
• Adicionar 3 a 4 gotas do indicador de azul de metileno
MÉTODO DO RAFINÔMETRO • Completar a titulação até a descoloração do azul de metileno para vermelho tijolo (V1)

Técnica NOTA:
• Pesar exatamente 5,0000g de açúcar e transferir quantitativamente, com ajuda de Este volume gasto (V1) servirá apenas de orientação para execução da análise
água deionizada, para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água • Repetir a titulação colocando no Redutec além das soluções de Fehling, um volume
deionizada e agitar de amostra correspondente ao volume gasto na primeira titulação (V1) menos 1, ou
• A partir desta solução, proceder conforme a metodologia indicada para massas e seja (V1 – 1), e um volume de água igual 75 - (10 + V1)

126
252 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 253

• Proceder à titulação conforme a técnica da 1ª titulação Onde:


• Anotar o volume (V2) e repetir a 2ª titulação e anotar o volume (V3) La Absorbância da amostra (média das 2 leituras dos tubos 5 e 6)
• Caso (V2) difira de (V3) em mais de 0,2mL, efetuar nova titulação Lb Absorbância do branco (média das 2 leituras dos tubos 1 e 2)
• Considerar o volume final gasto na titulação como (Vg) Lp Absorbância do padrão (média das 2 leituras dos tubos 3 e 4)

Cálculos MÉTODO LUFF SCHOORL

Acucares redutores% =
[( ) ( )]
1000
VgCt
-
(Cs)
Ct
xf Reagentes e Soluções
• Solução 01
• Solução 02
Onde: • Solução de alaranjado de metila
Vg Volume gasto, em mL, na titulação da amostra; • Solução de ácido clorídrico aproximadamente 4,0 mol/L
Ct Concentração em g/100mL da solução utilizada (amostra); • Solução de ácido clorídrico aproximadamente 1,0 mol/L
Ct Concentração em g/100mL da solução de açúcar invertido utilizado na amostra; • Solução de ácido clorídrico aproximadamente 0,1 mol/L
Vs Volume utilizado de açúcar invertido na amostra (mL/100mL); • Solução de hidróxido de sódio, aproximadamente a 0,1 mol/L
f Fator de correção da concentração do licor de Fehling • Solução de hidróxido de sódio 10%
• Solução de tiossulfato de sódio 0,1 mol/L
MÉTODO SOMOGYI-NELSON • Solução de amido
• Solução de ácido sulfúrico 3 mol/L
Reagentes e Soluções • Pedra de Pómez
• Oxalato de sódio p.a. • Solução de fenolftaleína 1%
• Celite • Reativo de Luff Schoorl

NOTA: Preparo das Soluções


Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação do A.R. para
caldos Solução 01: dissolver 21,9 gramas de acetato de zinco em água e juntar 3 gramas de ácido
acético glacial. Elevar esta solução a um volume de 100 mL com água destilada ou deioni-
Técnica zada.
Preparo da amostra
• Pesar 25,0000g da amostra, dissolver com água deionizada e transferir para balão de Solução 02: dissolver 10,6 gramas de ferrocianeto de potássio em água. Elevar esta solução
200mL. Completar o volume com água deionizada a um volume de 100 mL com água destilada ou deionizada.
• Adicionar 0,2g de oxalato de sódio [(COONa)2] e 1 a 2g de celite, homogeneizar e fil-
trar em papel de filtro faixa branca, desprezando os primeiros 25mL do filtrado Solução de alaranjado de metila: dissolver 0,1 g do indicador alaranjado de metila em 100
Determinação mL de água destilada ou deionizada.
• Proceder conforme a determinação citada para caldos
Solução de ácido clorídrico, aproximadamente a 4,0 mol/L: Adicionar cerca, de 166 mL de
Cálculos ácido clorídrico concentrado em 200 mL de água (destilada ou deionizada). Transferir a so-
Acucares redutores%acucar = 0,04 × [ (La - Lb)
(Lp - Lb) ] lução para um balão volumétrico de 500 mL e completar o balão com água destilada ou
deionizada.

127
254 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 255

Solução de ácido clorídrico, aproximadamente a 1,0 mol/L: Pipetar 125 mL da solução de Reativo de Luff Schoorl: Pesar 86,2 g de carbonato de sódio anidro, 31,3 g de bicarbonato de
ácido clorídrico 4,0 mol/L e transferir para um balão volumétrico de 500 mL e completar o sódio, 70,0 g de citrato de sódio e 25 g de sulfato de cobre. Dissolver os reagentes em cerca
balão até a marca com água destilada ou deionizada. de 800 mL de água destilada ou deionizada e transferir para um balão volumétrico de 1.000
mL. Completar o volume do mesmo com água destilada ou deionizada.
Solução de ácido clorídrico, aproximadamente a 0,1 mol/L: Pipetar 50 mL da solução de
ácido clorídrico 1,0 mol/L e transferir para um balão volumétrico de 500 mL e completar o OBSERVAÇÃO: Padronização do reativo de Luff Schoorl:
balão até a marca com água destilada ou deionizada.
Reagentes e Soluções
Solução de hidróxido de sódio, aproximadamente a 0,1 mol/L: Dissolver cerca de 4,000 • Solução padrão de açúcar invertido a 0,5%
gramas de hidróxido de sódio p.a. em água destilada ou deionizada e transferir a solução • Solução padrão de açúcar invertido a 0,125%
para balão volumétrico de 1.000 mL. Completar o volume do mesmo com água destilada ou
deionizada. Preparo das Soluções

Solução de hidróxido de sódio 10%: Dissolver cerca de 50 gramas de hidróxido de sódio p.a. Solução padrão de açúcar invertido a 0,5%: Dissolver 2,375 gramas de sacarose (seca a
e transferir a solução para balão volumétrico de 500 mL e completar o volume do mesmo 100°C) em cerca de 100 mL de água destilada ou deionizada em um balão de 500 mL, adicio-
com água destilada ou deionizada. nar 15 mL de ácido clorídrico 1 mol/L e água para que o volume chegue a cerca de 150 mL.
Levar ao banho-maria em água fervente, deixar o balão em repouso pó cerca de 2 minutos.
Solução de tiossulfato de sódio 0,1 mol/L: Dissolver aproximadamente 24,818 gramas de Esfriar, adicionar 2 a 3 gotas de fenolftaleína, neutralizar com a solução de hidróxido de sódio
tiossulfato de sódio penta-hidratado em aproximadamente 500mL de água destilada ou a 10%. Completar o volume do balão com água destilada ou deionizada. Esta solução con-
deionizada. Transferir a solução para balão volumétrico de 1.000 mL e completar o volume tém o equivalente a 5 mg/mL ou 0,5% de açúcar invertido.
do mesmo com água destilada ou deionizada.
Solução padrão de açúcar invertido a 0,125%: Pipetar 50 mL da solução padrão de açúcar
Solução de amido: Dissolver cerca de 5 gramas de amido em aproximadamente 50 mL de invertido a 0,5% para um balão volumétrico de 200 mL e completar o volume com água. Esta
água destilada ou deionizada. Transferir a solução para béquer de 2.000 mL com aproxima- solução passa a ter 1,25 mg/mL de açúcar invertido equivalente ou 0,125%.
damente 1.000mL destilada ou deionizada. Ferver por 3 minutos, esfriar. Adicionar 10mg de
iodeto de mercúrio como conservante. Técnica para padronização

Ácido sulfúrico 3,0 mol/L: Adicionar aproximadamente 163 mL de ácido sulfúrico concen- • Pipetar 25 mL da solução padrão de 1,25 mg/mL de açúcar invertido para um erlen-
trado em um béquer contendo cerca de 300 mL de água destilada ou deionizada, esfriar e meyer de 300 mL e proceder conforme metodologia para a amostra de açúcar a partir
transferir a solução para um balão volumétrico de 1.000mL. Completar o volume com água da adição da solução de Luff Schoorl, incluindo o valor do branco.
destilada ou deionizada. • Os 31,25 mg de açúcar invertido utilizados tem que produzir uma “diferença de título”
de 12,35 mL de tiossulfato de sódio 0,1mol/L. Caso o resultado defira disto, calcular
Solução de iodeto de potássio 30%: Dissolver cerca de 60 de iodeto de potássio em cerca um fator de padronização “F”,que se baseia em rendimentos de açúcar invertido, e terá
de 100 mL de água destilada ou deionizada, transferir a solução para balão volumétrico de que corrigir adequadamente todas as concentrações subseqüentes.
200mL. Completar o volume do balão com água destilada ou deionizada.
Pedra de Pómez: Fervida em ácido clorídrico, lavada em água destilada e seca. Cálculos

Solução de fenolftaleína 1%: Dissolver 1 grama de fenolftaleína em 60 mL de álcool etílico 31,25


Fx =
e completar o volume a 100 mL com água destilada ou deionizada. x

128
256 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 257

Onde: Tabela: Valores de Açúcar Invertido para 25 mL do Reativo de Luff Schoorl


Fx Fator de padronização da solução de Luff Schoorl; TSS – 0,1M Glicose TSS – 0,1M Glicose
31,25 Fator estequiométrico do açúcar invertido e do tiossulfato de sódio; (mL) (mg) (mL) (mg)
X Miligramas de açúcar invertido obtido na tabela a seguir correspondente ao volume 1 2,4 13 33,0
gasto de tiossulfato gasto na titulação (valores para 25 mL de reativo de Luff Schoorl). 2 4,8 14 35,8
3 7,2 15 38,5
Técnica 4 9,7 16 41,3
• Dissolver de 20 a 40 gramas de açúcar em cerca de 50 mL de água destilada ou deioni- 5 12,2 17 44,2
zada. Transferir a solução para um balão volumétrico de 100 mL e completar o volume 6 14,7 18 47,1
com água destilada ou deionizada (Solução A) 7 17,2 19 50,0
• Pipetar 25 mL do reativo de Luff Schoorl e transferir para um erlenmeyer de 300 mL. 8 19,8 20 53,0
Adicionar alguns pedaços de pedra de Pómez e 25 mL da solução A. Levar ao banho-
9 22,4 21 56,0
-maria e deixar em ebulição por exatamente 5 minutos. Retirar do banho, resfriar ime-
10 25,0 22 59,1
diatamente em gelo durante 5 minutos
11 27,6 23 62,2
• Adicionar 10 mL da solução de iodeto de potássio a 30% e lentamente 25 mL da solu-
12 30,3 *** ***
ção de ácido sulfúrico 3 mol/L. Agitar com cuidado
• Encher uma bureta de 50 mL com a solução de tiossulfato de sódio 0,1mol/L
NOTA
• Titular até que a coloração da solução se torne amarelo-clara. Neste momento adicio-
Utilizar interpolação para valores intermediários
nar aproximadamente 1 mL da solução de amido e continuar a titulação até o desa-
parecimento da cor azul. Anotar o volume gasto (V2).
MÉTODO ICUMSA GS2/3-5 (2001)

NOTA:
Reagentes e Soluções
Fazer uma prova em branco, substituindo os 25 mL da Solução A por água destilada ou deio-
• Água deionizada (Tipo III)
nizada. Prosseguir da mesma maneira utilizada na titulação das amostras e anotar o volume
• Solução alcalina de cobre
gasto (V1).
• Solução de hidróxido de sódio 1,0mol/L
• Solução de EDTA 0,005mol/ L
Cálculos
• Indicador murexida
• Solução de açúcar invertido 10g/L
(X × Fx × 1000)
Acucares redutores(mg ⁄ kg) = • Solução de açúcar invertido 0,5g/L
m
• Solução indicadora de fenolftaleina 0,1% m/v
• Solução de ácido clorídrico 0,5 mol/ L
Onde:
X Miligramas de açúcar invertido obtido na tabela a seguir correspondente a diferença
Preparo das Soluções
de volumes de tiossulfato de sódio gastos nas titulações do branco e da amostra (V1 – V2)
V1 Volume tiossulfato de sódio 0,1mol/L gasto na titulação do branco
Solução alcalina de cobre: Pesar 25,0g de carbonato de sódio anidro e dissolver em becker
V2 Volume tiossulfato de sódio 0,1mol/L gasto na titulação da amostra
de 250mL com aproximadamente 100 mL de água deionizada. Pesar 25,0g de tartarato de
Fx Fator de padronização da solução de Luff Schoorl
sódio e potássio tetrahidratado e dissolver em becker de 250mL com aproximadamente 100
M Massa em gramas da amostra em 25 mL da solução titulada
mL de água deionizada. Transferir estas soluções para balão volumétrico de 1000mL conten-
do aproximadamente 400mL de água deionizada e 40mL de solução de hidróxido de sódio

129
258 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 259

1,0mol/ L. Pesar 6,0 g de sulfato de cobre pentahidratado, dissolver em 100mL de água deio- absoluto. Solubilizar e completar o volume com água deionizada. Esta solução deve ser ar-
nizada e transferir sob agitação contínua, quantitativamente, para o mesmo balão. Comple- mazenada em frasco conta-gotas e tem estabilidade por quatro meses.
tar o volume com água deionizada e homogeneizar. Esta solução tem estabilidade de quatro
meses se conservada em frasco âmbar. Solução de ácido clorídrico 0,5mol/L: Transferir aproximadamente 4,3 mL de ácido clorídri-
co concentrado p.a. para balão volumétrico de 100mL, contendo aproximadamente 50mL de
Solução de hidróxido de sódio 1mol/L: Pesar 4,0g de hidróxido de sódio p.a. e dissolver em água deionizada, agitar e completar o volume. Esta solução tem estabilidade de três meses
becker de 250mL com cerca de 30 a 50mL de água deionizada. Transferir quantitativamente se conservada em frasco âmbar.
para balão volumétrico de 100mL, completar o volume e homogeneizar. Esta solução tem
estabilidade de quatro meses se conservada em frasco âmbar. OBSERVAÇÃO: Curva de calibração

Solução de EDTA 0,005mol/ L: Pesar 1,860g de ácido etilenodiaminotetraacético sal dissó- • Separa 6 erlenmeyers de 125mL e numerá-los de 1 a 6
dico di-hidratado (EDTA), previamente seco em estufa a 70°C – 80°C por 2 horas, dissolver em • Colocar em cada um os volumes e massas indicadas no quadro a seguir:
balão volumétrico de 1000mL com água deionizada. Completar o volume e homogeneizar.
Esta solução tem estabilidade de dois meses. Erlenmeyer mL da mL de Sacarose Conc. de
Nº Solução AR água (g) AR
Indicador murexida: Pesar 0,50g de murexida, 0,20g de azul de metileno e 40,0g de cloreto 0,5g/L deionizada (%m/m)
de sódio. Transferir para um almofariz de porcelana, triturar a mistura e armazenar em reci- 1 5 0 5 0,05
piente fechado e dentro de dessecador. Este reagente tem estabilidade de um ano. 2 4 1 5 0,04
3 3 2 5 0,03
Solução de açúcar invertido 10g/L: Pesar 9,500g de sacarose e transferir para balão volu- 4 2 3 5 0,02
métrico de 1000mL com auxílio de aproximadamente 100mL de água deionizada e agitar 5 1 4 5 0,01
até dissolução da sacarose. Acrescentar 5mL de ácido clorídrico conc. p.a. e homogeneizar. 6 0 5 5 0,00
Tampar o balão e deixar em repouso por 3 dias à temperatura ambiente, para permitir com-
pleta inversão da sacarose. Após completar os 3 dias, elevar o volume até próximo a 800 mL • Homogeneizar cada erlenmeyer até completa dissolução da sacarose
e agitar. Pesar aproximadamente 2,0g de ácido benzóico em becker e dissolver em 75 mL • Adicionar 5mL da solução alcalina de cobre e homogeneizar
de água deionizada aquecida (aproximadamente 70°C) e transferir para o balão contendo a • Colocar os erlenmeyers no banho-maria em ebulição por 5min
solução invertida. Completar o volume e homogeneizar. A adição de ácido benzóico assegu-
ra a preservação da solução. Esta solução tem estabilidade de seis meses se conservada em NOTA:
frasco âmbar. O nível de água do banho maria deve ser o suficiente para cobrir a solução contida no erlen-
meyer
Solução de açúcar invertido 0,5g/L: Diluir 10mL da solução de açúcar invertido 10g/L para • Retirar e resfriar imediatamente os erlenmeyers em água corrente;
balão volumétrico de 200mL. Adicionar 3 a 4 gotas de solução indicadora de fenolftaleína • Adicionar aproximadamente 0,1 g do indicador murexida em cada erlenmeyer
0,1% e sob agitação, adicionar lentamente solução de hidróxido de sódio 1,0mol/ L até co- • Titular com solução de EDTA 0,005mol/L até mudança da cor verde para púrpura que
loração rosa, a qual deverá ser posteriormente eliminada pela adição de 1 ou 2 gotas de é o ponto final, anotar os volumes
solução de ácido clorídrico 0,5mol/ L. Completar o volume com água deionizada e homoge- • Construir o gráfico da curva de padrão a partir dos volumes gastos x concentração de
neizar. . Esta solução deve ser consumida no dia do preparo. açúcares redutores ou calcular uma equação de regressão linear

Solução indicadora de fenolftaleina 0,1%m/v: Pesar aproximadamente 0,1g de fenolftaleí- Técnica


na em pó e transferir para balão volumétrico de 100mL com auxílio de 55mL de álcool etílico • Pesar e transferir para um erlenmeyer de 125mL 5,0g da amostra, acrescentar 5 mL de

130
260 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 261

água deionizada e agitar até completa dissolução 9.1.10 pH


• Adicionar 5mL de solução alcalina de cobre
• Homogeneizar, colocar o erlenmeyer em banho-maria em ebulição e manter por 5min Determinação da concentração de íons H+ pelo método potenciométrico

NOTA: Reagentes e Soluções


O nível de água do banho maria deve ser o suficiente para cobrir a solução contida no erlen- Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de pH em caldos
meyer.
• Retirar e resfriar imediatamente o erlenmeyer em água corrente Técnica
• Adicionar aproximadamente 0,1 g do indicador murexida Aferição do potenciômetro
• Titular com solução de EDTA 0,005 mol/L, até mudança da cor verde para púrpura que • Ver aferição do potenciômetro citada no método de determinação de pH em caldos
é o ponto final, anotar o volume • Determinação
• Pesar exatamente 50g da amostra homogeneizada e completar o peso para 100g com
NOTA: água deionizada
Observar que uma coloração cinza aparece imediatamente antes do ponto final. Quando a • Dissolver a amostra, se necessário com agitação mecânica
cor púrpura é atingida, ela desaparece vagarosamente, devido a oxidação do óxido cuproso • A partir desta solução, proceder conforme a metodologia indicada para caldos
presente, assim, o ponto final deve ser obtido tão rapidamente quanto possível. Caso o vo-
lume gasto for menor que o primeiro ponto da curva (concentração acima de 0,05 %m/m) Cálculos
repetir a análise utilizando a diluição abaixo indicada:
pH = Leitura do potenciometro
Peso da Peso de mL de mL da sol. Fator de
amostra (g) sacarose água alcalina de diluição 9.1.11 Dextrana
(g) Cu (mL)
2,5 2,5 5 5 2 Determinação da concentração de dextrana expressa em unidades de mili-absorbância
(UMA) e mg/kg, pelos métodos da Amstar Corporation e ICUMSA GS1-15 de 2005.
NOTA:
O resultado obtido nesta condição deve ser multiplicado por 2. MÉTODO DA AMSTAR CORPORATION

Cálculos Materiais e Reagentes


• Resina de troca iônica Amberlite IR-120
Açúcares Redutores ((%m) ⁄ m) = a × V ± b • Resina de troca iônica Amberlite IRA-68

Onde: NOTA:
AR (%m/m) Açúcares redutores na amostra Esta resina pode ser substituída por qualquer uma das seguintes: Duolite A-368, Duolite
V Volume gasto da solução de EDTA 0,005mol/ L, em mL A-392, Amberlite IRA-93 ou Amberlite IRA-60
a Coeficiente angular, obtido na equação de regressão linear • Celite
b Coeficiente linear, obtida na equação de regressão linear • Solução de ácido tricloroacético 10%
• Enzima α-amilase de Aspergillus Dryazae
• Álcool etílico absoluto

131
262 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 263

Preparo das Soluções transmitância com água deionizada

Resina de troca iônica amberlite IR-120 e IRA-68: Lavar a resina com pelo menos o dobro Cálculos
de seus pesos, com água deionizada e ligeiramente com acetona. A seguir secar em estufa a
30°C e armazenada em recipientes fechados. Dextrana(UMA) = 100 (La - Lb)

Celite: Pesar 50 ± 5g de celite e adicionar 1000mL de água deionizada. Acrescentar 50 ± 5mL Onde:
de ácido clorídrico (HCl) concentrado e agitar por 5min. Filtrar e lavar todo o produto com La Absorbância da “amostra”
água deionizada até que o pH das águas filtradas seja equivalente ao pH da água original. Lb Absorbância do “controle”
Secar a celite por 6h a 100°C e armazenar em recipiente fechado
Solução de ácido tricloroacético 10%: Pesar exatamente 10g de ácido tricloroacético OBSERVAÇÃO:
(C2HCl3O2) e dissolver em um pouco de água deionizada. Transferir para balão volumétrico UMA = unidade de miliabsorbância)
de 100mL e completar o volume com água deionizada
MÉTODO GS1-15, ICUMSA 2005
Técnica
• Pesar exatamente 23,5g da amostra em becker e adicionar 35mL de água deionizada NOTA
• Dissolver completamente com auxílio de um bastão magnético Este método substitui o método GS1-15, ICUMSA 1994
• Adicionar 0,05g de enzima α-amilase e deixar incubar a 55°C, durante 1h, de preferên-
cia em estufa, tendo-se o cuidado de agitar a cada 15min Reagentes e Soluções
• Após a incubação, adicionar 5g de Amberlite IRA-120 e 5g de qualquer uma das se- • Dextrana p.a.
guintes: Duolite A-368, Duolite A-392, Amberlite IRA-93 ou Amberlite IRA-68 • Solução padrão de dextrana 0,8mg/mL
• Adicionar 1g do reagente celite, agitar e filtrar usando somente o prefiltro Millipore, • Solução padrão de dextrana 0,08mg/mL
tendo-se o cuidado de manter o sistema de tal forma que o filtrado seja recolhido em • Solução de ácido tricloroacético 10%
um tubo de Nessler, limpo e seco • Álcool etíico absoluto
• Lavar o becker e o funil com pequenas porções de água deionizada, tendo-se o cuida- • Solução de sacarose / ácido tricloroacético
do de não exceder 100mL ao final • Enzima α-amilase (Miles Takalite L340 ou Novo Termamyl 120L)
• Diluir o filtrado para 100mL e adicionar 10mL da solução de tricloroacético 10% • Celite
• Tampar e agitar
• Filtrar em membrana Millipore de 0,45μm, coberta com um prefiltro, recolhendo-se o Preparo das Soluções
filtrado em outro tubo de Nessler
• Pipetar 2 vezes 12,5mL do filtrado para 2 balões volumétricos de 25mL, de- signando Dextrana p.a.: Usar dextrana T110 ou dextrana T500. Antes do preparo da solução padrão,
um deles como “controle” e o outro como “amostra” deve-se determinar a umidade da dextrana, em duplicata, pesando aproximadamente 2g do
• Completar o volume do balão volumétrico designado de “controle” com água deio- reagente. Expressar o resultado com 2 casas decimais.
nizada
• Completar o volume do balão volumétrico designado de “amostra” com álcool étilico Solução padrão de dextrana 0,8mg/mL: Pesar uma quantidade de dextrana equivalente a
absoluto 0,16g, calculada da seguinte forma:
• Deixar os balões em repouso por 60min
• Proceder às leituras das absorbâncias da “amostra” e do “controle” em espectrofotô- Dextrana (g) = (0,16 x 100) / (100 - Umidade %)
metro, estando este ajustado em 720ηm e aferido em 0,0 de absorbância e 100% de

132
264 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 265

Dissolver o peso correspondente em um pouco de água deionizada e transferir para balão • Agitar e imediatamente iniciar a marcação do tempo
volumétrico de 200mL. Completar o volume com água deionizada e agitar.
Ml da mL de
mL sol. Ml da Conc.
Solução padrão de dextrana 0,08mg/mL: Pipetar 10mL da solução padrão 0,8mg/mL e sol. Pa- água
Balões Saca- sol. Pa- Sol.
transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água deionizada drão deioni-
(n°) rose/ drão Dextrana
sacarose zada
TCA sacarose (mg/kg)
Solução de ácido tricloroacético 10%: Pesar exatamente 20g de ácido tricloroacético 0,8mg/L
(C2HCl3O2) e dissolver em um pouco de água deionizada. Transferir para balão volumétrico 1 8,0 0,0 - 4,5 0
de 200mL e completar o volume com água deionizada. 2 8,0 1,0 - 3,5 20
3 8,0 2,0 - 2,5 40
Solução de sacarose / ácido tricloroacético: Dissolver 250g de sacarose pura (C12H22O11) 4 8,0 3,0 - 1,5 60
e dissolver em um pouco de água deionizada. Transferir para balão volumétrico de 500mL, 5 8,0 4,0 - 0,5 80
adicionar 78mL da solução de ácido tricloacético 10% e completar o volume com água deio- 6 8,0 - 1,0 3,5 200
nizada 7 8,0 - 1,5 3,0 300
8 8,0 - 2,0 2,5 400
NOTA:
9 8,0 - 2,5 2,0 500
Os preparos das demais soluções já foram citados no método de determinação da Amstar
10 8,0 - 3,0 1,5 600
Corporation.
11 8,0 - 3,5 1,0 700
12 8,0 - 4,0 0,5 800
OBSERVAÇÃO: Curva de calibração
13 8,0 - - 17,0 Branco
-Em 13 balões de 25mL, preparar os padrões da seguinte maneira:

NOTA:
NOTA:
• As absorbâncias devem ser lidas em um tempo preciso após a mistura, para isto é
Como o álcool etílico absoluto deve ser adicionado num intervalo de 20min após a adição da
recomendado que o álcool seja adicionado na solução padrão da dextrana em um
solução de sacarose / ácido tricloroacético, e as absorbâncias lidas exatamente 20min após
intervalo de tempo constante de 3 a 4min
a mistura com o álcool, é recomendado que apenas de 4 a 6 padrões, mais o branco, sejam
• Aferir o espectrofotômetro com água deionizada, em 0,0 de absorbância e 100% de
preparados durante este tempo.
transmitância, estando este ajustado em 720ηm
• Aproximadamente 17 a 18min após a aferição e mistura dos balões, lavar um par de
• Adicionar 8,0mL da solução sacarose/ácido tricloroacético em cada frasco, usando pi-
cubetas de 2cm de comprimento óptico, usando inicialmente água deionizada e pos-
peta graduada de 10mL e pêra
teriormente com o branco
• Adicionar aos primeiros 12 balões alíquotas de dextrana, de ambas soluções padrões,
• Aferir o espectrofotômetro com o “branco” em 0,0 de absorbância e 100% de transmi-
conforme o quadro a seguir, usando uma pipeta graduada de 5mL
tância, estando este ajustado em 720ηm
• Adicionar aos primeiros 12 balões alíquotas de água deionizada, conforme o quadro
• Após exatamente 20min de ter completado e agitado os balões, ler as absorbâncias
abaixo, usando uma pipeta graduada de 10mL, totalizando um volume de 12,5mL em
dos padrões
cada um dos 12 balões
• Elaborar um gráfico da curva padrão, plotando no eixo das abscissas as concentrações
• No balão de número 13, completar o volume com água deionizada, é o “branco”
dos padrões de dextrana (em mg/kg) e no eixo das ordenadas as absorbâncias corres-
• Completar o volume do balão de número 1 com álcool etílico absoluto, lentamente,
pondentes a cada um dos padrões, ou obter uma equação de regressão linear
com pequena agitação, utilizando uma bureta de 50mL. O tempo de adição do álcool
deve ser entre 30 e 60s

133
266 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 267

Técnica Onde:
• Pesar exatamente 32g de açúcar demerara, VHP ou VVHP em becker de 200mL C Concentração de dextrana, em mg/kg, encontrada no gráfico ou na equação de
regressão linear, correspondente à absorbância lida
NOTA: F Fator de diluição (quando existir)
Caso haja necessidade de diluição da amostra (leitura acima do último ponto da curva) repe-
tir a análise utilizando 16,0 g ± 0,1 g da amostra e 16,0 g ± 0,1 g de sacarose. NOTAS:
• Adicionar 50mL de água deionizada e dissolver a amostra • Expressar o resultado em mg/Kg, com número inteiro
• Adicionar 0,1mL da enzima α - amilase. Agitar • Resultado com valor abaixo de 50 mg/Kg, expressar como < 50 mg/Kg.
• Levar os balões a um banho-maria e permanecer por 15min a uma temperatura de
55 ± 5°C
• Esfriar à temperatura ambiente 9.1.12 Amido
• Transferir a solução, com auxílio de um funil, para um balão volumétrico de 100ml,
lavando bem o becker e o funil com porções de água deionizada Determinação da concentração de amido expressa em unidade de mg/kg, pelo método GS1-
• Adicionar 10ml da solução de ácido tricloroacético 10% e completar o volume com 16, ICUMSA 2005.
água deionizada
• Transferir a solução para um becker de 150mL, adicionar 6-8g de celite, lavada com Reagentes e Soluções
ácido, e agitar • Água destilada
• Filtrar a mistura em funil de Buchner, usando papel Whatman nº 5, ou equivalente, a • Sacarose p.a
vácuo, desprezando os primeiros 15-20mL do filtrado • Ácido Acético glacial
• Separar dois balões volumétricos de 25mL, limpos e secos, e pipetar para cada um • Cloreto de cálcio dihidratado, com pureza mínima de 98%
12,5mL do filtrado • Solução de cloreto de cálcio 40 % (m/m)
• Completar o volume de um dos balões com álcool etílico absoluto, lentamente, utili- • Solução de ácido acético 1,0 mol/L:
zando uma bureta de 50mL. A adição do álcool deve acontecer entre 30 e 60s (desig- • Solução de ácido acético 0,033 mol/L
nar esta solução como amostra) • Solução cloreto de cálcio / ácido acético
• Agitar e imediatamente iniciar a marcação do tempo • Solução Iodato de potássio 0,0017 mol/L
• Solução de Iodeto de potássio 10 % (m/v):
NOTA: • Solução iodeto / iodato de potássio: misturar 10,0 ± 0,5 mL da
A adição do álcool deve ser feita no máximo após 20min da adição da solução de ácido tri- • Solução de amido de batata – 900 mg/L
cloroacético. • Solução padrão de amido – 180 mg/L
• Completar o volume do outro balão com água deionizada (designar esta solução de • Solução padrão de amido – 45 mg/L
“branco”)
• Aferir o espectrofotômetro com o “branco” em 0,0 de absorbância e 100% de transmi- Preparo das Soluções
tância, estando este ajustado em 720nm
• Após exatamente 20min de ter completado e agitado os balões, ler a absorbância da Solução de cloreto de cálcio 40 % (m/m): Pesar 470g de água destilada em béquer de 1.000
amostra mL, em outro becker pesar 530g de cloreto de cálcio dihidratado. Colocar o becker conten-
do água destilada no agitador magnético e adicionar lentamente o cloreto de cálcio dihidra-
Cálculos tado até completa dissolução. Desligar a agitação, resfriar a solução a temperatura ambiente
Dextrana(mg ⁄ kg) = C × F e filtrar através de pré-filtro, para eliminação de possíveis insolúveis contidos na solução.
Verificar a concentração da solução através da medida de sua densidade relativa (20°C / 20°C)

134
268 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 269

a densidade relativa da solução de cloreto de cálcio 40,0% é 1,3970 (20°C / 20°C), corrigir se co âmbar. Esta solução deve ser consumida no mesmo dia do preparo.
necessário a concentração com água destilada ou cloreto de cálcio dihidratado.
Solução de amido de batata 900mg/L: Determinar a umidade do amido de batata, pesando
NOTAS: aproximadamente 0,2 g do amido e secar em estufa a 105 ± 5°C durante duas horas. Deter-
• Na faixa da temperatura de 20°C a 30°C a densidade relativa diminui em média 0,0007 minar a umidade e a massa (g) necessária de amido em função da umidade para se obter o
por grau acima de 24°C e aumenta pelo mesmo valor, por grau abaixo de 24°C. Como equivalente a 0,9000 ± 0,005 g de amido seco através da equação:
o cloreto de cálcio é altamente higroscópico, evitar sua exposição ao ar.
• A densidade relativa pode ser mediada por densímetro eletrônico ou qualquer outro
instrumento capaz de apresentar medidas equivalentes.
m = Amido = [ (0,9000 × 100)
(10 - %umidade) ]
• Armazenar esta solução em frasco âmbar. Esta solução tem validade de três meses.
Pesar a massa de amido (m) ± 0,005 g em béquer de 50mL e adicionar 5mL de água des-
Solução de ácido acético 1,0mol/L: Diluir 57mL de ácido acético glacial em balão volumétri- tilada ou deionizada para hidratação do mesmo. Aguardar aproximadamente 10minutos
co de 1.000mL com água destilada ou deionizada. Armazenar esta solução em frasco âmbar. com homogeneização não contínua. Transferir a mistura quantitativamente para béquer de
Esta solução tem estabilidade de três meses. 1.000mL, contendo aproximadamente 500mL de água destilada ou deionizada aquecida. La-
var cuidadosamente o béquer de 50mL e o bastão utilizado na preparação com água destila-
Solução de ácido acético 0,033mol/L: Diluir 33,0mL da solução de ácido acético 1,0mol/L da ou deionizada em ebulição, transferindo as águas de lavagem para o béquer de 1.000mL.
em balão volumétrico de 1.000mL com água destilada ou deionizada. Esta solução tem esta- Colocar em ebulição o béquer contendo o amido por 3 minutos ± 30 segundos, transferir a
bilidade de um mês se conservada em frasco âmbar. solução ainda quente para balão volumétrico de 1.000mL, lavando pelo menos duas vezes o
béquer com água destilada ou deionizada em ebulição. Transferir as águas de lavagem para
Solução cloreto de cálcio / ácido acético: Usando um pHmetro e agitador, ajustar o pH da o balão volumétrico. Agitar o balão volumétrico e esfriar em água corrente até temperatura
solução de cloreto de cálcio 40 (m/m) para pH 3,0 ± 0,1 com uma solução de ácido acético ambiente. Completar o volume do balão com água destilada ou deionizada e homogeneizar.
0,033mol/L. Aguardar o tempo suficiente para a estabilização do pH. Embora o pH da solu- Armazenar em frasco âmbar e em geladeira a temperatura de 0° a +10°C. Consumir esta so-
ção de cloreto de cálcio/ácido acético tende a alterar quando em repouso, não reajustar o pH lução no máximo em uma semana.
para 3,0 antes do uso. Armazenar esta solução em frasco âmbar. Esta solução tem estabilida-
de de um mês se conservada em frasco âmbar. Solução padrão de amido 180mg/L: Pipetar 20 mL da solução padrão de 900mg/L de amido
e transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada e
Solução iodato de potássio 0,0017 mol/L: Secar aproximadamente 0,5 g de iodato de potás- homogeneizar. Consumir esta solução no mesmo dia do preparo.
sio em estufa entre 105°C – 110°C por uma hora, resfriar em dessecador. Dissolver 0,3566g do Solução padrão de amido 45mg/L: Pipetar 5 mL da solução padrão de 900 mg/L de amido
reagente seco em água destilada ou deinoizada e diluir em balão volumétrico de 1.000mL. e transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada e
Armazenar esta solução em frasco âmbar. Esta solução tem estabilidade de três meses mês homogeneizar. Consumir esta solução no mesmo dia do preparo;
se conservada em frasco âmbar.
OBSERVAÇÃO: Curva de calibração
Solução de iodeto de potássio 10% (m/v): Dissolver 10,0g de iodeto de potássio em água • Pesar 3,60g de sacarose em cada balão volumétrico de 50 mL de uma série de nove
destilada ou deionizada em balão volumétrico de 100mL. Armazenar esta solução em frasco balões
âmbar. Descartar quando ficar amarela. • Adicionar os volumes (mL) das soluções padrões e água, conforme indicados na ta-
bela a seguir:
Solução iodeto / iodato de potássio: Misturar 10,0mL da solução de iodeto de potássio
10% (m/v) com 90,0mL de água destilada ou deionizada em becker de 250mL. Acrescentar
100,0mL da solução de iodato de potássio 0,0017mol/L. Homogeneizar e transferir para fras-

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270 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 271

N° Concen- Concen- Concen- Água Amido geneizar


Balões tração tração tração (mL) (mg/Kg) • Tampar cada balão e colocar em banho de água em ebulição por 15 minutos
(45 (180 (900 • Após 15 minutos, remover os balões do banho e resfriar em água corrente até tempe-
mg/L) mg/L) mg/L) ratura ambiente
1 - - - 7 0 • Em cada balão, adicionar 15 mL da solução de ácido acético 0,033 mol/L
• No balão 1 adicionar água destilada ou deionizada até completar o volume e homo-
2 2 - - 5 25
geneizar
3 - 1 - 6 50
• No balão 2 adicionar 10mL da solução de iodeto / iodato de potássio, completar o
4 - 2 - 5 100
volume com água destilada ou deionizada e homogeneizar
5 - 3 - 4 150
• Realizar leituras de absorbância a 700 nm de comprimento de onda das soluções no
6 - 4 - 3 100
intervalo de 10 a 20 minutos, após a adição da solução de iodeto / iodato, utilizando o
7 - 5 - 2 250
balão 1 como prova em branco e em célula de 20 mm
8 - 7 - - 350
• Anotar as leituras
9 - - 2 5 500

NOTA:
• Agitar até completa dissolução do açúcar
Quando a leitura em absorbância da amostra ultrapassar o último valor obtido na curva de
• Pipetar 15mL da solução de cloreto de cálcio / ácido acético e transferir para cada
calibração, refazer a análise utilizando metade da massa anterior.
balão e homogeneizar
• Neste caso, o resultado deve ser multiplicado pelo fator de diluição (2 para este caso),
• Tampar cada balão e colocar em banho de água em ebulição por 15 ± 1 minuto e
para expressar a concentração final de amido na amostra.
iniciar a contagem do tempo

Cálculos
NOTA:
Os balões devem ser colocados no banho de água em ebulição dentro de 30 minutos após
Amido(mg ⁄ kg) = C × F
adição da água para dissolução do açúcar (sacarose).
• Após 15 minutos, remover os balões do banho e resfriar em água corrente até tempe-
Onde:
ratura ambiente
Concentração de amido, em mg/kg, encontrada no gráfico ou na equação de regressão line-
• Em cada balão, adicionar 15 mL da solução de ácido acético 0,033 mol/L, adicionar
ar, correspondente à absorbância lida
10 mL das solução de iodeto / iodato de potássio em cada balão, completar o volume
com água destilada ou deionizada e homogeneizar
F Fator de diluição (quando existir)
• Realizar leituras de absorbância a 700ηm de comprimento de onda das soluções no
intervalo de 10 a 20 minutos, após a adição da solução de iodeto / iodato, utilizando
NOTAS:
água destilada ou deionizada como prova em branco e em célula de 20 mm
• Expressar o resultado em mg/Kg, com número inteiro
• Anotar as leituras
• Resultado com valor abaixo de 25 mg/Kg, expressar como < 25 mg/Kg.

Técnica
9.1.13. Sulfito
• Pesar 3,60g da amostra para dois balões volumétricos de 50mL e identificar balão 1
(prova em branco) e balão 2 (amostra)
Determinação do teor de sulfito em açúcar, utilizando a técnica da espectrofotometria.
• Transferir 7mL de água destilada ou deionizada para cada balão
• Agitar até completa dissolução do açúcar
• Adicionar em cada balão 15mL da solução de cloreto cálcio / ácido acético e homo-

136
272 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 273

Reagentes e Soluções balão volumétrico de 100mL, completar o volume do balão com água destilada.
• Sacarose p.a
• Solução saturada de fucsina (cloridrato de rosalina) Solução indicadora de amido 1% (m/v): Pesar 1,0g de amido e acrescentar pequena quanti-
• Solução Saturada de fucsina descorada dade de água destilada, agitar com auxílio de um bastão até que se forme uma pasta. Trans-
• Solução de formaldeído 0,2% (m/v) ferir para béquer de 250mL com auxílio de 100mL de água destilada aquecida (70°C – 90°C) e
• Solução de hidróxido de sódio 0,1 mol/L deixar por 3 minutos, esfriar e filtrar sobre algodão. Armazenar esta solução em frasco âmbar.
• Solução de ácido clorídrico 1 mol/L A validade desta solução é de três meses.
• Solução indicadora de amido 1% (m/v)
• Solução de tiossulfato de sódio 0,1 mol/L Solução de tiossulfato de sódio 0,1mol/L: Pesar 24,8170g de tiossulfato de sódio pentahi-
• Solução iodo 0,05 mol/L dratado e transferir para balão volumétrico de 1.000mL, dissolver e completar o volume do
• Solução referência de sulfito de sódio 0,02 mol/L balão com água destilada. Armazenar esta solução em frasco âmbar. A estabilidade desta
• Solução diluída de sulfito de sódio 0,0002 mol/L solução é de três meses.

Preparo das Soluções Solução iodo 0,05 mol/L: Pesar 20,0g de iodeto de potássio e transferir para um balão volu-
métrico de 1.000mL com cerca de 50mL de água destilada. Acrescentar 12,690g de iodo (p.a).
Solução saturada de fucsina (cloridrato de rosalina): Pesar 1,0g de fucsina, transferir para Dissolver e completar o volume do balão com água destilada. Armazenar em frasco âmbar.
béquer de 250mL e acrescentar 100mL de água destilada. Aquecer até 50°C e resfriar com
agitação, deixar a solução em repouso por 48 horas e filtra a mesma. Armazenar esta solução Solução referência de sulfito de sódio 0,02mol/L: Pesar 1,260g de sulfito de sódio anidro
em frasco âmbar. A validade desta solução é de três meses. e transferir para balão volumétrico de 500mL, com auxílio de água destilada. Acrescentar
50,0g de sacarose (p.a). Dissolver e completar o volume do balão com água destilada, homo-
NOTA: geneizar. Pipetar 25mL da solução de iodo 0,05mol/L e transferir para erlenmeyer de 250mL,
A fucsina básica (cloridrato de rosalina) deve ser pró-análise (p.a), ou seja, a utilizada somen- acrescentar 10mL da solução de ácido clorídrico 1,0mol/L e 100mL de água destilada. Titular
te para determinações de microscopia não deve ser utilizada por apresentar baixa pureza. o excesso de iodo 0,05mol/L com a solução de tiossulfato de sódio 0,1mol/L até a colora-
ção palha, acrescentar 3mL da solução indicadora de amido 1%, sob agitação, continuar a
Solução saturada de fucsina descorada: Pipetar 4 mL da solução saturada de fucsina e titulação até desaparecer a cor azul, anotar o volume gasto na titulação (V1). Pipetar 25mL
transferir para balão volumétrico de 100mL, adicionar 6mL de ácido clorídrico concentrado. da solução de iodo 0,05mol/L e transferir para erlenmeyer de 250mL, acrescentar 10mL da
Completar o volume com água destilada ou deioniizada. A descoloração ocorre em um curto solução de ácido clorídrico 1mol/L, 100mL de água destilada, 25mL da solução de sulfito de
espaço de tempo, mas a solução somente poderá ser utilizada após 1 hora. Consumir esta sódio 0,02 mol/L. Titular o excesso de iodo 0,05mol/L com a solução de tiossulfato de sódio
solução no mesmo dia do preparo. 0,1mol/L até a coloração palha, acrescentar 3mL da solução indicadora de amido 1%, sob
agitação, e continuar a titulação até desaparecer a cor azul, anotar o volume gasto na titula-
Solução de formaldeído 0,2% (m/v): Pipetar 5 mL de uma solução de formaldeído 37% a ção (V2).
40% e colocar em balão volumétrico de 1.000mL, completar o volume com água destilada.
Armazenar esta solução em frasco âmbar. A validade desta solução é de três meses. Solução diluída de sulfito de sódio 0,0002 mol/L: Pipetar 2mL da solução de referência de
sulfito de sódio 0,02mol/L para balão volumétrico de 200mL e completar o volume com água
Solução de hidróxido de sódio 0,1mol/L: Pesar 4,0g de hidróxido de sódio p.a, transferir destilada. Consumir esta solução no mesmo dia do preparo. A concentração desta solução
para balão volumétrico de 1.000mL com água destilada. Dissolver e completar o volume do será:
balão. Armazenar esta solução em frasco de polietileno.
C (µg SO2 ⁄ mL) = (V1 - V2 ) × 3,203 × 0,4
Solução de ácido clorídrico 1mol/L: Pipetar 8,5mL de ácido clorídrico concentrado (p.a) para

137
274 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 275

Onde: balão com água destilada ou deionizada


C Concentração de sulfito em μg SO2/mL • Transferir 10mL da solução para copo plástico, adicionar 2mL da solução de fucsina
V1 Volume gasto na titulação da solução de iodo descorada e 2mL da solução formaldeído 0,2%
V2 Volume gasto na titulação da solução referência de sulfito 0,02 mol/L • Homogeneizar e deixar o copo em repouso por 30 ± 5 minutos
• Proceder a medida da absorbância da solução a 560nm, em célula de 10mm utilizan-
OBSERVAÇÃO: Curva de calibração do o branco como água destilada
• Separar 08 balões volumétricos de 100mL numerados de 1 a 8 • Anotar a leitura no registro
• Pesar e transferir para cada balão 10,0g de sacarose (p.a) com aproximadamente
60mL de água destilada, agitar até completa dissolução NOTA:
• Adicionar os volumes em mL das soluções indicadas a seguir: Quando a leitura em absorbância ultrapassar o último valor obtido na curva de calibração,
refazer a análise utilizando a metade da massa inicial da amostra.
Balão Nº Sulfito de sódio Hidróxido de sódio
0,0002 mol/L 0,1M Cálculos
01 0 4
02 1 4 Sulfito (mg⁄kg) = C
03 3 4
04 5 4 Onde:
05 7 4 C Concentração de dextrana, em mg/kg, encontrada no gráfico ou na equação de
06 10 4 regressão linear, correspondente à absorbância lida
07 12 4
08 15 4 NOTAS:
• Expressar o resultado em mg/Kg, com número inteiro
• Completar os volumes e homogeneizar • Resultado com valor abaixo de 1mg/Kg, expressar como < 1 mg/Kg.
• Transferir 10mL de cada solução para copos plásticos numerados de 1 a 8, adicionar
2mL da solução de fucsina descorada e 2mL da solução formaldeído 0,2% em cada 9.1.14 Densidade Aparente
copo
• Homogeneizar e deixar os copos em repouso por 30 ± 5 minutos Determinação da densidade aparente por métodos gravimétricos.
• Proceder a medida da absorbância das soluções a 560nm, usando cubeta de 10mm
utilizando água destilada como branco MÉTODO 01
• Anotar as leituras e construir a curva de calibração a partir das leituras de absorbância
x concentração de sulfito em μgSO2/mL Técnica
Determinação do volume do erlenmeyer
NOTA: • Pesar um erlenmeyer de 500mL vazio, limpo e seco, anotar a massa em gramas
A curva de calibração deverá ser realizada trimestralmente. • Encher o erlenmeyer com água destilada, a temperatura próxima de 20°C, até o nível
de transbordo
Técnica • Pesar e anotar a massa total em gramas
• Pesar 40,0g da amostra e transferir para um balão volumétrico de 100mL com água • Colocar um termômetro no erlenmeyer contendo a água, aguardar a estabilização da
destilada ou deionizada e dissolver temperatura e anotar
• Adicionar 4mL da solução de hidróxido de sódio 0,1mol/L e completar o volume do • Verificar na tabela baixo a massa específica da água na temperatura do ensaio

138
276 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 277

• Calcular o volume total (Vt) de água dividindo-se a massa de água, em gramas, pela
massa específica em g/mL correspondente em função da temperatura da água du-
rante o ensaio
• O volume encontrado corresponde ao volume do erlenmeyer em mL

Tabela – Massa Específica da Água em g/mL


Temp ºC ME – (g/mL) Temp ºC ME – (g/mL)
20 0,998202 23 0,997536
21 0,997990 24 0,997294
22 0,997768 25 0,997043

• Montar o sistema para densidade (funil, suporte, erlenmeyer, bacia) conforme mos-
trado na figura 01 MÉTODO 02
• Pesar cerca de 600g de açúcar e transferir para o funil
• Pesar erlenmeyer vazio e seco (P1), e anotar o seu peso em gramas Técnica
• Abrir totalmente a valvulado funil, deixar escoar todo o açúcar de forma a haver trans- • Encher completamente uma proveta de 500mL com água destilada a 20°C, até o nível
bordamento de transbordamento
• Nivelar a superfície do açúcar no erlenmeyer, sem comprimir • Medir o volume total de água deionizada utilizada no enchimento do volume da pro-
• Eliminar eventuais cristais de açúcar aderentes a superfície externa do erlenmeyer veta, anotando como (V)
• Pesar e anotar (P2), em gramas. • Pesar a proveta utilizada, vazia e seca, anotando o peso (P1)
• Com auxílio de um funil encher a proveta com a amostra de açúcar até o mesmo nível
Cálculos de transbordamento considerado quando do enchimento com a água
• Eliminar pequenas quantidades de amostras que possam estar aderidas às superfícies

Densidade aparente (g ⁄ L) = [ (P2 - P1)


Vt ] x 1000
externas da proveta e pesar, anotando o peso como (P2)

Cálculos
Onde:
P1
P2
Peso do erlenmeyer vazio e seco (g);
Peso do erlenmeyer + amostra (g);
Densidade aparente (g ⁄ L) = [ (P2 - P1)
V ] x 1000

Vt Volume total do erlenmeyer a 20°C (mL).


Onde:
NOTAS: P1 Peso da proveta vazia e seca, em gramas
• Expressar os resultados g/L e com números inteiros; P2 Peso da proveta cheia com a amostra, em gramas
• A confiabilidade metrológica, nos dá uma incerteza expandida de medição (Ue) = ± 5 V Volume da proveta a 20°C
g/L (NC = 95,45 % e K = 2,10) para faixa de trabalho de 820 g/L a 930 g/L, a reproduti-
bilidade interna é de 17 g/L (NC = 95,455). OBSERVAÇÃO:
O resultado da densidade aparente do açúcar deve ser expresso em número inteiro

139
278 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 279

9.1.15 Materiais Insolúveis solução quente com auxílio da chapa aquecedora


• Montar o conjunto de filtração e transferir a membrana de peso conhecido para o
Determinação dos materiais insolúveis pelo quantitativo (Método GS2/3-19 ICUMSA (2002)) mesmo
e qualitativo • Filtrar a solução de açúcar, tomando o cuidado de transferir todo o material para o
conjunto de filtração
MÉTODO GS2/3-19 ICUMSA (2002)
NOTAS:
Reagentes e Soluções • Não deixar que ocorra entupimento da membrana devido aos resíduos
• Ácido sulfúrico concentrado p.a • Caso ocorra entupimento, interromper a filtração, substituir a membrana por outra
• Água destilada ou deionizada lavada conforme procedimento já descrito e continuar a filtração do volume restante
• Solução de 1-naftol 1% (m/v) • Lavar o material insolúvel retido e a membrana usando aproximadamente 1 litro de
água destilada ou deionizada em ebulição.
Preparo das Soluções
Verificação qualitativa da presença de açúcar
Solução de 1-naftol 1% (m/v): dissolver 1,0 ± 0,1 g de 1-naftol em 100 mL de álcool etílico • Após lavagem da membrana, coletar uma porção da última água filtrada em tubo de
hidratado (aproximadamente 93,2 °INPM); ensaio, adicionar de 3 a 4 gotas de solução 1-naftol, agitar e colocar lentamente 3mL
• Armazenar esta solução em frasco âmbar, validade 06 meses. de ácido sulfúrico concentrado pelas paredes do tubo de maneira a se formar um anel
• Verificar a presença ou não de açúcares no filtrado pela formação de coloração violeta
Técnica do anel que indicará a presença de açúcares. Neste caso continuar a lavagem da mem-
Preparação da Placa de Petri brana com resíduos e repetir o teste até o não aparecimento desta coloração
• A placa de Petri deverá estar previamente limpa e seca em estufa a aproximadamente • Após a lavagem final retornar a membrana sobre a placa de Petri
105°C, no mínimo por um período de uma hora. Após secagem, esfriar em dessecador • Secar a placa aberta, com a tampa ao lado, em estufa a 60 – 65°C por uma hora. Retirar
e pesar a placa, recolocar a tampa e esfriar em dessecador. Pesar o conjunto placa-tampa-
Preparação da Membrana -membrana em balança com resolução com resolução de 0,1 mg e anotar o peso.
• Lavar a membrana por imersão em água deionizada quente por aproximadamente 6
minutos. Secar o excesso de água da membrana e transferir para uma placa de Petri Cálculos
usando pinça
• Secar a membrana na placa de Petri aberta, em estufa a 60 – 65°C por uma hora. Após
secagem, colocar a tampa e deixar esfriar por aproximadamente 30 minutos em des-
Materiais insoluveis(mg ⁄ Kg) = [ m0 ]
(m2 - m1)
x 1000

secador e pesar
Preparação da Água Onde:
• Filtrar aproximadamente 5 litros de água destilada ou deionizada através de membra- m0 Peso da amostra (Kg)
na com 8 μm de porosidade, preparada de acordo com o procedimento citado acima m1 Peso da membrana (g)
• Após a filtração dos primeiros 500 mL, lavar o frasco de filtração e descartar m2 Peso da membrana + material insolúvel (g)
• Continuar a filtração dos 4,5 litros restantes de água
• Esta água deve ser usada em todas as etapas que requerem uso de água, inclusive NOTA:
limpeza dos materiais utilizados Se forem utilizadas duas ou mais membranas para filtração, proceder ao seguinte cálculo:

[ ]
Deterninação
(m2 - m1)1 + (m2 - m1)2 + (m2 - m1)n
• Pesar 250g da amostra em béquer, dissolver com água quente em ebulição, manter a Materiais insoluveis(mg ⁄ Kg) = x 1000
m0

140
280 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 281

Onde: Tabela de Comparação de Material Insolúvel


(m2 – m1)1 Diferença de peso para membrana 1;
(m2 – m1)2 Diferença de peso para membrana 2;
(m2 – m1)n Diferença de peso para membrana n;

NOTAS:
• Expressar os resultados de resíduo insolúvel em mg/kg e com número inteiro. Resul-
tados abaixo de 10 mg/Kg expressar como < 10 mg/Kg
• O limite de detecção é de 10 mg/Kg e a reprodutibilidade interna é de 12 mg/Kg (NC
= 95,45%)

MÉTODO QUALITATIVO

• Pesar 100,0g da amostra em erlenmeyer ou becker de 250mL


• Acrescentar aproximadamente 150mL de água deionizada e agitar até completa dis-
solução
• Conectar o funil de buchner a um kitassato e este ao sistema de vácuo
• Identificar o papel de filtro com o número da amostra e colocá-lo no funil de buchner,
umidecer com água deionizada e ligar o sistema de vácuo
• Filtrar toda a solução açucarada lavando em seguida o erlenmeyer ou becker com 9.2. Açúcar Cristal e Refinado
água deionizada, utilizando uma pisseta e verter sobre o funil
• Rinsar a parede interna do funil com água deionizada suficiente para remover eventu- 9.2.1 Pol % Açúcar
ais resíduos para o papel de filtro
• Descartar o filtrado Determinação da concentração de sacarose aparente, expressa em ºS, por polarização
• Retirar o papel de filtro do funil de buchner com auxílio de pinça;
• Aguardar aproximadamente 30minutos para a secagem do papel de filtro ao ar Técnica
• Comparar visualmente a intensidade dos resíduos retidos no papel de filtro, com a • Pesar, o mais rápido possível, uma porção da amostra equivalente a 26,0000g
tabela de comparação de material insolúvel, escala de 1 a 10 e anotar o resultado • Transferir o açúcar para um balão volumétrico de 100mL, lavando o recipiente de pe-
sagem com água deionizada num volume tal que não exceda 70mL, dissolvendo a
Resultado seguir a amostra por agitação manual ou mecânica
Obtém-se diretamente o resultado na tabela de comparação dematerial insolúvel na escala • Completar cuidadosamente com água deionizada até a marca de aferição
de 1 a 10. • A partir desta solução, proceder conforme a metodologia indicada para açúcar Deme-
rara, VHP e VVHP

Cálculos

Pol%acucar (°S) = Ls × F

141
282 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 283

Onde: Solução de ácido clorídrico 0,1M: Transferir 8,9mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado
Ls Leitura sacarimétrica para balão volumétrico de 1000mL, contendo aproximadamente a metade de água deioni-
F Fator de correção da temperatura = 1 + 0,00014 ( t - 20) zada. Esperar esfriar e completar o volume com água deionizada.

Onde: Solução de TEA (trietanolamina/ácido clorídrico): Transferir 500mL da solução de trietano-


t Temperatura do filtrado no momento da leitura lamina 0,1M para becker de 1000mL. Ajustar o pH em 7,0 com a solução de ácido clorídrico
0,1M
NOTA IMPORTANTE:
A partir de 1º de julho de 1988, a ICUMSA, International Commission for Uniform Methods NOTAS:
of Sugar Analysis, mudou a Escala Internacional de Açúcar para ºZ, obtida em sacarímetros • Para ajustar o pH da solução de TEA devem-se gastar aproximadamente 420mL da
que trabalham com lâmpada de isótopo de mercúrio (λ = 546,2271ηm). Valores de polariza- solução de ácido clorídrico 0,1M
ção obtidos em ºS (lâmpadas de sódio, (λ = 589,3ηm) podem ser convertidos para ºZ, sendo • A solução de TEA deve ser preparada 24h antes do uso e guardada em geladeira a 4°C.
multiplicados por 0,99971 Antes do uso, esta solução deve ser retirada da geladeira para que sua temperatura
se iguale à temperatura ambiente do laboratório. Quando atingir a temperatura am-
9.2.2. Umidade % Açúcar biente, deve-se medir o pH e, se necessário, ajustá-lo para 7,0 com a solução de ácido
clorídrico 0,1M
Determinação da concentração de água, expressa em percentagem de umidade, através de • Esta solução de TEA deve ser consumida em 48h
gravimetria pelos métodos da estufa de secagem e do analisador de halogênio.
Técnica
Proceder conforme metodologias indicadas para açúcar demerara, VHP e VVHP • Pesar 50g da amostra de açúcar, estando esta totalmente homogeneizada
• Completar o peso com a solução de TEA até 100g
9.2.3 Cor ICUMSA • Levar a um agitador mecânico e dissolver a amostra até completar a dissolução
• Filtrar a vácuo em um conjunto de filtração Millipore, usando uma membrana de
Determinação da cor de soluções de amostras de açúcar branco, através de espectrofotôme- 50mm de diâmetro e 0,45μm de abertura (Millipore HATF 04700, ou equivalente)
tro, usando os métodos GS2/3-9 ICUMSA de 2005 e GS9/1/2/3-8 ICUMSA de 2005 • Determinar o Brix refratométrico e a temperatura no momento da leitura para pos-
terior correção a 20°C, caso o refratômetro não possua compensação automática de
MÉTODO GS2/3-9 ICUMSA de 2005 temperatura
• Aferir o espectrofotômetro com a solução de TEA em 0,0 de absorbância e 100% de
Reagentes e Soluções transmitância, estando este ajustado em um comprimento de onda de 420ηm
• Solução de trietanolamina 0,1M • Transferir o filtrado com o pH corrigido para uma cubeta, cujo comprimento seja tal
• Solução de ácido clorídrico 0,1M que as leituras se situem entre 20 e 80% de transmitância
• Solução de TEA ( trietanolamina/ácido clorídrico ) • Ler a transmitância do filtrado contendo a amostra

Preparo das Soluções Cálculos

Solução de trietanolamina 0,1M: Pesar 7,460g de trietanolamina (C6H15NO3), dissolver em


um pouco de água deionizada.Transferir para balão volumétrico de 500mL e completar o
Cor ICUMSA = [ (Abs × 10.000)
b×c ]
volume com água deionizada.

142
284 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 285

Onde: Gabinete de observação: Caixas de madeiras abertas na frente, com 20 cm de profundidade,


Abs Absorbância da solução 120 cm de largura e 50 cm de altura. Neste gabinete se monta uma iluminação fluorescente
b Comprimento da célula em milímetros equivalente a uma luminosidade CIE série B (4800 K), de maneira que a distância vertical
c Concentração de sólidos totais em g/cm3: entre a lâmpada e as amostras seja de aproximadamente 35 cm.

(Brix × densidade aparente a 20°C) • Homogeneizar cuidadosamente a amostra de açúcar, principalmente para se obter
100 uma distribuição homogênea dos tamanhos dos cristais
• Transferir a porção da amostras para o recipientes das amostras, nivelando perfeita-
NOTA: mente sua superfície
A concentração da solução (g/mL) pode ser obtida da seguinte forma: • Comparar a cor da amostra com as cores dos padrões, alternando o recipiente da
amostra nos lados esquerdo e direito com o padrão de cor parecida, estimando seu
(Brix%solucao × densidade aparente) valor entre dois tipos de cores sucessivas
Concentracao(g ⁄ mL) =
100
NOTAS:
MÉTODO GS9/1/2/3-8 ICUMSA de 2005 • Os olhos do observador devem estar protegidos da luz direta
• Para amostras com tamanhos de partículas e brilho dos cristais diferentes dos pa-
Proceder conforme metodologias indicadas para açúcar demerara, VHP e VVHP drões, tomar precauções para assegurar que o que está sendo observado é a cor do
açúcar (amostra) e não seu brilho.
9.2.4 Aparância Visual
Cálculos
Determinação da aparência visual através do método ICUMSA GS2-11 (1994)
Aparencia visual = n
NOTA IMPORTANTE:
Neste ensaio a amostra de açúcar é comparada visualmente com padrões Braunschweig nu- Onde:
merados de 0 a 6, elaborados a partir de açúcares brancos de alta qualidade e tamanhos n Valor do padrão Braunschweig, cuja cor mais se assemelha à cor da amostra
de cristais (granulometria) especialmente selecionados. São coloridos de maneira artificial
seguindo procedimentos definidos com precisão. Estes padrões Braunschweig estão dispo- NOTA:
níveis nas seguintes instituições: Caso o ensaio seja realizado por mais de um analista, proceder a média dos valores atribu-
ídos. Recomenda-se que este ensaio seja realizado simultaneamente por 3 (três) analistas.
INSTITUT FUR TECHNOLOGIE DER KOHLENHYDRATE
TECHNISCHEN UNIVERSITAT BRAUNSCHWEIG 9.2.5 Índice de Reflectância
PO Box 4636, 38036 Braunschweig, Alemanha.
Determinação do índice de reflectância através do método ICUMSA GS2-13 (1998)
Técnica
NOTA: NOTA IMPORTANTE:
Para este ensaio são necessários os seguintes aparatos: Para este ensaio é importante o perfeito entendimento das seguintes definições:
Fator de reflectância (R): É definido pela razão entre o feixe de luz radiante refletido num de-
Recipientes para amostras: Caixas quadradas totalmente brancas, de plástico ou papelão, terminado comprimento de onda pela amostra e pelo padrão. É dado pela equação:
com as seguintes dimensões: 60 x 60 mm e 28 mm de altura.

143
286 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 287

Φs 2. Medida de reflectância relacionada a um padrão branco absoluto de sulfato de bário,


R(λ) =
Φw em comprimentos de onda recomendado pela ICUMSA: 495 e 620 ηm
Onde: 3. Medida direta da superfícies das amostras
R Fator de reflectância
λ Comprimento de onda estabelecido • Homogeneizar cuidadosamente a amostra de açúcar, principalmente para se obter
Φs Feixe de luz radiante refletido pela amostra uma distribuição homogênea dos tamanhos dos cristais
Φw Feixe de luz radiante refletido pelo padrão • Transferir porções das amostras para os recipientes dos fotômetros de reflectância

Razão de reflectância (r): É definido como a razão entre os fatores de reflectância em dois NOTA:
comprimentos de onda estabelecidos. É dado pela equação: A calibração do equipamento deve ser exatamente como recomenda o manual de operação
do fabricante
Rλ1
r=
Rλ2 • Registrar a leitura
• Girar o recipiente contendo a amostra em 360º, registrando leituras a cada 90º, asse-
Onde: gurando que as leituras obtidas durante esta operação não são maiores do que 0,1
r Razão de reflectância unidades, caso aconteça de ser maior, repetir o nivelamento da amostra
Rλ1 Fator de reflectância em um comprimento de onda 1 • Ler o fator reflectância nos comprimentos de onda selecionados (495 e 620 ηm)
Rλ2 Fator de reflectância em um comprimento de onda 2 • Proceder de maneira semelhante as determinações das razões de reflectãncias dos
padrões de cor Braunschweig (usualmente de 0 a 6)
NOTA:
Desde 1970 a razão dos comprimentos de onda R(426)/R(620) esteve classificado como mé- Cálculos
todo tentativo pela ICUMSA, sendo incorporado como método oficial em 1982. Em 1986 se
adotou tentativamente a razão R(495)/R(620). Indice de reflectancia = 6 × [ rs - ro
r6 - ro ]
Reagentes e Soluções
Padrões de açúcar com cor Braunschweig Onde:
Sulfato de bário padrão rs Razão de reflectância da amostra
ro Razão de reflectância do padrão 0 (zero)
NOTA: r6 Razão de reflectância do padrão 6 (seis)
Os padrões podem ser adquiridos do: ro Razão de reflectância

INSTITUT FUR TECHNOLOGIE DER KOHLENHYDRATE 9.2.6 Turbidez


TECHNISCHEN UNIVERSITAT BRAUNSCHWEIG
PO Box 4636, 38036 Braunschweig, Alemanha. Determinação da turbidez pelo método espectrofotométrico, utilizando os valores de absor-
bância obtidos na determinação da cor ICUMSA, e pelo método nefelométrico.
Técnica
NOTA: MÉTODO ESPECTROFOTOMÉTRICO
Para este ensaio devem ser usados fotômetros de reflectância com os seguintes critérios:
1. Iluminação difusa na amostra utilizando esfera de integração

144
288 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 289

Técnica Técnica
• Ajustar o pH da solução S1 para 7,0 ± 0,2 usando as soluções de ácido clorídrico ou • Operar/Calibrar o equipamento conforme Manual de Operação do fabricante
hidróxido de sódio • Pesar 50,0g da amostra de açúcar em erlenmeyer de 250mL
• Determinar o Brix refratométrico e a temperatura no momento da leitura para pos- • Adicionar 50,0g de água deionizada previamente filtrada em membrana 0,45 mm (so-
terior correção a 20°C, caso o refratômetro não possua compensação automática de lução 50ºBrix)
temperatura • Agitar até a completa dissolução do açúcar
• Aferir o espectrofotômetro com água deionizada em 0,0 de absorbância e 100% de • Degasar a amostra no banho ultrasson por aproximadamente um minuto
transmitância, estando este ajustado em um comprimento de onda de 420ηm
• Transferir a solução não filtrada, com o pH corrigido, para uma cubeta cujo compri- NOTA:
mento seja tal que as leituras se situem entre 20 e 80% Se o banho ultrasson não for disponível, manter a solução em repouso por no mínimo 20mi-
• Ler a absorbância da solução não filtrada nutos para degasagem antes de fazer a leitura

Cálculos • Colocar a amostra diluída a 50°Brix no frasco de amostra do turbidímetro, até a marca
• Colocar o frasco no turbidímetro
Turbidez = (I × 1000) - COR(420ηm) ICUMSA • Fazer a leitura da turbidez e anotar

Onde: NOTA:
I Índice de absorbância da solução não filtrada calculada dessa forma: As leituras de turbidez das amostras devem idealmente estar dentro da faixa de calibração,
conforme padrão utilizado. Caso contrário, proceder a nova calibração do turbidímetro com
(AS1 × 10) novo padrão de valor maior de forma a adequar a faixa de trabalho.
I=
b×c
Cálculos
AS1 absorbância da solução não filtrada, S1 Turbidez (NTU) = L

MÉTODO NEFELOMÉTRICO Onde:


L Leitura obtida no turbidímetro
NOTA:
Neste ensaio deve ser usado um turbidímetro, capacidade de leitura de 0 NTU a 1000 NTU, NOTA:
variação máxima de ± 5%, baseada em padrão de formazina. Os padrões usados para este Resultados abaixo de 1 NTU expressar como < 1 NTU.
ensaio devem cubrir as faixas de 1 NTU à 40 NTU e de 40 NTU à 100 NTU.
9.2.7 Cinzas Sulfatadas
NOTA IMPORTANTE:
Diferenças nas características físicas do turbidímetro causam diferenças nos valores medi- Determinação da concentração de cinzas sulfatadas, expressa em percentagem, através de
dos, mesmo utilizando soluções padrão de calibração. Este efeito é minimizado pela padro- gravimetria
nização da configuração do turbidímetro, que deve ter uma distância atravessada pela luz
incidente e dispersa dentro do tubo de amostra não superior a 10 cm e ângulo de 90° do Proceder conforme metodologia indicada para açúcar demerara, VHP e VVHP
detector da luz dispersa em relação à direção da luz incidente.

145
290 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 291

9.2.8 Cinzas Condutimétricas MÉTODO DO RAFINÔMETRO

Determinação da concentração de cinzas condutimétricas, expressa em percentagem, pelos Técnica


métodos do condutivímetro e do rafinômetro • Pesar exatamente 28,0000g de açúcar e transferir quantitativamente, com ajuda de
água deionizada, para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água
MÉTODO DO CONDUTIVÍMETRO deionizada e agitar
• A partir desta solução, proceder conforme metodologia indicada para açúcar deme-
Reagentes e Soluções rara, VHP e VVHP
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de cinzas condutimétricas
para açúcar demerara, VHP e VVHP
Cálculos
Técnica
• Pesar exatamente 28,0000g de açúcar e transferir quantitativamente, com ajuda de Cinzas condutimetricas% = (C - Ca)
água deionizada, para balão volumétrico de 100g. Completar o volume com água
deionizada e agitar Onde:
• A partir desta solução, proceder conforme metodologia indicada para açúcar deme- C % cinzas da solução a 20°C
rara, VHP e VVHP Ca % cinzas da água a 20°C

Cálculos
Cinzas condutimetricas (%m ⁄ m) = 6 × 10-4 × (C - 0,35Ca) × K 9.2.9 Açúcares Redutores % Açúcar

Onde: Determinação da concentração de açúcares redutores (glicose e frutose), expressa em per-


C Condutividade da solução (μS / cm) a 20°C centagem, utilizando os métodos de Eynon-Lane, Somogyi-Nelson, Luff Schoorl e ICUMSA
Ca Condutividade da água em (μS / cm) a 20°C GS2/3-5 (2001).
K Constante da célula de condutividade, em cm-1
Proceder conforme metodologias indicadas para açúcar demerara, VHP e VVHP.
Leitura de condutividade diferente de 20 °C ± 02 °C:
9.2.10 pH

Cinzas condutimetricas((%m) ⁄ m) = 0,0006 × {[ C1


(1 + 0,026 × (t - 20)) ]} {[
-
C2
(1 + 0,026 × (t - 20)) ]} xK
Determinação da concentração de íons H+ pelo método potenciométrico.

Onde: Proceder conforme metodologia indicada para açúcar demerara, VHP e VVHP.
C1 Condutividade da solução açucarada à temperatura de medição em (μS / cm)
C2 Condutividade da água deionizada à temperatura de medição em (μS / cm) 9.2.11 Dextrana
t Temperatura em °C da amostra no momento da leitura da condutividade
K Constante da celular de condutividade (cm-1) Determinação da concentração de dextrana, expressa em mg/kg, por espectrofotometria.

Proceder conforme metodologia indicada para açúcar demerara, VHP e VVHP.

146
292 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 293

9.2.12 Densidade Aparente local de boa iluminação


• Colocar uma folha de papel sobre a bandeja para facilitar a visualização dos pontos
Determinação da densidade aparente por métodos gravimétricos. pretos
• Manter a válvula de controle de fluxo do dispositivo fechada e transferir a amostra
Proceder conforme metodologias indicadas para açúcar demerara, VHP e VVHP. para ele

9.2.13 Granulometria OBSERVAÇÕES:


Operação do equipamento
Determinação da granulometria por peneiramento através do método ICUMSA GS2-37 • Determinar previamente a posição da válvula para obter um fluxo constante de apro-
(1994). ximadamente 50g/min
• Abrir a válvula cuidadosamente mantendo-a na posição previamente determinada
Proceder conforme metodologia indicada para açúcar demerara, VHP e VVHP. • A bandeja deve permanecer estática durante o escoamento do açúcar
• Caso o orifício de saída seja obstruído por pequenas aglomerações de açúcar, abrir a
9.2.14 Sulfito válvula o suficiente para desobstrução, retornando rapidamente à posição inicial
• Contar os pontos pretos detectáveis durante o fluxo, concentrando a observação no
Determinação do teor de sulfito em açúcar, utilizando a técnica da espectrofotometria. açúcar acumulado na bandeja

Proceder conforme metodologia indicada para açúcar demerara, VHP e VVHP. Resultados
Pontos pretos = N
9.2.15 Materiais insolúveis
Onde:
Determinação dos materiais insolúveis pelo quantitativo (Método GS2/3-19 ICUMSA (2002)) N Número de pontos pretos observados por 100g de amostra
e qualitativo.
9.2.18 Partículas Magnetizáveis
Proceder conforme metodologias indicadas para açúcar demerara, VHP e VVHP.
Determinação do número de partículas magnetizáveis, expresso em mg/kg, utilizando o mé-
9.2.16 Amido todo gravimétrico

Determinação da concentração de amido expressa em unidade de mg/kg, pelo método GS1- Técnica
16, ICUMSA 2005. • Pesar em um becker no mínimo 500,0g da amostra previamente quarteada através de
um quarteador tipo Jones (figura 4)
Proceder conforme metodologia indicada para açúcar demerara, VHP e VVHP. • Escoar vagarosamente o açúcar sobre o separador magnético, de acordo com a figura
5, espalhando-o por toda a extensão da placa magnética
9.2.17 Pontos Pretos • Levantar o funil, remover o conjunto (placa magnética + papel) e bater levemente
contra a placa de borracha para eliminar eventuais cristais de açúcar aderentes
Determinação da quantidade de pontos pretos de contagem • Retirar o papel da placa magnética e transferir as partículas para um cestinho de papel
Técnica alumínio previamente tarado
• Pesar 100g da amostra homogeneizada • Pesar e anotar o peso
• Montar o dispositivo para contagem de pontos pretos de acordo com a figura 3, em

147
294 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 295

Cálculos OBSERVAÇÃO: Curva de calibração


• Separar 07 balões volumétricos de 100mL e acrescentar, respectivamente, 0,0 (bran-
Particulas magnetizaveis(mg ⁄ kg) = [ m1 ]
(m2 - m0)
x 1000 co); 5,0; 10,0; 15,0; 20,0; 25,0 e 30,0mL da solução padrão de ácido tânico
• Completar os volumes com água destilada.
• Pipetar 1,0mL de cada balão para tubos de ensaio.
Onde: • Em cada tubo adicionar 5,0mL do reagente de Folin e 1,0mL da solução de carbonato
m0 peso do cesto vazio, em gramas de sódio .
m1 peso da amostra, em quilograma • Deixar em repouso durante 15min e fazer a leitura das absorbâncias, estando o espec-
m2 peso do cesto + partículas magnetizáveis, em gramas trofotômetro ajustado em 746nm e aferido em 0,0 de absorbância e 100% de trans-
mitância com o branco.
NOTA: Expressar o resultado com número inteiro • Anotar as leituras das absorbâncias e construir o gráfico da curva padrão, plotando
nas ordenadas os valores das absorbâncias e no eixo das abscissas os valores das con-
9.2.19 Taninos Totais centrações dos padrões de ácido tânico em mg/kg. Pode-se obter através das leituras
das absorbâncias e concentrações dos padrões a equação de regressão linear da cur-
Determinação da concentração de taninos totais, expressa em mg/kg, por espectrofotome- va padrão.
tria
Técnica
Reagentes e Soluções • Pesar 50g da amostra (ma) e completar para 100g com água destilada
• Tungstato de sódio
• Ácido fosfomolibdico NOTA:
• Ácido fosfórico Evitar aquecimento desta solução ou longo tempo para realização das análises para que não
• Reagente de Folin ocorra nenhuma reação de escurecimento.
• Solução de carbonato de sódio 8% • Pipetar 1,0mL da solução contendo a amostra para um tubo de ensaio
• Ácido tânico • Outro tubo deve ser preparado com 1,0mL de água destilada (branco)
• Solução padrão de ácido tânico • Em cada tubo adicionar 5,0mL do reagente de Folin e 1,0mL da solução de carbonato
Preparo das Soluções de sódio
• Deixar em repouso durante 15min e fazer a leitura das absorbâncias, estando o espec-
Reagente de Folin: Pesar 100g de tungstato de sódio (Na2WO4.2H2O) e 20g de ácido fosfomi- trofotômetro ajustado em 746nm e aferido em 0,0 de absorbância e 100% de trans-
libdico e dissolver em aproximadamente 750mL de água destilada. Acrescentar 50mL de áci- mitância com o branco
do fosfórico (H3PO4). Refluxar por 2h, esfriar e transferir para balão volumétrico de 1000mL. • Fazer a leitura da solução contendo a amostra
Completar o volume com água destilada.
Cálculos
Solução de carbonato de sódio 8%: Dissolver 8g de carbonato de sódio anidro (Na2CO3) em
100mL de água destilada. (C × 100)
Taninos totais(mg ⁄ kg) =
ma
Solução padrão de ácido tânico: Dissolva 100mg de ácido tânico em 1000mL de água des-
tilada. Esta solução deve ser preparada no momento da determinação e não deve ser esto- Onde:
cada. C Concentração de taninos totais, em mg/kg, encontrado no gráfico da curva padrão,
ou através da equação de regressão linear

148
296 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 297

ma Massa exata da amostra de açúcar NOTA IMPORTANTE:


Esta metodologia não tem histórico de testes inter e/ou intra laboratoriais, não sendo publi-
9.2.20 Filtrabilidade cada oficialmente em manuais oficiais de institutos ou órgãos de pesquisas. Trata-se de um
bom controle interno que muitas unidades industriais adotam como prevenção ao fenôme-
Determinação das condições de filtrabilidade, por filtração a vácuo no do empedramento.

Técnica Técnica
• Pesar 50,0g da amostra de açúcar e dissolver em 50,0g de água deionizada • Coletar uma amostra de açúcar na saída do secador
• Montar o conjunto de filtração com a membrana filtrante • Lavar ao laboratório e encher um tubo de ensaio 180 x 20 mm previamente seco e
limpo, compactando o açúcar através de batidas laterais no tubo
NOTA: • Colocar o tubo com amostra na geladeira estando esta com aproximadamente 4ºC e
Usar sempre membrana filtrante com diâmetro 47 mm, porosidade 0,8 mm. Em nenhum deixar por 30min
teste deve ser usado pré-filtro. • Retirar o tubo, invertê-lo e observar a fluidez de descarga do açúcar de acordo com a
necessidade de provocar a descarga da amostra com batidas laterais no tubo
• Ajustar a temperatura da solução para 25°C ± 1°C
• Conectar ao sistema de vácuo previamente ajustado para vácuo de 15 polegadas ± 1 Resultado
polegada de mercúrio
• Transferir a solução açucarada para o coletor do conjunto de filtração e deixar em Fluidez ou Tendencia ao empedramento = Ni
repouso por um minuto
• Acionar o vácuo e imediatamente acionar o cronômetro para início da medida do Onde:
tempo de filtração Ni Nível atribuído à descarga da amostra de acordo com a tabela abaixo:
• Anotar o tempo real gasto em minutos e segundos para filtrar toda a solução
Nível Característica Resultado
Resultado Sem necessidade de
Sem tendência ao
N1 batidas no tubo, ape-
empedramento
Filtrabilidade (mL⁄min) = V nas invertendo-o
Com uma batida Fraca tendência de
N2
Onde: lateral no tubo empedramento
V Volume total filtrado em minutos (mL - min). Com mais de uma
Fraca tendência de
N3 batida lateral no
empedramento
NOTA: tubo
O tempo gasto em minutos deve ser transformado em décimos de minutos, para isso dividir
os segundos gastos por 60 e somar aos minutos gastos. 9.2.22 Floco Ácido

9.2.21 Teste de Fluidez (Resistência ao Empedramento) Determinação da formação de flocos ácidos após 10 dias, através de observação

Teste de fluidez de açúcar, também conhecido como teste de empedramento, com resfria- Reagentes e Soluções
mento prévio da amostra • Água deionizada (Tipo III)
• Água carbonatada (água mineral com gás)

149
298 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 299

• Ácido fosfórico 0,67 mol/L carbonatada


• Benzoato de sódio 0,1 % (m/v) • Transferir toda a solução para uma garrafa pet transparente de 500mL e tampar
• Deixar a garrafa em repouso por 10 dias à temperatura ambiente. Após este período
Preparo das Soluções esta solução não deve apresentar formação de flocos, ou seja, resultado negativo.

Ácido fosfórico 0,67 mol/L: Pipetar 4,5mL de ácido fosfórico 85 % e colocar em balão volu- Resultado
métrico de 100mL. Completar o volume com água deionizada e homogeneizar; Esta solução
se armazenada em frasco âmbar, tem validade de três meses. Floco acido = I

Benzoato de sódio 0,1 % (m/v): Pesar aproximadamente 0,1g de benzoato de sódio p.a e Onde:
transferir para balão volumétrico de 100mL com água deionizada. Homogeneizar até com- I Índice de observação numérico variando de 0 (zero) a 3 (três) de acordo com o quadro
pleta dissolução e completar o volume com água deionizada. Esta solução se armazenada a seguir:
em frasco âmbar, tem validade de três meses.
Índice Resultado Observação
Técnica 0 Negativo Nenhum floco
• Pesar 55g da amostra de açúcar para erlenmeyer de 250mL e dissolver com 60mL de 1 Leve Flocos raros e leves
água deionizada Floculação leve, ob-
• Montar o conjunto de filtração, conectando-o ao sistema de vácuo 2 Moderado servado com auxílio
• Filtrar a solução em pré-filtro de luz
• Coletar o filtrado e transferir para béquer de 250mL Floculação intensa,
• Adicionar 5mL da solução de benzoato de sódio a 0,1% (m/v), 4mL de ácido fosfórico 3 Pesado observada sem auxí-
0,67 mol/L e homogeneizar lio de luz
• Transferir a solução para proveta graduada de 500mL e completar o volume com água
carbonatada (água mineral com gás) 9.2.23 Floco Alcoólico
• Transferir toda a solução para uma garrafa pet transparente de 500mL (semelhante a
de água mineral) e tampar Determinação da formação de flocos alcoólicos, através de espectrofotometria
• Deixar a garrafa em repouso por 10 (dez) dias à temperatura ambiente
• Examinar a garrafa contendo a amostra com auxílio de uma fonte luminosa intensa e Reagentes e Soluções
verificar a presença ou ausência de flocos • Água deionizada (Tipo III)
• Álcool Etílico Absoluto p.a (mínimo 99,5 %v/v
NOTA: • Solução Alcoólica 55 %v/v
Para efeito de comparação dos testes com ausência de flocos, preparar uma prova em bran-
co. Preparo das Soluções
Solução Alcoólica 55 %v/v: Colocar em proveta graduada de 100mL, 55mL de álcool etílico
OBSERVAÇÃO: Prova em branco: absoluto p.a e 45mL de água deionizada e homogeneizar. Esta solução tem validade de três
• Dissolver em béquer de 250mL contendo aproximadamente 100mL de água carbo- meses se conservada à temperatura ambiente.
natada, 5mL da solução de benzoato de sódio a 0,1 % e 4mL de ácido fosfórico 0,67
mol/L Técnica
• Transferir toda a solução para proveta de 500mL e completar o volume com água • Pesar 50,0g da amostra e dissolver em 50,0g de água deionizada

150
300 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 301

• Aquecer a solução até ebulição e filtrar rapidamente em conjunto de filtração com Resultado
membrana de 0,8 mm
• Resfriar a solução filtrada imediatamente até a temperatura ambiente Floculacao em meio acido = I
• Colocar 49mL da solução filtrada em frasco erlenmeyer de 250 mL
• Adicionar 55mL de água deionizada e acrescentar 120mL de álcool etílico absoluto Onde:
p.a I Índice de observação numérico variando de 0 (zero) a 1 (um) de acordo com o quadro
• Homogeneizar a solução e tampar o erlenmeyer a seguir:
• Deixar em repouso por 15 min
• Ajustar o espectrofotômetro em comprimento de onda de 420 ηm, utilizar como bran- Índice Resultado Observação
co a solução alcoólica 55 %v/v e fazer as leituras de absorbância em célula de 10 mm 0 Negativo Ausência de floculação
1 Positivo Presença de Floculação
Resultado
9.2.25 Turvação EBC
Floco alcoolico(ηm) = A
Determinação da turvação expressa em EBC pelo método nefelométrico.
Onde:
A Absorbância lida da solução contendo a amostra Proceder conforme metodologia indicada para determinação de turbidez em açúcar cristal
e refinado
9.2.24 Floculação em Meio Ácido
Cálculos
Determinação da formação de floculação em meio ácido após 22h, através de observação
L
Turvacao(EBC) =
Reagentes e Soluções 4
• Água deionizada (Tipo III)
• Ácido Fosfórico 85 % Onde:
L Leitura da turbidez, em NTU (unidade nefelométrica de turbidez)
Técnica
• Pesar 60,0g da amostra de açúcar em becker de 500mL e acrescentar água deionizada 9.2.26 Turvação em Meio Alcoólico
até 200 g de solução
• Agitar até completa dissolução com auxílio do agitador magnético Determinação da turvação em meio alcoólico, expressa em EBC, pelo método nefelométrico.
• Filtrar a solução em papel de filtro qualitativo
• Medir em proveta 100mL da solução e transferir para becker de 250mL Reagentes e Soluções
• Ajustar o pH para 2,00 desta solução pela adição de ácido fosfórico 85 % • Água deionizada (Tipo III)
• Transferir a solução para erlenmeyer de 250mL, tampar com papel alumínio • Celite
• Aquecer em banho-maria em ebulição durante 15 min • Álcool etílico absoluto p.a .
• Deixar em repouso por 22h ± 2 h , à temperatura ambiente • Solução de ácido tartárico 2,2%m/v
• Verificar se houve a formação de flocos ou névoa esbranquiçada com auxílio da fonte
de luz

151
302 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 303

Preparo das Soluções Resultado

Solução de Ácido Tartárico 2,2 % m/v: Pesar 2,20g de ácido tartárico p.a. Transferir para Aparencia visual = I
balão volumétrico de 100 mL, dDissolver e completar o volume com água deionizada. Esta
solução tem validade de seis meses se armazenada em frasco âmbar. Onde:
I Índice de observação numérico variando de 1 (um) a 2 (dois) de acordo com o quadro
Técnica a seguir:
• Pesar 65g da amostra de açúcar em erlenmeyer de 250mL
• Adicionar 64g de água deionizada e acrescentar 1mL da solução de ácido tartárico Índice Resultado Observação
2,2 % Ausência de empedramento e material
1 Regular
• Agitar até a completa dissolução do açúcar estranho
• Preparar o conjunto de filtração, contendo o papel de filtro qualitativo, diâmetro Presença de empedramento e material
2 Irregular
90mm e uma camada auxiliar de filtração, preparada com aproximadamente 2g de estranho
celite e 50mL de água deionizada
• Filtrar a solução 9.2.28 Gosto
• Transferir 25mL do filtrado para frasco erlenmeyer de 250 mL
• Acrescentar 35mL de álcool etílico p. a. e homogeneizar Determinação do gosto característico do açúcar, por degustação
• Degasar a amostra no banho ultrasson por aproximadamente um minuto
• Fazer a leitura da turbidez da solução Reagentes e Soluções
• Água deionizada. (Tipo III)
Cálculos Técnica
• Pesar aproximadamente 100,0g da amostra de açúcar e 100,0g de água deionizada,
L agitar até completa dissolução
Turvacao em meio alcoolico(EBC) =
4
• Medir e ajustar o brix, se necessário, para aproximadamente 50°Brix;
Onde: • Pipetar 20mL da solução 50°Brix para balão volumétrico de 100 mL, completar o volu-
L Leitura da turbidez, em NTU (unidade nefelométrica de turbidez) me com água deionizada e homogeneizar
• Após homogeneização, transferir uma porção desta solução para copo de degusta-
9.2.27 Aparência Visual ção, onde será feito o teste de gosto
• Provar e identificar possível gosto não característico do açúcar
Determinação da aparência visual do açúcar, por observação visual
NOTA:
Técnica Este ensaio deve ser realizado em ambiente sem odores.
• Pesar aproximadamente 500g da amostra de açúcar e colocar sobre uma folha de
papel lisa e branca, de maneira a formar uma camada uniforme Resultado
• Observar visualmente toda a amostra quanto a presença de empedramento, material Gosto = G
estranho de origem animal ou orgânica
Onde:
G Índice de observação numérico variando de 1 (um) a 2 (dois) de acordo com o qua-
dro a seguir:

152
304 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 305

Índice Resultado Observação 9.2.30 Odor Após Acidificação


1 Regular Gosto doce característico
2 Irregular Gosto desagradável Determinação do odor do açúcar após acidificação, por olfato

9.2.29 Odor Reagentes e Soluções


• Ácido fosfórico 85%
Determinação do odor característico do açúcar, por olfato • Soluções tampão pH 4 e 7
• Água deionizada (Tipo III)
Reagentes e Soluções
• Água deionizada. (Tipo III) Técnica
• Transferir 150g da amostra de açúcar para béquer de 500mL e dissolver com
Técnica 150g de água deionizada
• Pesar aproximadamente 100g da amostra de açúcar e dissolver em aproximadamente • Ajustar o pH da solução a 1,50 com ácido fosfórico 85%
100g de água deionizada • Transferir parte da solução para o frasco snap-cap até dois a três centímetros
• Medir e ajustar o Brix, se necessário, para aproximadamente 50°Brix abaixo do nível de transbordamento e fechar
• Após homogeneização, transferir a solução para frasco limpo e seco, até preencher a • Colocar o frasco em banho-maria regulado a 30°C durante 30min e a cada
metade do volume do frasco e tampar 10min agitar levemente, destampar e sentir o odor
• Colocar o frasco no banho até atingir 50°C
• Retirar o frasco do banho, abrir a tampa e cheirar utilizando a técnica de arraste de NOTA:
odores • Deve-se secar o exterior dos frascos snap-cap para evitar qualquer gosto estra-
• Qualquer odor estranho não característico do açúcar deve ser observado e anotado nho procedente da água do banho-maria.
• A temperatura deve ser rigorosamente controlada para que não ocorra fervura
NOTA: da solução.
Realizar o ensaio em ambiente isento de odores;
Resultado
Resultado Odor = O
Odor=O
Onde:
Onde: OÍndice de observação numérico variando de 1 (um) a 2 (dois) de acordo com o qua-
O Índice de observação numérico variando de 1 (um) a 2 (dois) de acordo com o qua- dro a seguir:
dro a seguir:
Índice Resultado Observação
Índice Resultado Observação 1 Regular Odor característico
1 Regular Odor característico 2 Irregular Odor desagradável e não característico
2 Irregular Odor desagradável e não característico

153
Capítulo 10
Torta

154
308 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 10 - Torta 309

Sumário

10.1 Pol % Torta............................................................................................................................. 00

10.2 Umidade % Torta................................................................................................................. 00

Método da estufa elétrica.......................................................................................... 00

Método da estufa Spencer........................................................................................ 00

10.3 Açúcares Redutores % Torta........................................................................................... 00

10.4 Açúcares Redutores Totais % Torta............................................................................... 00

10.5 Fibra % Torta......................................................................................................................... 00

10.6 Sólidos Não Fibra % Torta................................................................................................ 00

155
310 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 10 - Torta 311

10.1 Pol % Torta MÉTODO DA ESTUFA ELÉTRICA

Determinação da concentração de sacarose aparente, expressa em percentagem, por pola- Técnica


rização • Homogeneizar bem a amostra
• Pesar 100g de torta em uma cápsula previamente tarada a 105-110°C, durante 30min
Reagentes e Soluções • Colocar na estufa a 110°C , durante 4h aproximadamente
• Subacetato de chumbo seco • Retirar e resfriar no dessecador por aproximadamente 15min
• Pesar e anotar o peso
Técnica
• Homogeneizar bem a amostra Cálculos
• Pesar 25g de torta em cápsula de porcelana, adicionar certa quantidade de água des-
tilada na cápsula contendo a amostra, suficiente para desintegrá–la e com bastão for- Umidade%torta = P1 - P2
mar uma pasta
• Transferir a pasta para um balão de 200mL, lavando bem a cápsula e o bastão com Onde:
água destilada, completar o volume do balão com água destilada P1 Peso da cápsula + amostra antes da secagem
• Adicionar 1-2g de subacetato de chumbo necessário à clarificação. Agitar vigorosa- P2 Peso da cápsula + amostra após a secagem
mente
• Filtrar sobre papel de filtro faixa branca colocado num funil sobre um becker de MÉTODO DA ESTUFA ESPENCER
250mL, desprezando os primeiros 25mL do filtrado
• Com o filtrado límpido e transparente, fazer a leitura sacarimétrica enchendo o tubo Técnica
de polarização e lavando com algumas porções de solução. Medir a temperatura da • Homogeneizar bem a amostra
solução • Pesar 10,0g de torta na cesto da estufa Spencer
• Fazer a leitura sacarimétrica • Pesar o conjunto (P1)
• Colocar o conjunto na estufa a 100°C, durante 30min
Cálculos • Pesar o conjunto (P2)

Pol%torta = Ls × Ft × 2 Cálculos

Onde: Umidade%torta = (P1 - P2 ) × 10


Ls Leitura sacarimétrica Onde:
Ft Fator de correção da temperatura, caso a temperatura da solução esteja diferente P1 Peso do cesto + amostra antes da secagem
de 20°C (tabela 2) P2 Peso do cesto + amostra após a secagem

10.2 Umidade % Torta 10.3 Açúcares Redutores % Torta

Determinação da concentração de água, expressa em percentagem de umidade, por méto- Determinação da concentração de açúcares redutores (glicose e frutose), expressa em per-
do gravimétrico centagem, pelo método Somogyi-Nelson

156
312 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 10 - Torta 313

Reagentes e Soluções 10.4 Açúcares Redutores Totais % Torta


Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de AR em caldos
Determinação da concentração de açúcares redutores totais, expressa em percentagem,
NOTA IMPORTANTE: pelo método Somogyi-Nelson
Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação,
como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro- Reagentes e Soluções
cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de ART em caldos
respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás-
sicos das análises titrimétricas. NOTA IMPORTANTE:
Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação,
Técnica como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro-
Preparo da amostra cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus
• Pesar 100g da amostra num becker e dissolver em 400g de água morna respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás-
• Deixar em repouso durante 10min a 40°C sicos das análises titrimétricas.
• Separar uma porção de aproximadamente 200mL e adicionar 0,2g de oxalato de só-
dio Técnica
• Adicionar 0,5 a 1,0g de celite Preparo da amostra
• Agitar e filtrar em papel de filtro, ou centrifugar • Pesar 10g da amostra num becker e dissolver em 200g de água morna
• Pesar 25mL do filtrado ou sobrenadante e diluir a 200mL • Adicionar 0,2g de oxalato de sódio e agitar
• Determinação • Adicionar 0,5 a 1,0g de celite e agitar
• Proceder à determinação de AR conforme citado para caldos • Deixar em repouso durante 10min e filtrar em papel de filtro qualitativo ou centrifu-
gar a 3.000rpm durante 10min
Cálculos • Pipetar 5mL do filtrado ou sobrenadante, transferir para um balão volumétrico de
200mL e adicionar 10mL de ácido clorídrico 0,75N
Acucares redutores%torta = 0,16 × [ (La - Lb)
(Lp - Lb) ] • Aquecer em banho–maria a 65°C durante 30min, esfriar e adicionar 10mL de hidróxi-
do de sódio 0,75N
Onde: • Completar o volume com água destilada
La Absorbância da amostra (média das leituras dos tubos 5 e 6) • Determinação
Lb Absorbância do branco (média das leituras dos tubos 1 e 2) • Proceder à determinação de ART conforme citado para caldos
Lp Absorbância do padrão (média das leituras dos tubos 3 e 4)
Cálculos
NOTA:
Em função do alto teor de água nas amostras de torta de filtro, para se avaliar a real concen-
tração dos açúcares redutores neste subproduto da indústria açucareira, é necessário consi-
Acucares redutores totais%torta = 4 × [ (La - Lb)
(Lp - Lb) ]
derar sua umidade ou realizar as análises em base seca.
Onde:
La Absorbância da amostra (média das leituras dos tubos 5 e 6)
Lb Absorbância do branco (média das leituras dos tubos 1 e 2)
Lp Absorbância do padrão (média das leituras dos tubos 3 e 4)

157
314 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 10 - Torta 315

NOTAS: Cálculos
• Em função do alto teor de água nas amostras de torta de filtro, para se avaliar a real
concentração dos açúcares redutores totais neste subproduto da indústria açucareira,
é necessário considerar sua umidade ou realizar as análises em base seca.
Fibra%torta = ( (P P- P ) )
3

1
2

• Muitas unidades industriais estimam os teores de açúcares redutores na torta em


função de suas baixas concentrações. Nestes casos, o cálculo para determinação dos Onde:
açúcares redutores totais na torta é o seguinte: P1 Peso da amostra de torta, em gramas
P2 Peso da peneira, em gramas
Cálculos P3 Peso da peneira mais fibra, em gramas

[
ART%torta = Pol%torta × 1,0526 + Pol%torta × ( pol
AR
)]
cana

cana 10.6 Sólidos Não Fibra % Torta

Determinação dos sólidos não fibra % torta por cálculos


10.5. Fibra % Torta

Determinação da percentagem de fibra na torta de filtro por gravimentria NOTA


Para este cálculo é necessário conhecer o teor de sólidos solúveis na torta. Para isto admi-
Técnica te–se que a pureza do caldo contido na torta é de 80%. Logo a expressão para determinar a
• Homogeneizar a amostra e pesar aproximadamente 70g em becker limpo e seco ano- concentração dos sólidos solúveis na torta é dada pela expressão:
tando corretamente o peso da amostra (P1)
• Transferir uma quantidade de amostra para uma peneira limpa e seca com peso ano- Solidos Soluveis%torta (S) = Pol%torta × 1,25
tado (P2) sendo esta de aço inox com as seguintes características:
• 90 mm de diâmetro Cálculos
• 125 mm de altura
• Fundo de tela com 200 mesh em aço inos Solidos Nao Fibra%torta = 100 - U - F - S
• Lavar a amostra com jato forte de água tendo o cuidado para evitar perdas por res-
pingo Onde:
• Repetir a operação até que toda amostra pesada seja lavada, tendo sempre o cuidado U Umidade % torta
para que a camada de fibra apresente–se limpa F Fibra % torta
• Recolher toda amostra retida na peneira em um becker de 1000mL e adicionar apro- S Sólidos solúveis % torta
ximadamente 500mL de água destilada
• Agitar vigorosamente com auxílio de bastão de vidro. A areia se decantará no fundo
do becker
• Retornar o sobrenadante contendo a fibra suspensa para a peneira com fundo de 200
mesh, lavando bem o becker
• Deixar escoar e excesso de água contido na peneira
• Levar a peneira para estufa e deixar secar por 12 horas a 100°C
• Retirar a peneira da estufa e pesar (P3)

158
Capítulo 11
Lodo
e Controle
dos Filtros

159
318 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 11 - Lodo e Controle dos Filtros 319

Sumário

11.1 Fibra % Lodo (Primário e de Alimentação dos Filtros)........................................... 00

11.2 Sólidos Insolúveis Totais % Lodo (Primário e de Alimentação dos Filtros).... 00

11.3 Sólidos Não Fibra % Lodo................................................................................................ 00

11.4 Cálculo de Retenção dos Filtros..................................................................................... 00

Método por Retenção de Sólidos........................................................................... 00

Método por Balanço de Sólidos.............................................................................. 00

11.5 Concentração de Lodo...................................................................................................... 00

11.6 pH............................................................................................................................................. 00

160
320 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 11 - Lodo e Controle dos Filtros 321

11.1 Fibra % Lodo (Primário e de Alimentação dos Filtros) 11.2 Sólidos Insolúveis Totais % Lodo (Primário e de Alimenta-
ção dos Filtros
Determinação da fibra no lodo primário e de alimentação dos filtros, por gravimetria.
Determinação dos sólidos insolúveis totais % lodo, por gravimetria.
Técnica
• Homogeneizar a amostra e pesar aproximadamente 200g em becker limpo e seco Reagentes e Soluções
anotando corretamente o peso da amostra (P1) • Sacarto de sódio
• Transferir uma quantidade de amostra para uma peneira limpa e seca com peso ano- • Solução de polieletrólitos a 0,1%
tado (P2) sendo esta de aço inox com as seguintes características:
• 90 mm de diâmetro Preparo das Soluções
• 125 mm de altura Solução de polieletrólitos a 0,1%: Pesar 1g de polieletrólito e transferir para becker de
• Fundo de tela com 200 mesh em aço inos 1000mL contendo aproximadamente 700mL de água destilada, com agitação lenta. Dissol-
• Lavar a amostra com jato forte de água tendo o cuidado para evitar perdas por res- ver e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada.
pingo Conservar esta solução em geladeira.
• Repetir a operação até que toda amostra pesada seja lavada, tendo sempre o cuidado
para que a camada de fibra apresente–se limpa Técnica
• Recolher toda amostra retida na peneira em um becker de 1000mL e adicionar apro- • Pesar aproximadamente 200g (P1) da amostra homogeneizada para becker de 500mL
ximadamente 500mL de água destilada limpo e seco
• Agitar vigorosamente com auxílio de bastão de vidro. A areia se decantará no fundo • Transferir quantitativamente para becker de 4L e adicionar aproximadamente 3,5L de
do becker água a 95°C, lentamente para evitar aeração da amostra e flotação de materiais
• Retornar o sobrenadante contendo a fibra suspensa para a peneira com fundo de 200 • Adicionar com agitação sacarato de cálcio para ajuste de pH para 7,0
mesh, lavando bem o becker • Adicionar lentamente para ocorrer a floculação 5,0mL da solução de polieletrólito a
• Deixar escoar e excesso de água contido na peneira 0,1%
• Levar a peneira para estufa e deixar secar por 12 horas a 100°C • Deixar o material floculado decantar. Os sólidos ocuparão aproximadamente 20% do
• Retirar a peneira da estufa e pesar (P3) volume original
• Retirar cuidadosamente a maior quantidade possível de líquido com inclinação do
Cálculos becker

Fibra%Lodo = ( (P P- P ) ) x 100
3

1
2 NOTA
As etapas de adição de água quente, adição de floculante, decantação e retirada do líquido
deve ser repetida.
Onde:
P1 Peso da amostra de torta, em gramas • Colocar um papel de filtro num funil de Buchner e preparar o conjunto de filtração a
P2 Peso da peneira, em gramas vácuo
P3 Peso da peneira mais fibra, em gramas • Colocar os sólidos decantados no funil de filtração
• Lavar os sólidos remanescentes com auxílio de pisseta
• Promover a filtração a vácuo
• Adicionar mais água até que cubra o material a ser filtrado e promover novamente a
filtração a vácuo

161
322 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 11 - Lodo e Controle dos Filtros 323

• Retirar o papel de filtro e material retido do conjunto de filtração e levar à estufa du- Onde:
rante 12h a uma temperatura de 100°C SSL Sólidos suspensos no lodo, em gramas
• De maneira idêntica secar um papel semelhante em estufa na mesma temperatura SSCF Sólidos suspensos no caldo filtrado, em gramas
por 3 horas e pesar em seguida (P2)
• Resfriar em dessecador e pesar o papel seco com os sólidos insolúveis (P3) MÉTODO POR BALANÇO DE SÓLIDOS

Cálculos Retencao%Filtros = ( RFT


RFL
) x 100
Sólidos Insoluveis Totais%Lodo = ( (P P- P ) ) x 100
3

1
2

Onde:
RFL Razão de fibra no lodo de alimentação dos filtros
Onde: RFT Razão de fibra na torta
P1 Peso da amostra de torta, em gramas
P2 Peso do papel limpo, em gramas NOTAS
P3 Peso do papel mais sólidos, em gramas A razão de fibra no lodo de alimentação dos filtros é dada pela expressão:

11.3 Sólidos Não Fibra % Lodo


Razao de fibra no lodo de alimentação = ( SNFLA
FLA
) x 100
Onde:
Determinação dos sólidos não fibra % lodo por cálculos FLA Fibra no lodo de alimentação dos filtros, em %
SNFLA Sólidos não fibra no lodo de alimentação dos filtros, em %
Cálculos A razão de fibra na torta de filtro é dada pela expressão:

Solidos Nao Fibra%Lodo = STIL - FL Razao de fibra na torta de filtro = ( SNFTF


FTF
) x 100
Onde:
SITL Sólidos insolúveis totais % lodo Onde:
FL Fibra % lodo FTF Fibra na torta dos filtros, em %
SNFTF Sólidos não fibra na torta dos filtros, em %

11.4 Cálculo de Retênção dos Filtros


11.5 Concentração de Lodo
Determinação da retenção dos filtros por cálculos, utilizando os métodos por retenção por
sólidos e por balanço de sólidos. Determinação da concentração de lodo através de centrifugação

MÉTODO POR RETENÇÃO DE SÓLIDOS NOTA


Algumas metodologias exprimem os resultados desta análise como percentual de impure-
Retencao%Filtros = ( (SSLSSL
- SSCF)
) x 100 zas no lodo.

162
324 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros

Técnica
• Homogeneizar a amostra e transferir para dois tubos cônicos de 10 ou 15mL
ajustando–os até o menisco para não prejudicar o balanceamento da centrí-
fuga
• Colocar simetricamente os tubos na centrífuga e aumentar lentamente a rota-
ção até que esta alcance 3.000rpm
• Permanecer nesta rotação por 10min
• Fazer a leitura dos volumes das amostras depositadas nos fundos dos tubos e
tirar uma média (Vm)

Cálculos

Concentração de lodo = ( Vm
Va )
x 100

Onde:
Vm Média dos volumes de lodo depositados nos tubo da centrífuga
Va Volume dos tubos da centrífuga

11.6 pH

Determinação da concentração de íons H+, pelo método potenciométrico

Proceder conforme metodologia para determinação de pH citada no capítulo de Cal-


dos Capítulo 12
Mosto

163
326 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 12 - Mosto 327

Sumário 12.1 Brix % Mosto

Determinação da concentração de sólidos dissolvidos em solução, expressa em percenta-


12.1 Brix % Mosto ........................................................................................................................ 00
gem, pelos métodos densimétrico
Método Densimétrico ................................................................................................ 00

12.2 pH............................................................................................................................................. 00 Proceder conforme metodologias indicadas para caldos

12.3 Açúcares Redutores % Mosto......................................................................................... 00

Método Eynon-Lane.................................................................................................... 00 12.2 pH


Método Somogyi-Nelson........................................................................................... 00
Determinação da concentração de íons H+ por potenciometria
12.4 Açúcares Redutores Totais % Mosto............................................................................ 00

Método Eynon-Lane.................................................................................................... 00 Proceder conforme metodologia indicada para caldos


Método Somogyi-Nelson........................................................................................... 00

12.5 Açúcares Redutores Infermentescíveis % Mosto..................................................... 00


12.3 Açúcares Redutores % Mosto
12.6 Acidez Sulfúrica................................................................................................................... 00

12.7 Sulfito...................................................................................................................................... 00 Determinação da concentração de açúcares redutores (glicose e frutose), expressa em per-
centagem, pelos métodos Eynon-Lane e Somogyi-Nelson
12.8 Nitrogênio Amoniacal....................................................................................................... 00

12.9 Digestão Nítrica-Perclórica.............................................................................................. 00 Proceder conforme metodologias indicadas para caldos


12.10 Fósforo.................................................................................................................................. 00

12.11 Potássio................................................................................................................................ 00
12.4 Açúcares Redutores Totais % Mosto
12.12 Dureza Total........................................................................................................................ 00

12.13 Cálcio.................................................................................................................................... 00 Determinação da concentração de açúcares redutores totais, expressa em percentagem, pe-
los métodos Eynon-Lane e Somogyi-Nelson
12.14 Magnésio............................................................................................................................. 00

12.15 Alumínio.............................................................................................................................. 00 Proceder conforme metodologias indicadas para caldos


12.16 Impurezas............................................................................................................................ 00

12.17 Sólidos Insolúveis............................................................................................................. 00


12.5 Açúcares Redutores Infermentescíveis % Mosto

Determinação da concentração de açúcares redutores infermentescíveis, expressa em per-


centagem, pelo método Eynon-Lane
Proceder conforme metodologia indicada para caldos

164
328 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 12 - Mosto 329

12.6 Acidez Sulfúrica 12.8 Nitrogênio Amoniacal

Determinação da acidez sulfúrica, expressa em percentagem de ácido sulfúrico, por titrime- Determinação da concentração de nitrogênio amoniacal, expressa em percentagem, pelo
tria de neutralização método de destilação de Kjedahl

Proceder conforme metodologia indicada para caldos Proceder conforme metodologia indicada para caldos

12.7 Sulfito 12.9 Digestão Nítrica - Perclórica

Determinação da concentração de sulfito, expressa em ppm de SO2, por colorimetria Obtenção do extrato nítrico–perclórico para determinação de fósforo, potássio, dureza total,
cálcio e magnésio
Reagentes e Soluções
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de sulfito em mel Reagentes e Soluções
Ver reagentes e soluções citadas na digestão nítrica–perclórica para méis
Técnica
Preparo da amostra Técnica
• Pipetar 5mL da amostra, transferir para balão volumétrico de 200mL e completar o • Pipetar 10mL da amostra previamente filtrada e transferir para balão de Kjedahl de
volume com água destilada 100mL
• Pipetar 20mL e transferir para o copo do microdestilador de Kjedahl • Adicionar 10mL de ácido nítrico (HNO3) concentrado e proceder à digestão até obten-
• Adicionar 10mL de ácido sulfúrico 2N ção de um líquido claro
• Destilar, recebendo o destilado em 20mL de solução de tetracloromercurato 0,1M • Retirar do digestor e deixar esfriar completamente
contidos em um balão de 100mL • Adicionar 2mL de ácido perclórico (HClO4) concentrado e continuar a digestão até
• Completar o volume com água destilada obtenção de um extrato incolor
• Determinação
• Proceder à determinação do sulfito conforme citado para mel NOTA
Caso não obtenha o extrato incolor, esfriar o balão e adicionar mais 10mL de ácido nítrico
Cálculos (HNO3) concentrado

Sulfito (ppm SO2) = 100 × [ (La - Lb)


(Lp - Lb) ] • Esfriar e adicionar 50mL de água destilada
• Aquecer para dissolução dos sais e transferir para um balão volumétrico de 100mL
• Completar o volume com água destilada

Onde:
La Absorbância da amostra (média das leituras dos tubos 5 e 6) 12.10 Fósforo
Lb Absorbância do branco (média das leituras dos tubos 1 e 2)
Lp Absorbância do padrão (média das leituras dos tubos 3 e 4) Determinação da concentração de fósforo, expressa em ppm de P, por colorimetria, usando
a digestão nítrica–perclórica

165
330 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 12 - Mosto 331

Reagentes e Soluções 12.11 Potássio


• Solução padrão de fósforo 500ppm
• Solução padrão de trabalho de fósforo 10ppm Determinação da concentração de potássio, expressa em ppm de K+, por fotometria de cha-
ma, usando a digestão nítrica-perclórica
NOTA
Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação de fósforo em Reagentes e Soluções
caldos, por digestão nítrica–perclórica Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de potássio em méis

Preparo das Soluções Técnica


Determinação
Solução padrão de fósforo 500ppm: Pesar exatamente 2,1952g de fosfato diácido de po- • Pipetar 5mL do extrato nítrico–perclórico obtido para determinação de fosfato, trans-
tássio (KH2PO4) previamente seco em estufa a 110°C, durante 1h e dissolver em um pouco ferir para balão volumétrico de 50mL e completar o volume com água destilada
de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com • Ajustar o fotômetro de chama de maneira que a leitura seja 0,0 (zero) com água desti-
água destilada. lada e 100 com a solução de 20ppm de K+
• Fazer a leitura da amostra
Solução padrão de trabalho de fósforo 10ppm: Pipetar 5mL da solução padrão de fósforo
500ppm e transferir para balão volumétrico de 250mL. Completar o volume com água des- Cálculos
tilada
Potassio (ppmK+ ) = 20 × L
Técnica
Determinação
• Pipetar 10mL do extrato nítrico–perclórico e transferir para tubo de ensaio Onde:
• Pipetar 10mL do padrão de trabalho e transferir para tubo de ensaio L Leitura do fotômetro de chama
• Pipetar 10mL do branco (água) e colocar em tubo de ensaio
• Em cada tubo adicionar 1mL do reagente misturado e agitar
• Esperar 15min e fazer a leitura das absorbâncias em espectrofotômetro, estando este 12.12 Dureza Total
aferido em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com água destilada e ajusta-
do em um comprimento de onda de 420nm Determinação da concentração de dureza total, expressa em percentagens de óxido de cál-
cio mais óxido de magnésio, por titrimetria de complexação
Cálculos
Reagentes e Soluções
Fosforo (ppm P )= 100 × [ (La - Lb)
(Lp - Lb) ] Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de dureza total em caldos

Técnica
Onde: Determinação
La Absorbância da amostra • Proceder à determinação da dureza total conforme citado para caldos, usando o ex-
Lb Absorbância do branco trato nítrico–perclórico obtido para determinação de fosfato em mosto.
Lp Absorbância do padrão

166
332 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 12 - Mosto 333

Cálculos Onde:
Vg1 Volume de EDTA 0,025 N gasto na titulação da dureza total
Dureza total (%CaO + %MgO) = Vg1 × 0,12 × F Vg2 Volume de EDTA 0,025 N gasto na titulação do cálcio
F Fator de correção da concentração do EDTA 0,025 N
Onde:
Vg1 Volume de EDTA 0,025 N gasto na titulação
F Fator de correção da concentração do EDTA 0,025 N 12.15 Alumínio

Determinação da concentração de alumínio, expressa em mg/L de Al+3, por colorimetria


12.13 Cálcio
Proceder conforme metodologia indicada para caldos
Determinação da concentração de cálcio, expressa em percentagem de CaO, por titrimetria
de complexação 12.16 Impurezas

Reagentes e Soluções Determinação da concentração de impurezas, expressa em percentagem, por centrifugação


Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de cálcio em caldos
Técnica
Técnica • Homogeneizar bem a amostra e pipetar 10 ou 15mL para tubos graduados de centrí-
Determinação fuga
• Proceder conforme a determinação citada para caldos, usando o extrato nítrico–per- • Colocar os tubos na centrífuga, de maneira que esta fique balanceada
clórico obtido para determinação de fosfato em mosto. • Centrifugar durante 10min a 3.000rpm
• Anotar o volume de impurezas decantadas
Cálculos
NOTA:
Calcio (%CaO) = Vg2 × 0,07 × F Caso a quantidade de impurezas (decantado) seja pequena tal que se tenha dificuldade de
realizar com precisão a leitura do volume, centrifugar mais amostras até que se obtenha uma
Onde: leitura confiável.
Vg2 Volume de EDTA 0,025 N gasto na titulação
F Fator de correção da concentração do EDTA 0,025 N Cálculos

12.14 Magnésio
Impurezas% = ( VdSV ) x 100
Determinação da concentração de magnésio, expressa em percentagem de MgO, por cál- Onde:
culos Vd Volume de impurezas decantadas
SV Somatório dos volumes de amostra centrifugados
Cálculos

Magnesio (%MgO) = (Vg1 - Vg2) × 0,05 × F

167
334 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros

12.17 Sólidos Insolúveis

Determinação da concentração de sólidos insolúveis, expressos em percentagem, por gra-


vimetria.

Técnica
• Pesar em balança analítica uma tela de inox medindo 80 x 80mm, previamente seca
em estufa de secagem por 30min a 105ºC e resfriada em dessecador (P1)
• Acoplar a tela de inox em um conjunto de filtração a vácuo com funil de Buchner e
kitassato
• Homogeneizar bem a amostra e pesar em becker 200g ± 0,5 g (PA)
• Filtrar a vácuo, lavando bem o Becker com água destilada, filtrando as porções de
água usadas na lavagem
• Retirar a tela do funil contendo os insolúveis e transferir para estufa de secagem por
2h a 105º
• Retirar, resfriar em dessecador e pesar (P2)

Cálculos

Solidos insoluveis(%) = [ (P2 - P1)


Pa ]
Onde
P1 peso da tela de inox seca e limpa, em gramas
Capítulo 13
P2 peso da tela mais os sólidos insolúveis, em gramas
PA peso da amostra, em gramas
Vinho e
Fermento

168
336 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 13 - Vinho e Fermento 337

Sumário 13.1 Brix %

Determinação da concentração de sólidos dissolvidos em solução, expressa em percenta-


13.1 Brix %....................................................................................................................................... 00
gem, pelos métodos
13.2 pH ............................................................................................................................................ 00

13.3 Acidez Sulfúrica................................................................................................................... 00 Proceder conforme metodologia indicada para caldos

13.4 Açúcares Redutores Residuais (ARR)............................................................................ 00

Método Eynon-Lane.................................................................................................... 00 13.2 pH


Método Somogyi-Nelson........................................................................................... 00
Determinação da concentração de íons H+ por potenciometria
13.5 Açúcares Redutores Residuais Totais (ARRT)............................................................ 00

13.6 Glicerol.................................................................................................................................... 00 Proceder conforme metodologia indicada para caldos


Método Oxidante.......................................................................................................... 00

Método Enzimático...................................................................................................... 00
13.3 Acidez Sulfúrica
13.7 Teor Alcoólico....................................................................................................................... 00

Método Ebuliométrico................................................................................................ 00 Determinação da acidez sulfúrica, expressa em percentagem de ácido sulfúrico, por titrime-
tria de neutralização
Método Densimétrico (com densímetro Anton Paar)..................................... 00

Método Cromatográfico ............................................................................................ 00 Proceder conforme metodologia indicada para caldos


13.8 Sulfito...................................................................................................................................... 00

13.9 Sólidos Insolúveis............................................................................................................... 00


13.4 Açúcares Redutores Residuais (ARR)
13.10 Massa Seca Total............................................................................................................... 00

13.11 Massa Seca de Levedura................................................................................................ 00 Determinação da concentração de açúcares redutores, expressa em percentagem, pelos mé-
todos Eynon-Lane com adição de padrão e Somogyi-Nelson
13.12 Teor de Levedura (Percentual de Fermento).......................................................... 00

Método da centrifugação.......................................................................................... 00 MÉTODO EYNON–LANE


Método colorimétrico................................................................................................. 00
Reagentes e Soluções
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de caldos

NOTA IMPORTANTE:
Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação,
como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro-
cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus
respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás-
sicos das análises titrimétricas.

169
338 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 13 - Vinho e Fermento 339

Técnica Brix da Amostra Diluição


• Pesar 50g ± 0,5g do vinho previamente filtrado em algodão 0,0 - 0,5 Não Diluir
• Transferir para balão volumétrico de 200mL
0,5 - 5,0 10 / 100
• Acrescentar 20mL da solução de açúcar invertido 1% e 4mL de EDTA 4%, agitar, com-
5,0 - 15,0 1 / 100
pletar o volume com água destilada e homogeneizar
• Transferir para becker de 250mL, adicionar de 8 a 10g de celite, agitar e filtrar em
Determinação
papel de filtro
Proceder à determinação do AR conforme citado para caldos
• Preparar uma bureta com a solução filtrada e titular, usando 5 mL da solução de
Fehling A e 5mL da solução de Fehling B
Cálculos
• Proceder a titulação conforme metodologia recomendada para caldos

Sem diluição
Cálculos

ARRT% = {[( )
19,86
] }
+ 0,024 - 0,4 x F
ARR% = 0,1 × [ (La - Lb)
(Lp - Lb) ]
Vg

Para diluição 10/100


Onde:
ARR
Vg
Açúcares redutores residuais
Volume gasto na titulação, em mL
ARR% = 1,0 × [ (La - Lb)
(Lp - Lb) ]
F Fator de correção da concentração do licor de Fehling

Para diluição 1/100


MÉTODO SOMOGY–NELSON

Reagentes e Soluções
ARR% = 10 × [ (La - Lb)
(Lp - Lb) ]
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de caldos

Onde:
Técnica
AR Açúcares redutores
Preparo da amostra
La Absorbância da amostra
Lb Absorbância do branco
NOTA:
Lp Absorbância do padrão
Determinar inicialmente o Brix da amostra de acordo com a metodologia citada para caldos

• Centrifugar a amostra por 10min a 3000rpm


13.5 Açúcares Redutores Residuais Totais (ARRT)
• Pipetar 5mL do sobrenadante e transferir para balão volumétrico de 100mL
• Completar o volume com água destilada
Determinação da concentração de açúcares redutores residuais totais, expressa em percen-
• Adicionar 0,2g de oxalato de sódio e 0,5 a 1,0g de celite
tagem, pelo método Eynon–Lane com adição de padrão.
• Agitar e filtrar em papel de filtro qualitativo, desprezando os primeiros 10 a 20mL
• Fazer uma diluição, em função do Brix da amostra, conforme quadro a seguir:
Reagentes e Soluções
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de açúcares redutores em cal-

170
340 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 13 - Vinho e Fermento 341

dos. 13.6. Glicerol


NOTA IMPORTANTE: Determinação da concentração de glicerol, expressa em percentagem, por colorimetria atra-
Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação, vés dos métodos oxidante e enzimático
como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro-
cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus MÉTODO OXIDANTE
respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás-
sicos das análises titrimétricas. Reagentes e Soluções
• Reagente de cor
Técnica • Solução de ácido sulfúrico 2M
• Aquecer aproximadamente 200mL da amostra até 75°C, resfriar à temperatura am- • Solução oxidante
biente e filtrar em algodão • Solução de hidróxido de sódio 1N
• Pesar 50g e transferir para balão volumétrico de 200mL • Solução tampão
• Introduzir um termômetro no balão e adicionar água destilada até cobrir o bulbo do • Solução estoque de glicerol 0,1%
termômetro • Solução padrão de uso de glicerol 10ppm
• Aquecer até 65°C em banho–maria • Solução de ácido tricloroacético 1%
• Retirar e adicionar 10mL da solução de ácido clorídrico 1:1
• Agitar com movimentos rotatórios e deixar em repouso por 30min
• Neutralizar com a solução de hidróxido de sódio 26%, usando a solução de fenolfta- Preparo de Soluções
leína como indicador
• Adicionar 4mL da solução de EDTA 4% e 20mL da solução de açúcar invertido 1% Reagente de cor: Dissolver 38,54g de acetato de amônio (C2H7NO2) e 3,5g de meta–arseni-
• Completar o volume com água destilada to de sódio (NaAsO2) em 300mL de água destilada. Transferir quantitativamente para balão
• Transferir para becker de 250mL, adicionar 5g de celite, agitar e filtrar em papel de volumétrico de 500mL e completar o volume com água destilada. Adicionar 1mL de acetila-
filtro cetona (C5H8O2) concentrada. Armazenar esta solução em frasco de cor âmbar e conservada
• Lavar e encher uma bureta de 50mL com a solução a ser analisada em geladeira. A vida útil desta solução é de aproximadamente 1 mês.
• Proceder à titulação da amostra conforme citado no método de determinação de AR
pelo método Eynon–Lane para caldos Solução de ácido sulfúrico 2M: Medir em proveta 49mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concen-
trado e transferir cuidadosamente em 500mL de água destilada. Homogeneizar, esfriar e
Cálculos completar o volume com água destilada.

ARRT% = {[( )
19,86
Vg ] }
+ 0,024 - 0,4 x F Solução oxidante: Pesar 0,1g de metaperiodato de sódio (NaIO4) e dissolver em um pouco
de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL, adicionar 0,8mL da solução
de ácido sulfúrico 2M e completar o volume com água destilada.
Onde:
ARRT Açúcares redutores residuais totais Solução de hidróxido de sódio 1N: Pesar 40g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
Vg Volume gasto na titulação, em mL um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o
F Fator de correção da concentração do licor de Fehling volume com água destilada.

Solução tampão: Pesar exatamente 6,8g de fosfato diácido de potássio (KH2PO4) e transferir

171
342 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 13 - Vinho e Fermento 343

para becker de 250mL. Adicionar 150mL de água destilada e dissolver. Acertar o pH para 7,1 • Homogeneizar e centrifugar 10 a 20mL da amostra a 3500rpm
com a solução de hidróxido de sódio 1N. Transferir para balão volumétrico de 200mL e com- • Pipetar 2mL do sobrenadante, transferir para balão volumétrico de 50mL e completar
pletar o volume com água destilada. o volume com solução padrão
• Pipetar 5mL desta solução e transferir para tubo de ensaio
Solução estoque de glicerol 0,1%: Pesar 0,1g de glicerol [ C3H5(OH)3 ] e dissolver em um • Adicionar 1mL da solução oxidante e homogeneizar
pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume • Transferir o tubo de ensaio para banho–maria ajustado a 56°C e deixar por 2min
com água destilada. • Adicionar 5mL do reagente de cor e deixar por mais 10min para desenvolvimento da
cor
Solução padrão de uso de glicerol 10ppm: Pipetar 1mL da solução estoque de glicerol 0,1% • Resfriar em água corrente até a temperatura ambiente
e transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada. • Conduzir uma prova em branco em paralelo, substituindo a amostra por 2mL de água
destilada e os mesmos reagentes utilizados para elaboração da curva padrão
Solução de ácido tricloroacético 1%: Dissolver 1g de ácido tricloroacético (C2HCl3O2) em • Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com a
água destilada e transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água prova em branco, estando ajustado em 410nm
destilada. • Fazer a leitura da absorbância da amostra

OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão. Cálculos

• Transferir para tubos de ensaio com auxílio de uma bureta 0, 1, 2, 3, 4 e 5mL da solu- Glicerol(%) = C × 0,125
ção padrão de glicerol 10ppm
• Adicionar respectivamente 5, 4, 3, 2, 1 e 0mL de solução tampão, de forma que as Onde:
soluções tenham um volume final de 5mL C Concentração de glicerol, em ppm, correspondente à absorbância, encontrada no
• Respectivamente as concentrações destes padrões são: 0, 2, 4, 6, 8 e 10ppm de glice- gráfico da curva padrão ou na equação de regressão linear
rol
• Transferir para cada tubo de ensaio 1mL da solução oxidante e homogeneizar MÉTODO ENZIMÁTICO
• Transferir os tubos para banho–maria ajustado para 56°C e deixar por 2min
• Adicionar 5mL do reagente de cor e deixar no banho–maria por mais 10min para de- Reagentes e Soluções
senvolvimento de cor • Solução padrão de glicerol – 0,1 % m/v
• Retirar os tubos do banho–maria e resfriar em água corrente até temperatura am- • Solução padrão de glicerol – 0,001 % m/v
biente • Solução Enzimática
• Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com a
prova em branco, estando ajustado em 410nm Preparo das Soluções
• Fazer as leituras das absorbâncias dos padrões
• Elaborar o gráfico da curva padrão plotando as concentrações dos padrões, em ppm, Solução padrão de glicerol 0,1% m/v: Pesar aproximadamente 0,1g de glicerol p.a. em ba-
no eixo das abscissas e as leituras das absorbâncias no eixo das ordenadas, ou obter a lão volumétrico de 100mL, anotar a massa e completar o volume com água deionizada ou
equação de regressão linear destilada.

Técnica Solução padrão de glicerol 0,001% m/v: Pipetar 1 mL da solução padrão de 0,1% m/v para
• Pipetar 2mL da amostra previamente filtrada em algodão e transferir para balão vo- balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água deionizada ou destilada. Cal-
lumétrico de 100mL e completar o volume com solução de ácido tricloroacético 1% cular a concentração de glicerol real no padrão (Grp) pela fórmula:

172
344 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 13 - Vinho e Fermento 345

Compri-
Glicerol(%m/v) = [ (m × 0,01P)
100 ] mento
540 500 540
da onda
(nm)
Onde: Antes da Conservar o Kit
Glicerol Concentração de glicerol real no padrão 0,001 % m/v diluição, Antes da diluição, con-
Obs na geladeira
m Massa de glicerol em g conservar servar em freezer
em freezer entre 2 a 8 ºC.
P Pureza do Glicerol em % (indicada pelo fornecedor do produto)

Solução Enzimática: A preparação da solução enzimática deve ser exatamente conforme NOTA IMPORTANTE:
recomendação do fabricante. Atualmente as marcas mais encontradas no Brasil são Sigma, Os procedimentos para curva padrão são idênticos para todos os fabricantes, mudando ape-
Merck e Bayer. Para facilitar a execução desta metodologia, a seguir encontra–se um quadro nas os comprimentos de onda.
com resumo de informações e preparações das soluções.
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
Fabri- • Separar 6 tubos de ensaio, numerar de 0 a 5 e adicionar a cada um 2 mL da solução
SIGMA MERK BAYER Enzimática
cante
• Na ordem, adicionar em cada tubo 0; 1; 2; 3; 4 e 5 mL da solução padrão de glicerol
Triglycer- SERAPAK
ide (GPO– Triglycerides (GPO– Triglycerides 0,001 %m/v
Produto
TRINDER) PAP) Merck SMT (Fast Color) • Na ordem, adicionar em cada tubo 5; 4; 3; 2; 1 e 0 mL de água deionizada ou destilada,
(KIT) Sigma 1.19706.0001 Bayer 6684 / totalizando o volume de 7mL em cada tubo
337–A 6687
• Calcular as concentrações de glicerol em cada tubo, pela fórmula:
4 frascos de
Embala- 12 frascos (6 frascos 30mL, 2 frascos
20 frascos com tampão e 6 fras- de 120 mL e 6 (Grp × Vpi)
Cgi =
gem cos com substrato) frascos de 120 5
mL.
Código 6684: Onde:
Transferir o conteúdo
Adicionar 40 Adicionar 30
do frasco 2 (solução Cgi Concentração de glicerol no tubo de ensaio no tubo “i”
mL de água mL do reagente
tampão) em um frasco Grp Concentração de glicerol real no padrão 0,001%m/v
deionizada 1 no
1 (substrato), agitar
ou destilada frasco do rea- Vpi Volume de solução padrão de glicerol 0,001%m/v adicionado no tubo “i”
levemente até a dis-
no frasco gente 1A e agi-
solução completa.
de reagente tar levemente
Transferir para um • Homogeneizar lentamente os tubos de ensaios
e dis- até a dissolução
Preparo frasco âmbar de • Transferir os tubos para banho–maria termostatizado a 37°C e manter nesta tempe-
solver sem completa.
100mL e acrescentar
agitação. ratura por 5min
72mLde água deioni-
Conservar Código 6687: • Retirar os tubos do banho–maria e deixar esfriar até temperatura ambiente
zada, homogeneizar
esta solução Dissolver o
lentamente. • Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com a
sob refriger- conteúdo do
Conservar esta prova em branco (tubo 0, ou seja, 0% de glicerol), estando este ajustado no compri-
ação entre 2 frasco 1 A no
solução sob refriger-
e 6ºC. conteúdo do mento de onda indicado para o KIT enzimático usado
ação entre 2 e 6ºC.
frasco 1. • Fazer as leituras das absorbâncias dos padrões
Validade 60 dias 20 dias 30 dias • Elaborar o gráfico da curva padrão plotando as concentrações dos padrões, em %m/v
x 10–3, no eixo das abscissas e as leituras das absorbâncias no eixo das ordenadas, ou

173
346 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 13 - Vinho e Fermento 347

obter a equação de regressão linear • Colocar 25mL de água destilada na caldeira, não devendo molhar o bulbo do termô-
metro
Técnica • Rosquear o condensador à caldeira, não sendo necessário colocar água no conden-
• Centrifugar 10 mL da amostra a 3000rpm durante 3 minutos sador
• Transferir 5mL do sobrenadante para balão volumétrico de 100mL e completar o vo- • Acender a lamparina
lume com água deionizada ou destilada • Definir como “ponto zero” o ponto onde ocorrer a estabilização do mercúrio do ter-
• Transferir 2mL do balão anterior para outro balão de 100mL e completar o volume mômetro
• Transferir 5ml do balão anterior para um tubo de ensaio • Mover a régua graduada e ajustar o ponto zero da escala ao valor de leitura no ter-
• Adicionar 2mL da solução Enzimática mômetro
• Homogeneizar lentamente, invertendo o tubo no sentido vertical
• Transferir o tubo para banho–maria a 37°C e manter durante 5min Determinação
• Retirar o tubo do banho e deixar esfriar até temperatura ambiente • Lavar a caldeira com pequenas porções da amostra
• Fazer em paralelo uma prova em branco, substituindo a amostra por 5mL de água • Colocar 50mL da amostra na caldeira
deionizada ou destilada. • Rosquear a parte superior do aparelho que deve conter água e o termômetro
• Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com a • Acender a lamparina
prova em branco, estando este ajustado para o comprimento de onda indicado para • O mercúrio contido no tubo capilar deve–se mover até estabilizar em um determina-
o KIT enzimático usado do ponto
• Fazer as leituras da absorbância da amostra • Ler a temperatura
• Fazer a leitura do teor alcoólico na régua graduada
Cálculo
Cálculos
Glicerol(%m/v) = C × FD
Teor alcoolico(etanol%) = L
Onde:
C Concentração de glicerol, em %m/v x 10–3, correspondente à absorbância encontra-
da no gráfico da curva padrão ou na equação de regressão linear Onde:
FD Fator de diluição, neste caso 1000 L Leitura obtida na régua graduada

MÉTODO DO DENSÍMETRO ELETRÔNICO


13.7. Teor Alcoólico
Técnica
Determinação do teor alcoólico, expresso em percentagem v/v de etanol, pelos métodos Destilação da amostra
ebuliométrico, do densímetro eletrônico e cromatográfico • Agitar por alguns segundos a amostra em um recipiente fechado, abrindo em seguida
a tampa para liberar o CO2. Esta operação deverá ser repetida entre 4 e 5 vezes
MÉTODO EBULIOMÉTRICO • Pipetar 25mL da amostra homogeneizada e destilar em destiladores do tipo Kjedahl
• Lavar com um pouco de água destilada o local onde foi colocada a amostra
Técnica
• Calibração do ponto zero NOTA:
• Lavar a caldeira do ebuliômetro com água destilada Toda operação do destilador deve ser realizada exatamente conforme recomendação do ma-

174
348 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 13 - Vinho e Fermento 349

nual de operação do equipamento 13.9. Sólidos Insolúveis


• Acoplar um balão volumétrico de 50mL no final do condensador para receber o des- Determinação da concentração de sólidos insolúveis, expressa em percentagem em peso,
tilado por gravimetria.
• Destilar até aproximadamente 50mL
• Desacoplar o balão volumétrico do condensador e completar o volume com água Proceder conforme metodologia indicada para mosto
destilada
• Determinação
• Injetar com uma seringa de 2mL a amostra destilada, tendo–se o cuidado de lavar 13.10. Massa Seca Total
tanto a seringa quanto o tubo do densímetro 3 a 4 vezes com a solução a ser lida
• Acender a luz interna e verificar se não ficou bolha de amostra Determinação da concentração de massa seca total, expressa em percentagem em peso, por
• Esperar 2 a 3min para estabilização da temperatura e fazer a leitura da densidade da gravimetria. Entende–se por massa seca total nestas amostras, todo resíduo obtido após a
amostra a 20°C centrifugação e secagem dos sólidos totais, como levedura, bagacilho, argila, silte, areia, etc.
• Converter a densidade lida para teor alcoólico (%) com auxílio da tabela 8

NOTA: Técnica
A leitura da densidade da amostra deve ser realizada a 20°C, com o densímetro eletrônico • Pesar em um tubo de centrífuga 100g ± 0,5g da amostra (PA)Transferir o tubo para a
programado de acordo com seu Manual de Operação para que se tenha a correta densidade centrífuga, balancear e centrifugar a 3.000rpm por 3min
relativa da amostra 20°C / 20°C • Desligar a centrífuga, retirar o tubo, desprezar o sobrenadante, adicionar água desti-
Cálculos lada, ressuspender o decantado e centrifugar novamente. Repetir este procedimento
• Desligar a centrífuga, desprezar o sobrenadante e transferir quantitativamente o de-
Teor alcoolico (etanol%) = C × 2 cantado para a cápsula previamente tarada (P1) com auxílio de uma espátula e álcool
etílico. Usar o mínimo possível de álcool
Onde: • Colocar a cápsula na estufa de secagem a 105°C e secar até peso constante
C Concentração alcoólica, em % v/v, encontrada na tabela 8, em função da densidade • Retirar a cápsula da estufa e resfriar em dessecador. Pesar e anotar (P2)
relativa da amostra 20°C / 20°C
Cálculos
MÉTODO CROMATOGRÁFICO

Proceder conforme metodologia citada no capítulo Métodos Cromatográficos


Massa seca total(%p/p) = [ (P2 - P1)
Pa ] x 100

Onde:
13.8. Sulfito P1 Peso da cápsula
P2 Peso da cápsula + massa seca
Determinação da concentração de sulfito, expressa em ppm de SO2, por colorimetria PA Peso da amostra

Proceder conforme metodologia indicada para mosto

175
350 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 13 - Vinho e Fermento 351

13.11. Massa Seca de Levedura Reagentes e Soluções


• Solução de KCl 0,2 M
Determinação da concentração de massa seca de levedura, expressa em percentual em • Solução de ácido clorídrico 0,2 M
peso, por cálculo. • Solução Tampão pH 1,45

Cálculos Preparo das Soluções

Massa seca de levedura (%p/p) = A - B Solução de KCl 0,2 M: Pesar 14,92 ± 0,01g de cloreto de potássio e transferir para balão vo-
lumétrico de 1000mL. Solubilizar e completar o volume com água deionizada ou destilada e
Onde: homogeneizar. Armazenar esta solução em frasco âmbar com tampa rosqueável. A validade
A Concentração de massa seca total, expressa em %p/p desta solução é de 3 meses.
B Concentração de sólidos insolúveis, expressos em %p/p
Solução de ácido clorídrico 0,2 M: Transferir 16,6 ± 0,2mL de ácido clorídrico concentrado
13.12. Teor de Levedura (Percentual de Fermento) p.a. com 37% de pureza para balão volumétrico de 1000mL, contendo aproximadamente a
metade de água deionizada ou destilada. Completar o volume e homogeneizar. Armazenar
Determinação do teor de levedura, ou percentual de fermento, pelos métodos da centrifu- esta solução em frasco âmbar com tampa rosqueável. A validade desta solução é de 3 meses.
gação e colorimétrico
Solução Tampão pH 1,45: Misturar 250mL da solução de cloreto de potássio 0,2 M com 207
MÉTODO DA CENTRIFUGAÇÃO mL da solução de ácido clorídrico 0,2 M e homogeneizar. A validade desta solução é de 3
meses.
Técnica
• Pipetar 10mL da amostra para dois tubos tubos graduados da centrífuga OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
• Colocar os tubos na centrífuga em posição simétrica evitando que se desequilibre
• Centrifugar a amostra por 5min a 3000rpm NOTA IMPORTANTE:
• Retirar os tubos e fazer a leitura do volume do material depositado no fundo Para realização da curva padrão, e logo desta metodologia, é necessário ter uma amostra
com valor conhecido de levedura seca, determinado conforme metodologias citadas neste
Cálculos capítulo.
Fermento% = V × 10
• Centrifugar 40mL da amostra de leite de levedura a 3000rpm, durante 5min. Descartar
Onde: o sobrenadante
V Média dos volumes de material depositado nos fundos dos tubos • Ressuspender o fermento com 40mL da solução tampão pH 1,45
• Centrifugar novamente a 3000rpm, durante 5min e descartar o sobrenadante
MÉTODO COLORIMÉTRICO • Ressuspender novamente a levedura com 40mL da solução tampão pH 1,45
• Pesar aproximadamente 5g e transferir para um balão volumétrico de 25mL designa-
NOTA: do de “A” e completar o volume com solução tampão pH 1,45 e anotar a massa como
Neste método, a levedura decantada após centrifugação é ressuspendida com solução tam- m1
pão pH 1,45, medindo–se a absorbância a 670 nm e o resultado expresso em %m/m de le- • Transferir aproximadamente 0,1; 0,3; 0,4; 0,5 e 0,7g da amostra diluída para 5 balões
vedura seca volumétricos de 50mL, designados de “B”, “C”, “D”, “E” e “F”. Completar os volumes com
a solução tampão pH 1,45, anotando as massas como m2, respectivamente

176
352 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 13 - Vinho e Fermento 353

• Calcular as concentrações das soluções dos balões pela fórmula:


Cálculo
(MSL × m1 × m2 )
Concentração de levedura(%m/m) = x 100
1250 Concentracao de levedura seca(%m/m) = C × FD

Onde: Onde:
MSL Massa seca levedura, expressa em % m/m C Concentração de levedura seca em %m/v, correspondente à absorbância encontrada
m1 massa da levedura no balão “A” (aproximadamente 5g) no gráfico da curva padrão ou na equação de regressão linear
m2 massa de levedura de cada balão designados de “B a F” FD Fator de diluição da amostra

• Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com a


solução tampão pH 1,45, estando este ajustado para o comprimento de onda igual
a 670nm
• Fazer as leituras das absorbâncias das soluções, usando cubetas de 10mm
• Elaborar o gráfico da curva padrão plotando as concentrações dos padrões, em %m/m
de leveduras, no eixo das abscissas e as leituras das absorbâncias no eixo das ordena-
das, ou obter a equação de regressão linear

Técnica
• Centrifugar 10mL de amostra a 3000rpm durante 5min e descartar o sobrenadante
• Ressuspender o precipitado com 10mL de solução tampão pH 1,45 e centrifugar no-
vamente a 3000rpm durante 5min
• Descartar o sobrenadante e ressuspender o precipitado com 10mL de solução tam-
pão pH 1,45
• Diluir a amostra conforme tabela abaixo e completar o volume com a solução tampão
pH 1,45

Vol Fator de
Vol. Balão
Amostra Amostra diluição
(mL)
(mL) (FD)
Vinho turbinado 10 50 5
Dorna Volante 10 100 10
Vinho Levurado 1 100 100
Leite de Levedura 1 500 500

• Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com a


solução tampão pH 1,45, estando este ajustado para o comprimento de onda igual
a 670nm
• Fazer as leituras das absorbâncias das amostras, usando cubetas de 10mm

177
Capítulo 14
Óleo Fúseo

178
356 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 14 - Óleo Fúseo 357

Sumário 14.1 Teoria da Formação

Óleo fúsel é uma mistura muito complexa de substâncias orgânicas que se forma durante
14.1 Teoria da Formação............................................................................................................ 00
a fermentação alcoólica. Sua produção é, em média, na proporção de 0,1 a 0,7% de álcool
14.2 Pureza...................................................................................................................................... 00 produzido, podendo, se este for o objetivo, chegar a 7%.
14.3 Compostos Orgânicos....................................................................................................... 00
A formação do óleo fúsel ocorre quando há uma má nutrição das leveduras durante a fer-
Etanol................................................................................................................................ 00
mentação, principalmente com deficiência em nitrogênio. Nessas situações, as leveduras
N-propanol...................................................................................................................... 00 hidrolisam as proteínas existentes no mosto, principalmente as albuminas, gerando ami-
Iso-butanol...................................................................................................................... 00 noácidos, sendo o de maior quantidade as leucinas. Neste processo os alcoóis superiores
são formados e se difundem juntamente com o álcool etílico através da membrana celular,
N-butanol......................................................................................................................... 00
enriquecendo o vinho. Quando o teor de outras fontes de nitrogênio é elevado, ocorre me-
Iso-amílico....................................................................................................................... 00 nor formação de óleo fúsel porque as leveduras preferem suprir suas necessidades a partir
destas, deixando intacta a quantidade correspondente a leucina.

Os principais alcoóis homólogos superiores que constituem o óleo fúsel são o iso-amílico
(proveniente da L – Leucina), d-amílico (proveniente da d-isoleucina) e álcool isso-butílico
(proveniente da d-valina).

Suas características principais são: líquido de coloração amarelo transparente, cheiro carac-
terístico e penetrante, sabor repugnante que provoca tosse, ponto de ebulição próximo a
75°C, miscível em álcool, éter, clorofórmio e benzeno, mas imiscível em água. É um produto
com elevado grau de toxidez.

Os principais tópicos de controle são água e os alcoóis etílico, n-propanol, iso-butanol, n-bu-
tanol e iso-amílico. As concentrações destes componentes dependem como já comentadas,
das composições do mosto no que se referem às fontes de nitrogênio.

14.2 Pureza

Determinação da pureza do óleo fúsel, expressa em percentagem volume (%v/v), pelo mé-
todo da decantação

Técnica
• Homogeneizar perfeitamente a amostra
• Medir 200mL em proveta de 1000mL
• Completar o volume com água destilada e homogeneizar com auxílio de um bastão
de vidro

179
358 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros

• Aguardar por 30min


• Fazer a leitura do volume do sobrenadante, V, em mL, e anotar

Resultado

Com o volume do sobrenadante, V, em mL, encontrar a pureza do óleo fúsel em percenta-


gem (%v/v) usando a tabela abaixo:

Volume de sobrenadante V (mL) Pureza (mL)


100 50
120 60
140 70
160 80
200 100

14.3 Compostos Orgânicos

Determinação da concentração de compostos orgânicos, expressa em percentagem de eta-


nol, N-propanol, Iso-butanol, N-butanol e Iso-amílico por cromatografia

Proceder conforme metodologia citada no capítulo Métodos Cromatográficos

Capítulo 15
Álcool de
Segunda

180
Capítulo 15 - Álcool de Segunda 361

Sumário

15.1 Acidez Acética...................................................................................................................... 00

15.2 Teor Alcoólico....................................................................................................................... 00

Métodos densimétricos (com densímetro eletrônico).................................... 00

Métodos densimétricos (com densímetro de imersão).................................. 00

Método cromatográfico............................................................................................. 00

181
362 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros

15.1 Acidez Acética

Determinação da acidez acética, expressa em percentagem de ácido acético, por titrimetria


de neutralização

Proceder conforme metodologia indicada para álcool hidratado

14.2 Teor Alcoólico

Determinação do teor alcoólico, expresso em percentagem v/v de etanol, pelos métodos


densimétricos (eletrônico e de imersão) e cromatográfico

MÉTODO DENSIMÉTRICO (COM DENSÍMETRO ELETRÔNICO)

Proceder conforme metodologia indicada para álcool hidratado

MÉTODO DENSIMÉTRICO (COM DENSÍMETRO DE IMERSÃO)

Proceder conforme metodologia indicada para álcool hidratado

MÉTODO CROMATOGRÁFICO

Proceder conforme metodologia indicada no capítulo Métodos Cromatográficos


Capítulo 16
NOTA:
É importante observar que o teor alcoólico do álcool de 2ª é expresso em ºGL, ou seja, %v/v, Vinhaça e
Flegmaça
diferente da unidade de teor alcoólico dos alcoóis etílico hidratado e etílico anidro que é
expressa em ºINPM, ou seja, %m/m.

182
364 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 16 - Vinhaça e Flegmaça 365

Sumário

16.1 pH ............................................................................................................................................ 00

16.2 Acidez Sulfúrica................................................................................................................... 00

16.3 Teor Alcoólico....................................................................................................................... 00

Método ebuliométrico................................................................................................ 00

Método densimétrico (com densímetro eletrônico)........................................ 00

Método titrimétrico..................................................................................................... 00

Método cromatográfico............................................................................................. 00

16.4 Potássio.................................................................................................................................. 00

183
366 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 16 - Vinhaça e Flegmaça 367

NOTA: NOTA:
As determinações dos minerais em amostras de vinhaça devem ser realizadas conforme me- Toda operação do destilador deve ser realizada exatamente conforme recomendação do
todologias citadas no capítulo Águas Residuais e Efluentes Industriais. manual de operação do equipamento

• Acoplar um balão volumétrico de 10mL no final do condensador para receber o des-


16.1 pH tilado
• Destilar até aproximadamente 10mL
Determinação da concentração de íons H+ por potenciometria • Desacoplar o balão volumétrico do condensador e completar o volume com água
destilada
Proceder conforme metodologia indicada para caldos
Determinação
Proceder à determinação do teor alcoólico da vinhaça e flegmaça conforme citado para
16.2 Acidez Sulfúrica vinho

Determinação da acidez sulfúrica, expressa em percentagem de ácido sulfúrico, por titrime- Cálculos
tria de neutralização

Proceder conforme metodologia indicada para caldos


Teor alcoolico (etanol%) = ( C5 )
Onde:
16.3 Teor Alcoólico C Concentração alcoólica, em % v/v, encontrada na tabela 8, em função da densidade
relativa da amostra 20°C / 20°C
Determinação do teor alcoólico, expresso em percentagem v/v de etanol, pelos métodos
ebuliométrico, densimétrico (com densímetro Anton Paar), titrimétrico e cromatográfico MÉTODO TITRIMÉTRICO

MÉTODO EBULIOMÉTRICO Reagentes e Soluções


Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de sulfito em méis
Proceder conforme metodologia indicada para vinho
Técnica
MÉTODO DENSIMÉTRICO (COM DENSÍMETRO ELETRÔNICO) • Pipetar 10mL da amostra e transferir para o microdestilador

Técnica
Destilação da amostra NOTA:
• Agitar por alguns segundos a amostra em um recipiente fechado, abrindo em seguida Toda operação do destilador deve ser realizada exatamente conforme recomendação do
a tampa para liberar o CO2. Esta operação deverá ser repetida entre 4 e 5 vezes manual de operação do equipamento
• Pipetar 50mL da amostra homogeneizada e destilar em destiladores do tipo Kjedahl
• Lavar com um pouco de água destilada o local onde a amostra foi colocada • Receber o destilado em uma proveta contendo 10mL da solução de dicromato de
potássio 0,5% e 10mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado
• Destilar até obter um volume equivalente ao dobro da amostra

184
368 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros

• Transferir quantitativamente para um erlenmeyer e esfriar


• Adicionar 5mL da solução de iodeto de potássio 5% e titular com a solução de
tiossulfato de sódio 0,1N até obter uma coloração amarelo-claro
• Adicionar 1mL da solução indicadora de amido e continuar lentamente a titu-
lação até obter uma solução incolor
• Anotar o volume gasto da solução de tiossulfato de sódio 0,1N
• Fazer uma prova em branco

Cálculos

Teor alcoolico (etanol%) = (V1 - V2 ) × 0,01456 × F

Onde:
V1 Volume da solução de tiossulfato gasto na titulação do branco
V2 Volume da solução de tiossulfato gasto na titulação da amostra
F Fator de correção da concentração do tiossulfato de sódio 0,1N

MÉTODO CROMATOGRÁFICO

Proceder conforme metodologia indicada no capítulo Métodos Cromatográficos

Capítulo 17
Álcool

185
370 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 371

Sumário 17.18 Teste de Barbet.................................................................................................................. 00

17.19 Compostos Orgânicos.................................................................................................... 00


17.1 Aparência............................................................................................................................... 00 17.20 Ciclohexano........................................................................................................................ 00
17.2 Cor............................................................................................................................................ 00 17.21 Benzeno............................................................................................................................... 00
Visual................................................................................................................................. 00 17.22 Teor de Hidrocarbonetos............................................................................................... 00
APHA................................................................................................................................. 00 17.23 Teor de Gasolina................................................................................................................ 00
17.3 Massa Específica 20°C........................................................................................................ 00 17.24 Teor de Água...................................................................................................................... 00
17.4 Teor Alcoólico....................................................................................................................... 00

Método densimétrico (com densímetro de imersão)........................... 00

Método densimétrico (com densímetro eletrônico)............................. 00

Método cromatográfico................................................................................... 00

17.5 Alcalinidade.......................................................................................................................... 00

17.6 Acidez Total........................................................................................................................... 00

17.7 pH ............................................................................................................................................ 00

17.8 pHe........................................................................................................................................... 00

17.9 Condutividade Elétrica..................................................................................................... 00

17.10 Sódio..................................................................................................................................... 00

17.11 Cloreto e Sulfato............................................................................................................... 00

Método Oficial por cromatografia iônica ................................................... 00

17.12 Cloreto.................................................................................................................................. 00

Método potenciométrico................................................................................. 00

17.13 Sulfato.................................................................................................................................. 00

Método titrimétrico............................................................................................ 00

Método colorimétrico........................................................................................ 00

17.14 Ferro e Cobre...................................................................................................................... 00

Método Oficial por espectrofotometria de absorção atômica............ 00

17.15 Ferro...................................................................................................................................... 00

Método colorimétrico........................................................................................ 00

17.16 Material Não Volátil a 105°C......................................................................................... 00

17.17 Resíduo Por Evaporação................................................................................................ 00

186
372 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 373

NOTA IMPORTANTE: Preparo das Soluções


No Brasil, todas as metodologias usadas no controle de qualidade do álcool combustível,
seja o hidratado ou anidro, devem ser as publicadas pela Associação Brasileira de Normas Solução estoque de platino–cobalto Nº 500: Pesar separadamente 1,2450g de cloroplati-
Técnicas – ABNT, chamadas de Normas Brasileiras – NBR. Neste Manual tais normas serviram nato de potássio e 1,0000g de cloreto de cobalto hexahidratado e dissolver em água Milli-
de referências e estão apresentadas de forma sumarizadas para facilidade dos técnicos dos –Q. Acrescentar 100mL de ácido clorídrico concentrado, transferir para balão volumétrico de
laboratórios alcooleiros. 1000mL e completar o volume com água Milli–Q. A estabilidade desta solução é de quatro
anos se conservada em frasco de cor âmbar e temperatura ambiente.

17.1 Aparência NOTA:


É possível validar o preparo e validade desta solução Pt-Co Nº 500 através de leituras de
Determinação da aparência visual do álcool absorbância, utilizando cubetas de 10mm de caminho ótico e água Milli–Q como branco. Os
intervalos das absorbâncias nos vários comprimentos de onda estão mostrados no quadro
Técnica abaixo:
• Homogeneizar a amostra
• Lavar e encher uma proveta de 250mL com a amostra homogeneizada Comprimento da Onda (ηm) Absorbância
• Fazer a verificação visual do aspecto quanto à coloração, material em suspensão ou 430 0,110 a 0,120
sedimentos 455 0,130 a 0,145
480 0,105 a 0,120
Cálculos 510 0,055 a 0,065
Aparência = A
Solução padrão de cor Nº 1 (Cor equivalente a 20 Pt-Co): Pipetar 10mL da solução Pt-Co
Onde: Nº 500 e transferir para balão volumétrico de 250mL. Completar o volume com água Milli-Q.
A Aspecto observado, de acordo com itens abaixo: Armazenar esta solução em proveta com rolha esmerilhada sem graduação. A validade desta
1 – límpido e isento de material em suspensão solução é de um mês.
2 – límpido e com presença de material em suspensão
Solução padrão de cor Nº 2 (Cor equivalente a 50 Pt-Co): Pipetar 25mL da solução Pt-Co
Nº 500 e transferir para balão volumétrico de 250mL. Completar o volume com água Milli-Q.
17.2 Cor Armazenar esta solução em proveta com rolha esmerilhada sem graduação. A validade desta
solução é de um mês.
Determinação da cor visual e da cor APHA, expressa em unidades de Pt-Co, por colorimetria.
Técnica
COR VISUAL • Encher uma proveta sem graduação com a amostra de álcool
• Posicionar a proveta contendo a amostra entre as provetas com as soluções padrões
Reagentes e Soluções de cor Nº 1 e cor Nº2
• Água Milli–Q (Tipo II) • O ensaio deve ser feito sobre uma base branca e com iluminação adequada para faci-
• Solução estoque de platino-cobalto Nº 500 litar a visualização e comparação das cores
• Solução padrão de cor Nº 1 (Cor equivalente a 20 Pt-Co) • Comparar visualmente a coloração da amostra com as colorações das soluções pa-
• Solução padrão de cor Nº 2 (Cor equivalente a 50 Pt-Co) drões

187
374 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 375

Resultado
Cor visual = I ou LA 17.3. Massa Específica a 20°C

Onde: Determinação da massa específica de uma solução hidroalcoólica pelo uso de densímetro
I Incolor, quando a cor observada na amostra for igual ou menor que a cor da solução de imersão e, através desta, conhecer a concentração alcoólica em termos de percentagem
padrão de cor Nº 1 massa/massa (ºINPM) e volume/volume (ºGL)
LA Levemente amarelado, quando a cor observada na amostra for superior a cor da
solução padrão de cor Nº 2 Técnica
• Homogeneizar a amostra
NOTA: • Colocar a amostra homogeneizada na proveta de 1000mL, imergir o termômetro na
Se ocorrer da cor da amostra ser maior que a cor da solução padrão de cor Nº 2, expressar o amostra e posteriormente o densímetro limpo e seco de tal forma que flutue livre-
resultado como > LA, escrevendo por extenso “maior do levemente amarelado”. mente sem tocar o fundo e as paredes da proveta
• Esperar atingir a estabilidade térmica e a posição de equilíbrio do densímetro
COR APHA • Atingida esta estabilidade, pressionar levemente o topo do densímetro fazendo-o
submergir aproximadamente duas subdivisões e soltá–lo. O densímetro oscilará ver-
Reagentes e Soluções ticalmente até voltar sua posição de equilíbrio
• Água Milli–Q • Proceder às leituras da massa específica e da temperatura da amostra e anotar seus
valores
NOTA:
Este ensaio é realizado com colorímetro HELLIGE, contendo os discos de Pt–Co com escalas Cálculos
de 0 – 25 e 0 – 50. • Com o valor da massa específica observada e a temperatura de ensaio, obtém–se na
tabela 06 o valor da massa específica reduzida a 20°C
Técnica • Com o valor da massa específica reduzida a 20°C e a temperatura do ensaio, obtém-
• Encher um tubo de Nessler com água Milli–Q e colocar o prisma de vidro de forma -se na tabela 07 o volume a 20°C ocupado pela unidade de volume à temperatura
que fique em contato com o líquido observada no ensaio
• Encher outro tubo de Nessler com a amostra e colocar o prisma também em contato
com o líquido
• Colocar os tubos de Nessler na posição de leitura dentro do colorímetro 17.4 Teor Alcoólico
• Ligar a fonte de iluminação
• Observar pela ocular e girar o disco de cores até que os semicírculos indicativos da Determinação do teor alcoólico, expresso em percentagens massa/massa (oINPM) e volume/
amostra e da água destilada apresentem tonalidades semelhantes volume (oGL) pelos métodos densimétricos (com densímetro de imersão e com densímetro
• Fazer a leitura diretamente na escala do disco eletrônico) e cromatográfico

Cálculos MÉTODO DENSIMÉTRICO (COM DENSÍMETRO DE IMERSÃO)

Cor(unidades Pt - Co, ou APHA) = N Cálculos


Com o valor da massa específica ou da densidade na temperatura de aferição do densímetro
Onde: obtém–se, na tabela 08, o teor alcoólico em oINPM (% p/p) e oGL (% v/v)
N Número lido no disco, expresso em unidades de Pt-Co, ou cor APHA.

188
376 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 377

MÉTODO DENSIMÉTRICO (COM DENSÍMETRO ELETRÔNICO) do de sódio (F) da seguinte maneira:

Proceder conforme metodologia indicada no capítulo Vinho e Fermento N(verdadeira) = ( 0,5


Vg )
MÉTODO CROMATOGRÁFICO
Onde:
Proceder conforme metodologia citada no capítulo Métodos Cromatográficos Vg Volume de hidróxido de sódio gasto na titulação

N(verdadeira)
F=
17.5 Alcalinidade 0,02

Verificação da existência da alcalinidade e determinação da acidez total, expressa em per- Onde:


centagem de ácido acético, através de titrimetria de neutralização F Fator de correção da concentração do hidróxido de sódio

Reagentes e Soluções Técnica


• Solução de hidróxido de sódio 0,02N • Colocar 50mL de água destilada no erlenmeyer
• Solução padrão de biftalato de potássio 0,02N • Adicionar 3 gotas da solução indicadora de α-naftolftaleína 0,1% e neutralizar com a
• Solução indicadora alcoólica de alfa-naftolftaleína 0,1% solução de hidróxido de sódio 0,02N
• Pipetar 50mL da amostra homogeneizada para o erlenmeyer, agitar e observar a cor
Preparo das Soluções da solução

Solução de hidróxido de sódio 0,02N: Pesar exatamente 0,8000g de hidróxido de sódio Cálculos
(NaOH) em cápsula de porcelana. Dissolver com água destilada. Transferir para balão volu- A permanência da cor azul indica a alcalinidade como positiva. Caso contrário, a alcalinidade
métrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. deve ser expressa como negativa

Solução padrão de biftalato de potássio 0,02N: Pesar exatamente 4,0844g de biftalato de NOTA:
potássio (C8H5KO4) seco em estufa a 110ºC, durante 1h em cápsula de porcelana. Dissolver Se a alcalinidade for negativa, o ensaio deve prosseguir para determinação da acidez total
com água destilada, transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com
água destilada.
17.6. Acidez Total
Solução indicadora alcoólica de α-naftolftaleína 0,1%: Pesar exatamente 0,1g de alfa-naf-
tolftaleína em cápsula de porcelana. Dissolver com álcool etílico, transferir para balão volu- Determinação da acidez total, expressa em mg/L de ácido acético, por titrimetria de neutra-
métrico de 100mL e completar com álcool etílico. lização

OBSERVAÇÃO: Padronização do hidróxido de sódio 0,02N NOTA:


• Pipetar 25mL de biftalato de potássio 0,02N para erlenmeyer de 125mL A acidez total só deve ser determinada quando a alcalinidade for negativa
• Adicionar 3 gotas da solução indicadora alcoólica de α-naftolftaleína e titular com
NaOH 0,02N Reagentes e Soluções
• Calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção da concentração do hidróxi- Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação da alcalinidade

189
378 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 379

Técnica Técnica
• Colocar 50mL de água destilada no erlenmeyer Aferição do potenciômetro
• Adicionar 3 gotas da solução indicadora de α-naftolftaleína 0,1% e neutralizar com a • Retirar os protetores dos orifícios e introduzir a solução aquosa de cloreto de potássio
solução de hidróxido de sódio 0,02N 3M saturada com cloreto de prata (solução eletrolítica de referência) no orifício supe-
• Pipetar 50mL da amostra homogeneizada para o erlenmeyer, agitar e observar a cor rior. No orifício inferior introduzir a solução de cloreto de lítio 3M (solução eletrolítica
da solução; caso se torne incolor, titular com a solução de hidróxido de sódio até mu- da ponte)
dança de cor, que deve ser para azul claro
• Anotar o volume gasto (Vg) NOTA:
Para os eletrodos que possuem apenas um orifício, colocar somente a solução eletrolítica da
Cálculos ponte.
• Conectar o eletrodo ao potenciômetro
Acidez total(mg⁄L acido acetico) = 24 × Vg × F • A partir deste ponto, proceder à aferição do potenciômetro conforme citado no mé-
todo de determinação de pH em caldos
Onde: • Determinação
Vg Volume de hidróxido de sódio 0,02N gasto na titulação • Proceder à determinação do pH conforme citado para caldos
F Fator de correção da concentração do hidróxido de sódio
OBSERVAÇÃO: Recomendações
• As determinações de pH devem ser realizadas com os orifícios das entradas das solu-
17.7. pH ções eletrolíticas abertos para que se estabeleça um equilíbrio de pressão
• Bolhas de ar que por acaso venham a se formar, no interior do eletrodo, devem ser
Determinação da concentração dos íons H+ por potenciometria removidas com movimentos verticais no eletrodo
• É recomendada a troca das soluções eletrolíticas semanalmente
Reagentes e Soluções • Caso haja cristalização, deve ser realizada uma limpeza com água destilada morna
• Solução aquosa de cloreto de potássio 3M saturada com cloreto de prata • Entre leituras consecutivas de pH, o eletrodo pode ser mantido em água destilada. Em
• Solução alcoólica de cloreto de lítio 3M períodos acima de 12h, manter o eletrodo em uma solução de cloreto de lítio. Neste
caso, antes de uma nova medida deve–se acondicionar o eletrodo em álcool etílico
NOTA: durante 30min
As demais soluções já foram citadas no método de determinação de pH em caldos • Guardar o eletrodo com os orifícios vedados com os protetores

Preparo das Soluções


17.8. pHe
Solução aquosa de cloreto de potássio 3M saturada com cloreto de prata: Pesar 22,37g
de cloreto de potássio (KCl) e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para um Determinação da concentração dos íons H+ em álcool ético anidro por potenciometria
balão volumétrico de 100mL e adicionar 0,5g de cloreto de prata (AgCl). Completar o volume
com água destilada e homogeneizar. Reagentes e Soluções
• Água Deionizada (tipo III)
Solução alcoólica de cloreto de lítio 3M: Pesar 12,72g de cloreto de lítio (LiCl) e dissolver em • Solução Tampão pH 4 e pH 7
um pouco de álcool etílico (93,8 a 94,2ºINPM). Transferir para balão volumétrico de 100mL e
completar o volume com o álcool utilizado na dissolução do sal.

190
380 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 381

NOTA: NOTAS:
Os valores de pH das soluções tampões pH 4 e pH 7 são apenas indicativos, devendo ser • Entre medições de pHe em álcool etílico anidro lavar o eletrodo com água deionizada.
considerados os valores indicados nos certificados dos mesmo. • Quando não em uso, manter o eletrodo em solução de cloreto de potássio 3 mol/L.
• Solução de Cloreto de Potássio 3 mol/L • Se o eletrodo for utilizado para medidas de pHe em misturas de álcool etílico anidro
• Solução de Ácido Clorídrico 1 mol/L com outros combustíveis/hidrocarbonetos, recomenda–se após cada 10 medições
• Solução de Hidróxido de Sódio 1 mol/L sucessivas de pHe seja realizada uma limpeza do eletrodo, conforme a seguir:
• Colocar o eletrodo várias vezes e alternadamente na solução de hidróxido de sódio
Preparo das Soluções 1mol/L e depois na solução de ácido clorídrico 1mol/L por 30 segundos em cada so-
lução
Solução de Cloreto de Potássio 3 mol/L: Pesar 22,40g de cloreto de potássio p.a, dissolver • Após a limpeza lavar o eletrodo com água deionizada.
e transferir para balão volumétrico de 100mL. Agitar até completa dissolução e completar o
volume com água destilada. Armazenar esta solução em frasco de polietileno. Esta solução Cálculos
tem validade de seis meses se conservada à temperatura ambiente. O resultado é obtido diretamente, através da leitura de pHe na temperatura de 20°C. Expres-
sar o resultado do pHe, com uma casa decimal.
Solução de Ácido Clorídrico 1 mol/L: 85,0mL de ácido clorídrico p.a e transferir para balão
volumétrico de 1000mL, contendo aproximadamente a metade de água deionizada. Com-
pletar o volume com água destilada e homogeneizar. Armazenar esta solução em frasco âm- 17.9. Condutividade Elétrica
bar. Esta solução tem validade de seis meses se conservada à temperatura ambiente.
Determinação da condutividade elétrica, expressa em μS/m, por condutimetria
Solução de Hidróxido de Sódio 1 mol/L: Pesar 4,0g de hidróxido de sódio p.a. e transferir
para balão volumétrico de 100mL com água deionizada. Dissolver e completar o volume Reagentes e Soluções
com água destilada. Armazenar esta solução em frasco de polietileno. Esta solução tem vali- Solução de cloreto de potássio a 0,001M
dade de três meses se conservada à temperatura ambiente.
Preparo da Solução
Técnica
• Operar/Calibrar o equipamento conforme manual do fabricante Solução de cloreto de potássio a 0,001M: Pesar 0,07460g de cloreto de potássio (KCl) e dis-
• Lavar o eletrodo e o termocompensador com água deionizada e secar com papel ab- solver em água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume
sorvente com água destilada
• Colocar aproximadamente 80mL da amostra no béquer de 100mL, contendo uma
barra magnética e acionar a agitação de forma que o cone (vortex) formado, tenha de Técnica
6mm a 8mm de profundidade • Aferição do condutivímetro
• Introduzir o eletrodo e o termocompensador na amostra à temperatura ambiente, • Circular a água na célula do condutivímetro
que deve estar à 22°C ± 2 °C e acionar o cronômetro • Lavar a célula com padrão de cloreto de potássio 0,001M
• Fazer a leitura do pHe aos 30 segundos ± 1 segundo e anotar • Encher novamente com o padrão e aguardar 2min para estabilização da temperatura
• Retirar o eletrodo e o termocompensador da amostra, lavar com água deionizada e • Pressionar o botão 20μS/m da chave seletora e girar o botão de ajuste constante da
secar com papel absorvente célula até o visor apresentar o valor do padrão encontrado no quadro a seguir
• Colocar novamente o eletrodo e o termocompensador na solução tampão pH 7 para • Não alterar mais a posição do botão de ajuste, pois o equipamento está calibrado
rehidratação por alguns segundos e observar se a leitura de pH é a mesma por oca-
sião da calibração.

191
382 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 383

VALOR PADRÃO DE CONDUTIVIDADE PARA SOLUÇÃO DE KCl 0,001M USADO NA CALI- OBSERVAÇÃO
BRAÇÃO DE CONDUTIVÍMETRO Para equipamentos que não permitem o ajuste direto da constante da célula, proceder ao
cálculo da condutividade da seguinte forma:
Temperatura Condutividade Temperatura Condutividade
(°C) (µS/M) (°C) (µS/M) Condutividade ((µS)⁄m) = L × F × K
15,0 11,97 26,0 14,94
16,0 12,24 27,0 15,21 Onde:
17,0 12,51 28,0 15,48 L Leitura condutimétrica a 20ºC, em μS/m
18,0 12,78 29,0 15,75 F Fator de correção da temperatura, encontrada na tabela 5
19,0 13,05 30,0 16,02 K Constante real de célula, em m-1
20,0 13,32 31,0 16,29
21,0 13,59 32,0 16,56
22,0 13,86 33,0 16,83 17.10. Sódio
23,0 14,13 34,0 17,10
Determinação da concentração de sódio, expressa em mg/kg, por fotometria de chama
24,0 14,40 35,0 17,37
25,0 14,47
Reagentes e Soluções
• Água Milli–Q
Determinação
• Álcool etílico hidratado (93,2 °INPM ± 0,6 °INPM)

• Lavar bem a célula de medição com a amostra


NOTA:
• Transferir a amostra para célula de medição
O álcool etílico hidratado usado neste ensaio deve ser isento de sódio. Para isto deve–se
selecionar uma amostra de álcool etílico hidratado e fazer a leitura de sódio no fotômetro
NOTA:
de chama, estando este aferido com água Milli-Q. Caso a leitura não for zero, indicando a
Caso esta seja de imersão, transferir a amostra para um becker e imergir a célula nesta, junto
presença de sódio na amostra lida, outro álcool etílico hidratado deve ser selecionado para
com um termômetro
uso na preparação dos padrões deste ensaio.
• Aguardar 2min para estabilizar a temperatura
• Começar pressionando a tecla de 20μS/m. Se o indicador apagar, pressionar a de
• Solução estoque de sódio aproximadamente 100mg/kg
200μS/m, se continuar apagado pressionar, finalmente, a de 2000μS/m. Simultanea-
• Solução referência de sódio aproximadamente 10mg/kg
mente realizar a leitura de temperatura
• Solução referência de sódio aproximadamente 2,5mg/kg

Cálculos
Preparo das Soluções

Condutividade ((µS) ⁄ m) = L × F
Solução estoque de sódio aproximadamente 100mg/kg: Pesar aproximadamente 0,2500g
de cloreto de sódio p.a, previamente seco em estufa por 8 horas em estufa a 105°C. Anotar
Onde:
a massa (m1) com resolução de 0,0001g. Dissolver em água Milli–Q e transferir para balão
L Leitura condutimétrica a 20ºC, em μS/m
volumétrico de 100 mL, previamente tarado. Completar o volume do balão com água Milli-
F Fator de correção da temperatura, encontrada na tabela 5
–Q e anotar a massa da água (m2) com resolução de 0,0001g. Homogeneizar a solução e
armazenar em frasco de polietileno. Esta solução tem a validade de seis meses se conservada

192
384 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 385

à temperatura ambiente. A concentração real dessa solução é determinada pela equação: OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
• Separar seis balões volumétricos de 100mL numerados de 1 a 6, previamente tarados
(m1 × P × fM × 10000) • Em cada balão adicionar aproximadamente as massas da solução referência de sódio
C= m2
aproximadamente 10mg/kg, conforme quadro a seguir:

Onde: Balão N° Massa aproximada da solução de sódio 10mg/kg


C Concentração da solução, em mg/kg 1 0,0000
m1 Massa de cloreto de sódio, em gramas; 2 4,0000
P Pureza do reagente, em % 3 8,0000
m2 Massa da água Milli–Q, em gramas 4 12,0000
fM Fração correspondente do sódio do peso molecular do NaCl (Na/M) igual a 0,393374 5 15,0000
6 20,0000
Onde:
Na Massa molecular do sódio, em gramas (22,98977) • Anotar as massas utilizadas (msi), com resolução de 0,0001g
M massa molecular do cloreto de sódio, em gramas (58,44247) • Completar os volumes dos balões com álcool etílico hidratado isento de sódio, anotar
Solução referência de sódio aproximadamente 10mg/kg: Pesar aproximadamente 1,000g a massa utilizada (mai) e homogeneizar
da solução estoque 1000mg/kg em balão volumétrico de 100mL, previamente tarado. Ano- • As concentrações reais das soluções são determinadas pela equação:
tar a massa (m1) com resolução de 0,0001g e completar o volume do balão com álcool etílico
hidratado isento de sódio. Anotar a massa utilizada (m2) com resolução de 0,0001g. Homo- (C10 × msi )
Ci =
geneizar a solução e armazenar em frasco de polietileno. Esta solução tem validade de três (msi + mai)
meses se conservada à temperatura ambiente. A concentração real dessa solução é determi-
nada pela equação: Onde:
Ci Concentração da solução para cada padrão da curva de calibração, em mg/kg
(C1000 × m1)
C10 = C10 Concentração real da solução de referência de sódio10mg/kg.
(m1 + m2)
msi Massa de Cloreto de Sódio utilizada em cada ponto da curva de calibração, em
gramas
Onde: mai Massa do álcool hidratado utilizada em cada ponto da curva de calibração, em
C10 Concentração da solução, em mg/kg gramas
C1000 Concentração real da solução estoque de cloreto de sódio 1000 mg/kg
m1 Massa de cloreto de sódio, em gramas • Ajustar o ponto zero de unidade de emissão do fotômetro de chama com álcool etíli-
m2 Massa do álcool hidratado, em gramas co hidratado isento de sódio e o ponto 100 de unidade de emissão com a solução de
2,5 mg/kg
Solução referência de sódio aproximadamente 2,5mg/kg: Pesar aproximadamente • Fazer as leituras de unidades de emissão (U.E.) para as demais soluções e anotar os
40,0000g da solução referência de sódio 10mg/kg em balão volumétrico de 200 mL previa- resultados
mente tarado. Anotar a massa (m1), com resolução de 0,0001g e completar o volume do ba- • Calcular a equação de regressão linear a partir das leituras de unidades de emissão
lão com álcool etílico hidratado isento de sódio. Anotar a massa utilizada (m2), com resolução versus concentração.
de 0,0001g. Homogeneizar a solução e armazenar em frasco de polietileno. Esta solução tem
validade de três meses se conservada à temperatura ambiente. NOTA:
Esta curva padrão deve ser realizada a cada três meses

193
386 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 387

Técnica • Copo plástico descartável


• Homogeneizar a amostra e encher um copo plástico descartável de 50mL
• Aferir o fotômetro de chama de acordo com o manual do fabricante e de maneira Preparo das Soluções
semelhante ao procedimento da curva padrão Soluções padrões A e B dos Ânions Cloreto e Sulfato – Solução padrão A: Pesar aproxima-
damente 0,20g de NaCl e 0,70g de sulfato de sódio (Na2SO4) em frasco de vidro de 100 mL,
NOTA: anotando as massas. Adicionar aproximadamente 99,0g de água Milli–Q, anotar a massa e
Quando a leitura da unidade de emissão de uma amostra ultrapassar o último valor obtido agitar até completa dissolução. Calcular as concentrações dos ânions pela fórmula:
na curva de calibração, deve–se diluir convenientemente a mesma com o álcool etílico hidra-
tado isento de sódio, repetir a análise, anotar a diluição e leitura.
CiA =m × Mi × P × ( 10.000
Ms )
x mt

Cálculos
Onde:
Sodio(mg ⁄ kg) = C × F CiA Concentração do ânion i, em mg/kg
m Massa do reagente, em gramas
Onde: Mi Massa molecular do ânion i, em gramas
C Teor de sódio obtido através da equação de regressão linear em função da leitura de P Pureza do reagente, em %
unidades de emissão. Ms Massa molecular do reagente
F Fator de diluição da amostra mt Massa total da solução, em gramas

NOTA:
17.11. Cloreto e Sulfato Esta solução tem estabilidade por 60 dias quando armazenada em frasco de vidro e a tem-
peratura ambiente.’
Determinação das concentrações de cloreto e sulfato, expressas em mg/kg, pelo método
oficial por cromatografia iônica Soluções padrões A e B dos Ânions Cloreto e Sulfato – Solução padrão B: Pesar aproxima-
damente 5,0g da solução padrão A em frasco de vidro de 100 mL, adicionar aproximadamen-
Reagentes, Soluções e Materiais Consumíveis te 95,0g de água Milli-Q e anotar as massas. Calcular a concentração, pela fórmula:
• Água Milli-Q (Tipo II)
• Cloreto de sódio p.a., pureza mínima de 99,0% mA
CiB = CiA ×
• Sulfato de sódio p.a., pureza mínima de 99,0% mt
• Hidróxido de sódio p.a., pureza mínima 98,0% Onde:
• Álcool etílico p.a., pureza mínima de 99,3% (m/m) CiB Concentração do ânion i, em mg/kg
• Soluções padrões A e B dos Ânions Cloreto e Sulfato mA Massa do padrão A, em g
• Solução de hidróxido de sódio aproximadamente 50% m/m CiA Concentração do ânion i na solução padrão A, em mg/kg
• Solução de hidróxido de sódio aproximadamente 0,006 mol/L (Eluente) mt Massa total da solução, em g
• Solução de ácido sulfúrico aproximadamente 0,0125 mol/L (solução regenerante)
• Solução de etanol aproximadamente 50% m/m em água NOTA:
• Seringa hipodérmica de plástico, 2 mL Esta solução tem estabilidade por 60 dias quando armazenada em frasco de vidro e a tem-
• Membrana de difluorpolivinilideno – Filtros Millex HV 0,45 mm, diâmetro 13 mm peratura ambiente.
• Membrana de acetato/nitrato de celulose, 0,45 mm, diâmetro 47 mm

194
388 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 389

Solução de hidróxido de sódio aproximadamente 50 % m/m: Pesar 250,0g de água Milli-Q mB Massa da solução padrão B, em g
em um becker de 1000 mL. Em outro becker de 500mL pesar 250,0g de hidróxido de sódio mt Massa total da solução, em g
p.a. e transferir lentamente para o béquer contendo água Milli-Q. Agitar até completa disso-
lução e anotar as massas. Esta solução tem estabilidade de quatro meses quando armazena- NOTA:
da em frasco de polietileno e conservada em temperatura ambiente. Esta solução tem estabilidade por 60 dias quando armazenada em frasco de vidro e a tem-
peratura ambiente.
Solução de hidróxido de sódio aproximadamente 0,006 mol/L (Eluente): Pipetar aproxi-
madamente 1,3mL da solução de hidróxido de sódio 50 % m/m e transferir para um balão Técnica
volumétrico de 2000mL contendo aproximadamente 1500 mL de água Milli-Q. Agitar e com- OBSERVAÇÃO: Condições do equipamento
pletar o volume com água Milli-Q. Filtrar esta solução em membrana de 0,45 mm, e transferir Eluente NaOH 0,006 N
para frasco de polietileno de 4000 mL. Encher novamente o balão de 2000 mL com água Volume de injeção 20mL
Milli-Q, filtrar em membrana de 0,45 mm e transferir para o frasco de polietileno de 4000 mL. Atenuação do detetor 10 mS/cm
Homogeneizar e armazenar em frasco de polietileno. Esta solução tem estabilidade por uma Fluxo do eluente 2 mL/min
semana quando conservada em temperatura ambiente. Comp. temp. detetor 1,7%

Solução de ácido sulfúrico aproximadamente 0,0125 mol/L (solução regenerante): Pipetar OBSERVAÇÃO: Validação do equipamento
aproximadamente 2,7mL de ácido sulfúrico concentrado p.a. e transferir para um balão vo- • Filtrar o padrão de calibração em filtro Millex HV 0,45 mm e 13 mm de diâmetro
lumétrico de 2000 mL, contendo aproximadamente 1500 mL de água Milli-Q. Agitar e com- • Injetar três vezes, obter os cromatogramas e as áreas de cada pico de cloreto e sulfato
pletar o volume com água Milli-Q. Transferir para o frasco de polietileno de 4000 mL. Encher • Calcular a diferença entre a maior e a menor área e a diferença entre o maior e o me-
novamente o balão de 2000 mL com água Milli-Q e transferir para o frasco de polietileno de nor tempo de retenção, aceitando variação de no máximo 10 % e anotar
4000 mL e homogeneizar. Esta solução deve ser armazenada em frasco de polietileno e tem
estabilidade de uma semana quando conservada em temperatura ambiente. OBSERVAÇÃO: Determinação dos fatores de resposta
• Calcular os fatores de resposta, pela fórmula:
Solução de etanol aproximadamente 50 % m/m em água: Pesar aproximadamente 60g
de água Milli-Q e 60g de álcool etílico absoluto, em béquer de 250 mL, anotando as massas. mB
Cic = CiB ×
mt
NOTA:
Esta solução é preparada em quantidade suficiente para preparação do padrão de calibra- Onde:
ção, o restante é descartado. Fri Fator de resposta do ânion i
Padrão de Calibração: Em frasco de vidro de 100mL, pesar aproximadamente 1,50g da so- Cic Concentração do ânion i no padrão de calibração, em mg/kg
lução B e 88,50g da solução de etanol 50% m/m em água. Anotar as massas e calcular a Ai Média das áreas dos picos de ânion i
concentração dos ânions, pela fórmula:
Análise
mB • Em copo plástico descartável de 200 mL pesar aproximadamente 20,0g da amostra e
Cic = CiB ×
mt 20,0g de água Milli-Q e anotar as massas
• Determinar o fator de diluição, pela fórmula:
Onde:
Cic Concentração do ânion i no padrão de calibração, em mg/kg (ma + mw)
F=
CiB Concentração do ânion i na solução padrão B, em mg/kg ma

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390 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 391

Onde: • Solução de nitrato de prata 0,01N


F Fator de diluição da amostra • Solução de ácido nítrico
ma Massa de amostra, em g • Etanol absoluto p.a.
mw Massa de água, em g
Preparo das Soluções
• Filtrar em Millex HV 0,45 mm e 13 mm de diâmetro;
• Injetar, obter o cromatograma, as áreas e anotar Solução padrão de cloreto de sódio 0,01N: Pesar 0,585g de cloreto de sódio (NaCl) e dissol-
ver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e comple-
Cálculos tar o volume com água destilada.
Calcular a concentração dos ânions, pela fórmula:
Solução de nitrato de prata 0,01N: Pesar 1,78g de nitrato de prata (AgNO3) e dissolver em
Cia = Aa × Fri × F um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o
volume com água destilada.
Onde:
Cia Concentração do ânion i na amostra, em mg/kg; Solução de ácido nítrico: Medir 65mL de ácido nítrico (HNO3) e transferir para um balão
Aa Área do pico do ânion i volumético de 1000mL contendo aproximadamente 500mL de água destilada. Esfriar e com-
Fri Fator de resposta do ânion i pletar o volume com água destilada.
F Fator diluição da amostra
OBSERVAÇÃO: Padronização da solução de nitrato de prata 0,01N
NOTA:
Os resultados são expressos em mg/kg com uma decimal. Resultados abaixo de 0,1 mg/kg • Pesar 1mL da solução padrão de cloreto de sódio 0,01N e transferir para becker de
para cloreto expressar < 0,1 mg/kg e resultados abaixo de 0,2 mg/kg para sulfato expressar 150mL contendo 100mL de etanol absoluto
< 0,2 mg/kg. • Adicionar 1mL da solução de ácido nítrico e imergir os eletrodos e o agitador

NOTA: O sistema de eletrodos deve ser composto de:


17.12 Cloreto (a) eletrodo de referência de vidro
(b) eletrodo de medição: prata – cloreto de prata
Determinação da concentração de cloreto, expressa em mg/kg, pelo método potenciomé-
trico • Colocar o instrumento na faixa adequada de milivoltagem e iniciar a agitação
• Titular com a solução de nitrato de prata 0,01N, anotar os volumes e as leituras corres-
NOTA IMPORTANTE: pondentes em mV para determinação do ponto de equivalência que corresponde à
Pela Resolução Nº 7, de 09 de fevereiro de 2011, do Ministério de Minas e Energia – Agência maior mudança na escala de leitura do instrumento
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, publicada no DOU de 10/02/2011,
os métodos oficiais para determinação de cloreto e sulfato em álcool combustível é através NOTA: No início podem–se adicionar volumes maiores do agente titulante, mas à medida
da cromatografia iônica (NBR 10894). O método de determinação de cloreto pelo método que a titulação se aproxima do ponto final, devem ser adicionados os volumes pequenos e
potenciométrico não é oficial, mas citado neste Manual como fonte literária. constantes (0,01 a 0,02mL) em intervalos maiores para determinação exata do ponto final

Reagentes e Soluções • Calcular o fator de correção da concentração da solução de nitrato de prata da seguin-
• Solução padrão de cloreto de sódio 0,01N te maneira:

196
392 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 393

da cromatografia iônica (NBR 10894). Os métodos de determinação de sulfato por titrimetria


1 de precipitação e por colorimetria não são oficiais, mas citados neste Manual como fonte
F=
Vg literária.
MÉTODO TITRIMÉTRICO
Onde:
F Fator de correção da concentração da solução de nitrato de prata Reagentes e Soluções
Vg Volume de nitrato de prata gasto na titulação • Etanol absoluto p.a.
Técnica • Acetona p.a.
• Homogeneizar a amostra e transferir 50mL para becker de 150mL • Solução de ácido clorídrico 0,1N
• Adicionar 1mL da solução de ácido nítrico e imergir o eletrodo na solução • Solução indicadora de dimetilsulfonazo III 0,1% p/v
• Proceder à titulação potenciométrica com sucessivas adições de 0,01mL da solução • Solução de sulfato de sódio 0,01M
de nitrato de prata 0,01N • Solução de perclorato de bário 0,01M
• Anotar as leituras de milivoltagem após cada adição
• Anotar o volume da solução de nitrato de prata 0,01N consumido para atingir o ponto Preparo das Soluções
de equivalência, que acontece quando é observada a maior variação de milivoltagem
• Conduzir em paralelo uma prova em branco com 50mL de etanol absoluto p.a. isento Solução de ácido clorídrico 0,1N: Transferir 8,45mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado
de cloreto para balão volumétrico de 1000mL contendo a metade de água destilada. Esfriar e completar
o volume com água destilada.
Cálculos
Solução indicadora de dimetilsulfonazo III 0,1% p/v: Pesar 1g do indicador dimetilsulfona-
[(Vga - VgB) × 7,1 × F] zo de bário e dissolver com um pouco de água destilada. Transferir para um balão volumétri-
Cloreto(mg ⁄ kg Cl-) =
d co de 100mL e completar o volume com água destilada.

Onde: Solução de sulfato de sódio 0,01M: Pesar 0,142g de sulfato de sódio (Na2SO4) e dissolver
Vga Volume da solução de nitrato de prata gasto na titulação da amostra em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o
Vgb Volume da solução de nitrato de prata gasto na titulação do branco volume com água destilada.
F Fator de correção da concentração de nitrato de prata 0,01N
d Massa específica da amostra a 20°C Solução de perclorato de bário 0,01M: Pesar 3,375g de perclorato de bário [Ba(ClO4)2] e dis-
solver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e com-
pletar o volume com água destilada.
17.12 Sulfato
OBSERVAÇÃO: Padronização do perclorato de bário 0,01M
Determinação da concentração de sulfatos, expressa em mg/kg, pelos métodos da cromato- • Pesar 1g da solução de sulfato de sódio 0,01M
grafia iônica, titrimetria de precipitação e colorimétrico • Adicionar 4mL da solução de ácido clorídrico 0,1N, 3mL de acetona [(CH3)2CO] e 3
gotas da solução indicadora de dimetilsulfonazo III 0,1%
NOTA IMPORTANTE: • Titular com a solução de perclorato de bário e anotar o volume gasto
Pela Resolução Nº 7, de 09 de fevereiro de 2011, do Ministério de Minas e Energia – Agência • Calcular o fator de correção da concentração (F) da solução do perclorato de bário da
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, publicada no DOU de 10/02/2011, seguinte forma:
os métodos oficiais para determinação de sulfato e cloreto em álcool combustível é através

197
394 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 395

1,0 • Etanol absoluto p.a.


F=
Vg • Solução de hidróxido de sódio 4M

Onde: Preparo das Soluções


F Fator de correção da concentração da solução de perclorato de bário
Vg Volume gasto na titulação Solução de carbonato de sódio 0,1%: Pesar 1g de carbonato de sódio (Na2CO3) e dissolver
em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o
Técnica volume com água destilada.
• Homogeneizar a amostra, transferir 50mL para balão de Schoniger e evaporar em
banho-maria até restar 2 a 3mL Solução tampão de acetato pH = 4,2: Pipetar 3mL de ácido acético glacial (C2H4O2) concen-
• Retirar do banho-maria, adicionar 4mL da solução de ácido clorídrico 0,1N e deixar trado e transferir para becker de 600mL. Diluir com uma solução hidroalcoólica 1:1. Acertar o
esfriar até a temperatura ambiente pH para 4,2 com uma solução de hidróxido de sódio 4 M. Transferir para um balão volumétri-
• Adicionar 3mL de acetona p.a., agitar e adicionar 2 gotas da solução indicadora de co de 500mL e completar o volume com a solução hidroalcoólica 1:1.
dimetilsulfonazo III 0,1%
• Titular o conteúdo do balão com solução de perclorato de bário 0,01M sob agitação Solução de cloranilato de bário 0,2%: Pesar 0,2g de cloranilato de bário (BaC6Cl2O4), trans-
constante até a viragem da cor violeta para azul esverdeado ferir para tubo de ensaio e lavar com água deionizada até que o sobrenadante esteja livre
• Anotar o volume gasto e conduzir em paralelo uma prova em branco com etanol ab- de coloração. Transferir o precipitado para um balão volumétrico de 100mL e completar o
soluto isento de sulfato volume com água deionizada.

Cálculos Solução padrão estoque de sulfato 1000mg/kg: Pesar 0,148g de sulfato de sódio (Na2SO4)
previamente seco em estufa a 105°C durante 1h. Dissolver em um pouco de água destilada.
[(Vga - VgB) × 19,2 × F] Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada.
Sulfato(mg ⁄ kg SO4--) =
d
Solução padrão de uso de sulfato 100mg/kg: Pipetar 10mL da solução estoque de sulfato
Onde: 1000mg/kg e transferir para um balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água
Vga Volume gasto de perclorato de bário gasto na titulação da amostra destilada.
Vgb Volume gasto de perclorato de bário gasto na titulação do branco
F Fator de correção da concentração do perclorato de bário Solução de hidróxido de sódio 4M: Pesar 160g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
d Massa específica da amostra a 20°C um pouco de água destilada. Transferir para um balão volumétrico de 1000mL e completar o
volume com água destilada.
MÉTODO COLORIMÉTRICO
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
Reagentes e Soluções • Separar 5 erlenmeyers de 125mL e adicionar a cada um 100mL de etanol absoluto
• Solução de carbonato de sódio 0,1% • Adicionar 0,0; 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0mL da solução padrão de uso de sulfato 100mg/kg
• Solução tampão de acetato pH = 4,2 • Estas soluções conterão respectivamente 0,0; 0,62; 1,2; 1,9 e 2,5mg/kg de sulfato
• Solução de cloranilato de bário 0,2% • Evaporar em banho–maria a 100°C até a secura, solubilizar o resíduo em 10mL da so-
• Solução padrão estoque de sulfato 1000mg/kg lução tampão de acetato e adicionar 1mL da suspensão de cloranilato de bário 0,2%
• Solução padrão de uso de sulfato 100mg/kg e agitar durante 10min
• Ácido acético glacial p.a. • Centrifugar durante 10min a 2500rpm

198
396 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 397

• Fazer as leituras das absorbâncias dos sobrenadantes em cubetas de 1cm, estando • Ampola de solução padrão de Ferro (1,000 g de Ferro)
o espectrofotômetro aferido em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com o • Solução padrão de Ferro 1000mg/kg
branco, e ajustado em 310nm de comprimento de onda • Solução padrão de Ferro 127mg/kg
• Traçar o gráfico da curva padrão plotando as absorbâncias no eixo das ordenadas e • Solução padrão de Ferro 6,3mg/kg
as concentrações das soluções padrões de sulfato no eixo das abcissas, ou calcular a • Ampola de solução padrão de Cobre (1,000 g de Cobre)
equação de regressão linear • Solução padrão de Cobre 1000mg/kg
• Solução padrão de Cobre 127mg/kg
Técnica • Solução padrão de Cobre 6,3mg/kg
• Pesar 100mL da amostra para erlenmeyer de 125mL
• Evaporar em banho-maria a 100°C até a secura, solubilizar o resíduo em 10mL da so- Preparo das Soluções
lução tampão de acetato, adicionar 1mL da suspensão de cloranilato de bário 0,2% e
agitar durante 10min Solução padrão de Ferro 1000mg/kg: Transferir o conteúdo de 1 ampola de solução padrão
• Centrifugar durante 10min a 2500rpm de Fe para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água Milli-Q e homoge-
• Conduzir uma prova em branco em paralelo, utilizando 100mL de álcool etílico abso- neizar. Esta solução tem estabilidade de um ano se conservada em frasco de polietileno e
luto isento de sulfato mantida a temperatura ambiente.
• Fazer a leitura da absorbância do sobrenadante em cubeta de 1cm, estando o espec-
trofotômetro aferido em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com o branco e Solução padrão de Ferro 127mg/kg: Transferir 10mL da solução padrão 1000mg/kg de Fer-
ajustado em 310nm de comprimento de onda ro para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com álcool etílico absoluto p.a.
e homogeneizar. Esta solução tem estabilidade de três meses se conservada em frasco de
Cálculos polietileno e mantida a temperatura ambiente.

Sulfato(mg ⁄ kg SO4--) = C Solução padrão de Ferro 6,3mg/kg: Transferir 5mL da solução padrão contendo 127mg/kg
de Fe para balão volumétrico de 100Ml. Completar o volume com álcool etílico absoluto p.a.
Onde: e homogeneizar. Esta solução tem estabilidade de três meses se conservada em frasco de
C Concentração de sulfato, em mg/kg SO4--, correspondente à polietileno e mantida a temperatura ambiente.
leitura de absorbância encontrada no gráfico da curva padrão ou na
equação de regressão linear Solução padrão de Cobre 1000mg/kg: Transferir o conteúdo de 1 ampola de solução padrão
de CU para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água Milli-Q e homo-
geneizar. Esta solução tem estabilidade de um ano se conservada em frasco de polietileno e
17.14. Ferro e Cobre mantida a temperatura ambiente.

Determinação das concentrações de ferro e de cobre, expressas em mg/kg, através do méto- Solução padrão de Cobre 127mg/kg: Transferir 10mL da solução padrão 1000mg/kg de Cu
do oficial por espectrofotometria de absorção atômica para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com álcool etílico absoluto p.a. e
homogeneizar. Esta solução tem estabilidade de três meses se conservada em frasco de po-
Reagentes e Soluções lietileno e mantida a temperatura ambiente.
• Água Milli-Q (Tipo II)
• Álcool etílico absoluto p.a. (teor alcoólico mínimo de 99,3 % m/m) Solução padrão de Cobre 6,3mg/kg: Transferir 5mL da solução padrão 127mg/kg de Cu para
• Ar sintético seco ( ponto de orvalho pressurizado a 2°C) balão volumétrico de 100 mL. Completar o volume com álcool etílico absoluto p.a. e homo-
• Acetileno, pureza mínima 99,7% geneizar. Esta solução tem estabilidade de três meses se conservada em frasco de polietileno

199
398 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 399

e mantida a temperatura ambiente. • Zerar o espectrofotômetro com ar


• Fazer a leitura da amostra em absorbância;
NOTA: • Anotar as leituras
Para conversão das unidades de massa para volume no preparo das soluções padrões, foi
obtida considerada a massa específica do álcool etílico absoluto p.a. (0,79 g/cm3). Cálculos
A concentração de ferro em álcool etílico hidratado e cobre em álcool etílico anidro é obtida
Técnica através de regressão linear a partir das leituras de absorbância versus concentração cujo
OBSERVAÇÃO: Condições operacionais do equipamento coeficiente linear, em módulo, define a concentração do metal na amostra.

Condições Ferro Cobre NOTA:


Comprimento de onda (ηm) 248,3 324,8 O resultado é expresso em mg/kg com duas decimais. Resultados abaixo de 0,02mg/kg para
Slit (ηm) 0,2 0,7 ferro e 0,01mg/kg para cobre, expressar respectivamente como < 0,02 mg/kg para ferro e <
Energia (ηm) 30 15 0,01 mg/kg para cobre.
Chama Ar/acetileno Ar/acetileno

• Adicionar cerca de 0,1 mL da solução padrão de 1000mg/kg de ferro ou de cobre em 17.15 Ferro
aproximadamente 50mL da amostra e utilizá-la para ajustar o fluxo de ar e/ou acetile-
no, taxa de aspiração e a posição horizontal e vertical do queimador até obter a maior Determinação da concentração de ferro, expressa em mg/kg, pelo método colorimétrico
leitura de absorbância.
NOTA IMPORTANTE:
NOTA: Pela Resolução Nº 7, de 09 de fevereiro de 2011, do Ministério de Minas e Energia – Agência
O espectrofotômetro de absorção atômica deve ser operado de acordo com o Manual de Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, publicada no DOU de 10/02/2011,
Operação do fabricante os métodos oficiais para determinação de cobre e ferro em álcool combustível é através da
espectrofotometria de absorção atômica (NBR 11331). O método de determinação de ferro
OBSERVAÇÃO: Verificação da presença de ferro em álcool Hidratado e ou cobre em álcool por colorimetria não é oficial, mas citados neste Manual como fonte literária.
anidro
• Aspirar diretamente a amostra na condição de análise de ferro e se a leitura obtida em NOTA:
absorbância para determinação do ferro for inferior ou igual a 0,000 não há necessi- Este método se aplica a amostras com concentrações superiores a 0,05 mg/kg Fe2+
dade de tratamento da amostra como adição de padrão
• Aspirar diretamente a amostra na condição de análise de cobre e se a leitura obtida Reagentes e Soluções
em absorbância para determinação do cobre for inferior ou igual a 0,005 não há ne- • Solução de ácido clorídrico 0,1N
cessidade de tratamento da amostra como adição de padrão. • Solução de α–α,dipiridila 1% em solução de ácido clorídrico 0,1N
• Solução de acetato de amônio 30%
OBSERVAÇÃO: Quantificação de ferro ou cobre na amostra • Solução de cloridrato de hidroxilamina 10%
• Adicionar com pipetas volumétricas, em quatro balões volumétricos de 25 mL, 0,0mL; • Ácido sulfúrico concentrado
1,0mL; 2,0mL e 3,0mL da solução de 6,3mg/kg de ferro ou cobre • Solução padrão estoque de ferro 50mg/kg
• Completar o volume com amostra a ser analisada e homogeneizar. Estas soluções • Solução padrão de uso de ferro 10mg/kg
contém respectivamente 0,0mg/kg, 0,25mg/kg, 0,50mg/kg e 0,76mg/kg de ferro ou
cobre

200
400 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 401

Preparo das Soluções • Traçar o gráfico da curva padrão plotando as absorbâncias no eixo das ordenadas e
as concentrações das soluções padrões de ferro no eixo das abcissas, ou calcular a
Solução de ácido clorídrico 0,1N: Medir em proveta 8,3mL de ácido clorídrico (HCl) concen- equação de regressão linear
trado e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água desti-
lada.
Técnica
Solução de α–α,dipiridila 1% em solução de ácido clorídrico 0,1N: Pesar 1g de α-α,dipiridila • Pesar 100g da amostra e transferir para um becker de 250mL
e dissolver em um pouco da solução de ácido clorídrico 0,1N. Transferir para balão volumétri- • Evaporar completamente em banho–maria e molhar as paredes do becker com 2mL
co de 100mL e completar o volume com a mesma solução de ácido clorídrico. da solução de ácido clorídrico 0,1N
Solução de acetato de amônio 30%: Pesar 30g de acetato de amônio (C2H7NO2) e dissolver • Evaporar novamente em banho–maria até a secura
em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o • Efetuar um segundo tratamento com ácido clorídrico de maneira idêntica ao primeiro
volume com água destilada. • Juntar 10mL de solução de ácido clorídrico 0,1N e aquecer ligeiramente em banho–
maria para facilitar a dissolução de possíveis resíduos
Solução de cloridrato de hidroxilamina 10%: Pesar 10g de cloridrato de hidroxilamina • Transferir esta solução para um balão volumétrico de 100mL filtrando através de pa-
(NH2OH.HCl) e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico pel de filtro
de 100mL e completar o volume com água destilada. • Lavar o papel de filtro 3 vezes, empregando em cada lavagem 5mL da solução de
ácido clorídrico a 0,1N
Solução padrão estoque de ferro 50mg/kg: Pesar 0,351g de sulfato ferroso amoniacal he- • Efetuar ao mesmo tempo um ensaio em branco, evaporando 4mL da solução de ácido
xaidratado [ (FeSO4 (NH4)2 SO4 ] e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para clorídrico 0,1N em banho–maria
balão de 1000mL, adicionar 5mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado e completar o vo- • Lavar o recipiente com 25mL da solução de ácido clorídrico 0,1N e transferir para um
lume com água destilada. balão volumétrico de 100mL
• Juntar em cada balão 25mL da solução de ácido clorídrico a 0,1N, 5mL da solução de
Solução padrão de uso de ferro 10mg/kg: Pipetar 20mL da solução estoque de ferro 50mg/ acetato de amônio 30% e 2mL da solução de cloridrato de hidroxilamina 10%
kg e transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada • Esperar 5min, adicionar 1mL da solução de α–α,dipiridila e completar o volume com
água destilada
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão • Fazer a leitura da absorbância em cubeta de 4cm, estando o espectrofotômetro afe-
• Separar 6 balões volumétricos de 100mL rido em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com o branco e ajustado em
• Adicionar a cada balão 0,0; 1,0; 2,0; 4,0; 6,0 e 8,0mL da solução padrão de uso de ferro 522nm de comprimento de onda
10mg/kg
• Adicionar a cada um dos balões 50mL da solução de ácido clorídrico a 0,1N, 5mL da Cálculos
solução de acetato de amônio 30% e 2mL da solução de cloridrato de hidroxilamina
10% Ferro (mg ⁄ kg Fe2+) = C
• Esperar 5min, adicionar 1mL da solução de α–α,dipiridila e completar o volume de
cada balão com álcool etílico (C2H5OH) absoluto isento de sulfato Onde:
• As concentrações dos padrões são respectivamente 0,0 (branco); 0,125; 0,25; 0,5; 0,75 C Concentração de ferro, em mg/kg de Fe2+, correspondente à leitura de absorbância
e 1,0mg/kg de ferro encontrada no gráfico da curva padrão ou na equação de regressão linear
• Fazer as leituras das absorbâncias dos padrões em cubetas de 4cm, estando o espec-
trofotômetro aferido em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com o branco e
ajustado em 522nm de comprimento de onda

201
402 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 403

17.16. Material Não Volátil a 105°C inoxidável ou de cobre com (500 a 600) μm, deve estar entre (1 000 ± 150) mL/s. Este equipa-
mento ainda deve ser equipado com:
Determinação da concentração de material não volátil a 105°C, expressa em mg/L, por gra-
vimetria • Medidor de vazão capaz de medir um fluxo de ar ou vapor equivalente a (1 000 ± 150)
mL/s para cada saída
Técnica • Funil filtrante de vidro sinterizado de 150 mL
• Pesar uma cápsula de porcelana com capacidade de 125mL, previamente seca em • Superaquecedor de vapor a gás ou elétrico, capaz de fornecer à entrada do banho a
estufa a 105ºC durante 1h e resfriada em dessecador (P1) quantidade requerida de vapor na faixa de 232 °C a 246 °C
• Medir com auxílio de uma proveta 100mL da amostra homogeneizada, à temperatura
ambiente, e transferir para a cápsula tarada NOTA:
• Transferir a cápsula contendo a amostra para banho–maria e evaporar a amostra até No caso de uso de um superaquecedor de vapor, este pode possuir superfícies expostas a
a secura. Realizar esta operação dentro de uma capela alta temperatura. Evitar o contato direto da pele com o uso de equipamento de proteção
• Levar a cápsula à estufa a 105 ± 5ºC, durante 1h adequado.
• Esfriar a cápsula em dessecador e pesar
• Retornar a cápsula à estufa durante 15 a 30min, esfriar em dessecador e pesar • Termômetro de vidro de acordo com a Tabela 1 ou outros dispositivos de medição de
• Repetir este procedimento até obter 2 pesagens que difiram no máximo em 0,1mg e temperatura com a mesma exatidão e precisão na faixa de temperatura entre 5 °C e
considerar este peso como (P2) 400 °C.

Cálculos

Material nao volatil (mg ⁄ L) = (P2 - P1) × 10000

Onde:
P1 Peso da cápsula tarada
P2 Peso da cápsula + resíduo

17.16. Resíduo por Evaporação

Determinação do resíduo por evaporação, expresso em mg/L, por gravimetria

Reagentes e Soluções
• Solvente de resíduo: álcool etílico hidratado pa ou mistura de volumes iguais de to- Parâmetros Valores
lueno e acetona. Faixa – 5 °C a 400 °C
Imersão (parcial) 76 mm
NOTA: Graduações:
Para este ensaio é necessário banho de bloco metálico sólido, aquecido eletricamente e Subdivisões 1 °C
construído de acordo com a figura a seguir. O banho deve ter poços e jatos para três ou mais Divisões, a cada 5 °C
béqueres. A vazão de cada saída, quando ajustada aos adaptadores cônicos com tela de aço Números, a cada 10 °C

202
404 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 405

1°C até 301°C OBSERVAÇÃO: Calibração da aparelhagem de jato de ar


Erro de escala, máximo • Verificar ou calibrar o fluxo de ar para garantir que todas as saídas atendam ao re-
1,5°C acima de 301°C
Câmara de expansão: a quisito de (600 ± 90) mL/s de vazão, medida à temperatura ambiente e pressão at-
Permite aquecimento até 410 a 420 mosférica. Consultar as instruções do fabricante para informações específicas para o
procedimento de calibração. Anotar a regulagem do medidor de vazão utilizando ar
Comprimento total 6,0 mm a 7,5 mm
e usar esta regulagem nos ensaios subseqüentes.
Diâmetro externo da haste 10 mm a 15 mm
• Um modo de calibrar o fluxo de ar é com o uso de um fluxímetro calibrado e indepen-
Comprimento do bulbo 5,0 mm a 6,0 mm
dente, para verificar o fluxo diretamente em cada saída, à temperatura ambiente e à
Diâmetro externo do bulbo 0 °C
pressão atmosférica. Para a obtenção de resultados com exatidão, deve–se assegurar
Extremidade do bulbo à linha de distância 100 mm a 110 mm
que a contrapressão seja inferior a 1 kPa.
Comprimento da escala 250 mm a 290 mm
• Alternativamente, outro modo de calibrar o fluxo de ar é medir e ajustar, caso neces-
a
O termômetro deve ser provido de uma câmara de expansão para
sário, o fluxo total de ar suprido a todas as saídas. Uma vez verificado que o fluxo total
alívio da pressão de gás e para evitar distorções do bulbo em tem-
corresponde ao valor desejado, realizar a verificação da uniformidade, comparando
peraturas elevadas.
os fluxos de cada saída.
NOTA: Os termômetros ASTM 3C e IP 73C atendem aos requisitos
acima.
Técnica
• Lavar os béqueres a serem utilizados com o solvente de resíduo, até eliminar toda o
OBSERVAÇÃO: Montagem da aparelhagem
resíduo
• Montar a aparelhagem como mostrado na figura anteriro. O banho evaporador deve
• Lavar completamente com água e imergir na solução detergente de limpeza para la-
possuir uma coifa exaustora para controlar os vapores produzidos durante o ensaio e
boratório, de pH levemente alcalino ou neutro
reduzir o risco de explosão.
• O tipo de detergente e as condições para o seu uso devem ser estabelecidos em cada
laboratório
NOTA:
• O critério para uma limpeza satisfatória é que esta seja comparável àquela obtida com
Os vapores da amostra e dos solventes evaporados durante a execução deste ensaio podem
uma solução de um oxidante inorgânico isento de metal livre dissolvido em ácido sul-
ser extremamente inflamáveis ou combustíveis, e perigosos, do ponto de vista da inalação.
fúrico, por um período de imersão dos béqueres de 6 h. Para esta comparação, podem
• Com a aparelhagem à temperatura ambiente, ajustar a vazão de ar da saída, para um
ser utilizadas a aparência visual e a perda de massa por aquecimento do béquer, sob
fluxo de (600 ± 90) mL/s, que corresponde a uma vazão de (1 000 ± 150) mL/s à tem-
as condições do ensaio
peratura de (155 ± 5)°C. Verificar as demais saídas, visando um fluxo de ar uniforme.
• Remover os béqueres da solução de limpeza usando tenaz de aço inoxidável, continu-
ando a manuseá–los com tenaz deste momento em diante.
NOTA:
• Lavar os béqueres completamente, primeiro com água de torneira e depois com água
• Recomenda–se seguir as instruções do fabricante para verificar o fluxo total (fluxo
destilada, e secar em uma estufa a 150° C por pelo menos 1 h. Esfriar os béqueres por
total = 600 mL/s x número de saídas) e a uniformidade de fluxo em cada saída.
pelo menos 2 h no dessecador colocado próximo à balança.
• Para colocar a aparelhagem em funcionamento, aplicar calor ao banho. Quando a
• Selecionar as condições operacionais correspondentes ao AEHC sob ensaio, a partir
temperatura atingir entre 160°C e 165°C, introduzir ar na aparelhagem, até que a ve-
dos dados fornecidos na tabela 2. Aquecer o banho até a temperatura de operação
locidade do fluxo de ar estabilize.
prescrita. Introduzir ar na aparelhagem e ajustar o fluxo de ar.
• Medir a temperatura em cada poço, com um termômetro ou sensor de temperatura
colocado com o bulbo do termômetro ou ponta do sensor tocando o fundo do bé-
Tipo de Meio Va- Temperatura de operação °C
quer dentro do poço, com os adaptadores cônicos no lugar. Poços cuja temperatura
Amostra porizante Banho Poço de ensaio
estejam fora da faixa 150°C a 160°C não devem ser usados.
Álcool Ar 160 a 165 160 a 165

203
406 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 407

• Determinar e registrar a massa dos béqueres de ensaio (D) e do branco (X) com apro- Onde:
ximação de 0,1mg N Teor de resíduo, em mg/L
• Agitar o recipiente da amostra cuidadosamente. Quando a amostra apresentar sóli- B Massa do becker da amostra após a evaporação, em g
dos precipitados ou em suspensão, filtrar imediatamente à pressão atmosférica, utili- D Massa do becker vazio antes da evaporação, em g
zando o funil de vidro sinterizado X Massa do béquer do branco após a evaporação, em g
• Por meio de proveta graduada, adicionar (50 ± 0,5) mL da amostra a cada béquer, Y Massa do béquer do branco antes da evaporação, em g
exceto o branco
• Usar um béquer para cada combustível a ser ensaiado. Colocar os béqueres com NOTA:
amostra e o branco no banho evaporador. O tempo decorrido entre a colocação do Expressar o resultado de resíduo por evaporação com aproximação de 1mg/100mL. Para re-
primeiro e do último béquer no banho deve ser o menor possível. Quando evaporar sultados abaixo de 1mg/100mL expressar < 1mg/100mL.
amostras por meio de ar, recolocar o adaptador cônico à medida que cada béquer
individual for colocado no banho. Centrar os adaptadores acima da superfície da
amostra. Manter a temperatura e a vazão, e deixar a amostra evaporar por (30 ± 0,5) 17.18 Teste de Barbet
min. As amostras ensaiadas simultaneamente devem ter características de evapora-
ção semelhantes. Determinação do tempo de redução de permanganato, em minutos

NOTA: Reagentes e Soluções


Na introdução de ar, deve–se tomar cuidado para evitar projeção da amostra, que pode con- • Água Milli-Q (Tipo II)
duzir a resultados errôneos. • Solução estoque platino–cobalto N° 500
• No fim do período de aquecimento, remover os adaptadores cônicos usando tenaz e • Solução padrão de cloreto cobaltoso–platino cobalto (Barbet)
transferir os béqueres do banho para o dessecador. Colocar o dessecador próximo à • Solução de permanganato de potássio 0,02% (p/v)
balança e deixar os béqueres esfriarem no mínimo 2 h. Determinar e registrar as mas-
sas dos béqueres com o resíduo (B) e com o branco (Y) com aproximação de 0,1 mg. Preparo das Soluções

NOTA: Solução Estoque Platino–Cobalto n° 500: Pesar 1,2450g de cloroplatinato de potássio e


Uma evidência qualitativa da contaminação de AEHC pode ser obtida nesta etapa, caso se 1,000g de cloreto de cobalto hexahidratado (ou 0,5366 g ± 0,005 g de cloreto de cobalto ani-
disponha de amostra–testemunho para o ensaio de referência. Este ensaio de referência é dro) e dissolver em água Milli-Q. Acrescentar 100mL de ácido clorídrico conc. p.a. e Transferir
essencial, uma vez que no AEHC podem ser adicionados deliberadamente constituintes não para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água Milli-Q. Esta solução tem
voláteis. Caso seja evidenciada qualquer forma de contaminação, recomenda–se investigá– estabilidade de quatro anos quando armazenada em frasco âmbar.
la. Nesta investigação qualitativa podem ser usadas diversas técnicas analíticas de identi-
ficação, tipo espectrometria de infravermelho, cromatografia gasosa acoplada com massa, NOTA:
absorção atômica ou ainda outras técnicas analíticas investigativas que permita identificar É possível validar o preparo e validade desta solução Pt-Co Nº 500 através de leituras de
qualitativamente o tipo de contaminação. absorbância, utilizando cubetas de 10mm de caminho ótico e água Milli-Q como branco. Os
intervalos das absorbâncias nos vários comprimentos de onda estão mostrados no quadro
Cálculos abaixo:

N = 2000 (B - D + X - Y) Comprimento de Onda (ηm) Absorbância


430 0,110 a 0,120
455 0,130 a 0,145

204
408 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 409

480 0,105 a 0,120 17.19 Compostos Orgânicos


510 0,055 a 0,065
Determinação da concentração de compostos orgânicos, expressa em percentagem de eta-
Solução Padrão de Cloreto Cobaltoso–Platino Cobalto (Barbet): Pesar 0,1750g de cloreto nol, N-propanol, Iso-butanol, N-butanol e Iso-amílico por cromatografia
de cobalto hexahidratado e adicionar com auxílio de uma bureta 21,4mL da solução estoque
Pt-Co N° 500. Dissolver e transferir para balão volumétrico de 50 mL. Completar o volume Proceder conforme metodologia citada no capítulo Métodos Cromatográficos
com água Milli-Q. A cor desta solução é salmão. Esta solução tem estabilidade de dois anos
se armazenada em tubo de ensaio com tampa rosqueável.
17.20 Ciclohexano
Solução de Permanganato de Potássio 0,02% (p/v): Pesar 0,1000g de permanganato de po-
tássio p.a dissolver e transferir para balão volumétrico de 500 mL. Completar o volume com Determinação da concentração de ciclohexano, expressa em mg/L, por cromatografia gasosa
água Milli-Q e homogeneizar. Esta solução tem estabilidade de uma semana se armazenada
em frasco âmbar. Reagentes e Soluções
• Ar sintético seco
Técnica • Hidrogênio, pureza mínima de 99,5%
• Ajustar o banho termostático na temperatura de 15,0°C • Nitrogênio, pureza mínima de 99,5%
• Álcool etílico p.a., pureza mínima de 99,3% m/m
NOTA: • Ciclohexano p.a., pureza mínima de 99,5%
O ensaio pode ser realizado na temperatura de 20,0°C mediante solicitação do cliente. • Solução padrão Estoque de 2000mg/L
• Homogeneizar a amostra e transferir 50 mL da amostra, com auxílio de uma pipeta • Solução padrão 20 mg/L (padrão externo)
volumétrica, para o tubo de ensaio • Solução padrão estoque de 500mg/L
• Colocar o tubo de ensaio contendo a amostra, dentro da cuba do banho termostático • Solução padrão 0,25mg/L (padrão externo)
e aguardar no mínimo 15 minutos para estabilização do sistema
• Retirar o tubo de ensaio contendo a amostra da cuba do banho termostático, abrir a Preparo das Soluções
tampa e adicionar 2 mL da solução de permanganato de potássio 0,02 %
• Fechar o tubo de ensaio e homogeneizar a solução Solução Padrão Estoque de 2000mg/L: Pesar aproximadamente 0,1g de ciclohexano p.a.
• Colocar o tubo novamente na cuba do banho termostático e acionar o cronômetro em balão volumétrico de 50mL, anotar a massa e completar o volume com álcool etílico p.a.
• A cada 1 minuto aproximadamente, observar a coloração desenvolvida na amostra e Calcular a concentração de ciclohexano pela fórmula:
comparar com a da solução padrão de Barbet contida em outro tubo de ensaio
• Anotar a temperatura da realização do ensaio e o tempo em minutos, decorrido para (A × B × 10000)
C=
50
descoloração da amostra (violeta) até atingir a cor da solução padrão de Barbet (sal-
mão).
Onde:
Cálculos C Concentração de ciclohexano na solução padrão estoque em mg/L.
O tempo gasto para a descoloração da amostra é medido em minutos e indica o Barbet A Massa de ciclohexano, em gramas
B Pureza do ciclohexano em, %
NOTA:
Resultados abaixo de 1min expressar como <1min NOTA:
Esta solução tem estabilidade por um ano se armazenada em frasco de âmbar e conservada

205
410 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 411

em geladeira F × 0,05
C=
100
Solução padrão 20mg/L (padrão externo): Transferir, com auxílio de uma pipeta, 1,0mL da
solução padrão estoque para um balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com Onde:
álcool etílico p.a. e homogeneizar. Calcular a concentração de ciclohexano pela fórmula: C Concentração da solução padrão de calibração, em mg/L
F Concentração do padrão estoque em mg/L
F
C=
100 NOTA:
Esta solução tem estabilidade por três meses se armazenada em frasco de âmbar e conser-
Onde: vada em geladeira
C Concentração da solução padrão de calibração, em mg/L
F Concentração do padrão estoque em mg/L Técnica
OBSERVAÇÃO: Condições operacionais do equipamento
NOTA: • Cromatógrafo gasoso com detetor de ionização de chama
Esta solução tem estabilidade por seis meses se armazenada em frasco de âmbar e conser- • Integrador eletrônico de área
vada em geladeira • Coluna cromatográfica: 20% TCEP (Tris ciano etoxi propano), impregnado sobre Chro-
mosorb WHP 100 –120 mesh, empacotado em tubo de aço de 1/8” diâmetro externo,
Solução Padrão Estoque de 500mg/L: Pesar aproximadamente 0,1g de ciclohexano p.a. em 2,2mm diâmetro interno e 3 metros de comprimento.
balão volumétrico de 200mL, anotar a massa. Completar o volume com álcool etílico p.a.
Calcular a concentração de ciclohexano pela fórmula: Temperaturas:
• Injetor = 230ºC
(A × B × 10000) • Detetor = 260ºC
C=
200 • Coluna = 90ºC

Onde : Fluxos:
C Concentração de ciclohexano na solução padrão estoque em mg/L. • Nitrogênio = 30 mL/min
A Massa de ciclohexano, em gramas • Hidrogênio = 30 mL/min
B Pureza do ciclohexano em, % • Ar sintético = 300 mL/min

OBSERVAÇÃO: Calibração do equipamento


NOTA: • Injetar 2 µL da solução padrão externo de ciclohexano (padrão externo 20mg/L)
Esta solução tem estabilidade por um ano se armazenada em frasco de âmbar e conservada • Repetir 2 vezes a etapa anterior
em geladeira • Obter os cromatogramas e as áreas dos picos correspondentes ao ciclohexano
• Obter a média das áreas e anotar
Solução padrão 0,25mg/L (padrão externo): Transferir, com auxílio de uma microseringa • Determinar o fator de resposta do ciclohexano pela fórmula:
de 100µL, 50µL da solução padrão estoque de 500mg/L para um balão volumétrico de 100
mL. Completar o volume com álcool etílico p.a. e homogeneizar. Calcular a concentração de F
FR =
ciclohexano pela fórmula: G

206
412 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 413

Onde: F
FR =
F Concentração de ciclohexano na solução padrão externo em mg/L G
G Média das áreas obtidas nas injeções da solução padrão externo.
Onde:
• Anotar o fator de resposta F Concentração de ciclohexano na solução padrão externo em mg/L
• Programar o integrador do cromatógrafo com os valores da concentração da solução G Média das áreas obtidas nas injeções da solução padrão externo.
padrão externo e fator de resposta.
• Anotar o fator de resposta
OBSERVAÇÃO: Validação do equipamento • Programar o integrador com os valores da concentração da solução padrão externo e
fator de resposta.
• Injetar 2µL da solução padrão de calibração (20 mg/L) e obter a área do pico do ciclo-
hexano e anotar OBSERVAÇÃO: Análise da amostra para resultados abaixo de 1,0mg/L
• Calcular o fator de resposta e comparar com o fator de resposta da calibração aceitan-
do uma variação máxima de ± 10%. • Injetar 3µL da amostra e obter novo cromatograma, cujo resultado será o considerado
para amostra, e análise concluída.
NOTA:
Se as diferenças excederem a 10% determinar um novo fator de resposta, se persistir verificar Resultados
se existe vazamento do gás de arraste, e também verificar a proporção do gás da chama, e Expressar os resultados em mg/L, com uma decimal para valores igual ou maior que 0,1
repetir o procedimento mg/L. Resultados abaixo de 0,1 mg/L expressar como < 0,1 mg/L.

OBSERVAÇÃO: Análise da amostra NOTA:


Se a amostra foi diluída multiplicar o resultado pelo fator de diluição.
• Injetar 2µL da amostra
• Obter o cromatograma e o resultado já apresentado no mesmo
• Se o resultado for igual ou maior que 1,0mg/L, a análise está concluída 17.21 Benzeno
• Se o resultado for superior a 50 mg/L, diluir convenientemente a amostra e repetir a
análise Determinação da concentração de benzeno, expressa em mg/kg, por espctrofotometria na
• Se o resultado for abaixo de 1,0 mg/L, fazer nova calibração região ultravioleta (UV)

OBSERVAÇÃO: Calibração para resultados abaixo de 1,0mg/L Reagentes e Soluções


• Álcool etílico para espectroscopia (UVASOL) com teor de benzeno menor que 0,05mg/
• Injetar 3µL da solução padrão externo de ciclohexano (solução padrão externo kg
0,25mg/L) • Benzeno p.a.
• Repetir 2 vezes a etapa anterior • Solução padrão de benzeno, aproximadamente 1000mg/kg
• Obter os cromatogramas e as áreas dos picos correspondentes ao ciclohexano • Solução padrão de benzeno aproximadamente 10 mg/kg
• Obter a média das áreas e anotar
• Determinar o fator de resposta do ciclohexano pela fórmula: Preparo das Soluções

Solução padrão de benzeno, aproximadamente 1000mg/kg: Pesar aproximadamente

207
414 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 415

0,08g de benzeno p.a. em balão volumétrico de 100mL e acrescentar aproximadamente Massa da


79,10g de álcool etílico UVASOL. Esta solução se armazenada em frasco âmbar e conservada Massa de
solução pa- Concentração
à temperatura ambiente tem estabilidade de um ano. A concentração real dessa solução é Balão N° álcool etílico
drão de C6H6 (mg/kg)
determinada pela equação: UVASOL (g)
10mg/kg (g)
1 0,0000 - 0,0000
(m1 × P × 10000)
C= 2 0,1384 79,3794 0,0182
mt
3 0,5452 78,8451 0,0717
4 0,8091 78,0866 0,1070
Onde:
5 1,5923 79,9463 0,2038
C Concentração real da solução de benzeno de 1000mg/kg
6 2,6310 79,1517 0,3357
m1 Massa de benzeno, em gramas
7 3,2566 76,1295 0,4280
mt Massa total (massa de benzeno + massa do álcool etílico (UVASOL), em gramas
P Pureza do benzeno, em %
• A concentração de cada ponto da curva de calibração de benzeno, acima preparada é
calculada através da equação:
Solução padrão de benzeno aproximadamente 10mg/kg: Pesar aproximadamente 0,79g
da solução estoque de benzeno de 1000mg/kg para balão volumétrico de 100mL e acres-
(C10 × m1)
centar aproximadamente 79,10 g do álcool etílico UVASOL. Esta solução se armazenada em Ci =
m2
frasco âmbar e conservada à temperatura ambiente tem estabilidade de um ano. A concen-
tração real dessa solução é determinada pela equação:
Onde:
(C1000 × m1) Ci Concentração da solução padrão de benzeno
C10 =
m2 C10 Concentração da solução padrão de benzeno aproximadamente 10mg/kg
m1 Massa da solução padrão de benzeno aproximadamente 10mg/kg, a ser diluída,
em gramas;
Onde: C10 Concentração da solução, em mg/kg
m2 Massa total da diluição (solução benzeno + álcool etílico UVASOL), em gramas
C1000 Concentração da solução padrão de benzeno aproximadamente 1000mg/kg
m1 Massa da solução padrão de benzeno aproximadamente 1000 mg/kg, em gramas
• Realizar a varredura das soluções padrões de benzeno no intervalo de 245 ηm a 265
m2 Massa total da diluição (solução de benzeno + álcool etílico UVASOL) , em gramas
ηm, utilizando cubeta de 100 mm e o álcool etílico utilizado no preparo das soluções,
como branco
OBSERVAÇÃO: Curva padrão
• Tratar matematicamente os espectros em segunda derivada
• Operar/Calibrar o equipamento conforme manual do fabricante
• Selecionar o pico que apresenta maior intensidade na região de 254ηm ± 2ηm
• Separar sete balões volumétricos de 100mL numerados de 1 a 7
• Construir curva de calibração a partir das leituras de segunda derivada x concentra-
• Adicionar aproximadamente as massas da solução padrão de benzeno 10mg/kg e de
ções de benzeno em mg/kg
álcool etílico UVASOL, conforme indicado a seguir:

Técnica
• Operar/Calibrar o equipamento conforme manual do fabricante
• Homogeneizar a amostra;
• Realizar a varredura da amostra no intervalo de 245 ηm a 265 ηm, utilizando cubeta
de 100mm e o álcool etílico utilizado na curva de calibração como branco
• Tratar matematicamente o espectro em segunda derivada

208
416 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 417

• Verificar o pico que apresenta maior intensidade na região de 254ηm ± 2 ηm Resultados


• Caso o resultado ultrapasse a concentração do último ponto da curva de calibração, Presença de hidrocarbonetos = NC ou C
diluir convenientemente a amostra com o álcool etílico UVASOL, repetir a análise,
anotar a diluição e leitura Onde:
NC Amostra não contaminada
Cálculos
NOTA:
Benzeno (mg⁄kg) = (L × a) ± b Este resultado é válido quando a cor observada na amostra não apresentar sinais de colora-
ção ou turbidez
Onde: C Amostra contaminada
L Leitura obtida através da segunda derivada
a Coeficiente linear, obtida na equação de regressão linear NOTA:
b Intersecção linear, obtida na equação de regressão linear Este resultado é válido quando a cor observada na amostra for superior ao da prova em bran-
NOTA: co ou apresentar sinais de turbidez
Para amostras que forem diluídas deve-se multiplicar a concentração encontrada pelo fator
de diluição para expressar o resultado final. Expressar o resultado em mg/kg e com uma casa
decimal. Resultados abaixo de 0,1 mg/kg expressar como < 0,1 mg/kg. 17.23. Teor de Gasolina

Determinação do teor de gasolina, expressa em percentagem de volume (%v/v), por volu-


17.22. Teor de Hidrocarbonetos metria

Determinação da presença de hidrocarbonetos em uma amostra de álcool por comparação Reagentes e Soluções
visual • Solução aquosa de cloreto de sódio 10%m/v

Reagentes e Soluções Preparo das Soluções


• Água deionizada (Tipo III)
Solução aquosa de cloreto de sódio 10%m/v: Pesar 100g de cloreto de sódio p.a (NaCl),
Técnica dissolver e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água des-
• Transferir 25mL da amostra para uma proveta de 250mL e completar o volume com tilada.
água deionizada
• Em outra proveta de 250mL colocar somente água deionizada até completar o seu Técnica
volume (prova em branco) • Medir 50mL da amostra em proveta de 100mL, com graduação e boca esmerilhada
• Posicionar as provetas uma ao lado da outra e comparar visualmente em relação à com tampa
prova em branco • Completar o volume com água destilada
• O ensaio deve ser feito sobre uma base de cor branca e diante de um anteparo na • Tampar e inverter a proveta por 10 vezes, evitando agitação excessiva
mesma cor, com iluminação adequada, para facilitar a visualização da coloração • Deixar em repouso por 15min a fim de permitir a separação das duas camadas
• A observação deve ser frontalmente as provetas; • Anotar o volume da camada de gasolina (V)
• Anotar o resultado

209
418 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 419

Resultados Onde:
V Volume gasto de reagente de Karl Fischer (mL)
Teor de gasolina (%) = T T Título do reagente de Karl Fischer
ma Massa inicial = seringa + amostra (g)
Onde: mb Massa final = seringa vazia (g)
T Teor de gasolina, em %v/v, encontrado no quadro a seguir:
NOTA:
Volume da camada de gasolina, Teor de gasolina (T) Expressar o resultado em % m/m e com duas decimais. Resultados abaixo de 0,05 % m/m
em mL (V) (%v/v) expressar com < 0,05 % m/m.
Zero Zero
0,5 1,0
≥ 1,0 (V x 2) + 1

17.24 Teor de Água

Determinação do teor de água, expressa em percentagem de massa (%m/m) pelo método


Karl Fischer

Reagentes e Soluções
Metanol p.a., pureza mínima 99,0 %
Solução de Karl Fischer (isenta de piridina)

Técnica
• Operar/calibrar o equipamento conforme manual do fabricante
• Com auxilio de uma seringa aspirar a amostra, ajustar para aproximadamente 7mL
(álcool anidro) ou 1,5 mL (álcool hidratado) e pesar
• Transferir todo volume da amostra para o copo de reação contendo o solvente isento
de água
• Pesar a seringa vazia após a transferência da amostra
• Titular com a solução de Karl Fischer e anotar o volume gasto
• Anotar as massas e volumes no registro

Cálculos

(V × T × 100)
Teor de agua ((%m) ⁄ m) =
[(ma - mb) × 1000]

210
420 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 421

Capítulo 18
Métodos por
Absorção
Atômica

211
422 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 423

Sumário Arsênio.............................................................................................................................. 00

Chumbo........................................................................................................................... 00
18.1 Aferição do Equipamento................................................................................................ 00 18.5 Análises de Melaço............................................................................................................. 00
Parâmetros de memória............................................................................................. 00 Preparo das amostras.................................................................................................. 00
Preparação do equipamento.................................................................................... 00 Cálcio................................................................................................................................. 00
Calibração........................................................................................................................ 00 Magnésio......................................................................................................................... 00
Curva de calibração......................................................................................... 00 Cobre................................................................................................................................. 00
Adição de padrão............................................................................................. 00 Ferro................................................................................................................................... 00
Análises de amostras.................................................................................................. 00 Zinco.................................................................................................................................. 00
Recalibração................................................................................................................... 00 Manganês........................................................................................................................ 00
Conexão à impressora................................................................................................. 00

Conexão ao computador........................................................................................... 00

Considerações finais.................................................................................................... 00

Operando com chama de óxido nitroso e acetileno........................................ 00

18.2 Análises de Águas............................................................................................................... 00

Preparo das amostras.................................................................................................. 00

Alumínio .......................................................................................................................... 00

Bário................................................................................................................................... 00

Chumbo......................................................................................................................................... 00

Cádmio............................................................................................................................. 00

Manganês........................................................................................................................ 00

Ferro................................................................................................................................... 00

Zinco.................................................................................................................................. 00

Níquel................................................................................................................................ 00

18.3 Análises de Álcool............................................................................................................... 00

Preparo das amostras.................................................................................................. 00

Cobre................................................................................................................................. 00

Ferro................................................................................................................................... 00

18.4 Análises de Açúcar.............................................................................................................. 00

Preparo das amostras.................................................................................................. 00

212
424 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 425

18.1. Aferição do Equipamento se desejar) o operador pode ativar o corretor de background. Se o equipamento for do tipo
simples feixe, pressionar a tecla D2 SET, que substitui a tecla S/D. Os led’s das teclas D2 SET e
NOTA IMPORTANTE LEITURA BG acendem e o LED da tecla INTEGRAÇÃO ÚNICA fica piscando. Após alguns ins-
Os procedimentos citados neste capítulo se referem, por questões de ilustração, a uma de- tantes, o LED da tecla LEITURA BG se apaga e acende o LED da tecla CORREC BG. Finalmente,
terminada marca de espectrofotômetro de absorção atômica. É importante que cada ma- o LED da tecla D2 SET se apaga e o equipamento fica apto a realizar leituras com correção
nual de instrução seja lido e seguido rigorosamente durante a operação do equipamento. de background. Se a lâmpada de deutério (corretor de background) não tiver energia sufi-
ciente, o display mostrará a mensagem: “%T HIGH”. Para corrigir esse problema existem duas
Parâmetros de Memória soluções: (1) reduzir a corrente da lâmpada de cátodo oco (LCO), efetuando em seguida um
No momento em que é ligado, o equipamento assume o seguinte conjunto de parâmetros AUTOZERO; (2) aumentar a largura da fenda (dobrando a largura da fenda, dobra a energia
operacionais (valores default): da LCO, mas a energia da lâmpada de deutério fica aumentada quatro vezes).
• modo de leitura: absorbância
• simples feixe Os ajustes a seguir são feitos com auxílio do indicador analógico de energia. A operação
• expansão de escala: X1 (sem expansão) básica é:
• modo de integração: contínua
• tempo de integração: 0,3s (utilizando quando é selecionado o modo operação inte- • Acionar o ajuste até observar um máximo de deflexão
gração única) • Se o ponteiro atingir o final da escala, efetuar AUTOZERO
• corrente das lâmpadas (1 e 2): 0 mA • Efetuar os ajustes do queimador (horizontal, vertical e rotacional, nesta ordem). Para
• corretor de background: desligado tanto, traçar duas linhas perpendiculares, centrais, em um cartão de papelão. O foco
• ganho: mínimo de luz deve se situar na posição onde as duas linhas se cruzam, mesmo movimentan-
• saída para impressora: desligada do–se o cartão ao longo da fenda (de uma extremidade à outra)
• saída para computador: desligada • Efetuar o ajuste fino do comprimento de onda
• Opcionalmente, ligar o corretor de background. Se for a primeira instalação do equi-
Preparação do Equipamento pamento, ou se a lâmpada de D2 houver sido trocada, efetuar a leitura de background
• LEITURA BG
NOTA: • GANHO + ZERO
Palavras maiúsculas correspondem a teclas especiais que devem ser pressionadas • Efetuar o ajuste horizontal e vertical da lâmpada D2
• Preparar padrões e amostras • LEITURA BG
• Colocar o queimador apropriado e verificar se o sifão está cheio com água • Efetuar o ajuste horizontal e vertical da lâmpada do elemento
• Colocar a lâmpada do elemento de interesse • Verificar as pressões dos gases Acetileno e Ar
• Ligar a chave geral (o AA solicitará os próximos parâmetros de ajuste) • Acetileno (C2H2): 06 a 14psi
• Ajustar o comprimento de onda (ajuste grosso) • AR: 30 a 100psi
• Ajustar a abertura da fenda • Ajustar as vazões dos gases Acetileno e Ar (leituras arbitrárias do rotâmetro)
• Ajustar a corrente da lâmpada (se for analisar outro elemento em seguida, colocar sua • Acetileno (C2H2): 02 a 03
lâmpada no soquete “lamp 2”, ajustar sua corrente e deixá–la estabilizando no descan- • AR: 08 a 09
so próprio, atrás do equipamento • Acionar o ignitor para acender a chama piloto e daí o queimador
• Efetuar o AUTOZERO (GANHO + ZERO) • Regular o combustível acetileno até obter o tipo de chama desejado (oxidante, este-
quiométrica ou redutora). Em outras palavras, até obter um máximo de absorbância
Nesse momento, nos equipamentos dotados de duplo feixe, pressionar a tecla FEIXE S/D. O (succionando a solução padrão mais concentrada)
LED da tecla se acende, indicando que o instrumento passou para esse modo. Só então (e

213
426 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 427

IMPORTANTE: o display indicar complet cal.


Para apagar a chama, fechar primeiro o combustível
Adição de Padrão
• Efetuar o ajuste da taxa de sucção do nebulizador, com auxílio da solução padrão mais Para utilizar o método de adição de padrão é importante certificar–se de que a curva de cali-
concentrada (evitar passar de 0,8 absorbância). A taxa de sucção deve ficar entre 4 e bração é linear na faixa de concentração de interesse
5mL/min. Algum reajuste do queimador pode ser necessário. Os ajustes deste item
são efetuados observando–se a variação na absorbância, de modo a maximizá–la Adição Única de Padrão
• Para trabalhar com a chama N2O (óxido nitroso)/C2H2 (acetileno) observar recomen- Em um balão volumétrico identificado como balão A, é colocada a amostra acrescentada de
dações adiante uma quantidade conhecida da solução padrão. Em outro balão identificado como balão B,
de iguais dimensões, é colocada outra porção de igual volume da amostra, acrescentada de
Calibração água destilada (mesmo volume da solução padrão)
A análise quantitativa por espectrofotometria de absorção atômica é sempre feita por com-
paração com uma solução padrão do elemento de interesse. Existem basicamente dois mé- Adição Múltipla de Padrão
todos analíticos: Curva de Calibração e Adição de Padrões. Este último é empregado quando O procedimento é equivalente ao anterior (Adição Única). Apenas preparam–se mais solu-
se suspeita de interferentes que não possam ser removidos e pode ser de dois tipos: Adição ções. Normalmente são preparadas quatro soluções, contendo 0%, a metade, o mesmo valor
Única ou Adição Múltipla e o dobro da concentração provável na amostra. A intenção é permitir o máximo de sensibi-
lidade à curva de calibração. Água destilada é adicionada em todos os balões para garantir o
OBSERVAÇÃO:Construção da Curva de Calibração mesmo grau de diluição à amostra
• Aspirar água (ou branco) e pressionar a tecla ZERO
• Ajustar tempo integ. (1 a 10s) Procedimento Operacional
• Pressionar CALIB, digitar 1 (curva; o AA entra automaticamente no modo integ. única) • Aspirar água e pressionar ZERO
e pressionar a tecla ENTRAR LEITURA • Ajustar tempo integ. (1 a 10s)
• Seguir as orientações do display. Começar aspirando o padrão mais diluído. Para ler • Pressionar CALIB, digitar 2 (adição; o AA entra automaticamente no modo integ. úni-
padrão ou branco, basta pressionar até 10 vezes a tecla ENTRAR LEITURA. Durante a ca) e pressionar a tecla ENTRAR LEITURA
leitura, o LED da tecla INTEG. ÚNICA fica piscando; não remover o tubo de aspiração • Seguir as orientações do display. Entrar com o volume total de cada balão, o volume
de dentro da solução. Para prosseguir de uma solução para outra, pressionar CALIB. A de amostra adicionada, o número de adições (todos, exceto balão A) e o volume da
absorbância do padrão mais diluído deve ser menor que 0,1 primeira adição do padrão (os demais são múltiplos deste).Começar aspirando a solu-
• Quando o AA solicitar as concentrações do n–ésimo primeiro padrão, entrar 0 (nume- ção mais diluída (balão A). Para ler o padrão ou o branco, basta pressionar até 10 vezes
ral). O display informará “CAL COMPLETE” a tecla ENTRAR LEITURA. Para prosseguir de uma solução para outra, pressionar CALIB.
• Aspirar o branco e pressionar ZERO Quando for analisado o último balão, o display mostrará a concentração da amostra
• Selecionar o modo CONCENTRAÇÃO (sem diluição) e desvio
• Analisar as amostras (ver item análise de amostras, mais abaixo)
Calibração Secundária
NOTA: Quando o número de amostras é muito grande, o método de adição torna–se muito traba-
Para corrigir dados de calibração, repetir o procedimento acima, omitindo o item Ajustar lhoso. Nesse caso, pode–se utilizar o gráfico obtido com a primeira amostra como uma curva
tempo integ. (1 a 10s) e pressionando a tecla CALIB quando não desejar aspirar o BRANCO de calibração a ser utilizada para as demais, cuja solução Única deverá ser igual à do balão A
ou determinado padrão. Por exemplo, para repetir apenas a leitura do padrão 3, de um total
de 5 padrões, pressionar CALIB seguidamente até o display indicar standard 3. Digitar sua Análises de Amostras
concentração e aspirá–lo o número desejado de vezes. Depois, tornar a pressionar CALIB até • Pressionar MÉDIA

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428 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 429

• Efetuar n (01 a 60) LEITURAS a seguinte mensagem: “STANDARD ERROR”. Nesse caso, é necessário efetuar nova lei-
• Pressionar MÉDIA. O display mostrará a média e o desvio padrão tura desse padrão (correção dos dados de calibração)
• Imprimir cabeçalho de relatório: tecla 4. O equipamento solicita as seguintes informa-
OBSERVAÇÃO: ções: RPRT No? (número de ordem do relatório)
Se a absorbância de uma amostra for superior à do padrão mais concentrado em mais de • Enter Year (entrar com o ano)
10%, o display mostrará a absorbância desse padrão mais 10% e a indicação Abs High, diluir • Date? MMDD (entrar a data no formato indicado). O equipamento inicia nova página
a amostra e fazer nova leitura. Multiplicar o resultado pelo fator de diluição com o seguinte cabeçalho: GBS SCIENTIFIC EQUIPMENT, PTY. LTDA MODEL 902 (du-
plo feixe) ou 903 (simples feixe)
Recalibração
É recomendável conferir a calibração (recalibração) após um certo número de amostras. A REPORT No: 1 DATE: 1/7/97
freqüência de recalibração deve ser determinada pelo operador. PAGE: 1
• Pressionar RECALIB • Mudar de página: tecla 7. O equipamento avança uma página e reimprime o cabeça-
• Digitar o número do padrão selecionado para recalibração (o equipamento solicitará lho
esta informação) • Estabelecer o número da amostra (o número vai de 0 a 60): tecla 8. Após teclar su-
• Aspirar o branco e apertar a tecla RECALIB gestão: Adotar o número 0 (zero) para o padrão de recalibração. Para continuar com
• Aspirar o padrão selecionado novas amostras após a recalibração, entrar com o valor n + 1, onde n foi o número da
• Pressionar RECALIB. A recalibração está efetuada última amostra antes da recalibração. Para um número de amostras superior a 60, su-
• Aspirar o branco e pressionar ZERO gere–se mudar de página. Quando desejar reanalisar uma dada amostra, entrar antes
com o seu número original, depois retornando para a seqüência correta. Ao iniciar as
Conexão à Impressora leituras, confirmar que a impressora está em on line. Assim, todas as leituras individu-
O comando é: MODO REGISTRO + X + ENTRAR LEITURA ais, médias e desvios padrão serão realmente impressos abaixo do cabeçalho.
• Ligar a saída para impressora (serial): tecla 0 (numeral zero)
• Imprimir os parâmetros de operação: tecla 6. O equipamento solicitará: Elemnt? A Conexão ao Computador
(usar ==> ou ⇐ para alterar a letra e ENTRAR LEITURA para passar para segunda letra. • Para conectar ao computador, basta acionar a seqüência de teclas MODO REG + 9 +
No caso do Boro, por exemplo, basta pressionar de novo a tecla ENTRAR LEITURA ENTRAR LEITURA. A saída para a impressora é automaticamente desativada. Para im-
• WAVELENG (entrar com o comprimento de onda do elemento de interêsse) primir algo, conectar a impressora ao computador (paralela)
• LAMP No.? (entrar com o número do soquete em que foi colocada a lâmpada) • Com auxílio do computador, é possível armazenar dados de calibração para uso pos-
• NM SLIT (entrar com o número da fenda) terior
• ATOMIZER? 1–AIR AC 2–N2O AC 3–FURNCE 4 HYDRDE (entrar com o número)
Considerações Finais
OBSERVAÇÃO: • A faixa de concentrações das soluções padrão deve conter a faixa de concentração
Caso essa operação seja repetida antes de desligar o AA, este perguntará SAME?. Se desejar das amostras. O valor máximo apresentado no display, ao se analisar uma amostra
alterar os dados, digitar 1. Caso contrário, basta teclar ENTRAR LEITURA e a informação será mais concentrada que a solução padrão mais concentrada é 1,1 x Cn, onde Cn é a
impressa. concentração dessa solução padrão.
• O comprimento de onda de trabalho, para um dado elemento, depende da concen-
• Imprimir os dados da calibração, (após Calibração/Recalibração): tecla 5 tração esperada para a(s) amostra(s). Por exemplo, para concentrações de 1 a 5ppm
• “Imprimir o gráfico de calibração: tecla “.” (ponto decimal). À pergunta “TYPE OF de cobre, utiliza–se a linha de emissão de 324,7nm. Isto significa que se as amostras
PLOT?”, responder teclando CALIB. Se a absorbância de algum padrão for menor que apresentam concentrações em todo intervalo de 1 a 10ppm, é necessário efetuar–se
a de outro mais diluído que ele, o equipamento não imprimirá o gráfico e apresentará diluições ou estabelecer duas curvas de calibração, uma para cada comprimento de

215
430 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 431

onda. O número de casas decimais após vírgula, desejado para o resultado, depende • Tornar o seletor de oxidante rapidamente para a posição AR
do número de casas decimais digitado durante a etapa de calibração. Por exemplo, se • Fechar totalmente a válvula de acetileno (C2H2), para apagar a chama
for digitado para o padrão o valor de 1,5ppm, o resultado de uma determinada amos- • Colocar o seletor de oxidante na posição OFF, para fechar o ar
tra seria 1,3ppm. Mas se for digitado 1,50ppm, o resultado poderia ser 1,35ppm, que
corresponde a uma diferença de quase 4%. As principais medidas de segurança são:
• Sempre confirmar a existência de água no sifão 18.2 Análises de Águas
• Nunca deixar solvente orgânico no sifão. Do mesmo modo, não deixar solventes nas
proximidades do equipamento PREPARO DAS AMOSTRAS
• Quando trabalhar com cianeto, controlar o pH do líquido do sifão, para evitar a for-
mação do HCN Reagentes e Soluções
• Trabalhar sempre com o filtro protetor da chama, para evitar exposição a radiação • Ácido sulfúrico concentrado
ultravioleta, principalmente com a chama de N2O (óxido nitroso)/C2H2 (acetileno) • Ácido nítrico concentrado
• A pressão do acetileno (C2H2) na linha deve ser menor que 15psi (aproximadamente • Ácido perclórico concentrado
1,1 bária ou 1,1Kgf/cm2) e a pressão mínima no cilindro deve ser de 100psi (aproxima- • Ácido clorídrico concentrado
damente 7 bárias). Abaixo dessa pressão, pode haver arraste de acetona [o acetileno • Solução de ácido clorídrico 0,1N
(C2H2) é fornecido dissolvido em acetona, por medida de segurança]
Preparo das Soluções
OPERANDO COM CHAMA DE ÓXIDO NITROSO (N20) E ACETILENO (C2H2)
Solução de ácido clorídrico 0,1N: Medir 8,3mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado e adi-
IMPORTANTE: cionar em um balão de 1000mL contendo aproximadamente 500mL de água destilada.
NUNCA UTILIZAR O QUEIMADOR DE AR/ACETILENO Completar o volume com água destilada.

Ignição da chama OBSERVAÇÃO:


• Acender a chama AR/C2H2 (acetileno), conforme descrito anteriormente em prepara- Todas as amostras destinadas à análise de metais totais devem ser acidificadas ao serem
ção do equipamento coletadas e estocadas em recipientes plásticos. A quantidade de ácido colocado nas amos-
• Aumentar a vazão do acetileno (C2H2) até obter uma chama altamente redutora (lei- tras é de 5mL de ácido, nítrico ou clorídrico (HCl ou HNO3) concentrados, para cada litro de
tura no rotâmetro entre 8 e 9). Observa–se a formação de fuligem no topo da chama amostra.
• Girar o seletor de oxidante da posição AR para a posição N2O (óxido nitroso), passan- Para tratamento das amostras destinadas à determinação de metais totais, utilizar um dos
do rapidamente pela posição OFF métodos a seguir, em função da natureza da amostra e da carga orgânica presente.
• Ajustar o fluxo do combustível para obter a estequiometria desejada para a chama
Técnica
CUIDADO: • Usar um erlenmeyer de boca larga para um volume representativo da amostra. Adi-
NUNCA SELECIONAR O GÁS N20 (ÓXIDO NITROSO) COM UM FLUXO DE GÁS C2H2 (ACETI- cionar 5mL de ácido nítrico (HNO3) concentrado e levar o erlenmeyer com a amostra
LENO) MENOR QUE 5 acidificada à chapa elétrica, com controle de temperatura. Evaporar à secura, sem que
a amostra entre em ebulição durante a evaporação. Esfriar o erlenmeyer e adicionar
Extinção da chama mais 5mL de ácido nítrico (HNO3) concentrado. Cobrir o erlenmeyer com vidro de
• Aumentar a vazão do acetileno (C2H2) até obter uma chama altamente redutora (lei- relógio e levar à chapa elétrica. A temperatura da chapa deve ser aumentada gra-
tura no rotâmetro entre 8 e 9). Surge um cone carmim que deve ter ao menos 20mm dativamente até que um ligeiro refluxo ocorra. Continuar o aquecimento até que o
de altura conteúdo do erlenmeyer fique incolor ou ligeiramente colorido. Novas adições de áci-

216
432 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 433

do nítrico (HNO3) concentrado podem ser necessárias, se o resíduo tornar–se escuro. Preparo das Soluções
Acrescentar, então 1 ou 2mL do ácido, aquecer ligeiramente, esfriar, filtrar e acertar o
volume com água deionizada. Guardar o filtrado para posterior análise. Solução estoque de alumínio 1000mg/L: Pesar exatamente em becker de 100mL exata-
• Utilizar um erlenmeyer de boca larga para um volume conhecido da amostra acidifi- mente 1,000g de alumínio metálico p.a e adicionar 15mL de ácido clorídrico concentrado.
cada. Acrescentar para cada 100mL da amostra 10mL de ácido sulfúrico (H2SO4) dilu- Cobrir o becker com vidro de relógio e aquecer até que todo metal esteja dissolvido. Transfe-
ído (1:1). Aquecer até ebulição, esfriar, adicionar 5mL de ácido nítrico (HNO3) concen- rir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada.
trado, continuar o aquecimento evitando temperaturas que possam fazer a amostra
projetar–se ou que metais voláteis sejam perdidos durante o tratamento da amostra. Técnica
O aquecimento deve ser prolongado até que vapores brancos pesados de anidrido Interferência
sulfúrico (SO3) apareçam e mostrem um líquido claro ou um ligeiramente colorido. Chama não suficientemente quente deixa de dissociar as ligações químicas muito estáveis, o
Se isto não acontecer, esfriar o erlenmeyer e adicionar novas porções de ácido até que não permite a absorção pelos átomos. Por outro lado, chamas de temperatura suficien-
que este objetivo seja alcançado. A amostra não deve ser levada à secura. Quando a temente elevada pode causar a ionização de parte dos átomos a serem determinados, cau-
digestão da amostra for completa, levar o erlenmeyer à temperatura ambiente para sando uma redução de absorção. Ferro, vanádio, ácido sulfúrico e ácido clorídrico reduzem a
filtrar o seu conteúdo. O volume do filtrado é levado a um volume adequado com sensibilidade do alumínio, quando estão presentes em concentrações maiores do que 0,2%.
água deionizada e estocado para análise
• Um volume conhecido da amostra é levado a erlenmeyer de boca larga onde são Calibração
acrescentados 10mL da mistura ácida (1:3) de ácido perclórico (HClO4) concentrado • Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução,
e ácido nítrico (HNO3) concentrado. Colocar um vidro de relógio sobre o erlenmeyer utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado
e levar o conjunto a uma chapa elétrica que mantenha a temperatura abaixo da de em 396,2nm de comprimento de onda e utilizando a chama acetileno–óxido nitroso
ebulição da mistura. A amostra estará digerida quando se observar um resíduo seco, • Determinação
incolor ou ligeiramente colorido. O excesso de ácido perclórico deve ser eliminado. • Fazer as leituras das absorbâncias e determinar as concentrações das amostras atra-
Cuidados devem ser tomados para que não haja contato direto entre a matéria or- vés da curva padrão de calibração, ou obtê–las diretamente no espectrofotômetro de
gânica e o ácido perclórico. O resíduo é dissolvido em 5mL de ácido clorídrico (HCl) absorção atômica
concentrado, filtrado, lavado com água deionizada até que as águas de lavagem não Cálculos
apresentem reação ácida. Realizar, então, uma última lavagem com solução de ácido
clorídrico 0,1N e completar o volume do filtrado até um volume conhecido com água Aluminio(mg/L) = (Ca - Cb) × FD
deionizada. A amostra estará pronta para análise
NOTA: Onde:
Em qualquer um dos casos, realizar uma prova em branco, substituindo a amostra por água Ca Concentração de alumínio, em mg/L, existente na contendo a amostra
destilada e utilizando os mesmos reagentes. Cb Concentração de alumínio, em mg/L, existente na solução do branco
FD Fator de diluição
ALUMÍNIO
BÁRIO
Determinação da concentração de alumínio, expressa em mg/L, por espectrofotometria de
absorção atômica Determinação da concentração de bário, expressa em mg/L, por espectrofotometria de ab-
sorção atômica
Reagentes e Soluções
• Solução estoque de alumínio Reagentes e Soluções
• Ácido clorídrico concentrado • Solução estoque de bário

217
434 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 435

• Ácido nítrico concentrado Reagentes e Soluções


• Solução estoque de chumbo
Preparo das Soluções • Ácido nítrico concentrado

Solução estoque de bário 1000mg/L: Pesar exatamente em becker de 100mL exatamente Preparo das Soluções
1,7787g de cloreto de bário di–hidratado p.a e adicionar 200mL de água destilada. Diluir a
1000mL com água destilada contendo 1,5mL de ácido nítrico concentrado por litro. Solução estoque de chumbo 1000mg/L: Pesar exatamente 1,599g de nitrato de chumbo
[Pb(NO3)2] e dissolver em um pouco de água destilada. Adicionar 10mL de ácido nítrico
Técnica (HNO3) concentrado e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume
Interferência com água destilada.
Chama não suficientemente quente deixa de dissociar as ligações químicas muito estáveis,
o que não permite a absorção pelos átomos. Por outro lado, chamas de temperatura sufi- NOTA:
cientemente elevada pode causar a ionização de parte dos átomos a serem determinados, As diluições, quando necessárias, devem ser feitas a partir da solução estoque
causando uma redução de absorção.
Técnica
Interferência
Calibração Os ânions fosfato, carbonato, iodato, fluoreto e acetato, em concentrações maiores que 10
• Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução, vezes a concentração de chumbo na amostra, causam interferência negativa. Essa interferên-
utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado cia é minimizada pela adição da solução de EDTA às amostras ou pelo uso da chama óxido
em 350,1nm de comprimento de onda e utilizando a chama acetileno–óxido nitroso. nitroso–acetileno

Determinação Calibração
• Fazer as leituras das absorbâncias e determinar as concentrações das amostras atra- • Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução,
vés da curva padrão de calibração, ou obtê–las diretamente no espectrofotômetro de utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado em
absorção atômica. 217,0nm de comprimento de onda e utilizando a chama ar–acetileno
• Determinação
Cálculos • Fazer as leituras das absorbâncias e determinar as concentrações das amostras atra-
vés da curva padrão de calibração, ou obtê–las diretamente no espectrofotômetro de
Bario(mg/L) = (Ca - Cb) × FD absorção atômica

Onde: Cálculos
Ca Concentração de bário, em mg/L, existente na contendo a amostra
Cb Concentração de bário, em mg/L, existente na solução do branco Chumbo(mg/L) = (Ca - Cb) × FD
FD Fator de diluição
Onde:
CHUMBO Ca Concentração de chumbo, em mg/L, existente na contendo a amostra
Cb Concentração de chumbo, em mg/L, existente na solução do branco
Determinação da concentração de chumbo, expressa em mg/L, por espectrofotometria de FD Fator de diluição
absorção atômica

218
436 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 437

CÁDMIO Reagentes e Soluções


• Solução estoque de manganês
Determinação da concentração de cádmio, expressa em mg/L, por espectrofotometria de • Ácido nítrico concentrado
absorção atômica Preparo das Soluções

Reagentes e Soluções Solução estoque de manganês 1000mg/L: Pesar exatamente 3,076g de sulfato de manga-
• Solução estoque de cádmio nês monoidratado (MnSO4.H2O) e dissolver em um pouco de água destilada. Adicionar 10mL
Preparo das Soluções de ácido nítrico (HNO3) concentrado. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e comple-
tar o volume com água destilada.
Solução estoque de cádmio 500mg/L: Pesar exatamente 3,1366g de sulfato de cádmio oc-
toidratado (CdSO4.8H2O) e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão NOTA:
volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada As diluições, quando necessárias, devem ser feitas a partir da solução estoque

NOTA: Técnica
As diluições, quando necessárias, devem ser feitas a partir da solução estoque Interferência
Fosfato, perclorato, ferro, níquel e cobalto interferem negativamente quando a chama redu-
Técnica tora é usada. Para eliminar esta interferência usa–se a chama oxidante de ar–acetileno.
Calibração
• Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução, Calibração
utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado em • Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução,
228,8nm de comprimento de onda e utilizando a chama ar–acetileno utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado em
279,5nm de comprimento de onda e utilizando a chama ar–acetileno
Determinação • Determinação
• Proceder conforme metodologia indicada para chumbo • Proceder conforme metodologia indicada para chumbo

Cálculos Cálculos

Cadmio(mg/L) = (Ca - Cb) × FD Manganes(mg/L) = (Ca - Cb) × FD

Onde: Onde:
Ca Concentração de cádmio, em mg/L, existente na solução contendo a amostra Ca Concentração de manganês, em mg/L, existente na solução contendo a amostra
Cb Concentração de cádmio, em mg/L, existente na solução do branco Cb Concentração de manganês, em mg/L, existente na solução do branco
FD Fator de diluição FD Fator de diluição

MANGANÊS FERRO
Determinação da concentração de ferro, expressa em mg/L, por espectrofotometria de ab-
Determinação da concentração de manganês, expressa em mg/L, por espectrofotometria de sorção atômica
absorção atômica

219
438 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 439

Reagentes e Soluções ZINCO


• Solução estoque de ferro
• Ácido nítrico concentrado Determinação da concentração de zinco, expressa em mg/L, por espectrofotometria de ab-
sorção atômica
Preparo das Soluções
Reagentes e Soluções
Solução estoque de ferro 1000mg/L: Dissolver 1,000g de ferro em arame em 50mL de uma • Solução estoque de zinco
solução de ácido nítrico (HNO3) 1:1. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e comple- • Ácido clorídrico concentrado
tar o volume com água destilada
Preparo das Soluções
NOTA:
As diluições, quando necessárias, devem ser feitas a partir da solução estoque Solução estoque de zinco 1000mg/L: Dissolver 1,000g de zinco metálico em 20mL de uma
solução de ácido clorídrico (HCl) 1:1. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e comple-
Técnica tar o volume com água destilada
Interferência
Ácido cítrico, quando presente em concentrações aproximadas de 200mg/L, interfere dimi- NOTA:
nuindo a absorbância. Esta interferência é minimizada com adição de ácido fosfórico na pro- As diluições, quando necessárias, devem ser feitas a partir da solução estoque
porção de 0,2mg/L de amostra, ou com o uso da chama óxido nitroso–acetileno
Técnica
Calibração Interferência
• Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução, Amostras com elevadas concentrações de sólidos solúveis devem ser lidas usando lâmpada
utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado em contínua de hidrogênio ou deutério, para eliminar as interferências de absorções não atômi-
248,3nm de comprimento de onda e utilizando a chama ar–acetileno cas

Determinação Calibração
• Proceder conforme metodologia indicada para chumbo • Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução,
utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado em
Cálculos 213,9nm de comprimento de onda e utilizando a chama ar–acetileno
• Determinação
Ferro(mg/L) = (Ca - Cb) × FD • Proceder conforme metodologia indicada para chumbo

Cálculos
Onde:
Ca Concentração de ferro, em mg/L, existente na solução contendo a amostra Zinco(mg/L) = (Ca - Cb) × FD
Cb Concentração de ferro, em mg/L, existente na solução do branco
FD Fator de diluição Onde:
Ca Concentração de zinco, em mg/L, existente na solução contendo a amostra
Cb Concentração de zinco, em mg/L, existente na solução do branco
FD Fator de diluição

220
440 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 441

NÍQUEL Cb Concentração de níquel, em mg/L, existente na solução do branco


FD Fator de diluição
Determinação da concentração de níquel, expressa em mg/L, por espectrofotometria de ab-
sorção atômica.
18.3 Análises de Álcool
Reagentes e Soluções
• Solução estoque de níquel Preparo das Amostras
• Ácido nítrico concentrado As análises por absorção atômica em amostras de álcool são realizadas a partir das amostras
“in natura”
Preparo das Soluções
NOTA:
Solução estoque de níquel 100mg/L: Pesar 4,953g de nitrato de níquel hexaidratado Realizar uma prova em branco substituindo a amostra por água destilada e utilizando os
[(Ni(NO3)2.6H2O] e dissolver em um pouco de água destilada. Adicionar 1,5mL de ácido nítri- mesmos reagentes. Determinar a massa específica a 20ºC da mostra, conforme metodologia
co (HNO3) concentrado. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume citada no capítulo Álcool Hidratado e Álcool Anidro
com água destilada.
COBRE
NOTA:
s diluições, quando necessárias, devem ser feitas a partir da solução estoque Determinação da concentração de cobre, expressa em mg/kg, por espectrofotometria de
absorção atômica
Técnica Proceder conforme metodologia indicada para cobre em solos.
Interferência
Além da mesma interferência verificada na determinação do zinco, ácidos clorídrico e per- Cálculos
clórico interferem diminuindo a absorbância, quando nas amostras estão presentes ferro, co-
balto e cromo. Elimina–se esta interferência utilizando uma chama oxidante ou com a chama [(Ca - Cb) × FD]
Cobre(mg/kg) =
d
óxido nitroso–acetileno

Calibração Onde:
• Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução, Ca Concentração de cobre, em mg/L, existente na solução contendo a amostra
utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado em Cb Concentração de cobre, em mg/L, existente na solução do branco
232,0nm de comprimento de onda e utilizando a chama ar–acetileno FD Fator de diluição
• Determinação d Massa específica da amostra a 20ºC
• Proceder conforme metodologia indicada para chumbo
FERRO
Cálculos
Determinação da concentração de ferro, expressa em mg/kg, por espectrofotometria de ab-
Niquel(mg/L) = (Ca - Cb) × FD sorção atômica
Proceder conforme metodologia indicada para ferro em solos
Onde:
Ca Concentração de níquel, em mg/L, existente na solução contendo a amostra

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442 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 443

Cálculos Reagentes e Soluções


• Solução de ácido nítrico 1%
[(Ca - Cb) × FD] • Peróxido de hidrogênio 30%
Ferro(mg/kg) =
d • Solução padrão estoque de chumbo 1000 mg/L
• Soluções de calibração
Onde: • Solução em branco
Ca Concentração de ferro, em mg/L, existente na solução contendo a amostra
Cb Concentração de ferro, em mg/L, existente na solução do branco Preparo das Soluções
FD Fator de diluição
d Massa específica da amostra a 20ºC Solução de ácido nítrico 1%: Medir em proveta 10mL de ácido nítrico (HNO3) e transferir
para um balão volumétrico de 1000mL contendo aproximadamente 500mL de água destila-
da. Esfriar e completar o volume com água destilada.
18.4 Análises de Açúcar
Solução padrão estoque de chumbo 1000 mg/L: Pesar exatamente 1,598g de nitrato de
PREPARO DAS AMOSTRAS chumbo [Pb(NO3)2] e dissolver em um pouco da solução de ácido nítrico 1%. Transferir para
balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com a solução de ácido nítrico 1%.
Reagentes e Soluções
• Ácido nítrico concentrado Soluções de calibração: Pipetar 10mL da solução padrão estoque de chumbo 1000mg/L,
• Peróxido de hidrogênio 30% transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com a solução de ácido
nítrico 1%. Esta solução corresponde a 10mg/L de chumbo. Pipetar 10mL desta solução para
Técnica outro balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com a solução de ácido nítrico
• Pesar exatamente 5,000g da amostra em um becker de 100mL. Adicionar 10mL de 1%. Esta solução corresponde a 0,1mg/L de chumbo. A partir desta solução preparar as se-
ácido nítrico (HNO3) concentrado, levar à chapa aquecedora e aquecer suavemente guintes soluções de calibração:
até o aparecimento de fumos escuros. Esfriar e adicionar 5mL de peróxido de hidro-
gênio 30%. Retornar à chapa aquecedora e continuar o aquecimento até o reapare- mL da Solução de Ácido
mL da Solução 0,1 mg/L mg/L
cimento dos fumos escuros. Retirar da chapa, esfriar e adicionar novamente 5mL de Nítrico 1%
peróxido de hidrogênio. Repetir a operação anterior e aquecer até o aparecimento de 0,0 100,0 0,000
fumos brancos. Retirar o becker da chapa aquecedora e esfriar. Transferir quantitati- 10,0 90,0 0,010
vamente para balão volumétrico de 50mL e completar o volume com água destilada. 20,0 80,0 0,020
30,0 70,0 0,030
NOTA:
Realizar uma prova em branco substituindo a amostra por água destilada e utilizando os Solução em branco: Repetir o mesmo procedimento utilizado para a digestão da amostra,
mesmos reagentes eliminando os 5g da amostra

CHUMBO Técnica
Calibração
Determinação da concentração de chumbo, expressa em mg/kg, por espectrofotometria de • Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução,
absorção atômica utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado em
283,3nm de comprimento de onda e equipado com forno de grafite

222
444 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 445

Cálculos a solução de ácido sulfúrico 1% utilizando fenolftaleína 1% como indicador. Transferir para
balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com a solução de ácido sulfúrico 1%.
Chumbo(mg/kg) = (Ca - Cb) × ( volume da solução
g amostra ) Soluções de calibração: Pipetar 10mL da solução padrão estoque de arsênio 1000mg/L,
transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com a solução de ácido
Onde: nítrico 1%. Esta solução corresponde a 10mg/L de arsênio. Pipetar 10mL desta solução para
Ca Concentração de chumbo, em mg/L, existente na solução contendo a amostra outro balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com a solução de ácido nítrico
Cb Concentração de chumbo, em mg/L, existente na solução do branco 1%. Esta solução corresponde a 0,1mg/L de arsênio. A partir desta solução preparar as se-
guintes soluções de calibração:
ARSÊNIO
mL da Solução de Ácido
mL da Solução 0,1 mg/L mg/L
Determinação da concentração de arsênio, expressa em mg/kg, por espectrofotometria de Nítrico 1%
absorção atômica 0,0 100,0 0,000
10,0 90,0 0,010
Reagentes e Soluções 20,0 80,0 0,020
• Solução de hidróxido de potássio 20% 30,0 70,0 0,030
• Solução de fenolftaleína 1%
• Solução de ácido sulfúrico 1% Técnica
• Solução padrão estoque de arsênio 1000mg/L Calibração
• Soluções de calibração • Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução,
utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado em
NOTA: 193,7nm de comprimento de onda e equipado com forno de grafite
As demais soluções já foram citadas no método de determinação de chumbo
Cálculos
Preparo das Soluções

Solução de hidróxido de potássio 20%: Pesar 20g de hidróxido de potássio (KOH) e dissol-
Arsenio(mg/kg) = (Ca - Cb) × ( volume da solução
g amostra )
ver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar
o volume com água destilada. Onde:
Ca Concentração de arsênio, em mg/L, existente na solução contendo a amostra
Solução de fenolftaleína 1%: Pesar 1g de fenolftaleína e dissolver em um pouco de água Cb Concentração de arsênio, em mg/L, existente na solução do branco
destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com álcool etí-
lico absoluto.
18.5 Análises de Méis
Solução de ácido sulfúrico 1%: Pesar 1g de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado, ou medir
um volume correspondente a 1g, e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para PREPARO DAS AMOSTRAS
balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada
Solução padrão estoque de arsênio 1000mg/L: Pesar exatamente 1,320g de óxido arsenioso NOTA:
[As2O3] e dissolver em um pouco da solução de hidróxido de potássio 20%. Neutralizar com Para as determinações de cálcio e magnésio, elaborar a curva de calibração com as concen-

223
446 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 447

trações dos padrões em percentagem (%) sorção atômica

Reagentes e Soluções Proceder conforme metodologia indicada para magnésio em solos


• Ácido nítrico concentrado
• Ácido perclórico concentrado Cálculos

Técnica Magnesio(%) = (Ca - Cb) × FD


• Pesar 1,0000g da amostra, transferir para becker de 100mL, adicionar vagarosamente
15mL de ácido nítrico (HNO3) concentrado e 2mL de ácido perclórico (HClO4) concen- Onde:
trado. Cobrir com um vidro de relógio e aquecer em chapa elétrica até fumos brancos Ca Concentração de magnésio, em %, existente na solução contendo a amostra
intensos (Cuidado: não levar à secura, dado o perigo do HClO4). Caso a mistura ainda Cb Concentração de magnésio, em %, existente na solução em branco
apresente ocorrência de material carbonizado, adicionar mais 5mL de ácido nítrico FD Fator de diluição
(HNO3) concentrado e repetir o aquecimento até densos fumos brancos de modo que
não haja mais presença de ácido nítrico (HNO3) nem material carbonizado. Deixar es- COBRE
friar, adicionar água destilada para dissolver o resíduo, aquecer se necessário e trans-
ferir para balão volumétrico de 100mL Determinação da concentração de cobre, expressa em mg/L, por espectrofotometria de ab-
sorção atômica.
NOTA: Proceder conforme metodologia indicada para cobre em solos.
Realizar uma prova em branco substituindo a amostra por água destilada e utilizando os
mesmos reagentes FERRO

CÁLCIO Determinação da concentração de ferro, expressa em mg/L, por espectrofotometria de ab-


sorção atômica.
Determinação da concentração de cálcio, expressa em %, por espectrofotometria de absor- Proceder conforme metodologia indicada para ferro em solos.
ção atômica
Proceder conforme metodologia indicada para cálcio em solos ZINCO

Cálculos Determinação da concentração de zinco, expressa em mg/L, por espectrofotometria de ab-


sorção atômica.
Calcio(%) = (Ca - Cb) × FD Proceder conforme metodologia indicada para zinco em solos.

Onde: MANGANÊS
Ca Concentração de cálcio, em %, existente na solução contendo a amostra
Cb Concentração de cálcio, em %, existente na solução em branco Determinação da concentração de manganês, expressa em mg/L, por espectrofotometria de
FD Fator de diluição absorção atômica.
Proceder conforme metodologia indicada para manganês em solos.
MAGNÉSIO

Determinação da concentração de magnésio, expressa em %, por espectrofotometria de ab-

224
Capítulo 19
Métodos
Cromatográficos

225
Capítulo 19 - Métodos Cromatográficos 451

Sumário

19.1 Teor Alcoólico....................................................................................................................... 00

Vinho levurado.............................................................................................................. 00

Vinhaça............................................................................................................................. 00

Flegmaça.......................................................................................................................... 00

Álcool................................................................................................................................ 00

19.2 Compostos Orgânicos....................................................................................................... 00

Óleo fúsel......................................................................................................................... 00

Álcool de cana................................................................................................................ 00

Álcool sintético.............................................................................................................. 00

226
452 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 19 - Métodos Cromatográficos 453

19.1 Teor Alcoólico • Calibrar o integrador ou programa computacional de integração de acordo com seus
manuais de operação
Determinação do teor alcoólico, expresso em percentagem, por cromatografia gasosa, em • Centrifugar uma porção da amostra
vinho levurado, vinhaça, flegmaça e álcool • Em balão de 50mL adicionar, com auxílio de uma pipeta volumétrica, 5mL da amostra
• Completar o volume com água destilada
NOTA IMPORTANTE • Injetar o mesmo volume de amostra
Os procedimentos citados neste capítulo se referem, por questões de ilustração, a uma de-
terminada marca de cromatógrafo gasoso. É importante que cada manual de instrução seja Cálculos
lido e seguido rigorosamente durante a operação do equipamento.
Teor alcoolico(%v/v) = C × 10
VINHO LEVURADO
Onde:
Reagentes e Soluções C Concentração de etanol obtida diretamente nos integradores ou através dos progra-
• Álcool etílico absoluto mas computacionais de integração
• Solução padrão
VINHAÇA
Preparo das Soluções
Reagentes e Soluções
Solução padrão: Em um balão volumétrico de 200mL adicionar, por meio de uma pipeta vo- • Álcool etílico absoluto
lumétrica, 1mL de álcool etílico (C2H5OH) absoluto. Completar o volume com água destilada • Solução padrão

Técnica Preparo das Soluções


Condições cromatográficas
• Método de análise: padronização externa Solução padrão: Em um balão volumétrico de 100mL adicionar, por meio de uma pipeta
• Coluna: PAD/2499 (canal 4) volumétrica, 0,1mL de álcool etílico (C2H5OH) absoluto. Completar o volume com água des-
• Temperaturas: tilada
Vaporizador (injetor) - 135ºC
Coluna - 100ºC Técnica
Detector - 160 -180ºC Condições cromatográficas
• Fluxos: Idênticas às condições para vinho
Nitrogênio - 30-40mL/min
Hidrogênio - 30mL/min Determinação
Oxigênio - 250-300mL/min • Injetar 3μL da solução padrão e identificar o etanol com seu respectivo tempo de
• Atenuação: 1 K/16 retenção
• Seletor de canais: col. 2 . 10–9 A • Calibrar o integrador ou programa computacional de integração de acordo com seus
manuais de operação
Determinação • Filtrar uma porção da amostra em papel de filtro faixa branca
• Injetar 3μL da solução padrão e identificar o etanol com seu respectivo tempo de re- • Injetar o mesmo volume de amostra
tenção

227
454 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 19 - Métodos Cromatográficos 455

Cálculos ÁLCOOL

Teor alcoolico(%v/v) = C Reagentes e Soluções


• Álcool etílico absoluto
Onde: • Solução padrão
C Concentração de etanol obtida diretamente nos integradores ou através dos progra-
mas computacionais de integração Preparo das Soluções

FLEGMAÇA Solução padrão: Pesar em balança analítica 93,6g de álcool etílico (C2H5OH) absoluto e com-
pletar o peso para 100g com água destilada
Reagentes e Soluções
• Álcool etílico absoluto Técnica
• Solução padrão Condições cromatográficas
• Detector: condutividade térmica
Preparo das Soluções • Método de análise: padronização externa
• Coluna: PAB/2356 (canal 2)
Solução padrão: Em um balão volumétrico de 100mL adicionar, por meio de uma pipeta • Temperaturas:
volumétrica, 0,3mL de álcool etílico (C2H5OH) absoluto. Completar o volume com água des- Vaporizador (injetor) - 135ºC
tilada Coluna - 100ºC
Detector - 160-180ºC
Técnica • Fluxos:
Condições cromatográficas Coluna analítica - 30mL/min
Idênticas às condições para vinho Coluna de referência - otimizar
• Atenuação: 50 x
Determinação • Corrente: em 0,6 (180 mA)
• Injetar 3μL da solução padrão e identificar o etanol com seu respectivo tempo de re- • Fundo de escala do registrador: 1mV
tenção
• Calibrar o integrador ou programa computacional de integração de acordo com seus Determinação
manuais de operação • Injetar 3μL da solução padrão e identificar a água com seu respectivo tempo de re-
• Filtrar uma porção da amostra em papel de filtro faixa branca tenção
• Injetar o mesmo volume de amostra • Calibrar o integrador ou programa computacional de integração de acordo com seus
manuais de operação
Cálculos • Injetar o mesmo volume de amostra

Teor alcoolico (%v/v) = C Cálculos

Onde: Teor alcoolico(%p/p) = 100 - C


C Concentração de etanol obtida diretamente nos integradores ou através dos progra-
mas computacionais de integração

228
456 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 19 - Métodos Cromatográficos 457

Onde: • Temperaturas:
C Concentração de água obtida diretamente nos integradores ou através dos progra- vaporizador (injetor) - 130–140ºC
mas computacionais de integração coluna - 70–90ºC
detector - 150ºC
• Fluxos:
19.2 Compostos Orgânicos nitrogênio - 20–30mL/min
hidrogênio - 30mL/min
Determinação da concentração de compostos orgânicos, por cromatografia gasosa, em óleo oxigênio - 250–300mL/min
fúsel, álcool de cana e álcool importado.
Atenuação: 1 K/16
ÓLEO FÚSEL Seletor de canais: col. 2 . 10–9 A
• Injetar 2μL da solução padrão e identificar os componentes orgânicos do padrão com
Reagentes e Soluções seus respectivos tempos de retenções
• Álcool etílico absoluto • Calibrar o integrador ou programa computacional de integração de acordo com seus
• Álcool n–propílico manuais de operação
• Álcool iso–butílico
• Álcool iso–amílico Preparo da amostra
• Acetona • Realizar uma diluição aproximadamente de 5 X com acetona, da seguinte forma: Pe-
• Solução padrão sar em torno de 5g da amostra e completar o peso para 25g com acetona. Calcular
o fator de diluição corretamente da seguinte maneira: peso total / peso da amostra
Preparo das Soluções
Determinação
Solução padrão: Tarar um balão volumétrico de 100mL seco em estufa durante 1h a 100ºC. • Injetar o mesmo volume da amostra
Adicionar em torno de 50mL de acetona (C3H6O) e pesar quantidades aproximadas das indi-
cadas a seguir de cada um dos componentes relacionados na ordem apresentada. Em segui- Cálculos
da completar o peso para 100g com acetona Expressar separadamente os resultados dos compostos orgânicos, em % p/p, multiplicando
a concentração de cada componente pelo fator de diluição da amostra
OBSERVAÇÃO: Componentes
álcool iso–amílico (C5H12O) 12,0g ÁLCOOL DE CANA
álcool n–butílico (C4H10O) 1,0g
álcool iso–butílico (C4H10O) 2,0g Reagentes e Soluções
álcool n– propílico (C3H8O) 1,1g • Álcool etílico absoluto
álcool etílico (C2H6O) 2,0g • Álcool metílico
• Álcool n–propílico
Técnica • Álcool iso–butílico
Condições cromatográficas • Álcool iso–amílico
• Detector: ionização de chama • Acetaldeído
• Método de análise: padronização externa • Acetona
• Coluna: PAD/3334 • Acetato de etila

229
458 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 19 - Métodos Cromatográficos 459

• Solução estoque • Concentração em ppm = o peso (mi) multiplicado por 100 e dividido pelo peso total
• Solução de trabalho do etanol (m1 + m2)
• Se algum componente apresentar pico quando da injeção do solvente puro, a sua
Preparo das Soluções concentração deve ser calculada do seguinte modo (método da adição de padrão):
Ai = área do pico no solvente puro
Solução estoque: Em balança analítica, tarar um balão volumétrico de 100mL, adicionar cer- Ai’ = área do pico na solução de trabalho
ca de 50mL de álcool etílico (C2H5OH), hidratado ou anidro, e obter o peso (m1). Este álcool Api = área devida à adição do padrão = Ai’ – Ai
deve ser injetado no cromatógrafo, nas mesmas condições analíticas para a amostra, deven- Cpi = concentração adicionada (calculada acima)
do mostrar–se isento dos componentes a ser adicionados. Caso não se consiga um álcool Ci’ = concentração final corrigida = (Ai’x Cpi) / Ai’
com estas características, anotar a(s) área(s) do(s) pico(s) encontrado (s) (Ai). Com auxílio de
pipeta ou seringa, colocar cerca de 0,1mL de cada um dos componentes abaixo, na ordem OBSERVAÇÃO: Se a área inicial (Ai) for maior que Api em mais de 50%, é conveniente procurar
apresentada (do menos volátil para o mais volátil), anotando os pesos (mi). No caso do ace- um álcool de melhor qualidade
taldeído, a pipeta (ou seringa) deve ser resfriada em geladeira e a operação deve ser bastan-
te rápida, em virtude de seu baixíssimo ponto de ebulição (14°C). Completar o volume do Técnica
balão com o mesmo álcool etílico e anotar o peso desta nova porção de álcool (m2). Condições cromatográficas
• Detector: ionização de chama
OBSERVAÇÃO: Componentes • Método de análise: padronização externa
acetaldeído (C2H4O) • Coluna: PAC/3334
acetona (C3H6O) • Temperaturas:
acetato de etila (C4H7O2) vaporizador (injetor) - 130–140ºC
álcool metílico (CH4O) coluna - 70–90ºC
álcool n–propílico (C3H8O) detector - 150ºC
álcool iso–butílico (C4H10O) • Fluxos:
álcool n–butílico (C4H10O) nitrogênio - 20–30mL/min
álcool iso–amílico (C5H12O) hidrogênio - 30mL/min
oxigênio - 250–300mL/min
Solução de trabalho: Com pipeta volumétrica, colocar 10mL da solução estoque em um
balão de 100ml e completar o volume com o mesmo álcool etílico empregado na prepara- Atenuação: 100/16
ção da solução estoque. Preparar mais duas soluções idênticas. Injetar as três soluções de Seletor de canais: col. 1 . 10–9 A
trabalho, em triplicata, e comparar os resultados. Se a média de alguma das soluções diferir
em mais de 2% das outras, desprezá–la. As três injeções de cada solução devem apresentar Determinação
um erro menor que 2%. Caso contrário, houve erro de injeção (se só aconteceu uma vez) ou • Injetar 4μL da solução padrão e identificar os componentes orgânicos do padrão com
existe algum problema com o cromatógrafo (se o erro for generalizado). As soluções não seus respectivos tempos de retenções
discordantes podem ser juntadas, para aumentar o volume. • Calibrar o integrador ou programa computacional de integração de acordo com seus
manuais de operação
OBSERVAÇÃO: Cálculo da concentração da solução de trabalho • Injetar o mesmo volume de amostra
• A concentração deve ser expressa de dois modos, para atender a dois tipos diferentes
de especificações: mg/100mL e mg/kg (ppm) Cálculos
• Concentração em mg/100 mL = o peso (mi) dividido por 10 (fator de diluição) Expressar separadamente os resultados dos compostos orgânicos, em mg/100mL ou em

230
460 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 19 - Métodos Cromatográficos 461

mg/kg, conforme a calibração do integrador Técnica


Condições cromatográficas
ÁLCOOL SINTÉTICO Idênticas às condições para álcool de cana
Reagentes e Soluções
• Álcool etílico absouto Determinação
• Álcool ter–butílico • Injetar 4μL da solução padrão e identificar os componentes orgânicos do padrão com
• Álcool iso–propílico seus respectivos tempos de retenções
• Álcool iso–butílico • Calibrar o integrador ou programa computacional de integração de acordo com seus
• Álcool n–butílico manuais de operação
• Álcool iso–butílico • Injetar o mesmo volume de amostra
• n–hexano
• Solução padrão Cálculos
Expressar separadamente os resultados dos compostos orgânicos, em mg/100mL ou em
Preparo das Soluções mg/kg, conforme a calibração do integrador.

Solução padrão: Em balança analítica, tarar um balão volumétrico de 100mL. Com auxílio
de pipeta ou seringa, colocar os volumes indicados de cada um dos componentes abaixo
relacionados, anotando o peso (mi). Completar o volume com álcool etílico anidro com o
máximo de 0,1% de impurezas.

OBSERVAÇÃO: Componentes
n–hexano (C6H14) 5mL
álcool ter–butílico (C4H10O) 30mL
álcool iso–propílico (C3H8O) 30mL
álcool n– propílico (C3H8O) 10mL
álcool etílico (C2H6O) 50mL
álcool iso–butílico (C4H10O) 1mL
álcool n–butílico (C3H8O) 1mL
álcool iso–amílico (C5H12O) 2mL

OBSERVAÇÃO: Cálculo da concentração da solução


• A concentração deve ser expressa de dois modos, para atender a dois tipos diferentes
de especificações: mg/100mL e mg/kg (ppm)
• Concentração em mg/100mL = o peso (mi)
• Concentração em ppm = o peso (mi) multiplicado por 1000 e dividido pelo peso do
etanol (m1)

NOTA
A coluna PAC - 3334, dependendo do uso, não irá separar o etanol do isso-propanol

231
Capítulo 20
Águas
Industriais

232
464 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 465

Sumário

20.1 pH............................................................................................................................................. 00

20.2 Alcalinidade Total................................................................................................................ 00

20.3 Alcalinidade Hidróxida...................................................................................................... 00

20.4 Dureza de Cálcio................................................................................................................. 00

20.5 Dureza Total.......................................................................................................................... 00

20.6 Dureza de Magnésio.......................................................................................................... 00

20.7 Cloreto.................................................................................................................................... 00

20.8 Ferro......................................................................................................................................... 00

20.9 Sílica......................................................................................................................................... 00

20.10 Sulfato.................................................................................................................................. 00

Método Colorimétrico................................................................................................. 00

Método Turbidimétrico............................................................................................... 00

20.11 Fosfato.................................................................................................................................. 00

20.12 Sulfito.................................................................................................................................... 00

20.13 Condutividade................................................................................................................... 00

20.14 Oxigênio Dissolvido........................................................................................................ 00

20.15 Sólidos Totais..................................................................................................................... 00

20.16 Sólidos Totais Dissolvidos.............................................................................................. 00

20.17 Hidrazina............................................................................................................................. 00

20.18 Cromato............................................................................................................................... 00

20.19 Cloro Residual.................................................................................................................... 00

Método Comparativo.................................................................................................. 00

Método Titrimétrico..................................................................................................... 00

20.20 Açúcar................................................................................................................................... 00

20.21 Alumínio.............................................................................................................................. 00

20.22 Bário...................................................................................................................................... 00

20.23 Cobre.................................................................................................................................... 00

Método por Absorção Atômica............................................................................... 00

233
466 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 467

Método por Espectrofotometria............................................................................. 00 20.1. pH

Determinação da concentração de H+ por potenciometria.


Proceder conforme metodologia indicada para caldos.

20.2. Alcalinidade Total

Determinação da alcalinidade total, expressa em mg/L CaCO3, por titrimetria de neutraliza-


ção

Reagentes e Soluções
• Solução de ácido sulfúrico 1N
• Solução de ácido sulfúrico 0,02N
• Solução padrão de carbonato de sódio 0,02N
• Solução indicadora de fenolftaleína 0,5%
• Mistura de indicadores vermelho de metila + verde de bromocresol
• Álcool etílico absoluto

Preparo das Soluções

Solução de ácido sulfúrico 1N: Medir em proveta 29mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concen-
trado e transferir vagarosamente para um becker contendo aproximadamente 500mL de
água destilada. Homogeneizar, esfriar, transferir para balão volumétrico de 1000mL e com-
pletar o volume com água destilada.

Solução de ácido sulfúrico 0,02N: Pipetar 20mL da solução de ácido sulfúrico 1N para um
balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. Ou, pipetar 0,6mL
de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado, através de pipeta graduada, para um balão volumé-
trico de 1000mL, contendo 200mL de água destilada. Completar o volume com água destila-
da. Padronizar com solução de carbonato de sódio 0,02N e mistura de indicadores vermelho
de metila + verde de bromocresol.

Solução padrão de carbonato de sódio 0,02N: Pesar exatamente 1,0600g de carbonato de


sódio (Na2CO3) seco em estufa a 120ºC, durante 1h e esfriado em dessecador. Transferir quan-
titativamente para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.

Solução indicadora de fenolftaleína 0,5%: Pesar 0,5g de fenolftaleína num becker de


100mL, juntar 50mL de álcool etílico (C2H5OH), absoluto, dissolver e adicionar 50mL de água

234
468 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 469

destilada. Homogeneizar e guardar num frasco conta-gotas. 50.000 Equivalente em miligrama do CaCO3
F Fator de correção da concentração do ácido sulfúrico
Mistura de indicadores vermelho de metila + verde de bromocresol: Dissolver 0,2g de A Alíquota da amostra tomada para análise
verde de bromocresol e 0,04g de vermelho de metila em 90mL de álcool etílico (C2H5OH),
absoluto. Juntar 10mL de água destilada, homogeneizar e guardar no frasco conta–gotas. NOTAS:

NOTA: • Simplificando, para uma análise usando ácido sulfúrico 0,02N com fator 1 e alíquota
Este indicador substitui o metilorange a 0,1% em água destilada de 50mL da amostra pipetada para determinação, o cálculo será:

OBSERVAÇÃO: Padronização do ácido sulfúrico 0,02N Alcalinidade total(mg/L CaCO3 ) = 20 × Vg


• Pipetar 25mL de carbonato de sódio 0,02N para erlenmeyer de 125mL
• Adicionar algumas gotas da solução de mistura de indicadores e titular com o ácido • Considerações sobre Alcalinidade em Águas
sulfúrico 0,02N preparado, até mudança de coloração • Os resultados obtidos neste método assumem que somente hidróxidos, carbonatos e
• Calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção da concentração (F) do ácido bicarbonatos estão presentes nas águas, visto que os interferentes fosfatos e silicatos,
sulfúrico 0,02N da seguinte maneira: mesmo quando presentes, geralmente estão em concentrações que tornam despre-
zíveis suas interferências;
0,5 • Hidróxidos, carbonatos e bicarbonatos nunca estão presentes juntos em uma mesma
N(verdadeira) =
Vg água, entretanto hidróxidos e carbonatos ou bicarbonatos, ou cada um deles separa-
Onde; damente podem estar presentes numa água;
Vg Volume de ácido sulfúrico gasto na titulação • A alcalinidade total é comumente encontrada em literatura como a “metilorange” ou
“M.O.” porque geralmente usa–se este indicador. Ela mede OH-, CO2-3, HCO-3,
N(verdadeira) OH- e CO32-, CO32- e HCO-3;
F=
0,02 • Amostras que apresentam material em suspensão devem ser filtradas;
• Deve-se minimizar o contato da amostra com o ar para evitar a reação do CO2 com
Técnica hidróxidos, diminuindo esta alcalinidade;
• Pipetar 50mL da amostra para um erlenmeyer de 125mL e adicionar 4 gotas do indi- • No caso de águas com alcalinidade alta, como a das caldeiras, deve-se tomar uma
cador vermelho de metila + verde de bromocresol alíquota menor para analisar. E para amostras de baixa alcalinidade, usar 100mL da
• Titular com ácido sulfúrico 0,02N até a mudança da cor azul esverdeada para rosa amostra;
nítido • Amostras contendo cor e material em suspensão devem ser filtradas, usar celite ou
• Anotar o volume gasto carvão ativado se necessário.

Cálculos
20.3. Alcalinidade Hodróxida
(Vg × N × 50.000 × F)
Alcalinidade total(mg/L CaCO3 ) =
A Determinação da alcalinidade hidróxida, expressa em mg/L CaCO3, por titrimetria de neu-
tralização
Onde:
Vg Volume de ácido sulfúrico 0,02N gasto na titulação da amostra Reagentes e Soluções
N Normalidade da solução de ácido sulfúrico • Solução de cloreto de bário 10%

235
470 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 471

NOTA: Reagentes e Soluções


Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação de alcalinida- • Solução de EDTA 0,01M
de total • Solução de carbonato de cálcio 0,01M
• Solução de ácido clorídrico 1N
Preparo das Soluções • Solução de hidróxido de sódio 1N
• Solução condicionante para cálcio
Solução de cloreto de bário 10%: Pesar 10g de cloreto de bário (BaCl2) e dissolver em um • Solução indicadora de calcon
pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume • Solução indicadora de murexida
com água destilada
Preparo das Soluções
Técnica
• Pipetar 50mL da amostra para um erlenmeyer de 125mL e adicionar 4 gotas da solu- Solução de EDTA 0,01M: Pesar 3,725g de etileno diamino tetra acetato de sódio diidratado
ção alcoólica de fenolftaleína mais 10mL da solução de cloreto de bário 10% – EDTA – (C10H14N2Na2.2H2O) seco em estufa a 105ºC, durante 1h e dissolver em um pouco
• Titular com ácido sulfúrico 0,02N até a mudança de cor de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com
• Anotar o volume gasto água destilada.

Cálculos Solução de carbonato de cálcio 0,01M: Pesar 1,0000g de carbonato de cálcio (CaCO3) seco
em estufa a 300ºC, durante 2h e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir com
(Vg × N × 50.000 × F) 300mL de água destilada para um balão volumétrico de 1000mL. Adicionar 25mL de ácido
Alcalinidade hidroxida(mg/L CaCO3 ) =
A clorídrico 1N e agitar até total dissolução. Juntar 25mL de hidróxido de sódio 1N, completar
o volume com água destilada e homogeneizar.
Onde:
Vg Volume de ácido sulfúrico 0,02N gasto na titulação da amostra Solução de ácido clorídrico 1N: Medir 82,78mL de ácido clorídrico (HCl) e transferir para um
N Normalidade da solução de ácido sulfúrico balão volumétrico de 1000mL contendo aproximadamente 500mL de água destilada. Esfriar
50.000 equivalente em miligrama do CaCO3 e completar o volume com água destilada.
F Fator de correção da concentração do ácido sulfúrico
A Alíquota da amostra para análise Solução de hidróxido de sódio 1N: Pesar 40g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
um pouco de água destilada. Transferir para um balão volumétrico de 1000mL e completar
NOTA o volume com água destilada.
Simplificando, para uma análise usando ácido sulfúrico 0,02N com fator 1 e alíquota de 50mL
da amostra pipetada para determinação, o cálculo será: Solução condicionante para cálcio:
A) Dissolver 80g de hidróxido de sódio (NaOH) em 500mL de água destilada
Alcalinidade hidroxida(mg/L CaCO3 ) = 20 × Vg B) Dissolver 20g de cianeto de potássio (KCN) em 300mL de água destilada. Transferir ambas
soluções para balão volumétrico de 1000mL, adicionar 50mL de trietanolamina e completar
o volume com água destilada.
20.4. Dureza de Cálcio
Solução indicadora de calcon: Pesar 1g do calcon num becker de 50mL. Juntar 15 gotas de
Determinação da dureza de cálcio, expressa em mg/L Ca , ou dureza cálcica expressa em
++
trietanolamina e dissolver. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volu-
mg/L CaCO3, por titrimetria de complexação me com álcool etílico (C2H5OH) absoluto (solução líquida).

236
472 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 473

NOTA Cálculos
Pode–se substituir o indicador líquido pelo em pó, preparado da seguinte forma: 1g de cal-
con mais 99g de cloreto de sódio (NaCl). (V1 × M × 40.720 × F)
Dureza de calcio(mg/L Ca++) =
A
Solução indicadora de murexida: Triturar em almofariz 0,5g de murexida (purpurato de
amônio) com 100g de cloreto de sódio (NaCl), até obter uma mistura uniforme. Guardar em Onde:
recipiente bem fechado e no escuro. V1 Volume de EDTA gasto na titulação
M Molaridade da solução de EDTA
NOTA: A Alíquota da amostra tomada para análise
Este indicador substitui o calcon. F Fator de correção da concentração do EDTA 0,01M

OBSERVAÇÃO: Padronização da solução de EDTA 0,01M NOTAS


• Pipetar 25mL da solução de carbonato de cálcio 0,01M para um erlenmeyer de 250mL • Simplificando, para uma análise usando a solução de EDTA 0,01M com fator 1 e alí-
• Adicionar 2mL da solução do condicionante para cálcio e misturar quota de 50mL da amostra pipetada para determinação, o cálculo será:
• Juntar 3 gotas do indicador calcon ou murexida e titular imediatamente com a solu-
ção de EDTA até a mudança de cor rosa-vinho para azul nítido Dureza de calcio(mg/L Ca++) = V1 × 8,144
• Anotar o volume gasto
• Calcular a molaridade verdadeira e o fator de correção da concentração (F) do EDTA • Se desejar obter o resultado como dureza cálcica, em termos de CaCO3, calcular pela
da seguinte maneira: expressão:

0,25 (V1 × M × 100.000 × F)


M(verdadeira) = Dureza calcica(mg/L CaCO3) =
Vg A

Onde: • Ou, a partir do resultado de mg/L Ca++


Vg Volume de EDTA gasto na titulação
Dureza calcica(mg/L CaCO3 ) = mg/L Ca++ × 2,5
M(verdadeira)
F=
0,01
Técnica 20.5. Dureza Total
• Pipetar 50mL da amostra para um erlenmeyer de 250mL
• Adicionar 2mL da solução condicionante para cálcio e misturar Determinação da dureza total, expressa em mg/L de CaCO3, pelo método titrimétrico de
• Adicionar 4 gotas do indicador calcon ou murexida e titular imediatamente com a complexação.
solução de EDTA 0,01M padronizado até a mudança da cor rosa-vinho para azul nítido
• Anotar o volume gasto (V1) Reagentes e Soluções
• Solução condicionante para cálcio e magnésio
NOTA • Solução indicadora de eriocromo black T
Se utilizar o indicador murexida, a viragem será de rosa-vinho para roxo
NOTA
Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação de dureza de
cálcio.

237
474 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 475

Preparo das Soluções NOTA


Simplificando, para uma análise usando a solução de EDTA 0,01M com fator 1 e alíquota de
Solução condicionante para cálcio e magnésio: 50mL da amostra pipetada para a determinação, o cálculo será:
A) Dissolver 70g de cloreto de amônio (NH4Cl) em 580mL de hidróxido de amônio (NH4OH),
em capela. Dureza total (mg/L CaCO3 ) = V2 × 20
B) Dissolver 20g de cianeto de potássio (KCN) em 300mL de água destilada. Transferir ambas
soluções para um balão volumétrico de 1000mL, adicionar 50mL de trietanolamina e com-
pletar o volume com água destilada. 20.6. Dureza de Magnésio

Solução indicadora de eriocromo black T: Pesar 0,5g de eriocromo black T e 4,5g de hidroxi- Determinação da dureza de magnésio, expressa em mg/L de Mg++, por cálculos
lamina clorídrica. Adicionar 80mL de álcool etílico (C2H5OH) absoluto e aquecer sob agitação
até dissolver totalmente. Cobrir e guardar em lugar escuro e fresco em torno de 12h. Filtrar Cálculos
em papel de filtro faixa branca para balão de 100mL e completar o volume com álcool etílico.
Guardar em frasco conta-gotas escuro e em lugar fresco (solução líquida). [(V2 - V1) × M × 24.305 × F]
Dureza de magnesio(mg/L Mg++) =
A
NOTA
Pode-se substituir o indicador líquido pelo em pó, preparado da seguinte forma: 1g de erio- Onde:
cromo black T e 99g de cloreto de sódio (NaCl). V2 Volume gasto na titulação da dureza total
V1 Volume gasto na titulação da dureza de cálcio
Técnica 24.305 Equivalente em miligrama do magnésio
• Pipetar 50mL da amostra para um erlenmeyer de 250mL M Molaridade da solução de EDTA
• Adicionar 2mL da solução condicionante para cálcio e magnésio e agitar A Alíquota da amostra tomada para análise
• Adicionar 4 gotas da solução indicadora de eriocromo black T e titular imediatamente
com solução de EDTA 0,01M padronizada, até a mudança da cor rosa-vinho para azul NOTA
nítido Simplificando, para uma análise usando a solução de EDTA 0,01 M com fator 1 e alíquota de
• Anotar o volume gasto (V2) 50mL da amostra pipetada para a determinação, o cálculo será:

Cálculos Dureza de magnesio (m/L Mg++ ) = ( V2 - V1 ) × 4,86

(V2 × M × 100.000 × F)
Dureza total(mg/L CaCO3) =
A 20.7. Cloreto

Onde: Determinação da concentração de íons cloretos, expressa em mg/L Cl–, através do método
titrimétrico de Mohr
V2 Volume de EDTA gasto na titulação
M Molaridade da solução de EDTA Reagentes e Soluções
F Fator de correção da concentração do EDTA • Solução de nitrato de prata 0,0141N
A Alíquota da amostra tomada para análise • Solução de cloreto de sódio 0,0141N
• Solução de cromato de potássio 5%

238
476 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 477

• Peróxido de hidrogênio 30% N(verdadeira)


F=
0,0141
NOTA
Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação de Alcalinida- Técnica
de Total • Pipetar 50mL da amostra para um erlenmeyer de 250mL

Preparo das Soluções NOTA


Para alto teor de Cl-, diluir a amostra à faixa 0,15 a 10mg de Cl- por cada 50mL
Solução de nitrato de prata 0,0141N: Pesar 2,3952g de nitrato de prata (AgNO3) seco em • Adicionar 3 gotas de fenolftaleína e neutralizar com hidróxido de sódio 1N ou ácido
estufa a 220ºC, durante 15min e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para sulfúrico 1N
balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
NOTA
Solução de cloreto de sódio 0,0141N: Pesar 0,8241g de cloreto de sódio (NaCl) seco a 150ºC, Se a amostra contiver sulfito em concentração superior a 10mg/L, adicionar 2mL de peróxido
durante 1h, dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 30% à amostra e aquecer até ebulir por 2min. Esfriar à temperatura ambiente.
1000mL e completar o volume com água destilada. • Adicionar 1mL da solução de cromato de potássio 5%, misturar e titular com a solu-
ção de nitrato de prata 0,0141N até produzir uma cor avermelhada permanente
Solução de cromato de potássio 5%: Dissolver 5g de cromato de potássio (K2CrO4) em 80mL • Anotar o volume gasto na titulação da amostra (Va)
de água destilada e adicionar solução de nitrato de prata 0,0141N até a formação de um • Fazer uma prova em branco utilizando 50mL de água destilada como a amostra e
precipitado amarelo-avermelhado. Repousar 12h e filtrar para balão volumétrico de 100mL. recebendo o mesmo tratamento
Completar o volume com água destilada • Anotar o volume gasto na titulação do branco (Vb)
Peróxido de hidrogênio 30%: Reagente comprado preparado
Cálculos
OBSERVAÇÃO: Padronização da solução de nitrato de prata 0,0141N
[(Va - Vb) × N × 35.500 × F]
Cloreto(mg/L Cl-) =
• Pipetar 25mL da solução de cloreto de sódio 0,0141N para um erlenmeyer de 250mL A
• Adicionar 3 gotas de fenolftaleína 0,5% e neutralizar com hidróxido de sódio 0,1N até Onde:
que a solução fique levemente rósea Va Volume de nitrato de prata 0,0141N gasto na titulação da amostra
• Adicionar 1mL de cromato de potássio 5% e titular com a solução de nitrato de prata Vb Volume de nitrato de prata 0,0141N gasto na titulação do branco
0,0141N padronizado até a mudança de coloração para vermelho-telha (tomar a co- N Normalidade da solução de nitrato de prata
loração obtida como referência para a determinação nas amostras) 35.500 Equivalente em miligrama do íon Cl–
• Anotar o volume gasto F Fator de correção da concentração do nitrato de prata 0,0141
• Calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção da concentração (F) da solu- A Alíquota da amostra tomada para análise
ção de nitrato de prata da seguinte maneira:
NOTA
0,3525 Simplificando, para uma análise usando a solução de nitrato de prata 0,0141N com fator 1 e
N(verdadeira) =
Vg alíquota de 50mL da amostra pipetada para a determinação, o cálculo será:

Onde: Cloreto (mg/L Cl- )=( Va - Vb ) × 10,011


Vg Volume da solução de nitrato de prata gasto na titulação

239
478 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 479

OBSERVAÇÕES Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
• Os íons brometo, iodeto e cianeto interferem, sendo determinados como cloretos Homogeneizar e estocar em frasco escuro.
• Sulfito (acima de 10mg/L), sulfeto e tiossulfeto interferem no resultado, elevando-o
e dificultando o ponto de viragem. Deve-se tratar a amostra com hidróxido de sódio Solução de permanganato de potássio 0,1N: Pesar 3,166g de permanganato de potássio
0,025N, peróxido de hidrogênio 30% e aquecimento (KMnO4) e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de
• Ortofosfato e polifosfato acima de 25mg/L precipitam a prata. Deve-se diluir a amos- 1000mL e completar o volume com água destilada. Filtrar em papel de filtro e guardar a
tra para evitar esta interferência solução em recipiente escuro.
• Ferro (acima de 10mg/L), mascara o ponto final da titulação. Para inibir esta sua ação,
deve–se adicionar à amostra 5mL de uma solução de citrato de amônio 5% Solução estoque de ferro 200mg/L: Dissolver exatamente 1,404g de sulfato ferroso amonia-
• Amostras com cor e material em suspensão devem ser tratadas com 3mL de suspen- cal hexaidratado [Fe(NH4)2(SO4)26.H2O] em 50mL de água destilada e 20mL de ácido sulfúrico
são de hidróxidos de alumínio e filtrar (H2SO4) concentrado. Juntar gotas de uma solução de permanganato de potássio (KMnO4)
• As amostras devem ser tituladas com pH entre 7 e 10 0,1N até que a cor rósea persista. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar
o volume com água destilada.

20.8. Ferro Solução padrão de ferro 10mg/L: Pipetar 50mL da solução estoque de ferro para balão vo-
lumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
Determinação da concentração de ferro, expressa em mg/L, pelo método colorimétrico da
ortofenantrolina OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
• Pipetar para balões volumétricos de 100mL as seguintes alíquotas da solução de ferro
Reagentes e Soluções 10mg/L:
• Solução de hidroxilamina clorídrica 10%
• Solução tampão de acetato de amônio Alíquota (mL) Padrões de Fe++
• Solução de ortofenantrolina 0,1% 0,0 Branco
• Solução de permanganato de potássio 0,1N 5,0 0,5
• Solução estoque de ferro 200mg/L 10,0 1,0
• Solução padrão de ferro 10mg/L 15,0 1,5
20,0 2,0
Preparo das Soluções 25,0 2,5

Solução de hidroxilamina clorídrica 10%: Pesar 100g de hidroxilamina clorídrica (NH2OH. • Juntar a todos os balões, inclusive ao branco, 4mL de uma solução de ácido clorídrico
HCl) e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1:1 e 2mL de solução de hidroxilamina clorídrica 10%
1000mL e completar o volume com água destilada. • Homogeneizar
• Aplicar instantaneamente a todos os balões um aquecimento em banho-maria com
Solução tampão de acetato de amônio: Num becker de 250mL, pesar 250g de acetato de água fervente por 5min
amônio (C2H7NO2) e dissolver com 150mL de água destilada. Transferir para um balão volu- • Deixar esfriar
métrico de 1000mL, juntar 700mL de ácido acético (C2H4O2) e completar o volume. • Juntar a todos balões 20mL da solução tampão de acetato de amônio e 4mL de solu-
ção ortofenantrolina 0,1%
Solução de ortofenantrolina 0,1%: Num becker de 250mL, pesar 1g de fenantrolina mo- • Completar o volume com água destilada, homogeneizar e aguardar 15min para de-
noidratada (C12H8N2.H2O), dissolver sob agitação em água aquecida até 80ºC (não ebulir). senvolvimento da coloração

240
480 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 481

• Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi- Onde:


tância estando este ajustado em 510ηm C Concentração de ferro, em mg/L, correspondente à % de transmitância ou absorbân-
• Fazer as leituras utilizando cubetas de 1cm de caminho óptico cia, obtida no gráfico ou na equação de regressão linear
• Elaborar o gráfico da curva padrão plotando no eixo das abscissas as concentrações A Alíquota da amostra tomada para análise
das soluções padrões e no eixo das ordenadas as leituras das absorbâncias ou calcu-
lar a equação de regressão linear
20.9. Sílica
Técnica
NOTA Determinação da concentração de sílica solúvel (reativa), expressa em mg/L, pelo método
Se a amostra apresentar cor ou turbidez consideráveis, evaporar 50mL da amostra, subme- colorimétrico do ácido oxálico com molibdato de amônio
ter o resíduo à ignição (em cápsula de porcelana previamente limpa), redissolver o material
restante em alguns mililitros de ácido clorídrico (HCl) concentrado, transferir o conteúdo Reagentes e Soluções
quantitativamente para um balão volumétrico de 50mL e completar o volume • Solução padrão de sílica de 10mg/L SiO2.
• Num becker de 100mL colocar 50mL da amostra (ou amostra tratada) ou um volume
diluído a 50mL com água destilada NOTA
• Acrescentar 2mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação de sílica em
• Adicionar 1mL da solução de hidroxilamina 10% caldos.
• Evaporar em chapa de aquecimento, até que reste aproximadamente um terço do
volume inicial Preparo das Soluções
• Transferir quantitativamente o volume restante para um balão volumétrico de 50mL
• Acrescentar 10mL da solução tampão de acetato de amônio e 2mL da solução de Solução padrão de sílica 10mg/L SiO2: Pipetar 10mL da solução estoque de sílica de
ortofenantrolina 1000mg/L e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água
• Completar o volume com água destilada e homogeneizar destilada
• Após 15min fazer a leitura em uma cubeta de 1cm no espectrofotômetro, estando
este aferido em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com um branco, e ajus- OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
tado em 510ηm • Pipetar para balões volumétricos de 50mL as seguintes alíquotas da solução padrão
de 10mg/L SiO2, e completar com água destilada:
OBSERVAÇÕES:
• Se após 15min a solução apresentar turbidez, centrifugá-la e então fazer a leitura no Alíquota (mL) Padrões de SiO2
espectrofotômetro 0,0 Branco
• Efetuar prova em branco, usando 50mL de água destilada e prosseguir da mesma 10,0 2
maneira com a amostra 20,0 4
• Correr 2 padrões com cada lote de amostra, para verificar a validade da curva padrão 30,0 6
40,0 8
Cálculos 50,0 10

(C x 50)
Ferro(mg/L Fe++) = • Transferir cada padrão para becker de 100mL
A
• Adicionar, seguindo a ordem, 5mL de ácido clorídrico 2%, 1mL de ácido oxálico 10%,
5mL de molibdato de amônio 10% e 10mL de sulfito de sódio 17%

241
482 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 483

NOTA MÉTODO COLORIMÉTRICO


No preparo do branco, não adicionar as duas últimas soluções.
Reagentes e Soluções
• Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi- • Solução de cloreto de bário 10%
tância, estando este ajustado em 460ηm de comprimento de onda • Solução de sal ácido
• Fazer as leituras das absorbâncias ou das % de transmitância • Solução padrão de sulfato 100mg/L
• Construir o gráfico da curva padrão plotando as leituras das absorbâncias ou das % de
transmitâncias nas ordenadas e as concentrações dos padrões no eixo das abscissas Preparo das Soluções
ou calcular a equação de regressão linear
Solução de cloreto de bário 10%: Pesar 10g de cloreto de bário (BaCl2) e dissolver em um
Técnica pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume
• Transferir 50mL da amostra para becker de 100mL com água destilada.
• Juntar 8mL de água destilada, logo após 5mL da solução de ácido clorídrico 2%, 1mL
de ácido oxálico 10%, 5mL de molibdato de amônio 10% e 10mL da solução de sul- Solução de sal ácido: Pesar 240g de cloreto de sódio (NaCl), dissolver em 500mL de água
fito de sódio a 17% destilada e adicionar 20mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado. Transferir para um balão
• Homogeneizar e aguardar 5min volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
• Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi-
tância, estando este ajustado em 460nm de comprimento de onda Solução padrão de sulfato 100mg/L SO4: Pesar exatamente 0,1479g de sulfato de sódio (Na-
• Fazer a leitura da absorbâncias ou da % de transmitância 2
SO4) anidro e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de
1000mL e completar o volume com água destilada.
Cálculos
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
Silica (mg/L SiO2 ) = C • Pipetar para balões volumétricos de 50mL as seguintes alíquotas da solução padrão
de 100mg/L de SO4:
Onde:
C Concentração de sílica, mg/L de SiO2, correspondente à % de transmitância ou Alíquota (mL) Padrões de SO4 (mg/L)
absorbância, obtida no gráfico ou na equação de regressão linear. 0,0 Branco
5,0 10
OBSERVAÇÕES: 10,0 20
• O ácido oxálico 10% é usado para eliminar a interferência de fosfatos 15,0 30
• Para amostras com teor de sílica abaixo de 2,0 mg/L SiO2, deve–se construir um gráfi- 20,0 40
co de zero a 2,0 mg/L de SiO2. 25,0 50
30,0 60

20.10. Sulfato • Transferir cada padrão para becker de 100mL


• Adicionar 10mL da solução sal ácido, agitar e adicionar 2mL da solução de cloreto de
Determinação da concentração de sulfato, expressa em mg/L, pelo método colorimétrico, bário
com precipitação do sulfato por cloreto de bário, em meio ácido, e pelo método turbidimé- • Homogeneizar e esperar 2min
trico • Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi-

242
484 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 485

tância, estando este ajustado em 420η Solução tampão B: Dissolver 30g de cloreto de magnésio (MgCl2.6H2O), 5g de acetato de
• m, usando cubetas de 1cm sódio (CH3COONa.3H2O), 1,0g de nitrato de potássio (KNO3), 0,111g de sulfato de sódio (Na-
• Fazer as leituras das absorbâncias ou das % de transmitância 2
SO4) e 20mL de ácido acético (CH3COOH), em 500mL de água destilada. Transferir para balão
• Construir o gráfico da curva padrão plotando as leituras das absorbâncias ou das % de volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
transmitâncias nas ordenadas e as concentrações dos padrões no eixo das abscissas
ou calcular a equação de regressão linear NOTA:
Esta solução tampão B deve ser usada na análise quando a concentração de sulfato na amos-
Técnica tra for menor do que 10mg/L SO4.
• Pipetar 50mL da amostra e transferir para um becker de 100mL
• Adicionar 10mL da solução sal ácido, agitar e adicionar 2mL da solução de cloreto de Cloreto de bário (cristais): Os cristais de cloreto de bário devem passar por uma malha de
bário 10% 20–30 mesh.
• Homogeneizar e esperar 2min
• Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi- Solução padrão estoque de sulfato 100mg/L: Esta solução pode ser preparada de dois mo-
tância, estando este ajustado em 420nm de comprimento de onda dos: (1) Diluir 10,4mL de ácido sulfúrico 0,020N padronizado (usado na determinação de
• Fazer a leitura das absorbâncias ou da % de transmitância alcalinidade) para 100mL com água destilada. (2) Dissolver 0,1479g de sulfato de sódio ani-
dro (Na2SO4) em água destilada e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o
Cálculos volume com água destilada.

Sulfato (mg/L SO4 ) = C Soluções padrões de uso de sulfato 10, 20, 30 e 40mg/L SO4: Separar 4 balões volumétricos
de 100mL e adicionar com auxílio de bureta, respectivamente, os seguintes volumes da so-
Onde: lução padrão estoque de sulfato de 100mg/L SO4: 10mL, 20mL, 30mL e 40mL. Completar os
C Concentração de sulfato, mg/L de SO4, correspondente à % de transmitância ou volumes dos balões com água destilada isenta de turbidez.
absorbância encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear.
NOTA IMPORTANTE:
MÉTODO TURBIDIMÉTRICO A partir deste ponto, as soluções padrões de uso devem ser preparadas separadamente, uma
vez que a leitura da turbidez de cada padrão deve ser realizada imediatamente após sua
Reagentes e Soluções turvação com sulfato de bário.
• Solução tampão A
• Solução tampão B Adicione a cada padrão 20mL da solução tampão A OU B, dependendo da concentração
• Cloreto de bário (cristais) provável de sulfato na amostra. Agite e neste momento adicione uma quantidade de cristais
• Solução padrão estoque de sulfato (100mg/L) de cloreto de bário equivalente a uma colher de sobremesa. Comece a marcar o tempo. Con-
• Soluções padrões de uso de sulfato (10,20,30 e 40mg/L) tinuar agitando por 60seg com movimento constante. Imediatamente após o tempo de agi-
tação, colocar uma pequena porção do padrão na célula de leitura do turbidímetro, estando
Preparo das Soluções este zerado com água destilada isenta de turbidez. Após 4min medir a turbidez do padrão.

Solução tampão A: Dissolver 30g de cloreto de magnésio (MgCl2.6H2O), 5g de acetato de só- OBSERVAÇÃO: Construção da curva padrão
dio (CH3COONa.3H2O), 1,0g de nitrato de potássio (KNO3) e 20mL de ácido acético (CH3COOH), • Construir o gráfico da curva padrão plotando as leituras das turbidez dos padrões de
em 500mL de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o uso nas ordenadas e suas concentrações no eixo das abscissas ou calcular a equação
volume com água destilada. de regressão linear

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486 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 487

Técnica de água destilada – agitar e completar o volume com água destilada.


• Medir 100mL da amostra
Solução ácida diluída de molibdato de amônio: Transferir 300mL da solução de molibdato
NOTA: de amônio concentrado para um balão de 1000mL. Completar o volume com água destilada
Se necessário proceder a uma diluição da amostra medindo um valor menor do que 100mL e homogeneizar.
e completando o volume para 100mL com destilada isenta de turbidez. Corrigir a cor e a
turbidez da amostra com o branco, no qual o sulfato de bário não é adicionado. Solução de ácido ascórbico 0,6%: Pesar 6g do ácido ascórbico (C6H8O6) e dissolver em um
• A partir deste ponto proceder conforme citado na preparação e leitura da turbidez pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume
dos padrões de uso. com água destilada. Guardar em estufa a 20ºC.

Cálculos Solução padrão estoque de fosfato 100mg/L PO4: Pesar 0,1432g de fosfato monobásico de
potássio (KH2PO4) e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir quantitativamente
Sulfato (mg/L SO4 ) = C × FD para um balão volumétrico de 1000mL. Adicionar 1,5mL de ácido sulfúrico (HSO4) concen-
trado e completar o volume com água destilada. Homogeneizar e guardar em estufa a 20ºC.
Onde:
C Concentração de sulfato, mg/L de SO4, correspondente à turbidez encontrada no Soluções padrões de uso de fosfato: Pipetar para balões volumétricos de 100mL as seguin-
gráfico ou na equação de regressão linear tes alíquotas da solução padrão de 100mg/L de PO4:
FD Fator de diluição da amostra
Alíquota (mL) Padrões de PO4 (mg/L)
0,0 Branco
20.11. Fosfato 1,0 1
2,0 2
Determinação da concentração de fosfato, expressa em mg/L PO4, pelo método colorimé- 3,0 3
trico com ácido ascórbico 4,0 4

Reagentes e Soluções OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão


• Solução ácida concentrada de molibdato de amônio • Pipetar exatamente 5mL de cada padrão de uso de fósforo e colocar em recipiente
• Solução ácida diluída de molibdato de amônio limpo e seco
• Solução de ácido ascórbico 0,6% • Adicionar 10mL da solução ácida diluída de molibdato de amônio e 5mL de ácido
• Solução padrão estoque de fosfato 100mg/L PO4 ascórbico 0,6%, como redutor
• Soluções padrões de uso de fosfato • Agitar e deixar desenvolver a cor durante 1h
• Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi-
Preparo das Soluções tância, estando este ajustado em 660nm, usando cubetas de 1cm
• Fazer as leituras das absorbâncias ou das % de transmitância
Solução ácida concentrada de molibdato de amônio: Pesar 2,0g de subcarbonato de bis- • Construir o gráfico da curva padrão plotando as leituras das absorbâncias ou das % de
muto [(BiO)2CO3] e transferir com aproximadamente 250mL de água destilada para um balão transmitâncias nas ordenadas e as concentrações dos padrões no eixo das abscissas
de 1000mL. Adicionar cuidadosamente 150mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado (na ou calcular a equação de regressão linear
capela) com agitação, tendo o cuidado de dissolver todo o sal. Deixar esfriar e adicionar uma
solução recém–preparada de molibdato de amônio [(NH4)6Mo7O24.4H2O] – 20g para 200mL

244
488 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 489

Técnica tilada.
• Pipetar exatamente 5mL da amostra e colocar em recipiente limpo e seco
• Adicionar 10mL da solução ácida diluída de molibdato de amônio e 5mL de ácido Solução de iodeto–iodato 0,025N: Pesar 0,89g de iodato de potássio (KIO3) e 8,7g de iodeto
ascórbico 0,6%, como redutor de potássio (KI) e dissolver em um pouco de água destilada. Acrescentar exatamente 0,62g
• Agitar e deixar desenvolver a cor durante 1h de bicarbonato de sódio (NaHCO3). Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar
• Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi- o volume com água destilada.
tância, estando este ajustado em 660nm de comprimento de onda
• Fazer a leitura das absorbâncias ou da % de transmitância Solução de amido 2%: Pesar 10g de amido e 5g de cloreto de sódio (NaCl) e transferir para
becker de 1000mL. Juntar 500mL de água destilada e aquecer sob agitação até total dissolu-
Cálculos ção. Ferver por 2min e cobrir com vidro de relógio para repousar durante 1 noite. Filtrar em
papel de filtro faixa preta para um recipiente limpo e escuro
Fosfato (mg/L PO4 ) = C
OBSERVAÇÃO: Padronização da solução de iodeto-iodato 0,025N
Onde:
C Concentração de fósforo, em mg/L de PO4, correspondente à % de transmitância ou • Pipetar 25mL da solução de iodeto–iodato e transferir para erlenmeyer de 500mL
absorbância encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear • Acrescentar 200mL de água destilada, 1mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado e
1mL da solução de amido. Titular com tiossulfato de sódio 0,025N até obtenção de
uma coloração azul claro
20.12. Sulfito • Calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção da concentração (F) da solu-
ção de iodeto-iodato da seguinte maneira:
Determinação da concentração de sulfito, expressa em mg/L SO2, pelo método titrimétrico
de oxirredução (0,025 x Vg)
N(verdadeira) =
25
Reagentes e Soluções
• Solução de tiossulfato de sódio 0,1N Onde:
• Solução de tiossulfato de sódio 0,025N
• Bicarbonato de sódio p.a. Vg Volume de tiossulfato de sódio gasto na titulação
• Solução de iodeto-iodato 0,025N
• Solução de amido 2% N(verdadeira)
F=
• Ácido clorídrico concentrado 0,025

Preparo das Soluções Técnica


• Pipetar 50mL da amostra para erlenmeyer de 125mL
Solução de tiossulfato de sódio 0,1N: Pesar 24,8180g de tiossulfato de sódio pentaidratado • Acrescentar 1mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado e 50mL de água destilada
(Na2S2O3.5H2O) e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico • Adicionar 4 gotas do indicador amido 2% e titular com a solução de iodeto-iodato
de 1000mL e completar o volume com água destilada. padronizada, até obter uma coloração azul
• Anotar o volume gasto (Va)
Solução de tiossulfato de sódio 0,025N: Pipetar exatamente 250mL da solução de tiossul- • Fazer um ensaio em branco, titulando 50mL de água destilada com 1mL de ácido
fato de sódio 0,1N para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água des- clorídrico (HCl) concentrado mais 4 gotas do indicador amido 2%

245
490 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 491

• Anotar o volume gasto (Vb) Determinação


• Estando o condutivímetro aferido, condicionar a amostra a 20ºC e lavar a cela de con-
Cálculos dutividade.
• Imergir a cela na amostra e selecionar a faixa de leitura
[(Va - Vb) × N × 40.000 × F] • Esperar estabilizar e anotar o valor C
Sulfito(mg/L SO2) =
A
Onde: Cálculos
Va Volume da solução de iodeto-iodato gasto na titulação Da amostra
Vb Volume da solução de iodeto-iodato gasto na titulação do branco Condutividade (μS/cm) = C
N Normalidade da solução de iodeto-iodato
40.000 Equivalente em miligrama do sulfito Onde:
F Fator de correção da concentração da solução do iodeto-iodato C Leitura obtida no condutivímetro
A Alíquota da amostra tomada para análise
OBSERVAÇÕES:
NOTA • Para expressar o resultado em μS/m, multiplicar o resultado por 100
Simplificando, para uma análise usando uma solução de iodeto-iodato com fator 1 e alíquota • Se a leitura for realizada numa temperatura diferente de 20ºC, consultar a tabela 5
de 50mL da amostra pipetada para determinação, o cálculo será:

Sulfito (mg/L SO2 ) = (Va - Vb) × 20 20.14. Oxigênio Dissolvido

Determinação da concentração de oxigênio dissolvido, expressa em mg/L, através de titri-


20.13. Condutividade metria de oxiredução pelo método de Winkler modificado pela azida sódica.
Proceder conforme metodologia indicada para águas residuais e efluentes industriais.
Determinação da condutividade elétrica, expressa em μS/cm, por condutimetria
20.15. Sólidos Totais
Reagentes e Soluções
• Solução padrão de cloreto de potássio 0,01M Determinação da concentração de sólidos totais, expressa em mg/L, por gravimetria.

Preparo da Solução NOTA


O método é o adequado para amostras contendo até 20.000mg/L de resíduos.
Solução padrão de cloreto de potássio 0,01M: Pesar 0,7456g de cloreto de potássio (KCl)
seco em estufa a 150ºC, durante 1h e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir Técnica
para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. • Separar uma cápsula de porcelana, colocar na mufla a 550ºC durante 30min, esfriar
um pouco ao ar livre e depois no dessecador por 40min, pesar obtendo (P1).
Técnica • Medir um volume apropriado (geralmente 250mL) da amostra bem homogeneizada,
Aferição do condutivímetro colocar na cápsula e levar à secura em banho-maria.
A aferição do condutivímetro deve seguir as recomendações do fabricante. A condutividade • Transferir a cápsula para a estufa a 105ºC por 1h ou até adquirir peso constante, esfriar
de uma solução de cloreto de potássio 0,01M é igual a 1278μS a 20ºC. no dessecador, pesar obtendo-se (P2).

246
492 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 493

OBSERVAÇÃO: Obter os pesos em mg 20.17. Hidrazina


Cálculos Determinação da concentração de hidrazina, expressa em mg/L N2H4, por colorimetria

Sólidos Totais(mg/L) = [ (P2 - P1)


A ] x 1000 Reagentes e Soluções
• Álcool etílico absoluto
Onde: • Solução de p–dimetilaminobenzaldeido
P1 Peso da tara da cápsula • Solução de ácido clorídrico 1:9
P2 Peso da cápsula mais amostra após a secura • Solução de ácido clorídrico 1:99
A Alíquota da amostra tomada para análise • Cloridrato de hidrazina p.a.
• Solução padrão de hidrazina 100mg/L
• Soluções padrões de hidrazina
20.16. Sólidos Totais Dissolvidos
Preparo das Soluções
Determinação da concentração dos sólidos totais dissolvidos, expressa em mg/L, por gravi-
metria Solução de p–dimetilaminobenzaldeido: Pesar 4g de p–dimetilamino–benzaldeído e dis-
solver em uma mistura de 200mL de álcool etílico (C2H5OH) absoluto e 20mL de ácido clorí-
NOTA drico (HCl) concentrado. Guardar esta solução em frasco escuro.
O método é adequado para amostras contendo até 20.000mg/L de resíduo.
Solução de ácido clorídrico 1:9 : Medir 10mL de acido clorídrico (HCl) concentrado e dissol-
Técnica ver em 90 mL de água destilada.
• Filtrar um volume adequado (geralmente 250mL) da amostra através do filtro milli-
pore e transferir o filtrado para cápsula de porcelana previamente tarada em mufla a Solução de ácido clorídrico 1:99 : Medir 1mL de acido clorídrico (HCl) concentrado e dissol-
550ºC, durante 30min ver em 90mL de água destilada.
• Levar à secura em banho-maria
• Transferir a cápsula com o resíduo para estufa a 103 – 105ºC ou a 180ºC Solução padrão de hidrazina 100mg/L: Pesar exatamente 0,328g de cloridrato de hidrazina
• Deixar 12h ou até atingir peso constante (N2H4.2HCl) e dissolver em 100mL de água destilada contendo 10mL de ácido clorídrico (HCl)
• Esfriar no dessecador, pesar, obtendo–se (P2) concentrado. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água
destilada.
OBSERVAÇÃO: Obter os pesos em mg
Soluções padrões de hidrazina: Separar 5 balões volumétrico de 50mL e proceder conforme
Cálculos quadro a seguir:

Sólidos Totais Dissolvidos(mg/L) = [ (P2 - P1)


A ] x 1000 mL da sol. padrão
Hidrazina
mL de água destilada mg/L de N2H4
Onde: 0 50 Branco
P1 Peso da tara da cápsula 10 40 20
P2 Peso da cápsula mais amostra após a secura
20 30 40
A Alíquota da amostra tomada para análise
30 20 60

247
494 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 495

40 10 80 20.18. Cromato
50 00 100
Determinação da concentração de cromato, expressa em mg/L CrO4–, por titrimetria de
OBSERVAÇÃO: Preparo da Curva Padrão oxirredução

• Transferir os padrões para beckers de 100mL Reagentes e Soluções


• Adicionar a cada padrão 10mL da solução de p-dimetilami-nobenzaldeído e homo- • Iodeto de potássio p.a.
geneizar
• Deixar em repouso por 10 – 100min NOTA
• Fazer uma prova em branco, utilizando somente 50mL da solução de ácido clorídrico Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação de sulfito
1:99 e 10mL da solução de p–dimetilaminobenzaldeído
• Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com a Técnica
solução em branco, estando este ajustado em 458nm • Pipetar 100mL da amostra, límpida (filtrar se necessário)
• Fazer as leituras das absorbâncias dos padrões usando uma cubeta de 1cm de cami- • Adicionar 10mL da solução de ácido clorídrico 1:1
nho óptico • Adicionar 1 – 2g de cristais de iodeto de potássio (KI) e agitar para dissolver
• Construir o gráfico da curva padrão usando as absorbâncias e concentrações dos pa- • Titular a amostra com a solução de tiossulfato de sódio 0,025N até que a coloração da
drões, em mg, ou obter a equação de regressão linear solução se torne amarela bem clara
• Adicionar 2 – 3mL da solução de amido 2% e continuar a titulação até que a cor escu-
Técnica ra, originada pela adição do amido, desapareça
• Pipetar 50mL da amostra • Anotar o volume gasto
• Adicionar 10mL da solução de p-dimetilaminobenzaldeído e homogeneizar
• Deixar em repouso por 10 – 100min Cálculos
• Fazer uma prova em branco, utilizando somente 50mL da solução de ácido clorídrico
1:99 e 10mL da solução de p-dimetilaminobenzaldeído Cromato(mg/L CrO4--) = Vg × 9,7 × F
• Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com a
solução em branco, estando este ajustado em 458ηm Onde:
• Fazer a leitura da absorbância da amostra Vg Volume de tiossulfato de sódio 0,025N gasto na titulação
F Fator de correção da concentração do tiossulfato de sódio 0,025N
Cálculos

Hidrazina (mg/L N2H4 ) = C 20.19. Cloro Residual

Onde: Determinação da concentração de cloro residual total, livre e combinado, expressa em mg/L
C Concentração de hidrazina, em mg/L de N2H4, correspondente à % de transmitância de Cl, pelos métodos comparativo e titrimétrico
ou absorbância encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear.
MÉTODO COMPARATIVO

Reagentes e Soluções
• Solução de ortotoluidina

248
496 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 497

• Ácido clorídrico concentrado Cloro residual combinado(mg/L Cl) = mg/L Cl residual total - mg/L Cl residual livre
• Solução de arsenito de sódio
MÉTODO TITRIMÉTRICO
Preparo das Soluções
Reagentes e Soluções
Solução de ortotoluidina: Pesar 500g de ortoluidina (C7H9N) e dissolver em 500mL de água • Solução tampão de fosfato
destilada. Adicionar a esta solução uma mistura de 150mL de ácido clorídrico (HCl) concen- • Solução indicadora de N, N-dietil-p-fenilenodiamino (DPD)
trado e 350mL de água destilada. Conservar esta solução em frasco de cor âmbar. • Solução de sulfato ferroso amoniacal 0,00282N
• Solução padrão de dicromato de potássio 0,1N
Solução de arsenito de sódio: Pesar 5g de arsenito de sódio (NaAsO2) e dissolver em um • Solução padrão de dicromato de potássio 0,002N
pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume • Iodeto de potássio p.a.
com água destilada. • Solução padrão de dicromato de potássio
• Solução indicadora de difenilamina sulfonato de bário
Técnica
Para cloro residual livre Preparo das Soluções
• Em um recipiente do comparador de disco para cloro residual contendo 0,5mL da
solução de ortotoluidina adicionar 10mL da amostra Solução tampão de fosfato: Pesar 24g de fosfato dibásico de sódio anidro (Na2HPO4) e 46g
• Agitar e imediatamente adicionar 0,5mL da solução de arsenito de sódio de fosfato monobásico de potássio anidro (KH2PO4) e dissolver em um pouco de água desti-
• Agitar e levar o recipiente para o equipamento lada. Adicionar 0,8g de etileno diamino tetra acetato de sódio – EDTA (C10H16N2O8) dissolvidas
• Fazer a leitura (A) em 100mL de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o
volume com água destilada.
Para cloro residual total
• Em um recipiente do comparador de disco para cloro residual contendo 0,5mL da Solução indicadora de N, N-dietil-p-fenilenodiamino (DPD): Pesar 1g de oxalato de DPD,
solução de ortotoluidina adicionar 10mL da amostra ou 1,5g de sulfato de DPD pentaidratado, ou 1,1g de sulfato de DPD anidro e dissolver em
• Agitar e levar o recipiente para o equipamento uma mistura 1:3 de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado. Transferir para balão volumétrico de
• Fazer a leitura (C) 1000mL e completar o volume com água destilada. Guardar esta solução em frasco de cor
âmbar.
Para interferentes
• Em um recipiente do comparador de disco para cloro residual contendo 0,5mL da Solução de sulfato ferroso amoniacal 0,00282N: Pesar 1,106g de sulfato ferroso amoniacal
solução de arsenito de sódio adicionar 10mL da amostra hexaidratado [Fe(NH4)2(SO4)2.6H2O] e dissolver em uma mistura 1:3 de ácido sulfúrico (H2SO4)
• Agitar e imediatamente adicionar 0,5mL da solução ortoluidina concentrado. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água
• Agitar e levar rapidamente o recipiente para o equipamento destilada.
• Fazer a leitura (B1)
• Decorridos 5min fazer nova leitura (B2) Solução padrão de dicromato de potássio 0,1N: Pesar exatamente 4,903g de dicromato
de potássio (K2Cr2O7) seco em estufa a 150°C, durante 2h e dissolver em um pouco de água
Cálculos destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água des-
tilada.
Cloro residual total (mg/L Cl) = C - B2
Cloro residual livre(mg/L Cl) = A - B1 Solução padrão de dicromato de potássio 0,002N: pipetar 20mL da solução de dicromato

249
498 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 499

0,1N e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destila- Cálculos
da.
Cloro residual livre(mg/L Cl) = Va × F
Solução indicadora de difenilamina sulfonato de bário: Pesar 1g de difenilamina sulfonato Cloro residual total(mg/L Cl) = Vb × F
de bário [(C6H5NHC6H4–4–SO3)2Ba] e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir Cloro residual combinado(mg/L Cl) = mg/L Cl residual total-mg/L Cl residual livre
para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada.
Onde:
OBSERVAÇÃO: Padronização do sulfato ferroso amoniacal Va Volume gasto de sulfato ferroso para cloro residual livre
• Pipetar 25mL da solução de sulfato ferroso amoniacal para um erlenmeyer de 200mL Vb Volume gasto de sulfato ferroso para cloro residual total
• Adicionar 10mL de uma mistura 1:5 de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado, 5mL de F Fator de correção da concentração do sulfato ferroso amoniacal
ácido fosfórico (H3PO4) e 2mL da solução indicadora de difenilamina sulfonato de bá-
rio
• Titular com dicromato de potássio 0,1N até obtenção de uma coloração violeta 20.20. Açúcar
• Anotar o volume gasto (Vg), calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção
da concentração (F) da solução de sulfato ferroso amoniacal da seguinte maneira: Determinação da quantidade de açúcar, expressa em mg/L, através dos métodos quantitati-
vos de antrona e Eynon–Lane e qualitativo - comparativo com alfa naftol.
N(verdadeira) = 0,00008 × Vg Proceder conforme metodologia de açúcar citada no capítulo de Águas Residuais e Efluentes
Industriais

N(verdadeira)
F=
0,00282 20.21. Alumínio

Técnica Determinação da concentração de alumínio, expressa em mg/L, através do método de ab-


Para cloro residual livre sorção atômica com chama acetileno-óxido nitroso.
• Colocar 5mL da solução tampão de fosfato e algumas gotas da solução indicadora de Proceder conforme metodologia de açúcar citada no capítulo de Métodos por Espectrofoto-
DPD em um erlenmeyer de 200mL metria de Absorção Atômica.
• Adicionar 100mL da amostra
• Titular rapidamente com a solução de sulfato ferroso amoniacal até o total desapare-
cimento da coloração vermelha 20.22. Bário
• Anotar o volume gasto (Va)
Determinação da concentração de bário, expressa em mg/L, através do método de absorção
Para cloro residual total atômica com chama acetileno-óxido nitroso.
• Adicionar ao mesmo erlenmeyer aproximadamente 1g de cristais de iodeto de potás- Proceder conforme metodologia de açúcar citada no capítulo de Métodos por Espectrofoto-
sio e misturar para dissolver metria de Absorção Atômica.
• Aguardar 2min e continuar titulando com a solução de sulfato ferroso amoniacal até
novamente a coloração vermelha
• Anotar o volume gasto (Vb) 20.23. Cobre

Determinação da concentração de cobre, expressa em mg/L, através dos métodos de absor-

250
500 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 501

ção atômica com chama acetileno–óxido nitroso e por espectrofotometria. • Adicionar 5 gotas da solução de cromoazurol 0,4% e titular com a solução de
ETDA M/100 até a viragem de violeta para amarelo–esverdeado.
MÉTODO POR ABSORÇÃO ATÔMICA
Proceder conforme metodologia de açúcar citada no capítulo de Métodos por Espectrofoto- Cálculos
metria de Absorção Atômica
Cobre (mg/L) = Vg × 6,354
MÉTODO POR ESPECTROFOTOMETRIA
Onde:
Reagentes e Soluções Vg Volume da solução de EDTA M/100 gasto na titulação
• Solução de EDTA M/10
• Solução de EDTA M/100
• Solução de acetato de sódio 2M
• Solução de cromoazurol 0,4%

Preparo das Soluções

Solução de EDTA M/10: Pesar 37,3000g de EDTA p.a seco em estufa e dissolver em água
destilada. Transferir para um balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água
destilada.

Solução de EDTA M/100: Medir 100mL da solução de EDTA M/10 com auxílio de pipeta vo-
lumétrica e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água
destilada.

Solução de acetato de sódio 2M: Pesar 272,0000g de acetato de sódio p.a. (NaCH3COO.3H2O)
seco em estufa e dissolver em água destilada. Transferir para um balão volumétrico de
1000mL e completar o volume com água destilada.

Solução de cromoazurol 0,4%: Dissolver 0,4g de cromoazurol em 50mL de água destilada.


Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada.

Técnica
• Medir com auxílio de pipeta volumétrica 100mL da amostra e transferir para erlen-
meyer de 250mL
• Adicionar 5mL de acetato de sódio 2M

NOTA:
Com esta adição o pH da amostra deve ficar em torno de 6,0

251
Capítulo 21
Águas
Potáveis

252
Capítulo 21 - Águas Potáveis 505

Sumário

21.1 pH............................................................................................................................................. 00

21.2 Cor............................................................................................................................................ 00

21.3 Turbidez.................................................................................................................................. 00

21.4 Condutividade..................................................................................................................... 00

21.5 Alcalinidade.......................................................................................................................... 00

21.6 Dureza Total.......................................................................................................................... 00

21.7 Cálcio....................................................................................................................................... 00

21.8 Magnésio............................................................................................................................... 00

21.9 Oxigênio Dissolvido........................................................................................................... 00

21.10 Cloreto.................................................................................................................................. 00

21.11 Ferro...................................................................................................................................... 00

21.12 Sílica...................................................................................................................................... 00

21.13 Sulfato.................................................................................................................................. 00

Método colorimétrico................................................................................................. 00

Método turbidimétrico............................................................................................... 00

21.14 Amônia................................................................................................................................. 00

Método de Kjedahl....................................................................................................... 00

Método de Aqua Tester............................................................................................... 00

Método colorimétrico de Nessler........................................................................... 00

Método colorimétrico de Indofenol....................................................................... 00

21.15 Nitrito.................................................................................................................................... 00

21.16 Nitrato................................................................................................................................... 00

Método espectofotométrico com fenoldissulfônico....................................... 00

Método espectofotométrico com brucina.......................................................... 00

21.17 Sódio..................................................................................................................................... 00

21.18 Potássio................................................................................................................................ 00

21.19 Resíduos Totais.................................................................................................................. 00

21.20 Dióxido de Carbono Livre.............................................................................................. 00

253
506 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 507

21.1. pH

Determinação da concentração de íons H+ por potenciometria.


Proceder conforme metodologia indicada para caldos

21.2. Cor

Determinação de cor por comparação visual

Reagentes e Soluções
• Solução estoque de cloroplatinato – 500 unidades
• Soluções padrões de cor

Preparo das Soluções

Solução estoque de cloroplatinato – 500 unidades: Pesar 1,246g de cloroplatinato de po-


tássio (K2PtCl6) e 1,0g de cloreto cobaltoso hexaidratado (CoCl2.6H2O) e dissolver em água
destilada contendo 100mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado. Transferir para balão volu-
métrico de 1000mL e completar o volume com água destilada .

Soluções padrões de cor: Em balões volumétricos de 50mL, adicionar as quantidades indica-


das no quadro adiante e diluir a 50mL, para obter as cores correspondentes.

Técnica
Para determinação de cor aparente
• Colocar 50mL da amostra em um tubo de Nessler, ou a mesma quantidade dos pa-
drões em um tubo de ensaio, caso estes tenham sido usados para armazenamento
dos padrões
• Comparar a intensidade da cor da amostra com a dos vários padrões de cor para de-
terminação de cor verdadeira
• Remover a turbidez se necessário, através de filtração ou centrifugação, até que o
sobrenadante esteja claro
• Comparar a cor da amostra com os padrões, conforme foi feito para determinação da
cor aparente

254
508 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 509

mL da solução estoque de 500 • A intensidade da cor da água depende de seu pH


COR em Unidades cloroplatinato
unidades de cor
0,0 0 21.3. Turbidez
0,5 5
Determinação de turbidez utilizando o método nefelométrico
1,0 10
1,5 15
Reagentes e Soluções
2,0 20
• Água isenta de turbidez
2,5 25
• Solução estoque de turbidez
3,0 30
• Solução padrão de turbidez
3,5 35
• Soluções padrões diluídas de turbidez
4,0 40
4,5 45
Preparo das Soluções
5,0 50
5,5 55 Água isenta de turbidez: Passar água destilada através de um filtro de membrana com 0,45
6,0 60 micra
6,5 65
7,0 70 Solução estoque de turbidez:
Solução (1) – dissolver 1,0000g de sulfato de hidrazina [(NH2)2H2SO4] em 100mL de água des-
Colocar as soluções das cores em tubos de Nessler, ou em tubos de ensaio, e vedá-los com tilada isenta de turbidez
rolha ou parafina. Solução (2) – dissolver 10,0g de hexametilenotetramina [(CH2)6N4] em cerca de 100mL de
água destilada isenta de turbidez
Cálculos Em um balão de 100mL, misturar 5mL das soluções (1) e (2). Completar o volume com água
destilada isenta de turbidez. Deixar em repouso por 24h a 20-22°C. Esta Solução tem uma
Cor (unidades de cloroplatinato) = N turbidez correspondente a 400UNT (Unidade Nefelométrica de Turbidez), e é estável por 6
meses
Onde:
N Número correspondente ao padrão cuja cor mais se aproxima da cor da amostra Solução padrão de turbidez: Transferir 10mL da solução estoque de turbidez para balão
volumétrico de 100mL. Completar o volume com água isenta de turbidez. Esta solução tem
OBSERVAÇÃO: Para amostras que necessitam de diluição, os cálculos são realizados da se- uma turbidez correspondente a 40UNT.
guinte forma:
(C x 50) Soluções padrões diluídas de turbidez: Estas soluções servem para aferição do turbidíme-
Cor (unidades de cloroplatinato) =
B tro e devem ser preparadas de acordo com as recomendações dos fabricantes. No entanto,
Onde: estes padrões devem cobrir todas as faixas de interesse das análises.
A Cor da amostra diluída
B Volume da amostra tomada para diluição, em mL Técnica
NOTA
OBSERVAÇÃO: Considerações sobre a cor Calibrar o equipamento de acordo com as recomendações do fabricante
• A cor pode também ser determinada através de discos de vidro corados, calibrados
com a solução de platina–cobalto

255
510 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 511

Turbidez menor que 40 unidades Reagentes e Soluções


• Agitar bem a amostra a fim de dispersar os sólidos. Após o desaparecimento de bo- Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de alcalinidade para águas
lhas de ar, colocar a amostra no tubo do turbidímetro industriais
• Turbidez maior que 40 unidades
• Diluir a amostra com água isenta de turbidez até que a turbidez da amostra se reduza Técnica
à faixa desejada • Pipetar 50mL da amostra para um erlenmeyer de 250mL e adicionar 2-3 gotas do
indicador de fenolftaleína
Cálculos • Se a amostra tornar–se rósea, titular com a solução de ácido sulfúrico 0,02N até a
descoloração
Turbidez (UNT) = L • Considerar como “P” o volume gasto para titulação com a fenolftaleína
• Caso a amostra não se torne rósea (P = 0,0), ou então após o descoramento da fenolf-
Onde: taleína, adicionar 4 gotas do indicador misto (vermelho de metila + verde de bromo-
L Leitura obtida no turbidímetro cresol) e titular com o mesmo ácido até a mudança da cor azul esverdeada para rosa
nítido
OBSERVAÇÃO: Para amostras que necessitam de diluição, os cálculos são realizados da se- • Considerar como “ M “ o volume em mL para virar o indicador misto
guinte forma:
Cálculos
Turbidez(UNT) = L × F
(T × N × F × 50.000)
Alcalinidade total(mg/L CaCO3) =
Onde: A
F Fator de diluição Onde:
T Volume total de ácido sulfúrico 0,02 N gasto nas titulações (P+M)
OBSERVAÇÃO: Considerações sobre turbidez N Normalidade da solução de ácido sulfúrico
F Fator de correção da concentração do ácido sulfúrico
• Recomenda–se que a análise seja realizada no período máximo de 24h após sua cole- A Volume da amostra tomada para análise
ta; caso contrário, guardar a amostra no escuro
• Os padrões de aferição encontram–se à disposição no comércio, já prontos para uso OBSERVAÇÃO: Simplificando, para uma análise usando ácido sulfúrico 0,02N com fator 1 e
• A sensibilidade do aparelho deve detectar diferenças de turbidez de 0,02UNT, em alíquota de 50mL da amostra para análise:
águas com turbidez menor que 1UNT
Alcalinidade total = (mg/L CaCO3) = T×20

21.4 Condutividade NOTAS


Com as informações obtidas podem–se calcular os diversos tios de alcalinidade:
Determinação da condutividade elétrica, expressa em μS/cm, por condutimetria
Proceder conforme metodologia indicada para águas industriais Água que contém hidróxido (OH–)
Condição: P = T e M = 0,0

21.5 Alcalinidade Alcalinidade total(mg/L CaCO3) = P × 20


Determinação das diversas formas de alcalinidade presentes numa amostra, por titrimetria

256
512 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 513

Água que contém carbonatos (CO3--) mesmo quando presentes, geralmente estão em concentrações que tornam despre-
Condição: P = M = ½ T zíveis suas interferências
• Hidróxidos, carbonatos e bicarbonatos nunca estão presentes juntos em uma mesma
Alcalinidade total(mg/L CaCO3) = 2 × P × 20 = 2 × M × 20 água, entretanto hidróxidos e carbonatos ou bicarbonatos e carbonatos, ou cada um
deles separadamente, podem estar presentes numa água
Água que contém bicarbonato (HCO3-) • A alcalinidade total é comumente encontrada em literaturas como a “metilorange” ou
Condição: P = 0,0 e M = T “M.O”, porque geralmente usa–se este indicador. Ela mede OH–, CO3--, HCO3–, OH– e
CO3-; e CO3-- e HCO3-
Alcalinidade total (mg/L CaCO3) = M × 10 = T × 20 • Amostras que apresentam material em suspensão devem ser filtradas
• Deve–se minimizar o contato da amostra com o ar para evitar a reação do CO2 com
Água que contém carbonato e bicarbonato (CaCO3- e HCO3-) hidróxidos, diminuindo esta alcalinidade
Condição: P < ½ T • No caso de águas com alcalinidade alta como a das caldeiras, deve–se tomar uma
Carbonatos = 2 x P alíquota menor para analisar. E para amostras de baixa alcalinidade usar 100mL da
Bicarbonatos = [T – (2 x P)] amostra
Alcalinidade de carbonatos (mg/L CaCO3) = 2 x P x 20 • Amostras contendo cor e materiais em suspensão devem ser filtradas; usar celite ou
Alcalinidade de bicarbonatos (mg/L CaCO3) = [T – (2 x P)] x 20 carvão ativado, se necessário

Água que contém hidróxido e carbonato (OH– e CO3––) NOTA IMPORTANTE


Condição: P > ½ T Em muitos casos não é possível determinar as várias formas de alcalinidade existentes nas
Carbonatos = 2M = 2(T – P) amostras, principalmente por causa da elevada turbidez das amostras e coloração intensa.
Hidróxidos = [T – (2 x M)] = [T – 2 x (T – P)] = [(2 x P) – T] Nesses casos, recomenda–se apenas determinar a alcalinidade total, através do uso do po-
Alcalinidade de carbonatos (mg/L CaCO3) = 2 x (T – P) x 20 tenciômetro. Esta determinação é conhecida como alcalinidade potenciométrica.
Alcalinidade de hidróxidos (mg/L CaCO3) = [(2 x P) – T)] x 20

Para facilitar os cálculos e expressão dos resultados, pode–se utilizar a tabela a seguir, 21.6. Dureza Total
considerando a mesma nomenclatura usada nas condições citadas anteriormente:
Determinação da dureza total, expressa em mg/L de CaCO3, pelo método titrimétrico de
Alcalinidade Alcalinidade Alcalinidade complexação
Resultado da
Hidróxida Carbonatos Bicarbonatos
Titulação
(mg/L CaCO3) (mg/L CaCO3) (mg/L CaCO3) Proceder conforme metodologia indicada para águas industriais
P=0 0,0 0,0 T
P<½T 0,0 2P T–2P OBSERVAÇÃO: Considerações sobre a dureza
P=½T 0,0 2P 0,0 • Dureza total de uma amostra é definida como sendo a concentração total de cálcio e
P>½T 2P–T 2 (T – P) 0,0 magnésio, expressa em termos de carbonato de cálcio
P=T T 0,0 0,0 • Quando a dureza total é numericamente IGUAL ou MENOR do que a alcalinidade de
carbonatos e bicarbonatos, ela é chamada de DUREZA DE CARBONATOS
OBSERVAÇÃO: Considerações sobre alcalinidade • Assim, a dureza de carbonatos é a porção da dureza total que é quimicamente equi-
• Os resultados obtidos neste método assumem que somente hidróxidos, carbonatos e valente à alcalinidade de carbonatos e de bicarbonatos. Esta dureza de carbonatos é
bicarbonatos estão presentes nas águas, visto que os interferentes fosfatos e silicatos, ainda conhecida como DUREZA TEMPORÁRIA

257
514 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 515

• A porção da dureza total que está em excesso da dureza de carbonatos é a DUREZA 21.10. Cloreto
DE NÃO CARBONATOS. Esta dureza de não carbonatos é ainda conhecida como DU-
REZA PERMANENTE Determinação da concentração de íons cloretos, expressa em mg/L de Cl–, através do méto-
• Todos os tipos de dureza são, como a alcalinidade, expressas em termos de CaCO3. do titrimétrico de Mohr.
Proceder conforme metodologia citada para cloreto em águas industriais.

21.7 Cálcio OBSERVAÇÃO: Considerações sobre cloreto


• Os íons brometo, iodeto e cianeto interferem, sendo determinados como cloretos
Determinação da concentração de cálcio, expressa em mg/L de Ca++, ou dureza cálcica ex- • Sulfito (acima de 10mg/L), sulfeto e tiossulfeto interferem no resultado elevando–o e
pressa em mg/L de CaCO3, por titrimetria de complexação. dificultando o ponto de viragem. Deve–se tratar a amostra com hidróxido de sódio
Proceder conforme metodologia indicada para águas industriais. 0,1% , peróxido de hidrogênio a 30% e aquecimento
• Ortofosfato e polifosfato (acima de 25mg/L) precipitam a prata. Deve–se diluir a
amostra para evitar esta interferência
21.8 Magnésio • Ferro (acima de 10mg/L) mascara o ponto final da titulação. Para inibir esta sua ação,
devem–se adicionar à amostra 5mL de solução de citrato de amônio a 5%
Determinação da concentração de magnésio, ou dureza de magnésio, expressa em mg/L • Amostras com cor e material em suspensão devem ser tratadas com 3mL de suspen-
Mg++, por cálculos. são de hidróxidos de alumínio e filtrar
Proceder conforme metodologia indicada para águas industriais. • As amostras devem ser tituladas com pH entre 7 e 10

21.9 Oxigênio Dissolvio 21.11 Ferro


Determinação da concentração de oxigênio dissolvido, expressa em mg/L, através de titri- Determinação da concentração de ferro, expressa em mg/L de Fe++, pelo método colorimé-
metria de oxirredução pelo método de Winkler modificado pela azida sódica. trico da ortofenantrolina.
Proceder conforme metodologia citada para oxigênio dissolvido em águas residuais e efluen- Proceder conforme metodologia indicada para águas industriais.
tes industriais.

OBSERVAÇÃO: Considerações sobre oxigênio dissolvido 21.12 Sílica


• O método não se aplica a amostras que contenham sulfito, tiossulfato, politionato,
cloro livre e hipoclorito. Nestes casos empregam–se outras modificações no método Determinação de sílica solúvel (reativa), expressa em mg/L de SiO2, pelo método colorimétri-
de Winkler co do ácido oxálico com molibdato de amônio
• O método elimina a interferência de nitrito pela adição de azida sódica, e ferro triva-
lente até 200mg/L pela adição de fluoreto de potássio Proceder conforme metodologia indicada para águas industriais
• Interferem matéria orgânica facilmente oxidada, quantidades elevadas de sólidos em
suspensão e coloração OBSERVAÇÃO: Considerações sobre sílica
• A amostragem deve ser feita evitando–se ao máximo o contato da amostra com o ar • Caso a amostra tenha sofrido diluição, o fator correspondente deve fazer parte dos
atmosférico e a 20cm abaixo da superfície. Pode–se empregar funil de separação para cálculos
a coleta de O.D., 2mL da solução de sulfato manganoso e 2mL da solução alcalina de • O ácido oxálico 10% é usado para eliminar a interferência de fosfatos
iodeto de azida. A amostra coletada não deve sofrer mudança de temperatura • Para amostras com teor de SiO2 abaixo de 1,0mg/L de SiO2, deve–se construir gráfico

258
516 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 517

de zero a 1mg/L de SiO2 Preparo das Soluções


• É conveniente utilizar água destilada fervida e esfriada na preparação dos reagentes
Solução tampão de fosfato: Dissolver 8,5g de fosfato diácido de potássio (KH2PO4), 21,75g
de fosfato dibásico de potássio (KH2PO4), 33,4g de fosfato monoácido de sódio heptaidrata-
21.13 Sulfato do (Na2HPO4.7H2O) e 1,7g de cloreto de amônio (NH4Cl) em 500mL de água destilada. Após
a dissolução, transferir para balão de 1000mL e completar com água destilada. O pH desta
Determinação da concentração de sulfato, expressa em mg/L de SO4, pelo método colori- solução deverá ser de 7,2 sem nenhum ajuste.
métrico, com precipitação do sulfato por cloreto de bário em meio ácido, e pelo método
turbidimétrico. Solução indicadora de vermelho de metila 0,2%: Pesar 0,2g de vermelho de metila e dissol-
ver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar
Proceder conforme metodologia indicada para águas industriais. o volume com água destilada.

OBSERVAÇÃO: Considerações sobre sulfato Solução indicadora de azul de metileno 0,2%: Pesar 0,2g de azul de metileno e dissolver
• As amostras podem ser diluídas ou concentradas de modo que fiquem adequadas à em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o
faixa de trabalho do método volume com água destilada.
• Caso sejam diluídas, o fator de diluição deve ser considerado nos cálculos do sulfato
• Para evitar a redução do sulfato a sulfeto, amostras com alto teor de matéria orgânica Solução de indicador misto: Para cada 2 volumes da solução 0,2% de vermelho de metila,
devem ser preservadas no gelo, ou tratadas com formaldeído, para eliminar a ação juntar 1 volume da solução 0,2% de azul de metileno. Renovar esta solução mensalmente.
das bactérias redutoras de sulfato
• Já amostras contendo sulfeto devem ser mantidas a um pH menor que 8,0 para evitar Solução indicadora de ácido bórico: Dissolver 20g de ácido bórico em água destilada. Adi-
a sua oxidação a sulfato cionar 10mL do indicador misto e completar para 1000mL. Renovar esta solução mensal-
mente.

21.14 Amônia Solução de ácido sulfúrico 0,1N: Em balão de 1000mL colocar cerca de 500mL de água des-
tilada. Adicionar, através de bureta, 3mL do ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado. Homoge-
Determinação da concentração do nitrogênio amoniacal, expressa em mg/L, através dos mé- neizar, resfriar e completar o volume com água destilada.
todos de Kjedahl, do Aqua Test, colorimétrico de Nessler e colorimétrico do Indofenol
Solução de ácido sulfúrico 0,02N: Transferir 200mL da solução acima de ácido sulfúrico
MÉTODO DE KJEDAHL 0,1N e colocar em balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada.
Esta solução é aproximadamente 0,02N.
Reagentes e Soluções
• Solução tampão de fosfato Solução padrão de carbonato de sódio 0,02N: Pesar exatamente 1,060g de carbonato de
• Solução indicadora de vermelho de metila 0,2% sódio anidro (Na2CO3) seco a 140ºC, durante 1h e dissolver em um pouco de água destilada.
• Solução indicadora de azul de metileno 0,2% Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. Esta
• Solução de indicador misto solução é exatamente 0,02N.
• Solução indicadora de ácido bórico
• Solução de ácido sulfúrico 0,1N OBSERVAÇÃO: Padronização do ácido sulfúrico 0,02N
• Solução de ácido sulfúrico 0,02N
• Solução padrão de carbonato de sódio 0,02N • Pipetar 25mL da solução de carbonato de sódio 0,02N, transferir para erlenmeyer e

259
518 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 519

adicionar 3-4 gotas do indicador misto Reagentes e Soluções


• Encher uma bureta de 50mL com a solução de ácido sulfúrico 0,02N e proceder à • Reagente de Nessler
titulação • Solução de sal de Rochelle
• Anotar o volume gasto, calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção da • Solução de sulfato de zinco
concentração (F) da solução de ácido da seguinte maneira: • Solução de hidróxido de sódio

0,5 Preparo das Soluções


N(verdadeira) =
Vg
Onde: Reagente de Nessler: Dissolver 160g de hidróxido de sódio (NaOH) em um becker de 1000mL
Vg Volume de ácido sulfúrico 0,02N gasto na titulação contendo 500mL de água destilada. Esfriar a solução. Em outro becker contendo 250mL de
água destilada, dissolver 100g de iodeto de mercúrio (HgI2) e 50g de iodeto de potássio (KI).
N(verdadeira) Adicionar a solução de iodeto à solução de hidróxido, vagarosamente, com agitação. Transfe-
F=
0,02 rir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada
Técnica
• Medir 200mL da amostra e transferir para balão de Kjedahl de 800mL, e neutralizar, se Solução de sal de Rochelle: Dissolver 50g de tartarato duplo de sódio e potássio tetraidra-
necessário, para pH 7,0 tado (KNa4H4O6.4H2O) em 100mL de água destilada. Ferver a solução durante 30min para
• Adicionar 25mL da solução tampão de fosfato para manter o pH 7,4 durante a desti- eliminar a amônia. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com
lação água destilada
• Diluir a aproximadamente 400mL com água destilada e conectar o balão ao conjunto
de destilação Solução de sulfato de zinco: Dissolver 10g de sulfato de zinco heptaidratado (ZnSO4.7H2O)
• Destilar cerca de 200mL, recebendo o destilado em um erlenmeyer de 500mL conten- em um pouco de água destilada livre de amônia. Transferir para balão volumétrico de 100mL
do 50mL da solução indicadora de ácido bórico. Nesta operação, a extremidade do e completar o volume com água destilada
conjunto de destilação deve estar mergulhada na solução de ácido bórico
• Titule a amônia destilada com uma solução padronizada de ácido sulfúrico 0,02N Solução de hidróxido de sódio: Dissolver 24g de hidróxido de sódio (NaOH) em um pouco
• Fazer uma prova em branco com todos os reagentes utilizados de água destilada livre de amônia. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar
o volume com água destilada
Cálculos
Técnica
[(Va - Vb) × 0,28 × 1000] • Medir 50mL da amostra em um tubo de Nessler e adicionar 1mL do reagente de Nes-
Amônia (mg/L NH4- N) =
A sler
• Usar outro tubo de Nessler de 50mL para fazer a prova em branco, que deverá conter
Onde: 50mL da amostra sem reagentes
Va Volume de ácido gasto na titulação da amostra • Colocar o tubo de Nessler que contém a amostra com o reagente na cavidade do lado
Vb Volume de ácido gasto na titulação do branco direito de um comparador visual, como por exemplo o Aqua Tester
A Volume da amostra analisada • Colocar o tubo de Nessler que contém a prova em branco na cavidade do lado esquer-
do do mesmo aparelho
MÉTODO DO AQUA TESTER • Colocar na parte superior do aparelho, abaixo do dispositivo que contém o visor, o
disco da amônia
• Após ter esperado 15min, depois da adição do reagente, efetuar a leitura girando o

260
520 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 521

disco de amônia até que as cores da direita e da esquerda se igualem tiladas.

NOTA Solução de hidróxido de sódio 0,1N: Pesar 4g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
Magnésio e cálcio interferem no teste. Essa interferência pode ser eliminada adicionando um pouco de água destilada isenta de amônia. Transferir para balão volumétrico de 1000mL
à amostra 2 gotas de solução de sal de Rochelle. A interferência devida a sulfito pode ser e completar o volume com água destilada isenta de amônia.
eliminada tratando 100mL da amostra com 1mL da solução de sulfato de zinco e 0,5mL da
solução de hidróxido de sódio Solução tampão de borato: Adicionar 88mL da solução de hidróxido de sódio 0,1N a 500mL
de uma solução contendo 5,0g de borato de sódio (Na2B4O7) por cada litro de água destilada
Cálculos isenta de amônia. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com
água isenta de amônia.
Amonia (mg/L) = L
Solução de hidróxido de sódio 6N: Pesar 240g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
Onde: um pouco de água destilada isenta de amônia. Transferir para balão volumétrico de 1000mL
L Leitura obtida no disco de amônia e completar o volume com água destilada isenta de amônia.

OBSERVAÇÃO: Se nenhum número aparecer no orifício onde se efetuam as leituras, estimar Solução de hidróxido de sódio 1N: Pesar 40g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
um valor compreendido entre os dois valores consecutivos do disco, situados antes e depois um pouco de água destilada isenta de amônia. Transferir para balão volumétrico de 1000mL
do orifício e completar o volume com água destilada isenta de amônia.

MÉTODO COLORIMÉTRICO DE NESSLER Agente declorinizante: Dissolver 3,5g de tiossulfato de sódio pentaidratado (Na2S2O3.5H2O)
em um pouco de água destilada isenta de amônia. 1mL desta solução elimina 1mg/L de clo-
Reagentes e Soluções ro residual em 500mL da amostra.
• Água isenta de amônia
• Solução de hidróxido de sódio 0,1N Solução de ácido sulfúrico 1N: Medir 28mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado e trans-
• Solução tampão de borato ferir para um balão volumétrico contendo aproximadamente 500mL de água destilada isen-
• Solução de hidróxido de sódio 6N ta de amônia. Completar o volume com água destilada isenta de amônia.
• Solução de hidróxido de sódio 1N
• Agente declorinizante Solução absorvedora: Dissolver 20g de ácido bórico (H3BO3) em um pouco de água desti-
• Solução de ácido sulfúrico 1N lada isenta de amônia. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume
• Solução absorvedora com água destilada isenta de amônia.
• Reagente de Nessler
• Solução estoque de amônia Reagente de Nessler:
• Solução padrão de amônia (a) Dissolver 61,75g de iodeto de potássio (KI) em 200mL de água destilada isenta de amônia
• Soluções padrões de trabalho de amônia (b) Dissolver 180g de hidróxido de potássio (KOH) em 250mL de água destilada isenta de
amônia
Preparo das Soluções (c) Preparar uma solução saturada de cloreto de mercúrio (HgCl2) a quente (30g/400mL de
água destilada isenta de amônia)
Água isenta de amônia: Adicionar 0,1mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado para cada (d) Pesar 0,75g de iodeto de potássio (KI), em separado
litro de água recém destilada. Redestilar em seguida, desprezando as primeiras porções des- (e) Adicionar (c) em (a), vagarosamente e com agitação, até precipitar HgI2 vermelho intenso.

261
522 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 523

Dissolver o precipitado com (d) solução absorvedora (50mL da solução em balão volumétrico de 250mL)
(f ) Adicionar (b) quando frio, e completar a 1000mL com água destilada isenta de amônia • Interromper a destilação quando faltarem 5–10mL para que o volume de destilado
Guardar em frasco de cor âmbar. atinja a marca de 250mL
• Verificar o pH do destilado, devendo este estar em torno de 7,0, caso contrário, repetir
Solução estoque de amônia: Dissolver 3,819g de cloreto de amônia (NH4Cl) anidro, seco em a destilação com um volume menor de padrão (ou de amostra, se for o caso)
estufa a 100°C, durante 2h, em um pouco de água destilada isenta de amônia. Transferir para • Medir 10mL do destilado e neutralizar com a solução de hidróxido de sódio 6N
balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada isenta de amônia. • Adicionar 2mL do reagente de Nessler e homogeneizar
• Efetuar uma prova em branco de maneira semelhante ao procedimento dos padrões,
Solução padrão de amônia: Pipetar 10mL da solução estoque de amônia e transferir para utilizando 500mL de água destilada isenta de amônia
balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada isenta de amônia. • Após 30min, aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmi-
Esta solução corresponde a 10mg/L de amônia. tância com a prova em branco, estando este ajustado em 420nm de comprimento de
onda
Soluções padrões de trabalho de amônia: Separar 06 balões volumétricos de 1000mL e • Fazer as leituras das absorbâncias, ou % de transmitâncias, dos padrões
colocar as seguintes alíquotas da solução padrão de amônia, conforme quadro abaixo: • Traçar o gráfico da curva padrão utilizando as leituras das absorbâncias (ou % de
transmitâncias) e as concentrações dos padrões, ou obter a equação de regressão
mL da solução padrão de amônia mg/L de amônia em N
0 0,0 Técnica
20 0,2 • Medir 500mL da amostra (ou um volume menor diluído a 500mL com água destilada
30 0,3 isenta de amônia)
50 0,5 • A partir deste momento, proceder de maneira semelhante ao tratamento dado aos
80 0,8 padrões no preparo da curva padrão
100 1,0
Cálculos
Completar os volumes com água isenta de amônia
(C x 50)
Amônia (mg/L NH4- N) =
A
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão

NOTA: Pré-tratar a vidraria colocando no balão de destilação 500mL de água destilada isenta
de amônia, 20mL da solução de borato, hidróxido de sódio 6N até pH 9,5 e pérolas de vidro. Onde:
Conectar o balão ao condensador e destilar a mistura, até que o destilado recolhido em ácido C Concentração de amônia, mg/L, obtida através da curva padrão ou da equação de
bórico não apresente traços de amônia. regressão linear (correspondente à absorbância ou à % de transmitância)
Vd Volume de destilado, em mL
• Medir 500mL de cada padrão em proveta e transferir para o balão de destilação Vam Volume da amostra, em mL
• Remover o cloro residual utilizando o agente declorinizante VN Volume para nesslerização, em mL
• Neutralizar a pH aproximadamente 7,0, com ácidos ou hidróxidos diluídos
• Adicionar 25mL de tampão de borato e ajustar o pH para 9,5 com a solução de hidró- MÉTODO COLORIMÉTRICO DE NESSLER (SIMPLIFICADO)
xido de sódio 6N
• Conectar o balão ao condensador, rapidamente Reagentes e Soluções
• Destilar à velocidade de 10mL/min, mantendo a ponta do condensador imerso na • Reagente de Nessler

262
524 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 525

• Água isenta de amônia Onde:


• Solução estoque de amônia C Concentração de amônia, em mg/L de NH4 em N correspondente à % de transmitân-
• Solução padrão de amônia cia ou à absorbância encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear
• Soluções padrões de trabalho de amônia A Alíquota da amostra tomada para análise

Preparo das Soluções MÉTODO COLORIMÉTRICO DO INDOFENOL

Reagente de Nessler: Pesar 35g de iodeto de potássio (KI) e 12,5g de cloreto de mercúrio Reagentes e Vidrarias
(HgCl2) e dissolver em 800mL de água destilada. Adicionar a esta solução uma outra solução • Solução de tiossulfato de sódio
saturada e fria de cloreto de mercúrio (3 a 5g de cloreto de mercúrio dissolvidos em 50mL • Solução de tetraborato de sódio 0,025M
de água destilada) agitando até o aparecimento de um leve precipitado vermelho. Adicionar • Solução de hidróxido de sódio 1N
120g de hidróxido de sódio (NaOH) à solução, agitando para dissolver o precipitado. Final- • Solução de hidróxido de sódio 0,1N
mente, adicionar mais um pouco da solução saturada de cloreto de mercúrio. Transferir para • Solução tampão de borato
balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada isenta de amônia • Solução de ácido sulfúrico 3,6nM
• Solução de fenol e nitroprussiato de sódio
NOTA • Solução de hipoclorito de sódio e hidróxido de sódio
Preparo da água isenta de amônia e das soluções padrões de amônia são idênticos aos cita- • Solução estoque de amônia
dos no método anterior • Soluções padrões de trabalho de amônia

OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão Preparo das Soluções


• Pipetar 50mL de cada padrão para erlenmeyer de 250mL
• Adicionar 10 gotas do reagente de Nessler Solução de tiossulfato de sódio: Dissolver 3,5g de tiossulfato de sódio pentaidratado
• Aguardar 10min para desenvolvimento da cor (Na2S2O3.5H2O) em um pouco de água isenta de amônio. Transferir para balão volumétrico
• Efetuar uma prova em branco de maneira semelhante ao procedimento dos padrões, de 1000mL e completar o volume com água destilada isenta de amônia.
utilizando 50mL de água destilada isenta de amônia
• Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com a Solução de tetraborato de sódio 0,025M: Dissolver 5,0g de tetraborato de sódio anidro (Na-
prova em branco, estando este ajustado em 425nm de comprimento de onda B O ) em um pouco de água isenta de amônio. Transferir para balão volumétrico de 1000mL
2 4 7

• Fazer as leituras das absorbâncias, ou % de transmitâncias, dos padrões e completar o volume com água destilada isenta de amônia.
• Traçar o gráfico da curva padrão utilizando as leituras de absorbância (ou % de trans-
mitâncias) e as concentrações dos padrões, ou obter a equação de regressão Solução de hidróxido de sódio 1N: Dissolver 40g de hidróxido de sódio (NaOH) em um pou-
co de água isenta de amônia. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o
Técnica volume com água destilada isenta de amônia.
• Pipetar 50mL da amostra, se necessário filtrada para eliminar a turbidez, e proceder
de maneira semelhante ao tratamento dado aos padrões no preparo da curva padrão. Solução de hidróxido de sódio 0,1N: Medir 100mL da solução de hidróxido de sódio 1N e
transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada isenta
Cálculos de amônia.

(C x Vd x 200) Solução tampão de borato: Adicionar 88mL da solução de hidróxido de sódio 0,1N em
Amônia em N (mg/L) =
(Vam x Vm)
500mL da solução de tetraborato de sódio 0,025M. Transferir para balão volumétrico de

263
526 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 527

1000mL e completar o volume com água destilada isenta de amônia. completo da cor
• Após 30min, aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmi-
Solução de ácido sulfúrico 3,6mM: Medir 25mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado e tância com a prova em branco, estando este ajustado em 420nm de comprimento de
misturar em 500mL de água destilada isenta de amônia. Transferir para balão volumétrico onda
de 1000mL e completar o volume com água destilada isenta de amônia. Transferir 8mL desta • Fazer as leituras das absorbâncias, ou % de transmitâncias, dos padrões
solução para 1000mL e completar o volume com água destilada. • Traçar o gráfico da curva padrão utilizando as leituras das absorbâncias (ou % de
transmitâncias) e as concentrações dos padrões, ou obter a equação de regressão
Solução de fenol e nitroprussiato de sódio: Pesar 5g de fenol (C6H6O) nitroprussiato de só-
dio diidratado (Na2[Fe(CN)5NO])2H2O e dissolver em um pouco de água destilada isenta de Técnica
amônia. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água des-
tilada isenta de amônia. NOTA
Pré–tratar a vidraria colocando no balão de destilação 500mL de água destilada isenta de
Solução de hipoclorito de sódio e hidróxido de sódio: Dissolver 2,5g de hidróxido de sódio amônia, 20mL da solução de borato, hidróxido de sódio 6 N até pH 9,5 e pérolas de vidro. Co-
(NaOH) em um pouco de água destilada isenta de amônia. Misturar com uma solução com nectar o balão ao condensador e destilar a mistura, até que o destilado recolhido em ácido
um pouco de solução de hipoclorito de sódio que contenha 0,21% de cloro ativo. Transferir bórico não apresente traços de amônia:
para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada isenta de amô-
nia. Como a solução de hipoclorito é instável, deve ser titulada diariamente. • Pré–tratamento para amostras não poluídas
• Remover a turbidez por meio de filtração, utilizando uma membrana de 0,45μm de
Solução estoque de amônia: Pesar exatamente 0,3819g de cloreto de amônia (NH4Cl) ani- abertura. No filtrado determinar a amônia
dro, seco em estufa a 110°C, durante 1h, e dissolver em um pouco de água destilada. Trans- • Pré–tratamento para amostras poluídas e despejos industriais
ferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada isenta de • Medir 500mL da amostra em proveta e transferir para o balão de destilação
amônia. Esta solução corresponde a 100mg/L de amônia. • Remover o cloro residual utilizando a solução de tiossulfato de sódio
• Neutralizar a pH aproximadamente 7,0, com ácidos ou hidróxidos diluídos
Soluções padrões de trabalho de amônia: Separar 4 balões volumétricos de 1000mL e colo- • Adicionar 20mL de tampão de borato e ajustar o pH para 9,5 com a solução de hidró-
car as seguintes alíquotas da solução estoque de amônia, conforme quadro a seguir: xido de sódio 1N
• Conectar o balão ao condensador, rapidamente
mL da solução estoque de amônia mg/L de amônia em N • Destilar à velocidade de 6 a 10mL/min, mantendo a ponta do condensador imerso
0 0,0 em 50mL da solução de ácido sulfúrico 3,6mM contidos num balão volumétrico de
2 0,2 500mL
3 0,3 • Destilar aproximadamente 300mL e completar o volume com água destilada isenta
5 0,5 de amônia
• A partir deste momento, proceder de maneira semelhante ao tratamento dado aos
Completar os volumes com água isenta de amônia padrões no preparo da curva padrão, substituindo o volume do padrão pela amostra
destilada
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
• Em tubos de ensaio, pipetar separadamente: 20mL de água destilada isenta de amô- Cálculos
nia (ou do branco destilado), 20mL dos padrões e 2mL da solução de fenol e nitroprus-
siato de sódio Amonia, em N (mg/L) = C
• Misturar e adicionar 2mL da solução de hipoclorito de sódio até o desenvolvimento

264
528 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 529

Onde: por 1h. Transferir o sobrenadante para um becker de 2000mL e lavar o precipitado várias
C Concentração de amônia, mg/L correspondente à absorbância ou à % de transmitân- vezes com água destilada isenta de nitrito.
cia obtida através da curva padrão ou da equação de regressão linear
Solução padrão estoque de nitrito: Pesar exatamente 1,232g de nitrito de sódio (NaNO2)
seco a 105°C, durante 1h e dissolver em um pouco de água destilada isenta de nitritos. Trans-
21.15 Nitrito ferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada isenta de
Determinação da concentração do nitrito, expressa em mg/L NO2,–N, através do método co- nitrito. Preservá–la com 1mL de clorofórmio. Esta solução contém 250mg/L de NO2, em N.
lorimétrico com o ácido sulfanilamida.
Solução padrão intermediária de nitrito: Pipetar 200mL da solução estoque de nitrito e
Reagentes e Soluções transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada isenta
• Água destilada isenta de nitrito de nitrito. Esta solução contém 50mg/L de NO2, em N.
• Solução de sulfanilamida
• Solução de cloreto de N–naftiletilenodiamina Solução padrão de uso de nitrito: Pipetar 10mL da solução padrão intermediária de nitrito
• Suspensão de hidróxido de alumínio e transferir para um balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada.
• Solução padrão estoque de nitrito Esta solução contém 0,5mg/L de NO2, em N.
• Solução padrão intermediária de nitrito
• Solução padrão de uso de nitrito Soluções padrões de nitrito: Pipetar as alíquotas citadas no quadro abaixo, transferir para
• Soluções padrões de nitrito balões volumétricos de 1000mL e completar o volume com água destilada isenta de nitritos:

Preparo das Soluções mg/L NO2 em N mL da solução de 0,5 mg/L NO2, em N


0 (Branco) 0
Água destilada isenta de nitrito: Em 1000mL de água destilada adicionar um cristal de per- 0,01 20
manganato de potássio (KMnO4) e uma lentilha de hidróxido de sódio (NaOH). Redestilar em 0,03 60
sistema de vidro tipo Pirex e descartar os primeiros 50mL destilados 0,05 100
Solução de sulfanilamida: Pesar 5g de sulfanilanida (4–NH2C6H4SO2NH2) e dissolver em 300mL 0,07 140
de água destilada isenta de nitrito contendo 50mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado. 0,09 180
Transferir para balão volumétrico de 500mL e completar o volume com água destilada isenta 0,10 200
de nitrito.
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
Solução de cloreto de N–naftiletilenodiamina: Pesar 0,5g de cloreto de N–naftiletilenodia- • Transferir 50mL de cada padrão para becker de 100mL
mina (C10H7HNCH2CH2NH2.2HCl) e dissolver em um pouco de água destilada isenta de nitri- • Ajustar o pH em torno de 7,0
to. Transfertir para balão volumétrico de 500mL e completar o volume com água destilada • Adicionar 1mL da solução de sulfanilamida
isenta de nitrito. Guardar esta solução em frasco de cor âmbar. Descartar se aparecer uma • Esperar 2 a 8min
coloração marrom intenso. • Adicionar 1mL da solução de cloreto de N–naftiletilenodiamina
• Efetuar uma prova em branco, tratando 50mL de água destilada isenta de nitritos com
Suspensão de hidróxido de alumínio: Pesar 125g de sulfato de alumínio e potássio os mesmos reagentes usados nas reações com os padrões
[AlK(SO4)2.12H2O] ou sulfato de alumínio e amônio [AlNH4(SO4)2.12H2O] e dissolver em • Entre 10min e 2h após a adição da solução de cloreto de N–naftiletilenodiamina,
1000mL de água destilada isenta de nitrito. Aquecer a 60ºC e adicionar 55mL de hidróxido transferir um pouco da mistura para uma cubeta de 1cm e ler a absorbância em es-
de amônio (NH4OH) concentrado, lentamente e com agitação. Deixar a mistura em repouso pectrofotômetro, estando este aferido em 0,0 de absorbância e 100% de transmitân-

265
530 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 531

cia com a prova em branco e ajustado em 543nm • Solução de ácido fenoldissulfônico


• Elaborar um gráfico da curva padrão ou obter uma equação de regressão linear usan- • Solução de hidróxido de sódio 1N
do as leituras das absorbâncias e as concentrações dos padrões • Suspensão de hidróxido de alumínio
• Solução de ácido sulfúrico 1N
Técnica • Solução de permanganato de potássio 0,1N
• Se a amostra apresentar material em suspensão, filtrar 200mL através de membrana • Solução de peróxido de hidrogênio
Millipore de 0,45μm • Solução estoque de nitrato
• Se a amostra apresentar cor ou turbidez, clarificar pela adição de 2mL de suspensão • Solução padrão de nitrato
de hidróxido de alumínio a 100mL da amostra e filtrar em papel de filtro, desprezando • Soluções padrões de uso
as primeiras porções do filtrado • Hidróxido de amônio concentrado
• Pipetar 50mL da amostra, se necessário da amostra tratada e transferir para becker de
100mL Preparo das Soluções
• Ajustar o pH em torno de 7,0
• Adiconar 1mL da solução de sulfanilamida Solução de sulfato de prata: Pesar 4,40g de sulfato de prata (Ag2SO4) e dissolver em um
• Esperar 2 a 8min pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume
• Adicionar 1mL da solução de cloreto de N–naftiletilenodiamina com água destilada.
• Entre 10min e 2h após a adição da solução de cloreto de N–naftiletilenodiamina,
transferir um pouco da mistura para uma cubeta de 1cm e ler a absorbância em es- Solução de ácido fenoldissulfônico: Pesar 25g de fenol branco (C6H5OH) e dissolver em
pectrofotômetro, estando este aferido em 0,0 de absorbância e 100% de transmitân- 150mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado. Adicionar 75mL de ácido sulfúrico fumegan-
cia com a prova em branco e ajustado em 543nm te (H2SO4). Agitar bem e aquecer durante 2h em banho–maria.

Cálculos Solução de hidróxido de sódio 1N: Pesar 40g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o
Nitrito (mg/L NO2 – N) = C volume com água destilada.

Onde: Suspensão de hidróxido de alumínio: Pesar 125g de sulfato de alumínio e potássio


C Concentração de nitrito, em mg/L de NO2 em N, correspondente à % de trasmitância [KAl(SO4)2.12H2O] e dissolver em um pouco de água destilada. Aquecer 60°C e lentamente
ou absorbância, encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear adicionar com agitação 55mL de hidróxido de amônio (NH4OH) concentrado. Depois de re-
pousar durante 1h, filtrar para um recipiente de boca larga, lavando bem o precipitado com
água destilada.
21.16 Nitrato
Solução de ácido sulfúrico 1N: Juntar cuidadosamente 28mL de ácido sulfúrico (H2SO4) con-
Determinação da concentração do nitrato, expressa em mg/L de NO3–N, através dos méto- centrado em um pouco de água destilada e diluir para 1000mL.
dos colorimétricos com o ácido fenoldissulfônico e com brucina
Solução de permanganato de potássio 0,1N: Pesar 0,316g de permanganato de potássio
MÉTODO COM ÁCIDO FENODISSULFÔNICO (KMnO4) e dissolver em água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL.

Reagentes e Soluções Solução de peróxido de hidrogênio: Transferir 10mL de peróxido de hidrogênio (H2O2) 30%
• Solução de sulfato de prata para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada.

266
532 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 533

Solução estoque de nitrato: Pesar 0,7218g de nitrato de potássio anidro (KNO3) e dissolver
em um pouco de água destilada.Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o Técnica
volume com água destilada. Esta solução contém 100mg/L de NO3, em N. • Se a amostra tiver cor maior que 10, descolorar, adicionando, para 150mL da amostra,
3mL da suspensão de hidróxido de alumínio. Agitar e deixar decantar por alguns mi-
Solução padrão de nitrato: Pipetar 20mL da solução estoque de nitrato e transferir para nutos. Filtrar desprezando os primeiros filtrados
balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada. • Se a amostra apresentar um teor de nitrito acima de 0,2mg/L, converter para nitrato
adicionando para 100mL de amostra clarificada 1mL de ácido sulfúrico 1N. Agitar. Adi-
Soluções padrões de uso: Para balões volumétricos de 100mL pipetar as alíquotas da solu- cionar com agitação permanganato de potássio 0,1N, gota a gota, até aparecimento
ção padrão de nitrato, conforme mostrado no quadro a seguir: de uma cor persistente, no mínimo por 15min. O teor de nitrito deve então ser subtra-
ído do resultado do nitrato
mL da solução padrão de nitrato • Se a amostra apresentar cloretos, determinar seu teor e tratar a amostra com uma
mg/L NO3, em N
(2 mg/L NO3, em N) quantidade equivalente da solução padrão de sulfato de prata. O cloreto precipitado
2,5 0,05 pode ser removido por filtração ou centrifugação
5,0 0,10 • Neutralizar 100mL da amostra clarificada para pH 7,0
10,0 0,20 • Transferir para cápsula de porcelana e evaporar em banho–maria até a secagem
20,0 0,40 • Deixar esfriar e juntar 2,0mL da solução de ácido fenoldissulfônico, com auxílio de
30,0 0,60 bastão de vidro
40,0 0,80 • Juntar 10 a 20mL de água destilada
50,0 0,10 • Adicionar, com agitação, entre 6 e 7mL de hidróxido de amônio (NH4OH) concentrado
• Transferir todo o volume para balão volumétrico de 100mL, filtrando se necessário, e
Completar o volume com água destilada. Preparar um branco somente com os reagentes e completar o volume com água destilada
água destilada. • Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com o
branco, usando uma cubeta de 2cm, estando este ajustado em 410nm de compri-
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão mento de onda
• Ajustar os padrões de uso e o branco para pH 7,0 • Fazer a leitura da absorbância
• Transferir todo volume de cada padrão e do branco para cápsulas de porcelana e eva-
porar até a secura em banho-maria Cálculos
• Adicionar ao resíduo da evaporação 2mL de ácido fenoldissulfônico para sua disso-
lução Nitrato (mg/L NO3 - N) = C
• Adicionar 10 a 20mL de água destilada e com agitação e lentamente 6 a 7mL de hidró-
xido de amônio (NH4OH) concentrado Onde:
• Transferir todo o volume para balão volumétrico de 100mL, filtrando se necessário, e C Concentração de nitrato, em mg/L de NO3 em N, correspondente à % de transmitân-
completar o volume com água destilada cia ou absorbância encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear
• Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com o
branco, usando uma cubeta de 2cm, estando este ajustado em 410nm de compri- MÉTODO COLORIMÉTRICO COM BRUCINA
mento de onda
• Fazer as leituras das absorbâncias e elaborar um gráfico da curva padrão ou obter Reagentes e Soluções
uma equação de regressão linear usando as leituras obtidas e as concentrações dos • Ácido acético glacial concentrado
padrões • Solução de brucina

267
534 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 535

• Ácido sulfúrico concentrado de chama

NOTA Reagentes e Soluções


Os demais reagentes e soluções já foram citados no método colorimétrico com ácido fenol- • Solução estoque de sódio
dissulfônico • Solução intermediária de sódio
• Soluções padrões de sódio
Preparo das Soluções
Preparo das Soluções
Solução de brucina: Pesar 5g de brucina (C23H26N2O4.2H2O) e dissolver em 100mL de ácido
acético glacial (C2H4O2) concentrado com pureza mínima de 96%. Solução estoque de sódio (1000 mg/L de Na+): Pesar exatamente 2,5420g de cloreto de
sódio (NaCl) seco em estufa a 150ºC, durante 1h e dissolver em um pouco de água destilada.
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
• Pipetar 2mL de cada padrão para erlenmeyer de 250mL
• Adicionar 0,3mL da solução de brucina e 10mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado Solução intermediária de sódio (100 mg/L de Na+): Pipetar 10mL da solução estoque de
• Aguardar 15min para desenvolvimento da cor sódio de 1000mg/L e transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar com água des-
• Efetuar uma prova em branco de maneira semelhante ao procedimento dos padrões, tilada.
utilizando 2mL de água destilada
• Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com a Soluções padrões de sódio: Pipetar para balão volumétrico de 100mL as seguintes alíquotas
prova em branco, estando este ajustado em 420nm de comprimento de onda da solução intermediária de 100mg/L de Na+:
• Fazer as leituras das absorbâncias, ou % de transmitâncias, dos padrões
• Traçar o gráfico da curva padrão utilizando as leituras de absorbância (ou % de trans- mL da solução intermediária de Na+ mg/L Na+
mitâncias) e as concentrações dos padrões, ou obter a equação de regressão 2,0 2,0
4,0 4,0
Técnica 6,0 6,0
• Pipetar 2mL da amostra para Erlenmeyer de 250mL e proceder de maneira semelhan- 8,0 8,0
te ao tratamento dado aos padrões no preparo da curva padrão 10,0 10,0

Cálculos OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão


• Selecionar o fotômetro para determinação de sódio
Nitrato (mg/L NO3 - N) = C • Verificar a pressão do compressor, de acordo com o fabricante
• Com água destilada, aferir o fotômetro em zero
Onde: • Com o padrão de 10mg/L, aferir o fotômetro em 10
C Concentração de nitrato, em mg/L de NO3 em N, correspondente à % de transmitân- • Sem mais alterar os botões de aferição, proceder à leitura dos demais padrões, ano-
cia ou absorbância encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear tando as leituras
• Elaborar o gráfico da curva padrão ou a equação de regressão linear

21.17. Sódio Técnica


• Aferir o fotômetro em zero com água destilada e em 10 com o padrão de 10mg/L de
Determinação da concentração de sódio, expressa em mg/L Na+, pelo método do fotômetro Na+

268
536 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 537

• Colocar a amostra em um becker e proceder à leitura, L quotas da solução intermediária de 100mg/L de K+:

Cálculos mL da solução intermediária de K+ mg/L K+


2,0 2,0
Sodio (mg/L Na+) = L 4,0 4,0
6,0 6,0
Onde: 8,0 8,0
L leitura obtida no fotômetro de chama 10,0 10,0

OBSERVAÇÕES: Considerações sobre o sódio OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão


• Caso a leitura da amostra seja superior a 10, significa que a amostra tem uma concen- • Selecionar o fotômetro para determinação de potássio
tração de sódio superior a 10mg/L, neste caso elaborar uma nova curva com concen- • Verificar a pressão do compressor, de acordo com o fabricante
trações superiores a 10mg/L • Com água destilada, aferir o fotômetro em zero
• Analogamente, caso a leitura da amostra seja inferior a 2, indica uma concentração • Com o padrão de 10mg/L, aferir o fotômetro em 10
menor que 2mg/L, logo uma nova curva deve ser realizada, agora com concentrações • Sem mais alterar os botões de aferição, proceder à leitura dos demais padrões, ano-
inferiores a 2mg/L de Na+ tando as leituras
• Elaborar o gráfico ou a equação de regressão linear

21.18 Potássio Técnica


• Aferir o fotômetro em zero com água destilada e em 10 com o padrão de 10 mg/L de
Determinação da concentração de potássio, expressa em mg/L K+, pelo método do fotôme- K+
tro de chama • Colocar a amostra em um becker e proceder à leitura, L

Reagentes e Soluções Cálculos


• Solução estoque de potássio
• Solução intermediária de potássio Potassio (mg/L K+) = L
• Soluções padrões de potássio
Onde:
Preparo das Soluções L Leitura obtida no fotômetro de chama

Solução estoque de potássio (1000 mg/L de K+): Pesar exatamente 1,9104g de cloreto de OBSERVAÇÃO: Considerações sobre o potássio
potássio (KCl) e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico • Caso a leitura da amostra seja superior a 10, significa que a amostra tem uma con-
de 1000mL e completar o volume com água destilada. centração de potássio superior a 10mg/L, neste caso elaborar uma nova curva com
concentrações superiores a 10mg/L
Solução intermediária de potássio (100 mg/L de K+): Pipetar 10mL da solução estoque de • Analogamente, caso a leitura da amostra seja inferior a 2, indica uma concentração
potássio de 1000mg/L e transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar com água menor que 2mg/L, e uma nova curva deve ser realizada, agora com concentrações
destilada. inferiores a 21mg/L de K+.

Soluções padrões de potássio: Pipetar para balão volumétrico de 100mL as seguintes alí-

269
538 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 539

21.19. Resíduos Totais Dioxido de carbono livre (mg/L CO2) = Vg × 9,988

Determinação da concentração de resíduos totais, expressa em mg/L, por gravimetria. Onde:


Proceder conforme metodologia indicada para águas residuais e efluentes industriais Vg Volume de carbonato de sódio 0,0454N gasto na titulação
.

21.20 Dióxido de Carbono Livre

Determinação da concentração de dióxido de carbono livre, expressa em mg/L de CO2, por


titrimetria de neutralização

Reagentes e Soluções
• Solução indicadora de fenolftaleína
• Solução padrão de carbonato de sódio 0,0454N

Preparo das Soluções

Solução indicadora de fenolftaleína: Pesar 0,35g de fenolftaleína e dissolver em uma mistu-


ra contendo 700mL de álcool etílico absoluto (C2H5OH) e 300mL de água destilada.

Solução padrão de carbonato de sódio 0,0454N: Pesar exatamente 2,407g de carbonato de


sódio (NaCO3), seco em estufa a 140°C durante 2h, e dissolver em um pouco de água destila-
da. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada
recentemente fervida.

Técnica
NOTA
Coletar a amostra em frasco de rolha esmerilhada, evitando turbilhonamento

• Transferir por sifonação 100mL da amostra para um erlenmeyer de 250mL


• Rapidamente adicionar 0,5mL da solução indicadora de fenolftaleína
• O aparecimento de uma coloração rósea indica ausência de dióxido de carbono
• Caso não ocorra o aparecimento da coloração rósea, titular a amostra com a solução
de carbonato de sódio 0,0454N até obter mudança de coloração

Cálculos

270
Capítulo 22
Águas Residuais
e Efluentes
Industriais

271
Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 543

Sumário

22.1 pH............................................................................................................................................. 00
22.2 Oxigênio Dissolvido........................................................................................................... 00
22.3 Demanda Química de Oxigênio.................................................................................... 00
22.4 Demanda Bioquímica de Oxigênio.............................................................................. 00
22.5 Nitrogênio............................................................................................................................. 00
22.6 Digestão Nítrica-Perclórica.............................................................................................. 00
22.7 Fósforo.................................................................................................................................... 00
22.8 Potássio.................................................................................................................................. 00
Método por Fotometria de Chama......................................................................... 00
Método Titrimétrico..................................................................................................... 00
Método Condutimétrico............................................................................................ 00
22.9 Carbono Orgânico Total................................................................................................... 00
22.10 Matéria Orgânica Total................................................................................................... 00
22.10 Açúcar................................................................................................................................... 00
Método Quantitativo................................................................................................... 00
Método Qualitativo...................................................................................................... 00
22.12 Resíduos Total, Fixo e Volátil......................................................................................... 00
22.13 Resíduos Filtráveis Total, Fixo e Volátil...................................................................... 00
22.14 Resíduos Não Filtráveis Total, Fixo e Volátil............................................................. 00
22.15 Resíduo Sedimentável.................................................................................................... 00
22.16 Óleos e Graxas................................................................................................................... 00
Método da Extração em Soxhlet............................................................................. 00
Método da Extração por Funil de Separação...................................................... 00
22.17 Sulfactante Aniônico....................................................................................................... 00
22.18 Fluoreto................................................................................................................................ 00
22.19 Salinidade............................................................................................................................ 00

272
544 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 545

22.1 pH Solução de dicromato de potássio 0,0125 N: Pesar 1,226g de dicromato de potássio


(K2Cr2O7), previamente seco a 120°C, durante 2h e dissolver em um pouco de água destilada.
Determinação da concentração de íons H+ por potenciometria Transferir para balão volumétrico de 2000mL e completar o volume com água destilada.
Proceder conforme metodologia indicada para caldos
Solução estoque de tiossulfato de sódio 0,1 N: Pesar 24,82g de tiossulfato de sódio pentai-
dratado (Na2S2O3.5H2O), dissolver em um pouco de água destilada e esfriar. Juntar 1g de hi-
22.2. Oxigênio Dissolvido dróxido de sódio (NaOH). Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume
com água destilada. Guardar em frasco escuro.
Determinação da concentração de oxigênio dissolvido, expressa em mg/L, através de titri-
metria de oxirredução pelo método de Winkler modificado pela azida sódica Solução de tiossulfato de sódio 0,0125 N: Pipetar 250mL da solução estoque de tiossulfato
de sódio 0,1N, transferir para balão volumétrico de 2000mL e completar o volume com água
Reagentes e Soluções destilada. Esta solução deve ser padronizada 1 dia após sua preparação.
• Solução de sulfato manganoso
• Solução alcalina de iodeto de azida Solução de amido 2%: Num becker de 1000mL pesar 10g de amido e 5g de cloreto de sódio
• Solução de fluoreto de potássio (NaCl). Juntar 500mL de água destilada e aquecer sob agitação até total dissolução. Ferver
• Solução de dicromato de potássio 0,0125N por 2min, cobrir com vidro de relógio e deixar repousar por 1 noite. Filtrar em papel de filtro
• Solução estoque de tiossulfato de sódio 0,1N faixa branca para 1 recipiente limpo e estocar no escuro.
• Hidróxido de sódio p.a.
• Solução de tiossulfato de sódio 0,0125N OBSERVAÇÃO: Padronização da solução de tiossulfato de sódio 0,0125N
• Ácido sulfúrico concentrado • Dissolver 1g de iodeto de potássio (KI) em 100mL de água destilada num erlenmeyer
• Cloreto de sódio p.a. de 500mL e juntar com cuidado sob agitação 1mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concen-
• Solução de amido 2% trado
• Adicionar 20mL da solução de dicromato de potássio 0,0125N, homogeneizar e dei-
Preparo das Soluções xar em repouso no escuro por 5min
• Completar com água destilada até a marca de 200mL e titular com a solução de tios-
Solução de sulfato manganoso: Num becker de 1000mL dissolver 364g de sulfato manga- sulfato de sódio até a mudança de coloração para amarelo–palha
noso hidratado (MnSO4.H2O) em um pouco de água destilada e filtrar para balão volumétrico • Adicionar 4 gotas do indicador amido 2% e continuar titulando até que a cor azul
de 1000mL. Completar o volume com água destilada. desapareça. Anotar o volume (mL) gasto

Solução alcalina de iodeto de azida: Num becker de 1000mL, dissolver 500g de hidróxido
de sódio (NaOH) e 150g de iodeto de potássio (KI) em um pouco de água destilada. Num • Calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção da concentração (F) do tios-
becker de 100mL, pesar 10g de azida sódica (NaN3) e dissolver em água destilada. Transferir sulfato de sódio da seguinte maneira:
ambas as soluções para um balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água •
0,25
destilada. N(verdadeira) =
Vg

Solução de fluoreto de potássio: Pesar 400g de fluoreto de potássio diidratado (KF.2H2O) Onde:
e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e Vg Volume de tiossulfato de sódio gasto na titulação
completar o volume com água destilada. N(verdadeira)
F=
0,0125

273
546 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 547

Técnica OBSERVAÇÕES
• Sifonar a amostra para o frasco de oxigênio dissolvido (O.D.) com escoamento laminar • O método não se aplica a amostras que contenham sulfito, tiossulfato, politionato,
do fundo para o topo até transbordar por alguns segundos. cloro livre e hipoclorito. Nestes casos, empregam–se outras modificações no método
• Tampar e desprezar o excesso da amostra que fica no selo. de Winkler.
• Destampar e adicionar 2mL da solução de sulfato manganoso com o bico da pipeta • O método elimina a interferência de nitrito pela adição de azida sódica e ferro triva-
imerso na amostra. lente até 200mg/L pela adição de fluoreto de potássio.
• Adicionar 2mL da solução alcalina de iodeto de azida, também com o bico imerso, • Interfere matéria orgânica facilmente oxidada, quantidades elevadas de sólidos em
tampar, desprezar o excesso que fica no selo e homogeneizar com inversões sucessi- suspensão e coloração.
vas do frasco. • A amostragem deve ser feita evitando–se ao máximo o contato da amostra com o ar
• Deixar repousar até que o precipitado atinja a metade do frasco, destampar, adicionar atmosférico e a 20cm abaixo da superfície. Pode–se empregar funil de separação para
2mL da solução de fluoreto de potássio, tampar, desprezar o excesso do selo e homo- a coleta de O.D. Adicionar 2mL da solução de sulfato manganoso e 2mL da solução
geneizar com inversões do frasco. alcalina de iodeto de azida. A amostra coletada não deve sofrer mudança de tempe-
• Deixar que o precipitado atinja 1/3 do frasco, destampar, adicionar 2mL de ácido sul- ratura.
fúrico (H2SO4) concentrado, tampar, desprezar o excesso do selo e homogeneizar com
inversões sucessivas do frasco.
• Pipetar 100mL desta solução para um erlenmeyer de 250mL, titular com a solução de 22.3. Demanda Química de Oxigênio
tiossulfato de sódio 0,0125N até obter uma coloração amarelo–palha. Juntar 4 gotas
de amido 2% e continuar titulando até desaparecer a cor azul formada. Anotar o Determinação da concentração de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica, sob
volume (mL) gasto. condições definidas de agentes oxidantes, temperatura e tempo, expressa em mg/L, pelo
método titrimétrico de oxirredução.
Cálculos
Reagentes e Soluções
(Vg × N × 8.000 × F) • Solução padrão de dicromato de potássio 0,25N
Oxigenio dissolvido(mg/L) =
A • Solução de ácido sulfúrico com sulfato de prata
• Solução de sulfato ferroso amoniacal 0,1N
Onde: • Fenantrolina p.a.
Vg Volume da solução de tiossulfato de sódio gasto na titulação da amostra • Sulfato de ferro p.a.
N Normalidade da solução de tiossulfato • Solução indicadora de ferroína
8.000 Equivalente em miligramas do oxigênio • Sulfato de mercúrio p.a.
A Alíquota tomada para determinação
F Fator de correção da normalidade do tiossulfato Preparo das Soluções

NOTA Solução padrão de dicromato de potássio 0,25N: Pesar 12,259g de dicromato de potássio
Simplificando, para uma análise com a solução de tiossulfato de sódio 0,0125N com fator 1 e (K2Cr2O7) previamente seco em estufa a 120°C durante 2h, e dissolver em um pouco de água
alíquota de 100mL da amostra pipetada para a determinação, o cálculo será: destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água des-
tilada.
Oxigenio dissolvido (mg/L) = Vg
Solução de ácido sulfúrico com sulfato de prata: Dissolver 22g de sulfato de prata (Ag2SO4)
para cada 4kg de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado – ou para cada 1L de ácido sulfúrico

274
548 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 549

concentrado dissolver 10,12g de sulfato de prata a 100% ou 14,6g a 69,2%. • Refluxar durante 2h colocando um becker na extremidade do condensador para evi-
tar a entrada de materiais estranhos
Solução de sulfato ferroso amoniacal 0,1N: Dissolver 39,214g de sulfato ferroso amoniacal • Deixar esfriar, lavar com água destilada o condensador por dentro e as conexões rece-
hexaidrado [Fe(NH4)2SO4.6H2O] em um pouco de água destilada contida num balão volu- bendo as lavagens para dentro do erlenmeyer
métrico de 1000mL. Adicionar 20mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado sob agitação. • Diluir até 100mL com água destilada, deixar esfriar totalmente e titular com sulfato
Esfriar e diluir a 1000mL com água destilada. Padronizar no momento do uso com o padrão ferroso amoniacal 0,1N recém-padronizado usando ferroína como indicador (usar 5
de 0,25N de dicromato de potássio 0,25N. gotas para todas determinações). A viragem será de azul esverdeado para marrom
avermelhado. Desprezar o retorno da cor azul esverdeado que pode ocorrer depois
Solução indicadora de ferroína: Pesar 1,485g de 1,10 fenantrolina monoidrato (C12H8N2. de alguns minutos
H2O), 695mg de sulfato ferroso heptaidratado (FeSO4.7H2O) e dissolver em um pouco de • Fazer uma determinação em branco exatamente da mesma maneira que a amostra,
água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com porém usando 20mL de água destilada no lugar da amostra
água destilada.
Cálculos
OBSERVAÇÃO: Padronização do sulfato ferroso amoniacal 0,1N
• Num erlenmeyer de 250mL colocar 100mL de água destilada [(Vga - Vgb) × N × 8000× F]
Demanda quimica de oxigenio(mg/L) =
• Adicionar, sob resfriamento na torneira, 30mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado A
• Adicionar 10mL de dicromato de potássio 0,25N (solução padrão da análise) Onde:
• Deixar esfriar totalmente e titular com o sulfato ferroso amoniacal 0,1N, usando 3 go- Vgb Volume em mL gasto na titulação do branco
tas da solução indicadora de ferroína Vga Volume em mL gasto na titulação da amostra
• Calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção da concentração (F) do sulfato N Normalidade do sulfato ferroso amoniacal
ferroso amoniacal da seguinte maneira: 8000 Equivalente em mililitros do oxigênio
A alíquota tomada para a determinação
2,5 F fator de correção da normalidade do sulfato ferroso
N(verdadeira) =
Vg
Onde: OBSERVAÇÃO: Simplificando, para uma análise com solução de sulfato ferroso amoniacal
0,1N com fator 1 e alíquota de 20mL da amostra pipetada para a determinação, o cálculo
Vg Volume de sulfato ferroso amoniacal gasto na titulação será:

N(verdadeira) Demanda quimica de oxigenio (mg/L) = (Vgb - Vga ) × 40


F=
0,1
Técnica
• Num erlenmeyer de 500mL com boca esmerilhada, colocar 0,4g de sulfato de mercú- 22.4. Demanda Bioquímica de Oxigênio
rio (H2SO4) e também 5 pérolas de vidro
• Adicionar ao erlenmeyer 20mL da amostra (ou uma quantidade menor da amostra Determinação da concentração de oxigênio consumido para oxidação da matéria orgânica,
diluída a 20mL) provocada principalmente pela atividade microbiana, expressa em mg/L, por titrimetria de
• Sob resfriamento em torneira, adicionar lentamente 30mL de ácido sulfúrico conten- oxirredução
do sulfato de prata
• Adicionar 10mL de dicromato de potássio 0,25N e agitar NOTA IMPORTANTE
• Conectar o erlenmeyer no condensador, ligar a água de resfriamento e o aquecimento Condições padrões para o teste

275
550 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 551

• Temperatura: 20°C Solução de sulfito de sódio 0,025N: Pesar 1,575g de sulfito de sódio anidro (Na2SO3) e
• Tempo de incubação: 5 dias dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e
• Ausência de luz completar o volume com água destilada.

Reagentes e Soluções Solução de hidróxido de sódio 1N: Pesar 40g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
• Solução tampão de fosfatos pH 7,2 um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o
• Solução de fluoreto de potássio volume com água destilada. Guardar em frasco tipo pirex ou polietileno.
• Solução de sulfato de magnésio Solução de ácido clorídrico 1N: Pipetar 82,8mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado e
• Solução de cloreto de cálcio transferir para balão de 1000mL contendo aproximadamente 500mL de água destilada. Es-
• Solução de cloreto férrico friar e completar o volume com água destilada.
• Solução de sulfito de sódio 0,025N
• Solução de hidróxido de sódio 1N Técnica
• Solução de ácido clorídrico 1N Preparo da amostra de diluição
• Aerar a água de diluição por 15min e imediatamente após esta aeração adicionar para
Preparo das Soluções cada litro de água 1mL da solução tampão de fosfato e das soluções de sulfato de
magnésio, cloreto de cálcio e cloreto férrico
Solução tampão de fosfatos pH 7,2: Dissolver 8,5g de fosfato de potássio monobásico (KH-
2
PO4), 21,75g de fosfato de potássio dibásico (K2HPO4), 33,4g de fosfato de sódio dibásico Pré–tratamento da amostra
heptaidratado (Na2HPO4.7H2O) e 1,7g de cloreto de amônio (NH4Cl) em um pouco de água • Se a amostra tiver álcali ou ácido mineral (pH muito diferente de 7,0), corrigir o seu pH
destilada e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água des- até próximo de 7,0 com hidróxido de sódio 1N ou ácido clorídrico 1N
tilada. O pH desta solução deve ser de 7,2 sem ajuste. • Se a amostra tiver cloro livre residual, destruí–lo com sulfito de sódio anidro
• A quantidade de sulfito de sódio deve ser determinada titulando–se 100mL da amos-
Solução de fluoreto de potássio: Pesar 400g de fluoreto de potássio diidratado (KF.2H2O) tra tratada com 5mL de ácido acético (C2H4O2) concentrado e 10mL da solução de
e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e iodeto de potássio 10%, usando a solução 0,025N de sulfito de sódio e amido como
completar o volume com água destilada. indicador

ATENÇÃO: ALTAMENTE TÓXICO, EVITAR CONTATO COM A PELE Diluição da amostra


• Normalmente a amostra precisa de uma diluição prévia, além daquela que se obtém
Solução de sulfato de magnésio: Pesar 22,5g de sulfato de magnésio heptaidratado no próprio frasco da demanda bioquímica de oxigênio (D.B.O.) Não necessita de di-
(MgSO4.7H2O) e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico luições prévias amostra com uma demanda química de oxigênio (D.Q.O.) inferior a
de 1000mL e completar o volume com água destilada. 300mg/L. A diluição prévia deve ser tal que para realização da diluição final o volume
a ser tomado desta primeira diluição não seja inferior a 20mL. Utilizando 3 provetas
Solução de cloreto de cálcio: Pesar 27,5g de cloreto de cálcio anidro (CaCl2) e dissolver em (ou balões) de 1000mL, preparar 3 diluições, acrescentando a cada proveta a quanti-
um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000 mL e completar o dade da amostra correspondente para se obter as diluições adequadas e completan-
volume com água destilada. do os volumes a 1000mL com água de diluição

Solução de cloreto férrico: Pesar 0,25g de cloreto férrico hexaidratado (FeCl3.6H2O) e dissol- OBSERVAÇÃO: Método prático para determinação das percentagens das diluições ade-
ver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e comple- quadas
500 1500 2500
tar o volume com água destilada. V1 = V2 = V3 =
DQO DQO DQO

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552 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 553

NOTAS Reagentes e Soluções


• Volumes correspondentes aos acima calculados (ou aproximados) devem ser toma- • Mistura digestora
dos da diluição prévia, sempre não inferior a 20mL, e transferidos para as provetas (ou • Solução de ácido clorídrico 0,05N
balões) de 1000mL • Solução de ácido bórico 2%
• Transferir por sifonação a amostra diluída de cada proveta para dois frascos de D.B.O., • Solução padrão de carbonato de sódio 0,05N
enchendo–os até transbordar, tendo o cuidado de não deixar bolhas de ar no seu
interior. Obtêm–se, então, 2 séries iguais NOTA
• Após 15min, determinar a concentração de oxigênio dissolvido (ODi) de uma das Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação de nitrogênio
séries de frasco. Incubar a outra série de frasco por 5 dias a 20°C na estufa incubadora amoniacal em caldos
• Após 5 dias, determinar a concentração de oxigênio dissolvido (ODf ) desta outra série
• Para efetivar um controle da água de diluição, proceder assim: encher dois frascos Preparo das Soluções
de D.B.O., medir a concentração de O.D. em um deles e a do outro após 5 dias de in-
cubação. Verificar a quantidade de oxigênio consumido, que não deve ser superior a Mistura digestora: Pesar 10g de sulfato cúprico pentahidratado (CuSO4.5H2O), 10g de sulfa-
0,2mg/L to de potássio (K2SO4) e 0,5g de selenito de sódio (Na2SeO3). Triturar em almofariz de porce-
lana até obter cor uniforme.
Cálculos
Solução de ácido clorídrico 0,05N: Pipetar 4,14mL de ácido clorídrico (HCl), a 37% de pureza
[(ODi - ODf) × 100] e densidade 1,19 g/mL, para balão volumétrico de 1000mL. Adicionar aos poucos 800mL de
DBO(mg/L) =
%amostra água destilada, sob agitação. Esperar esfriar e completar o volume com água destilada.
Onde:
Solução padrão de carbonato de sódio 0,05N: Pesar exatamente 2,65g de carbonato de
DBO Demanda bioquímica de oxigênio sódio anidro (Na2CO3), seco a 120°C, durante 2h, e dissolver em um pouco de água destila-
ODi Oxigênio dissolvido inicial da. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
ODf Oxigênio dissolvido final (após 5 dias)
% amostra Valores correspondentes a V1, V2 e V3 OBSERVAÇÃO: Padronização do ácido clorídrico 0,05N
• Pipetar 25mL de carbonato de sódio 0,05N para erlenmeyer de 125mL
NOTA IMPORTANTE • Adicionar 3 gotas de mistura de indicadores e titular com ácido clorídrico 0,05N
• Devem ser levadas em consideração apenas as diluições cujo oxigênio consumido • Calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção da concentração (F) da solu-
durante a incubação represente 40 a 70% da quantidade inicial de O2. ção de ácido clorídrico da seguinte maneira:

Calcular o oxigênio consumido da seguinte forma: 1,25


N(verdadeira) =
Vg
[(ODi - ODf) × 100] Onde:
Oxigenio consumido(%) =
ODi Vg Volume gasto na titulação

22.5. Nitrogênio N(verdadeira)


F=
0,05
Determinação da concentração de nitrogênio total, expressa em kg/m3, pelo método de Kje- Técnica
dahl. • Pipetar 5mL da amostra para balão de Kjedahl de 100mL

277
554 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 555

• Acrescentar ao balão 0,5g da mistura digestora Técnica


• Adicionar 5mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado • Pipetar 10mL da amostra e transferir para balão de Kjedahl de 100mL
• Levar ao conjunto de digestor e deixar evaporar até a obtenção de um extrato esver- • Adicionar 10mL de ácido nítrico (HNO3) e 2mL de ácido perclórico (HClO4), concen-
deado claro trados
• Fazer uma prova em branco que só receba ácido sulfúrico e mistura digestora • Levar o balão ao conjunto de digestão até clarear a amostra
• Transferir o extrato para balão volumétrico de 100mL e completar o volume • Retirar e esfriar
• Transferir 20mL da solução de ácido bórico 2% e adicionar 3 gotas da mistura de • Adicionar 10mL de ácido clorídrico aproximadamente 2N e deixar entrar em ebulição
indicadores para um erlenmeyer de 125mL, estando esta solução mergulhada na ex- • Filtrar o extrato a quente, através de papel de filtro faixa branca para balão volumé-
tremidade final do microdestilador trico de 100mL
• Pipetar 25mL do extrato diluído para o balão do microdestilador • Esfriar e completar o volume
• Acrescentar 20mL de hidróxido de sódio 45% no funil do aparelho e lavar com duas
porções de água destilada (aproximadamente 15mL)
• Destilar até um volume de aproximadamente 60mL 22.7. Fósforo
• Titular o destilado com ácido clorídrico 0,05N
Determinação da concentração de fósforo, expressa em kg/m3 P2O5, pelo método colorimé-
Cálculos trico através do complexo vanadomolíbdico.

Nitrogenio(kg/m3) = (Va - Vb) × 0,56 × F Reagentes e Soluções


• Solução de ácido sulfúrico aproximadamente 10N
Onde: • Solução de vanadato de amônio 0,25%
Va Volume de ácido gasto na titulação da amostra • Solução de molibdato de amônio 5%
Vb Volume de ácido gasto na titulação do branco • Solução estoque de fósforo
F Fator de correção da normalidade do ácido clorídrico • Padrões de fósforo

Preparo das Soluções


22.6. Digestão Nítrica-Perclórica
Solução de ácido sulfúrico aproximadamente 10N: Pipetar 272mL de ácido sulfúrico (H2SO4)
Obtenção do extrato nítrico-perclórico para determinação de fósforo e potássio concentrado para balão volumétrico de 1000mL contendo aproximadamente 500mL de
água. Esfriar e completar o volume com água destilada.
Reagentes e Soluções
• Solução de ácido clorídrico aproximadamente 2N Solução de vanadato de amônio 0,25%: Pesar 2,5g de vanadato de amônio anidro (NH4VO3)
• Ácido nítrico concentrado e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e
• Ácido perclórico concentrado completar o volume com água destilada.

Preparo das Soluções Solução de molibdato de amônio 5%: Pesar 50g de molibdato de amônio tetraidratado
[(NH4)Mo7O24.4H2O] e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volu-
Solução de ácido clorídrico aproximadamente 2N: Medir 165mL de ácido clorídrico (HCl) métrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
concentrado e transferir para balão volumétrico de 1000mL contendo aproximadamente
500mL de água destilada. Esfriar e completar o volume com água destilada.

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556 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 557

NOTA Onde:
Misturar as soluções de molibdato e o vanadato em volumes iguais pouco antes de serem C Concentração de fósforo, em mg/L P, correspondente à % de transmitância ou absor-
usados. bância, encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear.

Solução estoque de fósforo: Pesar exatamente 0,4393g de fosfato de potássio monobásico


(KH2PO4) seco em estufa a 110ºC, durante 2h e dissolver em um pouco de água destilada. 22.8. Potássio
Transferir para balão volumétrico de 1000mL, adicionar 10mL da solução de ácido sulfúri-
co10N e completar o volume com água destilada. Esta solução contém 100mg/L de P. Determinação da concentração de potássio, expressa em Kg/m3 K2O, pelos métodos do fotô-
metro de chama, titrimétrico e pelo condutivímetro.
Padrões de fósforo: Preparar os padrões de acordo com o quadro a seguir:
MÉTODO DO FOTÔMETRO DE CHAMA
mL do estoque H2SO4 conc. H2O mg/L
00 (branco) 5 mL p/ 100 mL 00 Reagentes e Soluções
05 5 mL p/ 100 mL 05 • Solução padrão de potássio (1000mg/L de K+)
10 5 mL p/ 100 mL 10 • Solução de uso de potássio (20mg/L de K+)
15 5 mL p/ 100 mL 15
20 5 mL p/ 100 mL 20 Preparo das Soluções

OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão Solução padrão de potássio (1000 mg/L de K+): Pesar 1,907g de cloreto de potássio (KCl),
• Pipetar 5mL de cada padrão de fósforo, adicionar 2mL do reagente misturado de mo- seco em estufa, a 120ºC, durante 2h e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir
libdato e vanadato e aguardar 5min para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. Esta solução
• Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com a contém 1000mg/L de K+.
solução do branco, estando este ajustado em 420μm
• Traçar o gráfico em papel monolog, caso as leituras forem feitas em transmitância, e Solução de uso de potássio (20 mg/L de K+): Pipetar 20mL da solução padrão de potássio
em papel linear caso as leituras tenham sido feitas em escala de absorbância, colo- para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada. Esta solução
cando-as no eixo das ordenadas e as concentrações no eixo das abcissas, ou calcular contém 20mg/L de K+.
a equação de regressão linear
Técnica
Técnica • Pipetar 5mL do extrato nítrico–perclórico para balão volumétrico de 100 mL
• Pipetar 5mL do extrato nítrico-perclórico e transferir para tubos de ensaios • Completar o volume com água destilada
• Acrescentar a cada tubo 2mL do reagente misturado de vanadato e molibdato • Ajustar o fotômetro de chama de maneira que a leitura seja zero (000) com água des-
• Aferir o espectrofotômetro com 5mL do branco e 2mL do reagente misturado de va- tilada e 100 com a solução de 20mg/L de K+
nadato e molibdato • Fazer as leituras das amostras
• Fazer a leitura da amostra em % transmitância ou absorbância
Cálculos
Cálculos
Potassio (kg/m3 K2O) = L × 0,048
Fosforo(kg/m3 P2O5) = C × 0,0229

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558 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 559

Onde: Solução de tetrafenilborato de sódio: Dissolver 12 g de tetrafenilborato de sódio – TFBS


– ((NaB(C6H5)4), em cerca de 800 mL de água destilada, adicionar 20 a 25 g de hidróxido de
L Leitura do fotômetro de chama alumínio (Al(OH)3), agitar durante 05 minutos e filtrar em papel de filtro de porosidade fina
(filtração lenta). Caso o filtrado inicialmente se apresente turvo, desprezar. Adicionar 2 mL de
MÉTODO TITRIMÉTRICO hidróxido de sódio 20% ao filtrado límpido e transferir a solução para balão volumétrico de
1.000 mL e completar o volume do mesmo com água destilada. Homogeneizar e deixar em
Reagentes e Soluções repouso em recipiente de polietileno durante 02 dias antes da padronização.
• Hidróxido de alumínio p.a
• Formaldeído p.a – 37% NOTA:
• Fosfato monopotássico p.a Para determinar a relação entre as soluções de BCTA ou cloreto de benzalcônio (Zefiran) e
• Solução de hidróxido de sódio 20% TFBS, em volume, transferir para erlenmeyer de 125 mL as seguintes quantidades dos rea-
• Solução oxalato de amônio 4% gentes e soluções abaixo:
• Solução indicadora de amarelo de Clayton • 25 mL de água;
• Solução de BCTA ou cloreto de benzalcônio (Zefiran) • 01 mL de hidróxido de sódio 20%;
• Solução de tetrafenilborato de sódio (TFBS) • 2,5 mL de formaldeído 37%;
• Solução padrão de potássio 3,4613 mg de K2O/mL • 1,5 mL de oxalato de amônio;
• 5,0 mL de solução de TFBS;
Preparo das Soluções • 6 a 8 gotas do indicador amarelo de Clayton;
• Titular com a solução de BCTA ou cloreto de benzalcônio (Zefiran) até a viragem para
Solução de hidróxido de sódio 20%: Dissolver 20,0 g de hidróxido de sódio (p.a) em cerca de cor rosa. Repetir pelo menos 03 vezes a titulação e fazer a média dos volumes gastos
100 mL de água destilada, transferir a solução para balão volumétrico de 100 mL e completar (V1). Em seguida calcular o fator equivalente da solução de TFBS correspondente a 01
até a marca com água destilada. mL da solução de BCTA ou cloreto de benzalcônio (Zefiran) pela expressão:

Solução oxalato de amônio 4%: Dissolver 20,0 g oxalato de amônio ((NH4)2C2O4) em cerca 5
F1 =
V1
de 250 mL de água destilada e transferir a solução para um balão volumétrico de 500 mL e
completar até a marca com água destilada. Onde:
F1 Fator entre as soluções de BCTA ou cloreto de benzalcônio (Zefiran) e TFBS
Solução indicadora de amarelo de Clayton: Dissolver 0,040 g de amarelo de Clayton (ou V1 Média dos volumes gastos nas titulações
amarelo de titânio) em cerca de 50 mL de água destilada, transferir a solução para balão vo-
lumétrico de 100 mL e completar o volume até a marca com água destilada; NOTA
Solução de BCTA ou cloreto de benzalcônio (Zefiran): Dissolver 6,3 g de brometo de cetiltri- O fator deverá ser aproximadamente 0,5
metilamônio (BCTA), p.a., ou cloreto de benzalcônio (Zefiran) em cerca de 500 mL de água
quente, esfriar a solução e transferir a mesma para balão volumétrico de 1.000 mL e comple- Solução padrão de potássio 3,4613 mg de K2O/mL: Pesar 2,5000g de fosfato monopotás-
tar até a maracá com água destilada. sico (KH2PO4) seco em estufa a 105°C durante 02 h, e dissolver em cerca de 100 mL de água
destilada. Adicionar 50 mL da solução de oxalato de amônio 4% e transferir a solução para
NOTA: um balão volumétrico de 250 mL. Completar o volume com água destilada. Esta solução
As soluções de cloreto de benzalcônio ou Zefiran podem ser encontradas em indústrias de contém 3,4613 mg de K2O por mL de solução;
produtos farmacêuticos. A equivalência entre esta solução e a solução de TFBS deve ser de
aproximadamente 2:1 em volume. OBSERVAÇÃO: Padronização da Solução de TFBS

280
560 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 561

• Transferir uma alíquota de 10 mL da solução padrão de potássio 3,4613 K2O/mL para Onde:
um balão volumétrico de 100 mL. K Potássio em g de K2O/100 mL
• Adicionar 02 mL da solução de NaOH 20%, 05 mL de formaldeído 37% e 30,0 mL da F2 Fator da solução de TFBS
solução de TFBS. Agitar lentamente evitando formação de espuma. V1 Volume da solução de TFBS adicionado em mL
• Completar o volume com água destilada e homogeneizar. Após 10 minutos, filtrar V2 Volume gasto da solução de BCTA ou cloreto de benzalcônio (Zefiran) em mL
através de papel de filtro de porosidade fina, seco F1 Fator da solução de BCTA ou cloreto de benzalcônio (Zefiran)
• Transferir uma alíquota de 50 mL do filtrado para um erlenmeyer de 250 mL e adicio- Vf Volume final de diluição em mL, neste caso = 100
nar de 6 a 8 gotas do indicador amarelo de Clayton v Volume da alíquota tomada em mL, neste caso 25
• Titular o excesso da solução de TFBS com a solução de BCTA ou cloreto de benzalcô- Gi Massa inicial da amostra em g, neste caso 10
nio (Zefiran) até a viragem para cor rosa. Anotar o volume (V2)
• Calcular o fator correspondente a mg K2O por mL da solução de TFBS, usando a ex- MÉTODO CONDUTIMÉTRICO
pressão:
Técnica
30,6133
F2 =
(30,0 - 2(V2 x F1))
• Pesar 10g da vinhaça e transferir para balão volumétrico de 200mL
Onde: • Completar com água destilada
F2 Fator correspondente a mg K2O por mL da solução de TFBS • Aferir o condutivímetro de acordo com as recomendações do fabricante
V2 Volume gasto da solução de BCTA ou cloreto de benzalcônio (Zefiran) em mL • Fazer a leitura da condutividade
F1 Fator entre as soluções de BCTA ou cloreto de benzalcônio (Zefiran) e TFBS
Calculo
Técnica
• Pesar 10g da amostra filtrada em papel de filtro quantitativo Potássio (kg/m3 K2O) = 2,2496 × {0,018 × [LCAM - (0,09 × LCH2O)] - 0,2674} × 1,205
• Transferir para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com água desti-
lada Onde:
• Filtrar a solução em papel de filtro faixa azul
• Pipetar 02 mL do filtrado para balão volumétrico de 50 mL e adicionar 01 mL de NaOH K Potássio
20%, 2,5 mL de formaldeído 37%, 05 mL da solução de TFBS e completar o volume LCAM Leitura da condutividade da amostra a 20ºC, em µS/cm
com água destilada LCH2O Leitura da condutividade da água a 20ºC, em µS/cm
• Homogeneizar e deixar a solução em repouso por 15 minutos
• Pipetar 25 mL do filtrado e transferir para erlenmeyer de 125 mL, adicionar 6 a 8 gotas
do indicador amarelo de Clayton e titular com a solução de BCTA ou Cloreto de Ben- 22.9 Carbono Orgânico Total
zalcônio (Zefiran) até a coloração rósea, anotar o volume gasto (V).
Determinação da concentração de carbono orgânico, expressa em kg/m3, através de titrime-
Cálculos tria de oxirredução

Potássio(g de K2O/100mL) =
[ (F2 x(V1 - (V2 x 2F1))) x ( VV ) x 10 ]
f -1 Reagentes e Soluções
• Difenilamina sulfônica p.a.
Gi
• Acido sulfúrico concentrado
• Solução indicadora de difenilamina sulfonato de bário

281
562 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 563

• Ácido ortofosfórico concentrado • Levar ao banho-maria por 30min


• Deixar esfriar totalmente
NOTA • Completar com água destilada o volume do balão volumétrico de 100mL
Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação de Demanda • Em um erlenmeyer de 250mL adicionar 100mL de água destilada e 5mL da amostra
Química de Oxigênio contida no balão volumétrico de 100mL
• Adicionar 3mL de ácido ortofosfórico (H3PO4) concentrado
Preparo das Soluções • Adicionar 3 gotas do indicador difenilamina sulfonato de bário ou 3 gotas da difeni-
lamina sulfônica e titular com sulfato ferroso amoniacal 0,1N
Solução indicadora de difenilamina sulfonato de bário: Dissolver 0,329g de difenilamina • Fazer uma prova em branco
sulfonato de bário em 100mL de água destilada e 1mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentra-
do. Deixar decantar e transferir o sobrenadante para frasco conta–gotas. Cálculos

NOTA Carbono organico total(kg) = 1,2 × (Vgb - Vga ) × F


Este indicador pode ser substituído pela difenilamina sulfônica – uma solução preparada a
partir de 0,5g de difenilamina (C12H11N) – dissolvida em 20mL de água destilada e 100mL de Onde:
ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado Vgb Volume gasto na titulação do branco
Vga Volume gasto na titulação da amostra
OBSERVAÇÃO: Padronização do sulfato ferroso amoniacal 0,1N F Fator de correção da concentração do sulfato ferroso amoniacal
• Num erlenmeyer de 250mL colocar 100mL de água destilada
• Adicionar, sob resfriamento na torneira, 30mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado
• Adicionar 10mL de dicromato de potássio 0,25N 22.10. Matéria Orgânica Total
• Deixar esfriar totalmente e titular com o sulfato ferroso amoniacal 0,1N usando 3 go-
tas de ferroína Determinação da concentração de matéria orgânica total, expressa em kg/m3, através do
• Calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção da concentração (F) do sulfato carbono orgânico, utilizando fatores estequiométricos
ferroso amoniacal da seguinte maneira:
Cálculos
2,5
N(verdadeira) =
Vg Materia organica total (kg/m3) = C × 3,3
Onde:
Onde:
Vg Volume da solução de sulfato ferroso amoniacal
C Carbono orgânico em kg/m3
N(verdadeira)
F=
0,1 OBSERVAÇÃO:
Técnica O fator estequiométrico (3,3) encontrado na fórmula acima é citado na seguinte referência
• Pipetar 5mL da amostra para balão volumétrico de 100mL bibliográfica:
• Adicionar 20mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado
• Esperar 15min KIEHL, José Edmar. Fertilizantes Orgânicos. Editora Agronômica Ceres Ltda.94. São Paulo,
• Adicionar 25mL de dicromato de potássio 2N 1985

282
564 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 565

22.11. Açúcar • Completar os balões com água destilada e diluir até perfeita homogeneização
• Pipetar de cada balão 2mL da solução homogênea para tubos de ensaios, adicionar
Determinação da quantidade de açúcar, expressa em mg/L, através dos métodos quantitati- a cada tubo de ensaio 10mL da solução de antrona e levar os tubos ao banho-maria
vos de antrona e de Eynon-Lane e qualitativo - comparativo com alfa naftol. durante 12min
• Resfriar à temperatura ambiente
MÉTODO QUANTITATIVO DE ANTRONA • Aferir o espectrofotômetro com a solução do branco em 0,0 de absorbância e 100%
de transmitância, estando este ajustado em 630ηm
Reagentes e Soluções • Traçar o gráfico em papel monolog, caso as leituras forem feitas em transmitância, e
• Solução de ácido sulfúrico 76% em papel linear caso as leituras tenham sido feitas em escala de absorbância, colo-
• Solução de antrona cando as leituras no eixo das ordenadas e as concentrações no eixo das abcissas, ou
• Solução de açúcar invertido 500mg/L calcular a equação de regressão linear
• Solução de ácido benzóico
Técnica
NOTA • Filtrar a amostra com celite (se necessário) e pipetar 2mL para o tubo de ensaio
Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação de Açúcares • Juntar 10mL da solução de antrona recém-preparada e proceder ao desenvolvimento
de Redutores em Caldos da cor, como para os tubos padrões
• Aferir o espectrofotômetro com a solução do branco em 0,0 de absorbância e 100%
Preparo das Soluções de transmitância, estando este ajustado em 630nm
• Fazer as leituras das amostras com cubetas de 1cm de caminho óptico
Solução de ácido sulfúrico 76%: Em um becker de 1000mL adicionar 100mL de água des-
tilada. Cuidadosamente adicionar 400mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado. Resfriar à Cálculos
temperatura ambiente e armazenar em frasco de boa vedação de cor âmbar
Solução de antrona: Pesar 0,1g de antrona (C14H10O) e dissolver em 70mL de ácido sulfúrico Açúcar (mg/L) = C
76%. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com ácido sulfúrico
76%. Onde:
C Concentração de açúcar, em mg/L, correspondente à % de transmitância ou absor-
Solução de açúcar invertido 500mg/L: Pipetar 50mL da solução de açúcar invertido 1% para bância, encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear.
balão volumétrico de 1000mL. Agitar e completar o volume com água destilada.
MÉTODO QUANTITATIVO EYNON–LANE
OBSERVAÇÃO : Preparo da curva padrão
• Pipetar para balão volumétrico de 100mL as seguintes alíquotas da solução de açúcar Reagentes e Soluções
invertido 500mg/L: • Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de açúcares redutores
em caldos
mL do padrão conc.(mg/L)
00 (branco) 00 Técnica
05 25 • Aquecer aproximadamente 200mL da amostra até 75°C, resfriar à temperatura am-
biente e filtrar em algodão
10 50
• Pesar 50g e transferir para balão volumétrico de 200mL
15 75
• Introduzir um termômetro no balão e adicionar água destilada até cobrir o bulbo do
20 100

283
566 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 567

termômetro Preparo das Soluções


• Aquecer até 65°C em banho-maria
• Retirar do banho e adicionar 10mL da solução de ácido clorídrico 1:1 Solução de alfa-naftol 5%: Pesar 5g de alfa-naftol (C10H8O) em becker de 100mL. Dissol-
• Agitar com movimentos rotatórios e deixar em repouso durante 30min ver com etanol absoluto (C2H5OH) 94,2°INPM e transferir para balão volumétrico de 100mL.
• Neutralizar com a solução de hidróxido de sódio 26%, usando a solução de fenolfta- Completar o volume com etanol absoluto
leína como indicador
• Adicionar 4mL da solução de EDTA 4% e 25mL da solução de açúcar invertido 1% Técnica
• Adicionar 3 a 4 gotas da solução indicadora fenolftaleína e descolorir a solução com • Lavar um tubo de ensaio com a amostra a ser analisada
solução diluída de ácido clorídrico • Colocar no tubo cerca de 5mL da amostra
• Completar o volume com água destilada • Adicionar 5 gotas da solução de alfa-naftol 5%
• Lavar e encher uma bureta de 50mL com a solução a ser analisada • Mantendo o tubo inclinado, colocar com auxílio de uma pipeta encostada nas pare-
• Proceder à titulação da amostra conforme citado no método de determinação de A.R des do tubo uma quantidade de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado tal que forme
pelo método Eynon–Lane para caldos uma camada de aproximadamente 1cm no fundo do tubo
• Colocar o tubo na posição vertical e imprimir movimentos rotatórios de modo que
OBSERVAÇÃO: Titulação da Prova em Branco não se misturem as duas camadas
• Transferir 25mL da solução de açúcar invertido 1% para balão volumétrico de 200mL
• Adicionar 3 a 4 gotas da solução de fenolftaleína e sob agitação adicionar lentamente Cálculos (Resultados)
a solução de NaOH 1N até leve coloração rósea Positivo ou Negativo
• Eliminar a cor com solução de ácido clorídrico diluída Onde:
• Proceder à titulação da amostra conforme citado no método de determinação de A.R Positivo Se houver aparecimento de um anel lilás entre as camadas ácido-água (amos-
pelo método Eynon-Lane para caldos tra), indica que há presença de açúcar na amostra
Negativo Se passados 15 segundos sem que haja formação do anel lilás, o teste é con-
Cálculos siderado negativo, ou seja, não há presença de açúcar na amostra

Acucar(mg/L) =
[ ((Vb - Va) × 198.600)
(Va x Vb) ] NOTA
Este método permite detectar concentrações de até 0,1mg/L de açúcar na amostra. Quando
a concentração de açúcar na amostra é alta, maior que 100mg/L, ocorrerá a formação de um
Onde: anel preto, em lugar de lilás.
Va Volume gasto na titulação da amostra, em mL
Vb Volume gasto na titulação do branco, em mL
22.12 Resíduos Total, Fixo e Volátil
MÉTODO QUALITATIVO
Determinação das concentrações de resíduos total, fixo e volátil, expressas em mg/L, por
Reagentes e Soluções gravimetria
• Solução de alfa-naftol 5%
• Etanol absoluto NOTA
• Ácido sulfúrico concentrado O método é o adequado para análise de amostras contendo até 20.000mg/L de resíduos

Técnica

284
568 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 569

• Separar uma cápsula de porcelana, colocar na mufla a 550°C , durante 30min, esfriar • Tomar a cápsula de porcelana contendo o resíduo e levar à mufla a 550°C, durante
um pouco ao ar livre e depois no dessecador por 40min, pesar obtendo (P1) 1h. Esfriar parcialmente ao ar livre e deixar em seguida no dessecador até esfriamento
• Medir um volume apropriado (geralmente 250mL) da amostra (A) bem homogeneiza- total. Pesar, obtendo-se (P3)
da, colocar na cápsula e levar à secura em banho–maria
• Transferir a cápsula para a estufa a 105°C, durante 1h ou até adquirir peso constante, OBSERVAÇÃO: Obter os pesos em mg
esfriar no dessecador, pesar obtendo–se (P2)
• Levar a cápsula com o resíduo obtido à mufla a 550°C, durante 1h Cálculos
• Retirar a cápsula, deixar esfriar parcialmente ao ar livre e depois colocar no dessecador
até esfriar completamente, pesar obtendo-se (P3). Resíduo filtrável total (mg/L) = [(P2 – P1) / A] x 1000
Resíduo filtrável fixo a 550°C (mg/L) = [(P3 – P1) / A] x 1000
OBSERVAÇÃO: Obter os pesos em mg Resíduo filtrável volátil a 550°C (mg/L) = [(P2 – P3) / A] x 1000

Cálculos NOTA
O resíduo filtrável volátil pode também ser calculado da seguinte forma:
Resíduo total (mg/L) = [(P2 – P1) / A] x 1000 Res. filtrável volátil (mg/L) = resíduo filtrável total (mg/L) – resíduo filtrável fixo (mg/L)
Resíduo total fixo a 550°C (mg/L) = [(P3 – P1) / A] x 1000
Resíduo total volátil a 550°C (mg/L) = [(P2 – P3) / A] x 1000
22.14 Resíduos Não Filtráveis Total, Fixo e Volátil
NOTA
O resíduo total volátil pode também ser calculado da seguinte forma: Determinação das concentrações de resíduos não filtráveis total, fixo e volátil, expressas em
Resíduo total volátil (mg/L) = resíduo total (mg/L) – resíduo total fixo (mg/L) mg/L, por gravimetria

NOTA: O método é adequado para análise de água contendo até 20.000mg/L de resíduo
22.13. Resíduos Filtráveis Total, Fixo e Volátil
Reagentes
Determinação das concentrações de resíduos filtráveis total, fixo e volátil, expressas em • Suspensão de fibra de asbesto
mg/L, por gravimetria
Preparo das Soluções
NOTA: O método é adequado para análise de água contendo até 20.000mg/L de resíduo
Suspensão de fibra de asbesto: Pesar 10g de asbesto fibra média, previamente lavado com
Técnica ácido e completar o volume para um balão volumétrico de 1000mL
• Preparar uma cápsula de porcelana levando à mufla a 550°C durante 30min
• Esfriar ao ar livre e colocar no dessecador até esfriamento total (≈ 40min) Técnica
• Pesar, obtendo (P1) • Colocar o papel de filtro de vidro Millipore ou um disco de papel de fibra de vidro no
• Filtrar um volume adequado (geralmente 250mL) da amostra (A) através do filtro Milli- fundo do cadinho de Gooch, ou então, preparar um cadinho de Gooch com uma ca-
pore e transferir o filtrado para cápsula de porcelana previamente tarada. Levar à mada fina e uniforme de suspensão de asbesto. Com a bomba de vácuo ligada, lavar
secura em banho-maria o filtro com três sucessivos volumes de 20mL de água destilada. Remover toda água
• Transferir a cápsula com o resíduo para estufa a 103-105°C ou a 180°C. Deixar 12h ou com aplicação de vácuo.
até atingir peso constante. Esfriar no dessecador. Pesar, obtendo–se (P2) • Remover o papel de fibra de vidro do aparelho de filtração ou o cadinho de Gooch

285
570 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 571

preparado com a fibra de vidro ou com a suspensão de asbesto do frasco e levar à Cálculos
mufla a 550°C por 30min. Deixar esfriar um pouco ao ar livre, colocar no dessecador
até esfriamento total. Pesar, obtém–se (P1). Residuo sedimentavel (ml/L) = leitura obtida no cone Inhoff
• Montar o aparelho de filtração e iniciar a sucção com o vácuo. Agitar vigorosamente
a amostra, medir 100mL (A) em uma proveta graduada e filtrar. Se a quantidade de
matéria em suspensão for pequena, tomar uma alíquota maior 22.16. Óleos e Graxas
• Remover cuidadosamente o papel de fibra de vidro com o resíduo retido do aparelho
de filtração ou o cadinho de Gooch do frasco Kitazato. Determinação da concentração de óleos e graxas, expressa em mg/L, pelos métodos da ex-
• Levar o filtro com o resíduo à estufa a 105-110°C, durante 12h, ou até peso constante, tração em soxhlet e extração por funil de separação
esfriar no dessecador e pesar, obtendo-se (P2).
• Separar o papel de fibra de vidro ou o cadinho de Gooch com o resíduo seco e levar à MÉTODO DA EXTRAÇÃO EM SOXHLET
mufla a 550°C por 1h. Esfriar parcialmente ao ar livre e deixar em seguida no desseca-
dor até esfriamento total, pesar, obtendo-se (P3). NOTA: O método é adequado para análise de água contendo concentrações de óleos e gra-
xas superiores a 10mg/L. Ressalta–se que compostos que se volatilizam abaixo de 105ºC não
OBSERVAÇÃO: Obter os pesos em mg são determinados neste método, pois se perdem na volatilização. Por outro lado, substân-
cias orgânicas não oleosas extraíveis pelo solvente orgânico são determinados junto com os
Cálculos óleos e graxas.
Resíduo não filtrável total (mg/L) = [(P2 – P1) / A] x 1000
Resíduo não filtrável fixo a 550°C (mg/L) = [(P3 – P1) / A] x 1000 Reagentes
Resíduo não filtrável volátil a 550°C (mg/L) = [(P2 – P3) / A] x 1000 • Solução de ácido clorídrico 50%
• Solvente orgânico (éter de petróleo ou n-hexano)
NOTA • Suspensão de sílica-diatomácea
O resíduo não filtrável volátil pode também ser calculado da seguinte forma:

Res.nao filt.vol.(mg/L) = res.nao filt.tot(mg/L) - res.naofilt.fixo (mg/L) Preparo das Soluções

Solução de ácido clorídrico 50%: Medir 100mL de água destilada e transferir para becker de
22.15 Resíduo Sedimentável 250mL. Medir em proveta 100mL de ácido clorídrico concentrado p.a e transferir, lentamen-
te, para o becker contendo a água. Esfriar.
Determinação da concentração de resíduo sedimentável, expressa em mL/L, por sedimen-
tação Suspensão de sílica-diatomácea: Pesar 10g de sílica-diatomácea e dissolver em 1000mL de
água destilada, agitando para promover uma suspensão.
Técnica
• Tomar um cone de Inhoff e encher com a amostra bem homogeneizada até a marca Técnica
de 1L • No momento da coleta fazer uma marca no menisco da água para posteriormente
• Deixar em repouso durante 45min. Passar cuidadosamente um bastão de vidro pelas medir exatamente o volume da amostra
paredes do cone. Esperar 15min • Caso a amostra não tenha sido preservada no momento da coleta, acidificar com 5mL
de ácido clorídrico 50%
• Preparar um filtro consistindo de um disco de musselina e papel de filtro sobreposto

286
572 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 573

• Colocar o filtro preparado em um funil de buchner e umedecer • Sílica gel


• Ligar a bomba de vácuo e colocar 100mL da suspensão de sílica-diatomácea, lavando • Solução de ácido clorídrico 50%
depois com 1000mL de água destilada
• Filtrar a amostra acidificada neste sistema de filtração Preparo das Soluções
• Transferir o papel de filtro com o disco de musselina e todo material retido durante a
filtração para um vidro de relógio com auxílio de uma pinça Solução de ácido clorídrico 50%: Medir 100mL de água destilada e transferir para becker de
• Umedecer um pedaço de papel de filtro com solvente orgânico e usá–lo na limpeza 250mL. Medir em proveta 100mL de ácido clorídrico concentrado p.a e transferir, lentamen-
da parte interna do funil de buchner, colocando este papel no vidro de relógio junto te, para o becker contendo a água. Esfriar.
com o sistema de filtração
• Dobrar o todos os materiais usados para filtração e introduzir no cartucho de extra- Técnica
ção, limpando o vidro de relógio com um novo pedaço de papel de filtro, que tam- • Caso a amostra não tenha sido preservada no momento da coleta, acidificar com 5mL
bém deve ser colocado no cartucho de extração de ácido clorídrico 50%
• Completar o cartucho de extração com pérolas de vidro ou algodão de vidro e secar • Secar um becker de 100mL na estufa por 30min a 110ºC, esfriar em dessecador e pe-
por 30min a 103ºC sar (A)
• Secar também o balão de destilação na estufa de secagem por 30min a 103º, pesan- • Com auxílio de uma proveta, transferir 1000mL da amostra acidificada para o funil de
do-o em seguida (A) separação, anotando o volume (Va)
• Acrescentar ao balão de destilação o solvente orgânico e conectá–lo ao aparelho de
soxlet com o cartucho de extração NOTA:
• Proceder a extração dos óleos e graxas, na vazão de 20 ciclos por hora, durante um Se a amostra apresentar uma grande quantidade de óleos e graxas, recomenda–se utilizar
período de 4h, a partir da primeira sifonação uma alíquota menor da amostra, anotando o valor para considerá–lo nos cálculos finais
• Evaporar o solvente do balão de destilação em banho–maria na temperatura de 70ºC
• Colocar o balão em vapores mornos de 15min e remover os vapores orgânicos pas- • Lavar a proveta usada na medição da amostra com solvente orgânico (éter de petró-
sando ar, utilizando uma bomba de vácuo leo ou n-hexano) e transferir esta porção para o funil de separação
• Esfriar o balão em dessecador e pesar (B) • Adicionar mais 25mL do solvente orgânico para o funil de separação e homogeneizar
vigorosamente por 2min
Cálculos • Deixar a solução do funil em repouso por aproximadamente 3min e extrair o solvente
filtrando para o becker previamente tarado
Oleos e Graxas(mg/L) =
[ (B - A)
Va ] x 1000 • Repetir a adição do solvente orgânico até a extração do solvente
• Levar o becker à chapa aquecedora e evaporar a maior parte do extrato
• Transferir o becker para estufa de secagem por 30min a 110ºC
Onde: • Esfriar em dessecador e aguardar aproximadamente 30min
B Peso do balão + resíduo, em gramas • Pesar em balança analítica e anotar a massa do becker após a extração (B)
A Peso do balão vazio, em gramas
Va Volume da amostra, em L Cálculos

MÉTODO DA EXTRAÇÃO POR FUNIL DE SEPARAÇÃO Oleos e Graxas(mg/L) =


[ (B - A)
Va ] x 1000

Reagentes
• Solvente orgânico (éter de petróleo ou n-hexano)

287
574 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 575

Onde: Soluções padrões de uso de LAS 0,50mg/L: Pipetar 5mL da solução intermediária de LAS e
B Peso do becker, em gramas transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada.
A Peso do becker após a extração, em gramas
Va Volume da amostra, em L Solução indicadora alcoólica de fenolftaleína 1%: Pesar 0,5g de fenolftaleína e dissolver em
50mL de álcool etílico.

22.17. Sulfactante Aniônico Solução de hidróxido de sódio 1N: Pesar 40g de NaOH e dissolver com aproximadamente
200mL de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volu-
Determinação da concentração de sulfactantes aniônicos, incluindo os alquil aril sulfanatos me com água destilada.
e alquil sulfonatos, expressa em mg/L, por espectrofotometria a partir do padrão alquil ben-
zeno sulfonato (LAS) Solução de ácido sulfúrico 1N: Medir em proveta 28mL de ácido sulfúrico p.a e adicionar
lentamente em aproximadamente 500mL de água destilada. Esfriar, transferir para balão vo-
Reagentes lumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
• Solução padrão estoque de LAS
• Solução padrão intermediária de LAS Solução indicadora de azul de metileno 0,1%: Pesar 0,1g de azul de metileno e diluir para
• Soluções padrões de uso de LAS 2,5mg/L 100mL de água destilada. Transferir 30mL desta solução para balão volumétrico de 1000mL,
• Soluções padrões de uso de LAS 0,50mg/L adicionar 500mL de água destilada, mais 6,8mL de ácido sulfúrico p.a e 50g de fosfato diá-
• Solução indicadora alcoólica de fenolftaleína 1% cido de sódio monohidratado. Agitar até completa dissolução e completar o volume com
• Solução de hidróxido de sódio 1N água destilada.
• Solução de ácido sulfúrico 1N
• Solução indicadora de azul de metileno 0,1% Solução de lavagem: Medir 6,8mL de ácido sulfúrico p.a e adicionar lentamente em 500mL
• Fosfato diácido de sódio monohidratado de água destilada. Esfriar e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Adicionar 50g de
• Solução de lavagem fosfato diácido de sódio monohidratado. Agitar até completa dissolução e completar o volu-
• Clorofórmio me com água destilada.

Preparo das Soluções Técnica


• Separar 04 (quatro) funis de separação
Solução padrão estoque de alquil benzeno sulfonato (LAS): Pesar uma quantidade do ma- • No primeiro balão colocar 100mL de água destilada (branco), no segundo 100mL do
terial de referência equivalente a 1g de LAS a 100% de pureza. Dissolver, transferir para balão padrão LAS de 2,5mg/L, no terceiro 100mL do padrão LAS de 0,5mg/L e finalmente
volumétrico de 1000mL e completar com água destilada. Esta solução contém 1mg LAS/mL no quarto 100mL da amostra
de solução. • Neutralizar as soluções de cada funil de separação colocando gotas de NaOH e gostas
de ácido sulfúrico, usando a solução alcoólica de fenolftaleína como indicador
Solução padrão intermediária de LAS: Pipetar 5mL da solução estoque de LAS e transferir • Adicionar 25mL da solução de azul de metileno e 10mL de clorofórmio, misturando
para balão volumétrico de 500mL. Completar o volume com água destilada. Esta solução vigorosamente por 30seg e deixando decantar em seguida
contém 0,01mg LAS/mL de solução. • Transferir a parte do clorofórmio para outro funil de separação
• Repetir a extração três vezes usando porções de 10mL de clorofórmio
Soluções padrões de uso de LAS 2,5mg/L: Pipetar 25mL da solução intermediária de LAS e
transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada. NOTA:
Se a coloração azul da fase aquosa desaparecer, adicionar mais 25mL de azul de metileno

288
576 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 577

• Colocar todos os extratos no 2° funil de separação e adicionar 50mL da solução de Solução padrão estoque de fluoreto: Pesar 221mg de fluoreto de sódio anidro (NaF) e dis-
lavagem solver em aproximadamente 100mL de água destilada. Transferir para balão volumétrico de
• Agitar vigorosamente por 30seg e deixar decantar 1000mL e completar o volume com água destilada. Esta solução contém 0,1mg F–/mL.
• Preparar funis comuns com lã de vidro e filtrar a camada de clorofórmio (extrato) dos
funis de separação para balões volumétricos de 100mL Solução padrão de fluoreto 0,01mg/mL: Pipetar 100mL da solução estoque de fluoreto e
• Repetir a extração por três vezes, usando clorofórmio em duas porções de 10mL e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada.
filtrar
• Completar os volumes dos balões com clorofórmio Padrões de uso de fluoreto (0,2; 0,4; 0,6; 0,8; 1,0; 1,2 e 1,4mg/L): Separar 07 balões volu-
• Filtrar através da lã de vidro métricos de 100mL. Respectivamente colocar em cada um as seguintes alíquotas da solução
• Aferir o espectrofotômetro com a solução do branco em 0,0 de absorbância e 100% padrão de fluoreto 0,01mg/mL: 2,0; 4,0; 6,0; 8,0; 10,0; 12,0 e 14,0 mL. Completar os volumes
de transmitância, estando este ajustado em 6520ηm dos balões com água destilada.

Cálculos Solução SPANDS: Pesar 958mg de SPANDS (sódio 2–parasulfofenilazo 1,8-dihidroxi 3,6-na-
phtalene disulfonato) em aproximadamente 100mL de água destilada. Transferir para balão
Sulfactante anionico(mg/L) = ( )
A
B
xC volumétrico de 500mL e completar com água destilada. Esta solução é estável por um ano
se protegida da luz solar.
Onde:
A Concentração do padrão, em mg/L (pode ser o padrão 2,5mg/L ou 0,5mg/L) Reagente zircônico–ácido: Pesar e dissolver 133mg de cloreto de zircônio octahidratado
B Absorbância do padrão considerado no item anterior (2,5mg/L ou 0,5mg/L) (ZrOCl2) em aproximadamente 25mL de água destilada. Adicionar 350mL de HCl concentra-
C Absorbância da amostra do e completar o volume para 500mL com água destilada.

NOTA IMPORTANTE:
22.18. Fluoreto O preparo desta solução deve ser feito em banho de gelo, dentro da capela de exaustão.

Determinação da concentração de fluoreto, expressa em mg/L, por espectrofotometria pelo Reagente ácido zircônio–SPANDS: Misturar volumes iguais da solução de SPANDS e do rea-
método SPANDS adaptado. gente zircônio–ácido. Homogeneizar. Esta solução é estável por dois anos.

Reagentes e Soluções Solução de referência (branco): Adicionar 10mL da solução de SPANDS a 100mL de água
• Solução padrão estoque de fluoreto destilada (solução A). Diluir 7mL de HCl concentrado para 10mL (solução B). Adicione a solu-
• Solução padrão de fluoreto 0,01mg/mL ção B á solução A. Esta solução é usada como a referência ZERO do espectrofotômetro e tem
• Padrões de uso de fluoreto (0,2; 0,4; 0,6; 0,8; 1,0; 1,2 e 1,4mg/L) validade de um ano.
• Solução SPADNS
• Reagente zircônico–ácido Solução de arsenito de sódio: Pesar e dissolver 5g de NaAsO2 e diluir para 100mL com água
• Reagente ácido zircônio–SPANDS destilada.
• Solução de referência
• Solução de arsenito de sódio OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
• Transferir os volumes dos balões dos padrões de uso de fluoretos para beckers de
Preparo das Soluções 250mL
• Adicionar a cada um 10,0mL do reagente ácido zircônio–SPANDS

289
578 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 579

• Misturar vigorosamente Preparo das Soluções


• Aferir o espectrofotômetro com a solução de referência (branco) em 0,0 de absorbân-
cia e 100% de transmitância, estando este ajustado em 570ηm Solução de nitrato de prata 0,28N: Pesar 48,5g de nitrato de prata (AgNO3) e dissolver em
• Traçar o gráfico em papel monolog, caso as leituras forem feitas em transmitância, e aproximadamente 200mL de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e
em papel linear caso as leituras tenham sido feitas em escala de absorbância, colo- completar o volume com água destilada. Guardar esta solução em frasco escuro.
cando as leituras no eixo das ordenadas e as concentrações no eixo das abscissas, ou
calcular a equação de regressão linear Solução padrão de cloreto de sódio: Pesar exatamente 29,674g de cloreto de sódio (NaCl),
seco em estufa, e dissolver em aproximadamente 200mL de água destilada. Transferir para
Técnica balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
• Se a amostra contém cloro residual, removê–lo adicionando uma gota da solução de
arsenito de sódio para cada 0,1mg de cloro residual. Após adicionar o arsenito, agitar Solução indicadora de cromato de potássio: Pesar 63g de dicromato de potássio (K2CrO4)
bem e dissolver em 100mL de água destilada. Adicionar algumas gotas da solução de nitrato de
• Pipetar 10mL da amostra (ou uma porção diluída da amostra) prata 0,28N até que um definitivo precipitado vermelho se forme. Deixar decantar e filtrar.
• Adicionar 5,0mL do reagente ácido zircônio–SPANDS e misturar bem Guardar em frasco escuro.
• Aferir o espectrofotômetro com a solução de referência (branco) em 0,0 de absorbân-
cia e 100% de transmitância, estando este ajustado em 570ηm OBSERVAÇÃO: Padronização da solução de nitrato de prata
• Fazer a leitura da amostra • Pipetar 25mL da solução padrão de cloreto de sódio para erlenmeyer de 125mL
• Adicionar algumas gotas da solução indicadora de cromato de potássio
Cálculos • Titular com solução de nitrato de prata até o aparecimento de uma coloração rosa
avermelhada
Fluoreto (mg/L F–) = C x F • Calcular a normalidade da solução de nitrato de prata pela expressão:

Onde: N= ( 12,69
Vg )
C Concentração de fluoreto, em mg/L, correspondente à % de transmitância ou absor- Onde:
bância, encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear
F Fator de diluição N Normalidade da solução de nitrato de prata
Vg Volume da solução de nitrato de prata gasto na titulação

22.19 Salinidade Técnica


• Pipetar 25mL da amostra e transferir para erlenmeyer de 125mL
Determinação da salinidade da água, expressa em partes por mil (%), por titrimetria de oxi- • Adicionar 6 gotas da solução indicadora de cromato de potássio
redução. • Titular com solução de nitrato de prata até o aparecimento de uma coloração rosa
Reagentes e Soluções avermelhada, agitando vigorosamente
• Solução de nitrato de prata 0,28N • Anotar o volume gasto
• Solução padrão de cloreto de sódio
• Solução indicadora de cromato de potássio Cálculos
a) Cálculo da clorosidade equivalente (ClEq) de 1mL da solução de nitrato de prata

ClEq = N × 0,0355

290
580 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros

Onde:
ClEq Clorosidade equivalente
N Normalidade da solução de nitrato de prata

b) Cálculo da clorosidade (Clo)

Clo = Vg x Cleq x ( )
1000
25

Onde:
Clo Clorosidade
Vg Volume gasto da solução de nitrato de prata na titulação da amostra
ClEq Clorosidade equivalente

c) Cálculo da salinidade

[
Salinidade(%) = 0,03 + 1,8050×ClO × ( )]
1
d

Onde:
Clo Clorosidade
d Densidade da água do mar, em g/L

NOTA:
A densidade da água do mar varia 1,017 a 1,030 g/L dependendo da posição geográfica.
Capítulo 23
Águas de
Irrigação

291
Capítulo 23 - Águas de Irrigação 583

Sumário

23.1 Condutividade..................................................................................................................... 00
23.2 Cálcio....................................................................................................................................... 00
23.3 Magnésio............................................................................................................................... 00
23.4 Sódio....................................................................................................................................... 00
23.5 Potássio.................................................................................................................................. 00
23.6 Carbonatos............................................................................................................................ 00
23.7 Bivarbonatos......................................................................................................................... 00
23.8 Cloreto.................................................................................................................................... 00
23.9 Sulfato..................................................................................................................................... 00
Método Colorimétrico................................................................................................. 00
Método Turbidimétrico............................................................................................... 00

292
584 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 23 - Águas de Irrigação 585

23.1. Condutividade A Alíquota da amostra tomada para análise


F Fator de correção da concentração do EDTA
Determinação da condutividade elétrica, expressa em μS/cm, por condutimetria.
Proceder conforme metodologia indicada para águas industriais.
23.4. Sódio

23.2. Cálcio Determinação da concentração de sódio, expressa em meq/L de Na+, pelo método do fotô-
metro de chama.
Determinação da concentração de cálcio, expressa em meq/L de Ca++, através da titrimetria Proceder conforme metodologia indicada para águas potáveis.
de complexação.
Proceder conforme metodologia indicada para águas industriais. Cálculos

Cálculos Sodio (meq/L Na+) = L × 0,04350

[(V1 × M × 40,720) × 0,04990 × F] Onde:


Calcio(meq/L Ca++) =
A L Leitura obtida no fotômetro

Onde:
V1 Volume da sol. de EDTA gasto na titulação 23.5. Potássio
M Molaridade da solução de EDTA
A Alíquota da amostra tomada para análise Determinação da concentração de potássio, expressa em meq/L de K+, pelo método do fo-
F Fator de correção da concentração do EDTA tômetro de chama.
Proceder conforme metodologia indicada para águas potáveis.

23.3. Magnésio Cálculos

Determinação da concentração de magnésio, expressa em meq/L Mg++, através da titrime- Potassio (meq/L K+) = L × 0,02563
tria de complexação.
Proceder conforme metodologia indicada para águas industriais. Onde:
L Leitura obtida no fotômetro
Cálculos
OBSERVAÇÃO
[((V2 - V1 ) × M × 24,305) × 0,08224 × F] Caso a leitura da amostra seja superior a 10, significa que a amostra tem uma concentração
Magnesio(meq/L Mg++) =
A de potássio superior a 10mg/L, assim sendo, elaborar uma nova curva com concentrações
superiores a 10mg/L. Da mesma forma, leituras menores que 1,0 indicam uma concentração
Onde: menor que 1,0mg/L e também uma nova curva deve ser feita com padrões menos concen-
V2 Volume de EDTA gasto na titulação de magnésio trados
V1 Volume de EDTA gasto na titulação de cálcio
M Molaridade da solução de EDTA

293
586 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 23 - Águas de Irrigação 587

23.6. Carbonatos Bicarbonatos (meq/L HCO3) = A2 x 0,4


• 2º Caso: A2 < 1/2 A2
Determinação da concentração de carbonatos, expressa em meq/L de CO3, por titrimetria Bicarbonatos (meq/L HCO3) = 0,4 x (A2 – 2 A1)
de complexação
OBSERVAÇÃO
Reagentes e Soluções Nos demais casos, a concentração de bicarbonatos é zero
• Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de alcalinidade em
águas potáveis
23.8. Cloreto
Técnica
• Pipetar 50mL da amostra para um erlenmeyer de 125mL e adicionar 4 gotas do indi- Determinação da concentração de cloreto, expressa em meq/L Cl–, através do método titri-
cador fenolftaleína 0,5%. Se houver alcalinidade aparecerá uma coloração rósea indi- métrico de precipitação.
cando que o pH está acima de 8,3 Proceder conforme metodologia indicada para águas industriais.
• Titular com ácido sulfúrico 0,02N até descolorar a amostra
• Anotar o volume gasto A1 Cálculos
• Adicionar 4 gotas do indicador vermelho de metila + verde de bromocresol e continu-
[((VA - VB ) × N × 35,500) × F × 0,02817]
ar a titulação, sem zerar a bureta, até mudança de cor Cloreto(meq/L Cl-) =
A
• Anotar o volume gasto A2
Onde:
Cálculos VA Volume da solução de nitrato de prata gasto na titulação da amostra
Nos cálculos para determinação do teor de carbonatos, é necessário considerar algumas VB Volume da solução de nitrato de prata gasto na titulação do branco
relações entre os volumes gastos nas titulações: N Normalidade da solução de nitrato de potássio
A Alíquota da amostra tomada para análise
1º Caso: Se A1 < 1/2 A2 ou se A1 = A2 F Fator de correção da concentração da solução de nitrato de prata
Carbonatos (meq/L CO3) = 0,8 x A1

2º Caso: Se A1 > 1/2 A2 23.9. Sulfato


Carbonatos (meq/L CO3) = 0,8 x (A2 – A1)
Determinação da concentração de sulfato, expressa em meq/L SO4, pelo método colorimé-
OBSERVAÇÃO trico, com precipitação do sulfato por cloreto de bário, em meio ácido, e pelo método turbi-
Nos demais casos, a concentração de carbonatos é zero. dimétrico.
Proceder conforme metodologia indicada para águas industriais.

23.7. Bicarbonatos Cálculos

Determinação da concentração de bicarbonatos, expressa em meq/L, por cálculos Sulfato (meq/L SO4) = C × 0,02083

Cálculos Onde:
• 1º Caso: A1 = 0,0 C Concentração de sulfato, mg/L de SO4, correspondente à % de transmitância ou ab-

294
588 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros

sorbância, encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear.

Capítulo 24
Métodos
Microbiológicos

295
Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 591

Sumário

24.1 Instruções Gerais................................................................................................................. 00


24.2 Lavagem, Preparo e Esterilização do Material.......................................................... 00
Lâminas e lamínulas..................................................................................................... 00
Tubos de ensaio............................................................................................................. 00
Placas de Petri................................................................................................................ 00
Pipetas.............................................................................................................................. 00
Balões e erlenmeyers................................................................................................... 00
Frascos para coleta de amostras.............................................................................. 00
24.3 Esterilização de Meios de Cultura................................................................................. 00
Cuidados na operação da autoclave...................................................................... 00
24.4 Microscopia........................................................................................................................... 00
Poder resolvente........................................................................................................... 00
Fator de ampliação....................................................................................................... 00
Objetiva de imersão..................................................................................................... 00
Focalização do microscópio...................................................................................... 00
24.5 Instruções para Uso da Câmara de Contagem Celular (Neubauer).................. 00
Regras básicas................................................................................................................ 00
Descrição da lâmina..................................................................................................... 00
Esquema da câmara..................................................................................................... 00
24.6 Viabilidade CelularI, Concentração Celular e de % de Brotamento das Levedu-
as ............................................................................................................................................. 00
Mosto em fermentação e vinho levurado............................................................ 00
Leite turbinado.............................................................................................................. 00
Leite tratado................................................................................................................... 00
24.7 Contagem de Bactérias Pelo Método das Diluições (Plaqueamento)............. 00
24.8 Análises do Açúcar............................................................................................................. 00
Amostragem................................................................................................................... 00
Contagem de mesófilas totais.................................................................................. 00
Contagem de leveduras e bolores.......................................................................... 00

296
592 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 593

Contagem de termófilos esporulados.................................................................. 00 24.1. Instruções Gerais


Contagem de esporos de bactérias produtoras de “flat–sour”.................... 00
• Não se deve levar à boca nenhum objeto, como lápis, rótulos, etc.
Contagem de bactérias termófilas anaeróbias não produtoras de H2S... 00
• Antes de iniciar as análises limpar a bancada de trabalho com detergente e logo após
Contagem de bactérias termófilas anaeróbias produtoras de H2S............ 00 com álcool 70%
Contagem de coliformes e E. Coli........................................................................... 00 • Não anotar resultados em papéis soltos e tomar nota de todos os detalhes observa-
Teste para coliformes fecais (Escherichia coli).................................................... 00 dos no decorrer das análises
• Familiarizar-se bem com todos os equipamentos que deverão ser utilizados, conser-
Detecção de Salmonella............................................................................................. 00
vando-os sempre limpos, para facilidade das operações
Padrões Microbiológicos Internacionais para Qualidade Microbiológica de • Limitar as possíveis fontes de infecção, observando a limpeza das mãos e unhas, to-
Açúcar............................................................................................................................... 00 mando cuidado com os cabelos, abrindo os frascos próximo a zona estéril do bico de
Bunsen
24.9 Teste de Resazurina............................................................................................................ 00
• As alças de platina e parte do suporte das alças devem ser flambadas imediatamente
24.10 ΔPH........................................................................................................................................ 00 antes e após o uso
• Não se devem abrir tubos ou placas indiscriminadamente. Quando necessário abrir
uma placa, não se deve aspirar para sentir qualquer odor produzido por culturas; con-
ter suficientemente a respiração
• As placas de Petri e tubos de ensaio deverão ser etiquetados: nome, diluição, data da
análise, data da leitura, etc.
• Caso ocorra ferimento por material séptico, desinfetar imediatamente com álcool 70%

24.2. Lavagem, Preparo e Esterilização do Material

• A limpeza, num laboratório de microbiologia, deve ser rigorosa, uma vez que qual-
quer matéria estranha pode ser uma fonte de contaminação. Todas as superfícies
(chão, bancadas, etc.) devem ser desinfetadas diariamente com solução detergente
(p.ex. lisoform bruto 1%). As bancadas devem ser desinfetadas com álcool 70% nas
bancadas, no início e após o término dos trabalhos.
• A esterilização significa a completa destruição de todos os microorganismos vivos
• Para o controle microbiológico dos processos industriais utiliza–se a esterilização por
calor seco para as vidrarias, que elimina os microorganismos por oxidação
• Para a esterilização por calor seco são utilizadas estufas, evitando–se colocar o mate-
rial encostado às paredes para evitar a queima, só em último caso utilizar o patamar
inferior da estufa e não abri-la antes que a temperatura chegue a 100ºC, para que não
ocorra quebra da vidraria por brusco resfriamento

297
594 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 595

LÂMINAS E LAMÍNULAS BALÕES E ERLENMEYERS

• Depois de usadas deverão ser colocadas em depósito contendo solução detergente • São lavados, tamponados e esterilizados da mesma forma que os tubos de ensaio
para evitar que as preparações ressequem, dificultando a limpeza posterior. Depois
são lavadas cuidadosamente, passadas abundantemente em água corrente e guarda- FRASCOS PARA COLETA DE AMOSTRAS
das em depósito contendo álcool 70%
• As lâminas usadas com óleo de imersão são colocadas em recipiente forrado com pa- • São lavados com água corrente, deixados em solução de ácido muriático e novamen-
pel de filtro, o óleo é dissolvido com xilol, e posteriormente são colocadas em solução te lavados com água corrente. Depois de secos, cobre-se toda parte da tampa com
de ácido muriático por uma noite, prosseguindo então a limpeza comum papel alumínio e são levados à estufa para esterilizar a 180ºC, durante 90min

TUBOS DE ENSAIO
24.3. Esterilização de Meios de Cultura
• Quando novos, são deixados 24h em solução de ácido muriático, lavados com bas-
tante água corrente e tamponados, introduzindo algodão uns 3cm na abertura. Os • Materiais como meios de cultura, água, soluções e filtros bacteriológicos devem ser
tubos são embrulhados em papel manilha formando pacotes presos com fita adesiva esterilizados através de calor úmido, que elimina os microorganismos através da des-
e colocados em estufa de esterilização a 180°C, durante 90min naturação das proteínas
• No caso de tubos usados com culturas desenvolvidas, são primeiramente autoclava- • Normalmente esta esterilização é realizada em equipamento denominado autoclave,
dos a 121ºC, durante 30min. O meio é escorrido quente e os tubos são lavados e pre- à temperatura de 121ºC, durante 15min. Se o volume a ser esterilizado for superior
parados como já foi visto a 500mL, aumentar este tempo para 30, 45min, ou mesmo 1h, para que toda massa
atinja a temperatura desejada
PLACAS DE PETRI
CUIDADOS NA OPERAÇÃO DA AUTOCLAVE
• Quando novas, são lavadas do mesmo modo que os tubos de ensaio e embrulhadas
em papel manilha em conjunto de duas ou mais, sendo o papel fixado com fita adesi- • Observar o nível da água, para que cubra a resistência, molhando a placa suporte
va e colocadas em estufa de esterilização a 180ºC, durante 90min perfurada pela superfície inferior
• Tratando-se de placas usadas, são autoclavadas a 121ºC, durante 30min. O meio de • Apertar a tampa por igual e com pressão moderada, para que não deforme a junta
cultura é escorrido quente e são lavadas e preparadas como anteriormente de vedação
• Abrir a válvula de escape até saída de vapor fluente, expulsando assim todo ar do
PIPETAS interior, evitando a formação de bolsas de ar, que prejudicaria a esterilização
• Iniciar a contagem de tempo somente quando a temperatura desejada for atingida
• São lavadas com água corrente, colocadas em solução de ácido muriático fraca (para • Não se afastar da autoclave
proteger as marcas), novamente passadas em água corrente e depois lavadas com • Manter durante todo o tempo a temperatura desejada ± 1ºC
água destilada • Decorrido o tempo desejado, desligar o equipamento e esperar que a temperatura
• São preparadas para esterilizar tamponando–se a boquilha com uma mecha de al- chegue a 100ºC ou menos, antes de abrir a válvula, evitando assim uma ebulição vio-
godão que penetra 1cm, destinada a filtrar o ar soprado para o interior e proteger o lenta do meio líquido
operador da aspiração de líquidos contaminados • Após a pressão ter caído a zero, abrir a tampa e esperar alguns minutos para retirar o
• São embrulhadas individualmente com tiras de papel manilha e levadas à estufa de material de seu interior
esterilização a 180ºC, durante 90min

298
596 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 597

24.4. Microscopia imersão para assegurar um trajeto do raio luminoso opticamente homogêneo entre a lâmina
e a lente frontal da objetiva. Depois do uso, limpar o óleo com um papel macio e um pouco
O microscópio, instrumento mais característico do laboratório de microbiologia, propicia o de xilol nas superfícies ópticas, pois um resto de óleo prejudicaria o rendimento dos sistemas
aumento que permite a visualização de organismos e de estruturas invisíveis a olho nu. ópticos.

Há muitos tipos de microscópio. Uma lente de aumento, como a lupa, é o mais simples deles FOCALIZAÇÃO DO MICROSCÓPIO
mas, quando usamos o termo microscópio, estamos nos referindo ao microscópio composto.
Usando o parafuso macrométrico, levantar o tubo do microscópio de maneira que as objeti-
O tipo de microscópio composto usado no laboratório de microbiologia é o óptico. Neste, vas não toquem na platina quando girar o revólver. Girar o revólver de maneira que a objeti-
o campo microscópico ou a área observada aparece brilhantemente iluminado e os objetos va de menor aumento (a menor delas) fique em linha com a ocular que está na extremidade
estudados apresentam–se mais escuros. Geralmente os microscópios desse tipo produzem do tubo.
um aumento útil de aproximadamente 1000 diâmetros. Olhando agora pela ocular, baixar o tubo do microscópio vagarosamente até que os obje-
tos da preparaçäo se tornem visíveis. Girar o parafuso micrométrico para a direita e para a
Com algumas modificações, como o uso de oculares de mais alto poder, esta ampliação pode esquerda, a fim de obter a melhor focalização possível. Se houver brilho excessivo, ajustar o
ser aumentada. Contudo, o aumento de 1000 a 2000 diâmetros é o limite de ampliação útil diafragma para eliminá–lo e melhorar a nitidez da imagem
com tal instrumento. Girar o revólver encaixando a objetiva de aumento seguinte e ajustar a focalização apenas
com o parafuso micrométrico, ajustando sempre o brilho com o diafragma.
PODER RESOLVENTE
Continuar girando o revólver até a objetiva desejada
Chamamos resolução à capacidade de formar imagens distintas de pontos luminosos que
estão muito próximos entre si para que se possa distingui-los à simples vista e apresentar
estas imagens ao olho o bastante distanciadas para que se possa vê-las com facilidade. Tanto 24.5. Instruções para uso da câmara de contagem celular (Neu-
a objetiva como a ocular ampliam simplesmente a imagem formada pela objetiva e não po- bauer)
dem revelar nada que não esteja já representado naquela.
O Hemacitômetro Neubauer é um equipamento de precisão que permite a avaliação real da
FATOR DE AMPLIAÇÃO área e volume observados no campo do microscópio. O seu emprego é simples e permite a
determinaçäo direta do número de microorganismos existentes em um volume conhecido
Quando usamos o microscópio, é importante saber exatamente o quanto o instrumento de amostra.
ampliou a imagem do objeto. Se o microscópio tem 1000 aumentos, a imagem que você
vê é 1000 vezes maior e mais larga do que quando vista a olho nu. Em todas as objetivas e A precisão do aparelho depende muito dos cuidados no preparo das diluições das amostras,
oculares há um aumento indicando o grau de ampliação. A ampliação combinada, produzida critério de contagem, cuidado e atenção do operador.
pelas duas lentes, é igual ao produto desses números. Se, por exemplo, na ocular estiver mar-
cando 10x e na objetiva de menor aumento 4x, a ampliação é de 10 x 4, ou seja, 40 diâmetros. Com o objetivo de uniformizar o seu emprego, recomendam–se algumas regras básicas que
deverão ser observadas.
OBJETIVA DE IMERSÃO
REGRAS BÁSICAS
Sendo a que fornece aumento maior que as outras, a objetiva de imersão é geralmente mui-
to usada em laboratório de microbiologia. É, também, a objetiva que exige maiores cuidados • É necessário estabelecer a concentração ideal para cada material a ser analisado, para
em sua utilização, pois focaliza muito próximo do material de exame. É necessário óleo de evitar a sobreposição e aglomeração dos microorganismos numa mesma área

299
598 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 599

• Antes de retirar amostras com a pipeta é necessário homogeneizar a suspensão ESQUEMA DA CÂMARA DE CONTAGEM CELULAR (NEUBAUER)
• Estabelecer critérios uniformes para microorganismos que ficam sobre a linha que
demarca a área do quadrado. Por exemplo: só contar os microorganismos sobre duas
linhas limites do quadrado

• Os dados básicos para os cálculos são:


a) O volume do campo do microscópio é dado pela fórmula:

Volume = Profundidade × Area do Campo Avaliado

Exemplo: Para o maior quadrado de 0,0625mm²


Volume = 0,1 mm x 0,0625 mm² = 0,00625mm³
ou seja: 0,00625mm³ = 6,25 x 10–6mL

b) Calcula–se a concentração de microorganismos em 1mL de suspensão por meio


de regra de três simples. No exemplo acima supondo que no volume de 6,25 x 10–6 temos 30
microorganismos:

6,5 x 10–6 - 30 microorganismos


1,0 mL - x 24.6. Viabilidade celular, concentração celular e % de brotamen-
x = 30/6,25 x 10–6 = 4,8 x 10–6 microorganismos/mL to das leveduras

OBSERVAÇÃO: Se foi feita alguma diluição é necessário verificar a quantidade de amostra Determinação da percentagem de leveduras vivas em relação ao total de leveduras, do nú-
presente na suspensão mero de leveduras vivas por mL da amostra e da percentagem de leveduras vivas que estão
brotando (reproduzindo)
DESCRIÇÃO DA LÂMINA
Reagentes e Soluções
a) Profundidade da lâmina: 0,100mm • Solução de azul de metileno 0,1%
b) O quadrado é dividido em 9 outros grandes quadrados de 1cm² cada um
c) O quadrado do meio é rodeado de 8 quadrados. Cada um deles foi dividido em 16 quadra- Preparo das Soluções
dos de 0,0625 mm² cada um
d) O quadrado do meio é dividido em 400 quadrados menores. Cada quadradinho mede Solução de azul de metileno 0,1%: Pesar exatamente 0,1g de azul de metileno e dissolver
0,0025mm² em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o
e) No quadrado do meio existem: volume com água destilada.

• 256 quadrados de 0,0025mm² MOSTO EM FERMENTAÇÃO E VINHO LEVURADO


• 64 quadrados de 0,000625mm²
• 256 quadrados de 0,00125mm² Técnica
• Transferir, com pipeta volumétrica, 50mL da amostra para um balão volumétrico de

300
600 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 601

500 mL e completar o volume com água destilada (1ª diluição) CÁLCULOS DA VIABILIDADE CELULAR PARA TODOS OS MATERIAIS ANALISADOS
• Colocar 1mL da diluição anterior em tubo de ensaio contendo 9mL de água destilada
e adicionar 0,5mL da solução de azul de metileno 0,1%
• Homogeneizar e transferir algumas gotas para a câmara de contagem celular (Neu-
Viabilidade Celular (%) = ( NN ) x 100
1

bauer) Onde:
• Levar ao microscópio e contar o número de leveduras vivas, mortas e vivas em brota- N1 Número total de células vivas
mento, em 16 quadros, usando um aumento de 400x a 600x N2 Número total de células (vivas + mortas)

LEITE TURBINADO CÁLCULOS DAS PERCENTAGENS DE BROTAMENTO PARA


TODOS OS MATERIAIS ANALISADOS
Técnica
• Transferir, com pipeta volumétrica, 5mL da amostra para balão volumétrico de 500mL
e completar o volume com água destilada (1ª diluição)
Brotamento (%) = ( NBN ) x 100
1

• Transferir 1mL da diluição anterior para tubo de ensaio contendo 9mL de água desti-
lada e adicionar 0,5mL da solução de azul de metileno 0,1% Onde:
• Homogeneizar e transferir algumas gotas para câmara de contagem celular (Neu- NB Número de células vivas em brotamento
bauer) N1 Número total de células vivas
• Levar ao microscópio e proceder à contagem como anteriormente
OBSERVAÇÃO:
LEITE TRATADO
• Células vivas = incolor
Técnica • Células mortas = azul
• Transferir, com pipeta volumétrica, 20mL da amostra para balão volumétrico de
500mL e completar o volume com água destilada (1ª diluição)
• Transferir 1mL da diluição anterior para tubo de ensaio contendo 9mL de água desti- 24.7. Contagem de bactérias pelo método
lada e proceder à coloração e contagem como nas amostras anteriores das diluições (Plaqueamento)

As diluições citadas acima são apenas sugestões, que normalmente são suficientes para a Determinação do número de bactérias pelo método das diluições, usando plaqueamento.
contagem de 30 a 50 leveduras com campo. Se necessário essas diluições podem ser modi-
ficadas. OBSERVAÇÃO: Este método é utilizado para qualquer amostra como mosto, vinho, leite de
leveduras turbinado e tratado, água, etc., modificando–se apenas as diluições, que irão variar
CÁLCULO DA CONCENTRAÇÃO CELULAR PARA TODOS OS MATERIAIS ANALISADOS de acordo com o material analisado e o seu índice de contaminação.

Concentracao celular (celulas vivas/mL amostra) = 1,68 × 106 × N × 1a diluicao Reagentes e Soluções
• Agar plate count (PCA)
Onde: • Água destilada esterilizada
• Solução de nistatina
N Número médio de células vivas (total/16)

301
602 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 603

Preparo das Soluções 24.8. Análises do açúcar


Agar plate count (PCA): Pesar 2,5g de extrato de leveduras, 5g de triptona, 1g de glicose AMOSTRAGEM
anidra (C6H12O6) e 15g de agar. Transferir para erlenmeyer de 2000mL e adicionar 1000mL de
água destilada. Esterilizar a 121°C por 15min. Coletar 50g de cada 5 sacos do lote em questão e acondicionar em frascos esterilizados, sen-
do que a amostragem deve ser a mais representativa possível do lote
Água destilada esterilizada: Esterilizar em autoclave a 121ºC por 15min.
CONTAGEM DE MESÓFILAS TOTAIS (aeróbias)
Solução de nistatina: Transferir 3mL de Micostatin (produto farmacêutico) para balão volu-
métrico de 100mL e completar o volume com água destilada esterilizada Reagentes e Soluções
• Púrpura de bromocresol p.a.
Técnica • Triptona p.a.
• Após a escolha da diluição, preparar a quantidade de tubos necessários e adicionando • Glicose p.a.
a cada um 9mL da água destilada esterilizada • Ágar p.a.
• Proceder às diluições sucessivas, transferindo 1mL da amostra para o primeiro tubo de • Meio de cultura glicose-tryptone ágar (GTA)
ensaio, homogeneizando e tranferindo 1mL para o segundo tubo, e assim sucessiva- • Solução de hidróxido de sódio 50%
mente até a diluição desejada
• Separar as três últimas diluições e inocular 0,1mL de cada diluição em duas placas de Preparo das Soluções
Petri (repetição)
• Adicionar aproximadamente 15mL de meio de cultura (PCA), liquefeito e esfriado a Meio de cultura glicose-tryptone ágar (GTA): Pesar as seguintes quantidades dos reagentes
± 45ºC, em cada placa e misturar a amostra ao meio com movimentos de rotação da abaixo:
placa sobre superfície plana
• Nas amostras onde as leveduras estão também presentes, como mosto em fermenta- Púrpura de bromocresol 0,04g
ção, vinho levurado, leite turbinado e tratado, adicionar ao meio de cultura liquefeito Triptona 10,0g
e esfriado a 45ºC uma solução de Nistatina (1,5mL para cada 15mL de meio) Glicose 5,0g
• Incubar em estufa a 35ºC ± 0,5ºC, durante 48h Ágar 15g
• Após o período de incubação contar o número de colônias que se formaram no meio Água destilada 1000mL
ou na superfície dele, com o auxílio de um contador de colônias Ajustar o pH para 6,7 (± 0,2), com hidróxido de sódio 50%
• Para fazer os cálculos considera–se cada colônia como um microorganismo, pois cada Esterilizar em autoclave por 15min a 121ºC
uma se originou de um microorganismo presente na amostra inicial
Solução de hidróxido de sódio 50%: Pesar 50g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
Cálculos um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100 mL, esfriar e comple-
tar o volume com água destilada.
N° Bactérias = n° de colonias × 10 × inverso da diluição
mL de Amostra
Técnica
Preparo da amostra
OBSERVAÇÃO: Todas as operações (diluição, inoculação) são realizadas próximo à chama do • Pesar 20g de açúcar (amostra representativa) e passar para balão de 100mL esterili-
bico de Bunsen zado. Completar com água destilada esterilizada e agitar até completa dissolução do
açúcar

302
604 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 605

Determinação Reagentes e Soluções


• Remover 5mL da amostra preparada e distribuir 1,0mL em cada 5 placas de Petri • Ver reagentes e soluções citadas no método de contagem de bactérias mesófilas to-
• Adicionar o meio de cultura (15mL por placa), homogeneizar, esperar solidificar e in- tais
cubar por 72h a 30ºC. Fazer também 5 placas com diluição 10–1
• Fazer a contagem das colônias totais nas 5 placas e também das colônias produtoras Técnica
de ácido (colônias com halo amarelado) e expressar o resultado como total de mesó- • Utilizando a amostra preparada anteriormente, submetê-la a um choque térmico
filas / g de açúcar (ebulição por 5min em banho-maria e imediatamente resfriá-la em água)
• Pipetar 2mL da amostra acima e distribuir 0,4mL em cada 5 placas de Petri
CONTAGEM DE LEVEDURAS E BOLORES • Adicionar o meio de cultura (5mL por placa), homogeneizar, esperar o meio solidificar
e incubar por 48h a 55ºC. Após isso, contar as colônias com halo amarelo presentes
Reagentes e Soluções nas 5 placas e multiplicar o total por 5 para se obter o resultado expresso em número
• Meio de cultura potato-dextrose ágar (PDA) de esporos de “flat–sour” / 10g de açúcar

Preparo das Soluções OBSERVAÇÃO: As colônias de “flat-sour” são características. Elas são arredondadas, variando
de 2 a 5mm de diâmetro e apresentam um “ponto” central típico, opaco, e pela reação de
Meio de cultura potato–dextrose ágar (PDA): Dissolver 39,0g do meio de cultura em produção de ácido na presença do indicador (púrpura de bromocresol) é usualmente circun-
1000mL de água destilada. Autoclavar durante 15min a 121°C. No momento do plaquea- dado por um halo amarelo. Este halo pode ser significante ou não existir se certos tipos de
mento, resfriar o meio de cultura (evitando–se a solidificação) e ajustar o pH para 3,5 com ácidos existirem em pequenas quantidades, ou também se na placa houver um crescimento
ácido tartárico 10%. excessivo destas colônias, todo o meio pode se tornar amarelo. O halo também pode desa-
parecer após a retirada da placa da estufa de incubação, por isso as placas devem ser reti-
NOTA radas da estufa no momento exato da contagem. Quando a produção de ácido é duvidosa
Nunca se deve fundir o meio de cultura depois de adicionar o ácido após 48h, continuar a incubação até 72h. Se houver um crescimento excessivo de colônias
na placa, o tamanho e as características delas podem se tornar atípicas. E se a contagem se
Técnica tornar impraticável, uma segunda amostra do açúcar deve ser plaqueada, usando diluições
• Remover 5mL da amostra preparada e distribuir 1,0mL em cada 5 placas de Petri da solução original. Porém, nas análises de rotina de açúcar, essa segunda diluição não é
• Adicionar o meio de cultura (15mL por placa), homogeneizar, esperar o meio solidifi- necessária, na maioria dos casos.
car e incubar por 4 – 5 dias a 30°C
• Contar o número de leveduras e fungos que se desenvolveram nas 5 placas e expres- Contagem de Bactérias Termófilas Anaeróbias Não Produtoras de H2S
sar como total de leveduras e bolores / g de açúcar
Reagentes e Soluções
CONTAGEM DE TERMÓFILOS ESPORULADOS • Solução de hidróxido de sódio 50%
• Fígado em pó
Contagem de termófilos esporulados, sendo de bactérias produtoras de “flat–sour” (acidez • Triptona p.a.
plana), bactérias termófilas anaeróbias produtoras, e não produtoras, de gás sulfídrico (H2S) • Fosfato ácido de potássio
usando plaqueamento • Amido Solúvel
• Meio de cultura liver broth (meio de fígado)
Contagem de Esporos de Bactérias Produtoras de Flat–sour (Acidez Plana)

303
606 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 607

Preparo das Soluções • Citrato Férrico


• Ágar
Solução de hidróxido de sódio 50%: Pesar 50g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em • Meio de cultura ágar–sulfito
um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL, esfriar e completar
o volume com água destilada. Preparo da Soluções (Meio de Cultura)

Meio de cultura liver broth (meio de fígado): Pesar as seguintes quantidades dos reagentes Meio de cultura Agar-sulfito: Pesar as seguintes quantidades dos reagentes abaixo:
abaixo: Triptona 10,0g
Fígado em pó 35,0g Na2SO3 1,0g
Triptona 5,0g Citrato Férrico 0,5g
Fosfato ácido de potássio 0,5g Ágar 20,0g
Amido Solúvel 0,5g
Dissolver o citrato férrico em 50mL de água destilada e aquecer para que se dissolva comple-
Adicionar 35g de fígado em pó em 500mL de água destilada. Aquecer até 50ºC e manter a tamente. Misturar os ingredientes, dissolver em 1000mL de água destilada e distribuir 20mL
essa temperatura durante 1h, com freqüente agitação. Após isso, ferver este material por 3 a por tubo. Esterilizar em autoclave durante 15min a 121ºC.
4min, para coagular as proteínas. Filtrar em algodão. Adicionar os outros ingredientes, ajus-
tar o pH para 7,5 com hidróxido de sódio 50% e voltar a ferver por 3min. Filtrar novamente. Técnica
Esterilizar em autoclave durante 15min a 121°C • Dividir 20mL da amostra que sofreu tratamento térmico para 6 tubos (± 3,3 mL/tubo)
contendo o meio de cultura, aquecido a 55ºC
Técnica • Após solidificar o meio, incubar por 48h a 55ºC
• Dividir 20mL da amostra que sofreu tratamento térmico para 6 tubos (ou seja, 3,3mL/
tubo) contendo 5mL de meio de cultura (aquecidos a 55ºC) OBSERVAÇÃO: No ágar sulfito, a deterioração sulfídrica pelas bactérias é detectada através
• Cobrir os tubos com parafina, o suficiente para vedá-los (1cm de camada) da formação de áreas esféricas negras, escuras. Por causa da solubilidade do hidrogênio sul-
• Solidificar a parafina rapidamente, mergulhando os tubos em água fito e da sua fixação pelo ferro contido no meio, não é observada a formação de gás. As áreas
• Incubar a 55ºC por 72h enegrecidas devem-se ser contadas para se obterem os resultados quantitativos. Conside-
• Após 72h, proceder à contagem rando que em 6 tubos têm-se 4g de açúcar, o total de colônias multiplicado por 2,5 nos dá a
• Nos tubos em que houve crescimento de termófilos anaeróbios, a parafina vai ser “em- contagem de bactérias de deterioração sulfídrica/10g de açúcar. Na incubação de termófilas
purrada” para cima, dada a formação de gás. Anotar os resultados destes tubos como (55ºC) devem-se colocar na estufa dois beckers contendo água, para não desidratar os meios
positivos de cultivo.

OBSERVAÇÃO: Este é um teste considerado qualitativo, já que não permite expressar os re- CONTAGEM DE COLIFORMES E E. COLI
sultados em termos de número de esporos por peso de açúcar
TESTE PRESUNTIVO
Contagem de Bactérias Termófilas Anaeróbias Produtoras de H2S – Bactérias de Deterio-
ração Sulfídrica Reagentes e Soluções
• Lactose
Reagentes e Soluções • Extrato de carne
• Triptona p.a. • Peptona
• Sulfito de sódio • Meio caldo lactosado (concentração normal)

304
608 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 609

• Meio caldo lactosado (concentração dupla) Número Máximo Permitido (NMP) para várias combinações de resultados positivos, quan-
Preparo das Soluções (Meio de Cultura) do três tubos são usados por diluição (inoculações de 1, 0,1 e 0,01g ou mL da amostra)

Meio caldo lactosado (concentração normal): Pesar as seguintes quantidades dos reagen- 1,0g 0,1g 0,01g NMP 1,0g 0,1g 0,01g NMP
tes abaixo: 0 0 0 <0,3 2 0 0 0,91
Lactose 5,0g 0 0 1 0,3 2 0 1 1,4
Extrato de carne 3,0g 0 0 2 0,6 2 0 2 2,0
Peptona 5,0g 0 0 3 0,9 2 0 3 2,6
Dissolver os reagentes em 1000mL de água destilada 0 1 0 0,3 2 1 0 1,5
0 1 1 0,61 2 1 1 2,0
Meio caldo lactosado (concentração dupla): Pesar as seguintes quantidades dos reagentes 0 1 2 0,92 2 1 2 2,7
abaixo: 0 1 3 1,2 2 1 3 3,4
Lactose 10,0g
0 2 0 0,62 2 2 0 2,1
Extrato de carne 6,0g
0 2 1 0,93 2 2 1 2,8
Peptona 10,0g
0 2 2 1,2 2 2 2 3,5
Dissolver os reagentes em 1000mL de água destilada
0 2 3 1,6 2 2 3 4,2
0 3 0 0,94 2 3 0 2,9
Técnica
0 3 1 1,3 2 3 1 3,6
Preparo da amostra
0 3 2 1,6 2 3 2 4,4
• Em um erlenmeyer esterilizado, dissolver 10g de açúcar em 90mL de água destilada
0 3 3 1,9 2 3 3 5,3
esterilizada
1 0 0 0,36 3 0 0 2,3
1 0 1 0,72 3 0 1 3,9
Determinação
• Separar 3 tubos de ensaio (20 x 200mm) e colocar em cada um 10mL de caldo lacto- 1 0 2 1,1 3 0 2 6,4
sado (concentração dupla), com tubo de Durhan 1 0 3 1,5 3 0 3 9,5
• Autoclavar durante 15min a 121ºC. Após autoclavado, adicionar 10mL da amostra 1 1 0 0,73 3 1 0 4,3
preparada 1 1 1 1,1 3 1 1 7,5
• Separar 3 tubos de ensaio (16 x 150mm) e colocar em cada um 10mL de caldo lacto- 1 1 2 1,5 3 1 2 12
sado (concentração normal), com tubo de Durhan 1 1 3 1,9 3 1 3 16
• Autoclavar durante 15min a 121ºC. Após autoclavado, adicionar 1mL da amostra pre- 1 2 0 1,1 3 2 0 9,3
parada 1 2 1 1,5 3 2 1 15
• Separar 3 tubos de ensaio (16 x 150mm) e colocar em cada um 10mL de caldo lacto- 1 2 2 2,0 3 2 2 21
sado (concentração normal), com tubo de Durhan 1 2 3 2,4 3 2 3 29
• Autoclavar durante 15min a 121ºC. Após autoclavado, adicionar 0,1mL da amostra 1 3 0 1,6 3 3 0 24
preparada 1 3 1 2,0 3 3 1 46
• Incubar todos os tubos a 37ºC por 48h. Fazer a leitura. Se houver produção de gás (a 1 3 2 2,4 3 3 2 110
formação de gás se dá no interior dos tubos de Durhan), fazer o teste confirmativo 1 3 3 2,9 3 3 3 >110
• Consultar a tabela a seguir para se estabelecer o NMP de coliformes totais

305
610 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 611

TESTE CONFIRMATIVO É um kit relativamente simples de ser utilizado, que necessita de 18h de enriquecimento do
material a ser analisado e mais 24h de incubação, totalizando 42h. Isso representa economia
Reagentes e Soluções de tempo e de reagentes, tornando-o viável para as análises passíveis de serem realizadas
• Meio caldo verde brilhante bile 2% nos laboratórios das Usinas.

Preparo das Soluções (Meio de Cultura) OBSERVAÇÕES:


PADRÕES MICROBIOLÓGICOS INTERNACIONAIS PARA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE
Meio caldo verde brilhante bile 2%: Dissolver 40g de caldo verde brilhante bile 2% em AÇÚCAR
1000mL de água destilada. Aquecer ligeiramente até completa dissolução. Distribuir 5mL (National Food Canners and Processors – 1968)
em tubos contendo tubos de Duhran. Esterilizar em autoclave durante 15min a 121°C.
BACTÉRIAS MESÓFILAS
Técnica • Limite de 50 UFC/g de açúcar
• Transferir uma alça de platina dos tubos em que houve produção de gás para tubos
contendo o meio de cultura, com tubos de Durhan LEVEDURAS E FUNGOS (BOLORES)
• Incubar a 37ºC durante 24h. Se houver formação de gás, fazer o teste para coliformes • Limite máximo de 50 UFC/g de açúcar
fecais
NOTA:
TESTE PARA COLIFORMES FECAIS (escherichia coli) A legislação brasileira estabelece um limite máximo de 103 UFC/g de açúcar

Reagentes e Soluções ESPOROS DE FLAT–SOUR (ACIDEZ PLANA)


• Meio de cultura E.C. Medium • Para as 5 amostras analisadas, deve–se ter um máximo de 75 esporos e, na média, não
mais que 50 esporos/10g de açúcar.
Preparo das Soluções (Meio de Cultura)
ESPOROS TERMÓFILOS ANAERÓBIOS NÃO PRODUTORES DE H2S
Meio de cultura E.C. Medium: Dissolver 37g do E.C. Medium em 1000mL de água destilada. • Para as 5 amostras analisadas, toleram-se até 3 (60%) amostras com resultados posi-
Aquecer ligeiramente até completa dissolução. Distribuir 5mL em tubos contendo tubos de tivos e sendo que nenhuma amostra deve ter mais que 4 tubos positivos entre os 6
Duhran. Esterilizar em autoclave durante 15min a 121ºC. tubos analisados.

Técnica ESPOROS TERMÓFILOS ANAERÓBIOS PRODUTORES DE H2S


• Passar uma alça de platina dos tubos que produziram gás para tubos contendo o E.C. • Para as 5 amostras analisadas, não mais que 2 (40%) das 5 amostras devem apresentar
Medium, com tubos de Durhan esses microorganismos, sendo que nenhuma amostra deve apresentar mais que 5
• Incubar em banho–maria a 45ºC durante 24h esporos/10g de açúcar. Isto equivale a não mais que 2 tubos positivos entre os 6 tubos
• Se ocorrer produção de gás, indica a presença de coliformes fecais analisados.

OBSERVAÇÃO: Os tubos devem ser retirados da autoclave quando já estiverem frios, para COLIFORMES E E. Coli
que os tubos de Durhan fiquem completamente cheios. • Ausência de coliformes fecais nas amostras analisadas

DETECÇÃO DE SALMONELLA Salmonella:


Salmonella pode ser detectada através do kit “Salmonella Rapid Test” fabricado pela Oxoid. • Ausência de Salmonella nas amostras analisadas

306
612 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 613

Tempo (h) para mudança da cor


Importância Trata-
Importância da infecção
24.9. Teste da Resazurina Violeta Róseo Incolor
da Infecção mento

- ≤ 0,5 ≤ 3,0 muito grande urgente


Este método visa determinar, de maneira rápida e simples, a ação microbiana em caldos atra-
≤ 0,5 ≤ 2,0 ≤ 4,0 muito grande urgente
vés da redução da cor do corante
≤ 0,1 ≤ 4,0 ≤ 6,0 grande urgente
≤ 3,0 ≤ 5,0 ≤ 7,0 fraca normal
Reagentes e Soluções
≤ 3,0 > 5,0 - desprezível preventivo
• Resazurina (C12H6NO4Na-7-Hidroxi-3H-fenoxazin-3-ona);
• Cloreto de sódio (NaCl);
OBSERVAÇÕES: A solução de resazurina deve ser preparada para uso máximo em 10 dias,
• Solução de NaCl a 0,9%;
uma vez que se decompõe pela ação da luz e da temperatura. Armazenar em frasco escuro.
• Solução de hidróxido de sódio (NaOH) a 0,9%.

Preparo de soluções
24.10 ΔpH
Solução de NaCl a 0,9%: pesar 9,0000g de cloreto de sódio e dissolver em cerca de 200mL
Reagentes
de água destilada/deionizada; transferir para um balão volumétrico de 1000mL e completar
• NaOH 1N
o volume; ajustar a pH 7,0 com solução de NaOH ou HCl
• H3PO4

Solução de resazurina a 10 mg/L: pesar 0,0010g de resazurina e diluir a 1000mL com a solu-
Técnica
ção de NaOH a 0,9% a pH 7,0
• Transferir 100 mL da amostra para um béquer de 250 mL
• Ajustar o pH a 5,5
Técnica
• Incubar a 37,0 – 0,5 ºC por 4 horas, no banho-maria
• Colocar 9,0mL da solução de resazurina em cada tubo de ensaio vedados com algo-
• Determinar o pH
dão;
• Calcular a variação do pH.
• Esterilizar os tubos e a pipeta de 1,0mL na autoclave a 100°C por uma hora.
• Pipetar 1,0mL da amostra de caldo (caldo da prensa, caldo de primeira pressão, caldo
Resultado
misto, caldo residual, etc.) e adicionar ao tubo de ensaio preparado;
• Colocar o tubo no banho termostatizado com temperatura regulada e constante a
A queda de pH indica contaminação da amostra por microrganismos produtores de áci-
37° ± 0,5°C;
do. Dentre estes microrganismos estão as bactérias lácticas, bactérias acéticas e leveduras.
• Verificar a mudança de coloração do tubo a cada 30 minutos e anotar o resultado em
Quanto menor for o pH de uma amostra, maior será seu grau de contaminação.
boletim adequado.

Interpretação: tempo em horas

307
Capítulo 25
Insumos

308
616 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 25 - Insumos 617

Sumário

25.1 Enxofre.................................................................................................................................... 00
Umidade........................................................................................................................... 00
Cinzas................................................................................................................................ 00
Enxofre elementar ....................................................................................................... 00
Matéria orgânica .......................................................................................................... 00
Pureza ............................................................................................................................... 00
Acidez total..................................................................................................................... 00
25.2 Ácido Sulfúrico..................................................................................................................... 00
Pureza................................................................................................................................ 00
Matéria orgânica........................................................................................................... 00
25.3 Ácido Fosfórico.................................................................................................................... 00
Fósforo total.................................................................................................................... 00
25.4 Cal............................................................................................................................................. 00
Perda ao fogo................................................................................................................. 00
Cálcio + magnésio........................................................................................................ 00
Cálcio................................................................................................................................. 00
Magnésio......................................................................................................................... 00
Sílica................................................................................................................................... 00
CaO disponível .............................................................................................................. 00
25.5 Soda Cáustica....................................................................................................................... 00
Alcalinidade total.......................................................................................................... 00
25.6 Sulfato de Alumínio........................................................................................................... 00
Pureza................................................................................................................................ 00

309
618 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 25 - Insumos 619

25.1. Enxofre Cálculos

NOTA
Todas as análises devem ser realizadas a partir de uma amostra representativa obtida de sub-
Cinzas(%) = [ P P- P ] x 100
a
1

-amostras, e pulverizadas completamente em gral de porcelana. Onde:


P Tara do cadinho + cinzas (após a calcinação), em gramas
UMIDADE P1 Tara do cadinho, em gramas
Determinação da concentração de água, expressa em percentagem de umidade, por gravi- Pa Peso da amostra, em gramas
metria
ENXOFRE ELEMENTAR
Técnica
• Pesar 10g da amostra pulverizada em pesa-filtro previamente tarado em estufa a Determinação da concentração de enxofre elementar, expressa em percentagem, por gra-
110ºC, durante 1h vimetria
• Levar à estufa e manter durante 1h à temperatura de 90 ± 5°C
• Esfriar em dessecador e pesar novamente Reagentes e Soluções
• Bissulfeto de carbono concentrado
Cálculos
Técnica

Umidade(%) = [ P P- P ] x 100
a
1 • Pesar exatamente 4,0g da amostra pulverizada e transferir para um funil de haste lon-
ga, de 30mL, estando este com um chumaço de algodão obstruindo a parte superior
Onde: da haste para evitar a queda de enxofre
P Peso do pesa-filtro + amostra antes da secagem, em gramas • Proceder à lavagem da amostra com 20-25mL de bissulfeto de carbono (CS2) concen-
P1 Peso do pesa-filtro + amostra depois da secagem, em gramas trado, recolhendo o filtrado em um pesa-filtro previamente tarado em estufa a 110ºC,
Pa Peso da amostra, em gramas durante 1h
• Repetir a operação de lavagem com mais 20mL de bissulfeto de carbono (CS2) con-
CINZAS centrado e posteriormente lavar o funil com mais 5-10mL para dissolver eventuais
Determinação da concentração de cinzas, expressa em percentagem, por gravimetria resíduos de enxofre
• Colocar o pesa-filtro em uma placa aquecedora levemente aquecida para evaporar o
Técnica excesso de bissulfeto de carbono
• Pesar 40g da amostra pulverizada em cadinho de porcelana previamente tarado • Após a evaporação, colocar o pesa-filtro na estufa a 70-80°C até peso constante
em mufla a 550°C, durante 30min
• Aquecer gradativamente o cadinho com a amostra em bico de Bussen até a queima Cálculos
total da amostra
• Transferir o cadinho para mufla e aquecer gradativamente até atingir a temperatura
entre 600-700°C
Enxofre elementar(%) = 100 - [ ((P - PP)x 100) ]
1

• Manter nesta temperatura e desligar a mufla


• Quando a temperatura atingir 300°C retirar o cadinho e esfriar em dessecador até a Onde:
temperatura ambiente P Peso do pesa-filtro mais amostra antes da secagem, em gramas
• Pesar e anotar o peso P1 Peso do pesa-filtro mais amostra depois da secagem

310
620 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 25 - Insumos 621

Pa Peso da amostra com água destilada.

MATÉRIA ORGÂNICA Técnica


Determinação da concentração de matéria orgânica, expressa em percentagem, por cálculos • Pesar exatamente 0,5g da amostra pulverizada e transferir para becker de 400mL
• Adicionar 15mL de bromo concentrado. CUIDADO
Cálculos • Esperar 10min e adicionar, cuidadosamente, 15mL de ácido nítrico (HNO3) concen-
trado
Materia organica (%) = 100 - umidade % - enxofre elementar (%) - cinzas (%) • Gotejar 5mL da solução de cloreto de sódio com ácido clorídrico
• Levar o becker à chapa aquecedora e permanecer a uma temperatura de 30°C
PUREZA • Continuar gotejando a solução de cloreto de sódio com ácido clorídrico até que a
Determinação da pureza, expressa em percentagem, pelos métodos de cálculos e gravimé- solução do becker fique transparente
trico - precipitação com cloreto de bário • Continuar o aquecimento até a secura
• Deixar esfriar e adicionar 5mL da solução de ácido clorídrico 1:1
MÉTODO DE CÁLCULOS • Transferir a solução para balão volumétrico de 100mL, lavando o becker com porções
de água destilada
Cálculos • Completar o volume com água destilada
• Pipetar 50mL desta solução para becker de 400mL e aquecer
Pureza(%) = [ enxofre
(100-umidade(%)) ]
elementar(%)
x 100 • Adicionar gradativamente solução de cloreto de bário 3% até não haver mais forma-
ção de precipitado
• Aquecer a solução com o precipitado por alguns instantes, evitando perdas da amos-
MÉTODO GRAVIMÉTRICO tra por superaquecimento
• Deixar em repouso durante 1 noite
Reagentes e Soluções • Filtrar em cadinho de Gooch, com placa porosa e vidro sinterizado, previamente tara-
• Bromo concentrado do a 250°C, durante 30min
• Ácido nítrico concentrado • Lavar o precipitado com água destilada e secar o cadinho em estufa a 250°C durante
• Solução de cloreto de sódio e ácido clorídrico 1h
• Solução de ácido clorídrico 1:1 • Decorrido o tempo estabelecido, retirar o cadinho da estufa e esfriar em dessecador
• Solução de cloreto de bário 3% • Pesar o cadinho

Preparo das Soluções Cálculos

Solução de cloreto de sódio e ácido clorídrico: Pesar 30 g de cloreto de sódio (NaCl) e dis- Pureza (enxofre%) = (P1 - P2) × 54,8
solver em 50mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado.
Onde:
Solução de ácido clorídrico 1:1: Medir 100mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado e mistu- P1 Peso do cadinho + precipitado seco
rar, cuidadosamente, em 100mL de água destilada.
ACIDEZ TOTAL
Solução de cloreto de bário 3%: Pesar 30g de cloreto de bário (BaCl2) e dissolver em um
pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume Determinação da concentração de acidez total, expressa em percentagem de ácido sulfúrico,

311
622 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 25 - Insumos 623

por titrimetria de neutralização NOTA


Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação de acidez em
Reagentes e Soluções fertilizantes
• Álcool etílico absoluto
Preparo das Soluções
NOTA: Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação de aci-
dez sulfúrica em caldos Solução indicadora de fenolftaleína 0,5%: Pesar 0,5g de fenolftaleína e dissolver em um
pouco de álcool etílico. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume
Técnica com álcool etílico. Armazenar esta solução em frasco de cor âmbar.
• Pesar exatamente 20g da amostra pulverizada e transferir para erlenmeyer de 125mL
• Adicionar 25mL de álcool etílico (C2H5OH) absoluto e agitar para molhar completa- Técnica
mente a amostra • Pesar exatamente 0,25g da amostra em erlenmeyer de 250mL
• Adicionar 50mL de água destilada e continuar agitando durante 1 a 2min • Adicionar 50mL de água destilada e 3 a 4 gotas da solução indicadora de fenolftaleína
• Deixar repousar durante 20min, com agitação ocasional • Titular com a solução de hidróxido de sódio 0,5N até obtenção de uma coloração
• Adicionar 3 a 5 gotas da solução indicadora de fenolftaleína 1% e titular com a solução rósea
de hidróxido de sódio 0,1N, padronizada, até obter uma coloração rosa-claro • Anotar o volume gasto e calcular a pureza do ácido sulfúrico
• Fazer uma prova em branco, usando apenas 25mL de álcool etílico e 50mL de água
destilada Cálculos

Cálculos Pureza (%H2SO4) = Vg × 9,8 × F

Acidez total (%H2SO4 ) = (Va - Vb ) × 0,02452 × F Onde:


Vg Volume de hidróxido de sódio 0,5N gasto na titulação da amostra
Onde: F Fator de correção da concentração da solução de hidróxido de sódio
Va Volume de hidróxido de sódio gasto na titulação da amostra
Vb Volume de hidróxido de sódio gasto na titulação do branco MATÉRIA ORGÂNICA
F Fator de correção da concentração da solução de hidróxido de sódio
Determinação da presença de matéria orgânica, por método comparativo

25.2. Ácido Sufúrico Técnica


• Medir em proveta 40mL da amostra e transferir para um becker de 100mL
PUREZA • Aquecer a amostra a 150°C, durante 30 min, em capela
• Decorrido o tempo estabelecido, realizar a comparação de cor da amostra antes e
Determinação da pureza, expressa em percentagem de ácido sulfúrico, por titrimetria de após o aquecimento
neutralização
Cálculos (Resultados)
Reagentes e Soluções A existência de uma coloração mais escura na amostra, após o aquecimento, indica presença
• Álcool etílico absoluto de matéria orgânica.
• Solução indicadora de fenolftaleína 0,5%

312
624 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 25 - Insumos 625

25.3. Ácido Fosfórico Onde:


P1 Peso do cadinho + precipitado seco
FÓSFORO TOTAL P2 Peso do cadinho
Determinação da concentração de fósforo total, expressa em percentagem de P2O5, pelo
método gravimétrico OBSERVAÇÃO: O resultado pode também ser expresso em termos de percentagem de PO4
da seguinte maneira:
Reagentes e Soluções
• Ver reagentes e soluções citadas na determinação de fósforo solúvel em água em fer- Fosforo total (%H3PO4) = %P2O5 × 1,38
tilizantes
25.4. Cal
Técnica
• Pesar 1,0000g da amostra e transferir para becker de 250mL PERDA AO FOGO
• Adicionar cerca de 100mL de água destilada e 25mL de ácido nítrico (HNO3) concen-
trado Determinação da concentração de água e CO2, expressa em percentagem, por gravimetria
• Ferver durante 10min e esfriar
• Transferir para balão volumétrico de 500mL, lavando bem o becker com água desti- Técnica
lada • Tarar um cadinho de porcelana a 550ºC, durante 30min (P1)
• Completar o volume com água destilada e homogeneizar • No cadinho previamente tarado, pesar um grama da amostra (P) triturada
• Retirar uma alíquota de 20mL, transferir para erlenmeyer de 400mL e diluir para • Levar à mufla durante aproximadamente 3h, resfriar em dessecador e pesar anotando
100mL com água destilada o peso como (P2)

NOTA Cálculos
A alíquota não deve conter mais do que 25mg de P2O5

• Aquecer até a fervura, agitar e adicionar 50mL do reagente quimociac


Perda ao fogo (%) = 100 - [ ((P - PP )x 100)]
2 1

• Cobrir o becker com um vidro de relógio e ferver vigorosamente durante 1min


• Esfriar à temperatura ambiente ou, preferencialmente, deixar em repouso durante Onde:
1noite P Peso da amostra
• Filtrar a vácuo através de cadinho de Gooch de vidro sinterizado e porosidade média, P1 Peso do cadinho
previamente tarado a uma temperatura de 200°C,durante 30min P2 Peso do cadinho + amostra incinerada
• Lavar o precipitado com jatos de água destilada e levar o cadinho à estufa durante
20min a uma temperatura de 200-210°C OBSERVAÇÃO: Pode-se calcular o resíduo da seguinte maneira:
• Decorrido o tempo estabelecido, retirar o cadinho da estufa e esfriar em dessecador
• Pesar o cadinho Resíduo(%) = [ ((P - PP )x 100)]
2 1

Cálculos ou seja,

Fosforo total (%P2O5 )=(P1 - P2) × 80,17 Perda ao fogo (%) = 100 - residuo%

313
626 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 25 - Insumos 627

CÁLCIO E MAGNÉSIO Técnica


• Do mesmo balão de 250mL usado para determinação do cálcio mais magnésio, reti-
Determinação das concentrações de cálcio e magnésio, expressas em percentagens de CaO rar 10mL e colocar em um erlenmeyer de 125mL
+ MgO, pelo método titrimétrico de complexação • Adicionar 2 a 3mL de cianeto de potássio 10%, 5mL de hidróxido de potássio 10% e
um “pitada” de murexida
NOTA • Titular com EDTA 0,025 N até mudança de coloração, anotando o volume final da ti-
Em uma análise completa do produto, deve-se continuar o trabalho aproveitando-se o resí- tulação em mL (Vg2)
duo da determinação de perda ao fogo.
Cálculos
Reagentes e Soluções
• Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de dureza total em cal- Calcio (%CaO) = Vg2 × F × 1,75
dos
Onde:
Técnica Vg2 Volume de EDTA 0,025N gasto na titulação
• Adicionar ao resíduo 20mL de ácido clorídrico 1:1 e cobrir com um vidro de relógio F Fator de correção da concentração do EDTA 0,025N
• Levar para uma chapa de aquecimento e deixar evaporar
• Após esta operação, colocar um pouco de água, levar novamente à chapa e deixar MAGNÉSIO
ferver
• Esfriar e filtrar para um balão volumétrico de 250mL e completar o volume com água Determinação da concentração de magnésio, expressa em percentagem de MgO, por cál-
destilada culos
• Retirar 10mL colocar em um erlenmeyer de 250mL e adicionar 5mL do coquetel tam-
pão e 5 gotas de eriocromo black T Cálculos
• Titular com EDTA 0,025 N anotando o volume final da titulação em mL (Vg1)
Magnesio (%MgO) = (Vg1 - Vg2) × F × 1,25
Cálculos
Onde:
Calcio + Magnesio (%CaO + %MgO) = Vg1 × 3 × F Vg1 Volume de EDTA 0,025N gasto na titulação do cálcio + magnésio
Vg2 Volume de EDTA 0,025N gasto na titulação do cálcio
Onde: F Fator de correção da concentração do EDTA 0,025N
Vg1 Volume de EDTA 0,025 N gasto na titulação
F Fator de correção da concentração do EDTA 0,025N SÍLICA

CÁLCIO Determinação da concentração de sílica, expressa como percentagem de insolúveis em áci-


do clorídrico, por gravimetria
Determinação da concentração de cálcio, expressa em percentagem de CaO, pelo método
titrimétrico de complexação Técnica
• O resíduo que permanece no filtro proveniente do tratamento com ácido clorídico, na
Reagentes e Soluções determinação do cálcio mais magnésio, é levado à mufla em um cadinho previamen-
• Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de cálcio em caldos te tarado à temperatura de 1000ºC, em procedimento idêntico ao da determinação

314
628 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 25 - Insumos 629

de perda ao fogo volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada. Guardar esta solução em
• Deixar durante 2h, aproximadamente, à temperatura de 1000ºC frasco escuro.
• Desligar a mufla e esperar que a temperatura atinja aproximadamente 200ºC
• Transferir o cadinho para um dessecador e esperar a temperatura por mais 30min OBSERVAÇÃO: Padronização da solução de ácido sulfúrico 0,1N
• Pesar e anotar o peso em gramas • Pipetar 25mL da solução de carbonato de sódio 0,1N para enlenmeyer de 250mL
• Adicionar 5 gotas da solução indicadora de vermelho de metila
Cálculos • Titular imediatamente com ácido sulfúrico 0,1N até a mudança de coloração
• Calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção da concentração (F) da solu-
Sílica (%Insoluveis em HCl) = [ ((P - PP )x 100)]
2 1 ção de ácido sulfúrico da seguinte maneira:

Onde: 2,5
N(verdadeira) =
P Peso da amostra Vg
P1 Peso do cadinho Onde:
P2 Peso do cadinho mais insolúvel Vg Volume de ácido gasto na titulação

CaO DISPONÍVEL N(verdadeira)


F=
0,1
Determinação da concentração de óxido de cálcio disponível, expressa em percentagem de Técnica
CaO, por titrimetria de neutralização • Pesar exatamente 1,0000g de amostra de cal triturada e colocar em balão volumétri-
co de 250mL
Reagentes e Soluções • Adicionar 15g de açúcar cristal e completar o volume com água destilada
• Solução de ácido sulfúrico 0,1N • Esperar 1h agitando sempre que for possível
• Solução padrão de carbonato de sódio 0,1N • Filtrar desprezando os primeiros filtrados e transferir 25mL do filtrado para erlen-
• Álcool etílico absoluto meyer de 250mL
• Solução indicadora de vermelho de metila 0,1% • Adicionar aproximadamente 100mL de água destilada e 3 a 5 gotas de vermelho de
• Açúcar cristal metila 0,1%
Titular com ácido sulfúrico 0,1N, anotando o volume gasto em mL (Vg)
Preparo das Soluções
Cálculos
Solução de ácido sulfúrico 0,1N: Transferir 2,72mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado
para balão volumétrico de 1000mL, contendo aproximadamente 300mL de água destilada. CaO disponivel (%) = Vg × F × 2,8
Completar e volume com água destilada.
Onde:
Solução padrão de carbonato de sódio 0,1N: Pesar exatamente 5,2995g de carbonato de Vg Volume de ácido sulfúrico gasto na titulação
sódio (Na2CO3) seco em estufa a 120ºC, durante 1h. Transferir quantitativamente para balão F Fator de correção da concentração do ácido sulfúrico
volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.

Solução indicadora de vermelho de metila 0,1%: Pesar exatamente 0,1g de vermelho de


metila P.A e dissolver em 90mL de álcool etílico (C2H5OH) absoluto. Transferir para balão

315
630 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 25 - Insumos 631

25.5. Soda Cáustica Técnica


• Pesar 10g da amostra e dissolver em aproximadamente 100mL de água destilada
ALCALINIDADE TOTAL • Transferir para balão volumétrico de 250mL e completar o volume com água destilada
• Pipetar 25mL da solução para erlenmeyer de 250mL
Determinação da alcalinidade total, expressa em percentagem de hidróxido de sódio, por • Adicionar 5 gotas da solução indicadora de alaranjado de metila
titrimetria de neutralização • Titular até mudança de coloração, anotando o volume gasto

Reagentes e Soluções Cálculos


• Solução de ácido clorídrico 1N
• Solução padrão de carbonato de sódio 1N Alcalinidade total (%NaOH) = 4 × Vg × F
• Solução indicadora de metil orange (alaranjado de metila) 1%
Onde:
Preparo das Soluções Vg Volume de ácido clorídrico 1N gasto na titulação
F Fator de padronização do ácido clorídrico 1N
Solução de ácido clorídrico 1N: Medir 82,78mL de ácido clorídrico p.a (HCl) e transferir lenta-
mente para 900mL de água destilada. Esfriar totalmente e transferir para balão volumétrico
de 1000mL. Completar o volume com água destilada. 25.6. Sulfato de Alumínio

Solução padrão de carbonato de sódio 1N: Pesar exatamente 53g de carbonato de sódio PUREZA
(Na2CO3) previamente seco em estufa e dissolver em aproximadamente 200mL de água des-
tilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água desti- Determinação da pureza de sulfato de alumínio, expressa em percentagem de sulfato de
lada. alumínio (Al2(SO4)3), por gravimetria

Solução indicadora de metil Orange 1%: Pesar exatamente 1g de metil Orange (alaranjado Reagentes e Soluções
de metila) e diluir para 100mL com água destilada. Conservar esta solução em frasco escuro. • Solução indicadora de vermelho de metila 0,1%
• Hidróxido de amônio concentrado
OBSERVAÇÃO: Padronização da solução de ácido clorídrico 1N
• Pipetar 25mL da solução de carbonato de sódio 1N para enlenmeyer de 250mL Preparo das Soluções
• Adicionar 5 gotas da solução indicadora de alaranjado de metila Solução indicadora de vermelho de metila 0,1%:
• Titular imediatamente com ácido clorídrico 1N até a mudança de coloração
• Calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção da concentração (F) da solu- Técnica
ção de ácido clorídrico da seguinte maneira: • Pesar 1g da amostra, transferir para becker de 250mL e dissolver com 100mL de água
destilada
Nverdadeira = 25 / Vg • Aquecer até próximo a fervura (± 80ºC)
• Filtrar, lavar o resíduo retido no papel de filtro com duas porções de água destilada
Onde: morna, recolhendo o filtrado em becker de 250mL
Vg Volume de ácido gasto na titulação • Adicionar ao filtrado algumas gotas da solução indicadora de vermelho de metila até
coloração rósea persistente
F = Nverdadeira • Acrescentar gota a gota hidróxido de amônia concentrado até obter uma coloração

316
632 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros

amarelada
• Filtrar no mesmo papel de filtro, lavar o resíduo retido no papel de filtro com porções
de água destilada morna e descartar o filtrado
• Transferir o papel de filtro contendo o resíduo para uma cápsula de porcelana previa-
mente tarada
• Secar em estufa a 105ºC e posteriormente carbonizar em bico de Bussen
• Colocar na mufla e aquecer gradativamente a 1100ºC por 30min
• Resfriar em dessecador e pesar

Cálculos

Pureza(%Al2(SO4)3) = [ P P- P ] x 335,38
1 0

Onde:
P1 Peso da cápsula + resíduo, em gramas
Po Peso da cápsula limpa e seca, em gramas
P Peso da amostra utilizada para análise, em gramas

Capítulo 26
Compostos
Orgânicos

317
Capítulo 26 - Compostos Orgânicos 635

Sumário

26.1 Umidade a 60 - 65°C.......................................................................................................... 00


26.2 Umidade A 100 - 110°C..................................................................................................... 00
26.3 Matéria Orgânica Total...................................................................................................... 00
26.4 Carbono Total....................................................................................................................... 00
26.5 Carbono Orgânico.............................................................................................................. 00
26.6 Matéria Orgânica Compostável..................................................................................... 00
26.7 Matéria Orgânica Resistente à Compostagem......................................................... 00
26.8 Nitrogênio............................................................................................................................. 00
26.9 Digestão Nítrica-Perclórica.............................................................................................. 00
26.10 Fósforo.................................................................................................................................. 00
26.11 Potássio................................................................................................................................ 00
26.12 Eliminação do Fósforo do Extrato.............................................................................. 00
Nítrico-Perclórico Para Determinação do Cálcio e Magnésio.............................. 00
26.13 Cálcio.................................................................................................................................... 00
26.14 Magnésio............................................................................................................................. 00

318
636 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 26 - Compostos Orgânicos 637

26.1. Umidade a 60 - 50ºC Onde:


Pca Peso da cápsula + amostra seca a 60-65ºC, em gramas
Determinação da quantidade de água evaporada a 60-65°C, expressa em percentagem de Pcad Peso da cápsula + amostra seca a 100-110ºC, em gramas
umidade, pelo método gravimétrico Pc Peso da cápsula, em gramas
%U60 - 65°C Percentagem de umidade a 60-65°C
Técnica
• Em uma bandeja previamente tarada a 100-105ºC, durante 1h, pesar 100g da amostra
• Deixar na estufa, preferencialmente com circulação forçada de ar, por 1 noite ou no 26.3. Matéria Orgânica Total
mínimo durante 16h, a 60-65ºC
• Esfriar ao ar ambiente Determinação da concentração de matéria orgânica total, expressa em percentagem, por
• Pesar e obter o peso da amostra seca calcinação da amostra

Cálculos Técnica
• Levar a cápsula de porcelana usada na determinação da umidade a 100-110°C à mufla

Umidade a 60 - 65°C% = [ (PP --PP ) ] x 100


ca

ca
cad

c
e ligá-la com a porta entreaberta para proporcionar adequada aeração
• Quando a mufla atingir uma temperatura suficiente para calcinar parcialmente a
Onde: amostra, fechar a porta e aguardar que a temperatura atinja 550°C
Pca Peso da bandeja + amostra úmida, em gramas • Manter nessa temperatura por mais 1h
Pcad Peso da bandeja + amostra seca a 60-65ºC, em gramas • Desligar a mufla e esperar a temperatura baixar para aproximadamente 250°C
Pc Peso da bandeja, em gramas • Retirar a cápsula da mufla e esfriar em dessecador
• Pesar a cápsula até a quarta casa decimal e obter o peso da amostra calcinada, ou seja,
seca a 550°C
26.2. Umidade a 100-110ºC
Cálculos
Determinação da quantidade de água evaporada a 110-110°C, expressa em percentagem de
[(P1 - P2 ) × (100 - %U60-65°C))]
umidade, pelo método gravimétrico Materia organica total(%) =
5

Técnica
• Em uma cápsula de porcelana previamente tarada a 100-110ºC, durante 1h, pesar 5g Onde:
da amostra seca a 60-65°C P1 (peso da cápsula + amostra seca a 100–110ºC) – (peso da cápsula)
• Deixar na estufa durante 4h a 100-110ºC P2 P1 – [(peso da cápsula + amostra seca a 100–110ºC) – (peso da cápsula + amostra
• Esfriar em dessecador seca a 550°C)]
• Pesar até a quarta decimal e obter o peso da amostra seca % U60–65°C Percentagem de umidade a 60-65°C

Cálculos
26.4. Carbono Total
Umidade a 100 - 110°C(%) = %U60-65°C + {[ (Pca - Pcad)
Pca - Pc ] x (100 - %U )}
60-65°C
Determinação da concentração de carbono total, expressa em percentagem, por cálculos

319
638 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 26 - Compostos Orgânicos 639

Cálculos Onde:
Vb Volume gasto de sulfato ferroso amoniacal na titulação do branco
%MOT Va Volume gasto de sulfato ferroso amoniacal na titulação da amostra
Carbono total(%) =
1,8 F Fator de correção da concentração do sulfato ferroso amoniacal

Onde:
% M.O.T. Percentagem de matéria orgânica total 26.6. Matéria Orgânica Compostável

OBSERVAÇÃO Determinação da concentração da matéria orgânica compostável, expressa em percenta-


O fator estequiométrico (1,8) foi considerado da seguinte fonte literária: gem, através do carbono orgânico, por cálculos
KIEHL, José Edmar. Fertilizantes Orgânicos. Editora Agronômica Ceres Ltda. p.457. São Paulo,
1985. Cálculos

Materia organica compostavel(%) = CO × 1,8


26.5. Carbono Orgânico
Onde:
Determinação da concentração de carbono orgânico, expressa em percentagem, pelo méto- CO Percentagem de carbono orgânico, em percentagem
do titrimétrico de oxirredução

Reagentes e Soluções 26.7. Matéria Orgânica Resistente à Compostagem


Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de carbono em águas residu-
ais e efluentes industriais Determinação da concentração de matéria orgânica resistente à compostagem, expressa em
percentagem, por cálculos
Técnica
• Pesar 0,25g da amostra e transferir para balão volumétrico de 100mL Cálculos
• Adicionar 20mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado
• Esperar 15min Materia organica resistente a compostagem=MOT-MOC
• Adicionar 25mL de dicromato de potássio 2N
• Completar o volume Onde:
• Pipetar 5mL para erlenmeyer de 250mL MOT Percentagem de matéria orgânica total, em percentagem
• Adicionar 3mL de ácido ortofosfórico (H3PO4) concentrado MOC Percentagem de matéria orgânica compostável, em percentagem
• Adicionar 100mL de água destilada
• Adicionar 3 gotas de difenilamina sulfônica
• Titular com sulfato ferroso amoniacal 0,1N recém–padronizado 26.8. Nitrogênio
• Fazer um branco com água destilada, utilizando somente os reagentes
Determinação da concentração de nitrogênio, expressa em percentagem, pelo método de
Cálculos Kjedahl

Carbono Organico(%) = (Vb - Va) × 2,4 × F

320
640 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 26 - Compostos Orgânicos 641

Reagentes e Soluções Reagentes e Soluções


Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de nitrogênio em águas resi- • Ácido nítrico concentrado
duais e efluentes industriais • Ácido perclórico concentrado
• Ácido clorídrico 2N
Técnica
• Pesar em cápsula 0,5g da amostra a ser analisada Preparo das Soluções
• Transferir quantitativamente para balão de Kjedahl de 100mL
• Adicionar 2-3g da mistura digestora e 5mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado Solução de ácido clorídrico 2N: Pipetar 162,60mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado e
• Levar ao microdigestor até clarear a solução transferir para balão volumétrico de 1000mL com aproximadamente 500mL de água destila-
• Transferir quantitativamente para balão volumétrico de 100mL, lavando bem o balão da. Esfriar e completar o volume com água destilada
de Kjedahl. Completar o volume com água destilada
• Ligar o reostato do microdestilador para aquecimento e abrir a água de circulação do Técnica
microdestilador • Pesar 1,0g da amostra e transferir para balão de Kjedahl de 100mL
• Colocar 10mL da solução de ácido bórico 2% e 3 gotas da mistura de indicadores em • Juntar ao balão 15mL de ácido nítrico (H3NO3) concentrado
um erlenmeyer de 125mL e introduzir no bico de saída do microdestilador • Deixar em repouso durante 1 noite para digestão a frio
• Transferir 10mL do extrato para o balão de destilação e conectar este ao microdesti- • Adicionar 2mL de ácido perclórico (HClO4) concentrado e levar ao microdigestor
lador • Proceder à digestão evitando super-aquecimento até obter um resíduo claro e límpi-
• No copo do microdestilador colocar 10mL de hidróxido de sódio 50% e após verter do (não deixar secar para não explodir)
esta no balão de destilação, colocar mais 30mL de água destilada • Esfriar (caso a amostra não esteja límpida, adicionar mais ácidos nítrico e perclórico)
• Conectar o balão no conjunto de destilação • Adicionar 10mL de ácido clorídrico 2N e aquecer até ebulição
• Destilar até aproximadamente 60mL • Filtrar o extrato a quente em papel de filtro faixa preta, para balão de 250mL
• Titular a amônia destilada com solução de ácido clorídrico 0,05N recém– padronizado • Esfriar e completar o volume
• Fazer um branco usando água destilada
OBSERVAÇÕES
Cálculos • Na filtração do extrato, caso sejam adicionados 20 a 30mL de água em lugar dos
10mL de ácido clorídrico, esta poderá ser feita em papel de filtro faixa branca. A esco-
Nitrogenio(%) = (Vga - Vgb) × 1,4 × F lha entre água ou ácido depende da quantidade de sais presentes na amostra verifi-
cada através da formação de uma pasta esbranquiçada após a digestão
Onde:
Vga Volume de ácido clorídrico 0,05N gasto na titulação da amostra
Vgb Volume de ácido clorídrico 0,05N gasto na titulação do branco 26.10 Fósforo
F Fator de correção da normalidade do ácido clorídrico 0,05N
Determinação da concentração de fósforo, expressa em percentagem de P2O5, pelo método
colorimétrico, através do complexo vanadomolíbdico
26.9. Digestão Nítrica-Perclórica
Reagentes e Soluções
Obtenção do extrato nítrico-perclórico para determinação de fósforo, potássio, cálcio e mag- • Vanadato de amônio p.a.
nésio • Molibdato de amônio p.a.
• Solução de vanadomolíbdico

321
642 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 26 - Compostos Orgânicos 643

• Solução estoque do padrão de fósforo (1000 ppm P2O5) curva padrão


• Com a leitura, calcular com auxílio do gráfico da curva padrão ou da equação de re-
Preparo das Soluções gressão linear a quantidade de fósforo correspondente

Solução vanadomolíbdico: Dissolver separadamente 20g de molibdato de amônio tetrai- Cálculos


dratado [(NH4)6Mo7O24.4H2O] e 1g de vanadato de amônio (NH4VO3) em água. Misturar e
acidificar com 140mL de ácido nítrico (HNO3) concentrado. Transferir para balão volumétrico Fosforo(%P2O5 ) = 0,5 × C
de 1000mL e completar o volume com água destilada.
Onde:
Solução estoque padrão de fósforo (1000ppm de P2O5): Pesar 1,9173g de fosfato de potás- C concentração de fósforo, mg P2O5, correspondente à % de transmitância ou absor-
sio monobásico (KH2PO4) seco em estufa a 110ºC, durante 2h, em um pouco de água destila- bância, encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear, correspondente à % de
da. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. transmitância ou da absorbância
1mL desta solução equivale a 1mg de P2O5.

OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão 26.11. Potássio


• Separar 05 balões volumétricos de 100mL e numerá-los de 1 a 5
• A cada balão adicionar respectivamente, 1, 2, 3, 4 e 5mL da solução estoque padrão Determinação da concentração de potássio, expressa em percentagem de K2O, pelo método
de fósforo de 1000mg de P2O5 / L do fotômetro de chama
• Diluir com água destilada até mais ou menos a metade do balão
• Juntar 20mL da solução vanadomolíbdica Reagentes e Soluções
• Agitar e esperar 10min Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de potássio em águas residu-
• Completar o volume e homogeneizar ais e efluentes industriais
• Cada padrão corresponde, respectivamente, a 1, 2, 3, 4 e 5mg de P2O5
• Fazer uma prova em branco usando no balão de 100mL somente água destilada isen- Técnica
ta de fósforo e a solução vanadomolíbdica • Em um balão de 100mL adicionar 10mL do extrato nítrico-perclórico
• Aferir o espectrofotômetro em 0,0 (zero) de absorbância e 100% de transmitância • Completar o volume com água destilada
com a prova em branco, estando este ajustado em 420nm • Levar a amostra ao fotômetro e fazer a leitura
• Elaborar o gráfico da curva padrão em papel milimetrado linear, caso as leituras sejam • Usar o padrão de aferição de 20ppm de K+ (leitura em 100)
em absorbâncias, ou em papel monolog caso as leituras sejam em % de transmitân- • Fazer a leitura da amostra
cia. Pode–se também obter a equação de regressão linear usando as leituras obtidas
e as concentrações dos padrões Cálculos

Técnica Potassio(%K2O) = 0,06 × L


• Tomar uma alíquota de 50mL do extrato nítrico–perclórico e transferir para balão vo-
lumétrico de 100mL Onde:
• Juntar 20mL da solução vanadomolíbdica L Leitura do fotômetro
• Agitar e aguardar 10min
• Completar o volume e fazer a leitura da absorbância em 420nm, usando a solução da
prova em branco para ajustar o espectrofotômetro, conforme feito na elaboração da

322
644 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 26 - Compostos Orgânicos 645

26.12. Eliminação do Fósforo do Extrato Nítrico-Perclórico Para 26.13 Cálcio


Determinação de Cálcio e Magnésio
Determinação da concentração de cálcio, expressa em percentagem de Ca++, pelo método
Reagentes e Soluções titrimétrico de complexação.
• Solução de hidróxido de sódio 1N
• Solução de ácido acético 25% Reagentes e Soluções
• Solução de ferro (1mg/mL) Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de dureza de cálcio em águas
• Solução indicadora de vermelho de metila 1% industriais.

Preparo das Soluções Técnica


• Pipetar 20mL do extrato isento de fósforo para erlenmeyer de 250mL.
Solução de hidróxido de sódio 1N: Pesar 40g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em • Adicionar 10mL de solução condicionante para cálcio e titular com EDTA 0,02N utili-
um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL, completar o vo- zando calcon como indicado.
lume com água destilada e agitar. • Anotar o volume gasto (V1).

Solução de ácido acético 25%: Pipetar 25mL de ácido acético (CH3COOH) concentrado para Cálculos
balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada e agitar.
Calcio(%Ca++) = V1 × F
Solução de ferro (1mg/mL): Pesar 4,8303g de cloreto férrico hexaidratado (FeCl3.6H2O) e
dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e Onde:
completar o volume com água destilada. V1 Volume de EDTA 0,02N gasto na titulação da amostra
F Fator de correção da concentração do EDTA 0,02N
Solução indicadora de vermelho de metila 1%: Pesar 1g de vermelho de metila e dissolver
em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o
volume com água destilada 26.14. Magnésio

Técnica Determinação da concentração de magnésio, expressa em percentagem de Mg++, pelo mé-


• Pipetar 50mL do extrato nítrico–perclórico para erlenmeyer de 250mL todo titrimétrico de complexação
• Adicionar 3 gotas da solução indicadora de vermelho de metila 1% e neutralizar com
solução de hidróxido de sódio 1N Reagentes e Soluções
• Adicionar 1mL de solução de ácido acético 25% e 5mL da solução de ferro Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de dureza total em águas in-
• Aquecer lentamente e adicionar mais 1mL da solução de hidróxido de sódio 1 N. Vol- dustriais
tar a aquecer até 80°C
• Esperar aglomeração dos flocos formados e filtrar para balão de 100mL, lavando bem Técnica
o erlenmeyer com água quente • Pipetar 20mL do extrato isento de fósforo para erlenmeyer de 250mL
• Esfriar e completar o volume • Adicionar 10mL da solução condicionante para magnésio e titular com solução de
EDTA 0,02N, usando eriocromo black T como indicador. Anotar o volume gasto (V2)

323
646 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros

Cálculos

Magnésio (%Mg++) = (V2 - V1) × 0,6 × F


Onde:
V1 Volume de EDTA 0,02N gasto na titulação para determinação de cálcio
V2 Volume de EDTA 0,02N gasto na titulação para determinação de magnésio
F Fator de correção da concentração do EDTA 0,02N

Tabelas
324
648 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 649

TABELA 1A - Correção da leitura do Brix refratométrico para a temperatura padrão de


20ºC
Sólidos Refratométricos
Sólidos Refratométricos T (°C) 45 50 55 60 65 70 75 80 85
T (°C) 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Subtrair do Brix observado
Subtrair do Brix observado 15 0,38 0,38 0,38 0,38 0,38 0,38 0,38 0,37 0,37
15 0,29 0,31 0,32 0,33 0,34 0,35 0,36 0,37 0,37 16 0,30 0,31 0,31 0,31 0,31 0,31 0,30 0,30 0,30
16 0,24 0,25 0,26 0,27 0,28 0,28 0,29 0,30 0,30 17 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,22
17 0,18 0,19 0,20 0,20 0,21 0,21 0,22 0,22 0,23 18 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15
18 0,12 0,13 0,13 0,14 0,14 0,14 0,15 0,15 0,15 19 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,.08 0,07
19 0,06 0,06 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,08 0,08 Adicionar do Brix observado
Adicionar do Brix observado 21 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,07
21 0,06 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,08 0,08 0,08 22 0,16 0,16 0,16 0,16 0,16 0,15 0,15 0,15 0,15
22 0,13 0,14 0,14 0,14 0.15 0,15 0,15 0,15 0,16 23 0,24 0,24 0,24 0,24 0,23 0,23 0,23 0,23 0,22
23 0,20 0,21 0,21 0,22 0,22 0,23 0,23 0,23 0,23 24 0,32 0,32 0,32 0,32 0,31 0,31 0,31 0,30 0,30
24 0,27 0,28 0,29 0,29 0,30 0,30 0,31 0,31 0,31 25 0,40 0,40 0,40 0,40 0,39 0,39 0,39 0,38 0,37
25 0,34 0,35 0,36 0,37 0,38 0,38 0,39 0,39 0,40 26 0,48 0,48 0,48 0,48 0,47 0,47 0,46 0,46 0,45
26 0,42 0,43 0,44 0,45 0,46 0,46 0,47 0,47 0,48 27 0,56 0,56 0,56 0,56 0,55 0,55 0,54 0,53 0,52
27 0,50 0,51 0,52 0,53 0,54 0,55 0,55 0,56 0,56 28 0,65 0,65 0,64 0,64 0,64 0,63 0,62 0,61 0,60
28 0,58 0,59 0,60 0,61 0,62 0,63 0,64 0,64 0,64 29 0,73 0,73 0,73 0,72 0,72 0,71 0,70 0,69 0,68
29 0,66 0,67 0,68 0,69 0,70 0,71 0,72 0,73 0,73 30 0,82 0,81 0,81 0,81 0,80 0,79 0,78 0,77 0,75
30 0,74 0,75 0,77 0,78 0,79 0,80 0,81 0,81 0,81 31 0,90 0,90 0,90 0,89 0,88 0,87 0,86 0,84 0,83
31 0,83 0,84 0,85 0,87 0,88 0,89 0,89 0,90 0,90 32 0,99 0,99 0,98 0,97 0,96 0,95 0,94 0,92 0,90
32 0,91 0,93 0,94 0,95 0,96 0,97 0,98 0,99 0,99 33 1,08 1,07 1,07 1,06 1,05 1,03 1,02 1,00 0,98
33 1,00 1,02 1,03 1,04 1,05 1,06 1,07 1,08 1,08 34 1,17 1,16 1,15 1,14 1,13 1,12 1,10 1,08 1,06
34 1,10 1,11 1,12 1,13 1,15 1,15 1,16 1,17 1,17 35 1,25 1,25 1,24 1,23 1,21 1,20 1,18 1,16 1,13
35 1,19 1,20 1,22 1,23 1,24 1,25 1,25 1,26 1,26 36 1,35 1,34 1,33 1,32 1,30 1,28 1,26 1,24 1,21
36 1,29 1,30 1,31 1,32 1,33 1,34 1,35 1,35 1,35 37 1,44 1,43 1,42 1,40 1,38 1,36 1,34 1,32 1,29
37 1,38 1,40 1,41 1,42 1,43 1,44 1,44 1,44 1,44 38 1,53 1,52 1,51 1,49 1,47 1,45 1,42 1,39 1,36
38 1,48 1,50 1,51 1,52 1,53 1,53 1,54 1,54 1,53 39 1,62 1,61 1,60 1,58 1,56 1,53 1,50 1,47 1,44
39 1,59 1,60 1,61 1,62 1,62 1,63 1,63 1,63 1,63 40 1,71 1,70 1,69 1,67 1,64 1,62 1,59 1,55 1,52
40 1,69 1,70 1,71 1,72 1,72 1,73 1,73 1,73 1,72

325
650 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 651

TABELA 1B - Correção da leitura do Brix densimétrico para a temperatura padrão de 20ºC TABELA 2 - Fator de correção da leitura sarimétrica para a temperatura padrão de 20º C

Sólidos Refratométricos Temperatura (°C) Fator


T (°C) 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 70 21 1,000255
Subtrair do Brix observado 22 1,000510
0 0,30 0,49 0,65 0,77 0,89 0,99 1,08 1,16 1,24 1,31 1,37 1,41 1,44 1,49 23 1,000765
5 0,63 0,47 0,56 0,65 0,73 0,80 0,86 0,91 0,97 1,01 1,05 1,08 1,10 1,14 24 1,001020
10 0,32 0,38 0,43 0,48 0,52 0,57 0,60 0,64 0,67 0,70 0,72 0,74 0,75 0,77 25 1,001275
11 0,31 0,35 0,40 0,44 0,48 0,51 0,55 0,58 0,60 0,63 0,65 0,66 0,68 0,70 26 1,001530
12 0,29 0,32 0,36 0,40 0,43 0,46 0,50 0,52 0,54 0,56 0,58 0,59 0,60 0,62 27 1,001785
13 0,26 0,29 0,32 0,35 0,38 0,41 0,44 0,46 0,48 0,49 0,51 0,52 0,53 0,54 28 1,002040
14 0,24 0,26 0,29 0,31 0,34 0,36 0,38 0,40 0,41 0,42 0,44 0,45 0,46 0,47 29 1,002295
15 0,20 0,22 0,24 0,26 0,28 0,30 0,32 0,33 0,34 0,36 0,36 0,37 0,38 0,39 30 1,002550
16 0,17 0,18 0,20 0,22 0,23 0,25 0,26 0,27 0,28 0,28 0,29 0,30 0,31 0,32
17 0,13 0,14 0,15 0,16 0,18 0,19 0,20 0,20 0,21 0,21 0,22 0,23 0,23 0,24 NOTA:
18 0,09 0,10 0,10 0,11 0,12 0,13 0,13 0,14 0,14 0,14 0,15 0,15 0,15 0,16 Para temperaturas não relacionadas acima, usar a fórmula:
19 0,05 0,05 0,05 0,06 0,06 0,06 0,07 0,07 0,07 0,07 0,08 0,08 0,08 0,08
Adicionar do Brix observado
α(20°) = αT [1 + 0,000255 ( T - 20 )]
21 0,04 0,05 0,06 0,06 0,06 0,07 0,07 0,07 0,07 0,08 0,08 0,08 0,08 0,09
22 0,10 0,10 0,11 0,12 0,12 0,13 0,14 0,14 0,14 0,15 0,16 0,16 0,16 0,16
TABELA 3 - Valor do fator de pol em função do Brix refratométrico
23 0,16 0,16 0,17 0,17 0,19 0,20 0,21 0,21 0,22 0,23 0,24 0,24 0,24 0,24
24 0,21 0,22 0,23 0,24 0,26 0,27 0,28 0,29 0,29 0,30 0,31 0,32 0,32 0,32
T (°C) 0 5 10 15 20
25 0,27 0,28 0,30 0,31 0,32 0,34 0,35 0,36 0,38 0,38 0,39 0,39 0,40 0,39
2,0 0,2587 7,0 0,2537 12,0 0,2487
26 0,33 0,34 0,36 0,37 0,40 0,40 0,42 0,44 0,46 0,47 0,47 0,48 0,48 0,48
2,1 0,2586 7,1 0,2536 12,1 0,2486
27 0,40 0,41 0,42 0,44 0,46 0,48 0,50 0,52 0,54 0,54 0,55 0,56 0,56 0,56
2,2 0,2585 7,2 0,2535 12,2 0,2485
28 0,46 0,47 0,49 0,51 0,54 0,56 0,58 0,60 0,61 0,62 0,63 0,64 0,64 0,64
2,3 0,2584 7,3 0,2534 12,3 0,2484
29 0,54 0,55 0,56 0,59 0,61 0,63 0,66 0,68 0,70 0,70 0,71 0,72 0,72 0,72
2,4 0,2583 7,4 0,2533 12,4 0,2483
30 0,61 0,62 0,63 0,66 0,68 0,70 0,73 0,76 0,78 0,78 0,79 0,80 0,80 0,81
2,5 0,2582 7,5 0,2532 12,5 0,2482
35 0,99 1,01 1,02 1,06 1,10 1,13 1,16 1,18 1,20 1,21 1,22 1,22 1,23 1,22
2,6 0,2581 7,6 0,2531 12,6 0,2481
40 1,42 1,45 1,47 1,51 1,54 1,57 1,62 1,62 1,64 1,65 1,65 1,65 1,66 1,65
2,7 0,2580 7,7 0,2530 12,7 0,2480
45 1,91 1,94 1,96 2,00 2,03 2,05 2,07 2,09 2,10 2,10 2,10 2,10 2,10 2,08
2,8 0,2579 7,8 0,2529 12,8 0,2479
50 2,46 2,48 2,50 2,53 2,56 2,57 2,58 2,59 2,59 2,58 2,58 2,57 2,56 2,52
2,9 0,2578 7,9 0,2528 12,9 0,2478
55 3,05 3,07 3,09 3,12 3,12 3,12 3,12 3,11 3,10 3,08 3,07 3,05 3,03 2,97
60 3,69 3,72 3,73 3,73 3,72 3,70 3,67 3,65 3,62 3,60 3,57 3,54 3,50 3,43
3,0 0,2577 8,0 0,2527 13,0 0,2477
65 4,40 4,40 4,40 4,40 4,40 4,40 4,30 4,20 4,20 4,10 4,10 4,00 4,00 3,90
3,1 0,2576 8,1 0,2526 13,1 0,2476
70 5,10 5,10 5,10 5,00 5,00 5,00 4,90 4,80 4,80 4,70 4,70 4,60 4,60 4,40
3,2 0,2575 8,2 0,2525 13,2 0,2475
75 6,10 6,00 6,00 5,80 5,80 5,80 5,70 5,60 5,50 5,40 5,40 5,30 5,20 5,00
3,3 0,2574 8,3 0,2524 13,3 0,2474
80 7,10 7,00 7,00 6,90 6,80 6,70 6,60 640 6,30 6,20 6,10 6,00 5,90 5,60
3,4 0,2573 8,4 0,2523 13,4 0,2473
3,5 0,2572 8,5 0,2522 13,5 0,2472
3,6 0,2571 8,6 0,2521 13,6 0,2471
3,7 0,2570 8,7 0,2520 13,7 0,2470

326
652 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 653

3,8 0,2569 8,8 0,2519 13,8 0,2469 17,7 0,2430 20,7 0,2401 23,7 0,2371
3,9 0,2568 8,9 0,2518 13,9 0,2468 17,8 0,2429 20,8 0,2400 23,8 0,2370
17,9 0,2428 20,9 0,2399 23,9 0,2369
4,0 0,2567 9,0 0,2517 14,0 0,2467
4,1 0,2566 9,1 0,2516 14,1 0,2466 18,0 0,2427 21,0 0,2398 24,0 0,2368
4,2 0,2565 9,2 0,2515 14,2 0,2465 18,1 0,2426 21,1 0,2397 24,1 0,2367
4,3 0,2564 9,3 0,2514 14,3 0,2464 18,2 0,2425 21,2 0,2396 24,2 0,2366
4,4 0,2563 9,4 0,2513 14,4 0,2463 18,3 0,2424 21,3 0,2395 24,3 0,2365
4,5 0,2562 9,5 0,2512 145 0,2462 18,4 0,2423 21,4 0,2394 24,4 0,2364
4,6 0,2561 9,6 0,2511 14,6 0,2461 18,5 0,2422 21,5 0,2393 24,5 0,2363
4,7 0,2560 9,7 0,2510 14,7 0,2460 18,6 0,2422 21,6 0,2392 24,6 0,2362
4,8 0,2559 9,8 0,2509 14,8 0,2459 18,7 0,2421 21,7 0,2391 24,7 0,2361
4,9 0,2558 9,9 0,2508 14,9 0,2458 18,8 0,2420 21,8 0,2390 24,8 0,2360
18,9 0,2419 21,9 0,2389 24,9 0,2359
5,0 0,2557 10,0 0,2507 15,0 0,2457
5,1 0,2556 10,1 0,2506 15,1 0,2456 19,0 0,2418 22,0 0,2388 25,0 0,2358
5,2 0,2555 10,2 0,2505 15,2 0,2455 19,1 0,2417 22,1 0,2387 25,1 0,2357
5,3 0,2554 10,3 0,2504 15,3 0,2454 19,2 0,2416 22,2 0,2386 25,2 0,2356
5,4 0,2553 10,4 0,2503 15,4 0,2453 19,3 0,2415 22,3 0,2385 25,3 0,2355
5,5 0,2552 10,5 0,2502 15,5 0,2452 19,4 0,2414 22,4 0,2384 25,4 0,2354
5,6 0,2551 10,6 0,2501 15,6 0,2451 19,5 0,2413 22,5 0,2383 25,5 0,2353
5,7 0,2550 10,7 0,2500 15,7 0,2450 19,6 0,2412 22,6 0,2382 25,6 0,2352
5,8 0,2549 10,8 0,2499 15,8 0,2449 19,7 0,2411 22,7 0,2381 25,7 0,2351
5,9 0,2548 10,9 0,2498 15,9 0,2448 19,8 0,2410 22,8 0,2380 25,8 0,2350
19,9 0,2409 22,9 0,2379 25,9 0,2349
6,0 0,2547 11,0 0,2497 16,0 0,2447
6,1 0,2546 11,1 0,2496 16,1 0,2446 NOTA:
6,2 0,2545 11,2 0,2495 16,2 0,2445
6,3 0,2544 11,3 0,2494 16,3 0,2444
Para valores do fator de pol em função do Brix refratométrico não relacionados acima, usar
6,4 0,2543 11,4 0,2493 16,4 0,2443
a fórmula:
6,5 0,2542 11,5 0,2492 16,5 0,2442
6,6 0,2541 11,6 0,2491 16,6 0,2441
26
6,7 0,2540 11,7 0,2490 16,7 0,2440 Fator =
99,718 × densidade relativa 20/20°C
6,8 0,2539 11,8 0,2489 16,8 0,2439
6,9 0,2538 11,9 0,2488 16,9 0,2438
17,0 0,2437 20,0 0,2408 23,0 0,2378
17,1 0,2436 20,1 0,2407 23,1 0,2377
17,2 0,2435 20,2 0,2406 23,2 0,2376
17,3 0,2434 20,3 0,2405 23,3 0,2375
17,4 0,2433 20,4 0,2404 23,4 0,2374
17,5 0,2432 20,5 0,2403 23,5 0,2373
17,6 0,2431 20,6 0,2402 23,6 0,2372

327
654 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 655

TABELA 4 - Brix, densidade aparente e massa específica aparente das soluções de açúcar .2 .00966 .01252 .2 .02970 .03262
a 20ºC .3 .01006 .01292 .3 .03011 .03303
.4 .01045 .01331 .4 .03052 .03344
Porcenta- Porcenta- .5 .01084 .01371 .5 .03093 .03385
Massa Massa
gem de Densidade gem de Densidade
específica à específica à .6 .01124 .01410 .6 .03133 .03426
sacarose em relativa a sacarose em relativa a
20°C 20°C .7 .01163 .01450 .7 .03174 .03467
peso 20°C/20°C(3) peso 20°C/20°C(3)
(g/mL)(2) (g/mL)(2)
(Brix)(1) (Brix)(1) .8 .01203 .01490 .8 .03215 .03508
0.0 0.99717 1.00000 5.0 1.01680 1.01968 .9 .01243 .01529 .9 .03256 .03549
.1 .99756 .00039 .1 .01719 .02008
.2 .99795 .00078 .2 .01759 .02048 4.0 1.01282 1.01569 9.0 1.03297 1.03590
.3 .99834 .00117 .3 .01799 .02088 .1 .01322 .01609 .1 .03338 .03631
.4 .99872 .00156 .4 .01839 .02128 .2 .01361 .01649 .2 .03379 .03672
.5 .99911 .00194 .5 .01879 .02168 .3 .01401 .01688 .3 .03420 .03713
.6 .99950 .00233 .6 .01919 .02208 .4 .01441 .01728 .4 .03461 .03755
.7 .99989 .00272 .7 .01959 .02248 .5 .01480 .01768 .5 .03503 .03796
.8 1.00028 .00312 .8 .01999 .02289 .6 .01520 .01808 .6 .03544 .03837
.9 .00067 .00351 .9 .02040 .02329 .7 .01560 .01848 .7 .03585 .03879
.8 .01600 .01888 .8 .03626 .03920
1.0 .00106 .00390 6.0 1.02080 1.02369 .9 .01640 .01928 .9 .03667 .03961
.1 .00145 .00429 .1 .02120 .02409
.2 .00184 .00468 .1 .02160 .02450 10.0 1.03709 1.04003 15.0 1.05811 1.06111
.3 .00223 .00507 .3 .02200 .02490 .1 .03750 .04044 .1 .05854 .06154
.4 .00261 .00546 .4 .02241 .02530 .2 .03791 .04086 .2 .05897 .06197
.5 .00300 .00585 .5 .02281 .02571 .3 .03833 .04127 .3 .05940 .06240
.6 .00339 .00624 .6 .02321 .02611 .4 .03874 .04169 .4 .05983 .06283
.7 .00378 .00663 .7 .02362 .02652 .5 .03916 .04210 .5 .06026 .06326
.8 .00417 .00702 .8 .02402 .02692 .6 .03957 .04252 .6 .06069 .06369
.9 .00456 .00741 .9 .02442 .02733 .7 .03999 .04293 .7 .06112 .06412
.8 1.04040 .04335 .8 .06155 .06455
2.0 1.00495 1.00780 7.0 1.02483 1.02773 .9 .04082 .04377 .9 .06198 .06499
.1 .00534 .00819 .1 .02523 .02814
.2 .00574 .00859 .2 .02564 .02854 11.0 1.04123 1.04418 16.0 1.06241 1.06542
.3 .00613 .00898 .3 .02604 .02895 .1 .04165 .04460 .1 1.06284 1.06585
.4 .00652 .00937 .4 .02645 .02936 .2 .04207 .04502 .2 .06327 .06629
.5 .00691 .00977 .5 .02685 .02976 .3 .04248 .04544 .3 .06370 .06672
.6 .00730 .01016 .6 .02726 .03017 .4 .04290 .04585 .4 .06414 .06715
.7 .00769 .01055 .7 .02766 .03058 .5 .04332 .04627 .5 .06457 .06759
.8 .00809 .01094 .8 .02807 .03098 .6 .04373 .04669 .6 .06500 .06802
.9 .00848 .01134 .9 .02848 .03139 .7 .04415 .04711 .7 .06544 .06845
.8 .04457 .04753 .8 .06587 .06889
3.0 .00887 .01173 8.0 1.02888 1.03180
.9 .04499 .04795 .9 .06630 .06933
.1 .00927 .01213 .1 .02929 .03221

328
656 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 657

.8 .08347 .08654 .8 .10620 .10934


12.0 1.04541 1.04837 17.0 1.06674 1.06976 .9 .08392 .08699 .9 .10667 .10980
.1 .04583 .04879 .1 .06717 .07020
.2 1.04625 1.04921 .2 1.06761 1.07063 21.0 1.08436 1.08744 26.0 1.10713 1.11027
.3 .04667 .04963 .3 .06804 .07107 .1 .08481 .08789 .1 .10759 .11073
.4 .04709 .05005 .4 .06848 .07151 .2 .08526 .08834 .2 .10806 .11120
.5 .04750 .05047 .5 .06991 .07194 .3 .08571 .08879 .3 .10852 .11166
.6 .04793 .05090 .6 .06935 .07238 .4 .08616 .08923 .4 .10899 .11213
.7 .04835 .05132 .7 .06978 .07282 .5 .08660 .08968 .5 .10945 .11260
.8 .04877 .05174 .8 .07022 .07325 .6 .08785 .09013 .6 .10992 .11306
.9 .04919 .05216 .9 .07066 .07369 .7 .08750 .09058 .7 .11038 .11353
.8 .08795 .09103 .8 .11085 .11400
13.0 1.04961 1.05259 18.0 1.07110 1.07413 .9 .08840 .09149 .9 .11131 .11447
.1 .05003 .05301 .1 .07153 .07457
.2 .05046 .05343 .2 .07197 .07501 22.0 1.08885 1.09194 27.0 1.11178 1.11493
.3 .05088 .05386 .3 .07241 .07545 .1 .08930 .09239 .1 .11225 .11540
.4 .05130 .05428 .4 .07285 .07589 .2 .08975 .09284 .2 1.11272 1.11587
.5 .05172 .05470 .5 .07329 .07633 .3 .09020 .09329 .3 .11318 .11634
.6 .05215 .05513 .6 .07373 .07677 .4 .09066 .09375 .4 .11365 .11681
.7 .05257 .05556 .7 .07417 .07721 .5 .09111 .09420 .5 .11412 .11728
.8 .05300 .05598 .8 .07461 .07765 .6 .09156 .09465 .6 .11459 .11775
.9 .05342 .05641 .9 .07505 .07809 .7 .09201 .09511 .7 .11506 .11822
.8 .09247 .09556 .8 .11553 .11869
14.0 1.05385 1.05683 19.0 1.07549 1.07853 .9 .09292 .09602 .9 .11600 .11916
.1 .05427 .05726 .1 .07593 .07898
.2 .05470 .05769 .2 .07637 .07942 23.0 1.09337 1.09647 28.0 1.11647 1.11963
.3 .05512 .05811 .3 .07681 .07986 .1 .09383 .09693 .1 .11694 .12010
.4 .05555 .05854 .4 .07725 .08030 .2 .09428 .09738 .2 .11741 .12058
.5 .05598 .05897 .5 .07769 .08075 .3 .09473 .09784 .3 .11788 .12105
.6 .05640 .05940 .6 .07814 .08119 .4 .09519 .09829 .4 .11835 .12152
.7 .05683 .05982 .7 .07858 .08164 .5 .09564 .09875 .5 .11882 .12199
.8 .05726 1.06025 .8 .07902 .08208 .6 .09610 .09921 .6 .11929 .12247
.9 .05768 .06068 .9 .07947 .08252 .7 .09656 .09666 .7 .11977 .12294
.8 .09701 .10012 .8 .12024 .12341
20.0 1.07991 1.08297 25.0 1.10251 1.10564 .9 .09747 .10058 .9 .12071 .12389
.1 .08035 .08342 .1 .10297 .10610
.2 .08080 .08386 .2 .10343 .10656 24.0 1.09792 1.10104 29.0 1.12119 1.12436
.3 .08124 .08431 .3 .10389 .10702 .1 .09838 .10149 .1 .12166 .12484
.4 .08169 .08475 .4 .10475 .10748 .2 .09884 .10195 .2 .12214 .12532
.5 .08213 .08520 .5 .10482 .10795 .3 .09930 1.10241 .3 .12261 .12579
.6 .08258 .08565 .6 .10528 .10841 .4 .09976 1.10287 .4 .12308 .12627
.7 .08302 .08609 .7 .10574 .10887 .5 .10021 .10333 .5 .12356 .12674

329
658 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 659

.6 .10067 .10379 .6 .12404 .12722 .4 .14236 .14560 .4 .16726 .17056


.7 .10113 .10425 .7 .12451 .12770 .5 .14285 .14609 .5 .16776 .17107
.8 .10159 .10471 .8 .12499 .12817 .6 .14334 .14658 .6 .16827 .17158
.9 .10205 .10517 .9 .12546 .12865 .7 .14383 .14708 .7 .16878 .17209
.8 .14432 .14757 .8 .16929 .17260
30.0 1.12594 1.12913 35.0 1.15024 1.15350 .9 .14481 .14806 .9 .16979 .17311
.1 .12642 .12961 .1 .15073 .15399
.2 .12690 .13009 .2 .15123 .15449 34.0 1.14530 1.14855 39.0 1.17030 1.17362
.3 .12737 .13057 .3 .15172 .15498 .1 .14580 .14904 .1 .17081 .17413
.4 .12785 .13105 .4 .15222 .15548 .2 .14629 .14954 .2 .17132 .17464
.5 .12733 .13153 .5 .15271 .15598 .3 .14678 .15003 .3 .17183 .17515
.6 .12881 .13201 .6 .15321 .15648 .4 .14727 .15052 .4 .17234 .17566
.7 .12929 .13249 .7 .15371 .15698 .5 .14776 .15102 .5 .17285 .17618
.8 .12977 .13297 .8 .15420 .15747 .6 .14826 .15151 .6 .17336 .17669
.9 .13025 .13345 .9 .15470 .15797 .7 .14875 .15201 .7 .17387 .17720
.8 .14925 .15250 .8 .17439 .17772
31.0 1.13073 1.13394 36.0 1.15520 1.15847 .9 .14974 .15300 .9 .17490 .17823
.1 .13121 .13442 .1 .15570 .15897
.2 .13169 .13490 .2 .15620 .15947 40.0 1.17541 1.17874 45.0 1.20151 1.20491
.3 .13217 .13538 .3 .15669 .15997 .1 593 926 .1 204 545
.4 .13266 .13587 .4 .15719 .16047 .2 644 977 .2 257 598
.5 .13314 .13635 .5 .15769 .16098 .3 695 1.18029 .3 311 651
.6 .13362 .13683 .6 .15819 .16148 .4 747 080 .4 364 705
.7 .13410 .13732 .7 .15869 .16198 .5 798 132 .5 417 758
.8 .13459 .13780 .8 .15919 .16480 .6 849 183 .6 470 812
.9 .13507 .13829 .9 .15970 .16298 .7 901 235 .7 524 865
.8 953 287 .8 577 919
32.0 1.13555 1.13877 37.0 1.16020 1.16349 .9 1.18004 339 .9 630 972
.1 .13604 .13926 .1 .16070 .16399
.2 1.13652 1.13974 .2 1.16120 1.16449 41.0 1.18056 1.18390 46.0 1.20684 1.21026
.3 .13701 .14023 .3 .16170 .16500 .1 107 442 .1 737 080
.4 .13749 .14072 .4 .16221 .16550 .2 159 494 .2 791 133
.5 .13798 .14120 .5 .16271 .16601 .3 211 546 .3 845 187
.6 .13846 .14169 .6 .16321 .16651 .4 263 598 .4 898 241
.7 .13895 .14218 .7 .16372 .16702 .5 314 650 .5 952 295
.8 .13944 .14267 .8 .16422 .16752 .6 356 702 .6 1.21006 349
.9 .13992 .14316 .9 .16473 .16803 .7 418 754 .7 059 402
.8 470 806 .8 113 456
33.0 1.14041 1.14364 38.0 1.16523 1.16853 .9 522 858 .9 167 510
.1 .14090 .14413 .1 .16574 .16904
.2 .14139 .14462 .2 .16624 .16955 42.0 1.18574 1.18910 47.0 1.21221 1.21564
.3 .14188 .14511 .3 .16675 .17006 .1 626 962 .1 275 618

330
660 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 661

.2 678 1.19014 .2 329 673 51.0 1.23406 1.23756 56.0 1.26222 1.26580
.3 730 062 .3 1.21383 1.21727 .1 461 811 .1 279 637
.4 782 119 .4 437 781 .2 517 867 .2 337 695
.5 835 171 .5 491 835 .3 572 922 .3 394 752
.6 887 224 .6 545 889 .4 628 978 .4 452 810
.7 939 276 .7 599 943 .5 683 1.24034 .5 509 868
.8 991 329 .8 653 998 .6 739 089 .6 566 925
.9 1.19044 381 .9 707 1.22052 .7 794 145 .7 624 983
.8 850 201 .8 682 1.27041
43.0 1.19096 1.19434 48.0 1.21761 1.22106 .9 906 257 .9 739 098
.1 148 486 .1 816 161
.2 201 539 .2 870 215 52.0 1.23962 1.24313 57.0 1.26797 1.27156
.3 253 591 .3 924 270 .1 1.24017 369 .1 854 214
.4 306 644 .4 979 324 .2 073 425 .2 912 272
.5 358 697 .5 1.22033 379 .3 1.24129 1.24481 .3 1.26970 1.27330
.6 411 749 .6 088 434 .4 185 537 .4 1.27028 388
.7 483 802 .7 142 488 .5 241 593 .5 086 446
.8 516 855 .8 197 543 .6 297 649 .6 143 504
.9 569 908 .9 251 598 .7 353 705 .7 201 562
.8 409 761 .8 259 620
44.0 1.19622 1.19961 49.0 1.22306 1.22652 .9 465 818 .9 317 678
.1 674 .20013 .1 360 707
.2 727 066 .2 415 762 53.0 1.24521 1.24874 58.0 1.27375 1.27736
.3 780 119 .3 470 817 .1 577 930 .1 433 794
.4 833 172 .4 525 872 .2 633 987 .2 492 853
.5 886 226 .5 580 927 .3 690 1.25043 .3 550 911
.6 939 279 .6 634 982 .4 746 099 .4 608 969
.7 992 332 .7 689 1.23037 .5 802 156 .5 664 1.28028
.8 1.20045 385 .8 744 092 .6 858 212 .6 724 086
.9 098 438 .9 799 147 .7 915 269 .7 782 145
.8 971 325 .8 841 203
50.0 1.22854 1.23202 55.0 1.25651 1.26007 .9 1.25028 382 .9 899 262
.1 909 257 .1 708 064
.2 964 313 .2 765 122 54.0 1.25084 1.25439 59.0 1.27958 1.28320
.3 1.23019 368 .3 822 179 .1 141 495 .1 1.28017 379
.4 074 423 .4 879 236 .2 197 552 .2 075 437
.5 130 478 .5 936 293 .3 254 609 .3 134 497
.6 185 534 .6 993 350 .4 311 666 .4 193 556
.7 240 589 .7 1.26050 408 .5 367 723 .5 251 614
.8 295 645 .8 108 465 .6 424 780 .6 309 672
.9 351 700 .9 165 522 .7 481 836 .7 367 731
.8 538 893 .8 426 893

331
662 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 663

.9 594 950 .9 485 849 .7 747 117 .7 805 183


.8 807 177 .8 867 245
60.0 1.28544 1.28908 65.0 1.31533 1.31905 .9 867 237 .9 930 309
.1 602 966 .1 594 966
.2 661 1.29025 .2 655 1.32088 64.0 1.30927 1.31297 69.0 1.33992 1.34371
.3 720 084 .3 716 089 .1 988 359 .1 1.34054 433
.4 779 143 .4 777 150 .2 1.31048 418 .2 116 495
.5 838 203 .5 837 210 .3 108 479 .3 179 558
.6 897 262 .6 898 271 .4 169 540 .4 241 621
.7 956 321 .7 959 332 .5 229 600 .5 304 684
.8 1.29015 380 .8 1.32019 393 .6 290 661 .6 366 746
.9 074 439 .9 081 455 .7 350 723 .7 429 809
.8 412 784 .8 491 871
61.0 1.29133 1.29498 66.0 1.32142 1.32516 .9 473 845 .9 554 934
.1 193 559 .1 203 577
.2 252 618 .2 264 638 70.0 1.34616 1.34997 75.0 1.37797 1.38187
.3 311 677 .3 325 699 .1 679 1.35060 .1 862 252
.4 370 736 .4 385 759 .2 742 123 .2 926 316
.5 430 796 .5 446 820 .3 805 186 .3 991 381
.6 489 855 .6 509 884 .4 867 248 .4 1.38055 445
.7 548 915 .7 570 945 .5 930 311 .5 119 1.38510
.8 608 975 .8 632 1.33007 .6 993 375 .6 184 575
.9 667 1.30034 .9 693 068 .7 1.35056 438 .7 249 640
.8 119 501 .8 314 705
62.0 1.29726 1.30093 67.0 1.32754 1.33129 .9 182 564 .9 379 770
.1 786 153 .1 816 192
.2 845 212 .2 878 254 71.0 1.35245 1.35627 76.0 1.38444 1.38835
.3 1.29905 1.30273 .3 1.32939 1.33315 .1 308 691 .1 510 902
.4 966 334 .4 1.33001 377 .2 371 754 .2 575 967
.5 1.30025 393 .5 062 438 .3 434 817 .3 640 1.39032
.6 085 453 .6 124 500 .4 498 881 .4 705 097
.7 145 513 .7 186 562 .5 561 944 .5 770 162
.8 205 573 .8 248 625 .6 625 1.36008 .6 835 228
.9 265 633 .9 309 686 .7 688 072 .7 900 293
.8 751 135 .8 965 358
63.0 1.30325 1.30694 68.0 1.33371 1.33748 .9 814 198 .9 1.39030 423
.1 385 754 .1 433 810
.2 446 815 .2 495 872 72.0 1.35877 1.36261 77.0 1.39096 1.39489
.3 506 875 .3 557 935 .1 940 324 .1 161 554
.4 566 936 .4 619 997 .2 1.36004 389 .2 225 619
.5 626 994 .5 681 1.34059 .3 1.36067 1.36452 .3 1.39291 1.39685
.6 686 1.31055 .6 743 121 .4 131 516 .4 356 750

332
664 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 665

.5 194 579 .5 422 816 .3 938 339 .3 330 741


.6 258 643 .6 488 882 .4 1.42005 406 .4 398 810
.7 322 707 .7 554 949 .5 072 474 .5 467 879
.8 385 771 .8 619 1.40014 .6 139 541 .6 536 949
.9 450 836 .9 685 080 .7 206 608 .7 605 1.46018
.8 273 675 .8 674 087
73.0 1.36514 1.36900 78.0 1.39751 1.40146 .9 340 742 .9 743 156
.1 578 964 .1 816 211
.2 642 1.37028 .2 882 277 82.0 1.42407 1.42810 87.0 1.45812 1.46225
.3 705 092 .3 948 344 .1 475 878 .1 881 294
.4 769 156 .4 1.40013 409 .2 543 946 .2 950 364
.5 833 220 .5 079 475 .3 1.42610 1.43013 .3 1.46019 1.46433
.6 896 283 .6 145 541 .4 677 080 .4 088 502
.7 960 347 .7 211 607 .5 744 148 .5 157 572
.8 1.37024 411 .8 277 674 .6 811 214 .6 227 641
.9 088 476 .9 343 740 .7 878 282 .7 296 710
.8 946 350 .8 365 780
74.0 1.37153 1.37541 79.0 1.40409 1.40806 .9 1.43013 417 .9 434 849
.1 217 605 .1 475 872
.2 281 669 .2 541 938 83.0 1.43081 1.43486 88.0 1.46504 1.46919
.3 345 733 .3 607 1.41005 .1 148 553 .1 573 989
.4 410 798 .4 674 072 .2 216 621 .2 643 1.47058
.5 475 864 .5 740 138 .3 283 688 .3 712 128
.6 539 928 .6 806 204 .4 351 756 .4 782 198
.7 604 993 .7 872 270 .5 419 824 .5 851 267
.8 668 1.38057 .8 939 337 .6 488 894 .6 921 337
.9 733 122 .9 1.41005 404 .7 555 961 .7 990 407
.8 623 1.44029 .8 1.47060 477
80.0 1.41072 1.41471 85.0 1.44439 1.44848 .9 691 097 .9 130 547
.1 138 537 .1 507 917
.2 204 603 .2 576 985 84.0 1.43758 1.44165 89.0 1.47199 1.47616
.3 271 670 .3 644 1.45054 .1 826 234 .1 269 686
.4 337 737 .4 712 123 .2 894 302 .2 339 756
.5 404 804 .5 781 191 .3 962 370 .3 409 826
.6 472 872 .6 849 260 .4 1.44030 438 .4 479 897
.7 537 937 .7 918 329 .5 098 507 .5 548 967
.8 604 1.42004 .8 989 397 .6 166 575 .6 618 1.48037
.9 671 072 .9 1.45055 466 .7 234 643 .7 688 107
.8 303 712 .8 758 177
81.0 1.41737 1.42138 86.0 1.45124 1.45535 .9 371 780 .9 828 247
.1 804 205 .1 192 604
.2 871 272 .2 261 673 90.0 1.47898 1.48317 93.0 1.50017 1.50442

333
666 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 667

.1 968 388 .1 088 513 TABELA 5 - Fatores de correção da leitura de condutividade para a temperatura de 20º C
.2 1.48039 458 .2 159 585
.3 109 529 .3 230 656 T (°C) Fator T (°C) Fator T (°C) Fator T (°C) Fator
.4 179 599 .4 302 728 15,0 1,1150 17,6 1,0552 20,2 0,9954 22,8 0,9356
.5 249 669 .5 373 799 15,1 1,1127 17,7 1,0529 20,3 0,9931 22,9 0,9333
.6 320 740 .6 444 871 15,2 1,1104 17,8 1,0506 20,4 0,9908 23,0 0,9310
.7 390 810 .7 516 942 15,3 1,1081 17,9 1,0483 20,5 09885 23,1 0,9287
.8 460 881 .8 1.50587 1.51014 15,4 1,1058 18,0 1,0460 20,6 0,9862 23,2 0,9264
.9 531 951 .9 659 086 15,5 1,1035 18,1 1,0437 20,7 0,9839 23,3 0,9241
15,6 1,1012 18,2 1,0414 20,8 0,9816 23,4 0,9218
91.0 1.48601 1.49022 94.0 1.50730 1.51157 15,7 1,0989 18,3 1,0391 20,9 0,9793 23,5 0,9195
.1 672 093 .1 802 229 15,8 1,0966 18,4 1,0368 21,0 0,9770 23,6 0,9172
.2 742 164 .2 873 301 15,9 1,0943 18,5 1,0345 21,1 0,9747 23,7 0,9149
.3 813 234 .3 945 372 16,0 1,0920 18,6 1,0322 21,2 0,9724 23,8 0,9126
.4 883 305 .4 1.51016 444 16,1 1,0897 18,7 1,0299 21,3 0,9701 23,9 0,9103
.5 954 376 .5 088 516 16,2 1,0874 18,8 1,0276 21,4 0,9678 24,0 0,9080
.6 1.49024 447 .6 160 588 16,3 1,0851 18,9 1,0253 21,5 0,9655 24,1 0,9057
.7 095 518 .7 231 660 16,4 1,0828 19,0 1,0230 21,6 0,9632 24,2 0,9034
.8 166 588 .8 303 732 16,5 1,0805 19,1 1,0207 21,7 0,9609 24,3 0,9011
.9 236 659 .9 375 804 16,6 1,0782 19,2 1,0184 21,8 0,9586 24,4 0,8988
16,7 1,0759 19,3 1,0161 21,9 0,9563 24,5 0,8965
92.0 1.49307 1.49730 95.0 1.51447 1.51876 16,8 1,0736 19,4 1,0138 22,0 0,9540 24,6 0,8942
.1 378 801 16,9 1,0713 19,5 1,0115 22,1 0,9517 24,7 0,8919
.2 449 872 17,0 1,0690 19,6 1,0092 22,2 0,9494 24,8 0,8896
.3 1.49520 1.49944 17,1 1,0667 19,7 1,0069 22,3 0,9471 24,9 0,8873
.4 591 1.50015 17,2 1,0644 19,8 1,0046 22,4 0,9448 25,0 0,8850
.5 662 086 17,3 1,0621 19,9 1,0023 22,5 0,9425
.6 733 157 17,4 1,0598 20,0 1,0000 22,6 0,9402
.7 804 228 17,5 1,0575 20,1 0,9977 22,7 0,9379
.8 875 299
.9 946 371

(1)
Brix ou porcentagem de sacarose na solução.
(2)
Massa específica aparente.
(3)
Densidade relativa a 20°C (obtida dividindo-se a coluna 2 pela massa específica da água a 20°C) igual a 0,99717.

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668 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 669

TABELA 6 - Massa específica reduzida.

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670 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 671

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672 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 673

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674 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 675

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676 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 677

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678 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 679

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680 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 681

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682 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 683

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684 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 685

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686 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 687

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688 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 689

TABELA 7 - Volume a 20ºC ocupado pela unidade de volume à temperatura observada.

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690 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 691

346
692 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 693

TABELA 8 - Teor alcóolico em ºINPM (%m/m) e GL (%v/v a 15ºC) em função das massas
específicas e densidades

347
694 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 695

348
696 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 697

Tabela 9 – Comparação de materiais insolúveis

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