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Laboratórios
Sucroalcooleiros
Celso Caldas
SUMÁRIO
01
Apresentação
Em 1998 vencemos um grande desafio que foi colocar à dis-posição do setor sucro-
alcooleiro nacional um manual de análises que contemplasse a grande maioria dos
Novo Manual para Laboratórios Sucroalcooleiros
Celso Silva Caldas controles analíticos realizados pelas usinas, destilarias e laboratórios do setor. Não
Abril de 2011 foi fácil agrupar tais análises e atualizá-las, buscando sempre uma linguagem aces-
sível aos analistas, não esquecendo os textos originais, ou seja, suas referências.
José Robério e Maria Rosa Lobo
Revisão
Passados mais de dez anos da publicação do Manual de Aná-lises Selecionadas
Estúdio Zero Pixel
para Indústria Sucroalcooleira perce-bemos a urgente necessidade de publicar
Capa, projeto gráfico e diagramação
uma nova edição daquele Manual, agora mais direcionado aos controles diários
das Unidades Produtoras.
Ficha Catalográfica
Assim, surge esta edição que preferimos chamá-la de Novo Manual para Labora-
L732m Caldas, C. S. tórios Sucroalcooleiros. Mudamos o nome porque neste Novo Manual foram re-
Novo Manual para Laboratórios Sucroalcooleiros Maceió. 1 ed. Maceió: Moura
Ramos, 2011. tirados alguns ca-pítulos existentes no primeiro, como por exemplo, os métodos
de análises de solos e fertilizantes, e, por outro lado, introduzidos capítulos novos
697 p. il. 17 x 25 cm.
como o que trata do atual sis-tema de pagamento de cana, além de novas metodo-
ISBN 978-85-62030-09-3 logias em praticamente todos os demais capítulos.
Atualização de: Manual de Análises Selecionadas para Indústrias Sucroalcoolei-
ras. 1. ed. Maceió: Gráfica Bom Conselho, 1998. v. 1000. 424 p. Esperamos que este Novo Manual tenha a mesma aceitação do primeiro e que con-
1.Química – Alagoas. 2. Indústrias. 3. Análises. I. Título. tinue contribuindo para o crescimento dos profissionais dos laboratórios das uni-
dades sucroalcoo-leiras, participando assim do avanço tecnológico das indús-trias
CDU – 913(813.5) do açúcar e do álcool no Brasil.
02
Sumário
Agradecimentos........................................................................................................................... 01
Introdução...................................................................................................................................... 02
Capítulo 03 - Moagem................................................................................................................ 05
Capítulo 04 - Caldos.................................................................................................................... 06
Capítulo 05 - Xarope.................................................................................................................... 07
Capítulo 07 - Méis......................................................................................................................... 09
Capítulo 08 - Licor........................................................................................................................ 10
Capítulo 09 - Açúcar.................................................................................................................... 11
Capítulo 10 - Torta........................................................................................................................ 12
Capítulo 12 - Mosto..................................................................................................................... 14
Capítulo 17 - Álcool..................................................................................................................... 19
03
Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais..................................................... 24
Capítulo 25 - Insumos................................................................................................................. 27
Bibliografia ..................................................................................................................................... 29
A toda equipe técnica da Central Analítica por sempre estar ao nosso lado e permitir,
graças à sua competên-cia, que possa realizar trabalhos como esta edição.
Ao sempre amigo José Robério Cavalcante da Silva pelo apoio e revisão de todas as
metodologias, inclusive na parte prática.
À querida amiga-irmã Maria Rosa Lobo pela edição e re-visão de todas as metodolo-
gias microbiológicas.
À esposa Abigail, aos filhos Amadeus e Aman e a toda família por sempre entenderem
os momentos de ausência quando estou no desenvolvimento de minhas atividades
profissionais.
04
Capítulo 01
Sistema de
Pagamento de
Cana
05
Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 11
Sumário
1.1 Introdução............................................................................................................................... 01
1.3.1 Amostragem...................................................................................... 04
Método de Cálculo.......................................................................... 13
Método da prensa........................................................................... 16
Método Tanimoto............................................................................ 17
06
12 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 13
1.1. Introdução IAA estabelecia o controle de preços em função da concorrência entre o Sudeste e Nordeste
e das relações conflituosas entre usineiros e fornecedores de cana. No caso específico da
A participação do Estado na agroindústria da cana-de-açúcar é histórica e vem desde sua comercialização da cana, a Lei 4071 de 15 de junho de 1962 regulamentava o pagamento
implantação no Brasil através das Capitanias Hereditárias, principalmente a de São Vicente e de cana de açúcar.
de Pernambuco, respectivamente pertencentes a Martim Afonso de Souza e Duarte Coelho.
Nesta relação entre Estado e agroindústria muitas foram as diretrizes publicadas através de
decretos e leis, sendo iniciadas em 17 de dezembro de 1548 com o Regimento do Provedor 1.2. O atual sistema de pagamento de cana
Mor da Fazenda do Brasil, no Governo Tomé de Souza. Dois fatos marcaram mais acentuada-
mente a participação do Estado na relação de comercialização da cana: a Independência do Em 1991 o Governo Federal iniciou a liberação dos preços do setor da agroindústria da cana-
Brasil em 1822 e a revolução tecnológica mundial em 1870. -de-açúcar através da lei Nº 8.178 de 01 de março, sendo esta liberação concluída 1998. Este
fato levou a formação de um grupo técnico formado por representantes da Organização de
Com a Independência, o setor industrial da cana-de-açúcar absorveu inovações tecnológicas Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (ORPLANA) e da União da Indústria da
importantes que possibilitou um considerável crescimento no parque fabril, trazendo me- Cana-de-açúcar (UNICA). Deste grupo nasceu o Conselho Estadual de Produtores de Cana-
lhores desempenhos e aumentando os lucros dos então engenhos de açúcar. Foi assim que -de-açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (CONSECANA-SP) que elaborou normas
no início do século XIX surgiram os engenhos movidos a vapor. Com a revolução tecnológica e passou a coordenar as relações comerciais entre os fornecedores de cana e os produtores
no mundo, desencadeada em meados de 1870, os proprietários de engenhos denominados de açúcar e álcool envolvendo preços e parâmetros de qualidade.
“senhores de engenho” e a alta aristocracia do império se voltaram para novas e mais mo-
dernas situações de progresso tecnológico. Um dos fatores de maior relevância foi às cons- Para implantação do novo sistema de pagamento de cana nenhuma das etapas dos proces-
truções de ferrovias que possibilitaram maior rapidez no transporte da cana para a indústria, sos de amostragem, preparo e análise da cana foi alterada, o que contribui demasiadamente
além da ampliação da área cultivada. para o sucesso e aceitação do modelo atual.
Outra questão de extrema importância para o crescimento do setor nesta fase da história foi No que se refere à parte química, a alteração se baseou na substituição do parâmetro saca-
à participação do agricultor no contexto industrial da cana, que coincide com a abolição da rose pelos açúcares totais recuperáveis (ATR), o que provocou no início da implantação do
escravidão em 1888. Nesta época, os engenhos já haviam incorporado todas as inovações sistema algumas confusões com o parâmetro açúcares redutores totais (ART). Embora este
tecnológicas do setor e com isto se inicia uma nova fase na indústria açucareira brasileira sistema já exista há mais de dez anos, é sempre bom esclarecer a diferença entre ART e ATR.
com o surgimento dos “Engenhos Centrais”, precursores das atuais Usinas de Açúcar. Surge O ART é um parâmetro que contempla os açúcares redutores (AR) - na cana os principais
assim na então província do Rio de Janeiro o primeiro Engenho Central do Brasil, denomina- são glicose e frutose - e mais a sacarose convertida também em glicose e frutose, já que ela
do Engenho Central de Quissamã. Nesse novo tipo de empreendimento havia parceria entre é um dissacarídeo e pode ser transformada nesses dois monossacarídeos. Este parâmetro
indústria processadora e fornecimento de matéria prima pelo agricultor, e começa uma rela- ART pode ser analisado no caldo, ou calculado a partir da pol (sacarose aparente) e dos AR
ção entre usineiro e fornecedor de cana, existente até os dias atuais. (glicose e frutose) encontrados no caldo. Já o ATR é um cálculo que contempla os ART e as
perdas industriais das unidades produtoras, sendo hoje estabelecidos diferentes valores por
Em um passado não tão recente, o Governo Federal na busca de conceder uma maior pro- regiões e estados da federação. No valor da tonelada de cana, além da quantidade de ATR,
teção ao setor açucareiro brasileiro diante de uma serie de fatores que dificultava sua par- são consideradas as participações da matéria-prima nos custos de produção de açúcar e
ticipação no mercado mundial, e ainda em função da crise mundial de 1929, cria em 1933 álcool e ainda os preços destes produtos nos mercados internos e externos.
o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) com objetivo de estabelecer regras de economia
dirigida a este setor produtivo. Essa fase se desenvolveu até março de 1990, quando o go- Observa-se que com o novo sistema de remuneração da cana há a necessidade da determi-
verno do então presidente Fernando Collor de Melo resolveu extinguir o IAA, transferindo nação dos açúcares redutores (AR), visto que no sistema de pagamento pelo teor de sacarose
algumas de suas atribuições a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR), onde o Estado isto não era necessário. Este fato poderia se tornar um empecilho considerando tempo e
permaneceu controlando apenas as diretrizes básicas do setor. Entre tantas outras ações, o dificuldades para realização desta análise. Felizmente, para solucionar este inconveniente foi
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14 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 15
elaborada uma equação de regressão relacionando os AR com as purezas dos caldos, sendo 1.3.1. Amostragem
obtida uma correlação de R2= 0,9484 para 314 dados. Nestes dados a pureza do caldo variou
de 69 a 93%, e a pol do caldo variou de 12,5 a 17,0%. Já que o Brix e a pol do caldo eram de- As coletas das amostras de cana nos caminhões serão feitas através de perfuração da carga,
terminados rotineiramente no antigo sistema não houve nenhuma dificuldade analítica na por sonda amostradora mecânica horizontal ou oblíqua, devendo estas estar situadas após a
implantação do cálculo a partir do ATR. balança de pesagem rodoviária, obedecendo aos seguintes critérios:
Por outro lado, a equação obtida para determinação do AR foi desenvolvida no estado de São • Para sonda amostradora mecânica horizontal serão retiradas amostras aleatórias sim-
Paulo e serviria apenas para implantação desse novo sistema. Cada estado deveria nos anos ples em 03 (três) pontos diferentes do carregamento, definidos por sorteio, que não
seguintes obter suas próprias equações dentro da realidade de suas variedades de cana; tipo poderão ter por coincidência o alinhamento vertical e/ou horizontal.
de solo; condições climáticas; etc. Atualmente já existem várias equações para determinação • Para sonda amostradora mecânica oblíqua serão retiradas até 02 (duas) amostras de
dos AR, sendo estas homologadas pelos CONSECANAS dos estados produtores. um mesmo local da carga.
• Em hipótese alguma poderá ser desobedecida a posição dos furos determinados no
Todas as considerações, inclusive de análises e fórmulas dos parâmetros de qualidade, estão sorteio.
mostradas nos itens a seguir. • O peso da amostra composta não poderá ser inferior a 10kg (dez quilogramas).
• É necessária que diariamente seja avaliada a situação da coroa dentada da sonda.
Quando esta apresentar baixa eficiência de corte (esmagamento da amostra) deverá
1.3. Parâmetros Tecnológicos ser trocada ou receber manutenção.
• A amostra coletada tem um prazo máximo de 06 (seis) horas para ser desintegrada
NOTAS: na forrageira. Decorrido este tempo a amostra deverá ser desprezada e considerada
Para efeito das análises dos parâmetros tecnológicos do sistema de pagamento de cana, “não analisada”.
alguns pontos devem ser rigorosamente observados, uma vez que fazem parte dos Manuais
de Normas e Procedimentos dos CONSECANAS dos vários estados e regiões produtoras de 1.3.2. Preparação da Amostra
cana-de-açúcar.
Uma vez coletadas as amostras, estas devem ser preparadas para análises. Este preparo é
Alguns desses itens são comuns a praticamente todos os CONSECANAS e, portanto estão realizado em desintegradores (forrageiras) que atendam as especificações técnicas dos fa-
citados a seguir: bricantes. O desintegrador deverá estar em perfeitas condições e possuir, no mínimo, um
jogo de facas, de contra-facas e de martelos para reposição. Esses equipamentos têm suas
• A temperatura da sala de análise do laboratório de pagamento de cana deverá estar performances avaliadas através da determinação do índice de preparo.
no intervalo de 18ºC a 25ºC.
• Os equipamentos do laboratório deverão ser aferidos no mínimo a cada turno e even- DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE PREPARO
tualmente quando houver necessidade por dúvidas nos resultados analíticos.
• A rede elétrica do laboratório deve estar dimensionada de modo a atender as especi- Técnica
ficações originais dos fabricantes de todos os equipamentos à plena carga operacio- • Desintegrar, no equipamento a ser avaliado, uma amostra de cana obtida em sonda
nal e possuir sistema de aterramento específico. Não deverão ser usadas extensões amostradora horizontal ou oblíqua;
em tomadas, a fim de evitar interferências nos equipamentos. • Homogeneizar a amostra desintegrada de forma manual ou usando betoneira;
• Os reagentes devem ser de qualidade p.a. (pró-análise) e de origem comprovada. • Transferir 500g desta amostra para o copo do extrator, também conhecido como di-
gestor;
• Adicionar 2.000mL de água destilada;
• Ligar e manter o digestor em agitação durante 15min;
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16 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 17
• Resfriar e filtrar o extrato obtido em funil de tela de filtro rotativo usado na fabricação ser prensada e obtido o caldo. Decorrido este tempo a amostra deverá ser desprezada
do açúcar ou em algodão; e considerada “não analisada”.
• Clarificar, com sub-acetato de chumbo seco, octapol ou mistura clarificante à base de
alumínio, uma alíquota de 200mL do extrato filtrado e efetuar a leitura sacarimétrica 1.3.3. Extração do Caldo e Determinação do PBU
(L1);
• Transferir para os recipientes do aparelho de índice de preparo, também conhecido Técnica
como open cell, mais duas sub-amostras de 500g da mesma amostra preparada e • Pesar 500g da amostra preparada em balança analítica com legibilidade de até 0,5g e
homogeneizada; transferir para o cilindro da prensa, com auxílio de um pincel
• Adicionar a cada recipiente, 2.000mL de água destilada, ligar e manter o aparelho em • Prensar a amostra na prensa hidráulica durante 1 minuto a 250 Kgf/cm2 e coletar o
agitação por 15min; caldo em copo plástico, que servirá para as análises dos parâmetros tecnológicos do
• Clarificar, com sub-acetato de chumbo seco, octapol ou mistura clarificante à base de caldo
alumínio, uma alíquota de 200mL dos dois recipientes do aparelho; • Retirar o bolo úmido (bagaço prensado) e transferir para uma bacia plástica, pesar em
• Efetuar as leituras sacarimétricas das duas alíquotas clarificadas e calcular a leitura balança de precisão, anotando como PBU
média (Lm).
NOTAS:
Cálculos • O manômetro da prensa hidráulica deverá ser devidamente calibrado a cada safra por
empresa credenciada, para que a pressão sobre a amostra seja de 250 kg/cm2, cor-
respondente a 24,5 MPa (vinte e quatro e cinco décimo de megapascal). Recomenda-
Indice de Preparo = Lm x 100
L1 -se que as unidades possuem em seus laboratórios “células de carga” indicadas para
aferições diárias das prensas.
Onde: • Após a extração, o caldo terá um tempo máximo de 30min para realização das análi-
Lm Média das leituras sacarimétricas dos extratos obtidos com o aparelho para ses. Decorrido este tempo a amostra deverá ser desprezada e considerada não ana-
determinação do IP (open cell) lisada.
L1 Leitura sacarimétrica do extrato obtido com o extrator (digestor)
1.3.4 Brix % Caldo
NOTAS:
• Alguns CONSECANAS estabelecem valores para o índice de preparo das forrageiras, Determinação da percentagem de sólidos dissolvidos em solução, expressa em graus Brix,
estando estes entre 85 e 90%. por refratometria.
• A amostra desintegrada deverá ser colocada em uma lona para que seja efetuada sua
homogeneização. Algumas normas estabelecem que a cana disposta nesta lona deva Técnica
formar uma camada com altura máxima de até 20cm, onde se fará a coleta de aproxi- Filtrar cerca de 50mL da amostra em algodão, desprezando os primeiros filtrados;
madamente 5L de amostra em no mínimo 6 pontos distintos e aleatórios. Em seguida • Limpar os prismas do refratômetro com água destilada e enxugar com papel absor-
a amostra deverá ser encaminhada ao laboratório. A homogeneização das amostras vente;
também poderá ser feita através de uma betoneira. • Colocar algumas gotas da amostra entre os prismas do refratômetro e fazer a leitura
• Um fato de extrema importância para a desintegração das amostras é a posição da do Brix.
contra-faca do desintegrador que deverá estar regulada a uma distância de 2 ± 0,5mm
(dois milímetros, mais ou menos, meio milímetro). As facas e as contra-facas deverão OBSERVAÇÃO:
estar sempre afiadas, não devendo apresentar bordas onduladas e arredondadas. Caso o refratômetro não seja equipado com compensador automático de temperatura, me-
• Após a amostra ser preparada, ou seja, passada na forrageira terá, no máximo, 1h para dir a temperatura da solução e consultar a tabela 1A.
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18 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 19
Brix % caldo = leitura do refratômetro Determinação da concentração de sacarose aparente expressa em percentagem, por pola-
rização.
NOTA:
São recomendados pelos Conselhos de Pagamento de Cana que sejam feitos Testes de Line- Reagentes e soluções
aridade do refratômetro. Estabelece-se que a “saída da linearidade” sobre qualquer parte da
faixa até 30ºBrix, não deverá exceder a mais ou menos 0,1ºBrix. NOTA:
Em algumas regiões do Brasil não é mais permitida à utilização do sub-acetato de chumbo
Técnica do teste de linearidade para refratômetro seco, sendo somente recomendados para clarificação do caldo a mistura clarificante e o oc-
• Preparar soluções padrões de sacarose, respeitando intervalos de 10ºBrix e cobrindo a tapol. Diante desta situação, citamos os preparos destes três reagentes.
faixa de 0º a 30ºBrix. Podem ser as seguintes concentrações: 0, 10, 20 e 30ºBrix.
• Efetuar 5 (cinco) leituras de cada solução Subacetato de chumbo seco, em pó: O sub-acetato de chumbo em pó a ser usado na clari-
• Calcular a média das 5 (cinco) leituras de cada solução e comparar com o valor em ficação do caldo deverá possuir as seguintes especificações:
ºBrix esperado, para cada solução, interpolando linearmente os extremos da faixa
• Chumbo total (como PbO) mínimo 75g/100g
Exemplo • Chumbo básico (como PbO) mínimo 33g/100g
• Aparelho: refratômetro • Perda por secagem (2 horas a 105ºC) máximo 1,5g/100g
• Solução: 10ºBrix • Material insolúvel em água máximo 2,0g/100g
• Leituras: 10,1; 10,2; 10,0; 10,1; 10,0ºBrix • Material insolúvel em ácido acético máximo 0,05g/100g
• Média das leituras: 10,1ºBrix • Cloreto (como Cl) máximo 0,0005g/100g
• Valor esperado: média entre o maior e o menor valor = (10,0 + 10,2)/2 = 10,1ºBrix • Substâncias não precipitadas por H2S máximo 0,03g/100g
• Calcular a média das diferenças e comparar com o valor especificado de, mais ou me- • Cobre (como Cu) máximo 0,005g/100g
nos, 0,10ºBrix • Ferro (como Fe) máximo 0,005 g/100g
• Nitrato (como NO3) para o teste limite máximo 0,003 g/100g
A linearidade esperada é a seguinte: • Granulometria:
75% devem passar pela peneira 115 mesh tyler
N° Leitura - Interpolação = Diferença 100% devem passar pela peneira 35 mesh tyler
1 10,1 - 10,1 = 0,0
2 10,2 - 10,1 = 0,1 A análise química e granulométrica do sub-acetato de chumbo em pó deve obedecer aos
3 10,0 - 10,1 = -0,1 procedimentos descritos em:
4 10,1 - 10,1 = 0,0
5 10,0 - 10,1 = -0,1 • Scheneider, F. (ed) “Sugar Analysis ICUMSA Methods”. ICUMSA, 1979 – 265 p.
Média -0,02º • Clayton, J.L. “System of Cane Sugar Factory Control”, 3ª ed., Brishane, ISSCT, 1971,
p.61.
• Repetir o procedimento para as outras faixas de Brix
Quando for utilizado este reagente, a relação mínima deve ser de 1,5g/100mL de caldo, po-
dendo ser utilizado o agitador eletromagnético por 30seg e/ou mixer para homogeneização
do clarificante.
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20 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 21
Mistura clarificante: Outro procedimento para clarificação do caldo é a utilização da mistura Técnica
clarificante que é preparada à base de alumínio. A quantidade recomendada desta mistura • Tomar cerca de 200mL da amostra
para clarificação do caldo deve ser no mínimo 6g/100mL de caldo. Os componentes para • Clarificar o caldo de acordo com as recomendações do clarificante
elaboração desta mistura são: • Filtrar em papel de filtro sobre o funil
• Fazer a leitura sacarimétrica em tubo de 200mm e anotar a temperatura da solução
• Cloreto de alumínio hexa-hidratado p.a (pró-análise) com pureza igual ou maior de • Na tabela 2, encontrar o fator de correção de temperatura
90% • Com auxílio do Brix, encontrar na tabela 3 o fator de polarização
• Hidróxido de cálcio p.a (pró-análise) ou pureza igual com maior de 95%
• Auxiliar de filtração: Como este produto não interfere nas reações de clarificação do Cálculos
caldo pode ser usado os seguintes produtos:
• Celite nuclear 545 Pol%caldo = Ls × Ft × Fp
• Celite Hyflo Supercel
• Perfiltro 443 Onde:
• Fluitec M10 e M30 Ls Leitura sacarimétrica da amostra clarificada à base de sub-acetato de chumbo
Ft Fator de correção da temperatura (Tabela 2)
Para utilização desta mistura os componentes devem ser homogeneizados na proporção de Fp Fator de polarização (Tabela 3)
1:2:4, respectivamente, hidróxido de cálcio; cloreto de alumínio hexa-hidratado e auxiliar de
filtração. Considerando o preparo de 1000g do auxiliar de filtração pesar e homogeneizar as NOTAS:
seguintes quantidades: A correção da temperatura também poderá ser feita pela expressão:
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22 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 23
leitura sacarimétrica à base de octapol para leituras equivalentes à base de subacetato de -se, neste caso, o valor da leitura sacarimétrica por 2 (dois)
chumbo serão feitas pelas expressões:
São recomendados pelos Conselhos de Pagamento de Cana que sejam feitos Testes de Line-
Clarificação com mistura clarificante à base de alumínio aridade do sacarímetro. Estabelece-se que a “saída da linearidade” sobre qualquer parte da
LPb = 1,00621 × LAl + 0,05117 faixa até 100ºZ, não deve exceder, mais ou menos, 0,03ºZ.
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24 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 25
N° Leitura - Interpolação = Diferença Determinação da pureza do caldo expressa em percentagem, através de cálculos.
1 25,01 - 25,03 = -0,02
2 25,01 - 25,03 = -0,02 Cálculos
3 25,02 - 25,03 = -0,01
4 25,02 - 25,03 = -0,01 (pol%caldo)
Pureza%caldo = x 100
(Brix%caldo)
5 25,04 - 25,03 = +0,01
Média -0,01º
1.3.7 Açúcares Redutores % Caldo
• Repetir o procedimento para as demais soluções
Determinação da concentração, em percentagem volume e percentagem peso, de açúcares
Algumas literaturas citam um teste de consistência a partir da leitura sacarimétrica esperada redutores utilizando os métodos Eynon-Lane e calculado, de acordo com manuais do CON-
realizada em tubos de 200mm, utilizando uma equação de regressão. O valor da leitura sa- SECANA.
carimétrica obtido não deve diferir mais do que 5oS. Estas equações não podem substituir
as análises convencionais e servem apenas para avaliação dos laboratórios ou para validar NOTA:
dados digitados. No capítulo 04 – Caldo está citado o método de determinação de AR por Somogy-Nelson
Solução indicadora de azul de metileno a 1%: Pesar 1g de azul de metileno e transferir para
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26 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 27
balão volumétrico de 100mL com, aproximadamente, 60mL de água destilada. Dissolver e deverá ser adicionado; caso contrário, se o gasto for maior, a solução estará concen-
completar o volume e agitar. Transferir esta solução para frasco conta-gotas. trada e deverá ser diluída com água destilada;
• O fator de correção do licor de Fehling será calculado pela fórmula:
Solução de EDTA a 4%: Pesar 20g de EDTA e transferir para balão volumétrico de 500mL,
com água destilada. Solubilizar e completar o volume. Armazenar em frasco âmbar, com (25,64)
F=
tampa rosqueável. V
Solução A, de Fehling: Pesar 69,5g de sulfato de cobre pentahidratado p.a. e transferir para
balão volumétrico de 1.000mL. Adicionar, aproximadamente, 500mL de água destilada e dis- Onde:
solver o sal. Completar o volume e homogeneizar. Armazenar em frasco âmbar, com tampa F Fator do licor de Fehling;
rosqueável. V Volume gasto (mL).
Solução B, de Fehling: Pesar 346g de tartarato de sódio e potássio, em béquer de 1.000mL. NOTAS:
Adicionar, aproximadamente, 350mL de água destilada e dissolver o sal. Pesar 100g de hidró- • Um fator aceitável deverá estar entre 0,9975 a 1,0025. Recomenda-se conferir pelo
xido de sódio em béquer de 600mL. Adicionar, aproximadamente, 250mL de água destilada menos uma vez por semana.
e dissolvê-lo mantendo o béquer em banho de água corrente. Transferir, quantitativamente, • Outras concentrações da solução de açúcares invertidos podem sem usadas, mudan-
as duas soluções para balão volumétrico de 1.000mL. Resfriar até à temperatura ambiente, do os valores da fórmula do fator de correção.
homogeneizar e completar o volume. Armazenar em frasco âmbar, com tampa rosqueável.
Técnica
NOTA IMPORTANTE: • Filtrar a amostra de caldo em algodão para eliminar as partículas em suspensão;
Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação, • Diluir a amostra, em volume ou em peso, visando a consumir na titulação um volume
como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro- em torno de 35mL, de maneira a reduzir os erros de análise;
cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus • No quadro a seguir, indicam as diluições que podem ser realizadas;
respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás- • A quantidade de EDTA deve ser adicionada antes de completar o volume a 100mL.
sicos das análises titrimétricas.
Volume do Caldo Volume do EDTA Fator de Diluição
Padronização do licor de Fehling 10 2 10
• Transferir, com o auxílio de pipetas volumétricas, para erlenmayer de 250mL, 5mL da 20 4 5
solução de Fehling B e 5mL da solução de Fehling A; 25 5 4
• Colocar algumas pérolas de vidro no erlenmayer; 50 10 2
• Encher a bureta de Mohr, de 50mL, com a solução de açúcar invertido a 0,2%;
• Aquecer a mistura até atingir a ebulição e cronometrar, exatamente, 2 minutos, man- • Transferir, com auxílio de pipetas volumétricas para Erlenmeyer de 250 mL, 5 mL da
tendo o líquido em ebulição constante; solução de Fehling B e 5mL da solução de Fehling A;
• Adicionar 3 a 4 gotas da solução de azul de metileno; • Colocar algumas pérolas de vidro;
• Continuar a titulação, adicionando, gota a gota, a solução contida na bureta, até com- • Transferir para a bureta 15 mL da solução e aquecer a mistura até a ebulição que deve
pleta eliminação da cor azul; o tempo total, desde o início da bulição até o final da ser conseguido em 2min e 30seg;
titulação deve ser de 3 minutos; • Se não ocorrer mudança de cor na solução, indicando que o licor de
• Anotar o volume gasto (V); • Fehling não foi reduzido, deve-se adicionar mais solução da bureta até que a cor ori-
• Confirmar o resultado repetindo a titulação; ginal desapareça, tornando-se a mistura de cor vermelho tijolo;
• Se o volume gasto for menor que 25,64mL, a solução de cobre estará diluída e mais sal • Anotar o volume gasto (V), como valor aproximado da titulação;
14
28 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 29
(((f×t)))
AR = Acucares Redutores%caldo = 3,3459 - 0,02871 × Pureza%caldo
((V×me) )
Onde: NOTA:
B Brix % caldo, válido entre 9 e 23 No capítulo 04 – Caldos, estão citados os métodos de determinação de ART por Eynon-Lane
t Fator que considera a influência da sacarose na análise, dado por: e Somogy-Nelson
Onde: Cálculos
LPb Leitura sacarimétrica do caldo
V Volume gasto corrigido Açúcares Redutores Totais%caldo = Pol%caldo × 1,0526+AR
Onde: Determinação da fibra % cana através do método da prensa usando o peso do bolo úmido
t = 5,2096 - 0,2625 S 1/3
(PBU) e do método de secagem chamado Tanimoto.
15
30 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 31
Técnica Onde:
• Homogeneizar perfeitamente a amostra de cana desfibrada pela forrageira; C = 1,0313 - 0,00575 × Fibra%cana ou C = 1,02626 - 0,00046 × PBU
• Pesar exatamente 100g em balança semi-analítica;
• Prensar em prensa hidráulica durante 1min, estando esta calibrada para uma pressão NOTA:
de 250kgf/cm2/min; Alguns autores e Unidades Industriais NÃO utilizam o fator “C” para determinação do Brix %
• Pesar o bagaço em balança semi-analítica chamando o resultado de peso do bolo Cana. Outros entendem que, uma vez sendo a pol % cana calculada com uso dos fatores de
úmido (PBU); fibra e “C”, o Brix % Cana deve também ser assim calculado.
• Levar o PBU para estufa de secagem com circulação de ar forçada e deixar até peso
constante, estando esta ajustada para 105–110ºC. Este tempo é em média de 6h, mas
depende totalmente das amostras de cana analisadas, ou seja, da quantidade de cal-
16
32 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 01 - Sistema de Pagamento de Cana 33
Determinação da pol % cana por cálculos Determinação dos açúcares redutores totais (ART) na cana por cálculos.
Cálculos Cálculos
NOTA: Como ilustração, para o estado de Alagoas na safra 2010/2011 foi considerada uma perda
Desde que nos cálculos da Pol % Cana e Brix % Cana sejam utilizados os mesmos fatores, ou industrial de 11%, ficando assim a fórmula dos açúcares totais recuperáveis em Kg/t cana:
seja, de fibra e o fator “C”, a pureza % da cana se torna a mesma pureza % caldo.
ATR = (PC × 9,3681) + (AR × 8,9)
1.3.13 Açúcares Redutores % Cana
Cálculos
17
Capítulo 02
Qualidade da
Matéria Prima
18
Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 37
Sumário
2.1 Introdução............................................................................................................................... 01
2.3.1 Amostragem...................................................................................................... 02
2.4.1 Amostragem...................................................................................................... 02
2.5.1 Amostragem...................................................................................................... 02
Análise do solo............................................................................................ 00
Amostragem................................................................................................ 00
Determinação da umidade..................................................................... 00
Amostragem................................................................................................ 00
19
38 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 39
Neste Novo Manual, além de metodologias tradicionais, outras também de grande relevância
foram introduzidas. A importância destes controles é tão evidente nas fábricas que algumas
metodologias menos precisas já não são encontradas com facilidades, sendo substituídas
pelos métodos mais complexos, porém mais fidedignos, como é o caso das determinações
de impurezas na cana.
Uma questão ainda é bastante discutida nos dias atuais: os procedimentos das amostragens
para realização destes controles. Em muitas situações os procedimentos são questionados
e colocam em cheque a confiabilidade dos resultados obtidos. É importante considerar que
quando um resultado analítico é colocado em dúvida os prejuízos são muitos, não somente
materiais, mas, sobretudo e principalmente, os incômodos da falta de confiança no labora-
tório como um todo, ou seja, nos equipamentos e na equipe técnica. Este fato nos obrigou
a citar nos inícios das metodologias deste capítulo orientações para amostragens, visto que
são específicas para cada controle realizado.
20
40 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 41
NOTA: Os resultados devem ser enviados aos departamentos agrícolas para avaliações. Com relação
Esta avaliação pode ser realizada no campo usando refratômetros de campo (portátil). a esses resultados um fato deve ser considerado: a comparação desses resultados com os ob-
tidos nas canas dos caminhões transportadores deve ter restrições em função das diferentes
Cálculos quantidades de impurezas.
21
42 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 43
do bastante atrativo. Com relação à quantificação da impureza mineral temos as seguintes PV Peso da parcela vegetal
considerações:
• Na parcela da impureza mineral pode-se determinar a umidade para minimizar as Cálculos
interferências de água e caldo contidos nesta amostra, visto que são quantificados
como impureza; PTME Peso total de matéria estranha
• Ainda na parcela da impureza mineral podem-se determinar diretamente as cinzas
através da calcinação da amostra peneirada. Neste caso o método se torna bem mais PTME = PMU + PV
atrativo e confiável, embora a freqüência de amostragem fique comprometida.
% MET Percentual de matéria estranha total
Técnica
• Anotar todas as informações necessárias correspondentes ao carregamento da cana,
como por exemplo, fazenda, talhão, et cana;
%MET = ( PMTE
PTA )
x 100
• Toda amostra deverá ser transferida para uma lona preta para separação da cana de-
nominada “limpa” das impurezas mineral e vegetal; % MEV Percentual de matéria estranha vegetal
• Com auxílio de uma escova de nylon, ou mesmo com um pincel largo, limpar cuidado-
samente todos os toletes de cana, que deverão ser separados em balde de plástico. As
palhas agregadas a estes toletes também devem ser removidas e juntadas as demais.
%MEV = ( PTA
PV
) x 100
• O material mineral e vegetal separado da “cana limpa” deverá ser peneirado em uma
peneira com 2mm de abertura. O material peneirado (parcela mineral) deverá ser re- OBSERVAÇÃO:
colhido numa bacia plástica. A parcela retida corresponde à matéria estranha vegetal Pode-se também calcular a % MET da seguinte forma:
• Ambos os materiais, mineral e vegetal, devem ser pesados e seus pesos anotados no
formulário. Designar, para efeito de cálculo, a parcela mineral úmida de (PMU), e a par- %MET=%MEM+%MEV
cela vegetal de (PV). Estes pesos somados fornecem o peso total de matéria estranha
(PTME), e devem ser expressos em gramas; Exemplo
• Após pesado, o material vegetal (palhas) pode ser descartado, enquanto o material Cálculo dos percentuais de matéria estranha
mineral servirá para determinação da umidade ou calcinado para determinar as cin- Peso total da amostra PTA = 7.100g
zas, ou seja, as impurezas minerais. Peso da parcela mineral úmida PMU = 138,0g
Peso da parcela vegetal PV = 560,1g
Para efeito de cálculo das percentagens de matéria estranha (mineral, vegetal e total), consi-
derar a seguinte nomenclatura: PTME Peso total de matéria estranha
PTA Peso total da amostra PTME = PMU + PV PTME =138,0 + 560,1 = 698,1g
PTME Peso total de matéria estranha
PMU Peso da parcela mineral úmida
22
44 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 45
MATÉRIA ESTRANHA MINERAL Caso a quantidade de amostra seja grande, pesar apenas 100g e prosseguir a análise. Neste
caso, nos cálculos da umidade considerar como PMU o valor 100g
Cálculos
% MEM Percentual de matéria estranha mineral • Levar este vidro de relógio contendo o material mineral à estufa durante 3h, estando
esta a 100-105 °C;
%MEM = ( PMU
PTA )
x 100 %MEM = ( 138,0
7100 )
x 100 = 1,94% • Após o tempo estabelecido, o vidro de relógio com a amostra seca é imediatamente
pesado, e seu peso, em gramas, anotado como (P2). Este peso junto com o (P1) e o
peso da parcela mineral úmida (PMU), servirá para determinação da percentagem de
umidade da matéria estranha mineral (% UMEM).
Cálculos
% MET Percentual de matéria estranha total
%UMEM =
[ (P1 - P2)
PMU ] x 100
Exemplo
%MET = ( PMTE
PTA ) x 100 %MET = ( 698,1
7100 ) x 100 = 9,83% Cálculo da umidade na matéria estranha mineral
Peso do vidro de relógio tarado + amostra mineral úmida P1 = 148g
Peso do vidro de relógio tarado + amostra mineral seca P2 = 110g
OBSERVAÇÃO:
Pode-se também calcular a % MET da seguinte forma: % UMEM Percentual de umidade da matéria estranha mineral
%MET=%MEM+%MEV %MET=1,94+7,98=9,83%
%UMEM =
[ 148 - 110
138 ]
x 100 = 27,53%
NOTA:
23
46 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 47
Exemplo Técnica
Cálculo do percentual de impureza mineral • Homogeneizar bem as sub-amostras de todos os carregamentos das áreas selecio-
nadas, já trituradas na forrageira, e obter uma amostra composta que servirá para
% IM = 1,94 x 0,01 x 27,53 análise;
% IM = 0,534 % • Da amostra composta triturada e homogeneizada, pesar exatamente 50,000g em
balança analítica, usando uma cápsula de porcelana previamente tarada em mufla a
CINZAS NA PARCELA MINERAL 550ºC por 30 minutos;
• Levar a cápsula mais a amostra triturada para a mufla, e quando esta atingir a tem-
Técnica peratura de 800ºC deixar permanecer por 2h. Atingido o tempo, desligar a mufla e
• Da amostra peneirada, pesar exatamente 50,000g em balança analítica, usando uma esperar que a temperatura chegue a 150ºC. Neste momento, retirar a cápsula com a
cápsula de porcelana previamente tarada em mufla a 550ºC por 30minutos e prosse- amostra incinerada e transferir para um dessecador por 30 minutos;
guir a técnica conforme citada no próximo item, determinação de impureza mineral • Após este tempo, pesar a cápsula em balança analítica.
por calcinação.
Cálculos
P1 Peso da cápsula + amostra “in natura”
2.5. Impureza Mineral P2 Tara da cápsula
P3 Peso da amostra “in natura” (P1 - P2)
Determinação da impureza mineral em amostras compostas de cana, utilizando métodos de P4 Peso da cápsula + amostra incinerada
calcinação P5 Peso da amostra incinerada (P4 - P2)
Determinação do percentual de impureza mineral em uma amostra de um carregamento de % IM Percentual de impureza mineral
cana através do método por calcinação.
NOTA:
%IM = ( 50,000
0,300
) x 100 = 0,6%
Este método, além de criterioso, fornece resultados com um elevado nível de confiabilidade,
bastante superior aos obtidos através do método por peneiramento
24
48 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 49
NOTA: nea quanto possível. Entretanto, é importante que estas amostragens sejam acompanhadas
Caso se deseje expressar o resultado em kg de impureza mineral por tonelada de cana, multi- pelo laboratório químico.
plicar o resultado da percentagem por 10. Assim, no exemplo acima teríamos 6,0kg/ton cana
O número de amostras de cada área escolhida também pode ser definido pelo departamen-
2.5.3. Método específico de determinação por calcinação to agrícola, que vai depender da homogeneidade do solo. Um bom parâmetro é uma coleta
de 10 a 15 amostras para cada 10ha. Ao final, as amostras são perfeitamente homogenei-
Determinação do percentual de impureza mineral em uma amostra de um carregamento de zadas e uma amostra composta deve ser enviada ao laboratório com todas as informações
cana através do método específico por calcinação. necessárias à sua identificação.
Dos métodos publicados e adotados pelas indústrias sucroalcooleiras para determinação de As determinações químicas realizadas no solo são: umidade e material volátil (orgânico).
impurezas, particularmente a mineral, este é o que reproduz resultados mais precisos e con- Estes valores permitem o cálculo da real impureza mineral no solo que servirá para norma-
fiáveis. Porém, é também o método mais trabalhoso porque a determinação da parte mineral tizar os resultados das impurezas minerais encontradas nas amostras de cana coletadas nos
não se baseia apenas em análises nas amostras coletadas no carregamento da cana, mas carregamentos
também nas análises do solo onde estas foram plantadas e nas análises das canas limpas.
Determinação da Umidade
Em outras palavras, esta determinação pode ser própria para cada fazenda; para cada tipo
de solo; para solos com determinados tipos de irrigação e/ou fertirrigação; para diferentes Técnica
variedades de cana; et cana. Na primeira edição deste Manual as particularidades citadas nos • Homogeneizar bem a amostra e pesar 50,000g em uma cápsula de porcelana previa-
incentivaram a chamar este método de ESPECÍFICO, e é justamente por isto que ele também mente tarada em estufa a 105-110ºC, durante 1h. O peso da cápsula mais a amostra
é utilizado para avaliar o desempenho de operadores e tipos de carregadeiras de solo úmido devem ser considerados como (P1), em gramas
• Levar a cápsula mais a amostra para estufa de secagem durante um período de 16h,
Entretanto, o presente método tem uma limitação: a não determinação simultânea da impu- a 100-105ºC
reza vegetal. Isto induz que sejam estabelecidos alguns critérios, visto que o correto seria a • Retirar a cápsula e levar a um dessecador por um período de 30 minutos
determinação em uma mesma amostra das impurezas vegetal e mineral. Uma maneira co- • Após este tempo, pesar novamente a cápsula com a amostra seca em balança analíti-
erente de minimizar esta falha é realizar um determinado número de análises de impurezas ca. Para efeito de cálculo, considerar este peso como (P2), expresso em gramas
vegetais de acordo com o item estabelecido para compor as amostras de cana desfibrada
para determinação das impurezas minerais. Melhor explicando: se as amostras para determi- Cálculos
nações das impurezas minerais estão sendo compostas por carregadeiras, compor também Peso da amostra = 50,000g
as amostras coletadas por estas carregadeiras, sem que as mesmas tenham sido desinte- P1 Peso da cápsula + amostra úmida
gradas, e realizar ao final de cada turno a quantificação da impureza vegetal das amostras P2 Peso da cápsula + amostra seca
compostas. P1 - P2 Peso da água contida na amostra
Amostragem %U =
[ (P1 - P2)
50 ] x 100
Os cuidados com as análises do solo começam no momento da amostragem, onde todas as Exemplo
orientações devem ser rigorosamente seguidas. As áreas analisadas serão definidas pelos de- Peso da amostra = 50,000g
partamentos agrícolas das indústrias e deverão ter uma característica de solo tão homogê- Peso da cápsula + amostra úmida P1 = 106,714g
25
50 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 51
Peso da cápsula + amostra seca P2 = 105,074g Peso da amostra “in natura” (P1 - P2) P3 = 50,000g
Peso de água contida na amostra P3 = 1,640g Peso da cápsula + amostra incinerada P4 = 137,946g
Peso da amostra incinerada (P4 - P2) P5 = 45,787g
%U Percentual de umidade no solo Peso do material volátil contido na amostra (P3 - P5 ) = 4,213g
%U =
[ 106,714-105,074
138 ] x 100 %U = 3,28 MO Peso do material orgânico volátil
• Levar a cápsula mais a amostra à mufla, e quando esta atingir a temperatura de 550ºC
deixar por 3h; ANÁLISE DA CANA LIMPA
• Terminado este tempo, desligar a mufla e esperar que a temperatura desça para
100ºC. Neste momento, retirar a cápsula com a amostra incinerada e colocar em um A cana limpa é também conhecida, para efeito desta metodologia, de “branco“. Na verdade,
dessecador durante 30 minutos; o termo mais apropriado para estas canas seria “canas de referências“ já que a partir delas é
• Retirar do dessecador e pesar em balança analítica. que serão calculadas as impurezas minerais das canas transportadas.
Cálculos Da mesma forma que com o solo, os cuidados com estas análises começam nas amostragens
P1 Peso da cápsula + amostra “in natura” onde necessariamente devem corresponder às áreas classificadas para o respectivo controle.
P2 Tara da cápsula Assim, por exemplo, canas limpas de áreas de encosta não servem como referências para
P3 Peso da amostra “in natura” (P1 - P2) áreas de tabuleiros; as canas de uma determinada variedade servem como referências ape-
P4 Peso da cápsula + amostra incinerada nas para aquelas áreas onde a referida variedade de cana foi plantada, uma vez que os valo-
P5 Peso da amostra incinerada (P4 - P2) res das cinzas variam de acordo com as diferentes variedades, et cana.
P3 - P5 Peso do material volátil contido na amostra
Depois de coletadas, as amostras devem ser rigorosamente identificadas e ao chegarem ao
MO Peso do material orgânico volátil laboratório químico devem ser limpas, de maneira que não haja mais areia nem palhas agre-
gadas, isto porque o objetivo agora é conhecer as cinzas, ou material inorgânico, da cana
MO = (P3 - P5 ) - Peso de água contido na amostra limpa, ou cana de referência
% MOV Percentual de material orgânico volátil Para melhor entendimento, neste método chamaremos as substâncias minerais de cinzas,
ou seja, cinzas das canas limpas ou de referências.
P3 ( )
%MOV = MO x 100
Técnica
Exemplo • Coletar algumas amostras de cana da área selecionada para o controle, estando estas
Peso da cápsula + amostra “in natura” P1 = 142,159g queimadas, se for o caso, mas ainda “em pé”;
Tara da cápsula P2 = 92,159g • Levar estas amostras ao laboratório químico e, com auxílio de um pincel, retirar a areia
26
52 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 53
que por acaso esteja agregado à cana. Da mesma maneira, devem-se também elimi- • Proceder exatamente conforme descrito para o método de determinação de impure-
nar as palhas ainda agregadas às amostras de cana; za mineral.
• Triturar as amostras de cana na forrageira, e homogeneizar bem;
• Proceder exatamente conforme descrito para o método de determinação de impure- Exemplo
za mineral. Peso da cápsula + amostra “in natura” P1 = 142,158g
Tara da cápsula P2 = 92,158g
Exemplo Peso da amostra “in natura” (P1 - P2) P3 = 50,000g
Peso da cápsula + amostra “in natura”P1 = 143,795g Peso da cápsula + amostra incinerada P4 = 92,448g
Tara da cápsula P2 = 93,795g Peso da amostra incinerada (P4 - P2) P5 = 0,300g
Peso da amostra “in natura” (P1 - P2) P3 = 50,000g
Peso da cápsula + amostra incinerada P4 = 93,957g % CCS Percentual de cinzas na cana suja
Peso da amostra incinerada (P4 - P2) P5 = 0,162g
%CCL = ( 50,000 )
0,162 x 100 = 0,324% CÁLCULO FINAL DA IMPUREZA MINERAL
cana suja de uma determinada variedade não sejam comparados com resultados de cana
limpa de uma outra variedade.
[
kgIM/t cana = ( 0,600 - 0,324 ) x 1-
5,146
100 ] x10
As amostras coletadas nos carregamentos são trituradas em forrageiras, comuns aos labo-
ratórios de PCTS, e uma sub-amostra, de cada carregamento, de aproximadamente 200g é kgIM/t cana = 0,276 × 0,9485 × 10 kgIM/t cana = 2,62
separada em um balde plástico devidamente etiquetado. Ao final do dia, ou do turno, estas
sub-amostras devem ser perfeitamente homogeneizadas e uma amostra composta selecio-
nada para análise. 2.6. Nível de Infestação de Brocas
27
54 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 55
Amostragem B
%Entre-nós com brocas = ×100
C
Definir a área da fazenda a ser amostrada em hectare e marcar 02 (dois) pontos para cada
hectare até que sejam atingidos 30% (trinta por cento) da área total da fazenda. Onde:
B Números de entre-nós com presença de brocas
Técnica C Total de entre-nós existentes nas canas analisadas
• Estabelecer o talhão a ser amostrado, em hectare;
• Proceder ao caminhamento de 50m a partir do vértice do talhão, sendo o primeiro
ponto após 25m e o segundo ao final dos 50m; 2.7 Liberação de Cotesia Flavipes
• Contar o número de brocas (N).
Procedimento para liberação de cotesia de acordo com os resultados do nível de infestação
Cálculos de brocas
B Técnica
Brocas/ha =
A • Caminhar dentro do talhão com o copo de cotesia aberto deixando-o na bainha da
Onde: cana nos pontos pré-estabelecidos conforme a densidade populacional da área
B Números de brocas contadas • Este procedimento deve ser feito no período da manhã quando as temperaturas são
A Total de hectares amostrados menores.
28
56 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 02 - Qualidade da Matéria Prima 57
B
Brocas/ha =
A
Onde:
B Números de ninfas e adultos de cigarrinhas
A Total de hectares amostrados
29
Capítulo 03
Moagem
30
60 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 61
Sumário
3.1.1 Amostragem...................................................................................................... 02
Método da Prensa...................................................................................... 00
Preparo da amostra..................................................................... 00
AR % caldo – Calculado.............................................................. 00
AR % caldo – Analisado.............................................................. 00
Fibra % cana................................................................................... 00
Método da prensa.......................................................... 00
Método Tanimoto........................................................... 00
Brix % cana...................................................................................... 00
Pol % cana....................................................................................... 00
AR % cana........................................................................................ 00
ART % cana..................................................................................... 00
ATR % cana...................................................................................... 00
Umidade % cana........................................................................... 00
Método de cálculo......................................................... 00
31
62 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 63
Caldo extraído pela prensa % caldo absoluto................... 00 Método de secagem pela estufa Spencer............. 00
Pol extraída pela prensa % pol na cana................................ 00 Método por equação de regressão linear.............. 00
32
64 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 65
NOTAS:
• Como dito no item amostragem, para esta análise a amostra não deve ser passada na
forrageira;
• Esta análise tem como principal objetivo avaliar o sistema de preparo de cana insta-
lado na usina. Logo não se deve proceder a separação de cana para posterior análise;
Técnica
• Coletar cerca de 10kg de uma amostra de cana preparada, sendo esta a mais repre-
sentativa possível;
• Homogeneizar bem a amostra;
33
66 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 67
• Pesar 500g da amostra e transferir para o copo do digestor com auxílio de um funil e • Pesar a fração restante, ou seja, a fração dos pedaços de cana menores do que 10cm;
pincel; • Proceder a análises conforme citado anteriormente para amostra de cana desfibrada
• Adicionar 2000g de água destilada; com pedaços menores do que 10cm e calcular o percentual de cana preparada.
• Colocar no digestor por 15min e filtrar em funil de tela cerca de 200mL;
• Adicionar 1–2g de subacetato de chumbo seco em pó, agitar, filtrar e proceder à lei- Cálculos
tura sacarimétrica do extrato do digestor (Ld);
• Tomar outra quantidade da amostra e pesar duas porções de 500g e transferir para os IP(% células abertas) =
(400 x r)
x ( ba )
dois vasilhames do agitador;
• Adicionar a cada vasilhame 2000g de água destilada;
{[( 5-r- ( F%C100(1 - r ) )([{
• Colocar no agitador por 15min;
• Filtrar ambas as amostras agitadas e proceder às leituras sacarimétricas (L1 e L2), con- Onde:
forme realizado para amostra do digestor. IP Índice de preparo
F%C Fibra % cana
Cálculos A peso da fração de cana preparada, ou seja, a fração de cana restante após a retirada
dos pedaços maiores do que 10cm;
(400 x r) B peso total da amostra, no caso recomendado igual a 50Kg;
IP(% células abertas) =
{[( 5-r- ( F%C100(1 - r ) )([{ r Relação entre as leituras sacarimétricas, calculado assim:
[( L1 + L2 ) × 0,5 ]
r=
Onde: Ld
IP Índice de preparo
F%C Fibra % cana Onde:
r Relação entre as leituras sacarimétricas, calculado assim: L1 leitura sacarimétrica do extrato do agitador vasilhame 1.
L2 leitura sacarimétrica do extrato do agitador vasilhame 2.
[( L1 + L2 ) × 0,5 ] - P2) Ld leitura sacarimétrica do extrato do digestor.
r=
Ld
3.1.3 Parâmetros Tecnológicos
Onde:
L1 leitura sacarimétrica do extrato do agitador vasilhame 1 Determinação dos parâmetros tecnológicos na cana desfibrada pelo método da prensa e do
L2 leitura sacarimétrica do extrato do agitador vasilhame 2 digestor a frio
Ld leitura sacarimétrica do extrato do digestor
MÉTODO DA PRENSA
Para amostras de cana com pedaços maiores que 10cm
Preparo da Amostra
Técnica Extração do Caldo e Determinação do PBU
• Coletar e pesar cerca de 50Kg de uma amostra de cana desfibrada, sendo esta a mais Brix % Caldo Extraído
representativa possível; Pol % Caldo Extraído
• Colocar a amostra sobre uma lona plástica, separar e desprezar os pedaços de cana Pureza % Caldo Extraído
maiores que 10cm; AR % Caldo – Calculado
34
68 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 69
35
70 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 71
úteis nos cálculos de projetos e pesquisas. A seguir estes cálculos são apresentados. Onde:
B % BAGprensa Brix%bagaço da prensa
CALDO EXTRAÍDO PELA PRENSA % CANA B%cana Brix%cana
B%caldo Brix % caldo
Cálculos
POL % BAGAÇO DA PRENSA
CE%C = 100 - ( PBU
5 ) Cálculos
Onde:
Pol%BAGprensa =
[
P%cana - P%caldo x 1-
PBU
500 ]
CE%C Caldo extraído pela prensa % cana 100
PBU Peso do bolo úmido PBU
CE%Cabs =
[ 100 - PBU
5 ] P%caldo Pol%caldo
POLprensa%POLcana =
[PBU
Pol%caldo 100 - 5 ] Brix % Extrato do Digestor
(Pol%cana) Pol % Extrato do Digestor
Pureza % Extrato do Digestor
BRIX % BAGAÇO DA PRENSA AR % Extrato do Digestor
ART % Extrato do Digestor
Cálculos
NOTAS:
B%BAGprensa =
[ PBU
B%cana - B%caldo x 1 - 500 ] • Para determinação de TODOS os parâmetros tecnológicos citados acima proceder
conforme metodologias citadas no capítulo 01 – Sistema de Pagamento de Cana,
100 considerando o extrato do digestor como sendo o caldo prensado.
PBU • As determinações de AR e de ART também estão citadas no capítulo 04 – Caldos, pe-
36
72 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 73
Onde: NOTA:
Meext Massa específica do extrato do digestor Para determinação do ATR % Cana proceder conforme cálculo citado no capítulo 01 – Siste-
B Brix % caldo extrato do digestor ma de Pagamento de Cana.
NOTA:
Esta equação é válida para o Brix%caldo na faixa de 3,0 a 7,5%. 3.2 Bagaço
37
74 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 75
Técnica Onde:
• Pesar 250g da amostra em balança analítica com legibilidade de até 0,5g e transferir PBU Peso do bolo úmido obtido da prensagem do bagaço.
para o cilindro da prensa com auxílio de um pincel;
• Prensar a amostra na prensa hidráulica durante 1 minuto a 250 Kgf/cm2 e coletar o FIBRA % BAGAÇO
caldo em copo plástico que servirá para as análises dos parâmetros tecnológicos do
caldo; Cálculos
• Retirar o bolo úmido (bagaço prensado), transferir para uma bacia plástica e pesar em
(100-Umid%bag-B%CEBag)
balança de precisão, anotando como PBU. F%bag =
(1-0,01×B%CEBag)
Brix % Caldo Extraído do Bagaço Onde:
Pol % Caldo Extraído do Bagaço F % bag Fibra % bagaço
Pureza % Caldo Extraído do Bagaço Umid%bag Umidade % bagaço
Açúcares Redutores % Caldo Extraído do Bagaço B%CEBag Brix % caldo extraído do bagaço
Açúcares Redutores Totais % Caldo Extraído do Bagaço
POL % BAGAÇO
NOTAS:
Para determinação de todos os parâmetros tecnológicos citados acima proceder conforme Cálculos
metodologias citadas no capítulo 01 – Sistema de Pagamento de Cana, considerando o caldo
extraído do bagaço como sendo o caldo prensado. Pol%bag = Pol%CEBag × (1 - 0,01 × F%bag)
As determinações de AR e de ART também estão citadas no capítulo 04 – Caldos, pelos mé- Onde:
todos Eynon-Lane e Somogy-Nelson. Pol%bag Pol % bagaço
Pol%CEBag Pol % caldo extraído do bagaço
UMIDADE % BAGAÇO F%bag Fibra % bagaço
Determinação da quantidade de água, expressa em percentagem de umidade, por métodos BRIX % BAGAÇO
gravimétricos e por método estatístico da equação de regressão linear
Cálculos
Método de secagem pela estufa elétrica
Proceder conforme metodologia indicada para análise de cana Brix%bag = Brix%CEBag × (1-0,01 × F%bag)
38
76 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 77
AÇÚCARES REDUTORES % BAGAÇO em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o
volume com água destilada
Cálculos
Técnica
AR%bag = AR%CEBag × (1-0,01 × F%bag) • Pesar exatamente 100g da amostra do bagaço homogeneizado e transferir para o
copo do digestor;
Onde: • Adicionar 1000mL de água destilada contendo 15mL da solução de carbonato de só-
AR%bag Açúcares redutores%bagaço dio 5%;
AR%CEBag Açúcares redutores%caldo extraído do bagaço • Levar ao digestor durante 10min;
F%bag Fibra%bagaço • Desligar o digestor e deixar esfriar;
• Filtrar em tela e separar cerca de 200mL para determinação da pol;
AÇÚCARES REDUTORES TOTAIS % BAGAÇO • Adicionar de 1 a 2g de subacetato de chumbo seco, em pó e agitar;
• Filtrar em papel de filtro, desprezando os primeiros 25mL do filtrado;
Cálculos • Com o filtrado límpido e transparente fazer a leitura sacarimétrica.
Onde:
ART%bag Açúcares redutores totais % bagaço
Pol%Bagaço =
[ Ls × 26 × ( 1000 + Umidade%bagaço )
(
10.000 - Ls × 26 ×
100
Q (
[
ART%CEBag Açúcares redutores totais % caldo extraído do bagaço
F%bag Fibra % bagaço Onde:
Ls leitura sacarimétrica
NOTA: Q pureza do caldo residual
Muitas unidades industriais estimam os teores de açúcares redutores no bagaço em função
de suas baixas concentrações. Neste caso cálculo para determinação dos açúcares redutores NOTA:
totais no bagaço é o seguinte: Quando não coincidem as amostragens de bagaço e do caldo de última pressão (último rolo
da moenda), é comum algumas unidades industriais fixarem a pureza do caldo residual (Q)
Cálculos em 65%.
[
ART%Bagaço = Pol%bagaço × 1,0526 + Pol%bag x ( Pol )[
ARcana
cana
BRIX % BAGAÇO
Cálculos
MÉTODO DO DIGESTOR A FRIO
POL % BAGAÇO
Brix%bagaço = ( Pureza%caldo
Pol%bagaço
residual
) x100
Reagentes e soluções NOTA:
A pureza do caldo residual é determinada após a coleta do caldo residual no último terno da
Carbonato de sódio 5%: Pesar exatamente 5g de carbonato de sódio (Na2CO3) e dissolver moenda e analisados pol % caldo e Brix % caldo conforme metodologias citadas no capítulo
39
78 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 79
3 NOTA:
Segundo o Manual de Controle Químico da Fabricação de Açúcar do Centro de Tecnologia
PORCENTAGEM DE POL EM CÉLULAS ABERTAS Canavieira (Piracicaba, 2005), quando não se conhece a fibra % bagaço pode-se utilizar os
valores na tabela abaixo com erro desprezível, para um conjunto de 4 a 7 ternos de moenda.
Técnica
• Coletar cerca de 5kg de uma amostra de bagaço, sendo esta a mais representativa Valores Estimados da Fibra % Bagaço
possível; Números de Ternos
• Homogeneizar bem a amostra; Ternos 1 2 3 4 5 6 7
• Pesar 250g da amostra e transferir para o copo do digestor com auxílio de um funil e 4 30 37 44 50 - - -
pincel; 5 30 35 40 45 50 - -
40
80 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 81
6 30 34 38 42 46 50 - dual de cada terno, porque requer um maior tempo e pessoal disponível para realização das
7 30 34 38 41 44 47 50 amostragens e análises. Na imensa maioria das indústrias esta freqüência é de duas a três
vezes por semana, freqüência esta que nem sempre é aceita pelos setores de manutenção
que preferem que sejam realizadas diariamente.
3.3 Caldos
Vale lembrar que existem controles mais rápidos e menos trabalhosos para estas avaliações,
como é o caso da eficiência acumulada e principalmente da curva de Brix.
3.3.1 Amostragem
As amostras de caldo para este controle de moagem podem ser obtidas nas saídas de cada 3.4.2 Amostragem
terno ou através das prensagens dos bagaços de cada terno da moenda. No caso do controle
Para determinação da extração acumulada pol%pol na cana, as coletas das amostras de cana
de extração terno a terno, recomenda-se que sejam coletados os caldos nas saídas dos rolos
desfibradas devem ser conforme descrita no item 3.1 – Cana Desfibrada, deste capítulo. Já o
da moenda, conforme será detalhado adiante.
bagaço deve ser coletado na saída do último terno da moenda em toda extensão dos rolos.
3.4.1 Introdução
NOTA:
Para os cálculos de extração serão utilizadas as seguintes nomenclaturas:
O conhecimento da eficiência da extração é de fundamental importância não apenas para
Sc Pol % cana
o setor de manutenção da fábrica, mas também para o setor químico, uma vez que está
Fc Fibra da cana
diretamente relacionada com a eficiência da indústria como um todo. Isto faz com que o
Sbn Pol % bagaço no terno n
controle de moagem necessite uma atenção maior por parte dos técnicos dos laboratórios,
Fbn Fibra % bagaço no terno n
desde sua amostragem até a obtenção dos dados e interpretação dos valores das eficiências
N Número do terno
de extração.
41
82 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 83
d
acumulada. Logo EIb1 = EAc1.
Relação pol / fibra no bagaço (de cada terno) – SFbn EXTRAÇÕES REDUZIDAS
SFbn = ( SL ) x 100
bn
bn
Determinação das extrações, expressas em percentagem, para uma fibra padrão de 12,5%
EACn =
[ ( SFc - SFbn )
SFc [ x100 ERD = 100 -
[( 100 - E ) × ( 100 - Fibra%cana )]
( 7 × Fibra%cana )
NOTA: Onde:
Nestes cálculos a relação pol / fibra no bagaço se refere ao bagaço do último terno da mo- ERD Extração reduzida segundo Noel Deer
enda E Extração de pol % pol na cana
Cálculos
( Fibra%cana
1 - 12,5
) x (100-E)
ERM = 100 x [ ]
EICn =
[ ( SFB(n - 1) - SFbn )
SFc [ x100
100
Onde:
NOTA: ERM Extração reduzida segundo Mittal
Quando n=1, ou seja, no primeiro terno da moenda, a extração individual é igual à extração E Extração de pol % pol na cana
acumulada. Logo EIC1=EAC1
• Total (ERT)
42
84 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 85
Extração Individual de Pol % Pol na Cana: Bagaço % cana = (13,0 / 46,28) X 100 = 28,09
43
86 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 87
NOTA: Onde:
A determinação da umidade no bagaço do bagacilho é realizada secando o peso do bolo Sb Pol % bagaço
úmido, conforme já citado neste capítulo para determinação da umidade em cana. Sext Pol % extrato do digestor
Ub =
[ ( R1 - R2 )
R1 [ x100
44
88 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 89
Cálculos Cálculos
PCE=1000-PBU (R1 × Fb )
Fibra%bagacilho =
1000
Onde:
PCE Peso do caldo extraído Exemplo Numérico
PBU Peso do bolo úmido obtido na prensa
1. Dados Analíticos
BRIX % BAGACILHO
R1 Peso do bolo úmido = 128,17g
Cálculos R2 Peso do bolo seco = 65,1g
BCE Brix % do caldo extraído = 14,3
( PCE × BCE + R1 × Bb ) SCE Pol % do caldo extraído = (Ls = 46,88) = 11,55
Brix%bagacilho =
1000 Sext Pol do extrato do digestor (Ls = 1,85) = 0,48
Bext Brix do extrao do digestor = 1,1
Onde:
BCE Brix % caldo extraído da prensa 2. Cálculos
UMIDADE % BAGACILHO
3.6 Curva de Brix
Cálculos
Avaliação do desempenho dos ternos da moenda através da curva de Brix dos caldos extra-
(100 - BCE) × (PCE × BCE + R1×Bb ) ídos
Umidade%bagacilho =
1000
3.6.1 Amostragem
FIBRA % BAGACILHO
Embora pareça simples, a amostragem para este controle requer bastante atenção. Devem
ser coletadas amostras de caldos que na medida do possível representem as porções de
canas que estão sendo moídas. Recomenda-se por isso que a cana desfibrada ao entrar na
45
90 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 03 - Controle de Moagem 91
moenda seja marcada com uma quantidade de cal e à medida que avancem na moenda os
caldos sejam coletados em baixo dos ternos.
Técnica
A curva de Brix se baseia na elaboração de um gráfico onde são colocados nos eixos das
abscissas os números dos ternos da moenda e no eixo das ordenadas são colocados os va-
lores da relação entre o Brix do caldo de cada terno e o Brix do caldo primário. Esta relação é
denominada de “r”.
A curva obtida é comparada com uma outra curva, chamada “ideal”, que é traçada normal-
mente com valores teóricos. Na verdade, a curva ideal deve ser estabelecida pela própria
unidade industrial, avaliando assim sua própria condição de moagem. A curva ideal deve
ser obtida no momento em que a moenda apresente um bom desempenho, mostrando um
decréscimo da relação do Brix em função, principalmente, da taxa de embebição, número de
ternos, et cana. Como ilustração pode-se considerar como curva ideal à elaborada a partir
dos seguintes dados de “r“ encontrados na literatura, para uma moenda de 6 ternos:
Dados Analíticos
Ternos Brix Curba Ideal Curva Real
1º 20,10 1,00 1,00
2º 16,00 0,60 0,80
3º 11,80 0,40 0,59
4º 8,20 0,25 0,41
5º 7,20 0,10 0,36
6º 5,00 0,05 0,31
46
Capítulo 04
Caldos
47
Capítulo 04 - Caldos 95
Sumário
Método Eynon–Lane................................................................................................ 00
Método Somogyi–Nelson....................................................................................... 00
Método de Cálculo.................................................................................................... 00
4.12 pH .......................................................................................................................................... 00
4.14 Fosfato.................................................................................................................................... 00
Método comparativo................................................................................................ 00
4.16 Cálcio....................................................................................................................................... 00
4.17 Magnésio............................................................................................................................... 00
4.19 Sulfito...................................................................................................................................... 00
48
96 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 97
4.30 Hidroximetilfurfural........................................................................................................... 00
Onde:
Ft Fator de correção da temperatura (tabela 1B)
NOTAS:
• Os métodos de determinação de Pol % Caldo, Pureza % Caldo, Açúcares Redutores
% Caldo e Açúcares Redutores Totais % Caldo estão citados no capítulo 01 – Sistema
de Pagamento de Cana, de acordo com os manuais dos CONSECANAS.
• Neste capítulo serão novamente citados os procedimentos para determinação do AR
e ART pelos métodos Eynon–Lane, SomogY–Nelson e de Cálculos com pequenas alte-
rações de concentrações de soluções e cálculos de análises.
49
98 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 99
4.4 Açúcares Redutores % Caldo c) Transferir quantitativamente as duas soluções para balão volumétrico de 1000mL e ho-
mogeneizar
Determinação da concentração, em percentagem, de açúcares redutores (AR) utilizando os
métodos de Eynon–Lane, Somogyi–Nelson e de Cálculos. d) Completar o volume com água destilada e estocar em frasco de cor âmbar
Reagentes e soluções O licor de Fehling é preparado a partir da mistura de volumes iguais das soluções de Fehling
A e Fehling B.
• Solução de ácido clorídrico 1:1
• Solução de Fehling A Solução indicadora de azul de metileno 1%: Pesar 1g de azul de metileno em cápsula de
• Solução de Fehling B porcelana e dissolver com um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de
• Solução indicadora de azul de metileno 1% 100mL e completar o volume com água destilada.
• Solução de hidróxido de sódio 26%
• Solução indicadora de fenolftaleína 1% Solução de hidróxido de sódio 26%: Pesar em becker de 1000mL 260g de hidróxido de
• Solução padrão de açúcar invertido a frio 1% sódio (NaOH). Adicionar 800mL de água destilada e homogeneizar. Esfriar totalmente e com-
• Solução padrão de açúcar invertido a quente 1% pletar o volume até a marca .
• Solução padrão de açúcar invertido 1%, partindo da glicose p.a.
• Solução padrão de açúcar invertido 0,25% Solução indicadora de fenolftaleína 1%: Dissolver 1g de fenolftaleína em aproximadamen-
• Solução de ácido clorídrico 0,5N te 60mL de álcool etílico hidratado (C2H5OH), transferir para balão volumétrico de 100mL e
completar o volume com água destilada.
Preparo das Soluções
Solução padrão de açúcar invertido a frio 1%: Pesar o mais rápido possível 9,5000g de
Solução de ácido clorídrico 1:1: Numa proveta, medir 500mL de ácido clorídrico (HCl) con- sacarose (C12H22O11) seca em estufa a 100ºC. Transferir para balão volumétrico de 1000mL
centrado. Transferir para balão volumétrico de 1000mL contendo aproximadamente 300mL e adicionar 5mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado mantendo a solução sob agitação
de água destilada, adicionando o ácido aos poucos. Esfriar e completar o volume com água durante a adição do ácido e deixar em repouso durante 72h a 20ºC. Diluir a solução a apro-
destilada ximadamente 800mL e adicionar solução de ácido benzóico (C7H6O2) preparada com 2g do
ácido em aproximadamente 75mL de água destilada. Completar o volume do balão com
Solução de Fehling A: Pesar 69,28g de sulfato cúprico pentaidratado (CuSO4.5H2O) e dissol- água destilada, homogeneizar e estocar em frasco de vidro com boa vedação.
ver em um pouco de água. Transferir para balão volumétrico de 1000mL com auxílio de água
destilada e completar o volume. Guardar em frasco de cor âmbar Solução padrão de açúcar invertido a quente 1%: Pesar o mais rápido possível 0,9500g de
sacarose (C12H22O11) seca em estufa a 100ºC e transferir para balão volumétrico de 100mL.
Solução de Fehling B: Adicionar 2mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado e levar ao banho–maria e deixar duran-
a) Pesar em becker de 1000mL 346g de tartarato duplo de sódio e potássio tetraidratado te 12min a 65ºC. Deixar esfriar e completar o volume do balão com água destilada.
(KNaC4H4O6.4H2O) e adicionar aproximadamente 350mL de água destilada. Dissolver o rea-
gente, com auxílio de um bastão de vidro Solução padrão de açúcar invertido 1%, partindo da glicose p.a.: Pesar exatamente 1,0000g
de glicose (C6H12O6) seca em estufa a 100ºC e transferir para balão volumétrico de 100mL.
b) Pesar em becker de 500mL 100g de hidróxido de sódio (NaOH) e adicionar 250mL de Completar o volume com água destilada.
água destilada. Dissolver o reagente, esperando esfriar totalmente
50
100 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 101
Solução padrão de açúcar invertido 0,25%: Pipetar 50mL de solução padrão de açúcar in- Vg
vertido 1% e transferir para balão volumétrico de 200 mL. Completar o volume com água F=
40
destilada
Onde:
Solução de ácido clorídrico 0,5N: Transferir 20,7mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado Vg Volume gasto na titulação
para balão volumétrico de 500mL contendo aproximadamente 200mL de água destilada.
Esfriar, completar o volume e homogeneizar. NOTA IMPORTANTE:
NOTA IMPORTANTE: Este fator deve ser aplicado ao resultado e não ao volume gasto nas titulações das amostras
Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação, OBSERVAÇÕES:
como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro- • O erlenmeyer deve permanecer em aquecimento contínuo durante todo tempo do
cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus teste
respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás- • Os volumes adicionados devem ser tais, que não parem a ebulição da solução
sicos das análises titrimétricas. • O tempo da titulação não deve ultrapassar 3min
• O fator de correção da solução deve ser determinado a cada 3 dias
OBSERVAÇÃO: Padronização do licor de Fehling • Dependendo do fator, pode–se ajustar a concentração da solução de Fehling A
• Pipetar 50mL da solução de açúcar invertido 1% para balão volumétrico de 200mL Caso o volume gasto do padrão esteja abaixo de 39,9 ou acima de 40,1 a solução deve ser
• Adicionar 2 gotas da solução indicadora de fenolftaleína 1% e neutralizar com hidró- ajustada. Abaixo seguem dois exemplos dos referidos casos:
xido de sódio 26% até cor levemente rósea
• Adicionar algumas gotas de ácido clorídrico 0,5N para fazer desaparecer a cor rósea 1) Assumindo–se que foram gastos 39,5mL, isso indica que a solução de Fehling A tem:
• Completar o volume com água destilada e homogeneizar
• Encher a bureta de 50mL com a solução de açúcar invertido 0,25% (39,5 / 40,0) x 69,28 = 68,414g de sulfato de cobre no lugar de 69,28g. Supondo–se que res-
• Pipetar 20mL do licor de Fehling (A + B) para um erlenmeyer de 250mL taram 950mL da solução, temos 64,99g de sulfato de cobre, o que mostra a falta de 4,29 g do
• Adicionar 15mL de água destilada e 39mL da solução invertida, perfazendo um total sal. Porém, em vez de se adicionar 4,29g é preciso fazer uma compensação, pois o título está
de 74mL menor, ou seja: (40,0 / 39,5 ) x 4,29 = 4,34g
• Aquecer a solução até ebulição e marcar 2min
• Adicionar 4 gotas da solução indicadora do azul de metileno 1% Esta massa é dissolvida em um pouco de água e adicionada à solução, a qual deverá voltar a
• A titulação deve ser completada em 1min a partir do momento da adição do azul de um volume de 1000mL, sendo este volume completado com água destilada.
metileno
• Anotar o volume gasto (V1). Repetir a titulação confirmando o resultado 2) Assumindo–se agora que se gastaram 40,5mL, isso indica que a solução de cobre contém
• Se o licor de Fehling tiver a concentração correta, devem–se gastar 40mL da solução mais que 69,28g. Portanto, os 950mL restantes da solução devem ser diluídos para: (40,5 /
de açúcar invertido 0,25% 40,0) x 950 = 961,9mL
• Caso o volume gasto seja maior ou menor que 40mL, a solução de Fehling A tem mui-
to ou pouco cobre em relação à concentração correta, sendo necessário um ajuste. Se Isso mostra que 11,9mL de água devem ser adicionados à solução. Após ajuste da concentra-
o volume gasto estiver entre 40,10 e 39,90mL, pode–se calcular um fator de correção ção da solução, fazem–se novas titulações, devendo–se gastar os 40mL para concentração
da concentração (F) do licor de Fehling, sem ajustar a concentração de cobre, da se- correta, ou seja, obter fator 1,0
guinte maneira:
51
102 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 103
52
104 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 105
concentrado. Deixar em repouso durante 3 dias a uma temperatura em torno de 20ºC. Neu- Onde:
tralizar esta solução com a solução de hidróxido de sódio 1N e adicionar 2g de ácido benzói- La Absorbância da amostra (média das leituras dos tubos 5 e 6)
co (C7H6O2) dissolvidos em 200mL de água quente. Completar o volume com água destilada Lb Absorbância do branco (média das leituras dos tubos 1 e 2)
para 1000mL. Lp Absorbância do padrão (média das leituras dos tubos 3 e 4)
Solução padrão de açúcar invertido 50ppm: Pipetar 10mL da solução padrão de açúcar MÉTODO DE CÁLCULO
invertido 1% para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada e
agitar. Desta solução pipetar novamente 10mL e transferir para balão volumétrico de 200mL. NOTA:
Completar o volume com água destilada e agitar. Esta solução contém 50ppm de açúcar Nas normas dos CONSECANAS se encontra o cálculo dos açúcares redutores no caldo a partir
invertido de sua pureza usando equações estatísticas de regressão. Não serão citadas estas fórmu-
las porque diferem para cada estado produtor e são constantemente atualizadas. A título
Técnica de ilustração abaixo será mostrada a equação utilizada para o estado de Alagoas na safra
2010/2011.
Preparo da amostra
• Pipetar 5mL da amostra filtrada e homogeneizada, transferir para balão volumétrico Cálculos
de 500mL e completar o volume com água destilada
• Adicionar 0,2g de oxalato de sódio [(COONa)2] e aproximadamente 1g de celite Acucares redutores%caldo = 3,3459 - 0,02871 × Pureza%caldo
• Agitar e filtrar em papel de filtro desprezando os primeiros 20–25mL filtrados
53
106 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 107
Determinação
Onde: • Proceder à determinação conforme citado na determinação de A.R.
Vg Volume gasto na titulação
F Fator de correção da concentração do licor de Fehling Cálculos
54
108 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 109
4.6. Açúcares Redutores • Transferir o sobrenadante dos tubos da centrífuga para o balão de 500mL
• Suspender o material sedimentado nos tubos com bastão de vidro com cerca de 8mL
INFERMENTESCÍVEIS % CALDO de água destilada para cada tubo
• Centrifugar nas mesmas condições anteriores
Determinação da concentração de açúcares redutores infermentescíveis (ARI) expressa em • Juntar o sobrenadante ao material já existente no balão de 500mL
percentagem, utilizando o método de Eynon–Lane • Neutralizar com solução de hidróxido de sódio 26%
• Completar o volume do balão com água destilada
Reagentes e Soluções • Colocar a solução na bureta de 50mL
• Ácido sulfúrico concentrado • Preparar 2 erlenmeyers de 250mL, colocando em cada um 2,5mL da solução de
• Superfosfato de cálcio triplo p.a. Fehling A e 2,5mL da solução de Fehling B, mais 15mL de água e algumas pérolas de
• Sulfato de amônio p.a. vidro
• Sulfato de magnésio p.a. • Proceder à titulação conforme descrito para açúcares redutores
• Fermento prensado p.a.
Cálculos
NOTA:
Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação de A.R. pelo ARI%caldo = ( Vg5 ) x F
método Eynon–Lane, no capítulo 01 – Sistema de Pagamento de Cana.
55
110 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 111
Onde:
CG Coeficiente glucósico
4.9. Açúcares Redutores Fermentescíveis % Caldo
56
112 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 113
Solução de cloreto de potássio 3 M: Pesar 223,68 g de cloreto de potássio (KCl) seco a 105ºC • A abertura lateral deverá estar aberta durante as medições
por 1h e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de • Se o eletrodo se cristalizar no diafragma, lavá–lo com água destilada e repor novo
1000mL e completar o volume com água destilada cloreto de potássio 3M
• Se aparecerem bolhas de ar dentro da membrana, agitar o eletrodo em sentido verti-
Técnica cal, até que desapareçam
• Evitar choque térmico do eletrodo. Se possível, calibrá-lo à nova temperatura grada-
NOTA: tivamente
A aferição do equipamento deve ser realizada de acordo com o manual do fabricante. A • Quando analisar substâncias albuminosas, fazer a limpeza da membrana com cloreto
título de ilustração está mostrado a seguir um procedimento de aferição de um pHmetro. de potássio pepsinado (5% de pepsina em ácido clorídrico 0,1N) e depois com água
destilada
Aferição do potenciômetro
Cálculos Solução de hidróxido de sódio 0,1N: Pesar rapidamente e exatamente 4,0000g de hidróxido
de sódio (NaOH) e dissolver em um pouco de água. Transferir para balão de 1000mL e com-
pH = Leitura do potenciometro pletar o volume com água destilada.
OBSERVAÇÕES: Solução padrão de biftalato de potássio 0,1N: Pesar exatamente 20,4220g de biftalato de
potássio (C8H5KO4), seco em estufa, e dissolver em um pouco de água. Transferir para balão
• Somente a membrana e não o diafragma deverá ser imersa nas soluções volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
• Quando usar o eletrodo com freqüência, convém conservá-lo em cloreto de potássio
3M para proteger o diafragma OBSERVAÇÃO: Padronização da solução de hidróxido de sódio 0,1N
57
114 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 115
• Pipetar 25mL da solução de biftalato de potássio 0,1N para erlenmeyer de 250mL Reagentes e soluções
• Adicionar 5 gotas da solução indicadora de fenolftaleína 1% • Solução de ácido clorídrico 1: 1
• Titular com hidróxido de sódio 0,1N • Solução de molibdato de amônio 2,5%
• Anotar o volume gasto (Vg), calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção • Solução de cloreto estanoso 2,5%
da concentração (F) do hidróxido de sódio: • Solução de cloreto de cobalto 10%
• Solução de sulfato de cobre 10%
N(verdadeira) = 2,5
Vg Preparo das Soluções
Solução de ácido clorídrico 1:1: Medir em proveta 500mL de ácido clorídrico (HCl) concen-
N(verdadeira) trado e misturar cuidadosamente em 500mL de água destilada.
F=
0,1
Solução de molibdato de amônio 2,5%: Pesar 25g de molibdato de amônio tetraidrata-
Técnica do [(NH4)6Mo7O24.4H2O] e transferir para balão volumétrico de 1000mL contendo 220mL de
• Pipetar 20mL da amostra homogeneizada e filtrada e transferir para erlenmeyer de água destilada. Adicionar 750mL da solução de ácido clorídrico 1:1 . Misturar e deixar esfriar
250mL à temperatura ambiente. Completar o volume com água destilada.
• Adicionar 50mL de água destilada e 2 – 3 gotas da solução indicadora de fenolftaleína
• Encher a bureta com hidróxido de sódio 0,1N e proceder à titulação até a mudança de Solução de cloreto estanoso 2,5%: Pesar 2,5g de cloreto estanoso diidratado (SnCl2.2H2O)
coloração, anotando o volume gasto (Vg) e transferir para balão volumétrico de 100mL contendo aproximadamente 60mL de água
destilada. Adicionar 10mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado e misturar completamente
Cálculos até dissolução do cloreto. Completar o volume com água destilada.
Acidez sulfurica (g/L H2SO4 ) = Vg × 0,245 × F Solução de cloreto de cobalto 10%: Pesar 5g de cloreto de cobalto haxaidratado (CoCl2.6H2O)
e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 50mL e
Onde: completar o volume com água destilada.
Vg Volume de hidróxido de sódio 0,1N gasto na titulação
F Fator de correção da concentração do hidróxido de sódio 0,1N Solução de sulfato de cobre 10%: Pesar 20g de sulfato de cobre pentaidratado (CuSO4.5H2O)
e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 200mL e
NOTA: completar o volume com água destilada.
Algumas metodologias de acidez trazem seus resultados em ácido acético e em uma unida-
de diferente de g/L, como por exemplo, mg/100mL. OBSERVAÇÃO: Preparação dos tubos padrões de fosfato, em P2O5.
MÉTODO COMPARATIVO
58
116 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 117
Solução de uso de P2O5: Transferir 5mL da solução estoque de P2O5 para balão volumétrico
• Transferir as soluções padrões para tubos de ensaios e vedá-los com rolhas
de 500mL e completar o volume com água destilada. Esta solução contém 0,02mg de P2O5/
• Colocar os tubos padrões em uma estante com fundo branco tal que seja possível
mL ou 20mg/L.
intercalar outro tubo contendo a amostra para comparação com as cores das soluções
padrões
Solução de ácido sulfúrico 10N: Medir em proveta 271,7mL de ácido sulfúrico (H2SO4) con-
centrado e transferir para balão volumétrico de 1000mL contendo aproximadamente 500mL
Técnica
de água destilada. Esfriar e completar o volume com água destilada.
• Da amostra filtrada, pipetar 5mL para balão volumétrico de 100mL e completar o vo-
lume com água destilada
Solução sulfo molibdato 5%: Pesar 50g de molibdato de sódio diidratado (Na2MoO4.2H2O),
• Pipetar 10mL desta solução para balão volumétrico de 100mL e completar o volume
dissolver com um pouco de água destilada e transferir para balão volumétrico de 2000mL.
com água destilada
Adicionar 500mL de ácido sulfúrico 10N e completar o volume com água destilada. Armaze-
• Adicionar 4,2mL da solução de molibdato de amônio 2,5% e 6 gotas da solução de
nar em frasco de cor âmbar.
cloreto estanoso
• Aguardar o desenvolvimento da cor durante 5min e comparar sua intensidade com
Solução redutora de Elon: Pesar 30g de bissulfito de sódio anidro (NaHO3), dissolver com
as dos tubos
um pouco de água destilada e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Separadamente
pesar 10g de Elon (Photorex) e dissolver em becker com auxílio de 300mL de água destilada.
Cálculos
Juntar esta solução ao balão contendo o bissulfito e completar o volume com água destilada.
Armazenar em frasco de cor âmbar.
Fosfato (mg/L P2 O5 ) = C
59
118 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 119
cissas os valores das concentrações dos padrões de P2O5, em mg/L. Pode–se obter Solução redutora: Pesar 180g de meta bissulfito de sódio (Na2S2O5) e dissolver em 1400mL
através das leituras das absorbâncias e concentrações dos padrões a equação de re- de água destilada. Pesar separadamente 114,0g de sulfito de sódio anidro (Na2SO3) e 3g do
gressão linear da curva padrão ácido 1–amino–2–naftol–4–sulfônico [(C6H4).(C4HNH2OHO3H)] e dissolver em 200mL de água
destilada. Juntar as duas soluções em um balão volumétrico de 2000mL, completar o volume
Técnica e deixar em repouso durante 1 noite, filtrar em papel de filtro faixa branca ou equivalente.
• Pipetar 5mL da amostra homogeneizada e filtrada para balão volumétrico de 100mL Conservar esta solução em geladeira, sendo sua validade no máximo de 2 meses.
e completar o volume com água destilada
• Transferir para becker de 100mL e adicionar 2 a 3g de carvão ativo para clarificar Técnica
• Filtrar em papel de filtro faixa branca, desprezando os primeiros filtrados • Se caldo misto, pipetar 10mL da amostra filtrada, se caldo clarificado, 100mL para
• Pipetar 5mL do caldo clarificado para balão volumétrico de 50mL balão volumétrico de 200mL
• Adicionar 10mL da solução sulfomolibdato e 5mL da solução redutora de Elon • Completar o volume com água destilada e homogeneizar
• Completar o volume com água destilada • Pipetar 20mL desta solução para dois balões de 100mL
• Homogeneizar e deixar em repouso durante um tempo mínimo de 20min • Completar um dos balões com água destilada (branco) e ao outro adicionar 60mL de
• Fazer uma prova em branco, em paralelo, só com água destilada e os reagentes utili- água destilada, 10mL da solução de molibdato de amônia 1,5% e 10mL da redutora
zados, e aferir com esta solução o espectrofotômetro, conforme feito para elaboração • Completar o volume com água destilada e homogeneizar, anotando o tempo da adi-
da curva padrão ção da solução redutora
• Efetuar a leitura da absorbância, ou da % de transmitância • Após 10min da adição da solução redutora, fazer a leitura das absorbâncias dos ba-
lões (branco e amostra) em cubeta de 1cm, estando o espectrofotômetro ajustado em
Cálculos 700nm e aferido com água destilada em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância
60
120 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 121
• Solução de ácido sulfúrico 10N • De cada solução padrão de uso de fósforo pipetar 5mL para tubos de ensaio
• Solução padrão estoque de fósforo • Adicionar a cada tubo 2mL do reagente misturado e deixar em repouso por 15min
• Soluções padrões de uso de fósforo • Fazer as leituras das % de transmitâncias ou das absorbâncias, estando o espectrofo-
• Solução de ácido clorídrico 2N tômetro ajustado em 420nm e aferido em 0,0 de absorbância e 100% de transmitân-
cia com o branco
Preparo das soluções • Traçar o gráfico da curva padrão, plotando no eixo das ordenadas as leituras obtidas
e no eixo das abcissas as concentrações dos padrões. Pode–se obter, através das lei-
Solução de molibdato de amônia 5%: Pesar 50g de molibdato de amônia tetraidratado [ turas e concentrações dos padrões, uma equação de regressão linear para a referida
(NH4)6Mo7O24.4H2O] e dissolver em um pouco de água fervente. Esfriar, transferir para balão curva padrão
volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
Técnica
Solução de vanadato de amônia 0,25%: Pesar 2,5g de meta vanadato de amônia (NH4VO3) e
dissolver em 500mL de água fervente. Esfriar, juntar 350mL de ácido nítrico (HNO3) concen- Obtenção do extrato nítrico–perclórico
trado e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destila-
da e guardar em frasco escuro. • Pipetar 5mL da amostra filtrada e homogeneizada para balão de Kjedahl de 100mL
• Adicionar 10mL de ácido nítrico e 2mL de ácido perclórico, concentrados
Reagente misturado: Misturar as soluções de molibdato e vanadato em partes iguais, pouco • Levar o balão ao conjunto de digestão até clarear a amostra
antes de serem utilizadas. • Retirar e esfriar
• Adicionar 10mL de ácido clorídrico aproximadamente 2N e deixar entrar em ebulição
Solução de ácido sulfúrico 10N: Medir em proveta 271,7mL de ácido sulfúrico (H2SO4) con- • Filtrar o extrato a quente, através de papel de filtro faixa branca para balão volumé-
centrado e adicionar a aproximadamente 500mL de água destilada. Esfriar, transferir para trico de 100mL
balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. • Esfriar e completar o volume
Solução padrão estoque de fósforo: Pesar 0,4393g de fosfato diácido de potássio (KH2PO) Determinação
seco em estufa e dissolver em 30mL de água destilada. Transferir para balão volumétrico de • Pipetar 5mL do extrato nítrico–perclórico e transferir para tubos de ensaios
1000mL, adicionar 10mL de ácido sulfúrico 10N e completar o volume com água destilada. • Acrescentar a cada tubo 2mL do reagente misturado de vanadato e molibdato
Esta solução contém 100mg/L de fósforo (P). • Aferir o espectrofotômetro com uma solução contendo 5mL do branco e 2mL do re-
agente misturado de vanadato e molibdato, em 0,0 de absorbância e 100% de trans-
Soluções padrões de uso de fósforo: Com auxílio de uma microbureta, adicionar 0,0 (bran- mitância
co); 5,0; 10,0; 15,0 e 20,0mL da solução padrão estoque de fósforo para 5 balões volumétricos • Fazer a leitura da amostra em % de transmitância ou absorbância
de 100mL. Adicionar a cada balão 4mL da solução de ácido sulfúrico 10N e completar o vo-
lume com água destilada. Estas soluções contêm respectivamente 0; 5; 10; 15 e 20mg/L de Cálculos
fósforo (P).
Fosfato (mg/L P2O5 ) = C × 45,8
Solução de ácido clorídrico aproximadamente 2N: Pipetar 165mL de ácido clorídrico (HCl)
concentrado para balão volumétrico de 1000mL e diluir com água destilada. Esfriar e com- Onde:
pletar o volume com água destilada. C Concentração de fósforo, em mg/L P, correspondente à % de transmitância ou absor-
bância, encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
61
122 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 123
MÉTODO COLORIMÉTRICO COM MOLIBDATO DE SÓDIO • Adicionar 5mL da solução de molibdato de sódio
• Aguardar 4min
Reagentes e soluções • Adicionar 2mL da solução de cloreto estanoso 0,4%
• Ácido sulfúrico concentrado • Aguardar 10min
• Solução de molibdato de sódio • Fazer as leituras das % de transmitâncias ou das absorbâncias, estando o espectrofo-
• Ácido clorídrico fumegante tômetro ajustado em 590nm e aferido em 0,0 de absorbância e 100% de transmitân-
• Solução de cloreto estanoso 10% cia com o branco
• Solução de cloreto estanoso 0,4% • Traçar o gráfico da curva padrão, plotando no eixo das ordenadas as leituras obtidas
• Solução padrão estoque de fósforo 100mg/L PO4 e no eixo das abcissas as concentrações dos padrões. Pode–se obter, através das lei-
• Soluções padrões de uso de fósforo turas e concentrações dos padrões, uma equação de regressão linear para a referida
curva padrão
Preparo das soluções
Técnica
Solução de molibdato de sódio: Pesar 47,4g de molibdato de sódio dihidratado • Proceder de maneira idêntica ao preparo da curva padrão, substituindo o volume do
[Na6Mo7O24.4H2O], dissolver em 213mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado e transferir padrão por 1mL da amostra
para balão volumétrico de 1000mL contendo 220mL de água destilada. Completar o volume
com água destilada. Cálculos
Solução de cloreto estanoso 10%: Pesar 10g de cloreto estanoso diidratado (SnCl2.2H2O) e Fosfato (mg/L PO4 )=C
dissolver em ácido clorídrico (HCl) fumegante. Transferir para balão volumétrico de 100mL e
completar o volume com o mesmo ácido utilizado na dissolução do cloreto. Onde:
Solução de cloreto estanoso 0,4%: Pipetar 4mL da solução de cloreto estanoso 10% e trans- C Concentração de fósforo, em mg/L PO4, correspondente à % de transmitância ou
ferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada. Preparar absorbância, encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear
esta solução no momento do uso.
Solução padrão estoque de fósforo 100mg/L PO4: Pesar 0,1433g de fosfato diácido de po- 4.15 Dureza Total
tássio (KH2PO4) seco em estufa e dissolver em 30mL de água destilada. Transferir para ba-
lão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. Esta solução contém Determinação da dureza total, expressa em percentagens de óxido de cálcio mais óxido de
100mg/L de fósforo (PO4). magnésio, pelo método titrimétrico de complexação
Soluções padrões de uso de fósforo: Com auxílio de uma microbureta, adicionar 0,0 (bran- Reagentes e Soluções
co); 5,0; 10,0; 20,0, 30,0 e 40,0mL da solução padrão estoque de fósforo para 6 balões volumé- • Solução de EDTA 0,1N
tricos de 50mL. Completar os volumes com água destilada. Estas soluções contêm respecti- • Solução de EDTA 0,025N
vamente 0 (branco); 10; 20; 40; 60 e 80mg/L de fósforo (PO4). • Cloreto de amônio p.a.
• Hidróxido de amônio concentrado
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão • Sulfato de magnésio p.a.
• Solução tampão pH 10
• De cada solução padrão de uso de fósforo pipetar 1mL para tubos de ensaio • Trietanolamina concentrada
• Adicionar a cada tubo 19mL de água destilada • Solução de cianeto de potássio 10%
62
124 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 125
• Coquetel tampão metílico que contenha 16g de bórax por litro. Não preparar quantidade superior a 50mL, pois
• Solução de metanol + bórax a solução se deteriora com facilidade ao fim de poucos dias. É conveniente fazer estoque de
• Solução indicadora de eriocromo black T álcool metílico + bórax.
• Solução indicadora de metil orange
• Solução de carbonato de cálcio 0,025N Solução indicadora de metil orange: Pesar 0,2g do indicador e dissolver em um pouco de
água fervente. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água
Preparo das Soluções destilada.
Solução de EDTA 0,1N: Pesar 18,6126g de etileno diamino tetra acetato de sódio diidratado– Solução de carbonato de cálcio 0,025N: Pesar exatamente 1,2511g de carbonato de cálcio
EDTA – (C10H14N2O8Na2.2H2O) seco em estufa a 105ºC, durante 1h, de pureza igual a 100% ou (CaCO3) seco em estufa a 285ºC, durante 2h e transferir para um becker de 1000mL com apro-
uma quantidade correspondente, conforme a pureza do sal. Dissolver com água destilada e ximadamente 300mL de água destilada. Adicionar aos poucos uma solução de ácido clorídri-
transferir quantitativamente para balão volumétrico de 500mL, homogeneizar e completar co (HCl) 1:1, até total dissolução do sal. Neutralizá–la com uma solução de hidróxido de amô-
o volume. nio (NH4OH) 1:3 usando 3 gotas do indicador metil orange. Transferir quantitativamente para
balão volumétrico de 1000mL, completar o volume com água destilada e homogeneizar.
Solução de EDTA 0,025N: Pipetar, para balão volumétrico de 1000mL, 250mL da solução de
EDTA 0,1N, agitar e completar o volume até a marca. Pode–se pesar 4,6531g do sal seco para OBSERVAÇÃO: Padronização do EDTA 0,025 N
balão volumétrico de 1000mL.
• Pipetar 25mL da solução de carbonato de cálcio 0,025 N para erlenmeyer de 250mL
Solução tampão pH 10: Pesar 67,5g de cloreto de amônio (NH4Cl) em um becker de 400mL • Adicionar 3 a 4 gotas da solução indicadora de eriocromo black T
e dissolver com 150mL de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL, adi- • Titular imediatamente com a solução de EDTA 0,025N até o escurecimento do titula-
cionar 600mL de hidróxido de amônio (NH4OH) concentrado. Em outro recipiente, dissolver do; esperar a formação da cor azulada; caso não ocorra, adicionar uma ou mais gotas
em 100mL de água destilada 0,616g de sulfato de magnésio heptaidratado (MgSO4.7H2O) e até que a viragem ocorra
0,930g de etileno diamino tetra acetato de sódio diidratado – EDTA – (C10H14N2O8Na2.2H2O). • Anotar o volume gasto (Vg), calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção
Juntar esta solução a solução já existente no balão de 1000mL. Completar com água destila- da concentração (F) do EDTA:
da e homogeneizar.
N(verdadeira) = 0,625
Solução de cianeto de potássio 10%: Pesar 100g de cianeto de potássio (KCN) e dissolver Vg
em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o
volume com água destilada. N(verdadeira)
F=
0,025
Coquetel tampão: Adicionar, em proveta de 1000mL, 600mL da solução tampão, 300mL de
trietanolamina (C6H15NO3) e 100mL da solução de cianeto de potássio 10%. Homogeneizar Técnica
com auxílio de um bastão de vidro até total dissolução dos reagentes e guardar em frasco • Pipetar 10mL do extrato nítrico–perclórico obtido para determinação de fosfato e
limpo e seco. transferir para erlenmeyer de 125mL
• Adicionar 5mL do coquetel tampão e 5 gotas da solução indicadora de eriocromo
Solução de metanol + bórax: Pesar 16g de bórax e dissolver em 1000mL de álcool metílico black T
(CH4OH). • Titular com EDTA 0,025N até mudança de coloração
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126 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 127
Cálculos Cálculos
Dureza total (%CaO + %MgO) = Vg1 × 0,24 × F Calcio (%CaO)= Vg2 × 0,14 × F
Onde: Onde:
Vg1 Volume de EDTA 0,025 N gasto na titulação Vg2 Volume de EDTA 0,025 N gasto na titulação
F Fator de correção da concentração do EDTA 0,025 N F Fator de correção da concentração do EDTA 0,025N
Determinação da concentração de cálcio, expressa em percentagem de CaO, por titrimetria Determinação da concentração de magnésio, expressa em percentagem de MgO, por cál-
de complexação culos
64
128 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 129
Solução padrão de carbonato de sódio 0,01N: Pesar exatamente 0,5299g de carbonato de Reagentes e Soluções
sódio anidro (Na2CO3), seco a 105ºC, durante 2h, e dissolver em um pouco de água destilada. • Solução de ácido sulfúrico 25%
Transferir para um balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. • Solução de iodo 0,1N
• Solução de iodo N/32
OBSERVAÇÃO: Padronização do ácido clorídrico 0,01N • Cloreto de sódio p.a.
• Solução de amido
• Pipetar 25mL de carbonato de sódio 0,01N para erlenmeyer de 125mL • Solução de tiossulfato de sódio 0,03125N
• Adicionar 3 gotas de mistura de indicadores e titular com ácido clorídrico 0,01N • Solução de dicromato de potássio 0,03125N
• Anotar o volume gasto (Vg), calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção • Hidróxido de sódio p.a.
da concentração (F) do ácido clorídrico da seguinte maneira: • Carbonato de sódio p.a.
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130 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 131
Preparo das Soluções • Adicionar 1mL da solução de amido e continuar a titulação até obter uma coloração
levemente esverdeada
Solução de ácido sulfúrico 25%: Transferir 250mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado • Anotar o volume gasto (Vg), calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção
para um balão volumétrico de 1000mL contendo neste 500mL de água destilada. Agitar, da concentração (F1) da solução de tiossulfato de sódio, da seguinte maneira:
esfriar e completar o volume com água destilada.
N(verdadeira) = 0,78124
Solução de iodo 0,1N: Pesar 20g de iodeto de potássio (KI) livre de iodato (IO3) em 40mL de Vg
água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e adicionar 12,75g de iodo (I2)
puro ressublimado. Tampar o balão e agitar para dissolver o iodo, esfriar e completar com N(verdadeira)
F1 =
0,03125
água destilada. Guardar esta solução em lugar frio e em frasco de cor âmbar.
Solução de iodo N/32: Transferir 312,5mL da solução de iodo 0,1N para balão volumétrico de OBSERVAÇÃO: Padronização da solução de iodo 0,03125N
1000mL. Completar o volume com água destilada. Esta solução corresponde a N/32 e deve
ser guardada em lugar frio em frasco de cor âmbar. • Pipetar 25mL da solução de iodo 0,03125 para erlenmeyer de 250mL, adicionar 75mL
de água destilada e titular com a solução de tiossulfato de sódio 0,03125N recém–pa-
Solução de amido: Pesar 10g de amido e 5g de cloreto de sódio (NaCl) e transferir para um dronizada até obter uma coloração amarelo–clara
becker de 1000mL. Juntar 500mL de água destilada e aquecer sob agitação até total dissolu- • Adicionar 2mL da solução de amido e continuar a titulação até descolorir
ção. Ferver durante 2min e cobrir com vidro de relógio para repousar por 1 noite. Filtrar em • Anotar o volume gasto (Vg), calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção
papel de filtro faixa preta para um recipiente limpo e escuro . da concentração (F2) da solução de iodo da seguinte maneira:
Solução de tiossulfato de sódio 0,03125N: Pesar exatamente 7,7556g de tiossulfato de só- (0,03125×Vg×F1 )
N(verdadeira) =
dio pentaidratado (Na2S2O3.5H2O) e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para Vg
balão volumétrico de 1000mL, adicionar 0,05g de carbonato de sódio anidro (Na2CO3), ou 1g
de hidróxido de sódio (NaOH), ou ainda 5mL de clorofórmio (CHCl3), e completar o volume N(verdadeira)
F2=
com água destilada previamente fervida. 0,03125
66
132 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 133
4.20. Cor ICUMSA • Ajustar o pH para 7 ± 0,1 da solução não filtrada, S1, com uma solução de ácido clorí-
drico ou hidróxido de sódio, ambas 0,1N
Determinação da cor ICUMSA por colorimetria • Medir o Brix refratométrico da solução S1
• Medir a absorbância (AS1) da solução não filtrada e neutralizada em uma cubeta de
Reagentes e Soluções 10mm (1cm) estando o espectrofotômetro ajustado em 420nm e aferido em 0,0 de
• Solução de hidróxido de sódio 0,1N absorbância e 100% de transmitância com água destilada
• Solução de ácido clorídrico 0,1N
Cálculos
Preparo das Soluções
Técnica NOTAS:
• Preparar uma solução com aproximadamente 5oBrix. Por exemplo, se o Brix do caldo • A concentração da solução (g/mL) pode ser obtida da seguinte forma:
for 13,25º então para fazer 100g da solução a 5oBrix deve–se pesar: (100/13,25) x 5 =
37,74g de caldo e completar o peso para 100g com água destilada. (Brix%solucaoS2 × densidade aparente)
Concentracao (g/mL) =
100
• Dividir a solução preparada em 2 beckers de 250mL, designando as soluções de S1 e
S2.
• A densidade aparente da solução analisada (massa específica em g/mL) pode ser ob-
NOTA: tida na tabela 4.
A divisão desta solução é para determinação de cor ICUMSA e também da turbidez de uma
mesma solução, ou seja, de uma mesma amostra.
4.21 Turbidez
• Preparar um conjunto de filtração a vácuo, usando membrana com 0,45μm de aber-
tura Determinação da turbidez pelos métodos do espectrofotômetro, utilizando os valores das
• Filtrar a solução S2, desprezando os primeiros filtrados. absorbâncias obtidas na análise de cor ICUMSA, e do turbidímetro.
• Transferir o filtrado para um becker de 100mL
• Ajustar o pH para 7 ± 0,1 com uma solução de ácido clorídrico ou hidróxido de sódio, MÉTODO DO ESPECTROFOTÔMETRO
ambas 0,1N
• Medir o Brix refratométrico da solução S2 Cálculos
• Medir a absorbância (AS2) da solução filtrada e neutralizada em uma cubeta de
10mm (1cm) estando o espectrofotômetro ajustado em 420nm e aferido em 0,0 de Turbidez = IT - Cor ICUMSA
absorbância e 100% de transmitância com água destilada
67
134 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 135
Cálculos Solução padrões de uso de dextrana (100mg/L a 1000mg/L): Separar 10 balões de 200mL
e em cada balão adicionar os volumes da solução padrão estoque de 1000mg/L de dextrana,
Turbidez(NTU) = L conforme mostrado na tabela a seguir:
Onde:
L Leitura obtida no turbidímetro
68
136 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 137
Concentrações das soluções Volumes da solução estoque de • Aguardar 2 min e fazer as leituras das absorbâncias de cada solução, estando o espec-
padrões de uso em mg/L de 1000mg/L de dextrana a serem trofotômetro ajustado para 720ηm
dextrana adicionados • Através dos dados das absorbâncias e concentrações dos padrões, elaborar o gráfico
100 20 da curva padrão ou calcular a equação de regressão linear.
Técnica
200 40
• Filtrar a amostra de caldo, seja obtido na prensa ou no processo, inicialmente em al-
300 60
godão e posteriormente em papel de filtro qualitativo
400 80
• Determinar o Brix do caldo filtrado através de refratômetro
500 100
• Acoplar o suporte plástico com a membrana em uma seringa plástica de 20mL
600 120
• Adicionar 10mL de caldo filtrado à seringa, usando a própria medida da seringa
700 140
• Acrescentar 2mL da solução de TCA a 10%
800 160
• A partir deste ponto proceder exatamente conforme indicado para as soluções pa-
900 180
drões da elaboração da curva padrão.
1000 200
Cálculos
Solução de ácido tricloroacético (TCA) 10%: Pesar 10g de ácido tricloroacético (C2HCl3O2)
e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e
Dextrana(mg/L) = C
completar o volume com água destilada.
Onde:
Celite tratado: Transferir 50g de celite para um becker de 2000mL. Adicionar 950mL de água
C Concentração de dextrana na amostra encontrada no gráfico da curva padrão ou da
deionizada com pH pré-determinado. Adicionar 50mL de ácido clorídrico p.a. e agitar por
equação de regressão linear, em mg/L.
5min em agitador magnético. Filtrar toda solução a vácuo com papel de filtro qualitativo,
descartando o filtrado existente no kitassato. Prosseguir a filtração a vácuo, lavando o celite
NOTA:
com porções de 150 – 200mL de água deionizada. Realizar a medição do pH de cada porção
de água deionizada usada nas lavagens da celite até obtermos novamente o pH original da A
Dextrana (mg/L / Brix ou ppm / Brix) =
água deionizada usada. Secar a celite tratada em estufa a 105°C durante 6h. Armazenar o B×0,01
celite tratado em frasco hermeticamente fechado.
Onde:
OBSERVAÇÃO: Curva de calibração
A Concentração de dextrana na amostra em mg/L
B Brix em volume do caldo analisado, calculado da seguinte forma:
• Acoplar o suporte plástico com a membrana em uma seringa plástica de 20mL
• Transferir separadamente 10mL de cada solução padrão de trabalho de dextrana
Brix em volume = Brix em peso × me
usando a própria escala da seringa
• Acrescentar 2mL da solução de TCA a 10%
Onde:
• Colocar 0,2g de celite tratado e conectar o êmbolo na seringa
me Massa específica da solução a 20° em g/mL, encontrada na tabela 4
• Inverter cuidadosamente sem agitar o conjunto de filtração por duas vezes
• Filtrar lentamente pressionando o êmbolo da seringa, descartando os primeiros 2mL
MÉTODO QUANTITATIVO COM SOLUÇÃO DE SACAROSE/TCA
do filtrado
• Filtrar lentamente gota a gota, 5mL da solução para um tubo de ensaio
• Acrescentar 5mL de álcool etílico absoluto no tubo e inverte-lo por 2 a 3 vezes
69
138 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 139
NOTAS:
Solução de ácido tricloroacético 10%: Pesar 10g de ácido tricloroacético (C2HCl3O2) e dissol-
• O álcool deve ser adicionado dentro de 20min a partir da adição da solução de dex-
ver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar
trana na solução de sacarose/TCA
o volume com água destilada.
• Recomenda–se que o álcool etílico seja adicionado em cada balão entre 3 a 4 minutos
de diferença entre um e outro balão
Solução de sacarose/TCA: Pesar 20g de sacarose em becker de 250mL, dissolver com um
• Pode-se utilizar cubetas de 10 ou 40mm, desde que a cubeta usada na elaboração da
pouco de água deionizada. Transferir para balão volumétrico de 200mL, adicionar 6,2mL de
curva padrão seja a mesma da leitura das amostras.
solução de TCA e homogeneizar. Completar o volume com água deionizada e homogeneizar.
Determinação
70
140 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 141
71
142 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 143
Solução de ácido acético 0,030mol/L: Diluir 30mL da solução de ácido acético 1mol/L em transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água deionizada e
1000mL com água deionizada. Armazenar em frasco de cor âmbar. homogeneizar. Esta solução deve ser preparada no dia de sua utilização e depois descartada.
Solução de cloreto de cálcio – ácido acético: Ajustar o pH da solução de cloreto de cálcio OBSERVAÇÃO: Preparo da Curva Padrão
para pH 3,0 ± 0,1 com solução de ácido acético 0,030mol/L.
• Pesar 3,6g de sacarose para cada balão de uma série de 09 balões volumétricos de
Solução de iodato de potássio 0,0017 mol/L: Secar 0,5g de iodato de potássio em estufa a 50mL
105°C durante 2h. Pesar exatamente 0,3567g de iodato de potássio (KIO3) dissolver em um • Adicionar a cada balão os volumes (mL) das soluções padrões e água indicados na
pouco de água deionizada e transferir para balão volumétrico de 1000mL, Completar o vo- tabela a seguir.
lume com água destilada. Armazenar esta solução em frasco âmbar com tampa rosqueável.
mL de solução padrão de
Conc. Amido
Solução de iodeto de potássio 10%: Pesar 10,0g de iodeto de potássio (KI) e dissolver em Balão n° amido (mg/L) mL Água
em mg/L
um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o vo- 45 180 900
lume com água destilada. 1 - - - 7 0
2 2 - - 5 25
Solução padrão de amido 900 mg/L: Pesar aproximadamente 2,0000g de amido e secar em 3 - 1 - 6 50
estufa a 105°C, durante 2h, calcular a umidade e desprezar o material. Pesar o equivalente a 4 - 2 - 5 100
900mg do amido seco, calculado da seguinte forma: 5 - 3 - 4 150
6 - 4 - 3 200
Amido(g) = [ (0,9×100)
(100 - umidade%) ] 7
8
-
-
5
7
-
-
2
-
250
350
9 - - 2 5 500
Adicionar 5 a 10mL de água destilada e misturar com bastão de vidro. Para completar a hi-
dratação do amido, aguardar aproximadamente 10min com homogeneização não contínua.
• Agitar até completa dissolução do açúcar. Dentro de 30min após adição da água para
Transferir quantitativamente a mistura para becker de 1000mL contendo 500mL de água
dissolver o açúcar, colocar os balões no banho de água em ebulição
destilada. Colocar em ebulição o becker contendo o amido durante 3min. Transferir a solu-
• Pipetar 15mL da solução de cloreto de cálcio/ácido acético e transferir para cada ba-
ção a quente para balão volumétrico de 500mL lavando o becker com pequenas porções de
lão e homogeneizar
água quente. Esfriar o balão, completar o volume com água deionizada e homogeneizar. Esta
• Tampar os balões e colocar em banho com água em ebulição por 15min e iniciar a
solução é estável por uma semana se armazenada em geladeira se armazenada em frasco
contagem de tempo
âmbar.
• Após 15min retirar os balões e esfriar a temperatura ambiente
• Adicionar a cada balão 15mL da solução de ácido acético 0,030mol/L e 10mL da so-
NOTA:
lução de iodeto/iodato de potássio. Completar os volumes com água deionizada e
Deve–se utilizar amido de batata.
homogeneizar
• Realizar as leituras das absorbâncias a 700ηm no intervalo de 10 a 20min após a adi-
Solução padrão de amido 180 mg/L: Pipetar 20mL da solução padrão 900mg/L de amido
ção do iodeto/iodato, utilizando uma cubeta de 10mm ou 20mm e água deionizada
e transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água deionizada e
como prova em branco
homogeneizar. Esta solução deve ser preparada no dia de sua utilização e depois descartada.
• A partir dos valores relacionados, construir a curva padrão plotando o teor de amido
(mg/L) no eixo das abcissas e as leituras das absorbâncias no eixo das ordenadas, ou
Solução padrão de amido 45 mg/L: Pipetar 5mL da solução padrão 900mg/L de amido e
calcular a equação de regressão linear
72
144 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 145
• Qualquer mudança de reagentes ou de espectrofotômetro, haverá necessidade de se trada no gráfico ou através da equação de regressão linear
determinar nova curva padrão B Brix em volume do caldo analisado, calculado da seguinte forma:
Amido(mg/L) = C Solução estoque de sílica 1000mg/L SiO2: Pesar 3,5304g de metassilicato de sódio pen-
taidratado (Na2SiO3.5H2O) e dissolver em um pouco de água destilada e em 20mL de ácido
Onde: clorídrico a 2%. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com
água destilada.
C Concentração de amido na amostra em mg/L correspondente à absorbância, encon-
trada no gráfico ou através da equação de regressão linear Solução de ácido clorídrico 2%: Num becker de 1000mL, juntar 20mL de ácido clorídrico
(HCl) concentrado em 500mL de água destilada, transferir para um balão volumétrico de
NOTA: 1000mL, esfriar e completar o volume com água destilada. Misturar e estocar em frasco bem
Para obter o resultado do amido em função do Brix da amostra proceder da seguinte forma: fechado de polietileno.
73
146 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 147
Solução de ácido oxálico 10%: Pesar 10g de ácido oxálico diidratado (C2H2O4.2H2O) e dissol- • Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi-
ver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar tância, estando este ajustado em 460ηm de comprimento de onda
o volume com água destilada. Guardar em frasco de polietileno • Fazer a leitura das absorbâncias
Solução de sulfito de sódio 17%: Pesar 170g de sulfito de sódio anidro (Na2SO3) e dissolver
em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o
volume com água destilada. Guardar em frasco de polietileno.
OBSERVAÇÃO: Curva de calibração Cálculos
• Pipetar para balões volumétricos de 100mL as seguintes alíquotas da solução padrão Silica(mg/L) = C
de 1000mg/L SiO2, e completar com água destilada: Onde:
C Concentração de sílica na amostra em mg/L correspondente à absorbância, encon-
Alíquotas (mL) Padrões de SiO2 (mg/L) trada no gráfico ou através da equação de regressão linear.
0,0 Branco
0,5 5,0 NOTA:
2,5 25,0 Para obter o resultado da sílica em função do Brix da amostra proceder da seguinte forma:
5,0 50,0
7,0 75,0 C
Silica (mg ⁄ L / Brix ou ppm ⁄ Brix) =
(B x 0,01)
10,0 100,0
OBSERVAÇÃO: No preparo do branco, não adicionar as duas últimas soluções. Brix em volume = Brix em peso × me
74
148 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 149
Solução tampão de acetato de sódio pH 3,8: Dissolver 136g de acetato de sódio trihidrata-
do em aproximadamente 800 mL de água, acertar o pH para 3,8 com ácido clorídrico concen- 4.26. Cinzas Condutimétricas
trado (HCl), completar o volume a 1.000 mL com água em balão volumétrico.
Determinação das cinzas condutimétricas pelos métodos do rafinômetro e do condutivíme-
Técnica tro
• Pipetar 10 mL da amostra previamente filtrada e colocar em frasco de micro digestor
de Kejdahl. MÉTODO DO RAFINÔMETRO
• Colocar 10 mL de ácido nítrico concentrado mais 02 mL de ácido perclórico concen-
trado, digerir até clarear, caso não haja clareamento da amostra, repetir o procedi- NOTA:
mento anterior, prosseguir com a digestão até o aparecimento de fumos brancos. Proceder ao ajuste do equipamento de acordo com o manual do fabricante.
• Transferir o extrato digerido com água destilada quente para um becker de 150 mL,
ajustar o pH para 3,8 – 4,0. Técnica
• Transferir o extrato após a correção do pH para balão volumétrico de 100 mL, esfriar • Filtrar a amostra em papel de filtro ou algodão
e completar o volume com água destilada. Chamar esta solução de EXTRATO NÍTRI- • Pesar 10g da amostra e transferir quantitativamente para balão volumétrico de
CO–PERCLÓRICO. CUIDADO. 200mL, completando o volume com água destilada
• Para 03 tubos de ensaios pipetar as seguintes quantidades: • Homogeneizar e ajustar a temperatura para 20ºC
75
150 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 151
• Lavar a célula de condutividade do equipamento pelo menos três vezes e encher com Cálculos
a solução a ser lida
• Fazer as leituras da temperatura e das cinzas Cinzas condutimetricas%caldo = K × (C1 - 0,9 × C2 )
• Determinar o teor de cinzas condutimétricas da água utilizada na diluição da amostra
Onde:
K 18 x 10-4
NOTA: C1 Condutividade da solução da amostra em µS/cm a 20ºC
Caso o valor das cinzas da água seja maior 0,002%, este deve ser subtraído do valor das cin- C2 Condutividade da água em µS/cm a 20ºC
zas obtido na solução da amostra, caso contrário, esta correção não será necessário.
NOTA:
Cálculos Caso o equipamento não faça a correção automática de temperatura, as correções das leitu-
ras das condutividades na solução de caldo e na água para temperatura de 20ºC são feitas
Cinzas%Caldo = C1 - C2 multiplicando os valores lidos nas diferentes temperaturas pelos fatores obtidos na Tabela 5.
Onde:
C1 Cinzas % caldo a 20ºC 4.27 Resíduo Insolúvel
C2 Cinzas % água a 20ºC
Determinação dos resíduos do caldo retidos após filtração em tela de nylon 21 microns (600
NOTA: mesh), também chamados resíduos insolúveis.
Caso o equipamento não faça a correção automática de temperatura, as correções das leitu-
ras das cinzas na solução de caldo e na água para temperatura de 20ºC são feitas multiplican- Técnica
do os valores lidos nas diferentes temperaturas pelos fatores obtidos na Tabela 5. • Pesar uma tela de filtração previamente seca em estufa a 105ºC por 30min (P1)
• Montar o sistema de filtração a vácuo com funil de Buchner e kitassato
MÉTODO DO CONDUTIVÍMETRO • Filtrar aproximadamente 1000g da amostra previamente homogeneizada (PA)
• Lavar a tela de filtração com água suficiente para assegurar a completa remoção dos
NOTA: resíduos solúveis
Proceder ao ajuste do equipamento de acordo com o manual do fabricante. • Retirar a tela do funil contendo os resíduos insolúveis e transferir para estufa a 105ºC
por 30min
Técnica • Retirar, esfriar em dessecador e pesar (P2)
• Filtrar a amostra em papel de filtro ou algodão
• Pesar 10g da amostra e transferir quantitativamente para balão volumétrico de Cálculos
200mL, completando o volume com água destilada
• Homogeneizar e ajustar a temperatura para 20ºC
• Lavar a célula de condutividade do equipamento pelo menos três vezes e encher com
Residuo insoluvel (mg ⁄ Kg) =
[ P2 - P1
Pa ] x 1000
a solução a ser lida ou caso o equipamento contenha eletrodo em lugar das células,
imergi-lo na solução Onde:
• Fazer as leituras da temperatura e da condutividade em µS/cm P1 Peso da tela seca e limpa (g)
• Determinar a condutividade da água utilizada na diluição da amostra P2 Peso da tela + resíduos insolúveis n(g)
PA Peso da amostra em Kg
76
152 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 153
4.28. Compostos Fenólicos Esta solução deve ser preparada no momento do ensaio, pois sua estabilidade é de apenas
2h.
Determinação da concentração de ácidos fenólicos, expressa em mg/L, por espectrofotome-
tria, através dos métodos do ácido sulfanílico e Folin-Ciocalteu Solução padrão de ácido gálico 200mg/L: Pesar exatamente 0,1000g de ácido gálico e dis-
NOTA IMPORTANTE: solver em água destilada. Transferir para balão volumétrico de 500mL e completar o volume
Fenóis e aminoácidos são os dois maiores grupos precursores de cor na cana de açúcar. Áci- com água destilada.
dos fenólicos formam compostos coloridos com o ferro e cobre, sendo facilmente oxidados
para formar compostos coloridos polimerizados. A concentração de ácidos fenólicos indica a OBSERVAÇÃO: Curva de calibração
tendência de o açúcar escurecer durante seu armazenamento.
• Separar 7 balões volumétricos de 100mL e adicionar a cada, respectivamente, os se-
Neste Manual estão apresentados dois métodos, sendo um expressando os compostos fenó- guintes volumes da solução padrão de ácido gálico: 0,0(branco); 1,0; 2,0; 4,0; 6,0; 8,0
licos como ácido gálico e o outro como ácido caféico. e 10,0mL. Completar os volumes dos balões com água destilada. Estas soluções, res-
pectivamente, possuem as seguintes concentrações: 0,0 (branco); 0,2; 0,4; 0,8; 1,2; 1,6
MÉTODO DO ÁCIDO SULFANÍLICO e 2,0 mg de ácido gálico por 100mL
• Separar 7 balões volumétricos de 50mL e adicionar a cada um 10mL das soluções pa-
Reagentes e Soluções drões de 0,0 (branco); 0,2; 0,4; 0,8; 1,2; 1,6 e 2,0 mg de ácido gálico por 100mL, e 10mL
• Solução de EDTA 0,01 mol/L da solução de EDTA 0,01 mol/L
• Solução de ácido sulfúrico 0,5 mol/L • Completar apenas o volume do balão com 0,0 mg ácido gálico /100mL (branco)
• Solução de ácido sulfanílico 0,8%m/v • Nos demais balões adicionar 4,0mL da solução de ácido sulfanílico 0,8% e 2,0mL da
• Solução de nitrito de sódio 4% solução de nitrito de sódio 4%
• Solução padrão de ácido gálico 200mg/L • Agitar e completar os volumes com água destilada
• Marcar 60min após a adição da solução de nitrito de sódio 4% para desenvolvimento
Preparo das Soluções da cor
• Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi-
Solução de EDTA 0,01 mol/L: Pesar 3,72g de EDTA e dissolver em água destilada. Transferir tância, estando este ajustado em 420nm de comprimento de onda
para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. • Fazer as leituras das absorbâncias
• Construir o gráfico da curva padrão plotando as leituras das absorbâncias nas orde-
Solução de ácido sulfúrico 0,5 mol/L: Pesar 49g de ácido sulfúrico p.a e adicionar a aproxi- nadas e as concentrações dos padrões (mg/100mL de ácidos fenólicos, como ácido
madamente 500mL de água destilada. Esfriar, transferir para balão volumétrico de 1000mL e gálico) no eixo das abscissas, ou calcular a equação de regressão linear
completar o volume com água destilada.
Técnica
Solução de ácido sulfanílico 0,8%m/v: Dissolver 0,800g de ácido sulfanílico em aproximada- • Medir 30mL de caldo e adicionar 1–3g de substância clarificante (octapol ou celite)
mente 50mL de água morna. Adicionar 10mL da solução de ácido sulfúrico 0,5 mol/L. Mistu- • Filtrar em papel de filtro faixa branca ou equivalente
rar perfeitamente, transferir para balão de 100mL e completar o volume com água destilada. • Determinar o Brix refratométrico (ver item 4.1)
• Pipetar 3mL do caldo filtrado e transferir para balão volumétrico de 50mL e completar
Solução de nitrito de sódio 4%: Pesar e dissolver 1,000g de nitrito de sódio em 25mL de o volume com água destilada
água destilada. • Pipetar 10mL do caldo diluído e transferir para outro balão de 50mL
• Em outro balão de 50mL adicionar 10mL de água destilada (branco)
NOTA: • Em cada balão adicionar 10mL da solução de EDTA 0,01 mol/L
77
154 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 155
78
156 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 157
C Concentração de compostos fenólicos, expressa em mg/L de ácido caféico, corres- Solução de hidróxido de sódio 20%: Pesar 20g de hidróxido de sódio p.a, dissolver e trans-
pondente à absorbância, encontrada no gráfico ou através da equação de regressão linear ferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada.
Solução de ácido acético 20%: Medir exatamente 20mL de ácido acético p.a e transferir para
NOTAS: balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada.
• Se necessário usar a amostra “in natura” ou fazer outra diluição para que a absorbância
se enquadre nos valores das absorbâncias dos padrões da curva de calibração. Neste Solução tampão de acetato pH 5,0: Misturar 50mL da solução de hidróxido de sódio 20%,
caso, respectivamente, eliminar ou multiplicar o resultado pelo novo fator de diluição. com 100mL de uma solução de ácido acético 20%.
• Para obter o resultado dos compostos fenólicos em função do Brix da amostra proce-
der da seguinte forma: Solução estoque de cianeto de potássio 0,01 mol/L: Pesar 0,1628g de cianeto de potássio
e dissolver. Transferir para balão volumétrico de 250mL e completar o volume com água
CF deionizada. Esta solução é estável por 3 meses.
Compostos fenolicos (mg ⁄ L / Brix ou ppm ⁄ Brix) =
(B x 0,01)
Solução de cianeto de potássio 0,0002 mol/L: Diluir 5mL da solução estoque de cianeto
Onde: de potássio 0,01 mol/L em balão volumétrico de 250mL com etileno glicol. Esta solução é
CF Concentração de compostos fenólicos na amostra em mg/L estável por 1 mês.
B Brix em volume do caldo analisado, calculado da seguinte forma:
NOTA IMPORTANTE:
Brix em volume = Brix em peso × me O cianeto de potássio (KCN) é extremamente venenoso por ser altamente tóxico, poden-
Onde: do levar à morte rapidamente. Todos os cuidados de segurança devem ser tomados ao
Me Massa específica da solução a 20° em g/mL, encontrada na tabela 4 manusear este reagente.
Determinação da concentração de ácidos fenólicos, expressa em mg/kg, por espectrofoto- Solução de isopropanol 50%: Misturar 50mL de isopropanol com 50mL de água deionizada.
metria
Solução de ácido glutâmico 0,1% (95mg/L N amínico): Pesar 0,1g de ácido glutâmico e dis-
Reagentes e Soluções solver em água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume
• Solução de hidróxido de sódio 20% com água deionizada.
79
158 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 159
80
160 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 04 - Caldos 161
Cálculos
Onde:
A284 Absorbância lida a 284ηm
81
Capítulo 05
Xarope
82
Capítulo 05 - Xarope 165
Sumário
Método densimétrico............................................................................................... 00
Método refratométrico............................................................................................ 00
Método Eynon–Lane................................................................................................ 00
Método Somogyi–Nelson....................................................................................... 00
Método Eynon–Lane................................................................................................ 00
Método Somogyi–Nelson....................................................................................... 00
5.7 pH ............................................................................................................................................... 00
5.9 Fosfato....................................................................................................................................... 00
5.12 Turbidez.................................................................................................................................. 00
83
166 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 05 - Xarope 167
Determinação da percentagem de sólidos dissolvidos em solução, expressa em graus Brix, Brix%xarope = (L ± Ft) × Fd
pelos métodos densimétrico e refratométrico.
Onde:
MÉTODO DENSIMÉTRICO L Leitura obtida no refratômetro.
Ft Fator de temperatura (tabela 1A).
Técnica Fd Fator de diluição (neste caso 5).
• Resfriar a amostra de xarope até a temperatura ambiente;
• Pesar 200g de xarope em um becker previamente tarado; NOTA:
• Adicionar água destilada até completar um peso total de 1000g; Para o caso de análises realizadas com refratômetro que possuem correção automática de
• Misturar até completa homogeneização e encher a proveta de 500mL; temperatura, multiplicar a leitura apenas pelo fator de diluição.
• Imergir cuidadosamente o densímetro de Brix;
• Deixar em repouso por 20 min, fazer a leitura do Brix, e se o densímetro tiver termô-
metro, ler também a temperatura; caso contrário, imergir um termômetro e deixar 5.2 Pol % Xarope
durante 2 min, lendo a seguir a temperatura;
• Com auxílio da tabela 1B, corrigir a leitura para a temperatura padrão de 20°C; Determinação da concentração de sacarose aparente, expressa em percentagem, pelo mé-
• Multiplicar o Brix corrigido por 5, obtendo–se o Brix do xarope. todo polarimétrico.
Técnica
• Filtrar em algodão uma porção da solução utilizada para determinação do Brix densi- Cálculos
métrico, desprezando os primeiros 25mL do filtrado;
• Limpar os prismas do refratômetro com água destilada usando algodão ou um papel Pol%xarope = Ls × Ft × Fpol × Fd
absorvente fino para secá-los;
• Colocar algumas gotas da solução entre os prismas, fechá-los e deixar por alguns se- Onde:
gundos para que a solução atinja a temperatura dos prismas. Ls Leitura sacarimétrica.
Ft Fator de correção de temperatura, caso a temperatura da solução não seja 20°C
(tabela 2).
84
168 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 05 - Xarope 169
Fpol Fator de polarização (tabela 3). Fehling B e aproximadamente 50mL de água destilada;
Fd Fator de diluição (neste caso 5). • Colocar o erlenmeyer na chapa aquecedora, aquecer até ebulição e manter por
2min;
• Adicionar 3 a 4 gotas do indicador de azul de metileno;
5.3. Pureza % Xarope • Completar a titulação até a descoloração do azul de metileno para vermelho tijolo
(V1).
Determinação da pureza do xarope, expressa em percentagem, por cálculos.
NOTA:
Cálculos Este volume gasto (V1) servirá apenas de orientação para execução da análise.
Pureza%xarope =
( pol%xarope
Brix%xarope ) x 100
• Repetir a titulação, colocando agora no erlenmeyer de 250mL, 5mL da solução de
Fehling A + 5mL de Fehling B, um volume igual a (V1 – 1) da solução contendo a amos-
tra (bureta) e a seguinte quantidade de água: mL água = 75 – (10 + (V1);
5.4. Açúcares Redutores % Xarope • Proceder à titulação conforme a técnica da 1ª titulação;
• Anotar o volume (V2) e repetir a 2ª titulação, anotar o volume (V3);
• Caso (V2) difira de (V3) em mais de 0,2mL, efetuar nova titulação ;
Determinação da concentração de açúcares redutores (glicose e frutose), expressa em per- • Considerar o volume final gasto na titulação como (Vg).
centagem, utilizando os métodos de Eynon–Lane e Somogyi–Nelson.
Cálculos
MÉTODO EYNON–LANE
Reagentes e Soluções
Acucares redutores%xarope = [ (62,5 × f)
Vg ] xF
85
170 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 05 - Xarope 171
Onde:
La Absorbância da amostra (média das duas leituras dos tubos 5 e 6).
Acucares redutores%xarope = [ 1250
Vg ] xF
86
172 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 05 - Xarope 173
Cálculos Técnica
• Pesar 5,0000g da amostra em erlenmeyer de 250mL
87
174 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 05 - Xarope 175
Reagentes e Soluções Determinação da dureza total, expressa em percentagens de óxido de cálcio mais óxido de
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de fosfato com digestão nítri- magnésio, por titrimetria de complexação
ca–perclórica para caldos
Reagentes e Soluções
Técnica Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de dureza total para caldos
• Medir 50mL de xarope, transferir para balão volumétrico de 200mL e completar o vo-
lume com água destilada Técnica
• Pipetar 5mL desta solução diluída e proceder de maneira idêntica à determinação de • Pipetar 10mL do extrato nítrico–perclórico para erlenmeyer de 125mL
fosfato em caldos, pelo método da digestão nítrica–perclórica • Adicionar 5mL de coquetel tampão, 5 gotas da solução indicadora de eriocromo black
T e titular com EDTA 0,025N até mudança de coloração, anotando o volume gasto (Vg)
Cálculos
Cálculos
Fosfato (ppm P2O5 ) = C × 183,2
Dureza total (%CaO + %MgO) = Vg × 0,96 × F
Onde:
C Concentração de fósforo, em ppm P, correspondente à % de transmitância ou absor- Onde:
bância, encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear Vg Volume de EDTA 0,025N gasto na titulação
F Fator de correção da concentração do EDTA 0,025N
MÉTODO COLORIMÉTRICO COM SOLUÇÃO REDUTORA DE ELON
88
176 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros
caldos.
5.12. Turbidez
Determinação dos resíduos em xarope retidos após filtração em tela de nylon 21 microns
(600 mesh), também chamados resíduos insolúveis.
metodologias indicadas para caldos.
Capítulo 06
Massas e
Magma
89
Capítulo 06 - Massas e Magma 179
Sumário
Método densimétrico............................................................................................... 00
Método refratométrico............................................................................................ 00
Método da centrifugação....................................................................................... 00
Método do condutivímetro.................................................................................... 00
Método do rafinômetro........................................................................................... 00
6.7 Turbidez.................................................................................................................................... 00
90
180 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 06 - Massas e Magma 181
Técnica Onde:
• Colocar algumas gotas da solução preparada para determinação do Brix densimétrico Ls Leitura sacarimétrica
entre os prismas do refratômetro e fazer a leitura Ft Fator de correção de temperatura, caso a temperatura da solução não seja 20°C
(tabela 2)
Cálculos Fpol Fator de polarização (tabela 3)
Fd Fator de diluição (neste caso 5)
Brix% = (L ± Ft) × Fd
91
182 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 06 - Massas e Magma 183
92
184 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 06 - Massas e Magma 185
• Caso o condutivímetro contenha célula na forma de eletrodo, mergulhá–lo em uma ração, preferivelmente usando padrões a 20°C
porção da amostra e proceder à lavagem • Os rafinômetros modernos dispõem de sistema de compensação de temperatura e
• Tomar outra porção da solução e proceder à determinação da condutividade da solu- da constante da célula, neste caso obtém–se diretamente a % cinzas a 20°C.
ção, anotando sua temperatura
• Determinar a condutividade da água utilizada na diluição da amostra, de maneira se- Cálculos
melhante à determinação das amostras
Cinzas condutimetricas% = (C - Ca) × Fd
NOTAS:
• As leituras das condutividades da solução contendo a amostra e da água de diluição Onde:
deverão ser corrigidas a 20°C através da tabela 5. C % cinzas da solução a 20°C
• A calibração do equipamento deve ser realizada de acordo com seu manual de opera- Ca % cinzas da água a 20°C
ção, preferivelmente usando padrões a 20°C. Fd Fator de diluição para determinação do Brix (neste caso 5)
93
Capítulo 07
Méis
94
Capítulo 07 - Méis 189
Sumário
Método densimétrico............................................................................................... 00
Método refratométrico............................................................................................ 00
Método Eynon-Lane................................................................................................. 00
Método Somogy-Nelson......................................................................................... 00
Método Eynon-Lane................................................................................................. 00
Método Somogy-Nelson......................................................................................... 00
Método do condutivímetro.................................................................................... 00
Método do rafinômetro........................................................................................... 00
7.17 pH............................................................................................................................................. 00
95
Capítulo 07 - Méis 191
NOTA:
• Caso o aerômetro não seja equipado com termômetro, imergir o termômetro e fazer
a leitura após 5min
• Fazer a correção da temperatura a 20ºC através do fator, encontrado, na tabela 1B
Cálculos
Brix%mel = (L ± Ft) × Fd
Onde:
L Leitura obtida no aerômetro
Ft Fator de temperatura (tabela 1B)
Fd Fator de diluição (neste caso 6)
MÉTODO REFRATOMÉTRICO
Técnica
• Pesar exatamente 100g de mel em um becker de 1000mL
• Completar com água destilada até 600g
• Com auxílio do bastão, misturar até completar a dissolução
• Colocar algumas gotas da solução acima entre os prismas do refratômetro e fazer a
leitura
96
192 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 193
( Brix%mel ) x 100
Ft Fator de temperatura (tabela 1A). Pol%mel
Pureza%mel =
NOTA:
Para o caso de análises realizadas com refratômetro que possuem correção automática de
temperatura, multiplicar a leitura apenas pelo fator de diluição. 7.4 Açúcares Redutores - Em Mel Invertido
97
194 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 195
tão de vidro lação varia pouco, pode–se considerar f = 1, o que resume a fórmula em:
• Transferir para balão volumétrico de 200mL
•
•
Completar o volume com água destilada (solução A)
Pipetar da solução A 50mL para balão volumétrico de 250mL
Acucares redutores%mel invertido = ( 1000
Vg )
xF
98
196 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 197
NOTA IMPORTANTE:
Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação, Onde:
como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro- f Fator de correção devido à presença da sacarose
cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus C Concentração, em gramas, da solução a analisar
respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás- Vg Volume gasto na titulação
sicos das análises titrimétricas. F Fator de correção da concentração do licor de Fehling
Técnica NOTA:
• Pesar 5,0000g da amostra em becker de 100mL Considerando que a concentração da sacarose no volume da amostra diluída gasto para
• Adicionar um pouco de água destilada e dissolver a amostra com a ajuda de um bas- titulação varia pouco, pode-se considerar f = 1, ou seja:
tão de vidro
• Transferir para balão volumétrico de 200mL
• Completar o volume com água destilada (solução A)
Acucares redutores%melaco = ( 800
Vg )
xF
99
198 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 199
Reagentes e Soluções
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de A.R. para mel invertido MÉTODO SOMMOGY-NELSON
Proceder conforme metodologia indicada para xarope
NOTA IMPORTANTE:
Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação,
como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro- 7.8. Açúcares Redutores Infermentescíveis % Mel
cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus
respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás- Determinação da concentração de açúcares infermentescíveis, expressa em percentagem,
sicos das análises titrimétricas. em amostras de méis, mel invertido e melaço, utilizando o método de Eynon-Lane
100
200 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 201
101
202 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 203
P Tara da cápsula
Determinação da concentração de açúcares totais fermentescíveis, expressa em percenta- P1 Peso da amostra “in natura”
gem, em amostras de méis, mel invertido e melaço, por cálculos P2 Peso da cápsula tarada mais amostra calcinada
Cálculos
7.14. Cinzas Condutimétricas
Acucares Totais Fermenteciveis%mel = AT%mel - ARI%mel
Determinação da concentração de cinzas condutimétricas, expressa em percentagem, em
Onde: amostras de méis, mel invertido e melaço, utilizando os métodos do condutivímetro e do
AT Açúcares totais rafinômetro.
ARI Açúcares redutores infermentescíveis
MÉTODO DO CONDUTIVÍMETRO
Proceder conforme metodologia indicada para massas e magma. Como será utilizada a so-
7.13 Cinzas Sulfatadas lução diluída de mel da determinação do Brix refratométrico, realizar os cálculos da seguinte
forma:
Determinação da concentração de cinzas sulfatadas, expressa em percentagem, em amos-
tras de méis, mel invertido e melaço, utilizando o método gravimétrico Cálculos
Reagentes e Soluções
• Solução de ácido sulfúrico 10% Cinzas condutimétricas% = K × (C - 0,9 Ca) × Fd
Cálculos
(P2 - P) x 100 Onde:
Cinzas Sulfatadas% = C % cinzas da solução a 20°C
P1
Onde: Ca % cinzas da água a 20°C
102
204 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 205
7.15. Sólidos Insolúveis em Suspensão Determinação da concentração de íons H+ pelo método potenciométrico em amostras de
méis, mel invertido e melaço
Determinação da concentração de sólidos insolúveis em suspensão, expressa em percenta-
gem, em amostras de méis, mel invertido e melaço, utilizando o método gravimétrico. Reagentes e Soluções
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de pH em caldos
Técnica
• Pesar 1,0000g de mel em becker de 100mL Técnica
• Colocar aproximadamente 100mL de água destilada e ferver em chapa elétrica ou Aferição do potenciômetro
aquecedora • Ver aferição do potenciômetro citada no método de determinação de pH em caldos
• Filtrar em cadinho de Gooch G4 previamente tarado a 250°C (anotar como P1) • Determinação
• Colocar água novamente no becker e repetir a filtração • Lavar o eletrodo com água destilada, enxugar e imergi–lo na amostra utilizada para a
• Repetir até não haver mais mel a ser dissolvido determinação do Brix densimétrico
• Levar o cadinho à estufa durante ± 1h a 250ºC • Esperar que os números no visor se estabilizem e anotar o valor do pH
• Pesar e calcular a percentagem dos sólidos insolúveis em solução por diferença de • Lavar o eletrodo com esguichos de água destilada e deixá–lo mergulhado em água
peso (anotar como P2) destilada ou cloreto de potássio 3M
Cálculos Cálculos
Onde:
P1 Peso da tara do cadinho 7.18. Cor ICUMSA
P2 Peso do cadinho mais insolúveis
Determinação da cor ICUMSA por colorimetria.
103
206 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 207
7.19. Acidez Sulfúrica Solução de hidróxido de sódio 50%: Pesar 500g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver
em água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL, esfriar e completar o volu-
Determinação da concentração da acidez sulfúrica, expressa em percentagem, em amostras me com água destilada.
de méis, mel invertido e melaço, através de titrimetria de neutralização.
Proceder conforme metodologia indicada para xarope. Solução de ácido clorídrico 0,05N: Pipetar 4,14mL de ácido clorídrico (HCl) a 37% de pureza
e densidade 1,19g/mL, para balão volumétrico de 1000mL. Adicionar aos poucos 800mL de
água destilada, sob agitação. Esperar esfriar e completar o volume com água destilada.
7.20. Nitrogênio Total
Solução de ácido bórico 2%: Pesar 20g de ácido bórico (H3BO3) num becker de 400mL. Adi-
Determinação da concentração de nitrogênio total, expressa em percentagem, em amostras cionar 300mL de água destilada e dissolver (aquecer a 60°C) se necessário. Transferir para
de méis, melaço e mel invertido, através do método de Kjedahl. balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
Reagentes e Soluções Solução padrão de carbonato de sódio 0,05N: Pesar exatamente 2,65g de carbonato de só-
• Mistura digestora (sulfato cúprico, sulfato de potássio e selenito de sódio) dio (Na2CO3) seco a 105ºC, durante 2h, e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir
• Solução de hidróxido de sódio 0,1N para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
• Solução indicadora de fenolftaleína
• Mistura de indicadores (vermelho de metila e azul de metileno) OBSERVAÇÃO: Padronização do ácido clorídrico 0,05N
• Solução de hidróxido de sódio 50% • Pipetar 25mL de carbonato de sódio 0,05N para erlenmeyer de 125mL
• Solução de ácido clorídrico 0,05N • Adicionar 3 gotas de mistura de indicadores e titular com ácido clorídrico 0,05N
• Solução de ácido bórico 2% • Anotar o volume gasto (Vg), calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção
• Solução padrão de carbonato de sódio 0,05N da concentração (F) do ácido clorídrico da seguinte maneira:
Mistura digestora: Pesar 10g de sulfato cúprico pentaidratado (CuSO4.5 H2O), 10g de sulfato F = Nverdadeira / 0,05
de potássio (K2SO4) e 0,5g de selenito de sódio (Na2SeO3). Triturar em gral de porcelana até
obter cor uniforme. Técnica
Diluição prévia da amostra
Solução de hidróxido de sódio 0,1N: Pesar 4g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o • Pesar exatamente 5g da amostra homogeneizada e diluir com pouca água
volume com água destilada. • Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada
• Digestão da amostra
Solução indicadora de fenolftaleína: Pesar 1g do indicador e dissolver em 70mL de álcool • Pipetar 5mL da amostra para balão de Kjedahl de 100mL
etílico (C2H5OH). Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água • Acrescentar ao balão 0,5g da mistura digestora
destilada. • Adicionar 5mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado
Mistura de indicadores: Pesar 0,25g de vermelho de metila e 0,25g de azul de metileno, • Levar ao conjunto de digestor e deixar evaporar até a obtenção de um extrato esver-
diluir para 100mL com álcool etílico (C2H5OH) neutralizado por NaOH 0,1N em presença de deado claro
fenolftaleína. • Fazer uma prova em branco que só receba ácido sulfúrico e mistura digestora
• Transferir o extrato para balão volumétrico de 100mL e completar o volume
104
208 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 209
• Transferir 20mL da solução de ácido bórico 2% e adicionar 3 gotas da mistura de (K2Cr2O7) previamente seco em estufa a 103ºC, durante 2h, e diluir para balão volumétrico de
indicadores para um erlenmeyer de 125mL, estando esta solução mergulhada na ex- 1000mL com água destilada.
tremidade final do microdestilador
• Pipetar 25mL do extrato diluído para o balão do microdestilador Solução de sulfato ferroso amoniacal 0,1N: Dissolver 39,214g do sulfato ferroso amonia-
• Acrescentar 20mL de hidróxido de sódio 50% no funil do aparelho e lavar com 2 por- cal hexaidratado [Fe(NH4)2(SO4)2.6H2O] em água destilada contida num balão volumétrico
ções de água destilada (aproximadamente 15mL) de 1000mL. Adicionar 20mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado sob agitação. Esfriar e
• Destilar até um volume de aproximadamente 60mL diluir para 1000mL com água destilada. Padronizar toda vez que usar, utilizando o padrão de
• Titular o destilado com ácido clorídrico 0,05N 0,25N de dicromato.
Cálculos Solução indicadora de ferroína: Dissolver 1,485g de 1,10 fenantrolina mono–idrato, 695mg
de sulfato ferroso amoniacal heptaidratado (FeSO4.7H2O) em água destilada. Transferir para
Nitrogenio(%N) = (Va - Vb) × 1,12 × F balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
Determinação da concentração de carbono orgânico, expressa em percentagem, em amos- OBSERVAÇÃO: Padronização do sulfato ferroso amoniacal 0,1N
tras de melaço e mel invertido, usando titrimetria de oxi-redução • Num erlenmeyer de 250mL colocar 100mL de água destilada
• Adicionar, sob resfriamento na torneira, 30mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado
Reagentes e Soluções • Adicionar 10mL de dicromato de potássio 0,25N (solução padrão da análise)
• Solução de dicromato de potássio 2N • Deixar esfriar totalmente e titular com o sulfato ferroso amoniacal 0,1N usando 3 go-
• Solução de dicromato de potássio 0,25N tas de ferroína
• Solução de sulfato ferroso amoniacal 0,1N • Anotar o volume gasto (Vg), calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção
• Solução indicadora de ferroína (fenantrolina monoidrato e sulfato de ferro) da concentração (F) do sulfato ferroso amoniacal da seguinte maneira:
• Solução indicadora de difenilamina sulfônica (difenilamina sulfonato de bário e ácido
sulfúrico) Nverdadeira = 2,5 / Vg
Solução de dicromato de potássio 2N: Pesar 98g de dicromato de potássio (K2Cr2O7) e dis-
solver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e com- Técnica
pletar o volume com água destilada. Diluição prévia da amostra
• Pesar exatamente 5g da amostra homogeneizada e diluir com pouca água
Solução de dicromato de potássio a 0,25N: Dissolver 12,259g de dicromato de potássio • Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada
105
210 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 211
• Determinação volumétrico de 1000mL. Deixar esfriar e completar o volume com água destilada
• Pipetar 5mL da amostra diluída para balão volumétrico de 100mL
• Adicionar 20mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado Técnica
• Esperar 15min Diluição prévia da amostra
• Adicionar 25mL de dicromato de potássio 2N • Pesar exatamente 5g da amostra homogeneizada
• Levar ao banho–maria durante 30min • Dissolver com pouca água e transferir para balão volumétrico de 100mL
• Deixar esfriar totalmente • Completar o volume com água destilada
• Completar com água destilada o volume do balão volumétrico de 100mL • Obtenção do extrato
• Em um erlenmeyer de 250mL adicionar 100mL de água destilada + 5mL da amostra • Pipetar 10mL da amostra com diluição prévia e transferir para balão de Kjedahl de
contida no balão volumétrico de 100mL 100mL
• Adicionar 3mL de ácido ortofosfórico concentrado • Adicionar 10mL de ácido nítrico (HNO3) concentrado e levar o balão ao conjunto de
• Adicionar 3 gotas do indicador difenilamina sulfônica e titular com sulfato ferroso digestão
amoniacal 0,1N • Quando a solução adquirir uma coloração amarela clara, límpida, e ficar com um vo-
• Fazer uma prova em branco lume reduzido a aproximadamente 1mL, retirar o balão do conjunto de digestão e
esperar esfriar completamente
Cálculos • Adicionar 2mL de ácido perclórico (HClO4) concentrado e continuar a digestão até o
aparecimento de fumos brancos
Carbono organico (%C) = (Vgb - Vga) × 2,4 × F • Retirar o balão do conjunto de digestão e esperar esfriar completamente
• Adicionar 10mL de ácido clorídrico aproximadamente 2N
Onde: • Filtrar o extrato em papel de filtro, recebendo o destilado em balão volumétrico de
Vgb Volume gasto na titulação do branco 100mL
Vga Volume gasto na titulação da amostra • Esperar esfriar e completar o volume com água destilada
F Fator de correção da concentração do sulfato ferroso amoniacal 0,1N.
7.23 Fósforo
7.22. Digestão Nítrica - Perclórica
Determinação da concentração de fósforo, expressa em percentagem de P2O5, em amostras
Obtenção do extrato nítrico-perclórico para determinação de fósforo, potássio, cálcio, mag- de méis, mel invertido e melaço, pelo método colorimétrico através do complexo vanado-
nésio e sulfatos. Este extrato é também usado para as determinações de ferro, cobre, zinco, molíbdico
manganês e demais elementos por espectrofotometria de absorção atômica.
Reagentes e Soluções
Reagentes a Soluções Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de fósforo em caldos, com
• Ácido nítrico concentrado digestão nítrica–perclórica
• Ácido perclórico concentrado
• Solução de ácido clorídrico aproximadamente 2N
Preparo de Soluções Técnica
• Pipetar 5mL do extrato nítrico–perclórico e transferir para tubos de ensaios
Solução de ácido clorídrico aproximadamente 2N: Adicionar 167mL de ácido clorídrico • Acrescentar a cada tubo 2mL da solução mista de vanadato e molibdato
(HCl) concentrado em aproximadamente 500mL de água destilada contidos em um balão • Aferir expectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com 5mL
106
212 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 213
Onde:
C Concentração de fósforo, em ppm P, correspondente à % de transmitância ou absor- 7.25. Cálcio
bância, encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear
Determinação da concentração de cálcio, expressa em percentagem de Ca, em amostras de
méis, mel invertido e melaço, por titrimetria de complexação.
7.24 Potássio
Reagentes e Soluções
Determinação da concentração de potássio, expressa em percentagem de K2O, em amostras • Ácido clorídrico concentrado
de méis, mel invertido e melaço, pelo método do fotômetro de chama • Ácido acético concentrado
• Solução de cloreto férrico
Reagentes e Soluções • Solução de hidróxido de amônio 1:3
• Solução padrão de potássio (1000mg/L de K+) • Solução de EDTA 0,01M
• Solução de uso de potássio (20mg/L de K+) • Álcool etílico
• Trietanolamina
Preparo das Soluções • Solução indicadora de calcon
• Álcool metílico
Solução padrão de potássio (1000mg/L de K+): Pesar exatamente 1,9102g de cloreto de • Solução indicadora de eriocromo black T
potássio (KCl), seco em estufa, dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para ba- • Hidróxido de sódio p.a.
lão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. Esta solução contém • Cianeto de potássio p.a.
1000mg/L de K+. • Solução condicionante de cálcio
• Cloreto de amônio p.a.
Solução de uso de potássio (20mg/L de K+): Pipetar 20mL da solução padrão de potássio • Hidróxido de amônio p.a.
para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada. Esta solução • Solução condicionante de magnésio
contém 20mg/L de K+. • Solução indicadora de metil orange
• Solução de carbonato de cálcio 0,01M
Técnica
• Pipetar 5mL do extrato nítrico-perclórico para balão volumétrico de 100mL
• Completar o volume com água destilada Preparo das Soluções
• Ajustar o fotômetro de chama de maneira que a leitura seja zero (000) com água des-
tilada e 100 com a solução de 20ppm de K+. Solução de cloreto férrico: Dissolver 3g do cloreto férrico (FeCl3) e 1,5mL de ácido clorí-
• Fazer a leitura da amostra drico (HCl) concentrado em 500mL de água destilada. Transferir para balão volumétrico de
107
214 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 215
1000mL, adicionar 100mL de ácido acético (C2H4O2) e completar o volume com água desti- • Pipetar 25mL da solução de carbonato de cálcio 0,01M para erlenmeyer de 250mL
lada. • Adicionar 5mL da solução condicionante para cálcio e 4 gotas da solução indicadora
de calcon
Solução de hidróxido de amônio 1:3 : Diluir 200mL de hidróxido de amônio (NH4OH) con- • Titular imediatamente com a solução de EDTA 0,01M até o escurecimento do titulado,
centrado em 600 mL de água destilada. esperar a formação da cor azulada; caso não ocorra, adicionar uma ou mais gotas até
que a viragem ocorra
Solução de EDTA 0,01M: Pesar 3,7225g de etileno diamino tetra acetato de sódio diidratado • Anotar o volume gasto (Vg), calcular a molaridade verdadeira e o fator de correção da
- EDTA - (C10H14N2Na2O8.2 H2O) seco em estufa durante 2h a 105°C e dissolver em um pouco concentração (F) do EDTA da seguinte maneira:
de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com
água destilada. Mverdadeira = 0,25 / Vg
Solução indicadora de calcon: Dissolver 0,1g do indicador calcon em 10mL de álcool etílico F = Mverdadeira / 0,01
(C2H5OH). Adicionar 15 gotas de trietanolamina (C6H15NO3).
Técnica
Solução indicadora de eriocromo black T: Dissolver 0,125g de eriocromo em 25mL de álco- • Transferir 20mL do extrato nítrico–perclórico para becker de 250mL
ol metílico (CH3OH). Adicionar 15 gotas de trietanolamina (C6H15NO3). • Adicionar 5mL da solução de cloreto férrico e 5mL de hidróxido de amônio 1:3
• Ferver em chapa aquecedora durante 3min, em capela
Solução condicionante para cálcio: Dissolver 80g de hidróxido de sódio (NaOH) em aproxi- • Filtrar a quente, recebendo o filtrado em um balão volumétrico de 100mL
madamente 500mL de água destilada. Adicionar 20g de cianeto de potássio (KCN) e 50mL • Completar o volume com água destilada
de trietanolamina (C6H15NO3). Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o • Pipetar 50mL do balão e adicionar 5mL da solução condicionante para cálcio e 4 gotas
volume com água destilada. da solução indicadora de calcon
• Titular com EDTA 0,01 M e anotar o volume gasto na titulação (V1)
Solução condicionante para magnésio: Dissolver 70g de cloreto de amônio (NH4Cl) em um
pouco de água destilada. Juntar 580mL de hidróxido de amônio (NH4OH) e 20g de cianeto Cálculos
de potássio (KCN). Transferir para balão volumétrico de 1000mL, adicionar 50mL de trietano-
lamina (C6H15NO3) e completar o volume com água destilada. Calcio (%Ca) = V1 × 0,8 × F
Solução indicadora de metilorange: Pesar 0,2g do indicador e dissolver em água fervente. Onde:
Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada. V1 Volume de EDTA 0,01 gasto na titulação
F Fator de correção da concentração do EDTA 0,01M
Solução de carbonato de cálcio 0,01M: Pesar exatamente 1,0000g de carbonato de cálcio
(CaCO3) e transferir para um becker de 1000mL com aproximadamente 300mL de água des-
tilada. Adicionar aos poucos uma solução de ácido clorídrico (HCl) 1:1, até total dissolução 7.26. Magnésio
do sal. Neutralizá–la com uma solução de hidróxido de amônio (NH4OH) 1:3 usando 3 gotas
do indicador metil orange. Transferir quantitativamente para balão volumétrico de 1000mL, Determinação da concentração de magnésio, expressa em percentagem de Mg, em amos-
completar o volume com água destilada e homogeneizar. tras de méis, melaço e mel invertido, por titrimetria de complexação
108
216 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 217
Cálculos Onde:
P2 Tara do cadinho mais o peso do precipitado após a secagem
Magnesio (%Mg) = (V2 -V1) × 0,48 × F P1 Tara do cadinho
Onde:
V2 Volume de EDTA gasto na determinação do magnésio 7.28 Sulfito
V1 Volume de EDTA gasto na determinação de cálcio
F Fator de correção da concentração do EDTA 0,01M Determinação da concentração de sulfito, expressa em ppm de SO2 em amostras de méis,
melaço e mel invertido, por colorimetria
109
218 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 07 - Méis 219
Solução de formaldeído: Medir em proveta 5,4mL de formaldeído (CH2O) a 38%, transferir esfriar e completar o volume com água destilada.
para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
OBSERVAÇÃO: Padronização da solução de tiossulfato de sódio 0,1N
Solução padrão de sulfito (100ppm): Pesar exatamente 0,1285g de bissulfito de sódio (NaH-
SO3) 100% de pureza – ou considerar a pureza real do sal determinada como descrito adiante • Dissolver em erlenmeyer de 1000mL 3,0g de iodeto de potássio (KI) isento de iodato
– e dissolver em um pouco de água destilada Transferir para balão volumétrico de 1000mL e (IO3–) em 100mL de água destilada contendo 6mL de ácido clorídrico (HCl) concen-
completar o volume com água destilada. trado
• Adicionar 25mL de dicromato de potássio 0,1N, cerca de 300mL de água destilada
Solução padrão de sulfito (10ppm): Pipetar 20mL da solução padrão de 100ppm de sulfito e e titular com a solução de tiossulfato de sódio 0,1N até obter uma coloração verde–
transferir para balão volumétrico de 200mL. Completar o volume com uma solução de tetra- amarelado
cloromercurato 0,2M contendo 10g de sorbitol (C6H14O6). Essa solução deve ser armazenada • Adicionar 1mL da solução de amido e continuar a titulação até obter uma coloração
em geladeira. levemente esverdeada
• Anotar o volume gasto (Vg), calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção
Solução padrão de trabalho de sulfito (0,5ppm): Pipetar 10mL da solução padrão de 10ppm da concentração (F1) da solução de tiossulfato de sódio, da seguinte maneira
de sulfito para balão volumétrico de 200mL e completar o volume com água destilada.
Nverdadeira = 2,5 / Vg
Solução de iodo 0,1N: Pesar 20g de iodeto de potássio (KI) livre de iodato (IO3) em 40mL de
água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e adicionar 12,75g de iodo puro F1 = Nverdadeira / 0,1
ressublimado. Tampar o balão e agitar para dissolver o iodo, esfriar e completar com água
destilada. Guardar esta solução em lugar frio e em frasco de cor âmbar. OBSERVAÇÃO: Determinação da concentração de sulfito no sal bissulfito de sódio.
Solução de tiossulfato de sódio 0,1N: Pesar exatamente 6,225g de tiossulfato de sódio pen- • Pesar 0,025g do sal bissulfito para erlenmeyer de 250mL contendo 25mL da solução
taidratado (Na2S2O3.5 H2O) e 0,05g de carbonato de sódio anidro (Na2CO3), ou 1g de hidró- de iodo 0,1N, 5mL de ácido clorídrico 2M e 150mL de água destilada
xido de sódio (NaOH), ou ainda 5mL de clorofórmio (CHCl3) e dissolver em 250mL de água • Agitar até dissolução dos reagentes, adicionar 5mL da solução indicadora de amido e
destilada previamente fervida. titular o excesso de iodo com tiossulfato de sódio 0,1N padronizado até obtenção da
descoloração da solução. Anotar o volume gasto (Va)
Solução indicadora de amido: Pesar 10g de amido e 5g de cloreto de sódio (NaCl) e trans- • Proceder à mesma titulação com um branco contendo somente as soluções de ácido
ferir para um becker de 1000mL. Juntar 500mL de água destilada e aquecer sob agitação até clorídrico e amido. Considerar o volume gasto na titulação do branco como (Vb)
total dissolução. Ferver durante 2min e cobrir com vidro de relógio para repousar por 1 noite. • Calcular a concentração de sulfito através da expressão:
Filtrar com papel de filtro faixa preta para recipiente limpo e escuro.
%SO2 = 12,8 (Vb - Va) × F1
Solução de dicromato de potássio 0,1N: Pesar exatamente 4,9035g de dicromato de potás-
sio (K2Cr2O7) seco em estufa a 150°C, durante 1h e dissolver em um pouco de água destilada. Onde:
Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada. Vb Volume de tiossulfato de sódio gasto na titulação do branco
Va Volume de tiossulfato de sódio gasto na titulação da amostra
Solução de ácido clorídrico 2M: Medir 16,6mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado, trans- F1 Fator de correção da concentração do tiossulfato de sódio 0,1N
ferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada.
Técnica
Solução de ácido sulfúrico 2M: Transferir 109mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado Preparo da amostra
para um balão volumétrico de 1000mL contendo neste 500mL de água destilada. Agitar,
110
220 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros
Cálculos
111
Capítulo 08 - Licor 223
Sumário
8.2 pH ............................................................................................................................................. 00
Método Eynon-Lane.................................................................................................... 00
Método Somogyi-Nelson........................................................................................... 00
8.5 Turbidez.................................................................................................................................... 00
112
224 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 08 - Licor 225
Determinação da percentagem de sólidos dissolvidos em solução, expressa em graus Brix, pH = leitura do potenciometro
pelo método refratométrico
Caso o refratômetro não seja equipado com compensador automático de temperatura, me- Reagentes e Soluções
dir a temperatura da solução e consultar a tabela 1A. Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de A.R. para caldos
113
226 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 08 - Licor 227
OBSERVAÇÃO:
• Considerando que a concentração da sacarose no volume da amostra diluída gasto Técnica
para titulação varia pouco, pode–se considerar f = 1, o que resume a fórmula em: • Preparar uma solução aproximadamente com 5oBrix. Por exemplo, se o Brix do licor
31,25 for 70o, então para fazer 100g da solução a 5oBrix deve–se pesar: (100/70) x 5 = 7,15
Acucares redutores%licor = xF
Vg g de licor e completar o peso para 100g com água destilada
MÉTODO SOMOGY–NELSON • A partir desta solução, proceder conforme metodologia citada para determinação de
cor ICUMSA em caldos
Reagentes e Soluções
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de A.R. em caldos
8.5 Turbidez
Técnica
Preparo da amostra Determinação da turbidez pelos métodos do espectrofotômetro, utilizando os valores das
• Pesar 1g da amostra para balão de 250mL completando o volume com água destilada absorbâncias obtidas na análise de cor ICUMSA, e do turbidímetro.
• Filtrar em papel de filtro, desprezando os primeiros 25mL do filtrado
• Pipetar 50mL do filtrado e transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o Proceder conforme metodologias indicadas para determinação da turbidez em caldos usan-
volume com água destilada do os métodos do espectrofotômetro e turbidímetro.
Determinação
Proceder à determinação do A.R. conforme citado para caldos
114
Capítulo 09
Açúcar
115
Capítulo 09 - Açúcar 231
Sumário
9.1.6 Granulometria..................................................................................................................... 00
Método do condutivímetro...................................................................................... 00
Método Eynon-Lane.................................................................................................... 00
Método Somogyi-Nelson........................................................................................... 00
9.1.10 pH.......................................................................................................................................... 00
9.1.11 Dextrana............................................................................................................................. 00
116
232 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 233
Método qualitativo....................................................................................................... 00
Método do condutivímetro.................................................................................... 00
Método do rafinômetro............................................................................................ 00
Método Eynon-Lane.................................................................................................... 00
Método Somogyi-Nelson........................................................................................... 00
117
234 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 235
9.1 Açúcar Demerara, VHP e VVHP minutos até que o éter se evapore
• Deixar em repouso durante, no mínimo, 10 min para que a solução atinja a tempera-
9.1.1 Pol % Açúcar tura ambiente, de preferência controlada a 20ºC ± 1ºC
• Completar cuidadosamente com água deionizada até a marca de aferição
Determinação da concentração de sacarose aparente por polarização • Filtração da solução
• Após repouso de, no mínimo, 5 min a fim de permitir a sedimentação do precipitado,
Reagentes e Soluções filtrar a solução em papel de filtro único, descartando os primeiros 10mL do filtrado e
• Solução de subacetato de chumbo (acetato básico de chumbo) colocar aproximadamente 60mL do restante em becker de 150mL para análise
• Água deionizada • Durante a filtração, o funil deve ser coberto com um vidro de relógio para minimizar
• Éter etílico a evaporação
• Solução de ácido muriático • O conjunto de filtração deve ser mantido em local afastado de corrente de ar e luz
solar direta
Preparo das Soluções • Após a filtração, o funil deve ser retirado e o vidro de relógio colocado sobre o becker
de 150mL
Solução de subacetato de chumbo (acetato básico de chumbo): Pesar 560g ± 0,5g de • Leitura da amostra
acetato básico de chumbo e dissolver em 1000mL de água deionizada em erlenmeyer de • Lavar o tubo polarimétrico com o filtrado, pelo menos 2 vezes e a seguir enchê-lo de
2000mL. Aquecer até ebulição por 30 min e deixar por toda uma noite em repouso. Sifonar forma que não ocasione bolhas de ar oclusas
o líquido sobrenadante e desprezar o precipitado. Efetuar leitura do Brix da solução, o qual • No caso de tubo polarimétrico descontínuo, não aplicar uma tensão excessiva ao ros-
deve apresentar valor equivalente a 54°. Caso o Brix lido esteja maior, diluir com água deio- quear a tampa, pois isto pode torná-lo opticamente ativo.
nizada até o índice ser alcançado. A solução de subacetato deve ser estocada em recipiente • O tubo deve ser manuseado o mínimo possível a fim de evitar seu aquecimento pelo
seguro onde o contato com a atmosfera seja o mínimo possível, a fim de evitar contamina- calor das mãos
ção pelo dióxido de carbono do ar. Recomenda-se a estocagem em vidro âmbar com tampa • Colocar o tubo no sacarímetro e efetuar leitura da polarização
esmerilhada. Esta solução tem um prazo de validade de seis meses. • A temperatura do filtrado é determinada após a leitura da pol, tão logo seja possível
efetuá-la
NOTA: • Correção da temperatura
Outra maneira de avaliar esta solução é através de sua massa específica que é obtida multi- • A correção da temperatura em função da temperatura do filtrado no tubo polarimé-
plicando o valor da densidade relativa medida em densímetro pelo valor da massa específica trico é realizada caso o seu valor difira de 20ºC
da água a 20°C que é igual a 0,998201 g/mL.
Técnica Cálculos
Preparo da amostra e clarificação
• Pesar o mais rápido possível 26,000g ± 0,002g ou 13,0000g ± 0,002g da amostra Pol%acucar(°S) = Ls × F
• Transferir o açúcar para um balão volumétrico de 100mL, lavando o recipiente de pe-
sagem com água deionizada num volume tal que não exceda 70mL, dissolvendo a Onde:
seguir a amostra por agitação manual ou mecânica Ls Leitura sacarimétrica
• Adicionar aproximadamente 0,5mL da solução de subacetato de chumbo F Fator de correção da temperatura = 1 + 0,00014 ( t - 20 )
• Homogeneizar a solução por agitação suave e cuidadosamente elevar o volume com Onde:
água deionizada até atingir o colo do balão t Temperatura do filtrado no momento da leitura
• Se houver formação de espuma adicionar 1 a 3 gotas de éter etílico e aguardar alguns
118
236 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 237
Técnica Técnica
• Tarar uma cápsula para determinação de umidade em estufa de secagem durante 3h • Colocar a amostra no analisador de umidade com lâmpada de halogênio e proceder
a 105ºC (P) de acordo com o modo de programação indicado pelo fabricante, em função do tipo
• Pesar o mais rápido possível aproximadamente 20,0000 a 30,0000g de açúcar, transfe- de açúcar analisado. A diferença de peso antes e após secagem é convertida em per-
rindo-a para estufa, onde ela deve ser destampada (P3) centagem de umidade.
• Tomar o cuidado para que a espessura da camada de açúcar na cápsula não exceda
a 1cm
119
238 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 239
Umidade%acucar = L Determinação da cor de açúcar afinado ou “in natura”, através de espectrofotômetro, usando
os métodos ICUMSA de 1978, 2002 e 2005.
Onde:
L Leitura obtida no analisador de halogênio após secagem da amostra. MÉTODO 4, ICUMSA 1978
(Modificado para amostras afinadas e “in natura”)
FATOR DE SEGURANÇA
Determinação do fator de segurança por cálculos Reagentes e Soluções
Ver reagentes e soluções citadas no método GS1-7 ICUMSA 1994
Cálculos
Para amostras “in natura”
umidade%acucar
Fator de seguranca = • Preparar uma solução com 25% de sólidos (25g da amostra + 75g de água deionizada)
100 - Pol%acucar
• Filtrar o xarope em um conjunto de filtração Millipore usando membrana com 0,45μm
de abertura
OBSERVAÇÃO: • Receber o filtrado em um recipiente limpo e seco, descartando as primeiras porções
O fator de segurança deve ser expresso com 2 casas decimais • Caso a filtração torne-se lenta, substituir a membrana por uma nova
• Ajustar o pH do filtrado para pH 8,5 ± 0,1 com soluções de ácido clorídrico ou hidró-
9.1.4 Afinação do Açúcar Demerara, VHP e VVHP xido de sódio, ambas 0,5 mol/L
• Determinar o Brix da solução
Afinação do açúcar para determinação de cor (ICUMSA) e granulometria • Remover todo o ar ocluso dentro da solução e proceder à determinação do Brix da
solução
Técnica • Determinação da cor
• Pesar 500g da amostra homogeneizada e colocar no misturador (batedeira) ligando-o • Aferir o espectrofotômetro utilizando água deionizada previamente filtrada em mem-
na velocidade mais baixa brana com 0,45μm de abertura em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância, es-
• Adicionar, gradativamente e uniformemente, 190mL de xarope de açúcar cristal refi- tando este ajustado nos comprimentos de onda 420ηm e 720ηm
nado de dupla cristalização, a 64ºBrix e à temperatura do laboratório, usando para sua • Fazer a leitura da solução, em absorbância, usando uma cubeta com 1cm de caminho
adição um funil de separação de 500mL, com subdivisões de 5mL óptico nos comprimentos de onda 420ηm e 720ηm
• Misturar completamente
• Centrifugar o magma resultante por exatamente 2min a 3.000rpm Cálculos
• A centrífuga deverá atingir, a partir do estado de inércia, a velocidade de 3.000rpm
em 15s
• Remover o açúcar centrifugado, espalhando-o sobre uma superfície plana e limpa.
Cor ICUMSA = [ (Abs420 - (2 x Abs720 ))
(b x c) ] x 1000
120
240 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 241
• A densidade aparente da solução analisada (massa específica em g/mL) pode ser ob- Variação de Peso da Peso de Água Comprimento
tida na tabela 4. Cor ICUMSA Amostra(g) (g) da Cubeta (cm)
100 - 200 50 ± 0,1 50 ± 0,1 5
Para amostras afinadas 200 - 500 50 ± 0,1 50 ± 0,1 5
500 - 2000 30 ± 0,1 70 ± 0,1 2
• Preparar uma solução com 50% de sólidos (50g da amostra de açúcar afinada + 50g 2000 - 7000 10 ± 0,1 90 ± 0,1 1
de água deionizada) 7000 - 13000 5 ± 0,1 95 ± 0,1 1
• Proceder conforme metodologia indicada para amostra de açúcar “in natura”.
• Filtrar o xarope em um conjunto de filtração Millipore usando inicialmente um pré-
MÉTODO GS1/3-7, ICUMSA 2002 -filtro e depois uma membrana com 0,45μm de abertura e 50mm de diâmetro
• Receber o filtrado em um recipiente limpo e seco, descartando as primeiras porções
NOTA • Caso a filtração torne-se lenta, substituir a membrana por uma nova
Este método substitui o método GS1-7, ICUMSA 1994 • Ajustar o pH do filtrado para pH 7,0 ± 0,1 com soluções de ácido clorídrico ou hidró-
xido de sódio, ambas 0,05 mol/L
Reagentes e Soluções • Remover todo o ar ocluso dentro da solução e proceder à determinação do Brix da
• Solução de ácido clorídrico 0,1mol/L solução
• Solução de ácido clorídrico 0,05mol/L
• Solução de hidróxido de sódio 0,1mol/L Determinação da cor
• Solução de hidróxido de sódio 0,05mol/L • Aferir o espectrofotômetro utilizando água deionizada previamente filtrada em mem-
brana de 0,45μm em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância, estando este ajus-
Preparo das Soluções tado em 420ηm
• Escolher a cubeta de acordo com o quadro acima e lavá-la com a solução a ser lida
Solução de ácido clorídrico 0,1 mol/L: Pipetar 8,9mL do ácido clorídrico (HCl) concentrado • Fazer a leitura da solução, em absorbância, enxugando bem a cubeta com papel hi-
para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água deionizada. giênico macio
Solução de ácido clorídrico 0,05 mol/L: Transferir 50mL da solução de ácido clorídrico 0,1 Cálculos
mol/L para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água deionizada.
Solução de hidróxido de sódio 0,1 mol/L: Pesar 4g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver
Cor ICUMSA = [ Abs
(b×c) ] x 1000
121
242 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 243
Onde: Técnica
Abs Absorbância da solução lida diretamente no espectrofotômetro ajustado em • Pesar quantidade de açúcar e água conforme tabela a seguir e dissolver na tempera-
420ηm tura ambiente do laboratório
b Comprimento interno da cubeta, em centímetros • Após total dissolução transferir a solução para um balão volumétrico de 100 mL
c Concentração do filtrado em g/mL, em função do Brix • Adicionar 10 mL da solução tampão de MOPS e completar o volume com água desti-
lada ou deionizada
OBSERVAÇÕES: • Preparar uma solução tampão (MOPS) de referência ou branco, transferindo 10 mL
• A concentração da solução (g/mL) pode ser obtida da seguinte forma: do tampão para um balão volumétrico de100mL e completar o volume com água
destilada ou deionizada
(Brix%solucao × densidade aparente)
Concentracao(g ⁄ mL) =
100 Variação de Cor Alíquota do Concentração Comprimento
ICUMSA Açúcar (g) (g/mL) da Célula (cm)
• A densidade aparente da solução analisada (massa específica em g/mL) pode ser ob- Até 800 20 ± 0,04 0,2
tida na tabela 4. 200 - 1.600 10 ± 0,02 0,1 5
400 - 3.200 5 ± 0,01 0,05
MÉTODO GS9/1/2/3-8, ICUMSA 2005 (MOPS) Até 1.000 20 ± 0,04 0,2
250 – 2.000 10 ± 0,02 0,1 4
Reagentes e Soluções 500 – 4.000 5 ± 0,01 0,05
• Solução de hidróxido de sódio 1mol/L 250 – 2.000 20 ± 0,04 0,2
• Solução tampão de MOPS (3-(N-morfolino) ácido propano sulfônico) 500 – 4.000 10 ± 0,02 0,1 2
1.000 – 8.000 5 ± 0,01 0,05
Preparo das Soluções 500 – 4.000 20 ± 0,04 0,2
1.000 – 8.000 10 ± 0,02 0,1 1
Solução de hidróxido de sódio 1mol/L: Pesar 20,000g de hidróxido de sódio (NaOH), dissol- 2.000 – 16.000 5 ± 0,01 0,05
ver em um pouco de água deionizada.Transferir para balão volumétrico de 500mL e comple-
tar o volume com água deionizada. • Filtrar o xarope em um conjunto de filtração Millipore usando inicialmente um pré-
-filtro e depois uma membrana com 0,45μm de abertura e 50mm de diâmetro
Solução tampão de MOPS: Dissolver 41,8 ± 0,1g de MOPS em 800mL de água destilada ou • Receber o filtrado em um recipiente limpo e seco, descartando as primeiras porções
deionizada. Limpar e secar o eletrodo de medição de pH, submergir o mesmo na solução de • Caso a filtração torne-se lenta, substituir a membrana por uma nova
MOPS. Ajustar o pH da solução para 7,0 ± 0,1 com a solução de hidróxido de sódio 1mol/L • Remover todo o ar ocluso dentro da solução e proceder à determinação do Brix da
(aproximadamente 80mL). Agitar a solução em agitador magnético até que o pH esteja ajus- solução
tado. Transferir a solução para um balão volumétrico de 1 litro e completar o volume do • Determinação da cor
mesmo com água destilada ou deionizada. • Aferir o espectrofotômetro utilizando a solução de MOPS como padrão de referência
de cor zero em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância, estando este ajustado
NOTA em 420ηm
A validade da solução tampão de MOPS é de 01 (uma) semana quando armazenada em • Escolher a cubeta de acordo com o quadro acima e lavá-la com a solução a ser lida
geladeira. • Fazer a leitura da solução, em absorbância, enxugando bem a cubeta com papel hi-
giênico macio
122
244 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 245
Cálculos • Após a drenagem repetir as operações anteriores usando desta vez 50mL de álcool
• Terminada essa fase, repetir as mesmas operações anteriores, usando 50mL de éter
Determinação da granulometria por peneiramento através dos métodos IAA 1985, ICUMSA • Sobre a tela da peneira ABNT Nº 16 despejar a amostra previamente pesada, acionan-
GS1-20 (2005) e ICUMSA GS2-37 (1994). do o agitador por 5min
Reagentes
• Álcool etílico anidro
Granulometria% = ( pesopeso
inicial da amostra )
do fundo
x 100
123
246 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 247
124
248 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 249
Cálculos Onde:
Proceder conforme cálculo usado no método ICUMSA GS1-20 (2005) P1 Peso, em gramas, do cadinho com a amostra após a calcinação
P2 Peso, em gramas, do cadinho vazio (tara)
9.1.7 Cinzas Sulfatadas P Peso, em gramas, da amostra
Determinação da concentração de cinzas sulfatadas, expressa em percentagem, através de 9.1.8 Cinzas Condutimétricas
gravimetria.
Determinação da concentração de cinzas condutimétricas, expressa em percentagem, pelos
Reagentes e Soluções métodos do condutivímetro e do rafinômetro
• Solução de ácido sulfúrico 1:1
MÉTODO DO CONDUTIVÍMETRO
Preparo da Solução
Reagentes e Soluções
Solução de ácido sulfúrico 1:1: Medir em proveta 500mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concen- • Solução de cloreto de potássio 0,1 mol/L
trado e transferir para balão volumétrico de 1000mL contendo aproximadamente 400mL de • Solução de cloreto de potássio 0,001 mol/L - Cinzas condutimétricas de 0,240 % para
água deionizada. Esfriar e completar o volume com água deionizada 5 g/100 mL e de 0,080% para 28 g/100 g.
• Água deionizada (Tipo III)
Técnica
• Pesar com precisão um cadinho previamente tarado a 550ºC, durante 30min e resfria- Preparo das Soluções
do à temperatura ambiente
• Pesar 5,0000g da amostra com a mesma precisão da pesagem anterior Solução de cloreto de potássio0,1 mol/L: Pesar 7,4560g de cloreto de potássio p.a. previa-
• Adicionar aproximadamente 2mL de ácido sulfúrico 1:1, gota a gota, de tal forma que mente seco em estufa a 105°C ± 5°C por 3 horas. Transferir para balão volumétrico de 1000mL
a amostra fique umedecida, tendo-se o cuidado de imprimir movimentos circulares com aproximadamente 300 mL de água Milli-Q. Solubilizar o sal e completar o volume. Esta
ao cadinho para melhor homogeneização. solução tem estabilidade de três meses se conservada à temperatura ambiente.
• Aquecer a amostra em chapa aquecedora até sua completa carbonização, tendo-se o
cuidado de evitar perda da amostra por ebulição durante a operação, pois isto resul- Solução de cloreto de potássio 0,001mol/L: Pipetar 5mL da solução de cloreto de potássio
tará em perdas de material, o que invalidaria o teste. 0,1 mol/L. Transferir para balão volumétrico de 500 mL. Completar o volume com água Milli-
• Transferir a amostra para mufla a 550ºC, por um período de aproximadamente 2h, a -Q. Esta solução tem estabilidade de um mês se conservada à temperatura ambiente.
fim de eliminar toda a matéria orgânica.
• Em seguida retirar a amostra da mufla e deixar que esfrie naturalmente até a tempe- NOTA:
ratura ambiente, quando deverá ser adicionado aproximadamente 0,5mL de ácido Esta solução serve para aferição do condutivímetro nas seguintes condições:
sulfúrico 1:1., gota a gota, de modo que umedeça novamente todo o material que Cinzas condutimétricas de 0,240% para 5 g/100 mL
restou no cadinho Cinzas condutimétricas de 0,080% para 28 g/100 g.
• Aquecer novamente o cadinho e colocá-lo novamente na mufla a 650ºC, durante
30min Técnica
• Pesar exatamente 5,0000g de açúcar e transferir quantitativamente, com ajuda de
Cálculos água deionizada, para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água
deionizada e agitar
Cinzas sulfatadas = [ (P 1- P2)
P ] x 100 • A partir desta solução, proceder conforme a metodologia indicada para massas e
125
250 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 251
magma magma
Cálculos Cálculos
Leitura de Condutividade a 20 °C ± 02 °C:
Cinzas condutimetricas% = (C - Ca)
Cinzas Condutimetricas(%m⁄v) = (16,2 + 0,36 × D) × 10 × C × f × K -4
Onde:
Onde: C % cinzas da solução a 20°C
D Massa de amostra utilizada em grama por 100 mL Ca % cinzas da água a 20°C
C C1 – C2
C1 Condutividade em μS/cm a 20°C da solução 9.1.9 Açúcares Redutores % Açúcar
C2 Condutividade em μS/cm a 20°C da água destilada utilizada
f Fator de diluição da solução = 5/S Determinação da concentração de açúcares redutores (glicose e frutose), expressa em per-
S Peso da amostra em gramas centagem, utilizando os métodos de Eynon-Lane, Somogyi-Nelson, Luff Schoorl e ICUMSA
K Constante da célula de condutividade (cm-1) GS2/3-5 (2001)
Técnica NOTA:
• Pesar exatamente 5,0000g de açúcar e transferir quantitativamente, com ajuda de Este volume gasto (V1) servirá apenas de orientação para execução da análise
água deionizada, para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água • Repetir a titulação colocando no Redutec além das soluções de Fehling, um volume
deionizada e agitar de amostra correspondente ao volume gasto na primeira titulação (V1) menos 1, ou
• A partir desta solução, proceder conforme a metodologia indicada para massas e seja (V1 – 1), e um volume de água igual 75 - (10 + V1)
126
252 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 253
Acucares redutores% =
[( ) ( )]
1000
VgCt
-
(Cs)
Ct
xf Reagentes e Soluções
• Solução 01
• Solução 02
Onde: • Solução de alaranjado de metila
Vg Volume gasto, em mL, na titulação da amostra; • Solução de ácido clorídrico aproximadamente 4,0 mol/L
Ct Concentração em g/100mL da solução utilizada (amostra); • Solução de ácido clorídrico aproximadamente 1,0 mol/L
Ct Concentração em g/100mL da solução de açúcar invertido utilizado na amostra; • Solução de ácido clorídrico aproximadamente 0,1 mol/L
Vs Volume utilizado de açúcar invertido na amostra (mL/100mL); • Solução de hidróxido de sódio, aproximadamente a 0,1 mol/L
f Fator de correção da concentração do licor de Fehling • Solução de hidróxido de sódio 10%
• Solução de tiossulfato de sódio 0,1 mol/L
MÉTODO SOMOGYI-NELSON • Solução de amido
• Solução de ácido sulfúrico 3 mol/L
Reagentes e Soluções • Pedra de Pómez
• Oxalato de sódio p.a. • Solução de fenolftaleína 1%
• Celite • Reativo de Luff Schoorl
127
254 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 255
Solução de ácido clorídrico, aproximadamente a 1,0 mol/L: Pipetar 125 mL da solução de Reativo de Luff Schoorl: Pesar 86,2 g de carbonato de sódio anidro, 31,3 g de bicarbonato de
ácido clorídrico 4,0 mol/L e transferir para um balão volumétrico de 500 mL e completar o sódio, 70,0 g de citrato de sódio e 25 g de sulfato de cobre. Dissolver os reagentes em cerca
balão até a marca com água destilada ou deionizada. de 800 mL de água destilada ou deionizada e transferir para um balão volumétrico de 1.000
mL. Completar o volume do mesmo com água destilada ou deionizada.
Solução de ácido clorídrico, aproximadamente a 0,1 mol/L: Pipetar 50 mL da solução de
ácido clorídrico 1,0 mol/L e transferir para um balão volumétrico de 500 mL e completar o OBSERVAÇÃO: Padronização do reativo de Luff Schoorl:
balão até a marca com água destilada ou deionizada.
Reagentes e Soluções
Solução de hidróxido de sódio, aproximadamente a 0,1 mol/L: Dissolver cerca de 4,000 • Solução padrão de açúcar invertido a 0,5%
gramas de hidróxido de sódio p.a. em água destilada ou deionizada e transferir a solução • Solução padrão de açúcar invertido a 0,125%
para balão volumétrico de 1.000 mL. Completar o volume do mesmo com água destilada ou
deionizada. Preparo das Soluções
Solução de hidróxido de sódio 10%: Dissolver cerca de 50 gramas de hidróxido de sódio p.a. Solução padrão de açúcar invertido a 0,5%: Dissolver 2,375 gramas de sacarose (seca a
e transferir a solução para balão volumétrico de 500 mL e completar o volume do mesmo 100°C) em cerca de 100 mL de água destilada ou deionizada em um balão de 500 mL, adicio-
com água destilada ou deionizada. nar 15 mL de ácido clorídrico 1 mol/L e água para que o volume chegue a cerca de 150 mL.
Levar ao banho-maria em água fervente, deixar o balão em repouso pó cerca de 2 minutos.
Solução de tiossulfato de sódio 0,1 mol/L: Dissolver aproximadamente 24,818 gramas de Esfriar, adicionar 2 a 3 gotas de fenolftaleína, neutralizar com a solução de hidróxido de sódio
tiossulfato de sódio penta-hidratado em aproximadamente 500mL de água destilada ou a 10%. Completar o volume do balão com água destilada ou deionizada. Esta solução con-
deionizada. Transferir a solução para balão volumétrico de 1.000 mL e completar o volume tém o equivalente a 5 mg/mL ou 0,5% de açúcar invertido.
do mesmo com água destilada ou deionizada.
Solução padrão de açúcar invertido a 0,125%: Pipetar 50 mL da solução padrão de açúcar
Solução de amido: Dissolver cerca de 5 gramas de amido em aproximadamente 50 mL de invertido a 0,5% para um balão volumétrico de 200 mL e completar o volume com água. Esta
água destilada ou deionizada. Transferir a solução para béquer de 2.000 mL com aproxima- solução passa a ter 1,25 mg/mL de açúcar invertido equivalente ou 0,125%.
damente 1.000mL destilada ou deionizada. Ferver por 3 minutos, esfriar. Adicionar 10mg de
iodeto de mercúrio como conservante. Técnica para padronização
Ácido sulfúrico 3,0 mol/L: Adicionar aproximadamente 163 mL de ácido sulfúrico concen- • Pipetar 25 mL da solução padrão de 1,25 mg/mL de açúcar invertido para um erlen-
trado em um béquer contendo cerca de 300 mL de água destilada ou deionizada, esfriar e meyer de 300 mL e proceder conforme metodologia para a amostra de açúcar a partir
transferir a solução para um balão volumétrico de 1.000mL. Completar o volume com água da adição da solução de Luff Schoorl, incluindo o valor do branco.
destilada ou deionizada. • Os 31,25 mg de açúcar invertido utilizados tem que produzir uma “diferença de título”
de 12,35 mL de tiossulfato de sódio 0,1mol/L. Caso o resultado defira disto, calcular
Solução de iodeto de potássio 30%: Dissolver cerca de 60 de iodeto de potássio em cerca um fator de padronização “F”,que se baseia em rendimentos de açúcar invertido, e terá
de 100 mL de água destilada ou deionizada, transferir a solução para balão volumétrico de que corrigir adequadamente todas as concentrações subseqüentes.
200mL. Completar o volume do balão com água destilada ou deionizada.
Pedra de Pómez: Fervida em ácido clorídrico, lavada em água destilada e seca. Cálculos
128
256 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 257
NOTA:
Reagentes e Soluções
Fazer uma prova em branco, substituindo os 25 mL da Solução A por água destilada ou deio-
• Água deionizada (Tipo III)
nizada. Prosseguir da mesma maneira utilizada na titulação das amostras e anotar o volume
• Solução alcalina de cobre
gasto (V1).
• Solução de hidróxido de sódio 1,0mol/L
• Solução de EDTA 0,005mol/ L
Cálculos
• Indicador murexida
• Solução de açúcar invertido 10g/L
(X × Fx × 1000)
Acucares redutores(mg ⁄ kg) = • Solução de açúcar invertido 0,5g/L
m
• Solução indicadora de fenolftaleina 0,1% m/v
• Solução de ácido clorídrico 0,5 mol/ L
Onde:
X Miligramas de açúcar invertido obtido na tabela a seguir correspondente a diferença
Preparo das Soluções
de volumes de tiossulfato de sódio gastos nas titulações do branco e da amostra (V1 – V2)
V1 Volume tiossulfato de sódio 0,1mol/L gasto na titulação do branco
Solução alcalina de cobre: Pesar 25,0g de carbonato de sódio anidro e dissolver em becker
V2 Volume tiossulfato de sódio 0,1mol/L gasto na titulação da amostra
de 250mL com aproximadamente 100 mL de água deionizada. Pesar 25,0g de tartarato de
Fx Fator de padronização da solução de Luff Schoorl
sódio e potássio tetrahidratado e dissolver em becker de 250mL com aproximadamente 100
M Massa em gramas da amostra em 25 mL da solução titulada
mL de água deionizada. Transferir estas soluções para balão volumétrico de 1000mL conten-
do aproximadamente 400mL de água deionizada e 40mL de solução de hidróxido de sódio
129
258 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 259
1,0mol/ L. Pesar 6,0 g de sulfato de cobre pentahidratado, dissolver em 100mL de água deio- absoluto. Solubilizar e completar o volume com água deionizada. Esta solução deve ser ar-
nizada e transferir sob agitação contínua, quantitativamente, para o mesmo balão. Comple- mazenada em frasco conta-gotas e tem estabilidade por quatro meses.
tar o volume com água deionizada e homogeneizar. Esta solução tem estabilidade de quatro
meses se conservada em frasco âmbar. Solução de ácido clorídrico 0,5mol/L: Transferir aproximadamente 4,3 mL de ácido clorídri-
co concentrado p.a. para balão volumétrico de 100mL, contendo aproximadamente 50mL de
Solução de hidróxido de sódio 1mol/L: Pesar 4,0g de hidróxido de sódio p.a. e dissolver em água deionizada, agitar e completar o volume. Esta solução tem estabilidade de três meses
becker de 250mL com cerca de 30 a 50mL de água deionizada. Transferir quantitativamente se conservada em frasco âmbar.
para balão volumétrico de 100mL, completar o volume e homogeneizar. Esta solução tem
estabilidade de quatro meses se conservada em frasco âmbar. OBSERVAÇÃO: Curva de calibração
Solução de EDTA 0,005mol/ L: Pesar 1,860g de ácido etilenodiaminotetraacético sal dissó- • Separa 6 erlenmeyers de 125mL e numerá-los de 1 a 6
dico di-hidratado (EDTA), previamente seco em estufa a 70°C – 80°C por 2 horas, dissolver em • Colocar em cada um os volumes e massas indicadas no quadro a seguir:
balão volumétrico de 1000mL com água deionizada. Completar o volume e homogeneizar.
Esta solução tem estabilidade de dois meses. Erlenmeyer mL da mL de Sacarose Conc. de
Nº Solução AR água (g) AR
Indicador murexida: Pesar 0,50g de murexida, 0,20g de azul de metileno e 40,0g de cloreto 0,5g/L deionizada (%m/m)
de sódio. Transferir para um almofariz de porcelana, triturar a mistura e armazenar em reci- 1 5 0 5 0,05
piente fechado e dentro de dessecador. Este reagente tem estabilidade de um ano. 2 4 1 5 0,04
3 3 2 5 0,03
Solução de açúcar invertido 10g/L: Pesar 9,500g de sacarose e transferir para balão volu- 4 2 3 5 0,02
métrico de 1000mL com auxílio de aproximadamente 100mL de água deionizada e agitar 5 1 4 5 0,01
até dissolução da sacarose. Acrescentar 5mL de ácido clorídrico conc. p.a. e homogeneizar. 6 0 5 5 0,00
Tampar o balão e deixar em repouso por 3 dias à temperatura ambiente, para permitir com-
pleta inversão da sacarose. Após completar os 3 dias, elevar o volume até próximo a 800 mL • Homogeneizar cada erlenmeyer até completa dissolução da sacarose
e agitar. Pesar aproximadamente 2,0g de ácido benzóico em becker e dissolver em 75 mL • Adicionar 5mL da solução alcalina de cobre e homogeneizar
de água deionizada aquecida (aproximadamente 70°C) e transferir para o balão contendo a • Colocar os erlenmeyers no banho-maria em ebulição por 5min
solução invertida. Completar o volume e homogeneizar. A adição de ácido benzóico assegu-
ra a preservação da solução. Esta solução tem estabilidade de seis meses se conservada em NOTA:
frasco âmbar. O nível de água do banho maria deve ser o suficiente para cobrir a solução contida no erlen-
meyer
Solução de açúcar invertido 0,5g/L: Diluir 10mL da solução de açúcar invertido 10g/L para • Retirar e resfriar imediatamente os erlenmeyers em água corrente;
balão volumétrico de 200mL. Adicionar 3 a 4 gotas de solução indicadora de fenolftaleína • Adicionar aproximadamente 0,1 g do indicador murexida em cada erlenmeyer
0,1% e sob agitação, adicionar lentamente solução de hidróxido de sódio 1,0mol/ L até co- • Titular com solução de EDTA 0,005mol/L até mudança da cor verde para púrpura que
loração rosa, a qual deverá ser posteriormente eliminada pela adição de 1 ou 2 gotas de é o ponto final, anotar os volumes
solução de ácido clorídrico 0,5mol/ L. Completar o volume com água deionizada e homoge- • Construir o gráfico da curva de padrão a partir dos volumes gastos x concentração de
neizar. . Esta solução deve ser consumida no dia do preparo. açúcares redutores ou calcular uma equação de regressão linear
130
260 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 261
Onde: NOTA:
AR (%m/m) Açúcares redutores na amostra Esta resina pode ser substituída por qualquer uma das seguintes: Duolite A-368, Duolite
V Volume gasto da solução de EDTA 0,005mol/ L, em mL A-392, Amberlite IRA-93 ou Amberlite IRA-60
a Coeficiente angular, obtido na equação de regressão linear • Celite
b Coeficiente linear, obtida na equação de regressão linear • Solução de ácido tricloroacético 10%
• Enzima α-amilase de Aspergillus Dryazae
• Álcool etílico absoluto
131
262 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 263
Resina de troca iônica amberlite IR-120 e IRA-68: Lavar a resina com pelo menos o dobro Cálculos
de seus pesos, com água deionizada e ligeiramente com acetona. A seguir secar em estufa a
30°C e armazenada em recipientes fechados. Dextrana(UMA) = 100 (La - Lb)
Celite: Pesar 50 ± 5g de celite e adicionar 1000mL de água deionizada. Acrescentar 50 ± 5mL Onde:
de ácido clorídrico (HCl) concentrado e agitar por 5min. Filtrar e lavar todo o produto com La Absorbância da “amostra”
água deionizada até que o pH das águas filtradas seja equivalente ao pH da água original. Lb Absorbância do “controle”
Secar a celite por 6h a 100°C e armazenar em recipiente fechado
Solução de ácido tricloroacético 10%: Pesar exatamente 10g de ácido tricloroacético OBSERVAÇÃO:
(C2HCl3O2) e dissolver em um pouco de água deionizada. Transferir para balão volumétrico UMA = unidade de miliabsorbância)
de 100mL e completar o volume com água deionizada
MÉTODO GS1-15, ICUMSA 2005
Técnica
• Pesar exatamente 23,5g da amostra em becker e adicionar 35mL de água deionizada NOTA
• Dissolver completamente com auxílio de um bastão magnético Este método substitui o método GS1-15, ICUMSA 1994
• Adicionar 0,05g de enzima α-amilase e deixar incubar a 55°C, durante 1h, de preferên-
cia em estufa, tendo-se o cuidado de agitar a cada 15min Reagentes e Soluções
• Após a incubação, adicionar 5g de Amberlite IRA-120 e 5g de qualquer uma das se- • Dextrana p.a.
guintes: Duolite A-368, Duolite A-392, Amberlite IRA-93 ou Amberlite IRA-68 • Solução padrão de dextrana 0,8mg/mL
• Adicionar 1g do reagente celite, agitar e filtrar usando somente o prefiltro Millipore, • Solução padrão de dextrana 0,08mg/mL
tendo-se o cuidado de manter o sistema de tal forma que o filtrado seja recolhido em • Solução de ácido tricloroacético 10%
um tubo de Nessler, limpo e seco • Álcool etíico absoluto
• Lavar o becker e o funil com pequenas porções de água deionizada, tendo-se o cuida- • Solução de sacarose / ácido tricloroacético
do de não exceder 100mL ao final • Enzima α-amilase (Miles Takalite L340 ou Novo Termamyl 120L)
• Diluir o filtrado para 100mL e adicionar 10mL da solução de tricloroacético 10% • Celite
• Tampar e agitar
• Filtrar em membrana Millipore de 0,45μm, coberta com um prefiltro, recolhendo-se o Preparo das Soluções
filtrado em outro tubo de Nessler
• Pipetar 2 vezes 12,5mL do filtrado para 2 balões volumétricos de 25mL, de- signando Dextrana p.a.: Usar dextrana T110 ou dextrana T500. Antes do preparo da solução padrão,
um deles como “controle” e o outro como “amostra” deve-se determinar a umidade da dextrana, em duplicata, pesando aproximadamente 2g do
• Completar o volume do balão volumétrico designado de “controle” com água deio- reagente. Expressar o resultado com 2 casas decimais.
nizada
• Completar o volume do balão volumétrico designado de “amostra” com álcool étilico Solução padrão de dextrana 0,8mg/mL: Pesar uma quantidade de dextrana equivalente a
absoluto 0,16g, calculada da seguinte forma:
• Deixar os balões em repouso por 60min
• Proceder às leituras das absorbâncias da “amostra” e do “controle” em espectrofotô- Dextrana (g) = (0,16 x 100) / (100 - Umidade %)
metro, estando este ajustado em 720ηm e aferido em 0,0 de absorbância e 100% de
132
264 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 265
Dissolver o peso correspondente em um pouco de água deionizada e transferir para balão • Agitar e imediatamente iniciar a marcação do tempo
volumétrico de 200mL. Completar o volume com água deionizada e agitar.
Ml da mL de
mL sol. Ml da Conc.
Solução padrão de dextrana 0,08mg/mL: Pipetar 10mL da solução padrão 0,8mg/mL e sol. Pa- água
Balões Saca- sol. Pa- Sol.
transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água deionizada drão deioni-
(n°) rose/ drão Dextrana
sacarose zada
TCA sacarose (mg/kg)
Solução de ácido tricloroacético 10%: Pesar exatamente 20g de ácido tricloroacético 0,8mg/L
(C2HCl3O2) e dissolver em um pouco de água deionizada. Transferir para balão volumétrico 1 8,0 0,0 - 4,5 0
de 200mL e completar o volume com água deionizada. 2 8,0 1,0 - 3,5 20
3 8,0 2,0 - 2,5 40
Solução de sacarose / ácido tricloroacético: Dissolver 250g de sacarose pura (C12H22O11) 4 8,0 3,0 - 1,5 60
e dissolver em um pouco de água deionizada. Transferir para balão volumétrico de 500mL, 5 8,0 4,0 - 0,5 80
adicionar 78mL da solução de ácido tricloacético 10% e completar o volume com água deio- 6 8,0 - 1,0 3,5 200
nizada 7 8,0 - 1,5 3,0 300
8 8,0 - 2,0 2,5 400
NOTA:
9 8,0 - 2,5 2,0 500
Os preparos das demais soluções já foram citados no método de determinação da Amstar
10 8,0 - 3,0 1,5 600
Corporation.
11 8,0 - 3,5 1,0 700
12 8,0 - 4,0 0,5 800
OBSERVAÇÃO: Curva de calibração
13 8,0 - - 17,0 Branco
-Em 13 balões de 25mL, preparar os padrões da seguinte maneira:
NOTA:
NOTA:
• As absorbâncias devem ser lidas em um tempo preciso após a mistura, para isto é
Como o álcool etílico absoluto deve ser adicionado num intervalo de 20min após a adição da
recomendado que o álcool seja adicionado na solução padrão da dextrana em um
solução de sacarose / ácido tricloroacético, e as absorbâncias lidas exatamente 20min após
intervalo de tempo constante de 3 a 4min
a mistura com o álcool, é recomendado que apenas de 4 a 6 padrões, mais o branco, sejam
• Aferir o espectrofotômetro com água deionizada, em 0,0 de absorbância e 100% de
preparados durante este tempo.
transmitância, estando este ajustado em 720ηm
• Aproximadamente 17 a 18min após a aferição e mistura dos balões, lavar um par de
• Adicionar 8,0mL da solução sacarose/ácido tricloroacético em cada frasco, usando pi-
cubetas de 2cm de comprimento óptico, usando inicialmente água deionizada e pos-
peta graduada de 10mL e pêra
teriormente com o branco
• Adicionar aos primeiros 12 balões alíquotas de dextrana, de ambas soluções padrões,
• Aferir o espectrofotômetro com o “branco” em 0,0 de absorbância e 100% de transmi-
conforme o quadro a seguir, usando uma pipeta graduada de 5mL
tância, estando este ajustado em 720ηm
• Adicionar aos primeiros 12 balões alíquotas de água deionizada, conforme o quadro
• Após exatamente 20min de ter completado e agitado os balões, ler as absorbâncias
abaixo, usando uma pipeta graduada de 10mL, totalizando um volume de 12,5mL em
dos padrões
cada um dos 12 balões
• Elaborar um gráfico da curva padrão, plotando no eixo das abscissas as concentrações
• No balão de número 13, completar o volume com água deionizada, é o “branco”
dos padrões de dextrana (em mg/kg) e no eixo das ordenadas as absorbâncias corres-
• Completar o volume do balão de número 1 com álcool etílico absoluto, lentamente,
pondentes a cada um dos padrões, ou obter uma equação de regressão linear
com pequena agitação, utilizando uma bureta de 50mL. O tempo de adição do álcool
deve ser entre 30 e 60s
133
266 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 267
Técnica Onde:
• Pesar exatamente 32g de açúcar demerara, VHP ou VVHP em becker de 200mL C Concentração de dextrana, em mg/kg, encontrada no gráfico ou na equação de
regressão linear, correspondente à absorbância lida
NOTA: F Fator de diluição (quando existir)
Caso haja necessidade de diluição da amostra (leitura acima do último ponto da curva) repe-
tir a análise utilizando 16,0 g ± 0,1 g da amostra e 16,0 g ± 0,1 g de sacarose. NOTAS:
• Adicionar 50mL de água deionizada e dissolver a amostra • Expressar o resultado em mg/Kg, com número inteiro
• Adicionar 0,1mL da enzima α - amilase. Agitar • Resultado com valor abaixo de 50 mg/Kg, expressar como < 50 mg/Kg.
• Levar os balões a um banho-maria e permanecer por 15min a uma temperatura de
55 ± 5°C
• Esfriar à temperatura ambiente 9.1.12 Amido
• Transferir a solução, com auxílio de um funil, para um balão volumétrico de 100ml,
lavando bem o becker e o funil com porções de água deionizada Determinação da concentração de amido expressa em unidade de mg/kg, pelo método GS1-
• Adicionar 10ml da solução de ácido tricloroacético 10% e completar o volume com 16, ICUMSA 2005.
água deionizada
• Transferir a solução para um becker de 150mL, adicionar 6-8g de celite, lavada com Reagentes e Soluções
ácido, e agitar • Água destilada
• Filtrar a mistura em funil de Buchner, usando papel Whatman nº 5, ou equivalente, a • Sacarose p.a
vácuo, desprezando os primeiros 15-20mL do filtrado • Ácido Acético glacial
• Separar dois balões volumétricos de 25mL, limpos e secos, e pipetar para cada um • Cloreto de cálcio dihidratado, com pureza mínima de 98%
12,5mL do filtrado • Solução de cloreto de cálcio 40 % (m/m)
• Completar o volume de um dos balões com álcool etílico absoluto, lentamente, utili- • Solução de ácido acético 1,0 mol/L:
zando uma bureta de 50mL. A adição do álcool deve acontecer entre 30 e 60s (desig- • Solução de ácido acético 0,033 mol/L
nar esta solução como amostra) • Solução cloreto de cálcio / ácido acético
• Agitar e imediatamente iniciar a marcação do tempo • Solução Iodato de potássio 0,0017 mol/L
• Solução de Iodeto de potássio 10 % (m/v):
NOTA: • Solução iodeto / iodato de potássio: misturar 10,0 ± 0,5 mL da
A adição do álcool deve ser feita no máximo após 20min da adição da solução de ácido tri- • Solução de amido de batata – 900 mg/L
cloroacético. • Solução padrão de amido – 180 mg/L
• Completar o volume do outro balão com água deionizada (designar esta solução de • Solução padrão de amido – 45 mg/L
“branco”)
• Aferir o espectrofotômetro com o “branco” em 0,0 de absorbância e 100% de transmi- Preparo das Soluções
tância, estando este ajustado em 720nm
• Após exatamente 20min de ter completado e agitado os balões, ler a absorbância da Solução de cloreto de cálcio 40 % (m/m): Pesar 470g de água destilada em béquer de 1.000
amostra mL, em outro becker pesar 530g de cloreto de cálcio dihidratado. Colocar o becker conten-
do água destilada no agitador magnético e adicionar lentamente o cloreto de cálcio dihidra-
Cálculos tado até completa dissolução. Desligar a agitação, resfriar a solução a temperatura ambiente
Dextrana(mg ⁄ kg) = C × F e filtrar através de pré-filtro, para eliminação de possíveis insolúveis contidos na solução.
Verificar a concentração da solução através da medida de sua densidade relativa (20°C / 20°C)
134
268 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 269
a densidade relativa da solução de cloreto de cálcio 40,0% é 1,3970 (20°C / 20°C), corrigir se co âmbar. Esta solução deve ser consumida no mesmo dia do preparo.
necessário a concentração com água destilada ou cloreto de cálcio dihidratado.
Solução de amido de batata 900mg/L: Determinar a umidade do amido de batata, pesando
NOTAS: aproximadamente 0,2 g do amido e secar em estufa a 105 ± 5°C durante duas horas. Deter-
• Na faixa da temperatura de 20°C a 30°C a densidade relativa diminui em média 0,0007 minar a umidade e a massa (g) necessária de amido em função da umidade para se obter o
por grau acima de 24°C e aumenta pelo mesmo valor, por grau abaixo de 24°C. Como equivalente a 0,9000 ± 0,005 g de amido seco através da equação:
o cloreto de cálcio é altamente higroscópico, evitar sua exposição ao ar.
• A densidade relativa pode ser mediada por densímetro eletrônico ou qualquer outro
instrumento capaz de apresentar medidas equivalentes.
m = Amido = [ (0,9000 × 100)
(10 - %umidade) ]
• Armazenar esta solução em frasco âmbar. Esta solução tem validade de três meses.
Pesar a massa de amido (m) ± 0,005 g em béquer de 50mL e adicionar 5mL de água des-
Solução de ácido acético 1,0mol/L: Diluir 57mL de ácido acético glacial em balão volumétri- tilada ou deionizada para hidratação do mesmo. Aguardar aproximadamente 10minutos
co de 1.000mL com água destilada ou deionizada. Armazenar esta solução em frasco âmbar. com homogeneização não contínua. Transferir a mistura quantitativamente para béquer de
Esta solução tem estabilidade de três meses. 1.000mL, contendo aproximadamente 500mL de água destilada ou deionizada aquecida. La-
var cuidadosamente o béquer de 50mL e o bastão utilizado na preparação com água destila-
Solução de ácido acético 0,033mol/L: Diluir 33,0mL da solução de ácido acético 1,0mol/L da ou deionizada em ebulição, transferindo as águas de lavagem para o béquer de 1.000mL.
em balão volumétrico de 1.000mL com água destilada ou deionizada. Esta solução tem esta- Colocar em ebulição o béquer contendo o amido por 3 minutos ± 30 segundos, transferir a
bilidade de um mês se conservada em frasco âmbar. solução ainda quente para balão volumétrico de 1.000mL, lavando pelo menos duas vezes o
béquer com água destilada ou deionizada em ebulição. Transferir as águas de lavagem para
Solução cloreto de cálcio / ácido acético: Usando um pHmetro e agitador, ajustar o pH da o balão volumétrico. Agitar o balão volumétrico e esfriar em água corrente até temperatura
solução de cloreto de cálcio 40 (m/m) para pH 3,0 ± 0,1 com uma solução de ácido acético ambiente. Completar o volume do balão com água destilada ou deionizada e homogeneizar.
0,033mol/L. Aguardar o tempo suficiente para a estabilização do pH. Embora o pH da solu- Armazenar em frasco âmbar e em geladeira a temperatura de 0° a +10°C. Consumir esta so-
ção de cloreto de cálcio/ácido acético tende a alterar quando em repouso, não reajustar o pH lução no máximo em uma semana.
para 3,0 antes do uso. Armazenar esta solução em frasco âmbar. Esta solução tem estabilida-
de de um mês se conservada em frasco âmbar. Solução padrão de amido 180mg/L: Pipetar 20 mL da solução padrão de 900mg/L de amido
e transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada e
Solução iodato de potássio 0,0017 mol/L: Secar aproximadamente 0,5 g de iodato de potás- homogeneizar. Consumir esta solução no mesmo dia do preparo.
sio em estufa entre 105°C – 110°C por uma hora, resfriar em dessecador. Dissolver 0,3566g do Solução padrão de amido 45mg/L: Pipetar 5 mL da solução padrão de 900 mg/L de amido
reagente seco em água destilada ou deinoizada e diluir em balão volumétrico de 1.000mL. e transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada e
Armazenar esta solução em frasco âmbar. Esta solução tem estabilidade de três meses mês homogeneizar. Consumir esta solução no mesmo dia do preparo;
se conservada em frasco âmbar.
OBSERVAÇÃO: Curva de calibração
Solução de iodeto de potássio 10% (m/v): Dissolver 10,0g de iodeto de potássio em água • Pesar 3,60g de sacarose em cada balão volumétrico de 50 mL de uma série de nove
destilada ou deionizada em balão volumétrico de 100mL. Armazenar esta solução em frasco balões
âmbar. Descartar quando ficar amarela. • Adicionar os volumes (mL) das soluções padrões e água, conforme indicados na ta-
bela a seguir:
Solução iodeto / iodato de potássio: Misturar 10,0mL da solução de iodeto de potássio
10% (m/v) com 90,0mL de água destilada ou deionizada em becker de 250mL. Acrescentar
100,0mL da solução de iodato de potássio 0,0017mol/L. Homogeneizar e transferir para fras-
135
270 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 271
NOTA:
• Agitar até completa dissolução do açúcar
Quando a leitura em absorbância da amostra ultrapassar o último valor obtido na curva de
• Pipetar 15mL da solução de cloreto de cálcio / ácido acético e transferir para cada
calibração, refazer a análise utilizando metade da massa anterior.
balão e homogeneizar
• Neste caso, o resultado deve ser multiplicado pelo fator de diluição (2 para este caso),
• Tampar cada balão e colocar em banho de água em ebulição por 15 ± 1 minuto e
para expressar a concentração final de amido na amostra.
iniciar a contagem do tempo
Cálculos
NOTA:
Os balões devem ser colocados no banho de água em ebulição dentro de 30 minutos após
Amido(mg ⁄ kg) = C × F
adição da água para dissolução do açúcar (sacarose).
• Após 15 minutos, remover os balões do banho e resfriar em água corrente até tempe-
Onde:
ratura ambiente
Concentração de amido, em mg/kg, encontrada no gráfico ou na equação de regressão line-
• Em cada balão, adicionar 15 mL da solução de ácido acético 0,033 mol/L, adicionar
ar, correspondente à absorbância lida
10 mL das solução de iodeto / iodato de potássio em cada balão, completar o volume
com água destilada ou deionizada e homogeneizar
F Fator de diluição (quando existir)
• Realizar leituras de absorbância a 700ηm de comprimento de onda das soluções no
intervalo de 10 a 20 minutos, após a adição da solução de iodeto / iodato, utilizando
NOTAS:
água destilada ou deionizada como prova em branco e em célula de 20 mm
• Expressar o resultado em mg/Kg, com número inteiro
• Anotar as leituras
• Resultado com valor abaixo de 25 mg/Kg, expressar como < 25 mg/Kg.
Técnica
9.1.13. Sulfito
• Pesar 3,60g da amostra para dois balões volumétricos de 50mL e identificar balão 1
(prova em branco) e balão 2 (amostra)
Determinação do teor de sulfito em açúcar, utilizando a técnica da espectrofotometria.
• Transferir 7mL de água destilada ou deionizada para cada balão
• Agitar até completa dissolução do açúcar
• Adicionar em cada balão 15mL da solução de cloreto cálcio / ácido acético e homo-
136
272 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 273
Reagentes e Soluções balão volumétrico de 100mL, completar o volume do balão com água destilada.
• Sacarose p.a
• Solução saturada de fucsina (cloridrato de rosalina) Solução indicadora de amido 1% (m/v): Pesar 1,0g de amido e acrescentar pequena quanti-
• Solução Saturada de fucsina descorada dade de água destilada, agitar com auxílio de um bastão até que se forme uma pasta. Trans-
• Solução de formaldeído 0,2% (m/v) ferir para béquer de 250mL com auxílio de 100mL de água destilada aquecida (70°C – 90°C) e
• Solução de hidróxido de sódio 0,1 mol/L deixar por 3 minutos, esfriar e filtrar sobre algodão. Armazenar esta solução em frasco âmbar.
• Solução de ácido clorídrico 1 mol/L A validade desta solução é de três meses.
• Solução indicadora de amido 1% (m/v)
• Solução de tiossulfato de sódio 0,1 mol/L Solução de tiossulfato de sódio 0,1mol/L: Pesar 24,8170g de tiossulfato de sódio pentahi-
• Solução iodo 0,05 mol/L dratado e transferir para balão volumétrico de 1.000mL, dissolver e completar o volume do
• Solução referência de sulfito de sódio 0,02 mol/L balão com água destilada. Armazenar esta solução em frasco âmbar. A estabilidade desta
• Solução diluída de sulfito de sódio 0,0002 mol/L solução é de três meses.
Preparo das Soluções Solução iodo 0,05 mol/L: Pesar 20,0g de iodeto de potássio e transferir para um balão volu-
métrico de 1.000mL com cerca de 50mL de água destilada. Acrescentar 12,690g de iodo (p.a).
Solução saturada de fucsina (cloridrato de rosalina): Pesar 1,0g de fucsina, transferir para Dissolver e completar o volume do balão com água destilada. Armazenar em frasco âmbar.
béquer de 250mL e acrescentar 100mL de água destilada. Aquecer até 50°C e resfriar com
agitação, deixar a solução em repouso por 48 horas e filtra a mesma. Armazenar esta solução Solução referência de sulfito de sódio 0,02mol/L: Pesar 1,260g de sulfito de sódio anidro
em frasco âmbar. A validade desta solução é de três meses. e transferir para balão volumétrico de 500mL, com auxílio de água destilada. Acrescentar
50,0g de sacarose (p.a). Dissolver e completar o volume do balão com água destilada, homo-
NOTA: geneizar. Pipetar 25mL da solução de iodo 0,05mol/L e transferir para erlenmeyer de 250mL,
A fucsina básica (cloridrato de rosalina) deve ser pró-análise (p.a), ou seja, a utilizada somen- acrescentar 10mL da solução de ácido clorídrico 1,0mol/L e 100mL de água destilada. Titular
te para determinações de microscopia não deve ser utilizada por apresentar baixa pureza. o excesso de iodo 0,05mol/L com a solução de tiossulfato de sódio 0,1mol/L até a colora-
ção palha, acrescentar 3mL da solução indicadora de amido 1%, sob agitação, continuar a
Solução saturada de fucsina descorada: Pipetar 4 mL da solução saturada de fucsina e titulação até desaparecer a cor azul, anotar o volume gasto na titulação (V1). Pipetar 25mL
transferir para balão volumétrico de 100mL, adicionar 6mL de ácido clorídrico concentrado. da solução de iodo 0,05mol/L e transferir para erlenmeyer de 250mL, acrescentar 10mL da
Completar o volume com água destilada ou deioniizada. A descoloração ocorre em um curto solução de ácido clorídrico 1mol/L, 100mL de água destilada, 25mL da solução de sulfito de
espaço de tempo, mas a solução somente poderá ser utilizada após 1 hora. Consumir esta sódio 0,02 mol/L. Titular o excesso de iodo 0,05mol/L com a solução de tiossulfato de sódio
solução no mesmo dia do preparo. 0,1mol/L até a coloração palha, acrescentar 3mL da solução indicadora de amido 1%, sob
agitação, e continuar a titulação até desaparecer a cor azul, anotar o volume gasto na titula-
Solução de formaldeído 0,2% (m/v): Pipetar 5 mL de uma solução de formaldeído 37% a ção (V2).
40% e colocar em balão volumétrico de 1.000mL, completar o volume com água destilada.
Armazenar esta solução em frasco âmbar. A validade desta solução é de três meses. Solução diluída de sulfito de sódio 0,0002 mol/L: Pipetar 2mL da solução de referência de
sulfito de sódio 0,02mol/L para balão volumétrico de 200mL e completar o volume com água
Solução de hidróxido de sódio 0,1mol/L: Pesar 4,0g de hidróxido de sódio p.a, transferir destilada. Consumir esta solução no mesmo dia do preparo. A concentração desta solução
para balão volumétrico de 1.000mL com água destilada. Dissolver e completar o volume do será:
balão. Armazenar esta solução em frasco de polietileno.
C (µg SO2 ⁄ mL) = (V1 - V2 ) × 3,203 × 0,4
Solução de ácido clorídrico 1mol/L: Pipetar 8,5mL de ácido clorídrico concentrado (p.a) para
137
274 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 275
138
276 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 277
• Calcular o volume total (Vt) de água dividindo-se a massa de água, em gramas, pela
massa específica em g/mL correspondente em função da temperatura da água du-
rante o ensaio
• O volume encontrado corresponde ao volume do erlenmeyer em mL
• Montar o sistema para densidade (funil, suporte, erlenmeyer, bacia) conforme mos-
trado na figura 01 MÉTODO 02
• Pesar cerca de 600g de açúcar e transferir para o funil
• Pesar erlenmeyer vazio e seco (P1), e anotar o seu peso em gramas Técnica
• Abrir totalmente a valvulado funil, deixar escoar todo o açúcar de forma a haver trans- • Encher completamente uma proveta de 500mL com água destilada a 20°C, até o nível
bordamento de transbordamento
• Nivelar a superfície do açúcar no erlenmeyer, sem comprimir • Medir o volume total de água deionizada utilizada no enchimento do volume da pro-
• Eliminar eventuais cristais de açúcar aderentes a superfície externa do erlenmeyer veta, anotando como (V)
• Pesar e anotar (P2), em gramas. • Pesar a proveta utilizada, vazia e seca, anotando o peso (P1)
• Com auxílio de um funil encher a proveta com a amostra de açúcar até o mesmo nível
Cálculos de transbordamento considerado quando do enchimento com a água
• Eliminar pequenas quantidades de amostras que possam estar aderidas às superfícies
Cálculos
Onde:
P1
P2
Peso do erlenmeyer vazio e seco (g);
Peso do erlenmeyer + amostra (g);
Densidade aparente (g ⁄ L) = [ (P2 - P1)
V ] x 1000
139
278 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 279
secador e pesar
Preparação da Água Onde:
• Filtrar aproximadamente 5 litros de água destilada ou deionizada através de membra- m0 Peso da amostra (Kg)
na com 8 μm de porosidade, preparada de acordo com o procedimento citado acima m1 Peso da membrana (g)
• Após a filtração dos primeiros 500 mL, lavar o frasco de filtração e descartar m2 Peso da membrana + material insolúvel (g)
• Continuar a filtração dos 4,5 litros restantes de água
• Esta água deve ser usada em todas as etapas que requerem uso de água, inclusive NOTA:
limpeza dos materiais utilizados Se forem utilizadas duas ou mais membranas para filtração, proceder ao seguinte cálculo:
[ ]
Deterninação
(m2 - m1)1 + (m2 - m1)2 + (m2 - m1)n
• Pesar 250g da amostra em béquer, dissolver com água quente em ebulição, manter a Materiais insoluveis(mg ⁄ Kg) = x 1000
m0
140
280 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 281
NOTAS:
• Expressar os resultados de resíduo insolúvel em mg/kg e com número inteiro. Resul-
tados abaixo de 10 mg/Kg expressar como < 10 mg/Kg
• O limite de detecção é de 10 mg/Kg e a reprodutibilidade interna é de 12 mg/Kg (NC
= 95,45%)
MÉTODO QUALITATIVO
Cálculos
Pol%acucar (°S) = Ls × F
141
282 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 283
Onde: Solução de ácido clorídrico 0,1M: Transferir 8,9mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado
Ls Leitura sacarimétrica para balão volumétrico de 1000mL, contendo aproximadamente a metade de água deioni-
F Fator de correção da temperatura = 1 + 0,00014 ( t - 20) zada. Esperar esfriar e completar o volume com água deionizada.
142
284 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 285
(Brix × densidade aparente a 20°C) • Homogeneizar cuidadosamente a amostra de açúcar, principalmente para se obter
100 uma distribuição homogênea dos tamanhos dos cristais
• Transferir a porção da amostras para o recipientes das amostras, nivelando perfeita-
NOTA: mente sua superfície
A concentração da solução (g/mL) pode ser obtida da seguinte forma: • Comparar a cor da amostra com as cores dos padrões, alternando o recipiente da
amostra nos lados esquerdo e direito com o padrão de cor parecida, estimando seu
(Brix%solucao × densidade aparente) valor entre dois tipos de cores sucessivas
Concentracao(g ⁄ mL) =
100
NOTAS:
MÉTODO GS9/1/2/3-8 ICUMSA de 2005 • Os olhos do observador devem estar protegidos da luz direta
• Para amostras com tamanhos de partículas e brilho dos cristais diferentes dos pa-
Proceder conforme metodologias indicadas para açúcar demerara, VHP e VVHP drões, tomar precauções para assegurar que o que está sendo observado é a cor do
açúcar (amostra) e não seu brilho.
9.2.4 Aparância Visual
Cálculos
Determinação da aparência visual através do método ICUMSA GS2-11 (1994)
Aparencia visual = n
NOTA IMPORTANTE:
Neste ensaio a amostra de açúcar é comparada visualmente com padrões Braunschweig nu- Onde:
merados de 0 a 6, elaborados a partir de açúcares brancos de alta qualidade e tamanhos n Valor do padrão Braunschweig, cuja cor mais se assemelha à cor da amostra
de cristais (granulometria) especialmente selecionados. São coloridos de maneira artificial
seguindo procedimentos definidos com precisão. Estes padrões Braunschweig estão dispo- NOTA:
níveis nas seguintes instituições: Caso o ensaio seja realizado por mais de um analista, proceder a média dos valores atribu-
ídos. Recomenda-se que este ensaio seja realizado simultaneamente por 3 (três) analistas.
INSTITUT FUR TECHNOLOGIE DER KOHLENHYDRATE
TECHNISCHEN UNIVERSITAT BRAUNSCHWEIG 9.2.5 Índice de Reflectância
PO Box 4636, 38036 Braunschweig, Alemanha.
Determinação do índice de reflectância através do método ICUMSA GS2-13 (1998)
Técnica
NOTA: NOTA IMPORTANTE:
Para este ensaio são necessários os seguintes aparatos: Para este ensaio é importante o perfeito entendimento das seguintes definições:
Fator de reflectância (R): É definido pela razão entre o feixe de luz radiante refletido num de-
Recipientes para amostras: Caixas quadradas totalmente brancas, de plástico ou papelão, terminado comprimento de onda pela amostra e pelo padrão. É dado pela equação:
com as seguintes dimensões: 60 x 60 mm e 28 mm de altura.
143
286 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 287
Razão de reflectância (r): É definido como a razão entre os fatores de reflectância em dois NOTA:
comprimentos de onda estabelecidos. É dado pela equação: A calibração do equipamento deve ser exatamente como recomenda o manual de operação
do fabricante
Rλ1
r=
Rλ2 • Registrar a leitura
• Girar o recipiente contendo a amostra em 360º, registrando leituras a cada 90º, asse-
Onde: gurando que as leituras obtidas durante esta operação não são maiores do que 0,1
r Razão de reflectância unidades, caso aconteça de ser maior, repetir o nivelamento da amostra
Rλ1 Fator de reflectância em um comprimento de onda 1 • Ler o fator reflectância nos comprimentos de onda selecionados (495 e 620 ηm)
Rλ2 Fator de reflectância em um comprimento de onda 2 • Proceder de maneira semelhante as determinações das razões de reflectãncias dos
padrões de cor Braunschweig (usualmente de 0 a 6)
NOTA:
Desde 1970 a razão dos comprimentos de onda R(426)/R(620) esteve classificado como mé- Cálculos
todo tentativo pela ICUMSA, sendo incorporado como método oficial em 1982. Em 1986 se
adotou tentativamente a razão R(495)/R(620). Indice de reflectancia = 6 × [ rs - ro
r6 - ro ]
Reagentes e Soluções
Padrões de açúcar com cor Braunschweig Onde:
Sulfato de bário padrão rs Razão de reflectância da amostra
ro Razão de reflectância do padrão 0 (zero)
NOTA: r6 Razão de reflectância do padrão 6 (seis)
Os padrões podem ser adquiridos do: ro Razão de reflectância
144
288 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 289
Técnica Técnica
• Ajustar o pH da solução S1 para 7,0 ± 0,2 usando as soluções de ácido clorídrico ou • Operar/Calibrar o equipamento conforme Manual de Operação do fabricante
hidróxido de sódio • Pesar 50,0g da amostra de açúcar em erlenmeyer de 250mL
• Determinar o Brix refratométrico e a temperatura no momento da leitura para pos- • Adicionar 50,0g de água deionizada previamente filtrada em membrana 0,45 mm (so-
terior correção a 20°C, caso o refratômetro não possua compensação automática de lução 50ºBrix)
temperatura • Agitar até a completa dissolução do açúcar
• Aferir o espectrofotômetro com água deionizada em 0,0 de absorbância e 100% de • Degasar a amostra no banho ultrasson por aproximadamente um minuto
transmitância, estando este ajustado em um comprimento de onda de 420ηm
• Transferir a solução não filtrada, com o pH corrigido, para uma cubeta cujo compri- NOTA:
mento seja tal que as leituras se situem entre 20 e 80% Se o banho ultrasson não for disponível, manter a solução em repouso por no mínimo 20mi-
• Ler a absorbância da solução não filtrada nutos para degasagem antes de fazer a leitura
Cálculos • Colocar a amostra diluída a 50°Brix no frasco de amostra do turbidímetro, até a marca
• Colocar o frasco no turbidímetro
Turbidez = (I × 1000) - COR(420ηm) ICUMSA • Fazer a leitura da turbidez e anotar
Onde: NOTA:
I Índice de absorbância da solução não filtrada calculada dessa forma: As leituras de turbidez das amostras devem idealmente estar dentro da faixa de calibração,
conforme padrão utilizado. Caso contrário, proceder a nova calibração do turbidímetro com
(AS1 × 10) novo padrão de valor maior de forma a adequar a faixa de trabalho.
I=
b×c
Cálculos
AS1 absorbância da solução não filtrada, S1 Turbidez (NTU) = L
145
290 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 291
Cálculos
Cinzas condutimetricas (%m ⁄ m) = 6 × 10-4 × (C - 0,35Ca) × K 9.2.9 Açúcares Redutores % Açúcar
Onde: Proceder conforme metodologia indicada para açúcar demerara, VHP e VVHP.
C1 Condutividade da solução açucarada à temperatura de medição em (μS / cm)
C2 Condutividade da água deionizada à temperatura de medição em (μS / cm) 9.2.11 Dextrana
t Temperatura em °C da amostra no momento da leitura da condutividade
K Constante da celular de condutividade (cm-1) Determinação da concentração de dextrana, expressa em mg/kg, por espectrofotometria.
146
292 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 293
Proceder conforme metodologia indicada para açúcar demerara, VHP e VVHP. Resultados
Pontos pretos = N
9.2.15 Materiais insolúveis
Onde:
Determinação dos materiais insolúveis pelo quantitativo (Método GS2/3-19 ICUMSA (2002)) N Número de pontos pretos observados por 100g de amostra
e qualitativo.
9.2.18 Partículas Magnetizáveis
Proceder conforme metodologias indicadas para açúcar demerara, VHP e VVHP.
Determinação do número de partículas magnetizáveis, expresso em mg/kg, utilizando o mé-
9.2.16 Amido todo gravimétrico
Determinação da concentração de amido expressa em unidade de mg/kg, pelo método GS1- Técnica
16, ICUMSA 2005. • Pesar em um becker no mínimo 500,0g da amostra previamente quarteada através de
um quarteador tipo Jones (figura 4)
Proceder conforme metodologia indicada para açúcar demerara, VHP e VVHP. • Escoar vagarosamente o açúcar sobre o separador magnético, de acordo com a figura
5, espalhando-o por toda a extensão da placa magnética
9.2.17 Pontos Pretos • Levantar o funil, remover o conjunto (placa magnética + papel) e bater levemente
contra a placa de borracha para eliminar eventuais cristais de açúcar aderentes
Determinação da quantidade de pontos pretos de contagem • Retirar o papel da placa magnética e transferir as partículas para um cestinho de papel
Técnica alumínio previamente tarado
• Pesar 100g da amostra homogeneizada • Pesar e anotar o peso
• Montar o dispositivo para contagem de pontos pretos de acordo com a figura 3, em
147
294 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 295
148
296 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 297
Técnica Técnica
• Pesar 50,0g da amostra de açúcar e dissolver em 50,0g de água deionizada • Coletar uma amostra de açúcar na saída do secador
• Montar o conjunto de filtração com a membrana filtrante • Lavar ao laboratório e encher um tubo de ensaio 180 x 20 mm previamente seco e
limpo, compactando o açúcar através de batidas laterais no tubo
NOTA: • Colocar o tubo com amostra na geladeira estando esta com aproximadamente 4ºC e
Usar sempre membrana filtrante com diâmetro 47 mm, porosidade 0,8 mm. Em nenhum deixar por 30min
teste deve ser usado pré-filtro. • Retirar o tubo, invertê-lo e observar a fluidez de descarga do açúcar de acordo com a
necessidade de provocar a descarga da amostra com batidas laterais no tubo
• Ajustar a temperatura da solução para 25°C ± 1°C
• Conectar ao sistema de vácuo previamente ajustado para vácuo de 15 polegadas ± 1 Resultado
polegada de mercúrio
• Transferir a solução açucarada para o coletor do conjunto de filtração e deixar em Fluidez ou Tendencia ao empedramento = Ni
repouso por um minuto
• Acionar o vácuo e imediatamente acionar o cronômetro para início da medida do Onde:
tempo de filtração Ni Nível atribuído à descarga da amostra de acordo com a tabela abaixo:
• Anotar o tempo real gasto em minutos e segundos para filtrar toda a solução
Nível Característica Resultado
Resultado Sem necessidade de
Sem tendência ao
N1 batidas no tubo, ape-
empedramento
Filtrabilidade (mL⁄min) = V nas invertendo-o
Com uma batida Fraca tendência de
N2
Onde: lateral no tubo empedramento
V Volume total filtrado em minutos (mL - min). Com mais de uma
Fraca tendência de
N3 batida lateral no
empedramento
NOTA: tubo
O tempo gasto em minutos deve ser transformado em décimos de minutos, para isso dividir
os segundos gastos por 60 e somar aos minutos gastos. 9.2.22 Floco Ácido
9.2.21 Teste de Fluidez (Resistência ao Empedramento) Determinação da formação de flocos ácidos após 10 dias, através de observação
Teste de fluidez de açúcar, também conhecido como teste de empedramento, com resfria- Reagentes e Soluções
mento prévio da amostra • Água deionizada (Tipo III)
• Água carbonatada (água mineral com gás)
149
298 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 299
Ácido fosfórico 0,67 mol/L: Pipetar 4,5mL de ácido fosfórico 85 % e colocar em balão volu- Resultado
métrico de 100mL. Completar o volume com água deionizada e homogeneizar; Esta solução
se armazenada em frasco âmbar, tem validade de três meses. Floco acido = I
Benzoato de sódio 0,1 % (m/v): Pesar aproximadamente 0,1g de benzoato de sódio p.a e Onde:
transferir para balão volumétrico de 100mL com água deionizada. Homogeneizar até com- I Índice de observação numérico variando de 0 (zero) a 3 (três) de acordo com o quadro
pleta dissolução e completar o volume com água deionizada. Esta solução se armazenada a seguir:
em frasco âmbar, tem validade de três meses.
Índice Resultado Observação
Técnica 0 Negativo Nenhum floco
• Pesar 55g da amostra de açúcar para erlenmeyer de 250mL e dissolver com 60mL de 1 Leve Flocos raros e leves
água deionizada Floculação leve, ob-
• Montar o conjunto de filtração, conectando-o ao sistema de vácuo 2 Moderado servado com auxílio
• Filtrar a solução em pré-filtro de luz
• Coletar o filtrado e transferir para béquer de 250mL Floculação intensa,
• Adicionar 5mL da solução de benzoato de sódio a 0,1% (m/v), 4mL de ácido fosfórico 3 Pesado observada sem auxí-
0,67 mol/L e homogeneizar lio de luz
• Transferir a solução para proveta graduada de 500mL e completar o volume com água
carbonatada (água mineral com gás) 9.2.23 Floco Alcoólico
• Transferir toda a solução para uma garrafa pet transparente de 500mL (semelhante a
de água mineral) e tampar Determinação da formação de flocos alcoólicos, através de espectrofotometria
• Deixar a garrafa em repouso por 10 (dez) dias à temperatura ambiente
• Examinar a garrafa contendo a amostra com auxílio de uma fonte luminosa intensa e Reagentes e Soluções
verificar a presença ou ausência de flocos • Água deionizada (Tipo III)
• Álcool Etílico Absoluto p.a (mínimo 99,5 %v/v
NOTA: • Solução Alcoólica 55 %v/v
Para efeito de comparação dos testes com ausência de flocos, preparar uma prova em bran-
co. Preparo das Soluções
Solução Alcoólica 55 %v/v: Colocar em proveta graduada de 100mL, 55mL de álcool etílico
OBSERVAÇÃO: Prova em branco: absoluto p.a e 45mL de água deionizada e homogeneizar. Esta solução tem validade de três
• Dissolver em béquer de 250mL contendo aproximadamente 100mL de água carbo- meses se conservada à temperatura ambiente.
natada, 5mL da solução de benzoato de sódio a 0,1 % e 4mL de ácido fosfórico 0,67
mol/L Técnica
• Transferir toda a solução para proveta de 500mL e completar o volume com água • Pesar 50,0g da amostra e dissolver em 50,0g de água deionizada
150
300 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 301
• Aquecer a solução até ebulição e filtrar rapidamente em conjunto de filtração com Resultado
membrana de 0,8 mm
• Resfriar a solução filtrada imediatamente até a temperatura ambiente Floculacao em meio acido = I
• Colocar 49mL da solução filtrada em frasco erlenmeyer de 250 mL
• Adicionar 55mL de água deionizada e acrescentar 120mL de álcool etílico absoluto Onde:
p.a I Índice de observação numérico variando de 0 (zero) a 1 (um) de acordo com o quadro
• Homogeneizar a solução e tampar o erlenmeyer a seguir:
• Deixar em repouso por 15 min
• Ajustar o espectrofotômetro em comprimento de onda de 420 ηm, utilizar como bran- Índice Resultado Observação
co a solução alcoólica 55 %v/v e fazer as leituras de absorbância em célula de 10 mm 0 Negativo Ausência de floculação
1 Positivo Presença de Floculação
Resultado
9.2.25 Turvação EBC
Floco alcoolico(ηm) = A
Determinação da turvação expressa em EBC pelo método nefelométrico.
Onde:
A Absorbância lida da solução contendo a amostra Proceder conforme metodologia indicada para determinação de turbidez em açúcar cristal
e refinado
9.2.24 Floculação em Meio Ácido
Cálculos
Determinação da formação de floculação em meio ácido após 22h, através de observação
L
Turvacao(EBC) =
Reagentes e Soluções 4
• Água deionizada (Tipo III)
• Ácido Fosfórico 85 % Onde:
L Leitura da turbidez, em NTU (unidade nefelométrica de turbidez)
Técnica
• Pesar 60,0g da amostra de açúcar em becker de 500mL e acrescentar água deionizada 9.2.26 Turvação em Meio Alcoólico
até 200 g de solução
• Agitar até completa dissolução com auxílio do agitador magnético Determinação da turvação em meio alcoólico, expressa em EBC, pelo método nefelométrico.
• Filtrar a solução em papel de filtro qualitativo
• Medir em proveta 100mL da solução e transferir para becker de 250mL Reagentes e Soluções
• Ajustar o pH para 2,00 desta solução pela adição de ácido fosfórico 85 % • Água deionizada (Tipo III)
• Transferir a solução para erlenmeyer de 250mL, tampar com papel alumínio • Celite
• Aquecer em banho-maria em ebulição durante 15 min • Álcool etílico absoluto p.a .
• Deixar em repouso por 22h ± 2 h , à temperatura ambiente • Solução de ácido tartárico 2,2%m/v
• Verificar se houve a formação de flocos ou névoa esbranquiçada com auxílio da fonte
de luz
151
302 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 303
Solução de Ácido Tartárico 2,2 % m/v: Pesar 2,20g de ácido tartárico p.a. Transferir para Aparencia visual = I
balão volumétrico de 100 mL, dDissolver e completar o volume com água deionizada. Esta
solução tem validade de seis meses se armazenada em frasco âmbar. Onde:
I Índice de observação numérico variando de 1 (um) a 2 (dois) de acordo com o quadro
Técnica a seguir:
• Pesar 65g da amostra de açúcar em erlenmeyer de 250mL
• Adicionar 64g de água deionizada e acrescentar 1mL da solução de ácido tartárico Índice Resultado Observação
2,2 % Ausência de empedramento e material
1 Regular
• Agitar até a completa dissolução do açúcar estranho
• Preparar o conjunto de filtração, contendo o papel de filtro qualitativo, diâmetro Presença de empedramento e material
2 Irregular
90mm e uma camada auxiliar de filtração, preparada com aproximadamente 2g de estranho
celite e 50mL de água deionizada
• Filtrar a solução 9.2.28 Gosto
• Transferir 25mL do filtrado para frasco erlenmeyer de 250 mL
• Acrescentar 35mL de álcool etílico p. a. e homogeneizar Determinação do gosto característico do açúcar, por degustação
• Degasar a amostra no banho ultrasson por aproximadamente um minuto
• Fazer a leitura da turbidez da solução Reagentes e Soluções
• Água deionizada. (Tipo III)
Cálculos Técnica
• Pesar aproximadamente 100,0g da amostra de açúcar e 100,0g de água deionizada,
L agitar até completa dissolução
Turvacao em meio alcoolico(EBC) =
4
• Medir e ajustar o brix, se necessário, para aproximadamente 50°Brix;
Onde: • Pipetar 20mL da solução 50°Brix para balão volumétrico de 100 mL, completar o volu-
L Leitura da turbidez, em NTU (unidade nefelométrica de turbidez) me com água deionizada e homogeneizar
• Após homogeneização, transferir uma porção desta solução para copo de degusta-
9.2.27 Aparência Visual ção, onde será feito o teste de gosto
• Provar e identificar possível gosto não característico do açúcar
Determinação da aparência visual do açúcar, por observação visual
NOTA:
Técnica Este ensaio deve ser realizado em ambiente sem odores.
• Pesar aproximadamente 500g da amostra de açúcar e colocar sobre uma folha de
papel lisa e branca, de maneira a formar uma camada uniforme Resultado
• Observar visualmente toda a amostra quanto a presença de empedramento, material Gosto = G
estranho de origem animal ou orgânica
Onde:
G Índice de observação numérico variando de 1 (um) a 2 (dois) de acordo com o qua-
dro a seguir:
152
304 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 09 - Açúcar 305
153
Capítulo 10
Torta
154
308 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 10 - Torta 309
Sumário
155
310 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 10 - Torta 311
Pol%torta = Ls × Ft × 2 Cálculos
Determinação da concentração de água, expressa em percentagem de umidade, por méto- Determinação da concentração de açúcares redutores (glicose e frutose), expressa em per-
do gravimétrico centagem, pelo método Somogyi-Nelson
156
312 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 10 - Torta 313
157
314 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 10 - Torta 315
NOTAS: Cálculos
• Em função do alto teor de água nas amostras de torta de filtro, para se avaliar a real
concentração dos açúcares redutores totais neste subproduto da indústria açucareira,
é necessário considerar sua umidade ou realizar as análises em base seca.
Fibra%torta = ( (P P- P ) )
3
1
2
[
ART%torta = Pol%torta × 1,0526 + Pol%torta × ( pol
AR
)]
cana
158
Capítulo 11
Lodo
e Controle
dos Filtros
159
318 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 11 - Lodo e Controle dos Filtros 319
Sumário
11.6 pH............................................................................................................................................. 00
160
320 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 11 - Lodo e Controle dos Filtros 321
11.1 Fibra % Lodo (Primário e de Alimentação dos Filtros) 11.2 Sólidos Insolúveis Totais % Lodo (Primário e de Alimenta-
ção dos Filtros
Determinação da fibra no lodo primário e de alimentação dos filtros, por gravimetria.
Determinação dos sólidos insolúveis totais % lodo, por gravimetria.
Técnica
• Homogeneizar a amostra e pesar aproximadamente 200g em becker limpo e seco Reagentes e Soluções
anotando corretamente o peso da amostra (P1) • Sacarto de sódio
• Transferir uma quantidade de amostra para uma peneira limpa e seca com peso ano- • Solução de polieletrólitos a 0,1%
tado (P2) sendo esta de aço inox com as seguintes características:
• 90 mm de diâmetro Preparo das Soluções
• 125 mm de altura Solução de polieletrólitos a 0,1%: Pesar 1g de polieletrólito e transferir para becker de
• Fundo de tela com 200 mesh em aço inos 1000mL contendo aproximadamente 700mL de água destilada, com agitação lenta. Dissol-
• Lavar a amostra com jato forte de água tendo o cuidado para evitar perdas por res- ver e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada.
pingo Conservar esta solução em geladeira.
• Repetir a operação até que toda amostra pesada seja lavada, tendo sempre o cuidado
para que a camada de fibra apresente–se limpa Técnica
• Recolher toda amostra retida na peneira em um becker de 1000mL e adicionar apro- • Pesar aproximadamente 200g (P1) da amostra homogeneizada para becker de 500mL
ximadamente 500mL de água destilada limpo e seco
• Agitar vigorosamente com auxílio de bastão de vidro. A areia se decantará no fundo • Transferir quantitativamente para becker de 4L e adicionar aproximadamente 3,5L de
do becker água a 95°C, lentamente para evitar aeração da amostra e flotação de materiais
• Retornar o sobrenadante contendo a fibra suspensa para a peneira com fundo de 200 • Adicionar com agitação sacarato de cálcio para ajuste de pH para 7,0
mesh, lavando bem o becker • Adicionar lentamente para ocorrer a floculação 5,0mL da solução de polieletrólito a
• Deixar escoar e excesso de água contido na peneira 0,1%
• Levar a peneira para estufa e deixar secar por 12 horas a 100°C • Deixar o material floculado decantar. Os sólidos ocuparão aproximadamente 20% do
• Retirar a peneira da estufa e pesar (P3) volume original
• Retirar cuidadosamente a maior quantidade possível de líquido com inclinação do
Cálculos becker
Fibra%Lodo = ( (P P- P ) ) x 100
3
1
2 NOTA
As etapas de adição de água quente, adição de floculante, decantação e retirada do líquido
deve ser repetida.
Onde:
P1 Peso da amostra de torta, em gramas • Colocar um papel de filtro num funil de Buchner e preparar o conjunto de filtração a
P2 Peso da peneira, em gramas vácuo
P3 Peso da peneira mais fibra, em gramas • Colocar os sólidos decantados no funil de filtração
• Lavar os sólidos remanescentes com auxílio de pisseta
• Promover a filtração a vácuo
• Adicionar mais água até que cubra o material a ser filtrado e promover novamente a
filtração a vácuo
161
322 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 11 - Lodo e Controle dos Filtros 323
• Retirar o papel de filtro e material retido do conjunto de filtração e levar à estufa du- Onde:
rante 12h a uma temperatura de 100°C SSL Sólidos suspensos no lodo, em gramas
• De maneira idêntica secar um papel semelhante em estufa na mesma temperatura SSCF Sólidos suspensos no caldo filtrado, em gramas
por 3 horas e pesar em seguida (P2)
• Resfriar em dessecador e pesar o papel seco com os sólidos insolúveis (P3) MÉTODO POR BALANÇO DE SÓLIDOS
1
2
Onde:
RFL Razão de fibra no lodo de alimentação dos filtros
Onde: RFT Razão de fibra na torta
P1 Peso da amostra de torta, em gramas
P2 Peso do papel limpo, em gramas NOTAS
P3 Peso do papel mais sólidos, em gramas A razão de fibra no lodo de alimentação dos filtros é dada pela expressão:
162
324 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros
Técnica
• Homogeneizar a amostra e transferir para dois tubos cônicos de 10 ou 15mL
ajustando–os até o menisco para não prejudicar o balanceamento da centrí-
fuga
• Colocar simetricamente os tubos na centrífuga e aumentar lentamente a rota-
ção até que esta alcance 3.000rpm
• Permanecer nesta rotação por 10min
• Fazer a leitura dos volumes das amostras depositadas nos fundos dos tubos e
tirar uma média (Vm)
Cálculos
Concentração de lodo = ( Vm
Va )
x 100
Onde:
Vm Média dos volumes de lodo depositados nos tubo da centrífuga
Va Volume dos tubos da centrífuga
11.6 pH
163
326 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 12 - Mosto 327
12.7 Sulfito...................................................................................................................................... 00 Determinação da concentração de açúcares redutores (glicose e frutose), expressa em per-
centagem, pelos métodos Eynon-Lane e Somogyi-Nelson
12.8 Nitrogênio Amoniacal....................................................................................................... 00
12.11 Potássio................................................................................................................................ 00
12.4 Açúcares Redutores Totais % Mosto
12.12 Dureza Total........................................................................................................................ 00
12.13 Cálcio.................................................................................................................................... 00 Determinação da concentração de açúcares redutores totais, expressa em percentagem, pe-
los métodos Eynon-Lane e Somogyi-Nelson
12.14 Magnésio............................................................................................................................. 00
164
328 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 12 - Mosto 329
Determinação da acidez sulfúrica, expressa em percentagem de ácido sulfúrico, por titrime- Determinação da concentração de nitrogênio amoniacal, expressa em percentagem, pelo
tria de neutralização método de destilação de Kjedahl
Proceder conforme metodologia indicada para caldos Proceder conforme metodologia indicada para caldos
Determinação da concentração de sulfito, expressa em ppm de SO2, por colorimetria Obtenção do extrato nítrico–perclórico para determinação de fósforo, potássio, dureza total,
cálcio e magnésio
Reagentes e Soluções
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de sulfito em mel Reagentes e Soluções
Ver reagentes e soluções citadas na digestão nítrica–perclórica para méis
Técnica
Preparo da amostra Técnica
• Pipetar 5mL da amostra, transferir para balão volumétrico de 200mL e completar o • Pipetar 10mL da amostra previamente filtrada e transferir para balão de Kjedahl de
volume com água destilada 100mL
• Pipetar 20mL e transferir para o copo do microdestilador de Kjedahl • Adicionar 10mL de ácido nítrico (HNO3) concentrado e proceder à digestão até obten-
• Adicionar 10mL de ácido sulfúrico 2N ção de um líquido claro
• Destilar, recebendo o destilado em 20mL de solução de tetracloromercurato 0,1M • Retirar do digestor e deixar esfriar completamente
contidos em um balão de 100mL • Adicionar 2mL de ácido perclórico (HClO4) concentrado e continuar a digestão até
• Completar o volume com água destilada obtenção de um extrato incolor
• Determinação
• Proceder à determinação do sulfito conforme citado para mel NOTA
Caso não obtenha o extrato incolor, esfriar o balão e adicionar mais 10mL de ácido nítrico
Cálculos (HNO3) concentrado
Onde:
La Absorbância da amostra (média das leituras dos tubos 5 e 6) 12.10 Fósforo
Lb Absorbância do branco (média das leituras dos tubos 1 e 2)
Lp Absorbância do padrão (média das leituras dos tubos 3 e 4) Determinação da concentração de fósforo, expressa em ppm de P, por colorimetria, usando
a digestão nítrica–perclórica
165
330 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 12 - Mosto 331
Técnica
Onde: Determinação
La Absorbância da amostra • Proceder à determinação da dureza total conforme citado para caldos, usando o ex-
Lb Absorbância do branco trato nítrico–perclórico obtido para determinação de fosfato em mosto.
Lp Absorbância do padrão
166
332 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 12 - Mosto 333
Cálculos Onde:
Vg1 Volume de EDTA 0,025 N gasto na titulação da dureza total
Dureza total (%CaO + %MgO) = Vg1 × 0,12 × F Vg2 Volume de EDTA 0,025 N gasto na titulação do cálcio
F Fator de correção da concentração do EDTA 0,025 N
Onde:
Vg1 Volume de EDTA 0,025 N gasto na titulação
F Fator de correção da concentração do EDTA 0,025 N 12.15 Alumínio
12.14 Magnésio
Impurezas% = ( VdSV ) x 100
Determinação da concentração de magnésio, expressa em percentagem de MgO, por cál- Onde:
culos Vd Volume de impurezas decantadas
SV Somatório dos volumes de amostra centrifugados
Cálculos
167
334 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros
Técnica
• Pesar em balança analítica uma tela de inox medindo 80 x 80mm, previamente seca
em estufa de secagem por 30min a 105ºC e resfriada em dessecador (P1)
• Acoplar a tela de inox em um conjunto de filtração a vácuo com funil de Buchner e
kitassato
• Homogeneizar bem a amostra e pesar em becker 200g ± 0,5 g (PA)
• Filtrar a vácuo, lavando bem o Becker com água destilada, filtrando as porções de
água usadas na lavagem
• Retirar a tela do funil contendo os insolúveis e transferir para estufa de secagem por
2h a 105º
• Retirar, resfriar em dessecador e pesar (P2)
Cálculos
168
336 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 13 - Vinho e Fermento 337
Método Enzimático...................................................................................................... 00
13.3 Acidez Sulfúrica
13.7 Teor Alcoólico....................................................................................................................... 00
Método Ebuliométrico................................................................................................ 00 Determinação da acidez sulfúrica, expressa em percentagem de ácido sulfúrico, por titrime-
tria de neutralização
Método Densimétrico (com densímetro Anton Paar)..................................... 00
13.11 Massa Seca de Levedura................................................................................................ 00 Determinação da concentração de açúcares redutores, expressa em percentagem, pelos mé-
todos Eynon-Lane com adição de padrão e Somogyi-Nelson
13.12 Teor de Levedura (Percentual de Fermento).......................................................... 00
NOTA IMPORTANTE:
Existem no mercado equipamentos que não somente facilitam as operações de titulação,
como também indicam o ponto final da titulação através de eletrodos específicos. Os pro-
cedimentos desses equipamentos devem ser rigorosamente seguidos de acordo com seus
respectivos Manuais de Operação. Os procedimentos citados neste Novo Manual são os clás-
sicos das análises titrimétricas.
169
338 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 13 - Vinho e Fermento 339
Sem diluição
Cálculos
ARRT% = {[( )
19,86
] }
+ 0,024 - 0,4 x F
ARR% = 0,1 × [ (La - Lb)
(Lp - Lb) ]
Vg
Reagentes e Soluções
ARR% = 10 × [ (La - Lb)
(Lp - Lb) ]
Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de caldos
Onde:
Técnica
AR Açúcares redutores
Preparo da amostra
La Absorbância da amostra
Lb Absorbância do branco
NOTA:
Lp Absorbância do padrão
Determinar inicialmente o Brix da amostra de acordo com a metodologia citada para caldos
170
340 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 13 - Vinho e Fermento 341
ARRT% = {[( )
19,86
Vg ] }
+ 0,024 - 0,4 x F Solução oxidante: Pesar 0,1g de metaperiodato de sódio (NaIO4) e dissolver em um pouco
de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL, adicionar 0,8mL da solução
de ácido sulfúrico 2M e completar o volume com água destilada.
Onde:
ARRT Açúcares redutores residuais totais Solução de hidróxido de sódio 1N: Pesar 40g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
Vg Volume gasto na titulação, em mL um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o
F Fator de correção da concentração do licor de Fehling volume com água destilada.
Solução tampão: Pesar exatamente 6,8g de fosfato diácido de potássio (KH2PO4) e transferir
171
342 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 13 - Vinho e Fermento 343
para becker de 250mL. Adicionar 150mL de água destilada e dissolver. Acertar o pH para 7,1 • Homogeneizar e centrifugar 10 a 20mL da amostra a 3500rpm
com a solução de hidróxido de sódio 1N. Transferir para balão volumétrico de 200mL e com- • Pipetar 2mL do sobrenadante, transferir para balão volumétrico de 50mL e completar
pletar o volume com água destilada. o volume com solução padrão
• Pipetar 5mL desta solução e transferir para tubo de ensaio
Solução estoque de glicerol 0,1%: Pesar 0,1g de glicerol [ C3H5(OH)3 ] e dissolver em um • Adicionar 1mL da solução oxidante e homogeneizar
pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume • Transferir o tubo de ensaio para banho–maria ajustado a 56°C e deixar por 2min
com água destilada. • Adicionar 5mL do reagente de cor e deixar por mais 10min para desenvolvimento da
cor
Solução padrão de uso de glicerol 10ppm: Pipetar 1mL da solução estoque de glicerol 0,1% • Resfriar em água corrente até a temperatura ambiente
e transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada. • Conduzir uma prova em branco em paralelo, substituindo a amostra por 2mL de água
destilada e os mesmos reagentes utilizados para elaboração da curva padrão
Solução de ácido tricloroacético 1%: Dissolver 1g de ácido tricloroacético (C2HCl3O2) em • Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com a
água destilada e transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água prova em branco, estando ajustado em 410nm
destilada. • Fazer a leitura da absorbância da amostra
• Transferir para tubos de ensaio com auxílio de uma bureta 0, 1, 2, 3, 4 e 5mL da solu- Glicerol(%) = C × 0,125
ção padrão de glicerol 10ppm
• Adicionar respectivamente 5, 4, 3, 2, 1 e 0mL de solução tampão, de forma que as Onde:
soluções tenham um volume final de 5mL C Concentração de glicerol, em ppm, correspondente à absorbância, encontrada no
• Respectivamente as concentrações destes padrões são: 0, 2, 4, 6, 8 e 10ppm de glice- gráfico da curva padrão ou na equação de regressão linear
rol
• Transferir para cada tubo de ensaio 1mL da solução oxidante e homogeneizar MÉTODO ENZIMÁTICO
• Transferir os tubos para banho–maria ajustado para 56°C e deixar por 2min
• Adicionar 5mL do reagente de cor e deixar no banho–maria por mais 10min para de- Reagentes e Soluções
senvolvimento de cor • Solução padrão de glicerol – 0,1 % m/v
• Retirar os tubos do banho–maria e resfriar em água corrente até temperatura am- • Solução padrão de glicerol – 0,001 % m/v
biente • Solução Enzimática
• Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com a
prova em branco, estando ajustado em 410nm Preparo das Soluções
• Fazer as leituras das absorbâncias dos padrões
• Elaborar o gráfico da curva padrão plotando as concentrações dos padrões, em ppm, Solução padrão de glicerol 0,1% m/v: Pesar aproximadamente 0,1g de glicerol p.a. em ba-
no eixo das abscissas e as leituras das absorbâncias no eixo das ordenadas, ou obter a lão volumétrico de 100mL, anotar a massa e completar o volume com água deionizada ou
equação de regressão linear destilada.
Técnica Solução padrão de glicerol 0,001% m/v: Pipetar 1 mL da solução padrão de 0,1% m/v para
• Pipetar 2mL da amostra previamente filtrada em algodão e transferir para balão vo- balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água deionizada ou destilada. Cal-
lumétrico de 100mL e completar o volume com solução de ácido tricloroacético 1% cular a concentração de glicerol real no padrão (Grp) pela fórmula:
172
344 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 13 - Vinho e Fermento 345
Compri-
Glicerol(%m/v) = [ (m × 0,01P)
100 ] mento
540 500 540
da onda
(nm)
Onde: Antes da Conservar o Kit
Glicerol Concentração de glicerol real no padrão 0,001 % m/v diluição, Antes da diluição, con-
Obs na geladeira
m Massa de glicerol em g conservar servar em freezer
em freezer entre 2 a 8 ºC.
P Pureza do Glicerol em % (indicada pelo fornecedor do produto)
Solução Enzimática: A preparação da solução enzimática deve ser exatamente conforme NOTA IMPORTANTE:
recomendação do fabricante. Atualmente as marcas mais encontradas no Brasil são Sigma, Os procedimentos para curva padrão são idênticos para todos os fabricantes, mudando ape-
Merck e Bayer. Para facilitar a execução desta metodologia, a seguir encontra–se um quadro nas os comprimentos de onda.
com resumo de informações e preparações das soluções.
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
Fabri- • Separar 6 tubos de ensaio, numerar de 0 a 5 e adicionar a cada um 2 mL da solução
SIGMA MERK BAYER Enzimática
cante
• Na ordem, adicionar em cada tubo 0; 1; 2; 3; 4 e 5 mL da solução padrão de glicerol
Triglycer- SERAPAK
ide (GPO– Triglycerides (GPO– Triglycerides 0,001 %m/v
Produto
TRINDER) PAP) Merck SMT (Fast Color) • Na ordem, adicionar em cada tubo 5; 4; 3; 2; 1 e 0 mL de água deionizada ou destilada,
(KIT) Sigma 1.19706.0001 Bayer 6684 / totalizando o volume de 7mL em cada tubo
337–A 6687
• Calcular as concentrações de glicerol em cada tubo, pela fórmula:
4 frascos de
Embala- 12 frascos (6 frascos 30mL, 2 frascos
20 frascos com tampão e 6 fras- de 120 mL e 6 (Grp × Vpi)
Cgi =
gem cos com substrato) frascos de 120 5
mL.
Código 6684: Onde:
Transferir o conteúdo
Adicionar 40 Adicionar 30
do frasco 2 (solução Cgi Concentração de glicerol no tubo de ensaio no tubo “i”
mL de água mL do reagente
tampão) em um frasco Grp Concentração de glicerol real no padrão 0,001%m/v
deionizada 1 no
1 (substrato), agitar
ou destilada frasco do rea- Vpi Volume de solução padrão de glicerol 0,001%m/v adicionado no tubo “i”
levemente até a dis-
no frasco gente 1A e agi-
solução completa.
de reagente tar levemente
Transferir para um • Homogeneizar lentamente os tubos de ensaios
e dis- até a dissolução
Preparo frasco âmbar de • Transferir os tubos para banho–maria termostatizado a 37°C e manter nesta tempe-
solver sem completa.
100mL e acrescentar
agitação. ratura por 5min
72mLde água deioni-
Conservar Código 6687: • Retirar os tubos do banho–maria e deixar esfriar até temperatura ambiente
zada, homogeneizar
esta solução Dissolver o
lentamente. • Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com a
sob refriger- conteúdo do
Conservar esta prova em branco (tubo 0, ou seja, 0% de glicerol), estando este ajustado no compri-
ação entre 2 frasco 1 A no
solução sob refriger-
e 6ºC. conteúdo do mento de onda indicado para o KIT enzimático usado
ação entre 2 e 6ºC.
frasco 1. • Fazer as leituras das absorbâncias dos padrões
Validade 60 dias 20 dias 30 dias • Elaborar o gráfico da curva padrão plotando as concentrações dos padrões, em %m/v
x 10–3, no eixo das abscissas e as leituras das absorbâncias no eixo das ordenadas, ou
173
346 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 13 - Vinho e Fermento 347
obter a equação de regressão linear • Colocar 25mL de água destilada na caldeira, não devendo molhar o bulbo do termô-
metro
Técnica • Rosquear o condensador à caldeira, não sendo necessário colocar água no conden-
• Centrifugar 10 mL da amostra a 3000rpm durante 3 minutos sador
• Transferir 5mL do sobrenadante para balão volumétrico de 100mL e completar o vo- • Acender a lamparina
lume com água deionizada ou destilada • Definir como “ponto zero” o ponto onde ocorrer a estabilização do mercúrio do ter-
• Transferir 2mL do balão anterior para outro balão de 100mL e completar o volume mômetro
• Transferir 5ml do balão anterior para um tubo de ensaio • Mover a régua graduada e ajustar o ponto zero da escala ao valor de leitura no ter-
• Adicionar 2mL da solução Enzimática mômetro
• Homogeneizar lentamente, invertendo o tubo no sentido vertical
• Transferir o tubo para banho–maria a 37°C e manter durante 5min Determinação
• Retirar o tubo do banho e deixar esfriar até temperatura ambiente • Lavar a caldeira com pequenas porções da amostra
• Fazer em paralelo uma prova em branco, substituindo a amostra por 5mL de água • Colocar 50mL da amostra na caldeira
deionizada ou destilada. • Rosquear a parte superior do aparelho que deve conter água e o termômetro
• Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com a • Acender a lamparina
prova em branco, estando este ajustado para o comprimento de onda indicado para • O mercúrio contido no tubo capilar deve–se mover até estabilizar em um determina-
o KIT enzimático usado do ponto
• Fazer as leituras da absorbância da amostra • Ler a temperatura
• Fazer a leitura do teor alcoólico na régua graduada
Cálculo
Cálculos
Glicerol(%m/v) = C × FD
Teor alcoolico(etanol%) = L
Onde:
C Concentração de glicerol, em %m/v x 10–3, correspondente à absorbância encontra-
da no gráfico da curva padrão ou na equação de regressão linear Onde:
FD Fator de diluição, neste caso 1000 L Leitura obtida na régua graduada
174
348 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 13 - Vinho e Fermento 349
NOTA: Técnica
A leitura da densidade da amostra deve ser realizada a 20°C, com o densímetro eletrônico • Pesar em um tubo de centrífuga 100g ± 0,5g da amostra (PA)Transferir o tubo para a
programado de acordo com seu Manual de Operação para que se tenha a correta densidade centrífuga, balancear e centrifugar a 3.000rpm por 3min
relativa da amostra 20°C / 20°C • Desligar a centrífuga, retirar o tubo, desprezar o sobrenadante, adicionar água desti-
Cálculos lada, ressuspender o decantado e centrifugar novamente. Repetir este procedimento
• Desligar a centrífuga, desprezar o sobrenadante e transferir quantitativamente o de-
Teor alcoolico (etanol%) = C × 2 cantado para a cápsula previamente tarada (P1) com auxílio de uma espátula e álcool
etílico. Usar o mínimo possível de álcool
Onde: • Colocar a cápsula na estufa de secagem a 105°C e secar até peso constante
C Concentração alcoólica, em % v/v, encontrada na tabela 8, em função da densidade • Retirar a cápsula da estufa e resfriar em dessecador. Pesar e anotar (P2)
relativa da amostra 20°C / 20°C
Cálculos
MÉTODO CROMATOGRÁFICO
Onde:
13.8. Sulfito P1 Peso da cápsula
P2 Peso da cápsula + massa seca
Determinação da concentração de sulfito, expressa em ppm de SO2, por colorimetria PA Peso da amostra
175
350 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 13 - Vinho e Fermento 351
Massa seca de levedura (%p/p) = A - B Solução de KCl 0,2 M: Pesar 14,92 ± 0,01g de cloreto de potássio e transferir para balão vo-
lumétrico de 1000mL. Solubilizar e completar o volume com água deionizada ou destilada e
Onde: homogeneizar. Armazenar esta solução em frasco âmbar com tampa rosqueável. A validade
A Concentração de massa seca total, expressa em %p/p desta solução é de 3 meses.
B Concentração de sólidos insolúveis, expressos em %p/p
Solução de ácido clorídrico 0,2 M: Transferir 16,6 ± 0,2mL de ácido clorídrico concentrado
13.12. Teor de Levedura (Percentual de Fermento) p.a. com 37% de pureza para balão volumétrico de 1000mL, contendo aproximadamente a
metade de água deionizada ou destilada. Completar o volume e homogeneizar. Armazenar
Determinação do teor de levedura, ou percentual de fermento, pelos métodos da centrifu- esta solução em frasco âmbar com tampa rosqueável. A validade desta solução é de 3 meses.
gação e colorimétrico
Solução Tampão pH 1,45: Misturar 250mL da solução de cloreto de potássio 0,2 M com 207
MÉTODO DA CENTRIFUGAÇÃO mL da solução de ácido clorídrico 0,2 M e homogeneizar. A validade desta solução é de 3
meses.
Técnica
• Pipetar 10mL da amostra para dois tubos tubos graduados da centrífuga OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
• Colocar os tubos na centrífuga em posição simétrica evitando que se desequilibre
• Centrifugar a amostra por 5min a 3000rpm NOTA IMPORTANTE:
• Retirar os tubos e fazer a leitura do volume do material depositado no fundo Para realização da curva padrão, e logo desta metodologia, é necessário ter uma amostra
com valor conhecido de levedura seca, determinado conforme metodologias citadas neste
Cálculos capítulo.
Fermento% = V × 10
• Centrifugar 40mL da amostra de leite de levedura a 3000rpm, durante 5min. Descartar
Onde: o sobrenadante
V Média dos volumes de material depositado nos fundos dos tubos • Ressuspender o fermento com 40mL da solução tampão pH 1,45
• Centrifugar novamente a 3000rpm, durante 5min e descartar o sobrenadante
MÉTODO COLORIMÉTRICO • Ressuspender novamente a levedura com 40mL da solução tampão pH 1,45
• Pesar aproximadamente 5g e transferir para um balão volumétrico de 25mL designa-
NOTA: do de “A” e completar o volume com solução tampão pH 1,45 e anotar a massa como
Neste método, a levedura decantada após centrifugação é ressuspendida com solução tam- m1
pão pH 1,45, medindo–se a absorbância a 670 nm e o resultado expresso em %m/m de le- • Transferir aproximadamente 0,1; 0,3; 0,4; 0,5 e 0,7g da amostra diluída para 5 balões
vedura seca volumétricos de 50mL, designados de “B”, “C”, “D”, “E” e “F”. Completar os volumes com
a solução tampão pH 1,45, anotando as massas como m2, respectivamente
176
352 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 13 - Vinho e Fermento 353
Onde: Onde:
MSL Massa seca levedura, expressa em % m/m C Concentração de levedura seca em %m/v, correspondente à absorbância encontrada
m1 massa da levedura no balão “A” (aproximadamente 5g) no gráfico da curva padrão ou na equação de regressão linear
m2 massa de levedura de cada balão designados de “B a F” FD Fator de diluição da amostra
Técnica
• Centrifugar 10mL de amostra a 3000rpm durante 5min e descartar o sobrenadante
• Ressuspender o precipitado com 10mL de solução tampão pH 1,45 e centrifugar no-
vamente a 3000rpm durante 5min
• Descartar o sobrenadante e ressuspender o precipitado com 10mL de solução tam-
pão pH 1,45
• Diluir a amostra conforme tabela abaixo e completar o volume com a solução tampão
pH 1,45
Vol Fator de
Vol. Balão
Amostra Amostra diluição
(mL)
(mL) (FD)
Vinho turbinado 10 50 5
Dorna Volante 10 100 10
Vinho Levurado 1 100 100
Leite de Levedura 1 500 500
177
Capítulo 14
Óleo Fúseo
178
356 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 14 - Óleo Fúseo 357
Óleo fúsel é uma mistura muito complexa de substâncias orgânicas que se forma durante
14.1 Teoria da Formação............................................................................................................ 00
a fermentação alcoólica. Sua produção é, em média, na proporção de 0,1 a 0,7% de álcool
14.2 Pureza...................................................................................................................................... 00 produzido, podendo, se este for o objetivo, chegar a 7%.
14.3 Compostos Orgânicos....................................................................................................... 00
A formação do óleo fúsel ocorre quando há uma má nutrição das leveduras durante a fer-
Etanol................................................................................................................................ 00
mentação, principalmente com deficiência em nitrogênio. Nessas situações, as leveduras
N-propanol...................................................................................................................... 00 hidrolisam as proteínas existentes no mosto, principalmente as albuminas, gerando ami-
Iso-butanol...................................................................................................................... 00 noácidos, sendo o de maior quantidade as leucinas. Neste processo os alcoóis superiores
são formados e se difundem juntamente com o álcool etílico através da membrana celular,
N-butanol......................................................................................................................... 00
enriquecendo o vinho. Quando o teor de outras fontes de nitrogênio é elevado, ocorre me-
Iso-amílico....................................................................................................................... 00 nor formação de óleo fúsel porque as leveduras preferem suprir suas necessidades a partir
destas, deixando intacta a quantidade correspondente a leucina.
Os principais alcoóis homólogos superiores que constituem o óleo fúsel são o iso-amílico
(proveniente da L – Leucina), d-amílico (proveniente da d-isoleucina) e álcool isso-butílico
(proveniente da d-valina).
Suas características principais são: líquido de coloração amarelo transparente, cheiro carac-
terístico e penetrante, sabor repugnante que provoca tosse, ponto de ebulição próximo a
75°C, miscível em álcool, éter, clorofórmio e benzeno, mas imiscível em água. É um produto
com elevado grau de toxidez.
Os principais tópicos de controle são água e os alcoóis etílico, n-propanol, iso-butanol, n-bu-
tanol e iso-amílico. As concentrações destes componentes dependem como já comentadas,
das composições do mosto no que se referem às fontes de nitrogênio.
14.2 Pureza
Determinação da pureza do óleo fúsel, expressa em percentagem volume (%v/v), pelo mé-
todo da decantação
Técnica
• Homogeneizar perfeitamente a amostra
• Medir 200mL em proveta de 1000mL
• Completar o volume com água destilada e homogeneizar com auxílio de um bastão
de vidro
179
358 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros
Resultado
Capítulo 15
Álcool de
Segunda
180
Capítulo 15 - Álcool de Segunda 361
Sumário
Método cromatográfico............................................................................................. 00
181
362 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros
MÉTODO CROMATOGRÁFICO
182
364 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 16 - Vinhaça e Flegmaça 365
Sumário
16.1 pH ............................................................................................................................................ 00
Método ebuliométrico................................................................................................ 00
Método titrimétrico..................................................................................................... 00
Método cromatográfico............................................................................................. 00
16.4 Potássio.................................................................................................................................. 00
183
366 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 16 - Vinhaça e Flegmaça 367
NOTA: NOTA:
As determinações dos minerais em amostras de vinhaça devem ser realizadas conforme me- Toda operação do destilador deve ser realizada exatamente conforme recomendação do
todologias citadas no capítulo Águas Residuais e Efluentes Industriais. manual de operação do equipamento
Determinação da acidez sulfúrica, expressa em percentagem de ácido sulfúrico, por titrime- Cálculos
tria de neutralização
Técnica
Destilação da amostra NOTA:
• Agitar por alguns segundos a amostra em um recipiente fechado, abrindo em seguida Toda operação do destilador deve ser realizada exatamente conforme recomendação do
a tampa para liberar o CO2. Esta operação deverá ser repetida entre 4 e 5 vezes manual de operação do equipamento
• Pipetar 50mL da amostra homogeneizada e destilar em destiladores do tipo Kjedahl
• Lavar com um pouco de água destilada o local onde a amostra foi colocada • Receber o destilado em uma proveta contendo 10mL da solução de dicromato de
potássio 0,5% e 10mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado
• Destilar até obter um volume equivalente ao dobro da amostra
184
368 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros
Cálculos
Onde:
V1 Volume da solução de tiossulfato gasto na titulação do branco
V2 Volume da solução de tiossulfato gasto na titulação da amostra
F Fator de correção da concentração do tiossulfato de sódio 0,1N
MÉTODO CROMATOGRÁFICO
Capítulo 17
Álcool
185
370 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 371
Método cromatográfico................................................................................... 00
17.5 Alcalinidade.......................................................................................................................... 00
17.7 pH ............................................................................................................................................ 00
17.8 pHe........................................................................................................................................... 00
17.10 Sódio..................................................................................................................................... 00
17.12 Cloreto.................................................................................................................................. 00
Método potenciométrico................................................................................. 00
17.13 Sulfato.................................................................................................................................. 00
Método titrimétrico............................................................................................ 00
Método colorimétrico........................................................................................ 00
17.15 Ferro...................................................................................................................................... 00
Método colorimétrico........................................................................................ 00
186
372 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 373
187
374 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 375
Resultado
Cor visual = I ou LA 17.3. Massa Específica a 20°C
Onde: Determinação da massa específica de uma solução hidroalcoólica pelo uso de densímetro
I Incolor, quando a cor observada na amostra for igual ou menor que a cor da solução de imersão e, através desta, conhecer a concentração alcoólica em termos de percentagem
padrão de cor Nº 1 massa/massa (ºINPM) e volume/volume (ºGL)
LA Levemente amarelado, quando a cor observada na amostra for superior a cor da
solução padrão de cor Nº 2 Técnica
• Homogeneizar a amostra
NOTA: • Colocar a amostra homogeneizada na proveta de 1000mL, imergir o termômetro na
Se ocorrer da cor da amostra ser maior que a cor da solução padrão de cor Nº 2, expressar o amostra e posteriormente o densímetro limpo e seco de tal forma que flutue livre-
resultado como > LA, escrevendo por extenso “maior do levemente amarelado”. mente sem tocar o fundo e as paredes da proveta
• Esperar atingir a estabilidade térmica e a posição de equilíbrio do densímetro
COR APHA • Atingida esta estabilidade, pressionar levemente o topo do densímetro fazendo-o
submergir aproximadamente duas subdivisões e soltá–lo. O densímetro oscilará ver-
Reagentes e Soluções ticalmente até voltar sua posição de equilíbrio
• Água Milli–Q • Proceder às leituras da massa específica e da temperatura da amostra e anotar seus
valores
NOTA:
Este ensaio é realizado com colorímetro HELLIGE, contendo os discos de Pt–Co com escalas Cálculos
de 0 – 25 e 0 – 50. • Com o valor da massa específica observada e a temperatura de ensaio, obtém–se na
tabela 06 o valor da massa específica reduzida a 20°C
Técnica • Com o valor da massa específica reduzida a 20°C e a temperatura do ensaio, obtém-
• Encher um tubo de Nessler com água Milli–Q e colocar o prisma de vidro de forma -se na tabela 07 o volume a 20°C ocupado pela unidade de volume à temperatura
que fique em contato com o líquido observada no ensaio
• Encher outro tubo de Nessler com a amostra e colocar o prisma também em contato
com o líquido
• Colocar os tubos de Nessler na posição de leitura dentro do colorímetro 17.4 Teor Alcoólico
• Ligar a fonte de iluminação
• Observar pela ocular e girar o disco de cores até que os semicírculos indicativos da Determinação do teor alcoólico, expresso em percentagens massa/massa (oINPM) e volume/
amostra e da água destilada apresentem tonalidades semelhantes volume (oGL) pelos métodos densimétricos (com densímetro de imersão e com densímetro
• Fazer a leitura diretamente na escala do disco eletrônico) e cromatográfico
188
376 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 377
N(verdadeira)
F=
17.5 Alcalinidade 0,02
Solução de hidróxido de sódio 0,02N: Pesar exatamente 0,8000g de hidróxido de sódio Cálculos
(NaOH) em cápsula de porcelana. Dissolver com água destilada. Transferir para balão volu- A permanência da cor azul indica a alcalinidade como positiva. Caso contrário, a alcalinidade
métrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. deve ser expressa como negativa
Solução padrão de biftalato de potássio 0,02N: Pesar exatamente 4,0844g de biftalato de NOTA:
potássio (C8H5KO4) seco em estufa a 110ºC, durante 1h em cápsula de porcelana. Dissolver Se a alcalinidade for negativa, o ensaio deve prosseguir para determinação da acidez total
com água destilada, transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com
água destilada.
17.6. Acidez Total
Solução indicadora alcoólica de α-naftolftaleína 0,1%: Pesar exatamente 0,1g de alfa-naf-
tolftaleína em cápsula de porcelana. Dissolver com álcool etílico, transferir para balão volu- Determinação da acidez total, expressa em mg/L de ácido acético, por titrimetria de neutra-
métrico de 100mL e completar com álcool etílico. lização
189
378 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 379
Técnica Técnica
• Colocar 50mL de água destilada no erlenmeyer Aferição do potenciômetro
• Adicionar 3 gotas da solução indicadora de α-naftolftaleína 0,1% e neutralizar com a • Retirar os protetores dos orifícios e introduzir a solução aquosa de cloreto de potássio
solução de hidróxido de sódio 0,02N 3M saturada com cloreto de prata (solução eletrolítica de referência) no orifício supe-
• Pipetar 50mL da amostra homogeneizada para o erlenmeyer, agitar e observar a cor rior. No orifício inferior introduzir a solução de cloreto de lítio 3M (solução eletrolítica
da solução; caso se torne incolor, titular com a solução de hidróxido de sódio até mu- da ponte)
dança de cor, que deve ser para azul claro
• Anotar o volume gasto (Vg) NOTA:
Para os eletrodos que possuem apenas um orifício, colocar somente a solução eletrolítica da
Cálculos ponte.
• Conectar o eletrodo ao potenciômetro
Acidez total(mg⁄L acido acetico) = 24 × Vg × F • A partir deste ponto, proceder à aferição do potenciômetro conforme citado no mé-
todo de determinação de pH em caldos
Onde: • Determinação
Vg Volume de hidróxido de sódio 0,02N gasto na titulação • Proceder à determinação do pH conforme citado para caldos
F Fator de correção da concentração do hidróxido de sódio
OBSERVAÇÃO: Recomendações
• As determinações de pH devem ser realizadas com os orifícios das entradas das solu-
17.7. pH ções eletrolíticas abertos para que se estabeleça um equilíbrio de pressão
• Bolhas de ar que por acaso venham a se formar, no interior do eletrodo, devem ser
Determinação da concentração dos íons H+ por potenciometria removidas com movimentos verticais no eletrodo
• É recomendada a troca das soluções eletrolíticas semanalmente
Reagentes e Soluções • Caso haja cristalização, deve ser realizada uma limpeza com água destilada morna
• Solução aquosa de cloreto de potássio 3M saturada com cloreto de prata • Entre leituras consecutivas de pH, o eletrodo pode ser mantido em água destilada. Em
• Solução alcoólica de cloreto de lítio 3M períodos acima de 12h, manter o eletrodo em uma solução de cloreto de lítio. Neste
caso, antes de uma nova medida deve–se acondicionar o eletrodo em álcool etílico
NOTA: durante 30min
As demais soluções já foram citadas no método de determinação de pH em caldos • Guardar o eletrodo com os orifícios vedados com os protetores
190
380 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 381
NOTA: NOTAS:
Os valores de pH das soluções tampões pH 4 e pH 7 são apenas indicativos, devendo ser • Entre medições de pHe em álcool etílico anidro lavar o eletrodo com água deionizada.
considerados os valores indicados nos certificados dos mesmo. • Quando não em uso, manter o eletrodo em solução de cloreto de potássio 3 mol/L.
• Solução de Cloreto de Potássio 3 mol/L • Se o eletrodo for utilizado para medidas de pHe em misturas de álcool etílico anidro
• Solução de Ácido Clorídrico 1 mol/L com outros combustíveis/hidrocarbonetos, recomenda–se após cada 10 medições
• Solução de Hidróxido de Sódio 1 mol/L sucessivas de pHe seja realizada uma limpeza do eletrodo, conforme a seguir:
• Colocar o eletrodo várias vezes e alternadamente na solução de hidróxido de sódio
Preparo das Soluções 1mol/L e depois na solução de ácido clorídrico 1mol/L por 30 segundos em cada so-
lução
Solução de Cloreto de Potássio 3 mol/L: Pesar 22,40g de cloreto de potássio p.a, dissolver • Após a limpeza lavar o eletrodo com água deionizada.
e transferir para balão volumétrico de 100mL. Agitar até completa dissolução e completar o
volume com água destilada. Armazenar esta solução em frasco de polietileno. Esta solução Cálculos
tem validade de seis meses se conservada à temperatura ambiente. O resultado é obtido diretamente, através da leitura de pHe na temperatura de 20°C. Expres-
sar o resultado do pHe, com uma casa decimal.
Solução de Ácido Clorídrico 1 mol/L: 85,0mL de ácido clorídrico p.a e transferir para balão
volumétrico de 1000mL, contendo aproximadamente a metade de água deionizada. Com-
pletar o volume com água destilada e homogeneizar. Armazenar esta solução em frasco âm- 17.9. Condutividade Elétrica
bar. Esta solução tem validade de seis meses se conservada à temperatura ambiente.
Determinação da condutividade elétrica, expressa em μS/m, por condutimetria
Solução de Hidróxido de Sódio 1 mol/L: Pesar 4,0g de hidróxido de sódio p.a. e transferir
para balão volumétrico de 100mL com água deionizada. Dissolver e completar o volume Reagentes e Soluções
com água destilada. Armazenar esta solução em frasco de polietileno. Esta solução tem vali- Solução de cloreto de potássio a 0,001M
dade de três meses se conservada à temperatura ambiente.
Preparo da Solução
Técnica
• Operar/Calibrar o equipamento conforme manual do fabricante Solução de cloreto de potássio a 0,001M: Pesar 0,07460g de cloreto de potássio (KCl) e dis-
• Lavar o eletrodo e o termocompensador com água deionizada e secar com papel ab- solver em água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume
sorvente com água destilada
• Colocar aproximadamente 80mL da amostra no béquer de 100mL, contendo uma
barra magnética e acionar a agitação de forma que o cone (vortex) formado, tenha de Técnica
6mm a 8mm de profundidade • Aferição do condutivímetro
• Introduzir o eletrodo e o termocompensador na amostra à temperatura ambiente, • Circular a água na célula do condutivímetro
que deve estar à 22°C ± 2 °C e acionar o cronômetro • Lavar a célula com padrão de cloreto de potássio 0,001M
• Fazer a leitura do pHe aos 30 segundos ± 1 segundo e anotar • Encher novamente com o padrão e aguardar 2min para estabilização da temperatura
• Retirar o eletrodo e o termocompensador da amostra, lavar com água deionizada e • Pressionar o botão 20μS/m da chave seletora e girar o botão de ajuste constante da
secar com papel absorvente célula até o visor apresentar o valor do padrão encontrado no quadro a seguir
• Colocar novamente o eletrodo e o termocompensador na solução tampão pH 7 para • Não alterar mais a posição do botão de ajuste, pois o equipamento está calibrado
rehidratação por alguns segundos e observar se a leitura de pH é a mesma por oca-
sião da calibração.
191
382 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 383
VALOR PADRÃO DE CONDUTIVIDADE PARA SOLUÇÃO DE KCl 0,001M USADO NA CALI- OBSERVAÇÃO
BRAÇÃO DE CONDUTIVÍMETRO Para equipamentos que não permitem o ajuste direto da constante da célula, proceder ao
cálculo da condutividade da seguinte forma:
Temperatura Condutividade Temperatura Condutividade
(°C) (µS/M) (°C) (µS/M) Condutividade ((µS)⁄m) = L × F × K
15,0 11,97 26,0 14,94
16,0 12,24 27,0 15,21 Onde:
17,0 12,51 28,0 15,48 L Leitura condutimétrica a 20ºC, em μS/m
18,0 12,78 29,0 15,75 F Fator de correção da temperatura, encontrada na tabela 5
19,0 13,05 30,0 16,02 K Constante real de célula, em m-1
20,0 13,32 31,0 16,29
21,0 13,59 32,0 16,56
22,0 13,86 33,0 16,83 17.10. Sódio
23,0 14,13 34,0 17,10
Determinação da concentração de sódio, expressa em mg/kg, por fotometria de chama
24,0 14,40 35,0 17,37
25,0 14,47
Reagentes e Soluções
• Água Milli–Q
Determinação
• Álcool etílico hidratado (93,2 °INPM ± 0,6 °INPM)
Cálculos
Preparo das Soluções
Condutividade ((µS) ⁄ m) = L × F
Solução estoque de sódio aproximadamente 100mg/kg: Pesar aproximadamente 0,2500g
de cloreto de sódio p.a, previamente seco em estufa por 8 horas em estufa a 105°C. Anotar
Onde:
a massa (m1) com resolução de 0,0001g. Dissolver em água Milli–Q e transferir para balão
L Leitura condutimétrica a 20ºC, em μS/m
volumétrico de 100 mL, previamente tarado. Completar o volume do balão com água Milli-
F Fator de correção da temperatura, encontrada na tabela 5
–Q e anotar a massa da água (m2) com resolução de 0,0001g. Homogeneizar a solução e
armazenar em frasco de polietileno. Esta solução tem a validade de seis meses se conservada
192
384 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 385
à temperatura ambiente. A concentração real dessa solução é determinada pela equação: OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
• Separar seis balões volumétricos de 100mL numerados de 1 a 6, previamente tarados
(m1 × P × fM × 10000) • Em cada balão adicionar aproximadamente as massas da solução referência de sódio
C= m2
aproximadamente 10mg/kg, conforme quadro a seguir:
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386 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 387
Cálculos
Onde:
Sodio(mg ⁄ kg) = C × F CiA Concentração do ânion i, em mg/kg
m Massa do reagente, em gramas
Onde: Mi Massa molecular do ânion i, em gramas
C Teor de sódio obtido através da equação de regressão linear em função da leitura de P Pureza do reagente, em %
unidades de emissão. Ms Massa molecular do reagente
F Fator de diluição da amostra mt Massa total da solução, em gramas
NOTA:
17.11. Cloreto e Sulfato Esta solução tem estabilidade por 60 dias quando armazenada em frasco de vidro e a tem-
peratura ambiente.’
Determinação das concentrações de cloreto e sulfato, expressas em mg/kg, pelo método
oficial por cromatografia iônica Soluções padrões A e B dos Ânions Cloreto e Sulfato – Solução padrão B: Pesar aproxima-
damente 5,0g da solução padrão A em frasco de vidro de 100 mL, adicionar aproximadamen-
Reagentes, Soluções e Materiais Consumíveis te 95,0g de água Milli-Q e anotar as massas. Calcular a concentração, pela fórmula:
• Água Milli-Q (Tipo II)
• Cloreto de sódio p.a., pureza mínima de 99,0% mA
CiB = CiA ×
• Sulfato de sódio p.a., pureza mínima de 99,0% mt
• Hidróxido de sódio p.a., pureza mínima 98,0% Onde:
• Álcool etílico p.a., pureza mínima de 99,3% (m/m) CiB Concentração do ânion i, em mg/kg
• Soluções padrões A e B dos Ânions Cloreto e Sulfato mA Massa do padrão A, em g
• Solução de hidróxido de sódio aproximadamente 50% m/m CiA Concentração do ânion i na solução padrão A, em mg/kg
• Solução de hidróxido de sódio aproximadamente 0,006 mol/L (Eluente) mt Massa total da solução, em g
• Solução de ácido sulfúrico aproximadamente 0,0125 mol/L (solução regenerante)
• Solução de etanol aproximadamente 50% m/m em água NOTA:
• Seringa hipodérmica de plástico, 2 mL Esta solução tem estabilidade por 60 dias quando armazenada em frasco de vidro e a tem-
• Membrana de difluorpolivinilideno – Filtros Millex HV 0,45 mm, diâmetro 13 mm peratura ambiente.
• Membrana de acetato/nitrato de celulose, 0,45 mm, diâmetro 47 mm
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388 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 389
Solução de hidróxido de sódio aproximadamente 50 % m/m: Pesar 250,0g de água Milli-Q mB Massa da solução padrão B, em g
em um becker de 1000 mL. Em outro becker de 500mL pesar 250,0g de hidróxido de sódio mt Massa total da solução, em g
p.a. e transferir lentamente para o béquer contendo água Milli-Q. Agitar até completa disso-
lução e anotar as massas. Esta solução tem estabilidade de quatro meses quando armazena- NOTA:
da em frasco de polietileno e conservada em temperatura ambiente. Esta solução tem estabilidade por 60 dias quando armazenada em frasco de vidro e a tem-
peratura ambiente.
Solução de hidróxido de sódio aproximadamente 0,006 mol/L (Eluente): Pipetar aproxi-
madamente 1,3mL da solução de hidróxido de sódio 50 % m/m e transferir para um balão Técnica
volumétrico de 2000mL contendo aproximadamente 1500 mL de água Milli-Q. Agitar e com- OBSERVAÇÃO: Condições do equipamento
pletar o volume com água Milli-Q. Filtrar esta solução em membrana de 0,45 mm, e transferir Eluente NaOH 0,006 N
para frasco de polietileno de 4000 mL. Encher novamente o balão de 2000 mL com água Volume de injeção 20mL
Milli-Q, filtrar em membrana de 0,45 mm e transferir para o frasco de polietileno de 4000 mL. Atenuação do detetor 10 mS/cm
Homogeneizar e armazenar em frasco de polietileno. Esta solução tem estabilidade por uma Fluxo do eluente 2 mL/min
semana quando conservada em temperatura ambiente. Comp. temp. detetor 1,7%
Solução de ácido sulfúrico aproximadamente 0,0125 mol/L (solução regenerante): Pipetar OBSERVAÇÃO: Validação do equipamento
aproximadamente 2,7mL de ácido sulfúrico concentrado p.a. e transferir para um balão vo- • Filtrar o padrão de calibração em filtro Millex HV 0,45 mm e 13 mm de diâmetro
lumétrico de 2000 mL, contendo aproximadamente 1500 mL de água Milli-Q. Agitar e com- • Injetar três vezes, obter os cromatogramas e as áreas de cada pico de cloreto e sulfato
pletar o volume com água Milli-Q. Transferir para o frasco de polietileno de 4000 mL. Encher • Calcular a diferença entre a maior e a menor área e a diferença entre o maior e o me-
novamente o balão de 2000 mL com água Milli-Q e transferir para o frasco de polietileno de nor tempo de retenção, aceitando variação de no máximo 10 % e anotar
4000 mL e homogeneizar. Esta solução deve ser armazenada em frasco de polietileno e tem
estabilidade de uma semana quando conservada em temperatura ambiente. OBSERVAÇÃO: Determinação dos fatores de resposta
• Calcular os fatores de resposta, pela fórmula:
Solução de etanol aproximadamente 50 % m/m em água: Pesar aproximadamente 60g
de água Milli-Q e 60g de álcool etílico absoluto, em béquer de 250 mL, anotando as massas. mB
Cic = CiB ×
mt
NOTA:
Esta solução é preparada em quantidade suficiente para preparação do padrão de calibra- Onde:
ção, o restante é descartado. Fri Fator de resposta do ânion i
Padrão de Calibração: Em frasco de vidro de 100mL, pesar aproximadamente 1,50g da so- Cic Concentração do ânion i no padrão de calibração, em mg/kg
lução B e 88,50g da solução de etanol 50% m/m em água. Anotar as massas e calcular a Ai Média das áreas dos picos de ânion i
concentração dos ânions, pela fórmula:
Análise
mB • Em copo plástico descartável de 200 mL pesar aproximadamente 20,0g da amostra e
Cic = CiB ×
mt 20,0g de água Milli-Q e anotar as massas
• Determinar o fator de diluição, pela fórmula:
Onde:
Cic Concentração do ânion i no padrão de calibração, em mg/kg (ma + mw)
F=
CiB Concentração do ânion i na solução padrão B, em mg/kg ma
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390 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 391
Reagentes e Soluções • Calcular o fator de correção da concentração da solução de nitrato de prata da seguin-
• Solução padrão de cloreto de sódio 0,01N te maneira:
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392 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 393
Onde: Solução de sulfato de sódio 0,01M: Pesar 0,142g de sulfato de sódio (Na2SO4) e dissolver
Vga Volume da solução de nitrato de prata gasto na titulação da amostra em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o
Vgb Volume da solução de nitrato de prata gasto na titulação do branco volume com água destilada.
F Fator de correção da concentração de nitrato de prata 0,01N
d Massa específica da amostra a 20°C Solução de perclorato de bário 0,01M: Pesar 3,375g de perclorato de bário [Ba(ClO4)2] e dis-
solver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e com-
pletar o volume com água destilada.
17.12 Sulfato
OBSERVAÇÃO: Padronização do perclorato de bário 0,01M
Determinação da concentração de sulfatos, expressa em mg/kg, pelos métodos da cromato- • Pesar 1g da solução de sulfato de sódio 0,01M
grafia iônica, titrimetria de precipitação e colorimétrico • Adicionar 4mL da solução de ácido clorídrico 0,1N, 3mL de acetona [(CH3)2CO] e 3
gotas da solução indicadora de dimetilsulfonazo III 0,1%
NOTA IMPORTANTE: • Titular com a solução de perclorato de bário e anotar o volume gasto
Pela Resolução Nº 7, de 09 de fevereiro de 2011, do Ministério de Minas e Energia – Agência • Calcular o fator de correção da concentração (F) da solução do perclorato de bário da
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, publicada no DOU de 10/02/2011, seguinte forma:
os métodos oficiais para determinação de sulfato e cloreto em álcool combustível é através
197
394 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 395
Cálculos Solução padrão estoque de sulfato 1000mg/kg: Pesar 0,148g de sulfato de sódio (Na2SO4)
previamente seco em estufa a 105°C durante 1h. Dissolver em um pouco de água destilada.
[(Vga - VgB) × 19,2 × F] Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada.
Sulfato(mg ⁄ kg SO4--) =
d
Solução padrão de uso de sulfato 100mg/kg: Pipetar 10mL da solução estoque de sulfato
Onde: 1000mg/kg e transferir para um balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água
Vga Volume gasto de perclorato de bário gasto na titulação da amostra destilada.
Vgb Volume gasto de perclorato de bário gasto na titulação do branco
F Fator de correção da concentração do perclorato de bário Solução de hidróxido de sódio 4M: Pesar 160g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
d Massa específica da amostra a 20°C um pouco de água destilada. Transferir para um balão volumétrico de 1000mL e completar o
volume com água destilada.
MÉTODO COLORIMÉTRICO
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
Reagentes e Soluções • Separar 5 erlenmeyers de 125mL e adicionar a cada um 100mL de etanol absoluto
• Solução de carbonato de sódio 0,1% • Adicionar 0,0; 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0mL da solução padrão de uso de sulfato 100mg/kg
• Solução tampão de acetato pH = 4,2 • Estas soluções conterão respectivamente 0,0; 0,62; 1,2; 1,9 e 2,5mg/kg de sulfato
• Solução de cloranilato de bário 0,2% • Evaporar em banho–maria a 100°C até a secura, solubilizar o resíduo em 10mL da so-
• Solução padrão estoque de sulfato 1000mg/kg lução tampão de acetato e adicionar 1mL da suspensão de cloranilato de bário 0,2%
• Solução padrão de uso de sulfato 100mg/kg e agitar durante 10min
• Ácido acético glacial p.a. • Centrifugar durante 10min a 2500rpm
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396 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 397
• Fazer as leituras das absorbâncias dos sobrenadantes em cubetas de 1cm, estando • Ampola de solução padrão de Ferro (1,000 g de Ferro)
o espectrofotômetro aferido em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com o • Solução padrão de Ferro 1000mg/kg
branco, e ajustado em 310nm de comprimento de onda • Solução padrão de Ferro 127mg/kg
• Traçar o gráfico da curva padrão plotando as absorbâncias no eixo das ordenadas e • Solução padrão de Ferro 6,3mg/kg
as concentrações das soluções padrões de sulfato no eixo das abcissas, ou calcular a • Ampola de solução padrão de Cobre (1,000 g de Cobre)
equação de regressão linear • Solução padrão de Cobre 1000mg/kg
• Solução padrão de Cobre 127mg/kg
Técnica • Solução padrão de Cobre 6,3mg/kg
• Pesar 100mL da amostra para erlenmeyer de 125mL
• Evaporar em banho-maria a 100°C até a secura, solubilizar o resíduo em 10mL da so- Preparo das Soluções
lução tampão de acetato, adicionar 1mL da suspensão de cloranilato de bário 0,2% e
agitar durante 10min Solução padrão de Ferro 1000mg/kg: Transferir o conteúdo de 1 ampola de solução padrão
• Centrifugar durante 10min a 2500rpm de Fe para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água Milli-Q e homoge-
• Conduzir uma prova em branco em paralelo, utilizando 100mL de álcool etílico abso- neizar. Esta solução tem estabilidade de um ano se conservada em frasco de polietileno e
luto isento de sulfato mantida a temperatura ambiente.
• Fazer a leitura da absorbância do sobrenadante em cubeta de 1cm, estando o espec-
trofotômetro aferido em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com o branco e Solução padrão de Ferro 127mg/kg: Transferir 10mL da solução padrão 1000mg/kg de Fer-
ajustado em 310nm de comprimento de onda ro para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com álcool etílico absoluto p.a.
e homogeneizar. Esta solução tem estabilidade de três meses se conservada em frasco de
Cálculos polietileno e mantida a temperatura ambiente.
Sulfato(mg ⁄ kg SO4--) = C Solução padrão de Ferro 6,3mg/kg: Transferir 5mL da solução padrão contendo 127mg/kg
de Fe para balão volumétrico de 100Ml. Completar o volume com álcool etílico absoluto p.a.
Onde: e homogeneizar. Esta solução tem estabilidade de três meses se conservada em frasco de
C Concentração de sulfato, em mg/kg SO4--, correspondente à polietileno e mantida a temperatura ambiente.
leitura de absorbância encontrada no gráfico da curva padrão ou na
equação de regressão linear Solução padrão de Cobre 1000mg/kg: Transferir o conteúdo de 1 ampola de solução padrão
de CU para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água Milli-Q e homo-
geneizar. Esta solução tem estabilidade de um ano se conservada em frasco de polietileno e
17.14. Ferro e Cobre mantida a temperatura ambiente.
Determinação das concentrações de ferro e de cobre, expressas em mg/kg, através do méto- Solução padrão de Cobre 127mg/kg: Transferir 10mL da solução padrão 1000mg/kg de Cu
do oficial por espectrofotometria de absorção atômica para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com álcool etílico absoluto p.a. e
homogeneizar. Esta solução tem estabilidade de três meses se conservada em frasco de po-
Reagentes e Soluções lietileno e mantida a temperatura ambiente.
• Água Milli-Q (Tipo II)
• Álcool etílico absoluto p.a. (teor alcoólico mínimo de 99,3 % m/m) Solução padrão de Cobre 6,3mg/kg: Transferir 5mL da solução padrão 127mg/kg de Cu para
• Ar sintético seco ( ponto de orvalho pressurizado a 2°C) balão volumétrico de 100 mL. Completar o volume com álcool etílico absoluto p.a. e homo-
• Acetileno, pureza mínima 99,7% geneizar. Esta solução tem estabilidade de três meses se conservada em frasco de polietileno
199
398 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 399
• Adicionar cerca de 0,1 mL da solução padrão de 1000mg/kg de ferro ou de cobre em 17.15 Ferro
aproximadamente 50mL da amostra e utilizá-la para ajustar o fluxo de ar e/ou acetile-
no, taxa de aspiração e a posição horizontal e vertical do queimador até obter a maior Determinação da concentração de ferro, expressa em mg/kg, pelo método colorimétrico
leitura de absorbância.
NOTA IMPORTANTE:
NOTA: Pela Resolução Nº 7, de 09 de fevereiro de 2011, do Ministério de Minas e Energia – Agência
O espectrofotômetro de absorção atômica deve ser operado de acordo com o Manual de Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, publicada no DOU de 10/02/2011,
Operação do fabricante os métodos oficiais para determinação de cobre e ferro em álcool combustível é através da
espectrofotometria de absorção atômica (NBR 11331). O método de determinação de ferro
OBSERVAÇÃO: Verificação da presença de ferro em álcool Hidratado e ou cobre em álcool por colorimetria não é oficial, mas citados neste Manual como fonte literária.
anidro
• Aspirar diretamente a amostra na condição de análise de ferro e se a leitura obtida em NOTA:
absorbância para determinação do ferro for inferior ou igual a 0,000 não há necessi- Este método se aplica a amostras com concentrações superiores a 0,05 mg/kg Fe2+
dade de tratamento da amostra como adição de padrão
• Aspirar diretamente a amostra na condição de análise de cobre e se a leitura obtida Reagentes e Soluções
em absorbância para determinação do cobre for inferior ou igual a 0,005 não há ne- • Solução de ácido clorídrico 0,1N
cessidade de tratamento da amostra como adição de padrão. • Solução de α–α,dipiridila 1% em solução de ácido clorídrico 0,1N
• Solução de acetato de amônio 30%
OBSERVAÇÃO: Quantificação de ferro ou cobre na amostra • Solução de cloridrato de hidroxilamina 10%
• Adicionar com pipetas volumétricas, em quatro balões volumétricos de 25 mL, 0,0mL; • Ácido sulfúrico concentrado
1,0mL; 2,0mL e 3,0mL da solução de 6,3mg/kg de ferro ou cobre • Solução padrão estoque de ferro 50mg/kg
• Completar o volume com amostra a ser analisada e homogeneizar. Estas soluções • Solução padrão de uso de ferro 10mg/kg
contém respectivamente 0,0mg/kg, 0,25mg/kg, 0,50mg/kg e 0,76mg/kg de ferro ou
cobre
200
400 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 401
Preparo das Soluções • Traçar o gráfico da curva padrão plotando as absorbâncias no eixo das ordenadas e
as concentrações das soluções padrões de ferro no eixo das abcissas, ou calcular a
Solução de ácido clorídrico 0,1N: Medir em proveta 8,3mL de ácido clorídrico (HCl) concen- equação de regressão linear
trado e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água desti-
lada.
Técnica
Solução de α–α,dipiridila 1% em solução de ácido clorídrico 0,1N: Pesar 1g de α-α,dipiridila • Pesar 100g da amostra e transferir para um becker de 250mL
e dissolver em um pouco da solução de ácido clorídrico 0,1N. Transferir para balão volumétri- • Evaporar completamente em banho–maria e molhar as paredes do becker com 2mL
co de 100mL e completar o volume com a mesma solução de ácido clorídrico. da solução de ácido clorídrico 0,1N
Solução de acetato de amônio 30%: Pesar 30g de acetato de amônio (C2H7NO2) e dissolver • Evaporar novamente em banho–maria até a secura
em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o • Efetuar um segundo tratamento com ácido clorídrico de maneira idêntica ao primeiro
volume com água destilada. • Juntar 10mL de solução de ácido clorídrico 0,1N e aquecer ligeiramente em banho–
maria para facilitar a dissolução de possíveis resíduos
Solução de cloridrato de hidroxilamina 10%: Pesar 10g de cloridrato de hidroxilamina • Transferir esta solução para um balão volumétrico de 100mL filtrando através de pa-
(NH2OH.HCl) e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico pel de filtro
de 100mL e completar o volume com água destilada. • Lavar o papel de filtro 3 vezes, empregando em cada lavagem 5mL da solução de
ácido clorídrico a 0,1N
Solução padrão estoque de ferro 50mg/kg: Pesar 0,351g de sulfato ferroso amoniacal he- • Efetuar ao mesmo tempo um ensaio em branco, evaporando 4mL da solução de ácido
xaidratado [ (FeSO4 (NH4)2 SO4 ] e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para clorídrico 0,1N em banho–maria
balão de 1000mL, adicionar 5mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado e completar o vo- • Lavar o recipiente com 25mL da solução de ácido clorídrico 0,1N e transferir para um
lume com água destilada. balão volumétrico de 100mL
• Juntar em cada balão 25mL da solução de ácido clorídrico a 0,1N, 5mL da solução de
Solução padrão de uso de ferro 10mg/kg: Pipetar 20mL da solução estoque de ferro 50mg/ acetato de amônio 30% e 2mL da solução de cloridrato de hidroxilamina 10%
kg e transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada • Esperar 5min, adicionar 1mL da solução de α–α,dipiridila e completar o volume com
água destilada
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão • Fazer a leitura da absorbância em cubeta de 4cm, estando o espectrofotômetro afe-
• Separar 6 balões volumétricos de 100mL rido em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com o branco e ajustado em
• Adicionar a cada balão 0,0; 1,0; 2,0; 4,0; 6,0 e 8,0mL da solução padrão de uso de ferro 522nm de comprimento de onda
10mg/kg
• Adicionar a cada um dos balões 50mL da solução de ácido clorídrico a 0,1N, 5mL da Cálculos
solução de acetato de amônio 30% e 2mL da solução de cloridrato de hidroxilamina
10% Ferro (mg ⁄ kg Fe2+) = C
• Esperar 5min, adicionar 1mL da solução de α–α,dipiridila e completar o volume de
cada balão com álcool etílico (C2H5OH) absoluto isento de sulfato Onde:
• As concentrações dos padrões são respectivamente 0,0 (branco); 0,125; 0,25; 0,5; 0,75 C Concentração de ferro, em mg/kg de Fe2+, correspondente à leitura de absorbância
e 1,0mg/kg de ferro encontrada no gráfico da curva padrão ou na equação de regressão linear
• Fazer as leituras das absorbâncias dos padrões em cubetas de 4cm, estando o espec-
trofotômetro aferido em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com o branco e
ajustado em 522nm de comprimento de onda
201
402 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 403
17.16. Material Não Volátil a 105°C inoxidável ou de cobre com (500 a 600) μm, deve estar entre (1 000 ± 150) mL/s. Este equipa-
mento ainda deve ser equipado com:
Determinação da concentração de material não volátil a 105°C, expressa em mg/L, por gra-
vimetria • Medidor de vazão capaz de medir um fluxo de ar ou vapor equivalente a (1 000 ± 150)
mL/s para cada saída
Técnica • Funil filtrante de vidro sinterizado de 150 mL
• Pesar uma cápsula de porcelana com capacidade de 125mL, previamente seca em • Superaquecedor de vapor a gás ou elétrico, capaz de fornecer à entrada do banho a
estufa a 105ºC durante 1h e resfriada em dessecador (P1) quantidade requerida de vapor na faixa de 232 °C a 246 °C
• Medir com auxílio de uma proveta 100mL da amostra homogeneizada, à temperatura
ambiente, e transferir para a cápsula tarada NOTA:
• Transferir a cápsula contendo a amostra para banho–maria e evaporar a amostra até No caso de uso de um superaquecedor de vapor, este pode possuir superfícies expostas a
a secura. Realizar esta operação dentro de uma capela alta temperatura. Evitar o contato direto da pele com o uso de equipamento de proteção
• Levar a cápsula à estufa a 105 ± 5ºC, durante 1h adequado.
• Esfriar a cápsula em dessecador e pesar
• Retornar a cápsula à estufa durante 15 a 30min, esfriar em dessecador e pesar • Termômetro de vidro de acordo com a Tabela 1 ou outros dispositivos de medição de
• Repetir este procedimento até obter 2 pesagens que difiram no máximo em 0,1mg e temperatura com a mesma exatidão e precisão na faixa de temperatura entre 5 °C e
considerar este peso como (P2) 400 °C.
Cálculos
Onde:
P1 Peso da cápsula tarada
P2 Peso da cápsula + resíduo
Reagentes e Soluções
• Solvente de resíduo: álcool etílico hidratado pa ou mistura de volumes iguais de to- Parâmetros Valores
lueno e acetona. Faixa – 5 °C a 400 °C
Imersão (parcial) 76 mm
NOTA: Graduações:
Para este ensaio é necessário banho de bloco metálico sólido, aquecido eletricamente e Subdivisões 1 °C
construído de acordo com a figura a seguir. O banho deve ter poços e jatos para três ou mais Divisões, a cada 5 °C
béqueres. A vazão de cada saída, quando ajustada aos adaptadores cônicos com tela de aço Números, a cada 10 °C
202
404 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 405
203
406 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 407
• Determinar e registrar a massa dos béqueres de ensaio (D) e do branco (X) com apro- Onde:
ximação de 0,1mg N Teor de resíduo, em mg/L
• Agitar o recipiente da amostra cuidadosamente. Quando a amostra apresentar sóli- B Massa do becker da amostra após a evaporação, em g
dos precipitados ou em suspensão, filtrar imediatamente à pressão atmosférica, utili- D Massa do becker vazio antes da evaporação, em g
zando o funil de vidro sinterizado X Massa do béquer do branco após a evaporação, em g
• Por meio de proveta graduada, adicionar (50 ± 0,5) mL da amostra a cada béquer, Y Massa do béquer do branco antes da evaporação, em g
exceto o branco
• Usar um béquer para cada combustível a ser ensaiado. Colocar os béqueres com NOTA:
amostra e o branco no banho evaporador. O tempo decorrido entre a colocação do Expressar o resultado de resíduo por evaporação com aproximação de 1mg/100mL. Para re-
primeiro e do último béquer no banho deve ser o menor possível. Quando evaporar sultados abaixo de 1mg/100mL expressar < 1mg/100mL.
amostras por meio de ar, recolocar o adaptador cônico à medida que cada béquer
individual for colocado no banho. Centrar os adaptadores acima da superfície da
amostra. Manter a temperatura e a vazão, e deixar a amostra evaporar por (30 ± 0,5) 17.18 Teste de Barbet
min. As amostras ensaiadas simultaneamente devem ter características de evapora-
ção semelhantes. Determinação do tempo de redução de permanganato, em minutos
204
408 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 409
205
410 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 411
em geladeira F × 0,05
C=
100
Solução padrão 20mg/L (padrão externo): Transferir, com auxílio de uma pipeta, 1,0mL da
solução padrão estoque para um balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com Onde:
álcool etílico p.a. e homogeneizar. Calcular a concentração de ciclohexano pela fórmula: C Concentração da solução padrão de calibração, em mg/L
F Concentração do padrão estoque em mg/L
F
C=
100 NOTA:
Esta solução tem estabilidade por três meses se armazenada em frasco de âmbar e conser-
Onde: vada em geladeira
C Concentração da solução padrão de calibração, em mg/L
F Concentração do padrão estoque em mg/L Técnica
OBSERVAÇÃO: Condições operacionais do equipamento
NOTA: • Cromatógrafo gasoso com detetor de ionização de chama
Esta solução tem estabilidade por seis meses se armazenada em frasco de âmbar e conser- • Integrador eletrônico de área
vada em geladeira • Coluna cromatográfica: 20% TCEP (Tris ciano etoxi propano), impregnado sobre Chro-
mosorb WHP 100 –120 mesh, empacotado em tubo de aço de 1/8” diâmetro externo,
Solução Padrão Estoque de 500mg/L: Pesar aproximadamente 0,1g de ciclohexano p.a. em 2,2mm diâmetro interno e 3 metros de comprimento.
balão volumétrico de 200mL, anotar a massa. Completar o volume com álcool etílico p.a.
Calcular a concentração de ciclohexano pela fórmula: Temperaturas:
• Injetor = 230ºC
(A × B × 10000) • Detetor = 260ºC
C=
200 • Coluna = 90ºC
Onde : Fluxos:
C Concentração de ciclohexano na solução padrão estoque em mg/L. • Nitrogênio = 30 mL/min
A Massa de ciclohexano, em gramas • Hidrogênio = 30 mL/min
B Pureza do ciclohexano em, % • Ar sintético = 300 mL/min
206
412 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 413
Onde: F
FR =
F Concentração de ciclohexano na solução padrão externo em mg/L G
G Média das áreas obtidas nas injeções da solução padrão externo.
Onde:
• Anotar o fator de resposta F Concentração de ciclohexano na solução padrão externo em mg/L
• Programar o integrador do cromatógrafo com os valores da concentração da solução G Média das áreas obtidas nas injeções da solução padrão externo.
padrão externo e fator de resposta.
• Anotar o fator de resposta
OBSERVAÇÃO: Validação do equipamento • Programar o integrador com os valores da concentração da solução padrão externo e
fator de resposta.
• Injetar 2µL da solução padrão de calibração (20 mg/L) e obter a área do pico do ciclo-
hexano e anotar OBSERVAÇÃO: Análise da amostra para resultados abaixo de 1,0mg/L
• Calcular o fator de resposta e comparar com o fator de resposta da calibração aceitan-
do uma variação máxima de ± 10%. • Injetar 3µL da amostra e obter novo cromatograma, cujo resultado será o considerado
para amostra, e análise concluída.
NOTA:
Se as diferenças excederem a 10% determinar um novo fator de resposta, se persistir verificar Resultados
se existe vazamento do gás de arraste, e também verificar a proporção do gás da chama, e Expressar os resultados em mg/L, com uma decimal para valores igual ou maior que 0,1
repetir o procedimento mg/L. Resultados abaixo de 0,1 mg/L expressar como < 0,1 mg/L.
207
414 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 415
Técnica
• Operar/Calibrar o equipamento conforme manual do fabricante
• Homogeneizar a amostra;
• Realizar a varredura da amostra no intervalo de 245 ηm a 265 ηm, utilizando cubeta
de 100mm e o álcool etílico utilizado na curva de calibração como branco
• Tratar matematicamente o espectro em segunda derivada
208
416 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 417
Determinação da presença de hidrocarbonetos em uma amostra de álcool por comparação Reagentes e Soluções
visual • Solução aquosa de cloreto de sódio 10%m/v
209
418 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 419
Resultados Onde:
V Volume gasto de reagente de Karl Fischer (mL)
Teor de gasolina (%) = T T Título do reagente de Karl Fischer
ma Massa inicial = seringa + amostra (g)
Onde: mb Massa final = seringa vazia (g)
T Teor de gasolina, em %v/v, encontrado no quadro a seguir:
NOTA:
Volume da camada de gasolina, Teor de gasolina (T) Expressar o resultado em % m/m e com duas decimais. Resultados abaixo de 0,05 % m/m
em mL (V) (%v/v) expressar com < 0,05 % m/m.
Zero Zero
0,5 1,0
≥ 1,0 (V x 2) + 1
Reagentes e Soluções
Metanol p.a., pureza mínima 99,0 %
Solução de Karl Fischer (isenta de piridina)
Técnica
• Operar/calibrar o equipamento conforme manual do fabricante
• Com auxilio de uma seringa aspirar a amostra, ajustar para aproximadamente 7mL
(álcool anidro) ou 1,5 mL (álcool hidratado) e pesar
• Transferir todo volume da amostra para o copo de reação contendo o solvente isento
de água
• Pesar a seringa vazia após a transferência da amostra
• Titular com a solução de Karl Fischer e anotar o volume gasto
• Anotar as massas e volumes no registro
Cálculos
(V × T × 100)
Teor de agua ((%m) ⁄ m) =
[(ma - mb) × 1000]
210
420 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 17 - Álcool Hidratado e Álcool Anidro 421
Capítulo 18
Métodos por
Absorção
Atômica
211
422 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 423
Sumário Arsênio.............................................................................................................................. 00
Chumbo........................................................................................................................... 00
18.1 Aferição do Equipamento................................................................................................ 00 18.5 Análises de Melaço............................................................................................................. 00
Parâmetros de memória............................................................................................. 00 Preparo das amostras.................................................................................................. 00
Preparação do equipamento.................................................................................... 00 Cálcio................................................................................................................................. 00
Calibração........................................................................................................................ 00 Magnésio......................................................................................................................... 00
Curva de calibração......................................................................................... 00 Cobre................................................................................................................................. 00
Adição de padrão............................................................................................. 00 Ferro................................................................................................................................... 00
Análises de amostras.................................................................................................. 00 Zinco.................................................................................................................................. 00
Recalibração................................................................................................................... 00 Manganês........................................................................................................................ 00
Conexão à impressora................................................................................................. 00
Conexão ao computador........................................................................................... 00
Considerações finais.................................................................................................... 00
Alumínio .......................................................................................................................... 00
Bário................................................................................................................................... 00
Chumbo......................................................................................................................................... 00
Cádmio............................................................................................................................. 00
Manganês........................................................................................................................ 00
Ferro................................................................................................................................... 00
Zinco.................................................................................................................................. 00
Níquel................................................................................................................................ 00
Cobre................................................................................................................................. 00
Ferro................................................................................................................................... 00
212
424 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 425
18.1. Aferição do Equipamento se desejar) o operador pode ativar o corretor de background. Se o equipamento for do tipo
simples feixe, pressionar a tecla D2 SET, que substitui a tecla S/D. Os led’s das teclas D2 SET e
NOTA IMPORTANTE LEITURA BG acendem e o LED da tecla INTEGRAÇÃO ÚNICA fica piscando. Após alguns ins-
Os procedimentos citados neste capítulo se referem, por questões de ilustração, a uma de- tantes, o LED da tecla LEITURA BG se apaga e acende o LED da tecla CORREC BG. Finalmente,
terminada marca de espectrofotômetro de absorção atômica. É importante que cada ma- o LED da tecla D2 SET se apaga e o equipamento fica apto a realizar leituras com correção
nual de instrução seja lido e seguido rigorosamente durante a operação do equipamento. de background. Se a lâmpada de deutério (corretor de background) não tiver energia sufi-
ciente, o display mostrará a mensagem: “%T HIGH”. Para corrigir esse problema existem duas
Parâmetros de Memória soluções: (1) reduzir a corrente da lâmpada de cátodo oco (LCO), efetuando em seguida um
No momento em que é ligado, o equipamento assume o seguinte conjunto de parâmetros AUTOZERO; (2) aumentar a largura da fenda (dobrando a largura da fenda, dobra a energia
operacionais (valores default): da LCO, mas a energia da lâmpada de deutério fica aumentada quatro vezes).
• modo de leitura: absorbância
• simples feixe Os ajustes a seguir são feitos com auxílio do indicador analógico de energia. A operação
• expansão de escala: X1 (sem expansão) básica é:
• modo de integração: contínua
• tempo de integração: 0,3s (utilizando quando é selecionado o modo operação inte- • Acionar o ajuste até observar um máximo de deflexão
gração única) • Se o ponteiro atingir o final da escala, efetuar AUTOZERO
• corrente das lâmpadas (1 e 2): 0 mA • Efetuar os ajustes do queimador (horizontal, vertical e rotacional, nesta ordem). Para
• corretor de background: desligado tanto, traçar duas linhas perpendiculares, centrais, em um cartão de papelão. O foco
• ganho: mínimo de luz deve se situar na posição onde as duas linhas se cruzam, mesmo movimentan-
• saída para impressora: desligada do–se o cartão ao longo da fenda (de uma extremidade à outra)
• saída para computador: desligada • Efetuar o ajuste fino do comprimento de onda
• Opcionalmente, ligar o corretor de background. Se for a primeira instalação do equi-
Preparação do Equipamento pamento, ou se a lâmpada de D2 houver sido trocada, efetuar a leitura de background
• LEITURA BG
NOTA: • GANHO + ZERO
Palavras maiúsculas correspondem a teclas especiais que devem ser pressionadas • Efetuar o ajuste horizontal e vertical da lâmpada D2
• Preparar padrões e amostras • LEITURA BG
• Colocar o queimador apropriado e verificar se o sifão está cheio com água • Efetuar o ajuste horizontal e vertical da lâmpada do elemento
• Colocar a lâmpada do elemento de interesse • Verificar as pressões dos gases Acetileno e Ar
• Ligar a chave geral (o AA solicitará os próximos parâmetros de ajuste) • Acetileno (C2H2): 06 a 14psi
• Ajustar o comprimento de onda (ajuste grosso) • AR: 30 a 100psi
• Ajustar a abertura da fenda • Ajustar as vazões dos gases Acetileno e Ar (leituras arbitrárias do rotâmetro)
• Ajustar a corrente da lâmpada (se for analisar outro elemento em seguida, colocar sua • Acetileno (C2H2): 02 a 03
lâmpada no soquete “lamp 2”, ajustar sua corrente e deixá–la estabilizando no descan- • AR: 08 a 09
so próprio, atrás do equipamento • Acionar o ignitor para acender a chama piloto e daí o queimador
• Efetuar o AUTOZERO (GANHO + ZERO) • Regular o combustível acetileno até obter o tipo de chama desejado (oxidante, este-
quiométrica ou redutora). Em outras palavras, até obter um máximo de absorbância
Nesse momento, nos equipamentos dotados de duplo feixe, pressionar a tecla FEIXE S/D. O (succionando a solução padrão mais concentrada)
LED da tecla se acende, indicando que o instrumento passou para esse modo. Só então (e
213
426 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 427
214
428 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 429
• Efetuar n (01 a 60) LEITURAS a seguinte mensagem: “STANDARD ERROR”. Nesse caso, é necessário efetuar nova lei-
• Pressionar MÉDIA. O display mostrará a média e o desvio padrão tura desse padrão (correção dos dados de calibração)
• Imprimir cabeçalho de relatório: tecla 4. O equipamento solicita as seguintes informa-
OBSERVAÇÃO: ções: RPRT No? (número de ordem do relatório)
Se a absorbância de uma amostra for superior à do padrão mais concentrado em mais de • Enter Year (entrar com o ano)
10%, o display mostrará a absorbância desse padrão mais 10% e a indicação Abs High, diluir • Date? MMDD (entrar a data no formato indicado). O equipamento inicia nova página
a amostra e fazer nova leitura. Multiplicar o resultado pelo fator de diluição com o seguinte cabeçalho: GBS SCIENTIFIC EQUIPMENT, PTY. LTDA MODEL 902 (du-
plo feixe) ou 903 (simples feixe)
Recalibração
É recomendável conferir a calibração (recalibração) após um certo número de amostras. A REPORT No: 1 DATE: 1/7/97
freqüência de recalibração deve ser determinada pelo operador. PAGE: 1
• Pressionar RECALIB • Mudar de página: tecla 7. O equipamento avança uma página e reimprime o cabeça-
• Digitar o número do padrão selecionado para recalibração (o equipamento solicitará lho
esta informação) • Estabelecer o número da amostra (o número vai de 0 a 60): tecla 8. Após teclar su-
• Aspirar o branco e apertar a tecla RECALIB gestão: Adotar o número 0 (zero) para o padrão de recalibração. Para continuar com
• Aspirar o padrão selecionado novas amostras após a recalibração, entrar com o valor n + 1, onde n foi o número da
• Pressionar RECALIB. A recalibração está efetuada última amostra antes da recalibração. Para um número de amostras superior a 60, su-
• Aspirar o branco e pressionar ZERO gere–se mudar de página. Quando desejar reanalisar uma dada amostra, entrar antes
com o seu número original, depois retornando para a seqüência correta. Ao iniciar as
Conexão à Impressora leituras, confirmar que a impressora está em on line. Assim, todas as leituras individu-
O comando é: MODO REGISTRO + X + ENTRAR LEITURA ais, médias e desvios padrão serão realmente impressos abaixo do cabeçalho.
• Ligar a saída para impressora (serial): tecla 0 (numeral zero)
• Imprimir os parâmetros de operação: tecla 6. O equipamento solicitará: Elemnt? A Conexão ao Computador
(usar ==> ou ⇐ para alterar a letra e ENTRAR LEITURA para passar para segunda letra. • Para conectar ao computador, basta acionar a seqüência de teclas MODO REG + 9 +
No caso do Boro, por exemplo, basta pressionar de novo a tecla ENTRAR LEITURA ENTRAR LEITURA. A saída para a impressora é automaticamente desativada. Para im-
• WAVELENG (entrar com o comprimento de onda do elemento de interêsse) primir algo, conectar a impressora ao computador (paralela)
• LAMP No.? (entrar com o número do soquete em que foi colocada a lâmpada) • Com auxílio do computador, é possível armazenar dados de calibração para uso pos-
• NM SLIT (entrar com o número da fenda) terior
• ATOMIZER? 1–AIR AC 2–N2O AC 3–FURNCE 4 HYDRDE (entrar com o número)
Considerações Finais
OBSERVAÇÃO: • A faixa de concentrações das soluções padrão deve conter a faixa de concentração
Caso essa operação seja repetida antes de desligar o AA, este perguntará SAME?. Se desejar das amostras. O valor máximo apresentado no display, ao se analisar uma amostra
alterar os dados, digitar 1. Caso contrário, basta teclar ENTRAR LEITURA e a informação será mais concentrada que a solução padrão mais concentrada é 1,1 x Cn, onde Cn é a
impressa. concentração dessa solução padrão.
• O comprimento de onda de trabalho, para um dado elemento, depende da concen-
• Imprimir os dados da calibração, (após Calibração/Recalibração): tecla 5 tração esperada para a(s) amostra(s). Por exemplo, para concentrações de 1 a 5ppm
• “Imprimir o gráfico de calibração: tecla “.” (ponto decimal). À pergunta “TYPE OF de cobre, utiliza–se a linha de emissão de 324,7nm. Isto significa que se as amostras
PLOT?”, responder teclando CALIB. Se a absorbância de algum padrão for menor que apresentam concentrações em todo intervalo de 1 a 10ppm, é necessário efetuar–se
a de outro mais diluído que ele, o equipamento não imprimirá o gráfico e apresentará diluições ou estabelecer duas curvas de calibração, uma para cada comprimento de
215
430 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 431
onda. O número de casas decimais após vírgula, desejado para o resultado, depende • Tornar o seletor de oxidante rapidamente para a posição AR
do número de casas decimais digitado durante a etapa de calibração. Por exemplo, se • Fechar totalmente a válvula de acetileno (C2H2), para apagar a chama
for digitado para o padrão o valor de 1,5ppm, o resultado de uma determinada amos- • Colocar o seletor de oxidante na posição OFF, para fechar o ar
tra seria 1,3ppm. Mas se for digitado 1,50ppm, o resultado poderia ser 1,35ppm, que
corresponde a uma diferença de quase 4%. As principais medidas de segurança são:
• Sempre confirmar a existência de água no sifão 18.2 Análises de Águas
• Nunca deixar solvente orgânico no sifão. Do mesmo modo, não deixar solventes nas
proximidades do equipamento PREPARO DAS AMOSTRAS
• Quando trabalhar com cianeto, controlar o pH do líquido do sifão, para evitar a for-
mação do HCN Reagentes e Soluções
• Trabalhar sempre com o filtro protetor da chama, para evitar exposição a radiação • Ácido sulfúrico concentrado
ultravioleta, principalmente com a chama de N2O (óxido nitroso)/C2H2 (acetileno) • Ácido nítrico concentrado
• A pressão do acetileno (C2H2) na linha deve ser menor que 15psi (aproximadamente • Ácido perclórico concentrado
1,1 bária ou 1,1Kgf/cm2) e a pressão mínima no cilindro deve ser de 100psi (aproxima- • Ácido clorídrico concentrado
damente 7 bárias). Abaixo dessa pressão, pode haver arraste de acetona [o acetileno • Solução de ácido clorídrico 0,1N
(C2H2) é fornecido dissolvido em acetona, por medida de segurança]
Preparo das Soluções
OPERANDO COM CHAMA DE ÓXIDO NITROSO (N20) E ACETILENO (C2H2)
Solução de ácido clorídrico 0,1N: Medir 8,3mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado e adi-
IMPORTANTE: cionar em um balão de 1000mL contendo aproximadamente 500mL de água destilada.
NUNCA UTILIZAR O QUEIMADOR DE AR/ACETILENO Completar o volume com água destilada.
216
432 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 433
do nítrico (HNO3) concentrado podem ser necessárias, se o resíduo tornar–se escuro. Preparo das Soluções
Acrescentar, então 1 ou 2mL do ácido, aquecer ligeiramente, esfriar, filtrar e acertar o
volume com água deionizada. Guardar o filtrado para posterior análise. Solução estoque de alumínio 1000mg/L: Pesar exatamente em becker de 100mL exata-
• Utilizar um erlenmeyer de boca larga para um volume conhecido da amostra acidifi- mente 1,000g de alumínio metálico p.a e adicionar 15mL de ácido clorídrico concentrado.
cada. Acrescentar para cada 100mL da amostra 10mL de ácido sulfúrico (H2SO4) dilu- Cobrir o becker com vidro de relógio e aquecer até que todo metal esteja dissolvido. Transfe-
ído (1:1). Aquecer até ebulição, esfriar, adicionar 5mL de ácido nítrico (HNO3) concen- rir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada.
trado, continuar o aquecimento evitando temperaturas que possam fazer a amostra
projetar–se ou que metais voláteis sejam perdidos durante o tratamento da amostra. Técnica
O aquecimento deve ser prolongado até que vapores brancos pesados de anidrido Interferência
sulfúrico (SO3) apareçam e mostrem um líquido claro ou um ligeiramente colorido. Chama não suficientemente quente deixa de dissociar as ligações químicas muito estáveis, o
Se isto não acontecer, esfriar o erlenmeyer e adicionar novas porções de ácido até que não permite a absorção pelos átomos. Por outro lado, chamas de temperatura suficien-
que este objetivo seja alcançado. A amostra não deve ser levada à secura. Quando a temente elevada pode causar a ionização de parte dos átomos a serem determinados, cau-
digestão da amostra for completa, levar o erlenmeyer à temperatura ambiente para sando uma redução de absorção. Ferro, vanádio, ácido sulfúrico e ácido clorídrico reduzem a
filtrar o seu conteúdo. O volume do filtrado é levado a um volume adequado com sensibilidade do alumínio, quando estão presentes em concentrações maiores do que 0,2%.
água deionizada e estocado para análise
• Um volume conhecido da amostra é levado a erlenmeyer de boca larga onde são Calibração
acrescentados 10mL da mistura ácida (1:3) de ácido perclórico (HClO4) concentrado • Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução,
e ácido nítrico (HNO3) concentrado. Colocar um vidro de relógio sobre o erlenmeyer utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado
e levar o conjunto a uma chapa elétrica que mantenha a temperatura abaixo da de em 396,2nm de comprimento de onda e utilizando a chama acetileno–óxido nitroso
ebulição da mistura. A amostra estará digerida quando se observar um resíduo seco, • Determinação
incolor ou ligeiramente colorido. O excesso de ácido perclórico deve ser eliminado. • Fazer as leituras das absorbâncias e determinar as concentrações das amostras atra-
Cuidados devem ser tomados para que não haja contato direto entre a matéria or- vés da curva padrão de calibração, ou obtê–las diretamente no espectrofotômetro de
gânica e o ácido perclórico. O resíduo é dissolvido em 5mL de ácido clorídrico (HCl) absorção atômica
concentrado, filtrado, lavado com água deionizada até que as águas de lavagem não Cálculos
apresentem reação ácida. Realizar, então, uma última lavagem com solução de ácido
clorídrico 0,1N e completar o volume do filtrado até um volume conhecido com água Aluminio(mg/L) = (Ca - Cb) × FD
deionizada. A amostra estará pronta para análise
NOTA: Onde:
Em qualquer um dos casos, realizar uma prova em branco, substituindo a amostra por água Ca Concentração de alumínio, em mg/L, existente na contendo a amostra
destilada e utilizando os mesmos reagentes. Cb Concentração de alumínio, em mg/L, existente na solução do branco
FD Fator de diluição
ALUMÍNIO
BÁRIO
Determinação da concentração de alumínio, expressa em mg/L, por espectrofotometria de
absorção atômica Determinação da concentração de bário, expressa em mg/L, por espectrofotometria de ab-
sorção atômica
Reagentes e Soluções
• Solução estoque de alumínio Reagentes e Soluções
• Ácido clorídrico concentrado • Solução estoque de bário
217
434 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 435
Solução estoque de bário 1000mg/L: Pesar exatamente em becker de 100mL exatamente Preparo das Soluções
1,7787g de cloreto de bário di–hidratado p.a e adicionar 200mL de água destilada. Diluir a
1000mL com água destilada contendo 1,5mL de ácido nítrico concentrado por litro. Solução estoque de chumbo 1000mg/L: Pesar exatamente 1,599g de nitrato de chumbo
[Pb(NO3)2] e dissolver em um pouco de água destilada. Adicionar 10mL de ácido nítrico
Técnica (HNO3) concentrado e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume
Interferência com água destilada.
Chama não suficientemente quente deixa de dissociar as ligações químicas muito estáveis,
o que não permite a absorção pelos átomos. Por outro lado, chamas de temperatura sufi- NOTA:
cientemente elevada pode causar a ionização de parte dos átomos a serem determinados, As diluições, quando necessárias, devem ser feitas a partir da solução estoque
causando uma redução de absorção.
Técnica
Interferência
Calibração Os ânions fosfato, carbonato, iodato, fluoreto e acetato, em concentrações maiores que 10
• Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução, vezes a concentração de chumbo na amostra, causam interferência negativa. Essa interferên-
utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado cia é minimizada pela adição da solução de EDTA às amostras ou pelo uso da chama óxido
em 350,1nm de comprimento de onda e utilizando a chama acetileno–óxido nitroso. nitroso–acetileno
Determinação Calibração
• Fazer as leituras das absorbâncias e determinar as concentrações das amostras atra- • Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução,
vés da curva padrão de calibração, ou obtê–las diretamente no espectrofotômetro de utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado em
absorção atômica. 217,0nm de comprimento de onda e utilizando a chama ar–acetileno
• Determinação
Cálculos • Fazer as leituras das absorbâncias e determinar as concentrações das amostras atra-
vés da curva padrão de calibração, ou obtê–las diretamente no espectrofotômetro de
Bario(mg/L) = (Ca - Cb) × FD absorção atômica
Onde: Cálculos
Ca Concentração de bário, em mg/L, existente na contendo a amostra
Cb Concentração de bário, em mg/L, existente na solução do branco Chumbo(mg/L) = (Ca - Cb) × FD
FD Fator de diluição
Onde:
CHUMBO Ca Concentração de chumbo, em mg/L, existente na contendo a amostra
Cb Concentração de chumbo, em mg/L, existente na solução do branco
Determinação da concentração de chumbo, expressa em mg/L, por espectrofotometria de FD Fator de diluição
absorção atômica
218
436 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 437
Reagentes e Soluções Solução estoque de manganês 1000mg/L: Pesar exatamente 3,076g de sulfato de manga-
• Solução estoque de cádmio nês monoidratado (MnSO4.H2O) e dissolver em um pouco de água destilada. Adicionar 10mL
Preparo das Soluções de ácido nítrico (HNO3) concentrado. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e comple-
tar o volume com água destilada.
Solução estoque de cádmio 500mg/L: Pesar exatamente 3,1366g de sulfato de cádmio oc-
toidratado (CdSO4.8H2O) e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão NOTA:
volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada As diluições, quando necessárias, devem ser feitas a partir da solução estoque
NOTA: Técnica
As diluições, quando necessárias, devem ser feitas a partir da solução estoque Interferência
Fosfato, perclorato, ferro, níquel e cobalto interferem negativamente quando a chama redu-
Técnica tora é usada. Para eliminar esta interferência usa–se a chama oxidante de ar–acetileno.
Calibração
• Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução, Calibração
utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado em • Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução,
228,8nm de comprimento de onda e utilizando a chama ar–acetileno utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado em
279,5nm de comprimento de onda e utilizando a chama ar–acetileno
Determinação • Determinação
• Proceder conforme metodologia indicada para chumbo • Proceder conforme metodologia indicada para chumbo
Cálculos Cálculos
Onde: Onde:
Ca Concentração de cádmio, em mg/L, existente na solução contendo a amostra Ca Concentração de manganês, em mg/L, existente na solução contendo a amostra
Cb Concentração de cádmio, em mg/L, existente na solução do branco Cb Concentração de manganês, em mg/L, existente na solução do branco
FD Fator de diluição FD Fator de diluição
MANGANÊS FERRO
Determinação da concentração de ferro, expressa em mg/L, por espectrofotometria de ab-
Determinação da concentração de manganês, expressa em mg/L, por espectrofotometria de sorção atômica
absorção atômica
219
438 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 439
Determinação Calibração
• Proceder conforme metodologia indicada para chumbo • Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução,
utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado em
Cálculos 213,9nm de comprimento de onda e utilizando a chama ar–acetileno
• Determinação
Ferro(mg/L) = (Ca - Cb) × FD • Proceder conforme metodologia indicada para chumbo
Cálculos
Onde:
Ca Concentração de ferro, em mg/L, existente na solução contendo a amostra Zinco(mg/L) = (Ca - Cb) × FD
Cb Concentração de ferro, em mg/L, existente na solução do branco
FD Fator de diluição Onde:
Ca Concentração de zinco, em mg/L, existente na solução contendo a amostra
Cb Concentração de zinco, em mg/L, existente na solução do branco
FD Fator de diluição
220
440 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 441
Calibração Onde:
• Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução, Ca Concentração de cobre, em mg/L, existente na solução contendo a amostra
utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado em Cb Concentração de cobre, em mg/L, existente na solução do branco
232,0nm de comprimento de onda e utilizando a chama ar–acetileno FD Fator de diluição
• Determinação d Massa específica da amostra a 20ºC
• Proceder conforme metodologia indicada para chumbo
FERRO
Cálculos
Determinação da concentração de ferro, expressa em mg/kg, por espectrofotometria de ab-
Niquel(mg/L) = (Ca - Cb) × FD sorção atômica
Proceder conforme metodologia indicada para ferro em solos
Onde:
Ca Concentração de níquel, em mg/L, existente na solução contendo a amostra
221
442 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 443
CHUMBO Técnica
Calibração
Determinação da concentração de chumbo, expressa em mg/kg, por espectrofotometria de • Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução,
absorção atômica utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado em
283,3nm de comprimento de onda e equipado com forno de grafite
222
444 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 445
Cálculos a solução de ácido sulfúrico 1% utilizando fenolftaleína 1% como indicador. Transferir para
balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com a solução de ácido sulfúrico 1%.
Chumbo(mg/kg) = (Ca - Cb) × ( volume da solução
g amostra ) Soluções de calibração: Pipetar 10mL da solução padrão estoque de arsênio 1000mg/L,
transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com a solução de ácido
Onde: nítrico 1%. Esta solução corresponde a 10mg/L de arsênio. Pipetar 10mL desta solução para
Ca Concentração de chumbo, em mg/L, existente na solução contendo a amostra outro balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com a solução de ácido nítrico
Cb Concentração de chumbo, em mg/L, existente na solução do branco 1%. Esta solução corresponde a 0,1mg/L de arsênio. A partir desta solução preparar as se-
guintes soluções de calibração:
ARSÊNIO
mL da Solução de Ácido
mL da Solução 0,1 mg/L mg/L
Determinação da concentração de arsênio, expressa em mg/kg, por espectrofotometria de Nítrico 1%
absorção atômica 0,0 100,0 0,000
10,0 90,0 0,010
Reagentes e Soluções 20,0 80,0 0,020
• Solução de hidróxido de potássio 20% 30,0 70,0 0,030
• Solução de fenolftaleína 1%
• Solução de ácido sulfúrico 1% Técnica
• Solução padrão estoque de arsênio 1000mg/L Calibração
• Soluções de calibração • Proceder à aferição do espectrofotômetro de acordo com seu Manual de Instrução,
utilizando a solução em branco e as soluções de calibração, estando este ajustado em
NOTA: 193,7nm de comprimento de onda e equipado com forno de grafite
As demais soluções já foram citadas no método de determinação de chumbo
Cálculos
Preparo das Soluções
Solução de hidróxido de potássio 20%: Pesar 20g de hidróxido de potássio (KOH) e dissol-
Arsenio(mg/kg) = (Ca - Cb) × ( volume da solução
g amostra )
ver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar
o volume com água destilada. Onde:
Ca Concentração de arsênio, em mg/L, existente na solução contendo a amostra
Solução de fenolftaleína 1%: Pesar 1g de fenolftaleína e dissolver em um pouco de água Cb Concentração de arsênio, em mg/L, existente na solução do branco
destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com álcool etí-
lico absoluto.
18.5 Análises de Méis
Solução de ácido sulfúrico 1%: Pesar 1g de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado, ou medir
um volume correspondente a 1g, e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para PREPARO DAS AMOSTRAS
balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada
Solução padrão estoque de arsênio 1000mg/L: Pesar exatamente 1,320g de óxido arsenioso NOTA:
[As2O3] e dissolver em um pouco da solução de hidróxido de potássio 20%. Neutralizar com Para as determinações de cálcio e magnésio, elaborar a curva de calibração com as concen-
223
446 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 18 - Método por Espectrofotometria de Absorção Atômica 447
Onde: MANGANÊS
Ca Concentração de cálcio, em %, existente na solução contendo a amostra
Cb Concentração de cálcio, em %, existente na solução em branco Determinação da concentração de manganês, expressa em mg/L, por espectrofotometria de
FD Fator de diluição absorção atômica.
Proceder conforme metodologia indicada para manganês em solos.
MAGNÉSIO
224
Capítulo 19
Métodos
Cromatográficos
225
Capítulo 19 - Métodos Cromatográficos 451
Sumário
Vinho levurado.............................................................................................................. 00
Vinhaça............................................................................................................................. 00
Flegmaça.......................................................................................................................... 00
Álcool................................................................................................................................ 00
Óleo fúsel......................................................................................................................... 00
Álcool de cana................................................................................................................ 00
Álcool sintético.............................................................................................................. 00
226
452 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 19 - Métodos Cromatográficos 453
19.1 Teor Alcoólico • Calibrar o integrador ou programa computacional de integração de acordo com seus
manuais de operação
Determinação do teor alcoólico, expresso em percentagem, por cromatografia gasosa, em • Centrifugar uma porção da amostra
vinho levurado, vinhaça, flegmaça e álcool • Em balão de 50mL adicionar, com auxílio de uma pipeta volumétrica, 5mL da amostra
• Completar o volume com água destilada
NOTA IMPORTANTE • Injetar o mesmo volume de amostra
Os procedimentos citados neste capítulo se referem, por questões de ilustração, a uma de-
terminada marca de cromatógrafo gasoso. É importante que cada manual de instrução seja Cálculos
lido e seguido rigorosamente durante a operação do equipamento.
Teor alcoolico(%v/v) = C × 10
VINHO LEVURADO
Onde:
Reagentes e Soluções C Concentração de etanol obtida diretamente nos integradores ou através dos progra-
• Álcool etílico absoluto mas computacionais de integração
• Solução padrão
VINHAÇA
Preparo das Soluções
Reagentes e Soluções
Solução padrão: Em um balão volumétrico de 200mL adicionar, por meio de uma pipeta vo- • Álcool etílico absoluto
lumétrica, 1mL de álcool etílico (C2H5OH) absoluto. Completar o volume com água destilada • Solução padrão
227
454 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 19 - Métodos Cromatográficos 455
Cálculos ÁLCOOL
FLEGMAÇA Solução padrão: Pesar em balança analítica 93,6g de álcool etílico (C2H5OH) absoluto e com-
pletar o peso para 100g com água destilada
Reagentes e Soluções
• Álcool etílico absoluto Técnica
• Solução padrão Condições cromatográficas
• Detector: condutividade térmica
Preparo das Soluções • Método de análise: padronização externa
• Coluna: PAB/2356 (canal 2)
Solução padrão: Em um balão volumétrico de 100mL adicionar, por meio de uma pipeta • Temperaturas:
volumétrica, 0,3mL de álcool etílico (C2H5OH) absoluto. Completar o volume com água des- Vaporizador (injetor) - 135ºC
tilada Coluna - 100ºC
Detector - 160-180ºC
Técnica • Fluxos:
Condições cromatográficas Coluna analítica - 30mL/min
Idênticas às condições para vinho Coluna de referência - otimizar
• Atenuação: 50 x
Determinação • Corrente: em 0,6 (180 mA)
• Injetar 3μL da solução padrão e identificar o etanol com seu respectivo tempo de re- • Fundo de escala do registrador: 1mV
tenção
• Calibrar o integrador ou programa computacional de integração de acordo com seus Determinação
manuais de operação • Injetar 3μL da solução padrão e identificar a água com seu respectivo tempo de re-
• Filtrar uma porção da amostra em papel de filtro faixa branca tenção
• Injetar o mesmo volume de amostra • Calibrar o integrador ou programa computacional de integração de acordo com seus
manuais de operação
Cálculos • Injetar o mesmo volume de amostra
228
456 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 19 - Métodos Cromatográficos 457
Onde: • Temperaturas:
C Concentração de água obtida diretamente nos integradores ou através dos progra- vaporizador (injetor) - 130–140ºC
mas computacionais de integração coluna - 70–90ºC
detector - 150ºC
• Fluxos:
19.2 Compostos Orgânicos nitrogênio - 20–30mL/min
hidrogênio - 30mL/min
Determinação da concentração de compostos orgânicos, por cromatografia gasosa, em óleo oxigênio - 250–300mL/min
fúsel, álcool de cana e álcool importado.
Atenuação: 1 K/16
ÓLEO FÚSEL Seletor de canais: col. 2 . 10–9 A
• Injetar 2μL da solução padrão e identificar os componentes orgânicos do padrão com
Reagentes e Soluções seus respectivos tempos de retenções
• Álcool etílico absoluto • Calibrar o integrador ou programa computacional de integração de acordo com seus
• Álcool n–propílico manuais de operação
• Álcool iso–butílico
• Álcool iso–amílico Preparo da amostra
• Acetona • Realizar uma diluição aproximadamente de 5 X com acetona, da seguinte forma: Pe-
• Solução padrão sar em torno de 5g da amostra e completar o peso para 25g com acetona. Calcular
o fator de diluição corretamente da seguinte maneira: peso total / peso da amostra
Preparo das Soluções
Determinação
Solução padrão: Tarar um balão volumétrico de 100mL seco em estufa durante 1h a 100ºC. • Injetar o mesmo volume da amostra
Adicionar em torno de 50mL de acetona (C3H6O) e pesar quantidades aproximadas das indi-
cadas a seguir de cada um dos componentes relacionados na ordem apresentada. Em segui- Cálculos
da completar o peso para 100g com acetona Expressar separadamente os resultados dos compostos orgânicos, em % p/p, multiplicando
a concentração de cada componente pelo fator de diluição da amostra
OBSERVAÇÃO: Componentes
álcool iso–amílico (C5H12O) 12,0g ÁLCOOL DE CANA
álcool n–butílico (C4H10O) 1,0g
álcool iso–butílico (C4H10O) 2,0g Reagentes e Soluções
álcool n– propílico (C3H8O) 1,1g • Álcool etílico absoluto
álcool etílico (C2H6O) 2,0g • Álcool metílico
• Álcool n–propílico
Técnica • Álcool iso–butílico
Condições cromatográficas • Álcool iso–amílico
• Detector: ionização de chama • Acetaldeído
• Método de análise: padronização externa • Acetona
• Coluna: PAD/3334 • Acetato de etila
229
458 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 19 - Métodos Cromatográficos 459
• Solução estoque • Concentração em ppm = o peso (mi) multiplicado por 100 e dividido pelo peso total
• Solução de trabalho do etanol (m1 + m2)
• Se algum componente apresentar pico quando da injeção do solvente puro, a sua
Preparo das Soluções concentração deve ser calculada do seguinte modo (método da adição de padrão):
Ai = área do pico no solvente puro
Solução estoque: Em balança analítica, tarar um balão volumétrico de 100mL, adicionar cer- Ai’ = área do pico na solução de trabalho
ca de 50mL de álcool etílico (C2H5OH), hidratado ou anidro, e obter o peso (m1). Este álcool Api = área devida à adição do padrão = Ai’ – Ai
deve ser injetado no cromatógrafo, nas mesmas condições analíticas para a amostra, deven- Cpi = concentração adicionada (calculada acima)
do mostrar–se isento dos componentes a ser adicionados. Caso não se consiga um álcool Ci’ = concentração final corrigida = (Ai’x Cpi) / Ai’
com estas características, anotar a(s) área(s) do(s) pico(s) encontrado (s) (Ai). Com auxílio de
pipeta ou seringa, colocar cerca de 0,1mL de cada um dos componentes abaixo, na ordem OBSERVAÇÃO: Se a área inicial (Ai) for maior que Api em mais de 50%, é conveniente procurar
apresentada (do menos volátil para o mais volátil), anotando os pesos (mi). No caso do ace- um álcool de melhor qualidade
taldeído, a pipeta (ou seringa) deve ser resfriada em geladeira e a operação deve ser bastan-
te rápida, em virtude de seu baixíssimo ponto de ebulição (14°C). Completar o volume do Técnica
balão com o mesmo álcool etílico e anotar o peso desta nova porção de álcool (m2). Condições cromatográficas
• Detector: ionização de chama
OBSERVAÇÃO: Componentes • Método de análise: padronização externa
acetaldeído (C2H4O) • Coluna: PAC/3334
acetona (C3H6O) • Temperaturas:
acetato de etila (C4H7O2) vaporizador (injetor) - 130–140ºC
álcool metílico (CH4O) coluna - 70–90ºC
álcool n–propílico (C3H8O) detector - 150ºC
álcool iso–butílico (C4H10O) • Fluxos:
álcool n–butílico (C4H10O) nitrogênio - 20–30mL/min
álcool iso–amílico (C5H12O) hidrogênio - 30mL/min
oxigênio - 250–300mL/min
Solução de trabalho: Com pipeta volumétrica, colocar 10mL da solução estoque em um
balão de 100ml e completar o volume com o mesmo álcool etílico empregado na prepara- Atenuação: 100/16
ção da solução estoque. Preparar mais duas soluções idênticas. Injetar as três soluções de Seletor de canais: col. 1 . 10–9 A
trabalho, em triplicata, e comparar os resultados. Se a média de alguma das soluções diferir
em mais de 2% das outras, desprezá–la. As três injeções de cada solução devem apresentar Determinação
um erro menor que 2%. Caso contrário, houve erro de injeção (se só aconteceu uma vez) ou • Injetar 4μL da solução padrão e identificar os componentes orgânicos do padrão com
existe algum problema com o cromatógrafo (se o erro for generalizado). As soluções não seus respectivos tempos de retenções
discordantes podem ser juntadas, para aumentar o volume. • Calibrar o integrador ou programa computacional de integração de acordo com seus
manuais de operação
OBSERVAÇÃO: Cálculo da concentração da solução de trabalho • Injetar o mesmo volume de amostra
• A concentração deve ser expressa de dois modos, para atender a dois tipos diferentes
de especificações: mg/100mL e mg/kg (ppm) Cálculos
• Concentração em mg/100 mL = o peso (mi) dividido por 10 (fator de diluição) Expressar separadamente os resultados dos compostos orgânicos, em mg/100mL ou em
230
460 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 19 - Métodos Cromatográficos 461
Solução padrão: Em balança analítica, tarar um balão volumétrico de 100mL. Com auxílio
de pipeta ou seringa, colocar os volumes indicados de cada um dos componentes abaixo
relacionados, anotando o peso (mi). Completar o volume com álcool etílico anidro com o
máximo de 0,1% de impurezas.
OBSERVAÇÃO: Componentes
n–hexano (C6H14) 5mL
álcool ter–butílico (C4H10O) 30mL
álcool iso–propílico (C3H8O) 30mL
álcool n– propílico (C3H8O) 10mL
álcool etílico (C2H6O) 50mL
álcool iso–butílico (C4H10O) 1mL
álcool n–butílico (C3H8O) 1mL
álcool iso–amílico (C5H12O) 2mL
NOTA
A coluna PAC - 3334, dependendo do uso, não irá separar o etanol do isso-propanol
231
Capítulo 20
Águas
Industriais
232
464 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 465
Sumário
20.1 pH............................................................................................................................................. 00
20.7 Cloreto.................................................................................................................................... 00
20.8 Ferro......................................................................................................................................... 00
20.9 Sílica......................................................................................................................................... 00
20.10 Sulfato.................................................................................................................................. 00
Método Colorimétrico................................................................................................. 00
Método Turbidimétrico............................................................................................... 00
20.11 Fosfato.................................................................................................................................. 00
20.12 Sulfito.................................................................................................................................... 00
20.13 Condutividade................................................................................................................... 00
20.17 Hidrazina............................................................................................................................. 00
20.18 Cromato............................................................................................................................... 00
Método Comparativo.................................................................................................. 00
Método Titrimétrico..................................................................................................... 00
20.20 Açúcar................................................................................................................................... 00
20.21 Alumínio.............................................................................................................................. 00
20.22 Bário...................................................................................................................................... 00
20.23 Cobre.................................................................................................................................... 00
233
466 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 467
Reagentes e Soluções
• Solução de ácido sulfúrico 1N
• Solução de ácido sulfúrico 0,02N
• Solução padrão de carbonato de sódio 0,02N
• Solução indicadora de fenolftaleína 0,5%
• Mistura de indicadores vermelho de metila + verde de bromocresol
• Álcool etílico absoluto
Solução de ácido sulfúrico 1N: Medir em proveta 29mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concen-
trado e transferir vagarosamente para um becker contendo aproximadamente 500mL de
água destilada. Homogeneizar, esfriar, transferir para balão volumétrico de 1000mL e com-
pletar o volume com água destilada.
Solução de ácido sulfúrico 0,02N: Pipetar 20mL da solução de ácido sulfúrico 1N para um
balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. Ou, pipetar 0,6mL
de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado, através de pipeta graduada, para um balão volumé-
trico de 1000mL, contendo 200mL de água destilada. Completar o volume com água destila-
da. Padronizar com solução de carbonato de sódio 0,02N e mistura de indicadores vermelho
de metila + verde de bromocresol.
234
468 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 469
destilada. Homogeneizar e guardar num frasco conta-gotas. 50.000 Equivalente em miligrama do CaCO3
F Fator de correção da concentração do ácido sulfúrico
Mistura de indicadores vermelho de metila + verde de bromocresol: Dissolver 0,2g de A Alíquota da amostra tomada para análise
verde de bromocresol e 0,04g de vermelho de metila em 90mL de álcool etílico (C2H5OH),
absoluto. Juntar 10mL de água destilada, homogeneizar e guardar no frasco conta–gotas. NOTAS:
NOTA: • Simplificando, para uma análise usando ácido sulfúrico 0,02N com fator 1 e alíquota
Este indicador substitui o metilorange a 0,1% em água destilada de 50mL da amostra pipetada para determinação, o cálculo será:
Cálculos
20.3. Alcalinidade Hodróxida
(Vg × N × 50.000 × F)
Alcalinidade total(mg/L CaCO3 ) =
A Determinação da alcalinidade hidróxida, expressa em mg/L CaCO3, por titrimetria de neu-
tralização
Onde:
Vg Volume de ácido sulfúrico 0,02N gasto na titulação da amostra Reagentes e Soluções
N Normalidade da solução de ácido sulfúrico • Solução de cloreto de bário 10%
235
470 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 471
Cálculos Solução de carbonato de cálcio 0,01M: Pesar 1,0000g de carbonato de cálcio (CaCO3) seco
em estufa a 300ºC, durante 2h e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir com
(Vg × N × 50.000 × F) 300mL de água destilada para um balão volumétrico de 1000mL. Adicionar 25mL de ácido
Alcalinidade hidroxida(mg/L CaCO3 ) =
A clorídrico 1N e agitar até total dissolução. Juntar 25mL de hidróxido de sódio 1N, completar
o volume com água destilada e homogeneizar.
Onde:
Vg Volume de ácido sulfúrico 0,02N gasto na titulação da amostra Solução de ácido clorídrico 1N: Medir 82,78mL de ácido clorídrico (HCl) e transferir para um
N Normalidade da solução de ácido sulfúrico balão volumétrico de 1000mL contendo aproximadamente 500mL de água destilada. Esfriar
50.000 equivalente em miligrama do CaCO3 e completar o volume com água destilada.
F Fator de correção da concentração do ácido sulfúrico
A Alíquota da amostra para análise Solução de hidróxido de sódio 1N: Pesar 40g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
um pouco de água destilada. Transferir para um balão volumétrico de 1000mL e completar
NOTA o volume com água destilada.
Simplificando, para uma análise usando ácido sulfúrico 0,02N com fator 1 e alíquota de 50mL
da amostra pipetada para determinação, o cálculo será: Solução condicionante para cálcio:
A) Dissolver 80g de hidróxido de sódio (NaOH) em 500mL de água destilada
Alcalinidade hidroxida(mg/L CaCO3 ) = 20 × Vg B) Dissolver 20g de cianeto de potássio (KCN) em 300mL de água destilada. Transferir ambas
soluções para balão volumétrico de 1000mL, adicionar 50mL de trietanolamina e completar
o volume com água destilada.
20.4. Dureza de Cálcio
Solução indicadora de calcon: Pesar 1g do calcon num becker de 50mL. Juntar 15 gotas de
Determinação da dureza de cálcio, expressa em mg/L Ca , ou dureza cálcica expressa em
++
trietanolamina e dissolver. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volu-
mg/L CaCO3, por titrimetria de complexação me com álcool etílico (C2H5OH) absoluto (solução líquida).
236
472 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 473
NOTA Cálculos
Pode–se substituir o indicador líquido pelo em pó, preparado da seguinte forma: 1g de cal-
con mais 99g de cloreto de sódio (NaCl). (V1 × M × 40.720 × F)
Dureza de calcio(mg/L Ca++) =
A
Solução indicadora de murexida: Triturar em almofariz 0,5g de murexida (purpurato de
amônio) com 100g de cloreto de sódio (NaCl), até obter uma mistura uniforme. Guardar em Onde:
recipiente bem fechado e no escuro. V1 Volume de EDTA gasto na titulação
M Molaridade da solução de EDTA
NOTA: A Alíquota da amostra tomada para análise
Este indicador substitui o calcon. F Fator de correção da concentração do EDTA 0,01M
237
474 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 475
Solução indicadora de eriocromo black T: Pesar 0,5g de eriocromo black T e 4,5g de hidroxi- Determinação da dureza de magnésio, expressa em mg/L de Mg++, por cálculos
lamina clorídrica. Adicionar 80mL de álcool etílico (C2H5OH) absoluto e aquecer sob agitação
até dissolver totalmente. Cobrir e guardar em lugar escuro e fresco em torno de 12h. Filtrar Cálculos
em papel de filtro faixa branca para balão de 100mL e completar o volume com álcool etílico.
Guardar em frasco conta-gotas escuro e em lugar fresco (solução líquida). [(V2 - V1) × M × 24.305 × F]
Dureza de magnesio(mg/L Mg++) =
A
NOTA
Pode-se substituir o indicador líquido pelo em pó, preparado da seguinte forma: 1g de erio- Onde:
cromo black T e 99g de cloreto de sódio (NaCl). V2 Volume gasto na titulação da dureza total
V1 Volume gasto na titulação da dureza de cálcio
Técnica 24.305 Equivalente em miligrama do magnésio
• Pipetar 50mL da amostra para um erlenmeyer de 250mL M Molaridade da solução de EDTA
• Adicionar 2mL da solução condicionante para cálcio e magnésio e agitar A Alíquota da amostra tomada para análise
• Adicionar 4 gotas da solução indicadora de eriocromo black T e titular imediatamente
com solução de EDTA 0,01M padronizada, até a mudança da cor rosa-vinho para azul NOTA
nítido Simplificando, para uma análise usando a solução de EDTA 0,01 M com fator 1 e alíquota de
• Anotar o volume gasto (V2) 50mL da amostra pipetada para a determinação, o cálculo será:
(V2 × M × 100.000 × F)
Dureza total(mg/L CaCO3) =
A 20.7. Cloreto
Onde: Determinação da concentração de íons cloretos, expressa em mg/L Cl–, através do método
titrimétrico de Mohr
V2 Volume de EDTA gasto na titulação
M Molaridade da solução de EDTA Reagentes e Soluções
F Fator de correção da concentração do EDTA • Solução de nitrato de prata 0,0141N
A Alíquota da amostra tomada para análise • Solução de cloreto de sódio 0,0141N
• Solução de cromato de potássio 5%
238
476 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 477
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478 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 479
OBSERVAÇÕES Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
• Os íons brometo, iodeto e cianeto interferem, sendo determinados como cloretos Homogeneizar e estocar em frasco escuro.
• Sulfito (acima de 10mg/L), sulfeto e tiossulfeto interferem no resultado, elevando-o
e dificultando o ponto de viragem. Deve-se tratar a amostra com hidróxido de sódio Solução de permanganato de potássio 0,1N: Pesar 3,166g de permanganato de potássio
0,025N, peróxido de hidrogênio 30% e aquecimento (KMnO4) e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de
• Ortofosfato e polifosfato acima de 25mg/L precipitam a prata. Deve-se diluir a amos- 1000mL e completar o volume com água destilada. Filtrar em papel de filtro e guardar a
tra para evitar esta interferência solução em recipiente escuro.
• Ferro (acima de 10mg/L), mascara o ponto final da titulação. Para inibir esta sua ação,
deve–se adicionar à amostra 5mL de uma solução de citrato de amônio 5% Solução estoque de ferro 200mg/L: Dissolver exatamente 1,404g de sulfato ferroso amonia-
• Amostras com cor e material em suspensão devem ser tratadas com 3mL de suspen- cal hexaidratado [Fe(NH4)2(SO4)26.H2O] em 50mL de água destilada e 20mL de ácido sulfúrico
são de hidróxidos de alumínio e filtrar (H2SO4) concentrado. Juntar gotas de uma solução de permanganato de potássio (KMnO4)
• As amostras devem ser tituladas com pH entre 7 e 10 0,1N até que a cor rósea persista. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar
o volume com água destilada.
20.8. Ferro Solução padrão de ferro 10mg/L: Pipetar 50mL da solução estoque de ferro para balão vo-
lumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
Determinação da concentração de ferro, expressa em mg/L, pelo método colorimétrico da
ortofenantrolina OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
• Pipetar para balões volumétricos de 100mL as seguintes alíquotas da solução de ferro
Reagentes e Soluções 10mg/L:
• Solução de hidroxilamina clorídrica 10%
• Solução tampão de acetato de amônio Alíquota (mL) Padrões de Fe++
• Solução de ortofenantrolina 0,1% 0,0 Branco
• Solução de permanganato de potássio 0,1N 5,0 0,5
• Solução estoque de ferro 200mg/L 10,0 1,0
• Solução padrão de ferro 10mg/L 15,0 1,5
20,0 2,0
Preparo das Soluções 25,0 2,5
Solução de hidroxilamina clorídrica 10%: Pesar 100g de hidroxilamina clorídrica (NH2OH. • Juntar a todos os balões, inclusive ao branco, 4mL de uma solução de ácido clorídrico
HCl) e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1:1 e 2mL de solução de hidroxilamina clorídrica 10%
1000mL e completar o volume com água destilada. • Homogeneizar
• Aplicar instantaneamente a todos os balões um aquecimento em banho-maria com
Solução tampão de acetato de amônio: Num becker de 250mL, pesar 250g de acetato de água fervente por 5min
amônio (C2H7NO2) e dissolver com 150mL de água destilada. Transferir para um balão volu- • Deixar esfriar
métrico de 1000mL, juntar 700mL de ácido acético (C2H4O2) e completar o volume. • Juntar a todos balões 20mL da solução tampão de acetato de amônio e 4mL de solu-
ção ortofenantrolina 0,1%
Solução de ortofenantrolina 0,1%: Num becker de 250mL, pesar 1g de fenantrolina mo- • Completar o volume com água destilada, homogeneizar e aguardar 15min para de-
noidratada (C12H8N2.H2O), dissolver sob agitação em água aquecida até 80ºC (não ebulir). senvolvimento da coloração
240
480 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 481
(C x 50)
Ferro(mg/L Fe++) = • Transferir cada padrão para becker de 100mL
A
• Adicionar, seguindo a ordem, 5mL de ácido clorídrico 2%, 1mL de ácido oxálico 10%,
5mL de molibdato de amônio 10% e 10mL de sulfito de sódio 17%
241
482 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 483
242
484 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 485
tância, estando este ajustado em 420η Solução tampão B: Dissolver 30g de cloreto de magnésio (MgCl2.6H2O), 5g de acetato de
• m, usando cubetas de 1cm sódio (CH3COONa.3H2O), 1,0g de nitrato de potássio (KNO3), 0,111g de sulfato de sódio (Na-
• Fazer as leituras das absorbâncias ou das % de transmitância 2
SO4) e 20mL de ácido acético (CH3COOH), em 500mL de água destilada. Transferir para balão
• Construir o gráfico da curva padrão plotando as leituras das absorbâncias ou das % de volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
transmitâncias nas ordenadas e as concentrações dos padrões no eixo das abscissas
ou calcular a equação de regressão linear NOTA:
Esta solução tampão B deve ser usada na análise quando a concentração de sulfato na amos-
Técnica tra for menor do que 10mg/L SO4.
• Pipetar 50mL da amostra e transferir para um becker de 100mL
• Adicionar 10mL da solução sal ácido, agitar e adicionar 2mL da solução de cloreto de Cloreto de bário (cristais): Os cristais de cloreto de bário devem passar por uma malha de
bário 10% 20–30 mesh.
• Homogeneizar e esperar 2min
• Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi- Solução padrão estoque de sulfato 100mg/L: Esta solução pode ser preparada de dois mo-
tância, estando este ajustado em 420nm de comprimento de onda dos: (1) Diluir 10,4mL de ácido sulfúrico 0,020N padronizado (usado na determinação de
• Fazer a leitura das absorbâncias ou da % de transmitância alcalinidade) para 100mL com água destilada. (2) Dissolver 0,1479g de sulfato de sódio ani-
dro (Na2SO4) em água destilada e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o
Cálculos volume com água destilada.
Sulfato (mg/L SO4 ) = C Soluções padrões de uso de sulfato 10, 20, 30 e 40mg/L SO4: Separar 4 balões volumétricos
de 100mL e adicionar com auxílio de bureta, respectivamente, os seguintes volumes da so-
Onde: lução padrão estoque de sulfato de 100mg/L SO4: 10mL, 20mL, 30mL e 40mL. Completar os
C Concentração de sulfato, mg/L de SO4, correspondente à % de transmitância ou volumes dos balões com água destilada isenta de turbidez.
absorbância encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear.
NOTA IMPORTANTE:
MÉTODO TURBIDIMÉTRICO A partir deste ponto, as soluções padrões de uso devem ser preparadas separadamente, uma
vez que a leitura da turbidez de cada padrão deve ser realizada imediatamente após sua
Reagentes e Soluções turvação com sulfato de bário.
• Solução tampão A
• Solução tampão B Adicione a cada padrão 20mL da solução tampão A OU B, dependendo da concentração
• Cloreto de bário (cristais) provável de sulfato na amostra. Agite e neste momento adicione uma quantidade de cristais
• Solução padrão estoque de sulfato (100mg/L) de cloreto de bário equivalente a uma colher de sobremesa. Comece a marcar o tempo. Con-
• Soluções padrões de uso de sulfato (10,20,30 e 40mg/L) tinuar agitando por 60seg com movimento constante. Imediatamente após o tempo de agi-
tação, colocar uma pequena porção do padrão na célula de leitura do turbidímetro, estando
Preparo das Soluções este zerado com água destilada isenta de turbidez. Após 4min medir a turbidez do padrão.
Solução tampão A: Dissolver 30g de cloreto de magnésio (MgCl2.6H2O), 5g de acetato de só- OBSERVAÇÃO: Construção da curva padrão
dio (CH3COONa.3H2O), 1,0g de nitrato de potássio (KNO3) e 20mL de ácido acético (CH3COOH), • Construir o gráfico da curva padrão plotando as leituras das turbidez dos padrões de
em 500mL de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o uso nas ordenadas e suas concentrações no eixo das abscissas ou calcular a equação
volume com água destilada. de regressão linear
243
486 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 487
Cálculos Solução padrão estoque de fosfato 100mg/L PO4: Pesar 0,1432g de fosfato monobásico de
potássio (KH2PO4) e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir quantitativamente
Sulfato (mg/L SO4 ) = C × FD para um balão volumétrico de 1000mL. Adicionar 1,5mL de ácido sulfúrico (HSO4) concen-
trado e completar o volume com água destilada. Homogeneizar e guardar em estufa a 20ºC.
Onde:
C Concentração de sulfato, mg/L de SO4, correspondente à turbidez encontrada no Soluções padrões de uso de fosfato: Pipetar para balões volumétricos de 100mL as seguin-
gráfico ou na equação de regressão linear tes alíquotas da solução padrão de 100mg/L de PO4:
FD Fator de diluição da amostra
Alíquota (mL) Padrões de PO4 (mg/L)
0,0 Branco
20.11. Fosfato 1,0 1
2,0 2
Determinação da concentração de fosfato, expressa em mg/L PO4, pelo método colorimé- 3,0 3
trico com ácido ascórbico 4,0 4
244
488 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 489
Técnica tilada.
• Pipetar exatamente 5mL da amostra e colocar em recipiente limpo e seco
• Adicionar 10mL da solução ácida diluída de molibdato de amônio e 5mL de ácido Solução de iodeto–iodato 0,025N: Pesar 0,89g de iodato de potássio (KIO3) e 8,7g de iodeto
ascórbico 0,6%, como redutor de potássio (KI) e dissolver em um pouco de água destilada. Acrescentar exatamente 0,62g
• Agitar e deixar desenvolver a cor durante 1h de bicarbonato de sódio (NaHCO3). Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar
• Aferir o espectrofotômetro com o branco em 0,0 de absorbância e 100% de transmi- o volume com água destilada.
tância, estando este ajustado em 660nm de comprimento de onda
• Fazer a leitura das absorbâncias ou da % de transmitância Solução de amido 2%: Pesar 10g de amido e 5g de cloreto de sódio (NaCl) e transferir para
becker de 1000mL. Juntar 500mL de água destilada e aquecer sob agitação até total dissolu-
Cálculos ção. Ferver por 2min e cobrir com vidro de relógio para repousar durante 1 noite. Filtrar em
papel de filtro faixa preta para um recipiente limpo e escuro
Fosfato (mg/L PO4 ) = C
OBSERVAÇÃO: Padronização da solução de iodeto-iodato 0,025N
Onde:
C Concentração de fósforo, em mg/L de PO4, correspondente à % de transmitância ou • Pipetar 25mL da solução de iodeto–iodato e transferir para erlenmeyer de 500mL
absorbância encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear • Acrescentar 200mL de água destilada, 1mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado e
1mL da solução de amido. Titular com tiossulfato de sódio 0,025N até obtenção de
uma coloração azul claro
20.12. Sulfito • Calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção da concentração (F) da solu-
ção de iodeto-iodato da seguinte maneira:
Determinação da concentração de sulfito, expressa em mg/L SO2, pelo método titrimétrico
de oxirredução (0,025 x Vg)
N(verdadeira) =
25
Reagentes e Soluções
• Solução de tiossulfato de sódio 0,1N Onde:
• Solução de tiossulfato de sódio 0,025N
• Bicarbonato de sódio p.a. Vg Volume de tiossulfato de sódio gasto na titulação
• Solução de iodeto-iodato 0,025N
• Solução de amido 2% N(verdadeira)
F=
• Ácido clorídrico concentrado 0,025
245
490 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 491
246
492 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 493
247
494 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 495
40 10 80 20.18. Cromato
50 00 100
Determinação da concentração de cromato, expressa em mg/L CrO4–, por titrimetria de
OBSERVAÇÃO: Preparo da Curva Padrão oxirredução
Onde: Determinação da concentração de cloro residual total, livre e combinado, expressa em mg/L
C Concentração de hidrazina, em mg/L de N2H4, correspondente à % de transmitância de Cl, pelos métodos comparativo e titrimétrico
ou absorbância encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear.
MÉTODO COMPARATIVO
Reagentes e Soluções
• Solução de ortotoluidina
248
496 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 497
• Ácido clorídrico concentrado Cloro residual combinado(mg/L Cl) = mg/L Cl residual total - mg/L Cl residual livre
• Solução de arsenito de sódio
MÉTODO TITRIMÉTRICO
Preparo das Soluções
Reagentes e Soluções
Solução de ortotoluidina: Pesar 500g de ortoluidina (C7H9N) e dissolver em 500mL de água • Solução tampão de fosfato
destilada. Adicionar a esta solução uma mistura de 150mL de ácido clorídrico (HCl) concen- • Solução indicadora de N, N-dietil-p-fenilenodiamino (DPD)
trado e 350mL de água destilada. Conservar esta solução em frasco de cor âmbar. • Solução de sulfato ferroso amoniacal 0,00282N
• Solução padrão de dicromato de potássio 0,1N
Solução de arsenito de sódio: Pesar 5g de arsenito de sódio (NaAsO2) e dissolver em um • Solução padrão de dicromato de potássio 0,002N
pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume • Iodeto de potássio p.a.
com água destilada. • Solução padrão de dicromato de potássio
• Solução indicadora de difenilamina sulfonato de bário
Técnica
Para cloro residual livre Preparo das Soluções
• Em um recipiente do comparador de disco para cloro residual contendo 0,5mL da
solução de ortotoluidina adicionar 10mL da amostra Solução tampão de fosfato: Pesar 24g de fosfato dibásico de sódio anidro (Na2HPO4) e 46g
• Agitar e imediatamente adicionar 0,5mL da solução de arsenito de sódio de fosfato monobásico de potássio anidro (KH2PO4) e dissolver em um pouco de água desti-
• Agitar e levar o recipiente para o equipamento lada. Adicionar 0,8g de etileno diamino tetra acetato de sódio – EDTA (C10H16N2O8) dissolvidas
• Fazer a leitura (A) em 100mL de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o
volume com água destilada.
Para cloro residual total
• Em um recipiente do comparador de disco para cloro residual contendo 0,5mL da Solução indicadora de N, N-dietil-p-fenilenodiamino (DPD): Pesar 1g de oxalato de DPD,
solução de ortotoluidina adicionar 10mL da amostra ou 1,5g de sulfato de DPD pentaidratado, ou 1,1g de sulfato de DPD anidro e dissolver em
• Agitar e levar o recipiente para o equipamento uma mistura 1:3 de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado. Transferir para balão volumétrico de
• Fazer a leitura (C) 1000mL e completar o volume com água destilada. Guardar esta solução em frasco de cor
âmbar.
Para interferentes
• Em um recipiente do comparador de disco para cloro residual contendo 0,5mL da Solução de sulfato ferroso amoniacal 0,00282N: Pesar 1,106g de sulfato ferroso amoniacal
solução de arsenito de sódio adicionar 10mL da amostra hexaidratado [Fe(NH4)2(SO4)2.6H2O] e dissolver em uma mistura 1:3 de ácido sulfúrico (H2SO4)
• Agitar e imediatamente adicionar 0,5mL da solução ortoluidina concentrado. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água
• Agitar e levar rapidamente o recipiente para o equipamento destilada.
• Fazer a leitura (B1)
• Decorridos 5min fazer nova leitura (B2) Solução padrão de dicromato de potássio 0,1N: Pesar exatamente 4,903g de dicromato
de potássio (K2Cr2O7) seco em estufa a 150°C, durante 2h e dissolver em um pouco de água
Cálculos destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água des-
tilada.
Cloro residual total (mg/L Cl) = C - B2
Cloro residual livre(mg/L Cl) = A - B1 Solução padrão de dicromato de potássio 0,002N: pipetar 20mL da solução de dicromato
249
498 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 499
0,1N e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destila- Cálculos
da.
Cloro residual livre(mg/L Cl) = Va × F
Solução indicadora de difenilamina sulfonato de bário: Pesar 1g de difenilamina sulfonato Cloro residual total(mg/L Cl) = Vb × F
de bário [(C6H5NHC6H4–4–SO3)2Ba] e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir Cloro residual combinado(mg/L Cl) = mg/L Cl residual total-mg/L Cl residual livre
para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada.
Onde:
OBSERVAÇÃO: Padronização do sulfato ferroso amoniacal Va Volume gasto de sulfato ferroso para cloro residual livre
• Pipetar 25mL da solução de sulfato ferroso amoniacal para um erlenmeyer de 200mL Vb Volume gasto de sulfato ferroso para cloro residual total
• Adicionar 10mL de uma mistura 1:5 de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado, 5mL de F Fator de correção da concentração do sulfato ferroso amoniacal
ácido fosfórico (H3PO4) e 2mL da solução indicadora de difenilamina sulfonato de bá-
rio
• Titular com dicromato de potássio 0,1N até obtenção de uma coloração violeta 20.20. Açúcar
• Anotar o volume gasto (Vg), calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção
da concentração (F) da solução de sulfato ferroso amoniacal da seguinte maneira: Determinação da quantidade de açúcar, expressa em mg/L, através dos métodos quantitati-
vos de antrona e Eynon–Lane e qualitativo - comparativo com alfa naftol.
N(verdadeira) = 0,00008 × Vg Proceder conforme metodologia de açúcar citada no capítulo de Águas Residuais e Efluentes
Industriais
N(verdadeira)
F=
0,00282 20.21. Alumínio
250
500 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 20 - Águas Industriais 501
ção atômica com chama acetileno–óxido nitroso e por espectrofotometria. • Adicionar 5 gotas da solução de cromoazurol 0,4% e titular com a solução de
ETDA M/100 até a viragem de violeta para amarelo–esverdeado.
MÉTODO POR ABSORÇÃO ATÔMICA
Proceder conforme metodologia de açúcar citada no capítulo de Métodos por Espectrofoto- Cálculos
metria de Absorção Atômica
Cobre (mg/L) = Vg × 6,354
MÉTODO POR ESPECTROFOTOMETRIA
Onde:
Reagentes e Soluções Vg Volume da solução de EDTA M/100 gasto na titulação
• Solução de EDTA M/10
• Solução de EDTA M/100
• Solução de acetato de sódio 2M
• Solução de cromoazurol 0,4%
Solução de EDTA M/10: Pesar 37,3000g de EDTA p.a seco em estufa e dissolver em água
destilada. Transferir para um balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água
destilada.
Solução de EDTA M/100: Medir 100mL da solução de EDTA M/10 com auxílio de pipeta vo-
lumétrica e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água
destilada.
Solução de acetato de sódio 2M: Pesar 272,0000g de acetato de sódio p.a. (NaCH3COO.3H2O)
seco em estufa e dissolver em água destilada. Transferir para um balão volumétrico de
1000mL e completar o volume com água destilada.
Técnica
• Medir com auxílio de pipeta volumétrica 100mL da amostra e transferir para erlen-
meyer de 250mL
• Adicionar 5mL de acetato de sódio 2M
NOTA:
Com esta adição o pH da amostra deve ficar em torno de 6,0
251
Capítulo 21
Águas
Potáveis
252
Capítulo 21 - Águas Potáveis 505
Sumário
21.1 pH............................................................................................................................................. 00
21.2 Cor............................................................................................................................................ 00
21.3 Turbidez.................................................................................................................................. 00
21.4 Condutividade..................................................................................................................... 00
21.5 Alcalinidade.......................................................................................................................... 00
21.7 Cálcio....................................................................................................................................... 00
21.8 Magnésio............................................................................................................................... 00
21.10 Cloreto.................................................................................................................................. 00
21.11 Ferro...................................................................................................................................... 00
21.12 Sílica...................................................................................................................................... 00
21.13 Sulfato.................................................................................................................................. 00
Método colorimétrico................................................................................................. 00
Método turbidimétrico............................................................................................... 00
21.14 Amônia................................................................................................................................. 00
Método de Kjedahl....................................................................................................... 00
21.15 Nitrito.................................................................................................................................... 00
21.16 Nitrato................................................................................................................................... 00
21.17 Sódio..................................................................................................................................... 00
21.18 Potássio................................................................................................................................ 00
253
506 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 507
21.1. pH
21.2. Cor
Reagentes e Soluções
• Solução estoque de cloroplatinato – 500 unidades
• Soluções padrões de cor
Técnica
Para determinação de cor aparente
• Colocar 50mL da amostra em um tubo de Nessler, ou a mesma quantidade dos pa-
drões em um tubo de ensaio, caso estes tenham sido usados para armazenamento
dos padrões
• Comparar a intensidade da cor da amostra com a dos vários padrões de cor para de-
terminação de cor verdadeira
• Remover a turbidez se necessário, através de filtração ou centrifugação, até que o
sobrenadante esteja claro
• Comparar a cor da amostra com os padrões, conforme foi feito para determinação da
cor aparente
254
508 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 509
255
510 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 511
256
512 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 513
Água que contém carbonatos (CO3--) mesmo quando presentes, geralmente estão em concentrações que tornam despre-
Condição: P = M = ½ T zíveis suas interferências
• Hidróxidos, carbonatos e bicarbonatos nunca estão presentes juntos em uma mesma
Alcalinidade total(mg/L CaCO3) = 2 × P × 20 = 2 × M × 20 água, entretanto hidróxidos e carbonatos ou bicarbonatos e carbonatos, ou cada um
deles separadamente, podem estar presentes numa água
Água que contém bicarbonato (HCO3-) • A alcalinidade total é comumente encontrada em literaturas como a “metilorange” ou
Condição: P = 0,0 e M = T “M.O”, porque geralmente usa–se este indicador. Ela mede OH–, CO3--, HCO3–, OH– e
CO3-; e CO3-- e HCO3-
Alcalinidade total (mg/L CaCO3) = M × 10 = T × 20 • Amostras que apresentam material em suspensão devem ser filtradas
• Deve–se minimizar o contato da amostra com o ar para evitar a reação do CO2 com
Água que contém carbonato e bicarbonato (CaCO3- e HCO3-) hidróxidos, diminuindo esta alcalinidade
Condição: P < ½ T • No caso de águas com alcalinidade alta como a das caldeiras, deve–se tomar uma
Carbonatos = 2 x P alíquota menor para analisar. E para amostras de baixa alcalinidade usar 100mL da
Bicarbonatos = [T – (2 x P)] amostra
Alcalinidade de carbonatos (mg/L CaCO3) = 2 x P x 20 • Amostras contendo cor e materiais em suspensão devem ser filtradas; usar celite ou
Alcalinidade de bicarbonatos (mg/L CaCO3) = [T – (2 x P)] x 20 carvão ativado, se necessário
Para facilitar os cálculos e expressão dos resultados, pode–se utilizar a tabela a seguir, 21.6. Dureza Total
considerando a mesma nomenclatura usada nas condições citadas anteriormente:
Determinação da dureza total, expressa em mg/L de CaCO3, pelo método titrimétrico de
Alcalinidade Alcalinidade Alcalinidade complexação
Resultado da
Hidróxida Carbonatos Bicarbonatos
Titulação
(mg/L CaCO3) (mg/L CaCO3) (mg/L CaCO3) Proceder conforme metodologia indicada para águas industriais
P=0 0,0 0,0 T
P<½T 0,0 2P T–2P OBSERVAÇÃO: Considerações sobre a dureza
P=½T 0,0 2P 0,0 • Dureza total de uma amostra é definida como sendo a concentração total de cálcio e
P>½T 2P–T 2 (T – P) 0,0 magnésio, expressa em termos de carbonato de cálcio
P=T T 0,0 0,0 • Quando a dureza total é numericamente IGUAL ou MENOR do que a alcalinidade de
carbonatos e bicarbonatos, ela é chamada de DUREZA DE CARBONATOS
OBSERVAÇÃO: Considerações sobre alcalinidade • Assim, a dureza de carbonatos é a porção da dureza total que é quimicamente equi-
• Os resultados obtidos neste método assumem que somente hidróxidos, carbonatos e valente à alcalinidade de carbonatos e de bicarbonatos. Esta dureza de carbonatos é
bicarbonatos estão presentes nas águas, visto que os interferentes fosfatos e silicatos, ainda conhecida como DUREZA TEMPORÁRIA
257
514 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 515
• A porção da dureza total que está em excesso da dureza de carbonatos é a DUREZA 21.10. Cloreto
DE NÃO CARBONATOS. Esta dureza de não carbonatos é ainda conhecida como DU-
REZA PERMANENTE Determinação da concentração de íons cloretos, expressa em mg/L de Cl–, através do méto-
• Todos os tipos de dureza são, como a alcalinidade, expressas em termos de CaCO3. do titrimétrico de Mohr.
Proceder conforme metodologia citada para cloreto em águas industriais.
258
516 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 517
OBSERVAÇÃO: Considerações sobre sulfato Solução indicadora de azul de metileno 0,2%: Pesar 0,2g de azul de metileno e dissolver
• As amostras podem ser diluídas ou concentradas de modo que fiquem adequadas à em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o
faixa de trabalho do método volume com água destilada.
• Caso sejam diluídas, o fator de diluição deve ser considerado nos cálculos do sulfato
• Para evitar a redução do sulfato a sulfeto, amostras com alto teor de matéria orgânica Solução de indicador misto: Para cada 2 volumes da solução 0,2% de vermelho de metila,
devem ser preservadas no gelo, ou tratadas com formaldeído, para eliminar a ação juntar 1 volume da solução 0,2% de azul de metileno. Renovar esta solução mensalmente.
das bactérias redutoras de sulfato
• Já amostras contendo sulfeto devem ser mantidas a um pH menor que 8,0 para evitar Solução indicadora de ácido bórico: Dissolver 20g de ácido bórico em água destilada. Adi-
a sua oxidação a sulfato cionar 10mL do indicador misto e completar para 1000mL. Renovar esta solução mensal-
mente.
21.14 Amônia Solução de ácido sulfúrico 0,1N: Em balão de 1000mL colocar cerca de 500mL de água des-
tilada. Adicionar, através de bureta, 3mL do ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado. Homoge-
Determinação da concentração do nitrogênio amoniacal, expressa em mg/L, através dos mé- neizar, resfriar e completar o volume com água destilada.
todos de Kjedahl, do Aqua Test, colorimétrico de Nessler e colorimétrico do Indofenol
Solução de ácido sulfúrico 0,02N: Transferir 200mL da solução acima de ácido sulfúrico
MÉTODO DE KJEDAHL 0,1N e colocar em balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada.
Esta solução é aproximadamente 0,02N.
Reagentes e Soluções
• Solução tampão de fosfato Solução padrão de carbonato de sódio 0,02N: Pesar exatamente 1,060g de carbonato de
• Solução indicadora de vermelho de metila 0,2% sódio anidro (Na2CO3) seco a 140ºC, durante 1h e dissolver em um pouco de água destilada.
• Solução indicadora de azul de metileno 0,2% Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. Esta
• Solução de indicador misto solução é exatamente 0,02N.
• Solução indicadora de ácido bórico
• Solução de ácido sulfúrico 0,1N OBSERVAÇÃO: Padronização do ácido sulfúrico 0,02N
• Solução de ácido sulfúrico 0,02N
• Solução padrão de carbonato de sódio 0,02N • Pipetar 25mL da solução de carbonato de sódio 0,02N, transferir para erlenmeyer e
259
518 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 519
260
520 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 521
NOTA Solução de hidróxido de sódio 0,1N: Pesar 4g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
Magnésio e cálcio interferem no teste. Essa interferência pode ser eliminada adicionando um pouco de água destilada isenta de amônia. Transferir para balão volumétrico de 1000mL
à amostra 2 gotas de solução de sal de Rochelle. A interferência devida a sulfito pode ser e completar o volume com água destilada isenta de amônia.
eliminada tratando 100mL da amostra com 1mL da solução de sulfato de zinco e 0,5mL da
solução de hidróxido de sódio Solução tampão de borato: Adicionar 88mL da solução de hidróxido de sódio 0,1N a 500mL
de uma solução contendo 5,0g de borato de sódio (Na2B4O7) por cada litro de água destilada
Cálculos isenta de amônia. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com
água isenta de amônia.
Amonia (mg/L) = L
Solução de hidróxido de sódio 6N: Pesar 240g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
Onde: um pouco de água destilada isenta de amônia. Transferir para balão volumétrico de 1000mL
L Leitura obtida no disco de amônia e completar o volume com água destilada isenta de amônia.
OBSERVAÇÃO: Se nenhum número aparecer no orifício onde se efetuam as leituras, estimar Solução de hidróxido de sódio 1N: Pesar 40g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
um valor compreendido entre os dois valores consecutivos do disco, situados antes e depois um pouco de água destilada isenta de amônia. Transferir para balão volumétrico de 1000mL
do orifício e completar o volume com água destilada isenta de amônia.
MÉTODO COLORIMÉTRICO DE NESSLER Agente declorinizante: Dissolver 3,5g de tiossulfato de sódio pentaidratado (Na2S2O3.5H2O)
em um pouco de água destilada isenta de amônia. 1mL desta solução elimina 1mg/L de clo-
Reagentes e Soluções ro residual em 500mL da amostra.
• Água isenta de amônia
• Solução de hidróxido de sódio 0,1N Solução de ácido sulfúrico 1N: Medir 28mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado e trans-
• Solução tampão de borato ferir para um balão volumétrico contendo aproximadamente 500mL de água destilada isen-
• Solução de hidróxido de sódio 6N ta de amônia. Completar o volume com água destilada isenta de amônia.
• Solução de hidróxido de sódio 1N
• Agente declorinizante Solução absorvedora: Dissolver 20g de ácido bórico (H3BO3) em um pouco de água desti-
• Solução de ácido sulfúrico 1N lada isenta de amônia. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume
• Solução absorvedora com água destilada isenta de amônia.
• Reagente de Nessler
• Solução estoque de amônia Reagente de Nessler:
• Solução padrão de amônia (a) Dissolver 61,75g de iodeto de potássio (KI) em 200mL de água destilada isenta de amônia
• Soluções padrões de trabalho de amônia (b) Dissolver 180g de hidróxido de potássio (KOH) em 250mL de água destilada isenta de
amônia
Preparo das Soluções (c) Preparar uma solução saturada de cloreto de mercúrio (HgCl2) a quente (30g/400mL de
água destilada isenta de amônia)
Água isenta de amônia: Adicionar 0,1mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado para cada (d) Pesar 0,75g de iodeto de potássio (KI), em separado
litro de água recém destilada. Redestilar em seguida, desprezando as primeiras porções des- (e) Adicionar (c) em (a), vagarosamente e com agitação, até precipitar HgI2 vermelho intenso.
261
522 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 523
Dissolver o precipitado com (d) solução absorvedora (50mL da solução em balão volumétrico de 250mL)
(f ) Adicionar (b) quando frio, e completar a 1000mL com água destilada isenta de amônia • Interromper a destilação quando faltarem 5–10mL para que o volume de destilado
Guardar em frasco de cor âmbar. atinja a marca de 250mL
• Verificar o pH do destilado, devendo este estar em torno de 7,0, caso contrário, repetir
Solução estoque de amônia: Dissolver 3,819g de cloreto de amônia (NH4Cl) anidro, seco em a destilação com um volume menor de padrão (ou de amostra, se for o caso)
estufa a 100°C, durante 2h, em um pouco de água destilada isenta de amônia. Transferir para • Medir 10mL do destilado e neutralizar com a solução de hidróxido de sódio 6N
balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada isenta de amônia. • Adicionar 2mL do reagente de Nessler e homogeneizar
• Efetuar uma prova em branco de maneira semelhante ao procedimento dos padrões,
Solução padrão de amônia: Pipetar 10mL da solução estoque de amônia e transferir para utilizando 500mL de água destilada isenta de amônia
balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada isenta de amônia. • Após 30min, aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmi-
Esta solução corresponde a 10mg/L de amônia. tância com a prova em branco, estando este ajustado em 420nm de comprimento de
onda
Soluções padrões de trabalho de amônia: Separar 06 balões volumétricos de 1000mL e • Fazer as leituras das absorbâncias, ou % de transmitâncias, dos padrões
colocar as seguintes alíquotas da solução padrão de amônia, conforme quadro abaixo: • Traçar o gráfico da curva padrão utilizando as leituras das absorbâncias (ou % de
transmitâncias) e as concentrações dos padrões, ou obter a equação de regressão
mL da solução padrão de amônia mg/L de amônia em N
0 0,0 Técnica
20 0,2 • Medir 500mL da amostra (ou um volume menor diluído a 500mL com água destilada
30 0,3 isenta de amônia)
50 0,5 • A partir deste momento, proceder de maneira semelhante ao tratamento dado aos
80 0,8 padrões no preparo da curva padrão
100 1,0
Cálculos
Completar os volumes com água isenta de amônia
(C x 50)
Amônia (mg/L NH4- N) =
A
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
NOTA: Pré-tratar a vidraria colocando no balão de destilação 500mL de água destilada isenta
de amônia, 20mL da solução de borato, hidróxido de sódio 6N até pH 9,5 e pérolas de vidro. Onde:
Conectar o balão ao condensador e destilar a mistura, até que o destilado recolhido em ácido C Concentração de amônia, mg/L, obtida através da curva padrão ou da equação de
bórico não apresente traços de amônia. regressão linear (correspondente à absorbância ou à % de transmitância)
Vd Volume de destilado, em mL
• Medir 500mL de cada padrão em proveta e transferir para o balão de destilação Vam Volume da amostra, em mL
• Remover o cloro residual utilizando o agente declorinizante VN Volume para nesslerização, em mL
• Neutralizar a pH aproximadamente 7,0, com ácidos ou hidróxidos diluídos
• Adicionar 25mL de tampão de borato e ajustar o pH para 9,5 com a solução de hidró- MÉTODO COLORIMÉTRICO DE NESSLER (SIMPLIFICADO)
xido de sódio 6N
• Conectar o balão ao condensador, rapidamente Reagentes e Soluções
• Destilar à velocidade de 10mL/min, mantendo a ponta do condensador imerso na • Reagente de Nessler
262
524 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 525
Reagente de Nessler: Pesar 35g de iodeto de potássio (KI) e 12,5g de cloreto de mercúrio Reagentes e Vidrarias
(HgCl2) e dissolver em 800mL de água destilada. Adicionar a esta solução uma outra solução • Solução de tiossulfato de sódio
saturada e fria de cloreto de mercúrio (3 a 5g de cloreto de mercúrio dissolvidos em 50mL • Solução de tetraborato de sódio 0,025M
de água destilada) agitando até o aparecimento de um leve precipitado vermelho. Adicionar • Solução de hidróxido de sódio 1N
120g de hidróxido de sódio (NaOH) à solução, agitando para dissolver o precipitado. Final- • Solução de hidróxido de sódio 0,1N
mente, adicionar mais um pouco da solução saturada de cloreto de mercúrio. Transferir para • Solução tampão de borato
balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada isenta de amônia • Solução de ácido sulfúrico 3,6nM
• Solução de fenol e nitroprussiato de sódio
NOTA • Solução de hipoclorito de sódio e hidróxido de sódio
Preparo da água isenta de amônia e das soluções padrões de amônia são idênticos aos cita- • Solução estoque de amônia
dos no método anterior • Soluções padrões de trabalho de amônia
• Fazer as leituras das absorbâncias, ou % de transmitâncias, dos padrões e completar o volume com água destilada isenta de amônia.
• Traçar o gráfico da curva padrão utilizando as leituras de absorbância (ou % de trans-
mitâncias) e as concentrações dos padrões, ou obter a equação de regressão Solução de hidróxido de sódio 1N: Dissolver 40g de hidróxido de sódio (NaOH) em um pou-
co de água isenta de amônia. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o
Técnica volume com água destilada isenta de amônia.
• Pipetar 50mL da amostra, se necessário filtrada para eliminar a turbidez, e proceder
de maneira semelhante ao tratamento dado aos padrões no preparo da curva padrão. Solução de hidróxido de sódio 0,1N: Medir 100mL da solução de hidróxido de sódio 1N e
transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada isenta
Cálculos de amônia.
(C x Vd x 200) Solução tampão de borato: Adicionar 88mL da solução de hidróxido de sódio 0,1N em
Amônia em N (mg/L) =
(Vam x Vm)
500mL da solução de tetraborato de sódio 0,025M. Transferir para balão volumétrico de
263
526 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 527
1000mL e completar o volume com água destilada isenta de amônia. completo da cor
• Após 30min, aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmi-
Solução de ácido sulfúrico 3,6mM: Medir 25mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado e tância com a prova em branco, estando este ajustado em 420nm de comprimento de
misturar em 500mL de água destilada isenta de amônia. Transferir para balão volumétrico onda
de 1000mL e completar o volume com água destilada isenta de amônia. Transferir 8mL desta • Fazer as leituras das absorbâncias, ou % de transmitâncias, dos padrões
solução para 1000mL e completar o volume com água destilada. • Traçar o gráfico da curva padrão utilizando as leituras das absorbâncias (ou % de
transmitâncias) e as concentrações dos padrões, ou obter a equação de regressão
Solução de fenol e nitroprussiato de sódio: Pesar 5g de fenol (C6H6O) nitroprussiato de só-
dio diidratado (Na2[Fe(CN)5NO])2H2O e dissolver em um pouco de água destilada isenta de Técnica
amônia. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água des-
tilada isenta de amônia. NOTA
Pré–tratar a vidraria colocando no balão de destilação 500mL de água destilada isenta de
Solução de hipoclorito de sódio e hidróxido de sódio: Dissolver 2,5g de hidróxido de sódio amônia, 20mL da solução de borato, hidróxido de sódio 6 N até pH 9,5 e pérolas de vidro. Co-
(NaOH) em um pouco de água destilada isenta de amônia. Misturar com uma solução com nectar o balão ao condensador e destilar a mistura, até que o destilado recolhido em ácido
um pouco de solução de hipoclorito de sódio que contenha 0,21% de cloro ativo. Transferir bórico não apresente traços de amônia:
para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada isenta de amô-
nia. Como a solução de hipoclorito é instável, deve ser titulada diariamente. • Pré–tratamento para amostras não poluídas
• Remover a turbidez por meio de filtração, utilizando uma membrana de 0,45μm de
Solução estoque de amônia: Pesar exatamente 0,3819g de cloreto de amônia (NH4Cl) ani- abertura. No filtrado determinar a amônia
dro, seco em estufa a 110°C, durante 1h, e dissolver em um pouco de água destilada. Trans- • Pré–tratamento para amostras poluídas e despejos industriais
ferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada isenta de • Medir 500mL da amostra em proveta e transferir para o balão de destilação
amônia. Esta solução corresponde a 100mg/L de amônia. • Remover o cloro residual utilizando a solução de tiossulfato de sódio
• Neutralizar a pH aproximadamente 7,0, com ácidos ou hidróxidos diluídos
Soluções padrões de trabalho de amônia: Separar 4 balões volumétricos de 1000mL e colo- • Adicionar 20mL de tampão de borato e ajustar o pH para 9,5 com a solução de hidró-
car as seguintes alíquotas da solução estoque de amônia, conforme quadro a seguir: xido de sódio 1N
• Conectar o balão ao condensador, rapidamente
mL da solução estoque de amônia mg/L de amônia em N • Destilar à velocidade de 6 a 10mL/min, mantendo a ponta do condensador imerso
0 0,0 em 50mL da solução de ácido sulfúrico 3,6mM contidos num balão volumétrico de
2 0,2 500mL
3 0,3 • Destilar aproximadamente 300mL e completar o volume com água destilada isenta
5 0,5 de amônia
• A partir deste momento, proceder de maneira semelhante ao tratamento dado aos
Completar os volumes com água isenta de amônia padrões no preparo da curva padrão, substituindo o volume do padrão pela amostra
destilada
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
• Em tubos de ensaio, pipetar separadamente: 20mL de água destilada isenta de amô- Cálculos
nia (ou do branco destilado), 20mL dos padrões e 2mL da solução de fenol e nitroprus-
siato de sódio Amonia, em N (mg/L) = C
• Misturar e adicionar 2mL da solução de hipoclorito de sódio até o desenvolvimento
264
528 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 529
Onde: por 1h. Transferir o sobrenadante para um becker de 2000mL e lavar o precipitado várias
C Concentração de amônia, mg/L correspondente à absorbância ou à % de transmitân- vezes com água destilada isenta de nitrito.
cia obtida através da curva padrão ou da equação de regressão linear
Solução padrão estoque de nitrito: Pesar exatamente 1,232g de nitrito de sódio (NaNO2)
seco a 105°C, durante 1h e dissolver em um pouco de água destilada isenta de nitritos. Trans-
21.15 Nitrito ferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada isenta de
Determinação da concentração do nitrito, expressa em mg/L NO2,–N, através do método co- nitrito. Preservá–la com 1mL de clorofórmio. Esta solução contém 250mg/L de NO2, em N.
lorimétrico com o ácido sulfanilamida.
Solução padrão intermediária de nitrito: Pipetar 200mL da solução estoque de nitrito e
Reagentes e Soluções transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada isenta
• Água destilada isenta de nitrito de nitrito. Esta solução contém 50mg/L de NO2, em N.
• Solução de sulfanilamida
• Solução de cloreto de N–naftiletilenodiamina Solução padrão de uso de nitrito: Pipetar 10mL da solução padrão intermediária de nitrito
• Suspensão de hidróxido de alumínio e transferir para um balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada.
• Solução padrão estoque de nitrito Esta solução contém 0,5mg/L de NO2, em N.
• Solução padrão intermediária de nitrito
• Solução padrão de uso de nitrito Soluções padrões de nitrito: Pipetar as alíquotas citadas no quadro abaixo, transferir para
• Soluções padrões de nitrito balões volumétricos de 1000mL e completar o volume com água destilada isenta de nitritos:
265
530 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 531
Cálculos Solução de hidróxido de sódio 1N: Pesar 40g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o
Nitrito (mg/L NO2 – N) = C volume com água destilada.
Reagentes e Soluções Solução de peróxido de hidrogênio: Transferir 10mL de peróxido de hidrogênio (H2O2) 30%
• Solução de sulfato de prata para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada.
266
532 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 533
Solução estoque de nitrato: Pesar 0,7218g de nitrato de potássio anidro (KNO3) e dissolver
em um pouco de água destilada.Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o Técnica
volume com água destilada. Esta solução contém 100mg/L de NO3, em N. • Se a amostra tiver cor maior que 10, descolorar, adicionando, para 150mL da amostra,
3mL da suspensão de hidróxido de alumínio. Agitar e deixar decantar por alguns mi-
Solução padrão de nitrato: Pipetar 20mL da solução estoque de nitrato e transferir para nutos. Filtrar desprezando os primeiros filtrados
balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada. • Se a amostra apresentar um teor de nitrito acima de 0,2mg/L, converter para nitrato
adicionando para 100mL de amostra clarificada 1mL de ácido sulfúrico 1N. Agitar. Adi-
Soluções padrões de uso: Para balões volumétricos de 100mL pipetar as alíquotas da solu- cionar com agitação permanganato de potássio 0,1N, gota a gota, até aparecimento
ção padrão de nitrato, conforme mostrado no quadro a seguir: de uma cor persistente, no mínimo por 15min. O teor de nitrito deve então ser subtra-
ído do resultado do nitrato
mL da solução padrão de nitrato • Se a amostra apresentar cloretos, determinar seu teor e tratar a amostra com uma
mg/L NO3, em N
(2 mg/L NO3, em N) quantidade equivalente da solução padrão de sulfato de prata. O cloreto precipitado
2,5 0,05 pode ser removido por filtração ou centrifugação
5,0 0,10 • Neutralizar 100mL da amostra clarificada para pH 7,0
10,0 0,20 • Transferir para cápsula de porcelana e evaporar em banho–maria até a secagem
20,0 0,40 • Deixar esfriar e juntar 2,0mL da solução de ácido fenoldissulfônico, com auxílio de
30,0 0,60 bastão de vidro
40,0 0,80 • Juntar 10 a 20mL de água destilada
50,0 0,10 • Adicionar, com agitação, entre 6 e 7mL de hidróxido de amônio (NH4OH) concentrado
• Transferir todo o volume para balão volumétrico de 100mL, filtrando se necessário, e
Completar o volume com água destilada. Preparar um branco somente com os reagentes e completar o volume com água destilada
água destilada. • Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com o
branco, usando uma cubeta de 2cm, estando este ajustado em 410nm de compri-
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão mento de onda
• Ajustar os padrões de uso e o branco para pH 7,0 • Fazer a leitura da absorbância
• Transferir todo volume de cada padrão e do branco para cápsulas de porcelana e eva-
porar até a secura em banho-maria Cálculos
• Adicionar ao resíduo da evaporação 2mL de ácido fenoldissulfônico para sua disso-
lução Nitrato (mg/L NO3 - N) = C
• Adicionar 10 a 20mL de água destilada e com agitação e lentamente 6 a 7mL de hidró-
xido de amônio (NH4OH) concentrado Onde:
• Transferir todo o volume para balão volumétrico de 100mL, filtrando se necessário, e C Concentração de nitrato, em mg/L de NO3 em N, correspondente à % de transmitân-
completar o volume com água destilada cia ou absorbância encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear
• Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com o
branco, usando uma cubeta de 2cm, estando este ajustado em 410nm de compri- MÉTODO COLORIMÉTRICO COM BRUCINA
mento de onda
• Fazer as leituras das absorbâncias e elaborar um gráfico da curva padrão ou obter Reagentes e Soluções
uma equação de regressão linear usando as leituras obtidas e as concentrações dos • Ácido acético glacial concentrado
padrões • Solução de brucina
267
534 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 535
268
536 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 537
• Colocar a amostra em um becker e proceder à leitura, L quotas da solução intermediária de 100mg/L de K+:
Solução estoque de potássio (1000 mg/L de K+): Pesar exatamente 1,9104g de cloreto de OBSERVAÇÃO: Considerações sobre o potássio
potássio (KCl) e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico • Caso a leitura da amostra seja superior a 10, significa que a amostra tem uma con-
de 1000mL e completar o volume com água destilada. centração de potássio superior a 10mg/L, neste caso elaborar uma nova curva com
concentrações superiores a 10mg/L
Solução intermediária de potássio (100 mg/L de K+): Pipetar 10mL da solução estoque de • Analogamente, caso a leitura da amostra seja inferior a 2, indica uma concentração
potássio de 1000mg/L e transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar com água menor que 2mg/L, e uma nova curva deve ser realizada, agora com concentrações
destilada. inferiores a 21mg/L de K+.
Soluções padrões de potássio: Pipetar para balão volumétrico de 100mL as seguintes alí-
269
538 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 21 - Águas Potáveis 539
Reagentes e Soluções
• Solução indicadora de fenolftaleína
• Solução padrão de carbonato de sódio 0,0454N
Técnica
NOTA
Coletar a amostra em frasco de rolha esmerilhada, evitando turbilhonamento
Cálculos
270
Capítulo 22
Águas Residuais
e Efluentes
Industriais
271
Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 543
Sumário
22.1 pH............................................................................................................................................. 00
22.2 Oxigênio Dissolvido........................................................................................................... 00
22.3 Demanda Química de Oxigênio.................................................................................... 00
22.4 Demanda Bioquímica de Oxigênio.............................................................................. 00
22.5 Nitrogênio............................................................................................................................. 00
22.6 Digestão Nítrica-Perclórica.............................................................................................. 00
22.7 Fósforo.................................................................................................................................... 00
22.8 Potássio.................................................................................................................................. 00
Método por Fotometria de Chama......................................................................... 00
Método Titrimétrico..................................................................................................... 00
Método Condutimétrico............................................................................................ 00
22.9 Carbono Orgânico Total................................................................................................... 00
22.10 Matéria Orgânica Total................................................................................................... 00
22.10 Açúcar................................................................................................................................... 00
Método Quantitativo................................................................................................... 00
Método Qualitativo...................................................................................................... 00
22.12 Resíduos Total, Fixo e Volátil......................................................................................... 00
22.13 Resíduos Filtráveis Total, Fixo e Volátil...................................................................... 00
22.14 Resíduos Não Filtráveis Total, Fixo e Volátil............................................................. 00
22.15 Resíduo Sedimentável.................................................................................................... 00
22.16 Óleos e Graxas................................................................................................................... 00
Método da Extração em Soxhlet............................................................................. 00
Método da Extração por Funil de Separação...................................................... 00
22.17 Sulfactante Aniônico....................................................................................................... 00
22.18 Fluoreto................................................................................................................................ 00
22.19 Salinidade............................................................................................................................ 00
272
544 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 545
Solução alcalina de iodeto de azida: Num becker de 1000mL, dissolver 500g de hidróxido
de sódio (NaOH) e 150g de iodeto de potássio (KI) em um pouco de água destilada. Num • Calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção da concentração (F) do tios-
becker de 100mL, pesar 10g de azida sódica (NaN3) e dissolver em água destilada. Transferir sulfato de sódio da seguinte maneira:
ambas as soluções para um balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água •
0,25
destilada. N(verdadeira) =
Vg
Solução de fluoreto de potássio: Pesar 400g de fluoreto de potássio diidratado (KF.2H2O) Onde:
e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e Vg Volume de tiossulfato de sódio gasto na titulação
completar o volume com água destilada. N(verdadeira)
F=
0,0125
273
546 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 547
Técnica OBSERVAÇÕES
• Sifonar a amostra para o frasco de oxigênio dissolvido (O.D.) com escoamento laminar • O método não se aplica a amostras que contenham sulfito, tiossulfato, politionato,
do fundo para o topo até transbordar por alguns segundos. cloro livre e hipoclorito. Nestes casos, empregam–se outras modificações no método
• Tampar e desprezar o excesso da amostra que fica no selo. de Winkler.
• Destampar e adicionar 2mL da solução de sulfato manganoso com o bico da pipeta • O método elimina a interferência de nitrito pela adição de azida sódica e ferro triva-
imerso na amostra. lente até 200mg/L pela adição de fluoreto de potássio.
• Adicionar 2mL da solução alcalina de iodeto de azida, também com o bico imerso, • Interfere matéria orgânica facilmente oxidada, quantidades elevadas de sólidos em
tampar, desprezar o excesso que fica no selo e homogeneizar com inversões sucessi- suspensão e coloração.
vas do frasco. • A amostragem deve ser feita evitando–se ao máximo o contato da amostra com o ar
• Deixar repousar até que o precipitado atinja a metade do frasco, destampar, adicionar atmosférico e a 20cm abaixo da superfície. Pode–se empregar funil de separação para
2mL da solução de fluoreto de potássio, tampar, desprezar o excesso do selo e homo- a coleta de O.D. Adicionar 2mL da solução de sulfato manganoso e 2mL da solução
geneizar com inversões do frasco. alcalina de iodeto de azida. A amostra coletada não deve sofrer mudança de tempe-
• Deixar que o precipitado atinja 1/3 do frasco, destampar, adicionar 2mL de ácido sul- ratura.
fúrico (H2SO4) concentrado, tampar, desprezar o excesso do selo e homogeneizar com
inversões sucessivas do frasco.
• Pipetar 100mL desta solução para um erlenmeyer de 250mL, titular com a solução de 22.3. Demanda Química de Oxigênio
tiossulfato de sódio 0,0125N até obter uma coloração amarelo–palha. Juntar 4 gotas
de amido 2% e continuar titulando até desaparecer a cor azul formada. Anotar o Determinação da concentração de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica, sob
volume (mL) gasto. condições definidas de agentes oxidantes, temperatura e tempo, expressa em mg/L, pelo
método titrimétrico de oxirredução.
Cálculos
Reagentes e Soluções
(Vg × N × 8.000 × F) • Solução padrão de dicromato de potássio 0,25N
Oxigenio dissolvido(mg/L) =
A • Solução de ácido sulfúrico com sulfato de prata
• Solução de sulfato ferroso amoniacal 0,1N
Onde: • Fenantrolina p.a.
Vg Volume da solução de tiossulfato de sódio gasto na titulação da amostra • Sulfato de ferro p.a.
N Normalidade da solução de tiossulfato • Solução indicadora de ferroína
8.000 Equivalente em miligramas do oxigênio • Sulfato de mercúrio p.a.
A Alíquota tomada para determinação
F Fator de correção da normalidade do tiossulfato Preparo das Soluções
NOTA Solução padrão de dicromato de potássio 0,25N: Pesar 12,259g de dicromato de potássio
Simplificando, para uma análise com a solução de tiossulfato de sódio 0,0125N com fator 1 e (K2Cr2O7) previamente seco em estufa a 120°C durante 2h, e dissolver em um pouco de água
alíquota de 100mL da amostra pipetada para a determinação, o cálculo será: destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água des-
tilada.
Oxigenio dissolvido (mg/L) = Vg
Solução de ácido sulfúrico com sulfato de prata: Dissolver 22g de sulfato de prata (Ag2SO4)
para cada 4kg de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado – ou para cada 1L de ácido sulfúrico
274
548 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 549
concentrado dissolver 10,12g de sulfato de prata a 100% ou 14,6g a 69,2%. • Refluxar durante 2h colocando um becker na extremidade do condensador para evi-
tar a entrada de materiais estranhos
Solução de sulfato ferroso amoniacal 0,1N: Dissolver 39,214g de sulfato ferroso amoniacal • Deixar esfriar, lavar com água destilada o condensador por dentro e as conexões rece-
hexaidrado [Fe(NH4)2SO4.6H2O] em um pouco de água destilada contida num balão volu- bendo as lavagens para dentro do erlenmeyer
métrico de 1000mL. Adicionar 20mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado sob agitação. • Diluir até 100mL com água destilada, deixar esfriar totalmente e titular com sulfato
Esfriar e diluir a 1000mL com água destilada. Padronizar no momento do uso com o padrão ferroso amoniacal 0,1N recém-padronizado usando ferroína como indicador (usar 5
de 0,25N de dicromato de potássio 0,25N. gotas para todas determinações). A viragem será de azul esverdeado para marrom
avermelhado. Desprezar o retorno da cor azul esverdeado que pode ocorrer depois
Solução indicadora de ferroína: Pesar 1,485g de 1,10 fenantrolina monoidrato (C12H8N2. de alguns minutos
H2O), 695mg de sulfato ferroso heptaidratado (FeSO4.7H2O) e dissolver em um pouco de • Fazer uma determinação em branco exatamente da mesma maneira que a amostra,
água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com porém usando 20mL de água destilada no lugar da amostra
água destilada.
Cálculos
OBSERVAÇÃO: Padronização do sulfato ferroso amoniacal 0,1N
• Num erlenmeyer de 250mL colocar 100mL de água destilada [(Vga - Vgb) × N × 8000× F]
Demanda quimica de oxigenio(mg/L) =
• Adicionar, sob resfriamento na torneira, 30mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado A
• Adicionar 10mL de dicromato de potássio 0,25N (solução padrão da análise) Onde:
• Deixar esfriar totalmente e titular com o sulfato ferroso amoniacal 0,1N, usando 3 go- Vgb Volume em mL gasto na titulação do branco
tas da solução indicadora de ferroína Vga Volume em mL gasto na titulação da amostra
• Calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção da concentração (F) do sulfato N Normalidade do sulfato ferroso amoniacal
ferroso amoniacal da seguinte maneira: 8000 Equivalente em mililitros do oxigênio
A alíquota tomada para a determinação
2,5 F fator de correção da normalidade do sulfato ferroso
N(verdadeira) =
Vg
Onde: OBSERVAÇÃO: Simplificando, para uma análise com solução de sulfato ferroso amoniacal
0,1N com fator 1 e alíquota de 20mL da amostra pipetada para a determinação, o cálculo
Vg Volume de sulfato ferroso amoniacal gasto na titulação será:
275
550 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 551
• Temperatura: 20°C Solução de sulfito de sódio 0,025N: Pesar 1,575g de sulfito de sódio anidro (Na2SO3) e
• Tempo de incubação: 5 dias dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e
• Ausência de luz completar o volume com água destilada.
Reagentes e Soluções Solução de hidróxido de sódio 1N: Pesar 40g de hidróxido de sódio (NaOH) e dissolver em
• Solução tampão de fosfatos pH 7,2 um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o
• Solução de fluoreto de potássio volume com água destilada. Guardar em frasco tipo pirex ou polietileno.
• Solução de sulfato de magnésio Solução de ácido clorídrico 1N: Pipetar 82,8mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado e
• Solução de cloreto de cálcio transferir para balão de 1000mL contendo aproximadamente 500mL de água destilada. Es-
• Solução de cloreto férrico friar e completar o volume com água destilada.
• Solução de sulfito de sódio 0,025N
• Solução de hidróxido de sódio 1N Técnica
• Solução de ácido clorídrico 1N Preparo da amostra de diluição
• Aerar a água de diluição por 15min e imediatamente após esta aeração adicionar para
Preparo das Soluções cada litro de água 1mL da solução tampão de fosfato e das soluções de sulfato de
magnésio, cloreto de cálcio e cloreto férrico
Solução tampão de fosfatos pH 7,2: Dissolver 8,5g de fosfato de potássio monobásico (KH-
2
PO4), 21,75g de fosfato de potássio dibásico (K2HPO4), 33,4g de fosfato de sódio dibásico Pré–tratamento da amostra
heptaidratado (Na2HPO4.7H2O) e 1,7g de cloreto de amônio (NH4Cl) em um pouco de água • Se a amostra tiver álcali ou ácido mineral (pH muito diferente de 7,0), corrigir o seu pH
destilada e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água des- até próximo de 7,0 com hidróxido de sódio 1N ou ácido clorídrico 1N
tilada. O pH desta solução deve ser de 7,2 sem ajuste. • Se a amostra tiver cloro livre residual, destruí–lo com sulfito de sódio anidro
• A quantidade de sulfito de sódio deve ser determinada titulando–se 100mL da amos-
Solução de fluoreto de potássio: Pesar 400g de fluoreto de potássio diidratado (KF.2H2O) tra tratada com 5mL de ácido acético (C2H4O2) concentrado e 10mL da solução de
e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e iodeto de potássio 10%, usando a solução 0,025N de sulfito de sódio e amido como
completar o volume com água destilada. indicador
Solução de cloreto férrico: Pesar 0,25g de cloreto férrico hexaidratado (FeCl3.6H2O) e dissol- OBSERVAÇÃO: Método prático para determinação das percentagens das diluições ade-
ver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e comple- quadas
500 1500 2500
tar o volume com água destilada. V1 = V2 = V3 =
DQO DQO DQO
276
552 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 553
277
554 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 555
Preparo das Soluções Solução de molibdato de amônio 5%: Pesar 50g de molibdato de amônio tetraidratado
[(NH4)Mo7O24.4H2O] e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volu-
Solução de ácido clorídrico aproximadamente 2N: Medir 165mL de ácido clorídrico (HCl) métrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
concentrado e transferir para balão volumétrico de 1000mL contendo aproximadamente
500mL de água destilada. Esfriar e completar o volume com água destilada.
278
556 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 557
NOTA Onde:
Misturar as soluções de molibdato e o vanadato em volumes iguais pouco antes de serem C Concentração de fósforo, em mg/L P, correspondente à % de transmitância ou absor-
usados. bância, encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear.
OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão Solução padrão de potássio (1000 mg/L de K+): Pesar 1,907g de cloreto de potássio (KCl),
• Pipetar 5mL de cada padrão de fósforo, adicionar 2mL do reagente misturado de mo- seco em estufa, a 120ºC, durante 2h e dissolver em um pouco de água destilada. Transferir
libdato e vanadato e aguardar 5min para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada. Esta solução
• Aferir o espectrofotômetro em 0,0 de absorbância e 100% de transmitância com a contém 1000mg/L de K+.
solução do branco, estando este ajustado em 420μm
• Traçar o gráfico em papel monolog, caso as leituras forem feitas em transmitância, e Solução de uso de potássio (20 mg/L de K+): Pipetar 20mL da solução padrão de potássio
em papel linear caso as leituras tenham sido feitas em escala de absorbância, colo- para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada. Esta solução
cando-as no eixo das ordenadas e as concentrações no eixo das abcissas, ou calcular contém 20mg/L de K+.
a equação de regressão linear
Técnica
Técnica • Pipetar 5mL do extrato nítrico–perclórico para balão volumétrico de 100 mL
• Pipetar 5mL do extrato nítrico-perclórico e transferir para tubos de ensaios • Completar o volume com água destilada
• Acrescentar a cada tubo 2mL do reagente misturado de vanadato e molibdato • Ajustar o fotômetro de chama de maneira que a leitura seja zero (000) com água des-
• Aferir o espectrofotômetro com 5mL do branco e 2mL do reagente misturado de va- tilada e 100 com a solução de 20mg/L de K+
nadato e molibdato • Fazer as leituras das amostras
• Fazer a leitura da amostra em % transmitância ou absorbância
Cálculos
Cálculos
Potassio (kg/m3 K2O) = L × 0,048
Fosforo(kg/m3 P2O5) = C × 0,0229
279
558 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 559
Solução oxalato de amônio 4%: Dissolver 20,0 g oxalato de amônio ((NH4)2C2O4) em cerca 5
F1 =
V1
de 250 mL de água destilada e transferir a solução para um balão volumétrico de 500 mL e
completar até a marca com água destilada. Onde:
F1 Fator entre as soluções de BCTA ou cloreto de benzalcônio (Zefiran) e TFBS
Solução indicadora de amarelo de Clayton: Dissolver 0,040 g de amarelo de Clayton (ou V1 Média dos volumes gastos nas titulações
amarelo de titânio) em cerca de 50 mL de água destilada, transferir a solução para balão vo-
lumétrico de 100 mL e completar o volume até a marca com água destilada; NOTA
Solução de BCTA ou cloreto de benzalcônio (Zefiran): Dissolver 6,3 g de brometo de cetiltri- O fator deverá ser aproximadamente 0,5
metilamônio (BCTA), p.a., ou cloreto de benzalcônio (Zefiran) em cerca de 500 mL de água
quente, esfriar a solução e transferir a mesma para balão volumétrico de 1.000 mL e comple- Solução padrão de potássio 3,4613 mg de K2O/mL: Pesar 2,5000g de fosfato monopotás-
tar até a maracá com água destilada. sico (KH2PO4) seco em estufa a 105°C durante 02 h, e dissolver em cerca de 100 mL de água
destilada. Adicionar 50 mL da solução de oxalato de amônio 4% e transferir a solução para
NOTA: um balão volumétrico de 250 mL. Completar o volume com água destilada. Esta solução
As soluções de cloreto de benzalcônio ou Zefiran podem ser encontradas em indústrias de contém 3,4613 mg de K2O por mL de solução;
produtos farmacêuticos. A equivalência entre esta solução e a solução de TFBS deve ser de
aproximadamente 2:1 em volume. OBSERVAÇÃO: Padronização da Solução de TFBS
280
560 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 561
• Transferir uma alíquota de 10 mL da solução padrão de potássio 3,4613 K2O/mL para Onde:
um balão volumétrico de 100 mL. K Potássio em g de K2O/100 mL
• Adicionar 02 mL da solução de NaOH 20%, 05 mL de formaldeído 37% e 30,0 mL da F2 Fator da solução de TFBS
solução de TFBS. Agitar lentamente evitando formação de espuma. V1 Volume da solução de TFBS adicionado em mL
• Completar o volume com água destilada e homogeneizar. Após 10 minutos, filtrar V2 Volume gasto da solução de BCTA ou cloreto de benzalcônio (Zefiran) em mL
através de papel de filtro de porosidade fina, seco F1 Fator da solução de BCTA ou cloreto de benzalcônio (Zefiran)
• Transferir uma alíquota de 50 mL do filtrado para um erlenmeyer de 250 mL e adicio- Vf Volume final de diluição em mL, neste caso = 100
nar de 6 a 8 gotas do indicador amarelo de Clayton v Volume da alíquota tomada em mL, neste caso 25
• Titular o excesso da solução de TFBS com a solução de BCTA ou cloreto de benzalcô- Gi Massa inicial da amostra em g, neste caso 10
nio (Zefiran) até a viragem para cor rosa. Anotar o volume (V2)
• Calcular o fator correspondente a mg K2O por mL da solução de TFBS, usando a ex- MÉTODO CONDUTIMÉTRICO
pressão:
Técnica
30,6133
F2 =
(30,0 - 2(V2 x F1))
• Pesar 10g da vinhaça e transferir para balão volumétrico de 200mL
Onde: • Completar com água destilada
F2 Fator correspondente a mg K2O por mL da solução de TFBS • Aferir o condutivímetro de acordo com as recomendações do fabricante
V2 Volume gasto da solução de BCTA ou cloreto de benzalcônio (Zefiran) em mL • Fazer a leitura da condutividade
F1 Fator entre as soluções de BCTA ou cloreto de benzalcônio (Zefiran) e TFBS
Calculo
Técnica
• Pesar 10g da amostra filtrada em papel de filtro quantitativo Potássio (kg/m3 K2O) = 2,2496 × {0,018 × [LCAM - (0,09 × LCH2O)] - 0,2674} × 1,205
• Transferir para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com água desti-
lada Onde:
• Filtrar a solução em papel de filtro faixa azul
• Pipetar 02 mL do filtrado para balão volumétrico de 50 mL e adicionar 01 mL de NaOH K Potássio
20%, 2,5 mL de formaldeído 37%, 05 mL da solução de TFBS e completar o volume LCAM Leitura da condutividade da amostra a 20ºC, em µS/cm
com água destilada LCH2O Leitura da condutividade da água a 20ºC, em µS/cm
• Homogeneizar e deixar a solução em repouso por 15 minutos
• Pipetar 25 mL do filtrado e transferir para erlenmeyer de 125 mL, adicionar 6 a 8 gotas
do indicador amarelo de Clayton e titular com a solução de BCTA ou Cloreto de Ben- 22.9 Carbono Orgânico Total
zalcônio (Zefiran) até a coloração rósea, anotar o volume gasto (V).
Determinação da concentração de carbono orgânico, expressa em kg/m3, através de titrime-
Cálculos tria de oxirredução
Potássio(g de K2O/100mL) =
[ (F2 x(V1 - (V2 x 2F1))) x ( VV ) x 10 ]
f -1 Reagentes e Soluções
• Difenilamina sulfônica p.a.
Gi
• Acido sulfúrico concentrado
• Solução indicadora de difenilamina sulfonato de bário
281
562 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 563
282
564 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 565
22.11. Açúcar • Completar os balões com água destilada e diluir até perfeita homogeneização
• Pipetar de cada balão 2mL da solução homogênea para tubos de ensaios, adicionar
Determinação da quantidade de açúcar, expressa em mg/L, através dos métodos quantitati- a cada tubo de ensaio 10mL da solução de antrona e levar os tubos ao banho-maria
vos de antrona e de Eynon-Lane e qualitativo - comparativo com alfa naftol. durante 12min
• Resfriar à temperatura ambiente
MÉTODO QUANTITATIVO DE ANTRONA • Aferir o espectrofotômetro com a solução do branco em 0,0 de absorbância e 100%
de transmitância, estando este ajustado em 630ηm
Reagentes e Soluções • Traçar o gráfico em papel monolog, caso as leituras forem feitas em transmitância, e
• Solução de ácido sulfúrico 76% em papel linear caso as leituras tenham sido feitas em escala de absorbância, colo-
• Solução de antrona cando as leituras no eixo das ordenadas e as concentrações no eixo das abcissas, ou
• Solução de açúcar invertido 500mg/L calcular a equação de regressão linear
• Solução de ácido benzóico
Técnica
NOTA • Filtrar a amostra com celite (se necessário) e pipetar 2mL para o tubo de ensaio
Os demais reagentes e soluções já foram citados no método de determinação de Açúcares • Juntar 10mL da solução de antrona recém-preparada e proceder ao desenvolvimento
de Redutores em Caldos da cor, como para os tubos padrões
• Aferir o espectrofotômetro com a solução do branco em 0,0 de absorbância e 100%
Preparo das Soluções de transmitância, estando este ajustado em 630nm
• Fazer as leituras das amostras com cubetas de 1cm de caminho óptico
Solução de ácido sulfúrico 76%: Em um becker de 1000mL adicionar 100mL de água des-
tilada. Cuidadosamente adicionar 400mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado. Resfriar à Cálculos
temperatura ambiente e armazenar em frasco de boa vedação de cor âmbar
Solução de antrona: Pesar 0,1g de antrona (C14H10O) e dissolver em 70mL de ácido sulfúrico Açúcar (mg/L) = C
76%. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume com ácido sulfúrico
76%. Onde:
C Concentração de açúcar, em mg/L, correspondente à % de transmitância ou absor-
Solução de açúcar invertido 500mg/L: Pipetar 50mL da solução de açúcar invertido 1% para bância, encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear.
balão volumétrico de 1000mL. Agitar e completar o volume com água destilada.
MÉTODO QUANTITATIVO EYNON–LANE
OBSERVAÇÃO : Preparo da curva padrão
• Pipetar para balão volumétrico de 100mL as seguintes alíquotas da solução de açúcar Reagentes e Soluções
invertido 500mg/L: • Ver reagentes e soluções citadas no método de determinação de açúcares redutores
em caldos
mL do padrão conc.(mg/L)
00 (branco) 00 Técnica
05 25 • Aquecer aproximadamente 200mL da amostra até 75°C, resfriar à temperatura am-
biente e filtrar em algodão
10 50
• Pesar 50g e transferir para balão volumétrico de 200mL
15 75
• Introduzir um termômetro no balão e adicionar água destilada até cobrir o bulbo do
20 100
283
566 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 567
Acucar(mg/L) =
[ ((Vb - Va) × 198.600)
(Va x Vb) ] NOTA
Este método permite detectar concentrações de até 0,1mg/L de açúcar na amostra. Quando
a concentração de açúcar na amostra é alta, maior que 100mg/L, ocorrerá a formação de um
Onde: anel preto, em lugar de lilás.
Va Volume gasto na titulação da amostra, em mL
Vb Volume gasto na titulação do branco, em mL
22.12 Resíduos Total, Fixo e Volátil
MÉTODO QUALITATIVO
Determinação das concentrações de resíduos total, fixo e volátil, expressas em mg/L, por
Reagentes e Soluções gravimetria
• Solução de alfa-naftol 5%
• Etanol absoluto NOTA
• Ácido sulfúrico concentrado O método é o adequado para análise de amostras contendo até 20.000mg/L de resíduos
Técnica
284
568 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 569
• Separar uma cápsula de porcelana, colocar na mufla a 550°C , durante 30min, esfriar • Tomar a cápsula de porcelana contendo o resíduo e levar à mufla a 550°C, durante
um pouco ao ar livre e depois no dessecador por 40min, pesar obtendo (P1) 1h. Esfriar parcialmente ao ar livre e deixar em seguida no dessecador até esfriamento
• Medir um volume apropriado (geralmente 250mL) da amostra (A) bem homogeneiza- total. Pesar, obtendo-se (P3)
da, colocar na cápsula e levar à secura em banho–maria
• Transferir a cápsula para a estufa a 105°C, durante 1h ou até adquirir peso constante, OBSERVAÇÃO: Obter os pesos em mg
esfriar no dessecador, pesar obtendo–se (P2)
• Levar a cápsula com o resíduo obtido à mufla a 550°C, durante 1h Cálculos
• Retirar a cápsula, deixar esfriar parcialmente ao ar livre e depois colocar no dessecador
até esfriar completamente, pesar obtendo-se (P3). Resíduo filtrável total (mg/L) = [(P2 – P1) / A] x 1000
Resíduo filtrável fixo a 550°C (mg/L) = [(P3 – P1) / A] x 1000
OBSERVAÇÃO: Obter os pesos em mg Resíduo filtrável volátil a 550°C (mg/L) = [(P2 – P3) / A] x 1000
Cálculos NOTA
O resíduo filtrável volátil pode também ser calculado da seguinte forma:
Resíduo total (mg/L) = [(P2 – P1) / A] x 1000 Res. filtrável volátil (mg/L) = resíduo filtrável total (mg/L) – resíduo filtrável fixo (mg/L)
Resíduo total fixo a 550°C (mg/L) = [(P3 – P1) / A] x 1000
Resíduo total volátil a 550°C (mg/L) = [(P2 – P3) / A] x 1000
22.14 Resíduos Não Filtráveis Total, Fixo e Volátil
NOTA
O resíduo total volátil pode também ser calculado da seguinte forma: Determinação das concentrações de resíduos não filtráveis total, fixo e volátil, expressas em
Resíduo total volátil (mg/L) = resíduo total (mg/L) – resíduo total fixo (mg/L) mg/L, por gravimetria
NOTA: O método é adequado para análise de água contendo até 20.000mg/L de resíduo
22.13. Resíduos Filtráveis Total, Fixo e Volátil
Reagentes
Determinação das concentrações de resíduos filtráveis total, fixo e volátil, expressas em • Suspensão de fibra de asbesto
mg/L, por gravimetria
Preparo das Soluções
NOTA: O método é adequado para análise de água contendo até 20.000mg/L de resíduo
Suspensão de fibra de asbesto: Pesar 10g de asbesto fibra média, previamente lavado com
Técnica ácido e completar o volume para um balão volumétrico de 1000mL
• Preparar uma cápsula de porcelana levando à mufla a 550°C durante 30min
• Esfriar ao ar livre e colocar no dessecador até esfriamento total (≈ 40min) Técnica
• Pesar, obtendo (P1) • Colocar o papel de filtro de vidro Millipore ou um disco de papel de fibra de vidro no
• Filtrar um volume adequado (geralmente 250mL) da amostra (A) através do filtro Milli- fundo do cadinho de Gooch, ou então, preparar um cadinho de Gooch com uma ca-
pore e transferir o filtrado para cápsula de porcelana previamente tarada. Levar à mada fina e uniforme de suspensão de asbesto. Com a bomba de vácuo ligada, lavar
secura em banho-maria o filtro com três sucessivos volumes de 20mL de água destilada. Remover toda água
• Transferir a cápsula com o resíduo para estufa a 103-105°C ou a 180°C. Deixar 12h ou com aplicação de vácuo.
até atingir peso constante. Esfriar no dessecador. Pesar, obtendo–se (P2) • Remover o papel de fibra de vidro do aparelho de filtração ou o cadinho de Gooch
285
570 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 571
preparado com a fibra de vidro ou com a suspensão de asbesto do frasco e levar à Cálculos
mufla a 550°C por 30min. Deixar esfriar um pouco ao ar livre, colocar no dessecador
até esfriamento total. Pesar, obtém–se (P1). Residuo sedimentavel (ml/L) = leitura obtida no cone Inhoff
• Montar o aparelho de filtração e iniciar a sucção com o vácuo. Agitar vigorosamente
a amostra, medir 100mL (A) em uma proveta graduada e filtrar. Se a quantidade de
matéria em suspensão for pequena, tomar uma alíquota maior 22.16. Óleos e Graxas
• Remover cuidadosamente o papel de fibra de vidro com o resíduo retido do aparelho
de filtração ou o cadinho de Gooch do frasco Kitazato. Determinação da concentração de óleos e graxas, expressa em mg/L, pelos métodos da ex-
• Levar o filtro com o resíduo à estufa a 105-110°C, durante 12h, ou até peso constante, tração em soxhlet e extração por funil de separação
esfriar no dessecador e pesar, obtendo-se (P2).
• Separar o papel de fibra de vidro ou o cadinho de Gooch com o resíduo seco e levar à MÉTODO DA EXTRAÇÃO EM SOXHLET
mufla a 550°C por 1h. Esfriar parcialmente ao ar livre e deixar em seguida no desseca-
dor até esfriamento total, pesar, obtendo-se (P3). NOTA: O método é adequado para análise de água contendo concentrações de óleos e gra-
xas superiores a 10mg/L. Ressalta–se que compostos que se volatilizam abaixo de 105ºC não
OBSERVAÇÃO: Obter os pesos em mg são determinados neste método, pois se perdem na volatilização. Por outro lado, substân-
cias orgânicas não oleosas extraíveis pelo solvente orgânico são determinados junto com os
Cálculos óleos e graxas.
Resíduo não filtrável total (mg/L) = [(P2 – P1) / A] x 1000
Resíduo não filtrável fixo a 550°C (mg/L) = [(P3 – P1) / A] x 1000 Reagentes
Resíduo não filtrável volátil a 550°C (mg/L) = [(P2 – P3) / A] x 1000 • Solução de ácido clorídrico 50%
• Solvente orgânico (éter de petróleo ou n-hexano)
NOTA • Suspensão de sílica-diatomácea
O resíduo não filtrável volátil pode também ser calculado da seguinte forma:
Solução de ácido clorídrico 50%: Medir 100mL de água destilada e transferir para becker de
22.15 Resíduo Sedimentável 250mL. Medir em proveta 100mL de ácido clorídrico concentrado p.a e transferir, lentamen-
te, para o becker contendo a água. Esfriar.
Determinação da concentração de resíduo sedimentável, expressa em mL/L, por sedimen-
tação Suspensão de sílica-diatomácea: Pesar 10g de sílica-diatomácea e dissolver em 1000mL de
água destilada, agitando para promover uma suspensão.
Técnica
• Tomar um cone de Inhoff e encher com a amostra bem homogeneizada até a marca Técnica
de 1L • No momento da coleta fazer uma marca no menisco da água para posteriormente
• Deixar em repouso durante 45min. Passar cuidadosamente um bastão de vidro pelas medir exatamente o volume da amostra
paredes do cone. Esperar 15min • Caso a amostra não tenha sido preservada no momento da coleta, acidificar com 5mL
de ácido clorídrico 50%
• Preparar um filtro consistindo de um disco de musselina e papel de filtro sobreposto
286
572 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 573
Reagentes
• Solvente orgânico (éter de petróleo ou n-hexano)
287
574 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 575
Onde: Soluções padrões de uso de LAS 0,50mg/L: Pipetar 5mL da solução intermediária de LAS e
B Peso do becker, em gramas transferir para balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada.
A Peso do becker após a extração, em gramas
Va Volume da amostra, em L Solução indicadora alcoólica de fenolftaleína 1%: Pesar 0,5g de fenolftaleína e dissolver em
50mL de álcool etílico.
22.17. Sulfactante Aniônico Solução de hidróxido de sódio 1N: Pesar 40g de NaOH e dissolver com aproximadamente
200mL de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volu-
Determinação da concentração de sulfactantes aniônicos, incluindo os alquil aril sulfanatos me com água destilada.
e alquil sulfonatos, expressa em mg/L, por espectrofotometria a partir do padrão alquil ben-
zeno sulfonato (LAS) Solução de ácido sulfúrico 1N: Medir em proveta 28mL de ácido sulfúrico p.a e adicionar
lentamente em aproximadamente 500mL de água destilada. Esfriar, transferir para balão vo-
Reagentes lumétrico de 1000mL e completar o volume com água destilada.
• Solução padrão estoque de LAS
• Solução padrão intermediária de LAS Solução indicadora de azul de metileno 0,1%: Pesar 0,1g de azul de metileno e diluir para
• Soluções padrões de uso de LAS 2,5mg/L 100mL de água destilada. Transferir 30mL desta solução para balão volumétrico de 1000mL,
• Soluções padrões de uso de LAS 0,50mg/L adicionar 500mL de água destilada, mais 6,8mL de ácido sulfúrico p.a e 50g de fosfato diá-
• Solução indicadora alcoólica de fenolftaleína 1% cido de sódio monohidratado. Agitar até completa dissolução e completar o volume com
• Solução de hidróxido de sódio 1N água destilada.
• Solução de ácido sulfúrico 1N
• Solução indicadora de azul de metileno 0,1% Solução de lavagem: Medir 6,8mL de ácido sulfúrico p.a e adicionar lentamente em 500mL
• Fosfato diácido de sódio monohidratado de água destilada. Esfriar e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Adicionar 50g de
• Solução de lavagem fosfato diácido de sódio monohidratado. Agitar até completa dissolução e completar o volu-
• Clorofórmio me com água destilada.
288
576 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 577
• Colocar todos os extratos no 2° funil de separação e adicionar 50mL da solução de Solução padrão estoque de fluoreto: Pesar 221mg de fluoreto de sódio anidro (NaF) e dis-
lavagem solver em aproximadamente 100mL de água destilada. Transferir para balão volumétrico de
• Agitar vigorosamente por 30seg e deixar decantar 1000mL e completar o volume com água destilada. Esta solução contém 0,1mg F–/mL.
• Preparar funis comuns com lã de vidro e filtrar a camada de clorofórmio (extrato) dos
funis de separação para balões volumétricos de 100mL Solução padrão de fluoreto 0,01mg/mL: Pipetar 100mL da solução estoque de fluoreto e
• Repetir a extração por três vezes, usando clorofórmio em duas porções de 10mL e transferir para balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com água destilada.
filtrar
• Completar os volumes dos balões com clorofórmio Padrões de uso de fluoreto (0,2; 0,4; 0,6; 0,8; 1,0; 1,2 e 1,4mg/L): Separar 07 balões volu-
• Filtrar através da lã de vidro métricos de 100mL. Respectivamente colocar em cada um as seguintes alíquotas da solução
• Aferir o espectrofotômetro com a solução do branco em 0,0 de absorbância e 100% padrão de fluoreto 0,01mg/mL: 2,0; 4,0; 6,0; 8,0; 10,0; 12,0 e 14,0 mL. Completar os volumes
de transmitância, estando este ajustado em 6520ηm dos balões com água destilada.
Cálculos Solução SPANDS: Pesar 958mg de SPANDS (sódio 2–parasulfofenilazo 1,8-dihidroxi 3,6-na-
phtalene disulfonato) em aproximadamente 100mL de água destilada. Transferir para balão
Sulfactante anionico(mg/L) = ( )
A
B
xC volumétrico de 500mL e completar com água destilada. Esta solução é estável por um ano
se protegida da luz solar.
Onde:
A Concentração do padrão, em mg/L (pode ser o padrão 2,5mg/L ou 0,5mg/L) Reagente zircônico–ácido: Pesar e dissolver 133mg de cloreto de zircônio octahidratado
B Absorbância do padrão considerado no item anterior (2,5mg/L ou 0,5mg/L) (ZrOCl2) em aproximadamente 25mL de água destilada. Adicionar 350mL de HCl concentra-
C Absorbância da amostra do e completar o volume para 500mL com água destilada.
NOTA IMPORTANTE:
22.18. Fluoreto O preparo desta solução deve ser feito em banho de gelo, dentro da capela de exaustão.
Determinação da concentração de fluoreto, expressa em mg/L, por espectrofotometria pelo Reagente ácido zircônio–SPANDS: Misturar volumes iguais da solução de SPANDS e do rea-
método SPANDS adaptado. gente zircônio–ácido. Homogeneizar. Esta solução é estável por dois anos.
Reagentes e Soluções Solução de referência (branco): Adicionar 10mL da solução de SPANDS a 100mL de água
• Solução padrão estoque de fluoreto destilada (solução A). Diluir 7mL de HCl concentrado para 10mL (solução B). Adicione a solu-
• Solução padrão de fluoreto 0,01mg/mL ção B á solução A. Esta solução é usada como a referência ZERO do espectrofotômetro e tem
• Padrões de uso de fluoreto (0,2; 0,4; 0,6; 0,8; 1,0; 1,2 e 1,4mg/L) validade de um ano.
• Solução SPADNS
• Reagente zircônico–ácido Solução de arsenito de sódio: Pesar e dissolver 5g de NaAsO2 e diluir para 100mL com água
• Reagente ácido zircônio–SPANDS destilada.
• Solução de referência
• Solução de arsenito de sódio OBSERVAÇÃO: Preparo da curva padrão
• Transferir os volumes dos balões dos padrões de uso de fluoretos para beckers de
Preparo das Soluções 250mL
• Adicionar a cada um 10,0mL do reagente ácido zircônio–SPANDS
289
578 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 22 - Águas Residuais e Efluentes Industriais 579
Onde: N= ( 12,69
Vg )
C Concentração de fluoreto, em mg/L, correspondente à % de transmitância ou absor- Onde:
bância, encontrada no gráfico ou na equação de regressão linear
F Fator de diluição N Normalidade da solução de nitrato de prata
Vg Volume da solução de nitrato de prata gasto na titulação
ClEq = N × 0,0355
290
580 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros
Onde:
ClEq Clorosidade equivalente
N Normalidade da solução de nitrato de prata
Clo = Vg x Cleq x ( )
1000
25
Onde:
Clo Clorosidade
Vg Volume gasto da solução de nitrato de prata na titulação da amostra
ClEq Clorosidade equivalente
c) Cálculo da salinidade
[
Salinidade(%) = 0,03 + 1,8050×ClO × ( )]
1
d
Onde:
Clo Clorosidade
d Densidade da água do mar, em g/L
NOTA:
A densidade da água do mar varia 1,017 a 1,030 g/L dependendo da posição geográfica.
Capítulo 23
Águas de
Irrigação
291
Capítulo 23 - Águas de Irrigação 583
Sumário
23.1 Condutividade..................................................................................................................... 00
23.2 Cálcio....................................................................................................................................... 00
23.3 Magnésio............................................................................................................................... 00
23.4 Sódio....................................................................................................................................... 00
23.5 Potássio.................................................................................................................................. 00
23.6 Carbonatos............................................................................................................................ 00
23.7 Bivarbonatos......................................................................................................................... 00
23.8 Cloreto.................................................................................................................................... 00
23.9 Sulfato..................................................................................................................................... 00
Método Colorimétrico................................................................................................. 00
Método Turbidimétrico............................................................................................... 00
292
584 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 23 - Águas de Irrigação 585
23.2. Cálcio Determinação da concentração de sódio, expressa em meq/L de Na+, pelo método do fotô-
metro de chama.
Determinação da concentração de cálcio, expressa em meq/L de Ca++, através da titrimetria Proceder conforme metodologia indicada para águas potáveis.
de complexação.
Proceder conforme metodologia indicada para águas industriais. Cálculos
Onde:
V1 Volume da sol. de EDTA gasto na titulação 23.5. Potássio
M Molaridade da solução de EDTA
A Alíquota da amostra tomada para análise Determinação da concentração de potássio, expressa em meq/L de K+, pelo método do fo-
F Fator de correção da concentração do EDTA tômetro de chama.
Proceder conforme metodologia indicada para águas potáveis.
Determinação da concentração de magnésio, expressa em meq/L Mg++, através da titrime- Potassio (meq/L K+) = L × 0,02563
tria de complexação.
Proceder conforme metodologia indicada para águas industriais. Onde:
L Leitura obtida no fotômetro
Cálculos
OBSERVAÇÃO
[((V2 - V1 ) × M × 24,305) × 0,08224 × F] Caso a leitura da amostra seja superior a 10, significa que a amostra tem uma concentração
Magnesio(meq/L Mg++) =
A de potássio superior a 10mg/L, assim sendo, elaborar uma nova curva com concentrações
superiores a 10mg/L. Da mesma forma, leituras menores que 1,0 indicam uma concentração
Onde: menor que 1,0mg/L e também uma nova curva deve ser feita com padrões menos concen-
V2 Volume de EDTA gasto na titulação de magnésio trados
V1 Volume de EDTA gasto na titulação de cálcio
M Molaridade da solução de EDTA
293
586 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 23 - Águas de Irrigação 587
Determinação da concentração de bicarbonatos, expressa em meq/L, por cálculos Sulfato (meq/L SO4) = C × 0,02083
Cálculos Onde:
• 1º Caso: A1 = 0,0 C Concentração de sulfato, mg/L de SO4, correspondente à % de transmitância ou ab-
294
588 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros
Capítulo 24
Métodos
Microbiológicos
295
Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 591
Sumário
296
592 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 593
• A limpeza, num laboratório de microbiologia, deve ser rigorosa, uma vez que qual-
quer matéria estranha pode ser uma fonte de contaminação. Todas as superfícies
(chão, bancadas, etc.) devem ser desinfetadas diariamente com solução detergente
(p.ex. lisoform bruto 1%). As bancadas devem ser desinfetadas com álcool 70% nas
bancadas, no início e após o término dos trabalhos.
• A esterilização significa a completa destruição de todos os microorganismos vivos
• Para o controle microbiológico dos processos industriais utiliza–se a esterilização por
calor seco para as vidrarias, que elimina os microorganismos por oxidação
• Para a esterilização por calor seco são utilizadas estufas, evitando–se colocar o mate-
rial encostado às paredes para evitar a queima, só em último caso utilizar o patamar
inferior da estufa e não abri-la antes que a temperatura chegue a 100ºC, para que não
ocorra quebra da vidraria por brusco resfriamento
297
594 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 595
• Depois de usadas deverão ser colocadas em depósito contendo solução detergente • São lavados, tamponados e esterilizados da mesma forma que os tubos de ensaio
para evitar que as preparações ressequem, dificultando a limpeza posterior. Depois
são lavadas cuidadosamente, passadas abundantemente em água corrente e guarda- FRASCOS PARA COLETA DE AMOSTRAS
das em depósito contendo álcool 70%
• As lâminas usadas com óleo de imersão são colocadas em recipiente forrado com pa- • São lavados com água corrente, deixados em solução de ácido muriático e novamen-
pel de filtro, o óleo é dissolvido com xilol, e posteriormente são colocadas em solução te lavados com água corrente. Depois de secos, cobre-se toda parte da tampa com
de ácido muriático por uma noite, prosseguindo então a limpeza comum papel alumínio e são levados à estufa para esterilizar a 180ºC, durante 90min
TUBOS DE ENSAIO
24.3. Esterilização de Meios de Cultura
• Quando novos, são deixados 24h em solução de ácido muriático, lavados com bas-
tante água corrente e tamponados, introduzindo algodão uns 3cm na abertura. Os • Materiais como meios de cultura, água, soluções e filtros bacteriológicos devem ser
tubos são embrulhados em papel manilha formando pacotes presos com fita adesiva esterilizados através de calor úmido, que elimina os microorganismos através da des-
e colocados em estufa de esterilização a 180°C, durante 90min naturação das proteínas
• No caso de tubos usados com culturas desenvolvidas, são primeiramente autoclava- • Normalmente esta esterilização é realizada em equipamento denominado autoclave,
dos a 121ºC, durante 30min. O meio é escorrido quente e os tubos são lavados e pre- à temperatura de 121ºC, durante 15min. Se o volume a ser esterilizado for superior
parados como já foi visto a 500mL, aumentar este tempo para 30, 45min, ou mesmo 1h, para que toda massa
atinja a temperatura desejada
PLACAS DE PETRI
CUIDADOS NA OPERAÇÃO DA AUTOCLAVE
• Quando novas, são lavadas do mesmo modo que os tubos de ensaio e embrulhadas
em papel manilha em conjunto de duas ou mais, sendo o papel fixado com fita adesi- • Observar o nível da água, para que cubra a resistência, molhando a placa suporte
va e colocadas em estufa de esterilização a 180ºC, durante 90min perfurada pela superfície inferior
• Tratando-se de placas usadas, são autoclavadas a 121ºC, durante 30min. O meio de • Apertar a tampa por igual e com pressão moderada, para que não deforme a junta
cultura é escorrido quente e são lavadas e preparadas como anteriormente de vedação
• Abrir a válvula de escape até saída de vapor fluente, expulsando assim todo ar do
PIPETAS interior, evitando a formação de bolsas de ar, que prejudicaria a esterilização
• Iniciar a contagem de tempo somente quando a temperatura desejada for atingida
• São lavadas com água corrente, colocadas em solução de ácido muriático fraca (para • Não se afastar da autoclave
proteger as marcas), novamente passadas em água corrente e depois lavadas com • Manter durante todo o tempo a temperatura desejada ± 1ºC
água destilada • Decorrido o tempo desejado, desligar o equipamento e esperar que a temperatura
• São preparadas para esterilizar tamponando–se a boquilha com uma mecha de al- chegue a 100ºC ou menos, antes de abrir a válvula, evitando assim uma ebulição vio-
godão que penetra 1cm, destinada a filtrar o ar soprado para o interior e proteger o lenta do meio líquido
operador da aspiração de líquidos contaminados • Após a pressão ter caído a zero, abrir a tampa e esperar alguns minutos para retirar o
• São embrulhadas individualmente com tiras de papel manilha e levadas à estufa de material de seu interior
esterilização a 180ºC, durante 90min
298
596 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 597
24.4. Microscopia imersão para assegurar um trajeto do raio luminoso opticamente homogêneo entre a lâmina
e a lente frontal da objetiva. Depois do uso, limpar o óleo com um papel macio e um pouco
O microscópio, instrumento mais característico do laboratório de microbiologia, propicia o de xilol nas superfícies ópticas, pois um resto de óleo prejudicaria o rendimento dos sistemas
aumento que permite a visualização de organismos e de estruturas invisíveis a olho nu. ópticos.
Há muitos tipos de microscópio. Uma lente de aumento, como a lupa, é o mais simples deles FOCALIZAÇÃO DO MICROSCÓPIO
mas, quando usamos o termo microscópio, estamos nos referindo ao microscópio composto.
Usando o parafuso macrométrico, levantar o tubo do microscópio de maneira que as objeti-
O tipo de microscópio composto usado no laboratório de microbiologia é o óptico. Neste, vas não toquem na platina quando girar o revólver. Girar o revólver de maneira que a objeti-
o campo microscópico ou a área observada aparece brilhantemente iluminado e os objetos va de menor aumento (a menor delas) fique em linha com a ocular que está na extremidade
estudados apresentam–se mais escuros. Geralmente os microscópios desse tipo produzem do tubo.
um aumento útil de aproximadamente 1000 diâmetros. Olhando agora pela ocular, baixar o tubo do microscópio vagarosamente até que os obje-
tos da preparaçäo se tornem visíveis. Girar o parafuso micrométrico para a direita e para a
Com algumas modificações, como o uso de oculares de mais alto poder, esta ampliação pode esquerda, a fim de obter a melhor focalização possível. Se houver brilho excessivo, ajustar o
ser aumentada. Contudo, o aumento de 1000 a 2000 diâmetros é o limite de ampliação útil diafragma para eliminá–lo e melhorar a nitidez da imagem
com tal instrumento. Girar o revólver encaixando a objetiva de aumento seguinte e ajustar a focalização apenas
com o parafuso micrométrico, ajustando sempre o brilho com o diafragma.
PODER RESOLVENTE
Continuar girando o revólver até a objetiva desejada
Chamamos resolução à capacidade de formar imagens distintas de pontos luminosos que
estão muito próximos entre si para que se possa distingui-los à simples vista e apresentar
estas imagens ao olho o bastante distanciadas para que se possa vê-las com facilidade. Tanto 24.5. Instruções para uso da câmara de contagem celular (Neu-
a objetiva como a ocular ampliam simplesmente a imagem formada pela objetiva e não po- bauer)
dem revelar nada que não esteja já representado naquela.
O Hemacitômetro Neubauer é um equipamento de precisão que permite a avaliação real da
FATOR DE AMPLIAÇÃO área e volume observados no campo do microscópio. O seu emprego é simples e permite a
determinaçäo direta do número de microorganismos existentes em um volume conhecido
Quando usamos o microscópio, é importante saber exatamente o quanto o instrumento de amostra.
ampliou a imagem do objeto. Se o microscópio tem 1000 aumentos, a imagem que você
vê é 1000 vezes maior e mais larga do que quando vista a olho nu. Em todas as objetivas e A precisão do aparelho depende muito dos cuidados no preparo das diluições das amostras,
oculares há um aumento indicando o grau de ampliação. A ampliação combinada, produzida critério de contagem, cuidado e atenção do operador.
pelas duas lentes, é igual ao produto desses números. Se, por exemplo, na ocular estiver mar-
cando 10x e na objetiva de menor aumento 4x, a ampliação é de 10 x 4, ou seja, 40 diâmetros. Com o objetivo de uniformizar o seu emprego, recomendam–se algumas regras básicas que
deverão ser observadas.
OBJETIVA DE IMERSÃO
REGRAS BÁSICAS
Sendo a que fornece aumento maior que as outras, a objetiva de imersão é geralmente mui-
to usada em laboratório de microbiologia. É, também, a objetiva que exige maiores cuidados • É necessário estabelecer a concentração ideal para cada material a ser analisado, para
em sua utilização, pois focaliza muito próximo do material de exame. É necessário óleo de evitar a sobreposição e aglomeração dos microorganismos numa mesma área
299
598 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 599
• Antes de retirar amostras com a pipeta é necessário homogeneizar a suspensão ESQUEMA DA CÂMARA DE CONTAGEM CELULAR (NEUBAUER)
• Estabelecer critérios uniformes para microorganismos que ficam sobre a linha que
demarca a área do quadrado. Por exemplo: só contar os microorganismos sobre duas
linhas limites do quadrado
OBSERVAÇÃO: Se foi feita alguma diluição é necessário verificar a quantidade de amostra Determinação da percentagem de leveduras vivas em relação ao total de leveduras, do nú-
presente na suspensão mero de leveduras vivas por mL da amostra e da percentagem de leveduras vivas que estão
brotando (reproduzindo)
DESCRIÇÃO DA LÂMINA
Reagentes e Soluções
a) Profundidade da lâmina: 0,100mm • Solução de azul de metileno 0,1%
b) O quadrado é dividido em 9 outros grandes quadrados de 1cm² cada um
c) O quadrado do meio é rodeado de 8 quadrados. Cada um deles foi dividido em 16 quadra- Preparo das Soluções
dos de 0,0625 mm² cada um
d) O quadrado do meio é dividido em 400 quadrados menores. Cada quadradinho mede Solução de azul de metileno 0,1%: Pesar exatamente 0,1g de azul de metileno e dissolver
0,0025mm² em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o
e) No quadrado do meio existem: volume com água destilada.
300
600 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 601
500 mL e completar o volume com água destilada (1ª diluição) CÁLCULOS DA VIABILIDADE CELULAR PARA TODOS OS MATERIAIS ANALISADOS
• Colocar 1mL da diluição anterior em tubo de ensaio contendo 9mL de água destilada
e adicionar 0,5mL da solução de azul de metileno 0,1%
• Homogeneizar e transferir algumas gotas para a câmara de contagem celular (Neu-
Viabilidade Celular (%) = ( NN ) x 100
1
bauer) Onde:
• Levar ao microscópio e contar o número de leveduras vivas, mortas e vivas em brota- N1 Número total de células vivas
mento, em 16 quadros, usando um aumento de 400x a 600x N2 Número total de células (vivas + mortas)
• Transferir 1mL da diluição anterior para tubo de ensaio contendo 9mL de água desti-
lada e adicionar 0,5mL da solução de azul de metileno 0,1% Onde:
• Homogeneizar e transferir algumas gotas para câmara de contagem celular (Neu- NB Número de células vivas em brotamento
bauer) N1 Número total de células vivas
• Levar ao microscópio e proceder à contagem como anteriormente
OBSERVAÇÃO:
LEITE TRATADO
• Células vivas = incolor
Técnica • Células mortas = azul
• Transferir, com pipeta volumétrica, 20mL da amostra para balão volumétrico de
500mL e completar o volume com água destilada (1ª diluição)
• Transferir 1mL da diluição anterior para tubo de ensaio contendo 9mL de água desti- 24.7. Contagem de bactérias pelo método
lada e proceder à coloração e contagem como nas amostras anteriores das diluições (Plaqueamento)
As diluições citadas acima são apenas sugestões, que normalmente são suficientes para a Determinação do número de bactérias pelo método das diluições, usando plaqueamento.
contagem de 30 a 50 leveduras com campo. Se necessário essas diluições podem ser modi-
ficadas. OBSERVAÇÃO: Este método é utilizado para qualquer amostra como mosto, vinho, leite de
leveduras turbinado e tratado, água, etc., modificando–se apenas as diluições, que irão variar
CÁLCULO DA CONCENTRAÇÃO CELULAR PARA TODOS OS MATERIAIS ANALISADOS de acordo com o material analisado e o seu índice de contaminação.
Concentracao celular (celulas vivas/mL amostra) = 1,68 × 106 × N × 1a diluicao Reagentes e Soluções
• Agar plate count (PCA)
Onde: • Água destilada esterilizada
• Solução de nistatina
N Número médio de células vivas (total/16)
301
602 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 603
302
604 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 605
Preparo das Soluções OBSERVAÇÃO: As colônias de “flat-sour” são características. Elas são arredondadas, variando
de 2 a 5mm de diâmetro e apresentam um “ponto” central típico, opaco, e pela reação de
Meio de cultura potato–dextrose ágar (PDA): Dissolver 39,0g do meio de cultura em produção de ácido na presença do indicador (púrpura de bromocresol) é usualmente circun-
1000mL de água destilada. Autoclavar durante 15min a 121°C. No momento do plaquea- dado por um halo amarelo. Este halo pode ser significante ou não existir se certos tipos de
mento, resfriar o meio de cultura (evitando–se a solidificação) e ajustar o pH para 3,5 com ácidos existirem em pequenas quantidades, ou também se na placa houver um crescimento
ácido tartárico 10%. excessivo destas colônias, todo o meio pode se tornar amarelo. O halo também pode desa-
parecer após a retirada da placa da estufa de incubação, por isso as placas devem ser reti-
NOTA radas da estufa no momento exato da contagem. Quando a produção de ácido é duvidosa
Nunca se deve fundir o meio de cultura depois de adicionar o ácido após 48h, continuar a incubação até 72h. Se houver um crescimento excessivo de colônias
na placa, o tamanho e as características delas podem se tornar atípicas. E se a contagem se
Técnica tornar impraticável, uma segunda amostra do açúcar deve ser plaqueada, usando diluições
• Remover 5mL da amostra preparada e distribuir 1,0mL em cada 5 placas de Petri da solução original. Porém, nas análises de rotina de açúcar, essa segunda diluição não é
• Adicionar o meio de cultura (15mL por placa), homogeneizar, esperar o meio solidifi- necessária, na maioria dos casos.
car e incubar por 4 – 5 dias a 30°C
• Contar o número de leveduras e fungos que se desenvolveram nas 5 placas e expres- Contagem de Bactérias Termófilas Anaeróbias Não Produtoras de H2S
sar como total de leveduras e bolores / g de açúcar
Reagentes e Soluções
CONTAGEM DE TERMÓFILOS ESPORULADOS • Solução de hidróxido de sódio 50%
• Fígado em pó
Contagem de termófilos esporulados, sendo de bactérias produtoras de “flat–sour” (acidez • Triptona p.a.
plana), bactérias termófilas anaeróbias produtoras, e não produtoras, de gás sulfídrico (H2S) • Fosfato ácido de potássio
usando plaqueamento • Amido Solúvel
• Meio de cultura liver broth (meio de fígado)
Contagem de Esporos de Bactérias Produtoras de Flat–sour (Acidez Plana)
303
606 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 607
Meio de cultura liver broth (meio de fígado): Pesar as seguintes quantidades dos reagentes Meio de cultura Agar-sulfito: Pesar as seguintes quantidades dos reagentes abaixo:
abaixo: Triptona 10,0g
Fígado em pó 35,0g Na2SO3 1,0g
Triptona 5,0g Citrato Férrico 0,5g
Fosfato ácido de potássio 0,5g Ágar 20,0g
Amido Solúvel 0,5g
Dissolver o citrato férrico em 50mL de água destilada e aquecer para que se dissolva comple-
Adicionar 35g de fígado em pó em 500mL de água destilada. Aquecer até 50ºC e manter a tamente. Misturar os ingredientes, dissolver em 1000mL de água destilada e distribuir 20mL
essa temperatura durante 1h, com freqüente agitação. Após isso, ferver este material por 3 a por tubo. Esterilizar em autoclave durante 15min a 121ºC.
4min, para coagular as proteínas. Filtrar em algodão. Adicionar os outros ingredientes, ajus-
tar o pH para 7,5 com hidróxido de sódio 50% e voltar a ferver por 3min. Filtrar novamente. Técnica
Esterilizar em autoclave durante 15min a 121°C • Dividir 20mL da amostra que sofreu tratamento térmico para 6 tubos (± 3,3 mL/tubo)
contendo o meio de cultura, aquecido a 55ºC
Técnica • Após solidificar o meio, incubar por 48h a 55ºC
• Dividir 20mL da amostra que sofreu tratamento térmico para 6 tubos (ou seja, 3,3mL/
tubo) contendo 5mL de meio de cultura (aquecidos a 55ºC) OBSERVAÇÃO: No ágar sulfito, a deterioração sulfídrica pelas bactérias é detectada através
• Cobrir os tubos com parafina, o suficiente para vedá-los (1cm de camada) da formação de áreas esféricas negras, escuras. Por causa da solubilidade do hidrogênio sul-
• Solidificar a parafina rapidamente, mergulhando os tubos em água fito e da sua fixação pelo ferro contido no meio, não é observada a formação de gás. As áreas
• Incubar a 55ºC por 72h enegrecidas devem-se ser contadas para se obterem os resultados quantitativos. Conside-
• Após 72h, proceder à contagem rando que em 6 tubos têm-se 4g de açúcar, o total de colônias multiplicado por 2,5 nos dá a
• Nos tubos em que houve crescimento de termófilos anaeróbios, a parafina vai ser “em- contagem de bactérias de deterioração sulfídrica/10g de açúcar. Na incubação de termófilas
purrada” para cima, dada a formação de gás. Anotar os resultados destes tubos como (55ºC) devem-se colocar na estufa dois beckers contendo água, para não desidratar os meios
positivos de cultivo.
OBSERVAÇÃO: Este é um teste considerado qualitativo, já que não permite expressar os re- CONTAGEM DE COLIFORMES E E. COLI
sultados em termos de número de esporos por peso de açúcar
TESTE PRESUNTIVO
Contagem de Bactérias Termófilas Anaeróbias Produtoras de H2S – Bactérias de Deterio-
ração Sulfídrica Reagentes e Soluções
• Lactose
Reagentes e Soluções • Extrato de carne
• Triptona p.a. • Peptona
• Sulfito de sódio • Meio caldo lactosado (concentração normal)
304
608 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 609
• Meio caldo lactosado (concentração dupla) Número Máximo Permitido (NMP) para várias combinações de resultados positivos, quan-
Preparo das Soluções (Meio de Cultura) do três tubos são usados por diluição (inoculações de 1, 0,1 e 0,01g ou mL da amostra)
Meio caldo lactosado (concentração normal): Pesar as seguintes quantidades dos reagen- 1,0g 0,1g 0,01g NMP 1,0g 0,1g 0,01g NMP
tes abaixo: 0 0 0 <0,3 2 0 0 0,91
Lactose 5,0g 0 0 1 0,3 2 0 1 1,4
Extrato de carne 3,0g 0 0 2 0,6 2 0 2 2,0
Peptona 5,0g 0 0 3 0,9 2 0 3 2,6
Dissolver os reagentes em 1000mL de água destilada 0 1 0 0,3 2 1 0 1,5
0 1 1 0,61 2 1 1 2,0
Meio caldo lactosado (concentração dupla): Pesar as seguintes quantidades dos reagentes 0 1 2 0,92 2 1 2 2,7
abaixo: 0 1 3 1,2 2 1 3 3,4
Lactose 10,0g
0 2 0 0,62 2 2 0 2,1
Extrato de carne 6,0g
0 2 1 0,93 2 2 1 2,8
Peptona 10,0g
0 2 2 1,2 2 2 2 3,5
Dissolver os reagentes em 1000mL de água destilada
0 2 3 1,6 2 2 3 4,2
0 3 0 0,94 2 3 0 2,9
Técnica
0 3 1 1,3 2 3 1 3,6
Preparo da amostra
0 3 2 1,6 2 3 2 4,4
• Em um erlenmeyer esterilizado, dissolver 10g de açúcar em 90mL de água destilada
0 3 3 1,9 2 3 3 5,3
esterilizada
1 0 0 0,36 3 0 0 2,3
1 0 1 0,72 3 0 1 3,9
Determinação
• Separar 3 tubos de ensaio (20 x 200mm) e colocar em cada um 10mL de caldo lacto- 1 0 2 1,1 3 0 2 6,4
sado (concentração dupla), com tubo de Durhan 1 0 3 1,5 3 0 3 9,5
• Autoclavar durante 15min a 121ºC. Após autoclavado, adicionar 10mL da amostra 1 1 0 0,73 3 1 0 4,3
preparada 1 1 1 1,1 3 1 1 7,5
• Separar 3 tubos de ensaio (16 x 150mm) e colocar em cada um 10mL de caldo lacto- 1 1 2 1,5 3 1 2 12
sado (concentração normal), com tubo de Durhan 1 1 3 1,9 3 1 3 16
• Autoclavar durante 15min a 121ºC. Após autoclavado, adicionar 1mL da amostra pre- 1 2 0 1,1 3 2 0 9,3
parada 1 2 1 1,5 3 2 1 15
• Separar 3 tubos de ensaio (16 x 150mm) e colocar em cada um 10mL de caldo lacto- 1 2 2 2,0 3 2 2 21
sado (concentração normal), com tubo de Durhan 1 2 3 2,4 3 2 3 29
• Autoclavar durante 15min a 121ºC. Após autoclavado, adicionar 0,1mL da amostra 1 3 0 1,6 3 3 0 24
preparada 1 3 1 2,0 3 3 1 46
• Incubar todos os tubos a 37ºC por 48h. Fazer a leitura. Se houver produção de gás (a 1 3 2 2,4 3 3 2 110
formação de gás se dá no interior dos tubos de Durhan), fazer o teste confirmativo 1 3 3 2,9 3 3 3 >110
• Consultar a tabela a seguir para se estabelecer o NMP de coliformes totais
305
610 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 611
TESTE CONFIRMATIVO É um kit relativamente simples de ser utilizado, que necessita de 18h de enriquecimento do
material a ser analisado e mais 24h de incubação, totalizando 42h. Isso representa economia
Reagentes e Soluções de tempo e de reagentes, tornando-o viável para as análises passíveis de serem realizadas
• Meio caldo verde brilhante bile 2% nos laboratórios das Usinas.
OBSERVAÇÃO: Os tubos devem ser retirados da autoclave quando já estiverem frios, para COLIFORMES E E. Coli
que os tubos de Durhan fiquem completamente cheios. • Ausência de coliformes fecais nas amostras analisadas
306
612 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 24 - Métodos Microbiológicos 613
Preparo de soluções
24.10 ΔpH
Solução de NaCl a 0,9%: pesar 9,0000g de cloreto de sódio e dissolver em cerca de 200mL
Reagentes
de água destilada/deionizada; transferir para um balão volumétrico de 1000mL e completar
• NaOH 1N
o volume; ajustar a pH 7,0 com solução de NaOH ou HCl
• H3PO4
Solução de resazurina a 10 mg/L: pesar 0,0010g de resazurina e diluir a 1000mL com a solu-
Técnica
ção de NaOH a 0,9% a pH 7,0
• Transferir 100 mL da amostra para um béquer de 250 mL
• Ajustar o pH a 5,5
Técnica
• Incubar a 37,0 – 0,5 ºC por 4 horas, no banho-maria
• Colocar 9,0mL da solução de resazurina em cada tubo de ensaio vedados com algo-
• Determinar o pH
dão;
• Calcular a variação do pH.
• Esterilizar os tubos e a pipeta de 1,0mL na autoclave a 100°C por uma hora.
• Pipetar 1,0mL da amostra de caldo (caldo da prensa, caldo de primeira pressão, caldo
Resultado
misto, caldo residual, etc.) e adicionar ao tubo de ensaio preparado;
• Colocar o tubo no banho termostatizado com temperatura regulada e constante a
A queda de pH indica contaminação da amostra por microrganismos produtores de áci-
37° ± 0,5°C;
do. Dentre estes microrganismos estão as bactérias lácticas, bactérias acéticas e leveduras.
• Verificar a mudança de coloração do tubo a cada 30 minutos e anotar o resultado em
Quanto menor for o pH de uma amostra, maior será seu grau de contaminação.
boletim adequado.
307
Capítulo 25
Insumos
308
616 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 25 - Insumos 617
Sumário
25.1 Enxofre.................................................................................................................................... 00
Umidade........................................................................................................................... 00
Cinzas................................................................................................................................ 00
Enxofre elementar ....................................................................................................... 00
Matéria orgânica .......................................................................................................... 00
Pureza ............................................................................................................................... 00
Acidez total..................................................................................................................... 00
25.2 Ácido Sulfúrico..................................................................................................................... 00
Pureza................................................................................................................................ 00
Matéria orgânica........................................................................................................... 00
25.3 Ácido Fosfórico.................................................................................................................... 00
Fósforo total.................................................................................................................... 00
25.4 Cal............................................................................................................................................. 00
Perda ao fogo................................................................................................................. 00
Cálcio + magnésio........................................................................................................ 00
Cálcio................................................................................................................................. 00
Magnésio......................................................................................................................... 00
Sílica................................................................................................................................... 00
CaO disponível .............................................................................................................. 00
25.5 Soda Cáustica....................................................................................................................... 00
Alcalinidade total.......................................................................................................... 00
25.6 Sulfato de Alumínio........................................................................................................... 00
Pureza................................................................................................................................ 00
309
618 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 25 - Insumos 619
NOTA
Todas as análises devem ser realizadas a partir de uma amostra representativa obtida de sub-
Cinzas(%) = [ P P- P ] x 100
a
1
Umidade(%) = [ P P- P ] x 100
a
1 • Pesar exatamente 4,0g da amostra pulverizada e transferir para um funil de haste lon-
ga, de 30mL, estando este com um chumaço de algodão obstruindo a parte superior
Onde: da haste para evitar a queda de enxofre
P Peso do pesa-filtro + amostra antes da secagem, em gramas • Proceder à lavagem da amostra com 20-25mL de bissulfeto de carbono (CS2) concen-
P1 Peso do pesa-filtro + amostra depois da secagem, em gramas trado, recolhendo o filtrado em um pesa-filtro previamente tarado em estufa a 110ºC,
Pa Peso da amostra, em gramas durante 1h
• Repetir a operação de lavagem com mais 20mL de bissulfeto de carbono (CS2) con-
CINZAS centrado e posteriormente lavar o funil com mais 5-10mL para dissolver eventuais
Determinação da concentração de cinzas, expressa em percentagem, por gravimetria resíduos de enxofre
• Colocar o pesa-filtro em uma placa aquecedora levemente aquecida para evaporar o
Técnica excesso de bissulfeto de carbono
• Pesar 40g da amostra pulverizada em cadinho de porcelana previamente tarado • Após a evaporação, colocar o pesa-filtro na estufa a 70-80°C até peso constante
em mufla a 550°C, durante 30min
• Aquecer gradativamente o cadinho com a amostra em bico de Bussen até a queima Cálculos
total da amostra
• Transferir o cadinho para mufla e aquecer gradativamente até atingir a temperatura
entre 600-700°C
Enxofre elementar(%) = 100 - [ ((P - PP)x 100) ]
1
310
620 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 25 - Insumos 621
Solução de cloreto de sódio e ácido clorídrico: Pesar 30 g de cloreto de sódio (NaCl) e dis- Pureza (enxofre%) = (P1 - P2) × 54,8
solver em 50mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado.
Onde:
Solução de ácido clorídrico 1:1: Medir 100mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado e mistu- P1 Peso do cadinho + precipitado seco
rar, cuidadosamente, em 100mL de água destilada.
ACIDEZ TOTAL
Solução de cloreto de bário 3%: Pesar 30g de cloreto de bário (BaCl2) e dissolver em um
pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e completar o volume Determinação da concentração de acidez total, expressa em percentagem de ácido sulfúrico,
311
622 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 25 - Insumos 623
312
624 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 25 - Insumos 625
NOTA Cálculos
A alíquota não deve conter mais do que 25mg de P2O5
Cálculos ou seja,
Fosforo total (%P2O5 )=(P1 - P2) × 80,17 Perda ao fogo (%) = 100 - residuo%
313
626 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 25 - Insumos 627
314
628 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 25 - Insumos 629
de perda ao fogo volumétrico de 100mL e completar o volume com água destilada. Guardar esta solução em
• Deixar durante 2h, aproximadamente, à temperatura de 1000ºC frasco escuro.
• Desligar a mufla e esperar que a temperatura atinja aproximadamente 200ºC
• Transferir o cadinho para um dessecador e esperar a temperatura por mais 30min OBSERVAÇÃO: Padronização da solução de ácido sulfúrico 0,1N
• Pesar e anotar o peso em gramas • Pipetar 25mL da solução de carbonato de sódio 0,1N para enlenmeyer de 250mL
• Adicionar 5 gotas da solução indicadora de vermelho de metila
Cálculos • Titular imediatamente com ácido sulfúrico 0,1N até a mudança de coloração
• Calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção da concentração (F) da solu-
Sílica (%Insoluveis em HCl) = [ ((P - PP )x 100)]
2 1 ção de ácido sulfúrico da seguinte maneira:
Onde: 2,5
N(verdadeira) =
P Peso da amostra Vg
P1 Peso do cadinho Onde:
P2 Peso do cadinho mais insolúvel Vg Volume de ácido gasto na titulação
315
630 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 25 - Insumos 631
Solução indicadora de metil Orange 1%: Pesar exatamente 1g de metil Orange (alaranjado Reagentes e Soluções
de metila) e diluir para 100mL com água destilada. Conservar esta solução em frasco escuro. • Solução indicadora de vermelho de metila 0,1%
• Hidróxido de amônio concentrado
OBSERVAÇÃO: Padronização da solução de ácido clorídrico 1N
• Pipetar 25mL da solução de carbonato de sódio 1N para enlenmeyer de 250mL Preparo das Soluções
• Adicionar 5 gotas da solução indicadora de alaranjado de metila Solução indicadora de vermelho de metila 0,1%:
• Titular imediatamente com ácido clorídrico 1N até a mudança de coloração
• Calcular a normalidade verdadeira e o fator de correção da concentração (F) da solu- Técnica
ção de ácido clorídrico da seguinte maneira: • Pesar 1g da amostra, transferir para becker de 250mL e dissolver com 100mL de água
destilada
Nverdadeira = 25 / Vg • Aquecer até próximo a fervura (± 80ºC)
• Filtrar, lavar o resíduo retido no papel de filtro com duas porções de água destilada
Onde: morna, recolhendo o filtrado em becker de 250mL
Vg Volume de ácido gasto na titulação • Adicionar ao filtrado algumas gotas da solução indicadora de vermelho de metila até
coloração rósea persistente
F = Nverdadeira • Acrescentar gota a gota hidróxido de amônia concentrado até obter uma coloração
316
632 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros
amarelada
• Filtrar no mesmo papel de filtro, lavar o resíduo retido no papel de filtro com porções
de água destilada morna e descartar o filtrado
• Transferir o papel de filtro contendo o resíduo para uma cápsula de porcelana previa-
mente tarada
• Secar em estufa a 105ºC e posteriormente carbonizar em bico de Bussen
• Colocar na mufla e aquecer gradativamente a 1100ºC por 30min
• Resfriar em dessecador e pesar
Cálculos
Pureza(%Al2(SO4)3) = [ P P- P ] x 335,38
1 0
Onde:
P1 Peso da cápsula + resíduo, em gramas
Po Peso da cápsula limpa e seca, em gramas
P Peso da amostra utilizada para análise, em gramas
Capítulo 26
Compostos
Orgânicos
317
Capítulo 26 - Compostos Orgânicos 635
Sumário
318
636 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 26 - Compostos Orgânicos 637
Cálculos Técnica
• Levar a cápsula de porcelana usada na determinação da umidade a 100-110°C à mufla
ca
cad
c
e ligá-la com a porta entreaberta para proporcionar adequada aeração
• Quando a mufla atingir uma temperatura suficiente para calcinar parcialmente a
Onde: amostra, fechar a porta e aguardar que a temperatura atinja 550°C
Pca Peso da bandeja + amostra úmida, em gramas • Manter nessa temperatura por mais 1h
Pcad Peso da bandeja + amostra seca a 60-65ºC, em gramas • Desligar a mufla e esperar a temperatura baixar para aproximadamente 250°C
Pc Peso da bandeja, em gramas • Retirar a cápsula da mufla e esfriar em dessecador
• Pesar a cápsula até a quarta casa decimal e obter o peso da amostra calcinada, ou seja,
seca a 550°C
26.2. Umidade a 100-110ºC
Cálculos
Determinação da quantidade de água evaporada a 110-110°C, expressa em percentagem de
[(P1 - P2 ) × (100 - %U60-65°C))]
umidade, pelo método gravimétrico Materia organica total(%) =
5
Técnica
• Em uma cápsula de porcelana previamente tarada a 100-110ºC, durante 1h, pesar 5g Onde:
da amostra seca a 60-65°C P1 (peso da cápsula + amostra seca a 100–110ºC) – (peso da cápsula)
• Deixar na estufa durante 4h a 100-110ºC P2 P1 – [(peso da cápsula + amostra seca a 100–110ºC) – (peso da cápsula + amostra
• Esfriar em dessecador seca a 550°C)]
• Pesar até a quarta decimal e obter o peso da amostra seca % U60–65°C Percentagem de umidade a 60-65°C
Cálculos
26.4. Carbono Total
Umidade a 100 - 110°C(%) = %U60-65°C + {[ (Pca - Pcad)
Pca - Pc ] x (100 - %U )}
60-65°C
Determinação da concentração de carbono total, expressa em percentagem, por cálculos
319
638 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 26 - Compostos Orgânicos 639
Cálculos Onde:
Vb Volume gasto de sulfato ferroso amoniacal na titulação do branco
%MOT Va Volume gasto de sulfato ferroso amoniacal na titulação da amostra
Carbono total(%) =
1,8 F Fator de correção da concentração do sulfato ferroso amoniacal
Onde:
% M.O.T. Percentagem de matéria orgânica total 26.6. Matéria Orgânica Compostável
320
640 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 26 - Compostos Orgânicos 641
321
642 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 26 - Compostos Orgânicos 643
322
644 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Capítulo 26 - Compostos Orgânicos 645
Solução de ácido acético 25%: Pipetar 25mL de ácido acético (CH3COOH) concentrado para Cálculos
balão volumétrico de 100mL. Completar o volume com água destilada e agitar.
Calcio(%Ca++) = V1 × F
Solução de ferro (1mg/mL): Pesar 4,8303g de cloreto férrico hexaidratado (FeCl3.6H2O) e
dissolver em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 1000mL e Onde:
completar o volume com água destilada. V1 Volume de EDTA 0,02N gasto na titulação da amostra
F Fator de correção da concentração do EDTA 0,02N
Solução indicadora de vermelho de metila 1%: Pesar 1g de vermelho de metila e dissolver
em um pouco de água destilada. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o
volume com água destilada 26.14. Magnésio
323
646 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros
Cálculos
Tabelas
324
648 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 649
325
650 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 651
TABELA 1B - Correção da leitura do Brix densimétrico para a temperatura padrão de 20ºC TABELA 2 - Fator de correção da leitura sarimétrica para a temperatura padrão de 20º C
326
652 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 653
3,8 0,2569 8,8 0,2519 13,8 0,2469 17,7 0,2430 20,7 0,2401 23,7 0,2371
3,9 0,2568 8,9 0,2518 13,9 0,2468 17,8 0,2429 20,8 0,2400 23,8 0,2370
17,9 0,2428 20,9 0,2399 23,9 0,2369
4,0 0,2567 9,0 0,2517 14,0 0,2467
4,1 0,2566 9,1 0,2516 14,1 0,2466 18,0 0,2427 21,0 0,2398 24,0 0,2368
4,2 0,2565 9,2 0,2515 14,2 0,2465 18,1 0,2426 21,1 0,2397 24,1 0,2367
4,3 0,2564 9,3 0,2514 14,3 0,2464 18,2 0,2425 21,2 0,2396 24,2 0,2366
4,4 0,2563 9,4 0,2513 14,4 0,2463 18,3 0,2424 21,3 0,2395 24,3 0,2365
4,5 0,2562 9,5 0,2512 145 0,2462 18,4 0,2423 21,4 0,2394 24,4 0,2364
4,6 0,2561 9,6 0,2511 14,6 0,2461 18,5 0,2422 21,5 0,2393 24,5 0,2363
4,7 0,2560 9,7 0,2510 14,7 0,2460 18,6 0,2422 21,6 0,2392 24,6 0,2362
4,8 0,2559 9,8 0,2509 14,8 0,2459 18,7 0,2421 21,7 0,2391 24,7 0,2361
4,9 0,2558 9,9 0,2508 14,9 0,2458 18,8 0,2420 21,8 0,2390 24,8 0,2360
18,9 0,2419 21,9 0,2389 24,9 0,2359
5,0 0,2557 10,0 0,2507 15,0 0,2457
5,1 0,2556 10,1 0,2506 15,1 0,2456 19,0 0,2418 22,0 0,2388 25,0 0,2358
5,2 0,2555 10,2 0,2505 15,2 0,2455 19,1 0,2417 22,1 0,2387 25,1 0,2357
5,3 0,2554 10,3 0,2504 15,3 0,2454 19,2 0,2416 22,2 0,2386 25,2 0,2356
5,4 0,2553 10,4 0,2503 15,4 0,2453 19,3 0,2415 22,3 0,2385 25,3 0,2355
5,5 0,2552 10,5 0,2502 15,5 0,2452 19,4 0,2414 22,4 0,2384 25,4 0,2354
5,6 0,2551 10,6 0,2501 15,6 0,2451 19,5 0,2413 22,5 0,2383 25,5 0,2353
5,7 0,2550 10,7 0,2500 15,7 0,2450 19,6 0,2412 22,6 0,2382 25,6 0,2352
5,8 0,2549 10,8 0,2499 15,8 0,2449 19,7 0,2411 22,7 0,2381 25,7 0,2351
5,9 0,2548 10,9 0,2498 15,9 0,2448 19,8 0,2410 22,8 0,2380 25,8 0,2350
19,9 0,2409 22,9 0,2379 25,9 0,2349
6,0 0,2547 11,0 0,2497 16,0 0,2447
6,1 0,2546 11,1 0,2496 16,1 0,2446 NOTA:
6,2 0,2545 11,2 0,2495 16,2 0,2445
6,3 0,2544 11,3 0,2494 16,3 0,2444
Para valores do fator de pol em função do Brix refratométrico não relacionados acima, usar
6,4 0,2543 11,4 0,2493 16,4 0,2443
a fórmula:
6,5 0,2542 11,5 0,2492 16,5 0,2442
6,6 0,2541 11,6 0,2491 16,6 0,2441
26
6,7 0,2540 11,7 0,2490 16,7 0,2440 Fator =
99,718 × densidade relativa 20/20°C
6,8 0,2539 11,8 0,2489 16,8 0,2439
6,9 0,2538 11,9 0,2488 16,9 0,2438
17,0 0,2437 20,0 0,2408 23,0 0,2378
17,1 0,2436 20,1 0,2407 23,1 0,2377
17,2 0,2435 20,2 0,2406 23,2 0,2376
17,3 0,2434 20,3 0,2405 23,3 0,2375
17,4 0,2433 20,4 0,2404 23,4 0,2374
17,5 0,2432 20,5 0,2403 23,5 0,2373
17,6 0,2431 20,6 0,2402 23,6 0,2372
327
654 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 655
TABELA 4 - Brix, densidade aparente e massa específica aparente das soluções de açúcar .2 .00966 .01252 .2 .02970 .03262
a 20ºC .3 .01006 .01292 .3 .03011 .03303
.4 .01045 .01331 .4 .03052 .03344
Porcenta- Porcenta- .5 .01084 .01371 .5 .03093 .03385
Massa Massa
gem de Densidade gem de Densidade
específica à específica à .6 .01124 .01410 .6 .03133 .03426
sacarose em relativa a sacarose em relativa a
20°C 20°C .7 .01163 .01450 .7 .03174 .03467
peso 20°C/20°C(3) peso 20°C/20°C(3)
(g/mL)(2) (g/mL)(2)
(Brix)(1) (Brix)(1) .8 .01203 .01490 .8 .03215 .03508
0.0 0.99717 1.00000 5.0 1.01680 1.01968 .9 .01243 .01529 .9 .03256 .03549
.1 .99756 .00039 .1 .01719 .02008
.2 .99795 .00078 .2 .01759 .02048 4.0 1.01282 1.01569 9.0 1.03297 1.03590
.3 .99834 .00117 .3 .01799 .02088 .1 .01322 .01609 .1 .03338 .03631
.4 .99872 .00156 .4 .01839 .02128 .2 .01361 .01649 .2 .03379 .03672
.5 .99911 .00194 .5 .01879 .02168 .3 .01401 .01688 .3 .03420 .03713
.6 .99950 .00233 .6 .01919 .02208 .4 .01441 .01728 .4 .03461 .03755
.7 .99989 .00272 .7 .01959 .02248 .5 .01480 .01768 .5 .03503 .03796
.8 1.00028 .00312 .8 .01999 .02289 .6 .01520 .01808 .6 .03544 .03837
.9 .00067 .00351 .9 .02040 .02329 .7 .01560 .01848 .7 .03585 .03879
.8 .01600 .01888 .8 .03626 .03920
1.0 .00106 .00390 6.0 1.02080 1.02369 .9 .01640 .01928 .9 .03667 .03961
.1 .00145 .00429 .1 .02120 .02409
.2 .00184 .00468 .1 .02160 .02450 10.0 1.03709 1.04003 15.0 1.05811 1.06111
.3 .00223 .00507 .3 .02200 .02490 .1 .03750 .04044 .1 .05854 .06154
.4 .00261 .00546 .4 .02241 .02530 .2 .03791 .04086 .2 .05897 .06197
.5 .00300 .00585 .5 .02281 .02571 .3 .03833 .04127 .3 .05940 .06240
.6 .00339 .00624 .6 .02321 .02611 .4 .03874 .04169 .4 .05983 .06283
.7 .00378 .00663 .7 .02362 .02652 .5 .03916 .04210 .5 .06026 .06326
.8 .00417 .00702 .8 .02402 .02692 .6 .03957 .04252 .6 .06069 .06369
.9 .00456 .00741 .9 .02442 .02733 .7 .03999 .04293 .7 .06112 .06412
.8 1.04040 .04335 .8 .06155 .06455
2.0 1.00495 1.00780 7.0 1.02483 1.02773 .9 .04082 .04377 .9 .06198 .06499
.1 .00534 .00819 .1 .02523 .02814
.2 .00574 .00859 .2 .02564 .02854 11.0 1.04123 1.04418 16.0 1.06241 1.06542
.3 .00613 .00898 .3 .02604 .02895 .1 .04165 .04460 .1 1.06284 1.06585
.4 .00652 .00937 .4 .02645 .02936 .2 .04207 .04502 .2 .06327 .06629
.5 .00691 .00977 .5 .02685 .02976 .3 .04248 .04544 .3 .06370 .06672
.6 .00730 .01016 .6 .02726 .03017 .4 .04290 .04585 .4 .06414 .06715
.7 .00769 .01055 .7 .02766 .03058 .5 .04332 .04627 .5 .06457 .06759
.8 .00809 .01094 .8 .02807 .03098 .6 .04373 .04669 .6 .06500 .06802
.9 .00848 .01134 .9 .02848 .03139 .7 .04415 .04711 .7 .06544 .06845
.8 .04457 .04753 .8 .06587 .06889
3.0 .00887 .01173 8.0 1.02888 1.03180
.9 .04499 .04795 .9 .06630 .06933
.1 .00927 .01213 .1 .02929 .03221
328
656 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 657
329
658 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 659
330
660 Novo Manual Para Laboratórios Sucroalcooleiros Tabelas 661
.2 678 1.19014 .2 329 673 51.0 1.23406 1.23756 56.0 1.26222 1.26580
.3 730 062 .3 1.21383 1.21727 .1 461 811 .1 279 637
.4 782 119 .4 437 781 .2 517 867 .2 337 695
.5 835 171 .5 491 835 .3 572 922 .3 394 752
.6 887 224 .6 545 889 .4 628 978 .4 452 810
.7 939 276 .7 599 943 .5 683 1.24034 .5 509 868
.8 991 329 .8 653 998 .6 739 089 .6 566 925
.9 1.19044 381 .9 707 1.22052 .7 794 145 .7 624 983
.8 850 201 .8 682 1.27041
43.0 1.19096 1.19434 48.0 1.21761 1.22106 .9 906 257 .9 739 098
.1 148 486 .1 816 161
.2 201 539 .2 870 215 52.0 1.23962 1.24313 57.0 1.26797 1.27156
.3 253 591 .3 924 270 .1 1.24017 369 .1 854 214
.4 306 644 .4 979 324 .2 073 425 .2 912 272
.5 358 697 .5 1.22033 379 .3 1.24129 1.24481 .3 1.26970 1.27330
.6 411 749 .6 088 434 .4 185 537 .4 1.27028 388
.7 483 802 .7 142 488 .5 241 593 .5 086 446
.8 516 855 .8 197 543 .6 297 649 .6 143 504
.9 569 908 .9 251 598 .7 353 705 .7 201 562
.8 409 761 .8 259 620
44.0 1.19622 1.19961 49.0 1.22306 1.22652 .9 465 818 .9 317 678
.1 674 .20013 .1 360 707
.2 727 066 .2 415 762 53.0 1.24521 1.24874 58.0 1.27375 1.27736
.3 780 119 .3 470 817 .1 577 930 .1 433 794
.4 833 172 .4 525 872 .2 633 987 .2 492 853
.5 886 226 .5 580 927 .3 690 1.25043 .3 550 911
.6 939 279 .6 634 982 .4 746 099 .4 608 969
.7 992 332 .7 689 1.23037 .5 802 156 .5 664 1.28028
.8 1.20045 385 .8 744 092 .6 858 212 .6 724 086
.9 098 438 .9 799 147 .7 915 269 .7 782 145
.8 971 325 .8 841 203
50.0 1.22854 1.23202 55.0 1.25651 1.26007 .9 1.25028 382 .9 899 262
.1 909 257 .1 708 064
.2 964 313 .2 765 122 54.0 1.25084 1.25439 59.0 1.27958 1.28320
.3 1.23019 368 .3 822 179 .1 141 495 .1 1.28017 379
.4 074 423 .4 879 236 .2 197 552 .2 075 437
.5 130 478 .5 936 293 .3 254 609 .3 134 497
.6 185 534 .6 993 350 .4 311 666 .4 193 556
.7 240 589 .7 1.26050 408 .5 367 723 .5 251 614
.8 295 645 .8 108 465 .6 424 780 .6 309 672
.9 351 700 .9 165 522 .7 481 836 .7 367 731
.8 538 893 .8 426 893
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.1 968 388 .1 088 513 TABELA 5 - Fatores de correção da leitura de condutividade para a temperatura de 20º C
.2 1.48039 458 .2 159 585
.3 109 529 .3 230 656 T (°C) Fator T (°C) Fator T (°C) Fator T (°C) Fator
.4 179 599 .4 302 728 15,0 1,1150 17,6 1,0552 20,2 0,9954 22,8 0,9356
.5 249 669 .5 373 799 15,1 1,1127 17,7 1,0529 20,3 0,9931 22,9 0,9333
.6 320 740 .6 444 871 15,2 1,1104 17,8 1,0506 20,4 0,9908 23,0 0,9310
.7 390 810 .7 516 942 15,3 1,1081 17,9 1,0483 20,5 09885 23,1 0,9287
.8 460 881 .8 1.50587 1.51014 15,4 1,1058 18,0 1,0460 20,6 0,9862 23,2 0,9264
.9 531 951 .9 659 086 15,5 1,1035 18,1 1,0437 20,7 0,9839 23,3 0,9241
15,6 1,1012 18,2 1,0414 20,8 0,9816 23,4 0,9218
91.0 1.48601 1.49022 94.0 1.50730 1.51157 15,7 1,0989 18,3 1,0391 20,9 0,9793 23,5 0,9195
.1 672 093 .1 802 229 15,8 1,0966 18,4 1,0368 21,0 0,9770 23,6 0,9172
.2 742 164 .2 873 301 15,9 1,0943 18,5 1,0345 21,1 0,9747 23,7 0,9149
.3 813 234 .3 945 372 16,0 1,0920 18,6 1,0322 21,2 0,9724 23,8 0,9126
.4 883 305 .4 1.51016 444 16,1 1,0897 18,7 1,0299 21,3 0,9701 23,9 0,9103
.5 954 376 .5 088 516 16,2 1,0874 18,8 1,0276 21,4 0,9678 24,0 0,9080
.6 1.49024 447 .6 160 588 16,3 1,0851 18,9 1,0253 21,5 0,9655 24,1 0,9057
.7 095 518 .7 231 660 16,4 1,0828 19,0 1,0230 21,6 0,9632 24,2 0,9034
.8 166 588 .8 303 732 16,5 1,0805 19,1 1,0207 21,7 0,9609 24,3 0,9011
.9 236 659 .9 375 804 16,6 1,0782 19,2 1,0184 21,8 0,9586 24,4 0,8988
16,7 1,0759 19,3 1,0161 21,9 0,9563 24,5 0,8965
92.0 1.49307 1.49730 95.0 1.51447 1.51876 16,8 1,0736 19,4 1,0138 22,0 0,9540 24,6 0,8942
.1 378 801 16,9 1,0713 19,5 1,0115 22,1 0,9517 24,7 0,8919
.2 449 872 17,0 1,0690 19,6 1,0092 22,2 0,9494 24,8 0,8896
.3 1.49520 1.49944 17,1 1,0667 19,7 1,0069 22,3 0,9471 24,9 0,8873
.4 591 1.50015 17,2 1,0644 19,8 1,0046 22,4 0,9448 25,0 0,8850
.5 662 086 17,3 1,0621 19,9 1,0023 22,5 0,9425
.6 733 157 17,4 1,0598 20,0 1,0000 22,6 0,9402
.7 804 228 17,5 1,0575 20,1 0,9977 22,7 0,9379
.8 875 299
.9 946 371
(1)
Brix ou porcentagem de sacarose na solução.
(2)
Massa específica aparente.
(3)
Densidade relativa a 20°C (obtida dividindo-se a coluna 2 pela massa específica da água a 20°C) igual a 0,99717.
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TABELA 8 - Teor alcóolico em ºINPM (%m/m) e GL (%v/v a 15ºC) em função das massas
específicas e densidades
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