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Manual Técnico

MANUAL DA NOVA NORMA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE FACHADAS

A NOVA NORMA DE REVESTIMENTOS


CERÂMICOS DE FACHADAS

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MANUAL DA NOVA NORMA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE FACHADAS
Confiar n as s oluções que você u tiliza é Aproveite para conhecer a nova
muito importante em um novo projeto. norma e as mudanças ocorridas nas
A qualidade é o que fará com que especificações dos projetos. Assim, será
segurança, bem-estar e possível garantir excelentes níveis de
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confiança com profissionais, entre construção e revestimentos de fachadas,
pedreiros, aplicadores e arquitetos, em considerando as regras atuais.
mais de 80 anos de Brasil, e ao longo do
tempo, tem cuidado da manutenção A empresa investe para sempre
desse relacionamento. oferecer excelentes soluções, além de
apresentar os melhores conteúdos. Mais
É com isso em mente que do que nunca, nos inspiramos em nosso
acabamos de lançar o Manual da posicionamento de marca: we care. Po r
Nova Norma de Revestimentos i s s o , n o s i m p o r ta m o s c o m o s e u
Cerâmicos de Fachadas da p ro je to, co m a su a sa tisfa ção, e
quartzolit. C o m e s s e g u i a , s e r á trabalhamos muito para que, ao pensar
possível disponibilizar as em produtos para fachadas, você se
informações sobre os sistemas de lembre de nós, que buscamos sempre
fachadas, a fim de que você possa se oferecer o que há de melhor e mais
inteirar de tudo o que a empresa pode inovador no mercado da construção civil.
oferecer.

Renato Holzheim
Diretor-Geral

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quartzolit

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MANUAL DA NOVA NORMA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE FACHADAS

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................................7
1.1 Contextualização da nova NBR 13755..................................................................................................................7
1.2 Escopo e aplicação da norma....................................................................................................................................8
2. MATERIAIS PARA REVESTIMENTOS CERÂMICOS ADERIDOS DE FACHADA (RCAF)..............9
2.1 Chapisco e argamassa para emboço.................................................................................................................9
2.2 Argamassa colante............................................................................................................................................................11
2.3 Argamassa para rejuntamento..............................................................................................................................13
2.4 Placas cerâmicas................................................................................................................................................................14
2.5 Materiais para tratamento de juntas de movimentação...................................................................16
3. O PROJETO DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS ADERIDOS DE FACHADA................................18
3.1 Escopo do projeto e responsabilidades envolvidas...............................................................................18
3.2 Variáveis, premissas e parâmetros de projeto...........................................................................................18
3.3 Especificações de materiais.......................................................................................................................................19
3.3.1 Chapisco e emboço...........................................................................................................................................................19
3.3.2 Argamassa colante...........................................................................................................................................................20
3.3.3 Argamassa de rejunte....................................................................................................................................................20
3.3.4 Placa cerâmica.....................................................................................................................................................................21
3.3.5 Limitador de profundidade, selante e impermeabilização da junta ..................................22
3.4 Ensaios na obra e painéis teste..............................................................................................................................23
3.5 Apresentação gráfica......................................................................................................................................................25
3.6 Juntas de movimentação.............................................................................................................................................27
3.7 Reforços do emboço........................................................................................................................................................28
3.8 Detalhamento construtivo.........................................................................................................................................30
4. EXECUÇÃO DOS REVESTIMENTOS CERÂMICOS ADERIDOS DE FACHADA.........................31
4.1 Planejamento da execução do RCAF................................................................................................................3 1
4.2 Condições mínimas para início dos serviços..........................................................................................32
4.3 Preparação da base de alvenaria e concreto..........................................................................................32
4.4 Execução do conjunto chapisco-emboço....................................................................................................33
4.5 Aplicação das placas cerâmicas........................................................................................................................34
4.6 Rejuntamento.........................................................................................................................................................................36
4.7 Tratamento das juntas de movimentação...................................................................................................36
4.8 Controle de aceitação do revestimento concluído..................................................................................37
5. BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................................................................................38

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1. INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização da nova NBR 13755
A nova edição da norma ABNT NBR 13755, publicada em novembro de 2017, reformula
completamente a edição de 1996. Ela também cancela e substitui a norma ABNT NBR
8214:1983 que tratava do procedimento de assentamento de azulejos. Este Manual
Técnico tem como objetivo apresentar explicações práticas, exemplos, tabelas e ilustrações
que possam facilitar a consulta às recomendações mais importantes.

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Este novo texto tem como principal característica ser menos prescritivo, como costumam
ser as normas mais empíricas. É mais conceitual e explicativo.

A nova norma ainda é mais abrangente com relação ao uso de placas cerâmicas e
atribui mais responsabilidade ao projetista do revestimento do empreendimento,
ampliando o espectro de aplicação dos antigos critérios da norma NBR 8214:1983.

A NBR 13755:2017 não faz restrição, por exemplo, quanto ao tamanho das placas
cerâmicas e sua aplicação em fachadas, podendo ser utilizados desde pastilhas de
porcelana até porcelanatos de grandes formatos, contanto que o projetista defina (e
se responsabilize) por esta utilização.

Foram introduzidos alguns aspectos práticos para relacionar o comportamento


dos materiais nas condições de obra, como é o caso da recomendação da utilização
dos painéis testes utilizados na seleção do emboço e argamassa colante.

Introduz-se de maneira inédita (não há outra norma internacional que mencione)


o conceito de resistência superficial do substrato de argamassa (emboço), tendo-se
dedicado, inclusive, um anexo próprio (ANEXO B) para apresentar o procedimento de
execução do ensaio que mede esta característica.

O novo texto dedica-se de modo especial ao projeto do Revestimento Cerâmico


Aderido de Fachada (RCAF) e apresenta o conteúdo de modo detalhado, além de recomendar
uma série de cuidados e detalhes a serem considerados pelo projetista.

Além dos ANEXOS A e B, que tratam dos ensaios normativos de resistência de


aderência e resistência superficial, respectivamente, a nova norma traz o ANEXO C
(informativo), que explica através de texto detalhado e ilustrações, vários aspectos
relevantes relativos às juntas de movimentação. No ANEXO D, faz-se uma breve menção
aos cuidados especiais que podem demandar algumas bases de concreto, como o
tratamento com disco de desbaste e a utilização de chapisco duplo, técnicas em uso no
Brasil há um bom tempo, mas sem referências explícitas em normas ou textos técnicos
internacionais.

A INOVATEC e a quartzolit esperam que este Manual se torne uma referência


importante para que a nova NBR 13755 seja um texto normativo difundido,
compreendido e praticado intensamente no Brasil, permitindo que os
empreendimentos apresentem bons resultados em longo prazo.

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1.2 Escopo e aplicação da norma
A ABNT NBR 13755:2017 estabelece condições exigíveis para projeto, execução, inspeção e
aceitação de revestimentos de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas ou
pastilhas assentadas com argamassa colante.

Aplicam-se à nova norma NBR 13755:2017 basicamente os mesmos materiais de


base para revestimentos previstos na antiga norma NBR 13755:1996. A única
distinção se dá por conta da nomenclatura que muda de “alvenaria de blocos
vazados de concreto” para, simplesmente, “alvenaria de blocos de concreto”.
Como no texto de 1996, toda a base de revestimento cerâmico de fachada, necessariamente,
precisa ser preparada com chapisco.

A Figura 1 apresenta os esquemas de revestimento cerâmico de fachada da norma


original de 1996 (esquerda) e da nova versão de 2017 (direita). A nomenclatura de
“emboço” é adotada pela nova norma, e fica claro que “base” é a camada de suporte
sobre a qual serão aplicadas as camadas de revestimento.

PAREDE BASE

CHAPISCO PREPARO DA BASE


(CHAPISCO)

ARGAMASSA DE EMBOÇO
REGULARIZAÇÃO

EMBOÇO ARGAMASSA COLANTE

PLACA CERÂMICA

REJUNTE

(mm)

Figura 1: Esquemas de camadas e partes constituintes do RCAF, de acordo com a antiga e a nova NBR 13755
(Fonte: Adaptado de ABNT NBR 13755).

O emboço representa todo o substrato de aplicação em que as placas cerâmicas são


aplicadas, não havendo uma “camada de regularização” e outra de “emboço”. A figura da
nova norma traz ainda as tolerâncias para a espessura do emboço que, para ficar dentro
do escopo de aplicação da nova norma, deve ficar entre 20 e 80 mm.

A nova NBR 13755 estabelece que suas recomendações não devem ser aplicadas às
intervenções em RCAF preexistentes, pois estas necessitam de detalhamento de acordo
com a sua idade e condições específicas de desempenho.

É importante verificar que, referente aos termos e definições, ocorre um avanço


significativo com relação à versão de 2017, conforme mostra tabela a seguir.

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NBR 13755:1996 NBR 13755:2017

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Tabela 1: Terminologia entre as versões de 1996 e 2017 da NBR 13755.

2. MATERIAIS PARA REVESTIMENTOS CERÂMICOS ADERIDOS DE FACHADA (RCAF)


Nos itens a seguir, discute-se resumidamente sobre os materiais envolvidos na aplicação dos
RCAF, de acordo com a nova norma NBR 13755. Embora deva-se atentar e respeitar
as instruções dos fabricantes dos materiais, há uma série de observações conceituais e
de caráter geral baseadas na nova norma que devem ser consideradas.

2.1 Chapisco e argamassa para emboço


A seleção do tipo de chapisco normalmente é determinada com base no local onde será
aplicado. Desta forma, é de se esperar que o chapisco a ser aplicado sobre a estrutura de
concreto seja diferente da alvenaria, pois estas bases têm propriedades superficiais muito
diferentes.

Em sua versão anterior, a norma NBR 13755 indicava apenas o uso de chapisco
dosado em obra na proporção de uma parte em volume de cimento para três partes
de volume de areia, o conhecido traço 1:3. Sabe-se, no entanto, a partir da experiência
de centenas de obras e milhares de ensaios conduzidos nos últimos 20 anos, que
embora este chapisco convencional (1:3) continue atendendo a aderência entre emboço
e alvenaria em boa parte dos casos, ele pode deixar facilmente a desejar com relação
à aderência mínima requerida sobre alguns concretos estruturais, notadamente
aqueles com resistências elevadas (superior a 35 MPa), moldados em formas de
compensado plastificado, preparadas ou não com desmoldantes. Nestas condições,
sejam elas combinadas ou não, é comum obter-se uma superfície pouco receptiva a
um chapisco convencional, como o que a antiga norma descrevia como regra.

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Esta “receptividade” está relacionada às características dos poros (morfologia,
distribuição, quantidade, tamanho etc.) e textura da camada mais externa do concreto,
conforme demonstrado em estudos teóricos.

Em função disso, e também devido à facilidade de preparação do material em obra,


proliferou-se no Brasil o uso de chapisco adesivo industrializado, principalmente para
preparação do concreto. Ocorre que a antiga norma NBR 13755 exigia apenas o valor de
0,3 MPa para a aderência entre as camadas e entre o emboço a base do RCAF, e agora, o novo
texto define como sendo mínimo o valor de 0,5 MPa e ainda sujeito à aprovação específica
do projetista do revestimento. Quando este valor não é obtido (caso cada vez mais
comum tanto para o chapisco convencional como para o chapisco adesivo) pode-se
fazer uso das técnicas descritas no ANEXO D da atual norma NBR 13755, como o desbaste
com disco rígido diamantado, combinadas ou não com a aplicação de chapisco
duplo. Para esta finalidade, pode-se fazer uso de produtos específicos como o
CHAPISCO DUPLO quartzolit, que combina os efeitos da aderência de um
chapisco adesivo de alto desempenho e o chapisco convencional industrializado
utilizado para paredes de alvenaria. Neste caso, o chapisco convencional deve ser
sempre aplicado sobre o chapisco adesivo (ou argamassa colante) ainda fresco, desde
que os ensaios do “painel teste” sejam aprovados como exige a nova norma.

A Figura 2 apresenta um fluxograma com os tipos de chapisco que podem ser


considerados em processo de seleção em obra.

CHAPISCO

SOBRE CONCRETO SOBRE ALVENARIA

ADESIVO
DUPLO INDUSTRIALIZADO DOSADO EM OBRA
CONVENCIONAL

Figura 2: Opções para uso de chapisco sobre alvenaria e sobre estrutura de concreto de acordo com a nova
NBR 13755:2017.

Nesta nova versão de 2017, a norma NBR 13755 não especifica e nem sugere um traço
para a argamassa do emboço como ocorria na antiga norma. Agora, a especificação
desta argamassa deve constar obrigatoriamente do projeto de RCAF, seja qual for sua
forma de preparação.

EMBOÇO

DOSADO EM OBRA INDUSTRIALIZADO

Figura 3: Tipos de argamassa de emboço a serem utilizados no revestimento de fachada.

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Em relação ao uso do cimento, embora não existam requisitos específicos sobre o tipo
para utilização em argamassas dosadas em obra na norma, pode-se considerar, de modo
geral, que seja utilizado o Cimento Portland composto CP II 32 F, Z ou E, devido à sua composição
(quantidade de clínquer e adições) e suas características físicas e mecânicas.

2.2 Argamassa colante


A definição quanto ao uso das argamassas colantes nesta nova norma de RCAF é mais

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clara com relação às tipologias permitidas. A prescrição geral é pela argamassa colante
AC III, permitindo-se o uso de argamassa colante AC II apenas em casos específicos.
A Tabela 2 apresenta estas diferenças de recomendação entre o texto de 1996 e novo
texto de 2017.

NBR 13755:1996 NBR 13755:2017

Tabela 2: Diferenças quanto ao uso de argamassa colante nas versões de 1996 e 2017 da NBR 13755.

As argamassas colantes são classificadas de acordo com a norma ABNT NBR 14081-1:2012
e designadas pela sigla AC, seguida dos algarismos romanos I, II ou III, indicativos de seu
tipo, seguidos das letras D e/ou E, quando aplicável. Um resumo das argamassas
colantes aplicáveis aos RCAF é apresentado na Figura 4. As tipologias de placas cerâmicas e
suas respectivas características são descritas no item 2.4 deste manual.

TIPOS DE ARGAMASSA COLANTE

AC II -
ESPECIFICAÇÃO ACIII ADESIVOS NÃO CIMENTÍCIOS -
EM PROJETO ESPECIFICAÇÃO EM PROJETO
E DESEMPENHO NÃO INFERIOR
A ACIII
AC II D/E -
ACIII
ESPECIFICAÇÃO ACIII D/E
BICOMPONENTE
EM PROJETO

PLACAS CERÂMICA DO TIPO GRÊS OU SEMIGRÊS COM ABSORÇÃO DE ATÉ 6%


EDIFÍCIOS ATÉ
PASTILHAS DE VIDRO OU DE PORCELANA
15m DE ALTURA
PORCELANATO

Figura 4: Possibilidades de uso de argamassas para assentamento de revestimento cerâmico com base na
nova NBR 13755:2017.

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Além da classificação quanto à sua aderência, as argamassas colantes industrializadas
podem ser agrupadas como sendo mono ou bicomponentes. A diferença é que a
argamassa colante bicomponente exige a mistura de uma parte em pó e outra líquida,
e para atingir o desempenho esperado, exige-se que a mistura das partes seja
realizada na quantidade correta para não comprometer o desempenho do produto. Já
para a argamassa monocomponente, é necessária apenas a mistura com água na
proporção indicada pelo fabricante.

A característica mais importante e que serve para classificar as argamassas colantes é


a resistência de aderência. O projeto de RCAF deve não apenas indicar o tipo de argamassa
colante a ser utilizada, mas também o valor a ser obtido em obra. Embora a referência
para a seleção da argamassa colante seja sua norma de classificação, deve-se validar
seu desempenho nas condições reais de uso em cada projeto. Uma prática recomendada e
que não foi incluída no novo texto da norma, é a realização de ensaio de aderência em
obra diretamente sobre uma superfície de concreto (face de um pilar, por exemplo) para
verificar o potencial da aderência nas condições da obra, além do painel teste em que
a argamassa colante é avaliada sobre o emboço de substrato do RCAF em questão.

Há ainda uma propriedade muito importante para uma argamassa colante que não
consta nem na norma NBR 14081-1:2012, nem na nova norma NBR 13755:2017, que é
sua capacidade de deformação. Popularmente chamada de “flexibilidade”, a capacidade
de deformação é determinada pela norma europeia EN 12.002 e classificada pela EN
12.004, ambas em vigor desde 2012. De acordo com esta norma, existem dois níveis de
argamassa colantes: S1 e S2. S1 é a denominação da argamassa que atende ao ensaio
de deformação transversal de 2,5 a 5 mm e a S2 com deslocamento transversal superior
5 mm sem apresentar fissuras. A quartzolit desenvolveu, no Brasil, uma linha
completa de argamassas colantes que atendem a todos estes requisitos
para utilização em RCAF nas mais diversas situações, bem como para a
especificação da aplicação de porcelanatos de grandes formatos. Trata-se da linha
PROFLEX que foi classificada, inclusive, pela norma europeia citada anteriormente.

NÚMERO DE TIPO E TAMANHO ARGAMASSA


PAVIMENTOS DE PLACA COLANTE

Pastilhas de porcelana ACIII ARGAMASSA


até 5 x10 cm ASSENTA E REJUNTA

ATÉ 36 PAVIMENTOS

Placas cerâmicas ACIII PROFLEX


até 10 x 10 cm CINZA S1

Pastilhas de porcelana até


ACIII PROFLEX
ATÉ 46 PAVIMENTOS 5 x 10 cm e placas
CINZA S1
cerâmicas até 10 x 10 cm

Porcelanato ACIII PROFLEX


até 60 x 60 cm CINZA S1

ATÉ 24 PAVIMENTOS Figura 5: Especificação da linha


Porcelanato e placas de ACIII PROFLEX de argamassa colante PROFLEX
rocha até 60 x 60 cm BRANCA S1 de acordo com altura do edifício,
tipo e dimensões das placas
Porcelanato até ACIII PROFLEX cerâmicas / rocha. Além da clas-
60 x 120 cm na horizontal CINZA S2
sificação, de acordo com a NBR
ATÉ 36 PAVIMENTOS
14081-1:2012, foi incluída a clas-
Porcelanato ou placas de ACIII PROFLEX sificação pela norma europeia EN
rocha até 60 x 60cm BRANCA S2
12004:2012.

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Recomenda-se, ainda, que o produto esteja em conformidade com o SiMaC - Sistema
de Qualificação de Empresas de Materiais, Componentes e Sistemas Construtivos do
PBQP-H - Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat.

2.3 Argamassa para rejuntamento


A argamassa para rejuntamento deve ser definida de acordo com as dimensões das
juntas de assentamento e das placas, assim como o tipo de ambiente em que se encontra. A

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norma ABNT NBR 14992:2003 classifica as argamassas à base de cimento Portland para
rejuntamento de placas cerâmicas em Tipo I e Tipo II.

A restrição de área para uso em ambiente externo define as argamassas de rejunte


industrializadas do Tipo II e a nova NBR 13755 segue este critério. Esta norma abre a
possibilidade de utilização de argamassas dosadas em obra, bicomponentes e,
eventualmente, não cimentícias, somente se explicitamente definidas em projeto específico.

Outros critérios, entretranto, deveriam ser considerados na especificação destas


argamassas e que não aparecem nesta norma, como dimensão da placa, absorção da
placa e localização do empreendimento a ser projetado. Em locais com maior exposição
à umidade, ambientes urbanos próximos a áreas industriais com maior agressividade, que
podem contribuir para a formação de musgos e fungos, devem ser especificadas
argamassas com formulação especial, controlando-se aspectos como permeabilidade
e resistência ao crescimento de fungos e algas. Na Figura 6 são apresentadas as
diferenças entre as versões da NBR 13755 quanto ao tipo de rejunte.

ARGAMASSA DE REJUNTE

NBR 13755:1996 NBR 13755:2017

DOSADA EM OBRA,
INDUSTRIALIZADA
BICOMPONENTES OU NÃO
DOSADA EM OBRA CONFORME
CIMENTÍCIAS, SOMENTE SE
NBR 14992, TIPO II
ESPECIFICADA EM PROJETO

Figura 6: Diferenças quanto ao uso de argamassa de rejunte nas versões de 1996 e 2017 da NBR 13755.

Também para as argamassas de rejunte, recomenda-se a opção por produto


de fabricantes em conformidade com o projeto SiMaC (Sistema de Qualificação de Empresas
de Materiais, Componentes e Sistemas Construtivos) do PBQP-H (Programa Brasileiro de
Qualidade e Produtividade do Habitat).

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2.4 Placas cerâmicas
Diferente de sua versão anterior, uma das novidades da nova norma NBR 13755
refere-se aos tipos de placas cerâmicas que fazem parte do escopo de aplicação em
fachadas, que agora inclui explicitamente as pastilhas (placas com até 50 cm² e um dos
lados com até 10 cm, segundo a NBR 15463:2015) e os porcelanatos.

As pastilhas são os materiais mais utilizados para revestimento de fachada no Brasil.


Isso, entre outros fatores, deve-se à maior facilidade de ajuste aos vãos entre juntas de
movimentação sem a necessidade de corte, como ilustram as Figuras 7 e 8.

Figuras 7 e 8: Fachadas com revestimento em pastilha de porcelana. (Fonte: Inovatec Consultores)

Os porcelanatos, por sua vez, implicam em maior perda e recortes na fachada devido
aos seus grandes formatos, como mostram as Figuras 9 e 10. Por outro lado, estas placas
permitem uma maior produtividade na execução do revestimento e reduzem
significativamente o consumo de rejunte.

Figuras 9 e 10: Fachadas com porcelanato. (Fonte: Inovatec Consultores)

14
A norma NBR 13755:2017 prescreve ainda algumas características para as placas
cerâmicas a serem utilizadas nos RCAF e que são resumidas na Figura 11, a seguir.

APLICÁVEL A PLACAS CERÂMICAS DE QUALQUER DIMENSÃO,


PORÉM ACIMA DE 900 cm² A S TÉCNICAS ESPECIAIS DE
EXECUÇÃO DEVERÃO SER ESPECIFICADAS EM PROJETO

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ABSORÇÃO MÁXIMA DE 6% E 3% PARA REGIÕES
PLACA CERÂMICA
ONDE A TEMPERATURA ATINJA 0°C
PASTILHAS DE VIDRO
OU DE PORCELANA
EPU DEVE SER ESPECIFICADA EM PROJETO, SENDO
PORCELANATO LIMITADA AO VALOR MÁXIMO DE 0,6 mm/m QUANDO
MEDIDA PELO MÉTODO DE FERVURA (NBR 13818:1997)

ENGOBE DE MURATURA PULVERULENTO INFERIOR A


30% DA ÁREA DO TARDOZ DA PLACA

Figura 11: Características exigíveis para as placas cerâmicas serem utilizadas em fachadas de edifícios de
acordo com a nova NBR 13755:2017.

A nova norma destaca em nota, entretanto, que, em casos específicos, a EPU de 0,6
mm/m pode ser excessiva, recomendando a adoção de placas de valores inferiores. Não
há definição, por outro lado, que casos específicos seriam estes. Cabe, portanto, ao
projetista, ponderar sobre este aspecto e especificar a placa correta para cada projeto.
De modo geral, pode-se considerar que quanto menor a EPU, mais recomendável é a
placa para uso em fachada, principalmente no sentido de evitar os efeitos negativos de
pequenas movimentações higroscópicas ao longo do tempo.
Para efeito de entendimento do conteúdo apresentado na Figura 11, recorda-se aqui
que as placas cerâmicas para revestimentos são classificadas de acordo com o seu
grupo de absorção e com o método de fabricação pela ABNT NBR 13817:1997 da forma
apresentada a seguir, na Tabela 3.

GRUPO ABSORÇÃO DE ÁGUA (%)

Ia

Ib

IIa

IIb

III

Tabela 3: Grupos de Absorção de Água (Fonte: ABNT NBR 13817, Tabela 1)

15
A codificação completa do grupo de placas cerâmicas é realizada através do código
A, B ou C, de acordo com o método de fabricação utilizado, acrescido do grupo e subgrupo
de absorção, descritos abaixo.

MÉTODOS DE FABRICAÇÃO
ABSORÇÃO DE ÁGUA (%)
Prensado (B) Outros (C)

BIa RECOMENDADO
AI CI PARA USO
BIb EM FACHADAS
AIIa BIIa CIIa

AIIb BIIb CIb

AIII BIII CIII

Tabela 4: Recomendação para uso de placas cerâmicas em Revestimento Cerâmico Aderido de Fachada, de
acordo com a classificação da ABNT NBR 13817. (Fonte: NBR 13817, Tabela 2)

Para a utilização de pastilhas de porcelana, que podem ser montadas em fábrica com
o auxílio de telas ou pontos de cola, deve-se analisar se o método adotado influencia no
sistema de revestimento. Alguns tipos de malhas fechadas e adesivos podem
prejudicar a aderência da argamassa colante no tardoz das placas. Também pode
ocorrer que os pontos de cola sejam aplicados em excesso, prejudicando o preenchimento
das juntas entre placas e causando, inicialmente, o manchamento do rejuntamento
e eventual posterior descolamento deste. As Figuras 12 e 13 ilustram estes problemas.

Figuras 12 e 13: Placas montadas com ponto de cola alto podem provocar manchamento no rejuntamento.
(Fonte: Inovatec Consultores)

2.5 Materiais para tratamento de juntas de movimentação


Embora em sua versão anterior já existisse a prescrição de uso de juntas de
movimentação, a nova norma NBR 13755:2017 prescreve como necessária a utilização
de selantes elastoméricos na vedação destas juntas. Esta norma estabelece os
requisitos a serem atendidos por estes selantes estipulando, a saber:
• impermeabilidade à passagem de fluidos;
• resistência a agentes químicos e intempéries;
• devem se manter íntegros, elásticos e coesos sem perder capacidade de absorção
de deformações;

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• não podem causar manchas no emboço ou nas placas por exsudação de produtos químicos;
• não podem formar gases e ondulações na superfície provenientes de materiais
voláteis em sua composição;
• devem absorver as deformações cíclicas de contração e expansão previstas no
projeto da junta, sem se romper, fissurar ou perder aderência;
• não podem induzir esforços deletérios nas bordas da junta.

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Embora a nova norma coloque como necessária a avaliação da qualidade do selante
em laboratório apenas no caso de dúvida sobre sua qualidade, a recomendação mais
aceita é que se exija a apresentação de ensaios recentes que demonstrem a adequação
do produto para utilização em fachadas. Além da norma ASTM C 920:2018 que cobre
praticamente todas as propriedades a serem avaliadas para esta finalidade, há também
a norma ISO 11600:1993. Não há norma ABNT para selantes de revestimento de fachada.

Quanto ao limitador de profundidade, recomenda-se que seja de seção circular e


fabricado em espuma de polietileno expandido de célula fechada, que impede a aderência
do selante ao fundo da junta. O limitador de profundidade serve ainda para definir
a espessura do selante e sua seção transversal, de modo que ele possa se
deformar adequadamente sem concentrar esforços nas bordas onde está aderido. A
Figura 14 mostra a configuração do conjunto selante e limitador em funcionamento.

EMBOÇO EMBOÇO EMBOÇO

Figura 14: Seção transversal


de uma junta com limitador
de profundidade (azul)
e tratada com selante
(vermelho) em funciona-
mento da contração e
expansão. (Fonte: Adaptado
A) JUNTA EM CONTRAÇÃO B) COMO INSTALADO C) JUNTA EM EXPANSÃO de ABNT NBR 13755 - Anexo C)

Os selantes podem ser utilizados para tratamento de juntas estruturais, mas eles
geralmente não suportam a intensa movimentação que às vezes ocorrem neste tipo
de junta. Por isso é recomendável utilizar perfis elastoméricos que atendam a estas
solicitações. A Figura 15 mostra a especificação mais comum para o material de
tratamento em relação do tipo de junta.

JUNTAS

JUNTAS
JUNTAS DE MOVIMENTAÇÃO
ESTRUTURAIS

SELANTES ELASTOMÉRICOS + LIMITADOR DE PERFIS


PROFUNDIDADE PRÉ-FORMADOS
Figura 15: Tipos de juntas e mate-
riais usados como tratamento.

17
3. O PROJETO DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS ADERIDOS DE FACHADA
Residem no âmbito do projeto as maiores contribuições do novo texto na norma NBR
13755:2017. Nesta nova versão, o projeto do RCAF passa a ter caráter obrigatório, e
a figura do projetista de revestimento tem papel central para o sucesso da fachada
revestida. A nova norma, além de exigir o projeto, explicita aspectos a serem
abordados e o conteúdo do projeto de revestimento.

3.1 Escopo do projeto e responsabilidades envolvidas


A principal função de um projeto de RCAF é prover detalhes e especificações técnicas
dos materiais a serem usados em cada empreendimento, além de indicar os métodos
construtivos a serem usados em cada obra de modo específico.

Como as camadas que compõem o RCAF têm sua movimentação restringida pela
base representada pela estrutura de concreto e paredes de alvenaria, elas são
influenciadas diretamente pelo comportamento desta base. Tanto a estrutura como as
paredes de alvenaria transmitem tensões às camadas que compõem o revestimento, e
este precisa ser preparado para se comportar mesmo nestas situações, evitando que
fissuras se propaguem ou que ocorram descolamentos.

3.2 Variáveis, premissas e parâmetros de projeto


A fim de se definir premissas adequadas a cada projeto, faz-se necessária a análise
específica dos subsistemas do edifício que antecedem o revestimento. Na Figura 16,
mostra-se de modo esquemático como os esforços atuantes na estrutura de concreto
do edifício podem provocar deslocamentos que precisam ser acomodados pelo RCAF.

ESFORÇOS ATUANTES SOBRE A ESTRUTURA


DESLOCAMENTOS
FLUÊNCIA + RETRAÇÃO
TRANSVERSAIS

Figura 16: Esquema de atuação dos esforços atuantes sobre o edifício.

18
A análise das variáveis, organizadas na Figura 17, fornecem parâmetros para o
desenvolvimento do projeto de revestimento de fachada dentro do escopo de aplicação
da norma NBR 13755, que trata dos RCAF sobre estruturas reticulares de concreto armado
e vedações verticais em paredes de alvenaria. A correta parametrização destas variáveis
deve determinar os locais onde serão posicionados os reforços e as juntas de
movimentação, além de servirem de base para a especificação de materiais e
elaboração dos detalhes construtivos.

MANUAL DA NOVA NORMA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE FACHADAS


VARIÁVEIS A SEREM ANALISADAS

TIPO DE ESTRUTURA LOCALIZAÇÃO DA OBRA

Fck DO CONCRETO RELAÇÃO ALTURA/MENOR LADO DO EDIFÍCIO

ARQUITETURA
ESTRUTURA

MÓDULO DE DEFORMAÇÃO (Ec) DIMENSÕES DA PLACA CERÂMICA

NIVELAMENTO DAS VIGAS PINGADEIRA E RUFOS

BALANÇOS EXISTENTES TIPOS DE PLACAS CERÂMICAS

ALINHAMENTO DOS CAIXILHOS

TIPO DE ALVENARIA TIPO DE ENCUNHAMENTO


VEDAÇÕES
TIPO DE FIXAÇÃO LATERAL DA ALVENARIA JUNTAS NA ALVENARIA

Figura 17: Esquema sugerido para análise de variáveis em um edifício com estrutura e vedação convencionais
na fase inicial de elaboração de um projeto de revestimento aderido de fachada.

3.3 Especificações de materiais


3.3.1 Chapisco e emboço
A nova norma NBR 13755:2017 traz como principal novidade a exigência da
resistência superficial da camada de emboço prescrita como sendo de 0,50 MPa. Deve-se
observar, porém, que este requisito é aplicável a situações convencionais previstas pela
norma para placas de até 900 cm². Para situações com placas cerâmicas maiores,
como os porcelanatos ou outras situações específicas de projeto, caberá ao projetista
especificar eventual desempenho superior.
Na Tabela 5, apresenta-se uma sugestão de requisitos de aderência para o
chapisco e emboço, para facilitar a seleção destes materiais de modo separado. O
ensaio do conjunto chapisco-emboço, normalmente, apresenta uma predominância de
ruptura que dificulta a avaliação do desempenho de cada uma das camadas. Também
são sugeridos valores médios e mínimos como referência para avaliação dos resultados
de ensaios.

19
DESCRIÇÃO ENSAIO REQUISITO NORMA

CHAPISCO DUPLO mínimo - 0,70 MPa NBR 7200:1998


SOBRE CONCRETO média - 1,00 MPa NBR 13755:2017

CHAPISCO CONVENCIONAL mínimo - 0,50 MPa NBR 7200:1998


PARA ALVENARIA média - 0,70 MPa NBR 13528:2010

mínimo - 0,40 MPa NBR 7200:1998


média - 0,50 MPa NBR 13528:2010
ARGAMASSA DE EMBOÇO
mínimo - 0,50 MPa
NBR 13755:2017
média - 0,70 MPa

Tabela 5: Sugestão de especificação e características mínimas para desempenho de chapisco e de emboço.

3.3.2 Argamassa colante


A nova norma NBR 13755 prescreve a argamassa colante ACIII para os RCAF e a
argamassa colante AC II para situações específicas, mas não estabelece prescrição para
os ensaios realizados em obra no painel teste. Esse valor pode ser definido em projeto e
variar em função dos vários fatores discutidos anteriormente, no item 3.2.

O projeto deve apresentar um quadro de resistência de aderência e incluir este valor


como no exemplo apresentado na Tabela 6, a seguir.

ENSAIO REQUISITO NORMA

cura ao ar em laboratório
1,00 MPa valor mínimo

cura submersa em laboratório


1,00 MPa valor mínimo
Resistência de aderência à
tração direta aos 28 dias cura em estufa em laboratório
1,00 MPa valor mínimo

cura nas condições típicas de


obra 0,70 MPa valor mínimo

Tempo em aberto 20 ou 30 minutos

Deslizamento Máximo 0,5 mm

Tabela 6: Esquema de sugestão de especificação de argamassa colante.

3.3.3 Argamassa de rejunte


Da mesma forma que a argamassa colante, pode-se prescrever que a argamassa de
rejunte utilizada seja apenas classificada como Tipo II. No entanto, há outros requisitos que
o projetista pode estabelecer limites e prescrever, como sugere o exemplo da Tabela 7 que
define limites para retenção de água, retração linear, resistência à compressão, resistência à
tração na flexão, absorção de água por capilaridade e permeabilidade. Há até normas
internacionais que estabelecem métodos para avaliação do potencial de crescimentos de
fungos nos rejuntes, mas a normalização brasileira em vigor não entra ainda neste mérito.

20
ENSAIO REQUISITO NORMA

MANUAL DA NOVA NORMA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE FACHADAS


Tabela 7: Sugestão de especificação de argamassa de rejunte para o projeto de RCAF.

3.3.4 Placa cerâmica


O mesmo tipo de recurso pode ser usado para a especificação das placas cerâmicas
dentro do escopo do projeto de RCAF. Na Tabela 8, são resumidos os critérios da NBR
13818:1997 e sugeridos outros requisitos visuais para prescrição da placa que tratam das
bordas das placas, preferência de cor e condições do tardoz. Com relação especificamente
ao tardoz das placas, a nova norma limita a área de engobe pulverulento a 30%, mas o
projetista pode ser mais rigoroso, como no exemplo a seguir.

CARACTERÍSTICAS ENSAIO REQUISITO

Desvio dimensional ± 1,0% fazer controle de recebimento desta característica em obra


Espessura ± 1,0% fazer controle de recebimento desta característica em obra
Retitude dos lados ± 0,75%
GEOMÉTRICAS
Ortogonalidade ± 1%

Curvatura central 1,0% fazer controle de recebimento desta característica em obra


Curvatura lateral 1,0%
Empeno ± 1,0%
Absorção de água média < 4,0% valor individual máximo de 4,5%

Módulo de ruptura > 35 Mpa individual mínimo de 30 MPa

Resistência ao gretamento resistente


FÍSICAS
Carga de ruptura > 1100 N

Expansão por umidade


determinada em autoclave < 0,3 mm / m
a 7 atm e sem

VISUAIS

Tabela 8: Resumo de requisitos para as placas cerâmicas de RCAF de acordo com a NBR 13818:1997
e sugestões para características visuais que podem constar do projeto de revestimento de fachada.

21
3.3.5 Limitador de profundidade, selante e impermeabilização da junta
Para a seleção deste produto, além dos requisitos mencionados pelas normas do
material, é importante que se avalie o histórico de uso do produto em obras similares a
obraque está sendo projetada. Na Tabela 9 a seguir, sugere-se um exemplo de resumo
de especificação para o limitador de fundo da junta e do selante.

ELEMENTO ESPECIFICAÇÕES

LIMITADOR DE FUNDO
DE JUNTA .
ENSAIO REQUISITOS NORMAS
Movimento mínimo 25% ISO 11.600
Selante admissível em relação à
SELANTE DE elastomérico largura da junta
POLIURETANO à base de
poliuretano Uso M ASTM 920C
Tipo S ASTM 920 C
Graduação NS ASTM 920 C

Tabela 9: Sugestão de características do selante a serem especificadas no projeto de revestimento de fachada.

Além de ser tratada com selante, recomenda-se que a junta seja previamente
impermeabilizada, de modo a proteger a sua cavidade de umidade interna contra
a passagem da água de chuva no caso de infiltração. Para juntas onde se requer maior
solicitação devido aos movimentos diferenciais, como é o caso das juntas em platibandas,
recomenda-se que esta impermeabilização seja reforçada com um não tecido de
poliéster, como aparece na Figura 18.

Nota-se que a nova norma


NBR 13755 também entra no
mérito da impermeabilização
das juntas (Anexo C), se ade-
quando às boas práticas já
comuns no mercado brasileiro,
embora não detalhe especifi-
camente a questão do reforço.

A distância X que aparece


no desenho da Figura 18 tam-
bém é objeto de explicação do
Anexo C desta nova norma,
se refere à diferença de nível
entre o fundo da viga de con-
creto de cada pavimento e o
nível da abertura da janela por
onde normalmente as juntas
são alinhadas no projeto de
revestimento de fachada. Figura 18: Junta de movimentação com membrana impermeabili-
zante e selante. (Fonte: Inovatec Consultores)

22
3.4 Ensaios na obra e painéis teste
Existem inúmeras variáveis que interferem no desempenho do sistema de revestimento de
fachada (condições climáticas, preparo da base, técnica de execução etc). Neste sentido,
para seleção de argamassas, além da análise da documentação dos fabricantes que
informam sobre o desempenho dos produtos em laboratório, se faz necessária a análise
de todas as camadas de revestimento a serem utilizadas nas condições reais de obra.

MANUAL DA NOVA NORMA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE FACHADAS


Por este motivo, se tornou obrigatória, na prática e agora prescrito pela NBR 13755:2017,
a realização de painéis testes que avaliam o desempenho do conjunto chapisco-emboço
sobre a estrutura e sobre a alvenaria, no que se refere à resistência de aderência à base
e resistência superficial. Além da aderência, estes ensaios servem como amostra quanto ao
potencial de fissuração da argamassa de emboço que se pretende utilizar. A nova norma
recomenda que os ensaios do emboço sejam realizados com idade mínima de 14 dias. A
Figura 19 mostra um esquema gráfico de preparação do painel que pode ser usado para
avaliação do chapisco para estrutura, e do conjunto emboço-chapisco sobre alvenaria e
sobre estrutura, que pode ser utilizado em projeto de RCAF.

LEGENDA
ALVENARIA PILAR DE CONCRETO
1) ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE
ADERÊNCIA À BASE (COM
ENSAIO DO CHAPISCO CORTE ATÉ O CHAPISCO
EXECUTADO COM SERRA
COPO)
1,5 m

TOTAL: 30 corpos de prova

ENSAIO DO CONJUNTO ENSAIO DO CONJUNTO


EMBOÇO-CHAPISCO EMBOÇO-CHAPISCO
2) ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE
ADERÊNCIA SUPERFICIAL
1,5 m

(SEM CORTE)

12 corpos de prova 18 corpos de prova TOTAL: 12 corpos de prova

~ 1,5m ~ 1,5m

Figura 19: Esquema gráfico para preparação de painéis de ensaios de chapisco e conjunto chapisco-emboço.
(Fonte: Inovatec Consultores)

23
Neste esquema, os corpos de prova são distribuídos de maneira uniforme no painel
teste. O registro fotográfico deve ser feito conforme exemplo das Figuras 20 e 21. Observe
que para os ensaios de aderência do chapisco e do emboço, devem ser utilizados
corpos de prova com diâmetro de 50 mm.

Figuras 20 e 21: Corpo de prova retirado do painel teste e distribuição dos corpos de prova no painel de ensaio.
(Fonte: Inovatec Consultores)

Sobre o painel de emboço aprovado, ainda podem ser realizados os ensaios para
avaliação da argamassa colante, de acordo com os requisitos especificados em
projeto, como apresenta o esquema da Figura 22. A nova norma prevê a realização do
painel teste em uma área de 2 m², a serem ensaiados com idade mínima de 28 dias,
sendo 14 dias de cura para o emboço e 28 dias de cura para a argamassa colante. Além
destes ensaios, a norma prevê também a realização de ensaios exploratórios
aos 14 e 21 dias do assentamento do revestimento cerâmico, de modo a se estimar a
resistência de aderência nestas idades. Nas Figuras 23 e 24 são apresentadas imagens
dos ensaios dos corpos de prova com as placas cerâmicas com medidas de 10x10 cm,
como prevê na norma NBR 13755:2017.

DIMENSÕES DOS
ALVENARIA PILAR DE CONCRETO
CORPOS -DE- PROVA

ENSAIO DO CONJUNTO 1) P LACA CERÂMICA (l = 10 cm)


ARGAMASSA COLANTE –
PLACA CERÂMICA S OBRE
EMBOÇO
10 cm
1,5 m

10 cm

2) PASTILHAS DE PORCELANA

12 corpos de prova
ENSAIO DO CONJUNTO
10 cm

ARGAMASSA COLANTE –
5 cm

PLACA CERÂMICA
10 cm
1,5 m

Figura 22: Esque-


3) OUTRAS POSSIBILIDADES (l 10 cm)
ma de orientação
para montagem de
painéis de ensaio do
12 corpos de prova conjunto colante/ce-
10 cm
5 cm

râmica sobre emboço .


~ 1,5 m
10 cm
(Fonte:Inovatec
Consultores)

24
MANUAL DA NOVA NORMA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE FACHADAS
Figuras 23 e 24: Exemplo de corpo de prova fotografado junto ao local de remoção e distribuição homogênea
dos corpos de prova no painel teste. (Fonte: Inovatec Consultores)

3.5 Apresentação gráfica


O projeto do RCAF deve indicar graficamente o posicionamento dos reforços com tela
metálica, bem como as juntas de movimentação. Estas indicações podem ser feitas em
plantas conforme exemplo apresentado na Figura 25 a seguir. Muitas vezes, porém, a
indicação dos reforços somente através de plantas é insuficiente para visualização
correta de todos os reforços e juntas e, por isso, o projeto também apresenta desenhos das
elevações da fachada, como mostra a Figura 26.

Note que em ambos os casos, os desenhos dos reforços com telas metálicas e juntas
de movimentação são realizados sobre a sobreposição das plantas e elevações de arquitetura e
estrutura. Somente assim é possível identificar claramente as interfaces em que os reforços
e juntas devem ser utilizados para combater e controlar as fissuras no revestimento. A nova
norma não estabelece recomendações neste sentido. Este padrão gráfico foi originalmente
proposto na tese do professor Jonas Silvestre Medeiros da Escola Politécnica da Universidade
de São Paulo, em 1999 (ver item 5. Bibliografia).
4 - 4 4 4
TV - TJ TD TV - TJ - TH -
5 - 5 5 5
4 4
TJ - TV -
5 5

B10

4
- TV
5
Suíte
4
- TH
5

4 -
- TV TD TH 4
5 -
TJ -
Shaft

4 B02
Jantar 5
TJ
B04

-
Cozinha
5
Serviço

Área 4
4
Técnica

TV -
- TV Varanda
5
5
B03

Estar

-
TH TD
Hall Social -
Hall Serviço
Escada Antecâmara

Estar

4 B03

4
- TV Varanda

5 Área
TV -
Técnica 5
4
TJ
Serviço Cozinha
-
5
B04 B02 Jantar 4
TJ
Shaft

4 - -
- TV TD TH 5
5 -

4
- TH DCE

5 Quarto 01 Suíte

4
TV
B01 B01
Quarto 02
-
5 4
Bwc Serviço B10
Bwc Social Bwc Suíte
TH -
5

4 4
TJ - TV -
5 5
4 - 4 4 4
TV - TJ TD TV - TJ - TH -
5 - 5 5 5

Figura 25: Planta de um pavimento tipo (arquitetura sobreposta à estrutura) com indicação dos reforços com
tela metálica horizontais (TH), verticais (TV) e TJ (telas de janelas). (Fonte: Inovatec Consultores)

25
Coberta
99.55 Resev. Superior

97.00 Resev. Superior


JM

VER DET 39
FOLHA 205
94.55 Casa de máquinas

VER DET 28 E 29
FOLHA 203
92.90 Barriletes / Coberta
JP

JH JM

89.75 26º Pavimento


(Cobertura)

JH

86.55 25º Pavimento

JH

83.40 24º Pavimento

JH

80.25 23º Pavimento

JH

VER DET 18
FOLHA 203 77.10 22º Pavimento

JH

73.95 21º Pavimento

JH

70.80 20º Pavimento

JH

67.65 19º Pavimento

JH

64.50 18º Pavimento

JH
VER DET 34
FOLHA 204
VER DET 20
FOLHA 202 61.35 17º Pavimento

JH

58.20 16º Pavimento

JH
VER DET 31
FOLHA 203

55.05 15º Pavimento

JH

33.00 08º Pavimento

JH

29.85 07º Pavimento

JH

26.70 06º Pavimento

JH

23.55 05º Pavimento

JH

20,40 04º Pavimento

JH

17.25 03º Pavimento

JH

VER DET 27 14.10 02º Pavimento

FOLHA 203 JH

VER DET 41
FOLHA 206
10.95 01º Pavimento

JH
JV JV

7.80 Mezanino 2
JP

JM
JV

VER DET 43
VER DET 30
FOLHA 206
FOLHA 203 4.65 Mezanino 1

JH

JV

VER DET 42 VER DET 28


FOLHA 206 FOLHA 203

Figura 26: Elevação de fachada (arquitetura sobreposta à estrutura) com localização de juntas horizontais
(JH), juntas verticais (JV), telas metálicas e chamada dos detalhes do revestimento de fachada.
(Fonte: Inovatec Consultores)

26
Além das plantas e elevações, também devem ser desenvolvidos detalhes específicos
para cada empreendimento, conforme exemplificado a seguir. Podem ser detalhadas
juntas específicas da fachada como estas da platibanda, pingadeira de peitoris, espessuras
e requadrações necessárias na camada de emboço, como mostra a Figura 27.

MANUAL DA NOVA NORMA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE FACHADAS


Figura 27: Detalhe das juntas da região da platibanda e
ampliação de uma junta no encontro de dois tipos diferentes de
placas cerâmicas. (Fonte: Inovatec Consultores)

3.6 Juntas de movimentação


As juntas de movimentação têm a função primária de controlar o aparecimento de
fissuras provenientes da base do revestimento, notadamente aquelas decorrentes das
interfaces entre estrutura e paredes de alvenaria. Além disso, as juntas servem para
segmentar os panos do revestimento aliviando tensões internas, aos quais eles podem
estar submetidos. Estas tensões podem ser originadas por fatores climáticos como a
temperatura e a umidade, também devido à movimentação inerente dos materiais,
como é o caso da expansão por umidade das placas cerâmicas.

Há ainda as movimentações impostas pela base do revestimento, sendo as principais


aquelas provenientes da retração da estrutura de concreto e da alvenaria e da
deformação lenta da estrutura de concreto.

27
Para que as juntas se comportem adequadamente e cumpram suas funções, elas
precisam estar corretamente dimensionadas no projeto. A nova norma NBR 13755:2017
prevê que a largura mínima de junta do RCAF seja de 15 mm. Esta largura é representada no
desenho da Figura 28 por Lj. A norma prescreve a espessura mínima no ponto mais
estreito da junta como sendo de 6 mm, devendo-se considerar também as recomendações do
fabricante. Sendo o fator de forma do selante 1:2 e considerando a largura Lj de 15 mm, a
espessura usual seria então de 7 a 8 mm.

VIGA

REVESTIMENTO
INTERNO

ENCONTRO
LJ LS
ALVENARIA / ESTRUTURA

ALVENARIA

EMBOÇO
L J : LARGURA DA JUNTA
L S : LARGURA DO SELANTE

Figura 28: Junta de movimentação típica com corte total do emboço. (Fonte: Adaptado de ABNT NBR: 13755)

3.7 Reforços do emboço


A nova norma NBR 13755 alterou as características das telas empregadas para os reforços
dos RCAF e também os critérios para sua utilização, como mostra a Figura 29. Além da
especificação da tela a ser utilizada na camada da argamassa de emboço, as formas de
utilização também foram alteradas.

TELAS METÁLICAS DE REFORÇO

NBR 13755(1996) NBR 13755(2017)

CARACTERÍSTICAS:
CARACTERÍSTICAS:
SOLDADA COM FIO DE ø 1,24 a 1,5 mm
SOLDADA COM FIO DE ø 2 mm
MALHA COM ABERTURA QUADRADA
MALHA COM ABERTURA QUADRADA
MÍNIMA DE 2,5 x 2,5 cm
DE 5 x 5 cm
COM GALVANIZAÇÃO DE 150 g/m²

USO:
1 – EM LOCAIS COM MOVIMENTAÇÃO
USO:
DIFERENCIAL PREJUDICIAL À CAMADA DO
1-QUANDO A ESPESSURA DO EMBOÇO
REVESTIMENTO, INDICADA NO PROJETO
FOR QUE 2,5 cm, A TELA DEVE SER
DE REVESTIMENTO
USADA EM TODA A CAMADA DO
REVESTIMENTO 2- QUANDO A ESPESSURA DO EMBOÇO
FOR QUE 5cm, EM TODA A
CAMADA DO REVESTIMENTO

Figura 29: Prescrições da antiga e nova NBR 13755 para a especificação e emprego das telas de reforço dos RCAF.

28
As telas metálicas devem ser utilizadas para reforçar situações em que há
sobre-espessura da camada de argamassa de emboço, como mostra a Figura 30. O
projeto de fachada deve indicar o tipo de ancoragem e fixação da tela, bem como a
sobreposição nas emendas, além de detalhar situações de sobre-espessura em fundo
de viga, quinas verticais da fachada e demais requadrações.

MANUAL DA NOVA NORMA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE FACHADAS


Figura 30: Uso da tela metálica com função de reforço do emboço sobre-espessura.
(Fonte: Inovatec Consultores)

Para utilização da tela metálica na interface entre alvenaria e estrutura é recomendável


o uso de espaçadores, de modo que a tela não fique encostada no chapisco e consiga,
assim, dissipar as tensões de interface, como mostram as Figuras 31 e 32.

Figuras 31 e 32: Uso da tela metálica com função de dissipar as tensões na interface entre alvenaria e estrutura.
(Fonte: Inovatec Consultores)

29
3.8 Detalhamento construtivo
O projeto de revestimento de fachada bem desenvolvido deve contemplar também
a elaboração do detalhamento das interfaces, que podem gerar algum tipo de manifestação
patológica ou dificuldade executiva. No detalhe da Figura 33, foi necessário prever a
execução do emboço com caimento, de modo que o revestimento não acumule água e
tenha consequências como manchas e eflorescência. Foi acrescentada, ainda, uma
camada de impermeabilização na superfície do emboço para evitar a percolação de
água pelo rejuntamento e a aceleração do processo de degradação do local.

Figura 33: Detalhamento da requadração do revestimento na região saliente da fachada.

30
4. EXECUÇÃO DOS REVESTIMENTOS CERÂMICOS ADERIDOS DE FACHADA
4.1 Planejamento da execução do RCAF
O planejamento das atividades de execução do revestimento deve ser objeto de
definição do projeto do RCAF, e realizado de modo que sejam respeitados a sequência e
os prazos mínimos para cada etapa. Recomenda-se que para cada etapa de execução
do revestimento, a equipe envolvida seja treinada e as folhas de desenhos e os cadernos
de procedimentos e especificações sejam disponibilizados para utilização sem dificuldade.

MANUAL DA NOVA NORMA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE FACHADAS


Na Figura 34, apresenta-se um sequenciamento completo das etapas de execução
do RCAF com a descrição das atividades a serem realizadas nas subidas e descidas do
andaime suspenso (balancim) de fachada, desde a limpeza da superfície antes da
aplicação do chapisco até o tratamento das juntas com selante e limpeza final.

1ª SUBIDA 1ª DESCIDA
1. LAVAGEM
1. LIMPEZA SECA
2. CHAPISCO CONVENCIONAL NA
ALVENARIA
2.FIXAÇÃO SUPERIOR
3. CHAPISCO ADESIVO OU DUPLO NA
ESTRUTURA
3.MAPEAMENTO

Cerâmica Cerâmica Cerâmica


1ª SUBIDA
Cerâmica Cerâmica Cerâmica
1ª DESCIDA Cerâmica Cerâmica Cerâm
1. LAVAGEM
1. LIMPEZA SECA
2. CHAPISCO CONVENCIONAL NA
ALVENARIA
2.FIXAÇÃO SUPERIOR
3. CHAPISCO ADESIVO OU DUPLO NA
1ª DESCIDA 2ª SUBIDA
3.MAPEAMENTO
JP JP 2ª DESCIDA
ESTRUTURA
1. LAVAGEM 1. COLOCAÇÃO DE TELAS JM JM
1. EMBOÇO
JH
2. CHAPISCO CONVENCIONAL NA 2. TALISCAMENTO
ALVENARIA
JH JH
2. JUNTAS (JH, JM, JP)
3.EXECUÇÃO DE 1ª CHEIA ONDE JH

3. CHAPISCO ADESIVO OU DUPLO NA JH JH


NECESSÁRIO
ESTRUTURA JP JP 3ª SUBIDA JP JH JP
3ª DESCIDA JP

JM JM JH JM JH JM JM

JH
1. TRATAMENTO DE JUNTAS JH JH 1. ASSENTAMENTO DA CERÂMICA JH

JH JH (JH, JM E JP) JH JH JH JH JH

JH JH JH JH

JH JH JH JHJH JH

JH JH JH

TELA METÁLICA HORIZONTAL JH JH


JH JH JH JH

Cerâmica Cerâmica Cerâmica


TH Cerâmica Cerâmica Cerâmica Cerâmica Cerâmica Cerâm
JH JH JH

JH JH JH JH JH

TJ TELA METÁLICA DE JANELA


JH JH JH

JH JH JH JH JH

JH
TV TELA METÁLICA VERTICAL JH JH

1ª DESCIDA 2ª SUBIDA 2ª DESCIDA


JH JH JH JH JH

ca Cerâmica Cerâmica Cerâmica Cerâmica JP Cerâmica Cerâmica Cerâmica JP

1. LAVAGEM JH
JH

JH
1. COLOCAÇÃO DE TELAS JM
JH
JH
JM
JH 1. EMBOÇO JH
JH

JH
2. CHAPISCO CONVENCIONAL NA JH 2. TALISCAMENTO JH JH

ALVENARIA JH JH
JH
JH
JH
JH
2. JUNTAS (JH, JM, JP) JH

3.EXECUÇÃO DE 1ª CHEIA ONDE JH

3. CHAPISCO ADESIVO OU DUPLO NA JH JH

ESTRUTURA NECESSÁRIO
JP
Cerâmica Cerâmica Cerâmica
JP 3ª SUBIDA JP
JH
Cerâmica JH Cerâmica Cerâmica
JP
JH 3ª DESCIDA JP
Cerâmica Cerâmica Cerâm
JM JM JM JM JM

JH
1. TRATAMENTO DE JUNTAS JH
JH 1. ASSENTAMENTO DA CERÂMICA JH

JH JH (JH, JM E JP) JH
JH
JH
JH JH
JH
JH JH JH
JH
JH JH JH JH JH

JP
3ª DESCIDA JP JH JP 4ª SUBIDA JP JH JP 4ª DESCIDA JH

JM JM JH JM JH 1.
THREJUNTAMENTO DAS DUAS
TELA METÁLICA HORIZONTAL JM JH
JH
JM JH 1. REJUNTAMENTO COMPLETO COM JH

1. ASSENTAMENTO DA CERÂMICA JH JH FIADAS ABAIXO E ACIMA DAS JH JH LIMPEZA PARCIAL JH

JH JH JH JH JH JUNTAS
TJ TELA METÁLICA DE JANELA
JH JH JH JH JH

JH JH JH JH 2. APLICAÇÃO DO SELANTE JH
JH JH JH JH JH 2. LIMPEZA DAS JUNTAS JH JH JH JH JH

JH JH TV TELA METÁLICA VERTICAL JH JH JH

JH JH JH JH JH JH JH JH JH
mica Cerâmica Cerâmica Cerâmica Cerâmica Cerâmica Cerâmica Cerâmica JH

JH JH JH JH JH

JH JH JH JH JH JH JH JH JH JH

JH JH JH JH JH

JH JH JH JH JH JH JH JH JH JH

JH JH

JH JH JH JH JH

Cerâmica JH
Cerâmica Cerâmica Cerâmica JH
Cerâmica Cerâmica Cerâmica Cerâmica Cerâm
JH JH JH JH JH

JH JH

JH JH JH JH JH

ca Cerâmica JP
3ª DESCIDA JP Cerâmica Cerâmica Cerâmica JP 4ª SUBIDA JP Cerâmica Cerâmica Cerâmica JP 4ª DESCIDA
JM JM JM 1. REJUNTAMENTO DAS DUAS JM JM 1. REJUNTAMENTO COMPLETO COM
1. ASSENTAMENTO DA CERÂMICA JH FIADAS ABAIXO E ACIMA DAS JH LIMPEZA PARCIAL
JH JH JH JUNTAS JH JH

JH JH 2. APLICAÇÃO DO SELANTE
JH JH JH 2. LIMPEZA DAS JUNTAS JH JH

JH JH

JH JH JH JH JH

JH JH

JH JH JH JH JH

JH JH

JH JH JH JH JH

JH JH

JH JH JH JH JH

JH JH

JH JH JH JH JH

JH JH

JH JH JH JH JH

ica Cerâmica Cerâmica Cerâmica Cerâmica Cerâmica Cerâmica Cerâmica

Figura 34: Sequência de subidas e descidas do balancim na fachada. (Fonte: Inovatec Consultores)

31
4.2 Condições mínimas para início dos serviços
Na Tabela 10, apresenta-se um resumo das condições e prazos mínimos recomendados
para a execução do revestimento. A exigência da NBR 13.755:2017 diz respeito apenas aos 14
dias de cura do emboço antes da aplicação das placas cerâmicas com argamassa colante.

PRAZOS MÍNIMOS
CONDIÇÕES MÍNIMAS
RECOMENDÁVEIS

Tabela 10: Condições e prazos mínimos para início da execução do revestimento de fachada.

4.3 Preparação da base de alvenaria e concreto


As técnicas para limpeza e preparo da base precisam estar descritas no projeto de
RCAF. Abaixo segue uma das possíveis soluções para preparo da superfície de concreto
da estrutura realizada com desbaste mecânico.

Figuras 35 e 36: Desbaste mecânico da estrutura realizado com disco rígido diamantado e a diferença visual
da superfície do concreto antes e depois. (Fonte: Inovatec Consultores)

32
Nesta etapa inicial, durante a primeira subida do balancim, ocorre também o encunhamento
(fixação superior) das alvenarias externas do edifício, além do preenchimento de vazios
e remoção de rebarbas da argamassa de assentamento dos blocos das paredes.

4.4 Execução do conjunto chapisco-emboço


As técnicas e materiais usados no chapisco e emboço devem ser previamente
aprovadas através da análise dos painéis de ensaio, e fazem parte da etapa de seleção

MANUAL DA NOVA NORMA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE FACHADAS


destes materiais. As especificações dos materiais a serem ensaiados precisam constar
no projeto de revestimento de fachada. Além da validação dos painéis de ensaios, a
realização do mapeamento da fachada se faz necessária, a fim de identificar locais onde
será fundamental a utilização das telas metálicas de reforço devido à sobre-espessura
do emboço.

Figura 37: Aspecto da superfície do chapisco duplo aplicado sobre a estrutura de concreto da fachada.
(Fonte: Inovatec Consultores)

Embora não explicitado pela NBR 13755:2017, as telas metálicas devem ser
preferencialmente fixadas nos locais indicados e de acordo com os detalhes executivos
do projeto, antes da execução do emboço e após a execução do chapisco.
As juntas de movimentação devem ser realizadas ainda durante a etapa
de execução do emboço, utilizando-se os frisadores na dimensão indicada em projeto,
como ilustra a Figura 38 a seguir.

Figura 38: Execução de juntas no emboço com utilização de frisador metálico e régua dupla.

33
4.5 Aplicação da placa cerâmica
Para iniciar o assentamento da cerâmica, o emboço deverá apresentar a resistência
superficial definida em projeto. Além disto, a norma NBR 13755:2017 determina que
ele deve estar com a superfície limpa, sem eflorescência, seco e curado há 14 dias.
No entanto, o projetista pode especificar prazo superior em função da existência
de espessuras maiores, por exemplo. Antes do assentamento das placas, o emboço
também não pode apresentar fissuras, nem som cavo, devendo possuir planicidade
aceitável, prumo em quinas internas e externas, janelas, caimentos, conforme
projeto e juntas e detalhes na argamassa de emboço já executados, como prescreve
a nova norma na página 24.

Figura 39: Inspeção do emboço quanto a sua planicidade antes da aplicação das placas cerâmicas.
(Fonte: Inovatec Consultores)

A argamassa colante deve ser preparada mecanicamente, utilizando a quantidade de


líquido, com balde graduado, conforme orientação do fabricante. Recomenda-se para
uma mistura eficiente os misturados de eixo vertical ou haste helicoidal de baixa rotação
(inferior a 600 rpm). Os prazos para o descanso e limite de uso a serem adotados
devem seguir a recomendação do fabricante. A desempenadeira a ser utilizada deve
ser especificada em projeto, bem como a técnica de assentamento, conforme
determina a nova norma NBR 13755:2017 em sua Tabela 1, página 26. Para placas acima
de 400 cm² e para placas extrudadas, com reentrância no tardoz, é obrigatório o uso da
técnica de dupla colagem, como demonstram as figuras 40 e 41.

Figuras 40 e 41: Uso de técnica de dupla colagem para placas com área maior que 400 cm².

34
MANUAL DA NOVA NORMA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE FACHADAS
Figura 42 e 43: Uso da técnica de dupla colagem para placas extrudadas.
(Fonte: Inovatec Consultores)

Na aplicação da argamassa colante, deve ser verificado o preenchimento do tardoz


logo após o assentamento da cerâmica. De modo geral, a nova norma NBR 13755
prescreve que este preenchimento seja pelo menos de 90% de argamassa colante e
conforme as prescrições da Tabela 2, da página 32 do texto normativo. A Figura 44
mostra o preenchimento completo do tardoz.

Figura 44: Inspeção do revestimento recém-assentado quanto ao preenchimento do tardoz.


(Fonte: Inovatec Consultores)

Um outro fator a avaliar no assentamento é o tempo em aberto da argamassa


colante, pois o tempo em aberto de laboratório não pode ser replicado nas condições de
obra devido a variações das condições atmosféricas da obra. Por isso é recomendado
que o tempo seja definido no local da obra. O tempo em aberto é excedido quando
ocorre a formação de uma película transparente na superfície da argamassa colante e
esta deixa de impregnar o material a ser assentado. Na Figura 45, faz-se um teste
prático do tempo em aberto na obra. Ao toque do dedo não há vestígios de argamassa
fazendo impregnação.

Figura 45: Análise do tempo em aberto, com o teste do dedo. (Fonte: Inovatec Consultores)

35
4.6 Rejuntamento
A nova norma 13755 prescreve que antes do rejuntamento, o revestimento deve
ser inspecionado quanto à existência de sons cavos nas placas cerâmicas. Além
disso, deve-se promover a limpeza das juntas, a fim de remover sujidades e
permitir o pleno preenchimento pela argamassa de rejunte.

A argamassa de rejunte deve ser preparada mecanicamente, da mesma forma como


foi indicado para a argamassa colante.

A fim de evitar uma movimentação completa de balancim somente para a aplicação do


selante, recomenda-se que na subida do balancim, anterior ao rejuntamento, sejam
rejuntadas as placas próximas à junta de movimentação, possibilitando que na mesma
descida de balancim sejam rejuntadas as demais placas e aplicado o selante das
juntas, finalizando a utilização deste equipamento.

A aplicação da argamassa nas juntas entre placas deve ser feita com desempenadeira de
borracha, sendo facultativo o respectivo frisamento. A limpeza deve ser realizada com
esponja limpa e úmida preferencialmente, sem o uso de agentes químicos.

Figuras 46 e 47: Aplicação da argamassa de rejunte na diagonal com desempenadeira de borracha e limpeza
do rejunte com auxílio de esponja. (Fonte: Inovatec Consultores)

4.7 Tratamento das juntas de movimentação


Para o desempenho adequado das juntas, é imprescindível que as etapas anteriores
tenham sido executadas corretamente, devendo-se observar o seguinte, de acordo com
a norma NBR 13755:2017:
• dimensão da cavidade conforme previsto em projeto;
• bordas regulares e firmes;
• rejunte próximo à junta preenchido adequadamente (ver figura 13 da página 28 da norma);
• placa cerâmica bem alinhada com as bordas da junta.

Na aplicação do limitador de fundo, se faz necessário utilizar um gabarito, de modo que o


fator de forma (a relação entre largura e a profundidade da junta) seja respeitado.

36
Antes de aplicar o selante na cavidade, as bordas das juntas devem ser protegidas
com fita adesiva, de maneira a se obter o bom acabamento e estanqueidade da junta,
como mostram as Figuras 48 e 49 a seguir.

MANUAL DA NOVA NORMA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE FACHADAS


Figura s 48 e 49: Aplicação da fita de proteção sobre a cerâmica e aplicação do selante na junta de movimentação.
(Fonte: Inovatec Consultores)

4.8 Controle de aceitação do revestimento concluído


A norma 13755:2017 estabelece alguns critérios para inspeção e aceitação do
revestimento. Estes critérios devem ser adotados durante a execução, de modo que na
ocorrência de falhas, possam ser tomadas providências, sem maior impacto à obra.

O principal critério para aceitação do RCAF é a resistência de aderência. No caso da


resistência das placas cerâmicas ao emboço (as resistências do emboço devem ter sido
verificadas anteriormente de acordo com a NBR 13749:2013), a cada 2.000 m² deve-se
realizar uma amostra de 12 corpos de prova que precisam apresentar resultado superior
a 0,5 MPa em pelo menos 08 corpos de prova, considerando este critério para cada tipo
de placa, argamassa colante e outras variáveis de execução que possam ter ocorrido.

A nova norma NBR 13755 estabelece, ainda, que todas as placas sejam avaliadas
quando ao som cavo, devendo-se reassentar as placas que apresentarem esta
condição, sendo este critério não aplicável às placas maiores que 900 cm². O RCAF deve
apresentar, também, desvio de planicidade não superior a 3 mm em 2 m de comprimento,
tomadas com uma régua. A norma diz ainda que as juntas de assentamento sofrem
variações de acordo com o tamanho da peça e que este desalinhamento deve ser
definido em comum acordo com o executor do serviço.

37
5. BIBLIOGRAFIA
1. ASTM C 920. Standard Specification for Elastomeric Joint Sealants, 2018.
2. FIORITO, A.J.S.I. Manual de argamassas e revestimentos: estudos e procedimentos
de execução. São Paulo: PINI, 1994.
3. GUAN, W.L. et al. Performance of External Tiled-Wall Systems under Tropical
Weathering. Journal of Performance of Constructed Facilities. Singapura, v. 11, n. 1, p.
24-34, 1997.
4. HENRICH, J. SCHÄPER, M. URBAN, F. Avoidance of adhesive bond failure of tile linings on
shrinking concrete. Bauingenieur, v. 91, feb. 2016.
5. ISO 11.600. Building Construction. Jointing products. Classification and resquirements for
sealants, 1993.
6. MEDEIROS, Jonas S., SABATTINI, Fernando Henrique. Designing Ceramic Tile Building
Façades. Castellón, Espanha: Qualicer, 1998.
7. MEDEIROS, Jonas S. Tecnologia e projeto de revestimentos cerâmicos de fachadas
de edifícios. 457f. Tese (Doutorado) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo,
São Paulo, 1999.
8. PARSEKIAN, G.A. et al. Aderência de revestimentos em paredes de blocos cerâmicos
com função estrutural. Revista Ambiente Construído. Porto Alegre, RS, v. 16, n. 2, p.
109-119, 2016.

38
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Esquemas de camadas e parte constituintes do RCAF, de acordo com antiga e
nova norma NBR 13755.......................................................................................................................................................................8
Figura 2: Opções para uso de chapisco sobre alvenaria e sobre estrutura de concreto
de acordo com a nova NBR 13755:2017...............................................................................................................................10
Figura 3: Tipos de argamassa de emboço a serem utilizados no revestimento de fachada.10

MANUAL DA NOVA NORMA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE FACHADAS


Figura 4: Possibilidades de uso de argamassas para assentamento de revestimento
cerâmico com base na nova NBR 13755:2017.....................................................................................................................11
Figura 5: Especificação da linha de argamassa colante QUARTZOLIT PROFLEX de
acordo com altura do edifício, tipo e dimensões das placas cerâmicas / rocha. Além
da classificação de acordo com a NBR 14081:2012, foi incluída a classificação pela norma
europeia EN 12004:2012....................................................................................................................................................................12
Figura 6: Diferenças quanto ao uso de argamassa de rejunte nas versões de 1996 e 2017
da NBR 13.755............................................................................................................................................................................................13
Figuras 7 e 8: Fachadas com revestimento em pastilha de porcelana.............................................14
Figuras 9 e 10: Fachadas com porcelanato....................................................................................................................14
Figura 11: Características exigíveis para as placas cerâmicas serem utilizadas em fachadas
de edifícios de acordo com a nova NBR 13755:2017.....................................................................................15
Figuras 12 e 13: Placas montadas com ponto de cola alto podem provocar manchamento
no rejuntamento....................................................................................................................................................................................16
Figura 14: Seção transversal de uma junta com limitador de profundidade e tratada com
selante em funcionamento da contração e expansão.......................................................................................17
Figura 15: Tipos de juntas e materiais usados como tratamento.........................................................17
Figura 16: Esquema de atuação dos esforços atuantes sobre o edifício..........................................18
Figura 17: Esquema sugerido para análise de variáveis em um edifício com estrutura
e vedação convencionais na fase inicial de elaboração de um projeto de revestimento
aderido de fachada.............................................................................................................................................................................19
Figura 18: Junta de movimentação com membrana impermeabilizante e selante..............22
Figura 19: Esquema gráfico para preparação de painéis de ensaios de chapisco
e conjunto chapisco-emboço ...................................................................................................................................................23
Figuras 20 e 21: Corpo de prova retirado do painel teste e distribuição dos corpos de
prova no painel de ensaio............................................................................................................................................................24
Figura 22: Esquema de orientação para montagem de painéis de ensaio do conjunto
colante/cerâmica sobre emboço........................................................................................................................................24
Figuras 23 e 24: Exemplo de corpo de prova fotografado junto ao local de remoção e
distribuição homogênea dos corpos de prova no painel teste.................................................................25
Figura 25: Planta de um pavimento tipo (arquitetura sobreposta à estrutura) com
indicação dos reforços com tela metálica horizontais (TH), verticais (TV) e
TJ (telas de janelas)..........................................................................................................................................................................25

39
Figura 26: Elevação de fachada (arquitetura sobreposta a estrutura) com localização de
juntas horizontais (JH), juntas verticais (JV), telas metálicas e chamada dos detalhes do
revestimento de fachada.............................................................................................................................................................26
Figura 27: Detalhe das juntas da região da platibanda e ampliação de uma junta no
encontro de dois tipos diferentes de placas cerâmicas........................................................................................27
Figura 28: Junta de movimentação típica com corte total do emboço............................................28
Figura 29: Prescrições da antiga e nova NBR 13.755 para a especificação e emprego das
telas de reforço dos RCAF............................................................................................................................................................28
Figura 30: Uso da tela metálica com função de reforço do emboço com
sobre-espessura..........................................................................................................................................................29
Figura 31 e 32: Uso da tela metálica com função de dissipar as tensões na interface
entre alvenaria e estrutura...............................................................................................................................................29
Figura 33: Detalhamento da requadração do revestimento na região saliente da fachada.30
Figura 34: Sequência de subidas e descida do balancim na fachada.................................................31
Figuras 35 e 36: Desbaste mecânico da estrutura realizado com disco rígido diamantado
e a diferença visual da superfície do concreto antes e depois.........................................................32
Figura 37: Aspecto da superfície do chapisco duplo aplicado sobre a estrutura
de concreto da fachada..............................................................................................................................................................33
Figura 38: Execução de juntas no emboço com utilização de frisador metálico e régua
dupla................................................................................................................................................................................................................33
Figura 39: Inspeção do emboço quanto a sua planicidade antes da aplicação das placas
cerâmicas...................................................................................................................................................................................................34
Figuras 40 e 41: Uso de técnica de dupla colagem para placas com área maior que 400
cm²....................................................................................................................................................................................................................34
Figuras 42 e 43: Uso da técnica de dupla colagem para placas extrudadas..............................35
Figuras 44: Inspeção do revestimento recém-assentado quanto ao preenchimento do
tardoz..............................................................................................................................................................................................35
Figura 45: Análise do tempo em aberto, com o teste do dedo.................................................................35
Figuras 46 e 47: Aplicação da argamassa de rejunte na diagonal com desempenadeira
de borracha e limpeza do rejunte com auxílio de esponja...........................................................................36
Figuras 48 e 49: Aplicação da fita de proteção sobre a cerâmica e aplicação do selante
na junta de movimentação..................................................................................................................................................37

40
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1: Terminologia entre as versões de 1996 e 2017 da NBR 13755.....................................9
Tabela 2: Diferenças quanto ao uso de argamassa colante nas versões de 1996 e
2017 da NBR 13755...............................................................................................................................................................11
Tabela 3: Grupos de Absorção de Água..........................................................................................................15
Tabela 4: Recomendação para uso de placas cerâmicas em Revestimento Cerâmico

MANUAL DA NOVA NORMA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE FACHADAS


Aderido de Fachada, de acordo com a classificação da ABNT NBR 13817.............................16
Tabela 5: Sugestão de especificação e características mínimas para desempenho
de chapisco e de emboço.........................................................................................................................................20
Tabela 6: Esquema de sugestão de especificação de argamassa colante........................20
Tabela 7: Sugestão de especificação de argamassa de rejunte para o projeto de RCAF.............21
Tabela 8: Resumo de requisitos para as placas cerâmicas de RCAF de acordo com a N B R
1 3 8 1 8 : 1 997 e s u g e s tõ e s p a ra c a ra c te r í s t i c a s v i s u a i s q u e p o d e m c o n s ta r
d o projeto de revestimento de fachada........................................................................................................21
Tabela 9: Sugestão de características do selante serem especificadas no projeto de
revestimento de fachada..........................................................................................................................................22
Tabela 10: Condições e prazos mínimos para início da execução do revestimento de
fachada...................................................................................................................................................................................32 

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