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Tradução Brasileira

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A chamada Tradução brasileira da Bíblia (originalmente Tradução Tradução brasileira da Bíblia
Brazileira, também conhecida como Versão brasileira, ou Edição Nome: Tradução brasileira da
brasileira) foi publicada no início do século XX, visando a substituição Bíblia
da antiga versão Almeida. Entre suas características estão a literalidade Abreviação: TB
e a fidelidade ao texto base, com a colaboração de vários eruditos Publicação 1 917
da Bíblia
brasileiros.
completa:
Autor(es): William Cabell Brown
coordenador
Base Minoritário, João
Índice textual: Ferreira de Almeida
História Tipo de Literal
tradução:
Recepção
Editora: Sociedade Bíblica
Disponibilidade Americana até 1948;
Nome de Deus no Antigo Testamento Sociedade Bíblica do
Brasil desde então
Referências marginais
Status de Sociedade Bíblica do
Coerência Copyright: Brasil
Comentários Afiliação Protestante
religiosa:
Referências
Bibliografia
Ligações externas

História
O trabalho de tradução ocorreu de 1902 a 1914, constituindo a comissão o Dr. Hugh Clarence Tucker (presidente,
metodista); o Rev. William Cabell Brown, Jr (coordenador, episcopal), Eduardo Carlos Pereira (presbiteriano
independente), Antônio B Trajano, John M Kyle (Igreja Presbiteriana do Norte dos Estados Unidos), John R Smith
(Igreja Presbiteriana Americana, sulista), Alfredo Borges Teixeira (presbiteriano independente), Hipólito de Oliveira
Campos (metodista), Virgílio Várzea e Alberto Meyer (Nova Friburgo), entre outros; colaboraram, dentre outros, Rui
Barbosa, José Veríssimo e Heráclito Graça.[1]

Os dois primeiros evangelhos foram editados em 1904, e depois de alguma crítica e revisão, o Evangelho de Mateus
saiu em 1905. Os Evangelhos e o livro dos Atos dos Apóstolos foram publicados em 1906, e o Novo Testamento
completo em 1908 (sob o nome de O Novo Testamento Traduzido em Português, Edição Brasileira).
Publicada integralmente em 1917, é erudita, e bastante literal em relação aos textos originais.[1]

A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) a reeditou com atualizações ortográficas e gramaticais, entre outras, em 2010,[1]
também sob forma eletrônica.

Recepção
Não agradou muito leitores e nem as igrejas, que preferiam manter aderência à antiquada, em termos linguísticos,
versão Almeida Revista e Corrigida. Uma das razões apontadas é ter traduzido os nomes próprios hebraicos de
maneira próxima àquela em que são pronunciados naquela língua, e não como usados tradicionalmente no português
brasileiro. Outras são a familiaridade pública com o texto de Almeida e o fato de ser baseada em textos de tipo
minoritário; foram alegadas também deficiências de linguagem (hoje considerada bela), afastamento do literalismo e
falta de revisões subseqüentes. É uma das versões criticadas pelos proponentes dos textos de tipo Majoritário.
Conseqüentemente, deixou de ser publicada por um longo período, basicamente toda a segunda metade do século XX,
sendo retomada em 2010 pela Sociedade Bíblica do Brasil, sendo editada, impressa e publicada pela mesma.

A qualidade do literalismo de seu texto valeu-lhe o apelido de Tira-Teima, sendo assim conhecida como TT.

Disponibilidade
Os exemplares ainda existentes desta tradução em sua forma original são de difícil obtenção, sendo raros nos sebos
(mercados livreiros de segunda mão) e alcançando preços relativamente altos para uma Bíblia moderna, embora ainda
longe das faixas de preços praticadas por antiquários. Os exemplares ‘populares’ (capa dura) são mais comuns, menos
bem conservados e mais volumosos que os ‘de luxo’ (encadernados em couro).

Há um trabalho incipiente (julho de 2006) no âmbito da Sociedade Bíblica CrossWire para criar uma versão eletrônica
livre, uma vez que o texto original encontra-se em domínio público nos Estados Unidos, por ter sido publicada antes
de 1922. Recentemente, a SBB a publicou novamente, inicialmente num sistema proprietário e, em 2 010
(disponibilidade mais ampla em 2011), em papel[1] e em formato eletrônico no software Glow e em formato ePUB, com
atualização ortográfica da Língua Portuguesa de 2009.

A Tradução Brasileira está disponível tanto impressa[2] como eletrônica[3].

Nome de Deus no Antigo Testamento


Uma das particularidades mais interessantes é o uso do nome de Deus no Antigo Testamento. O nome Jeová aparece
em todos os locais onde o texto hebraico adotado traz o Tetragrama YHVH. A Versão Brasileira não apresenta a forma
JEHOVAH nas porções aramaicas da Bíblia, nem no Novo Testamento, sendo traduzido estas partes com o título
"Senhor". Nas edições do início do século XX, a Versão Brasileira trazia o nome de Deus grafado ‘JEHOVAH’; na versão
atual, ‘Jeová’.[1]

Com respeito ao nome 'JEHOVAH', João Ferreira de Almeida o empregou amplamente em sua versão da Sagrada
Escritura, porém após sua morte, os revisores encarregados de atualizá-la verteram o nome JEHOVAH por SENHOR.

Referências marginais
Referências marginais, ou referências cruzadas, aparecem na coluna inferior de cada página dessa tradução da Bíblia.
Algumas edições têm centenas dessas referências, possibilitanto ao leitor uma comparação diligente dos textos
paralelos e uma análise das notas acompanhantes que evidenciam a concordância da Bíblia por inteiro.

Coerência
A Tradução Brasileira da Bíblia é coerente no uso das palavras "Seol, Cheol ou Sepultura" para transliterar o
termo hebraico she’óhl, bem como no uso de “Hades” para o termo grego haí‧des, e “Geena” para o termo grego gé‧en‧
na (“Seol” é o equivalente hebraico da palavra grega “Hades” mas ambas não significam o mesmo que gé-en-na).

Comentários
José Carlos Rodrigues, dono e redator do Jornal do Commercio, o diário mais respeitado do Rio de Janeiro no começo
do século XX:

[A Tradução Brasileira da Bíblia] perde um pouco do belo português... Porém


ganha na fidelidade ao sentido original... É a versão portuguesa que deve
permanecer como a mais fiel, sendo por isso indispensável aos que estudam
a Bíblia.[4]

O Dr. William Carey Taylor, professor de Grego Neotestamentário e autor do Livro "Introdução ao Estudo do Novo
Testamento Grego", compartilhando da opinião de José Carlos Rodrigues sobre a tradução, destacou:

É uma das versões mais fiéis aos [escritos] originais que tenho lido em
qualquer língua.

Referências
1. Tucker et al. 2010, Apresentação.
2. «Tradução brasileira», Bíblias (http://www.sbb.com.br/biblias-e-novos-testamentos/biblias/traduc-o-
brasileira.html), SBB.
3. Bíblia Sagrada, tradução brasileira (http://www.saraiva.com.br/biblia-sagrada-traducao-brasileira-2010-3362439.ht
ml), Saraiva.
4. Estudo sobre o Velho Testamento, I, p. 193.

Bibliografia
Tucker, Hugh Clarence; Brown, William Cabell jr; Pereira, Eduardo Campos; Campos, Hipólito de Oliveira;
Trajano, Antônio B; Borges Teixeira, Alfredo; Meyer, Alberto; Kyle, John M; Smith, John R; Várzea, Virgílio;
Barbosa, Rui; Veríssimo, José; Campos, Heráclito (2 010) [1 917], Bíblia sagrada: tradução brasileira com
referências, ISBN 978‐85‐311‐0283‐7 Verifique |isbn= (ajuda), Barueri, SP, BR: Sociedade Bíblica do Brasil
Verifique data em: |ano= (ajuda).

Ligações externas
A Bíblia em Português (http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=50), Sociedade Bíblica do Brasil.
História da Igreja Presbiteriana do Brasil (http://www.thirdmill.org/files/portuguese/93530~11_1_01_9-47-54_AM~
Hist%C3%B3ria_da_Igreja_Presbiteriana_do_Brasil_I.html), Third mill, cópia arquivada em 2008 Jun 25 (http://w
eb.archive.org/web/20080625011818/http://www.thirdmill.org/files/portuguese/93530~11_1_01_9-47-54_AM~His
t%C3%B3ria_da_Igreja_Presbiteriana_do_Brasil_I.html) Verifique data em: |arquivodata= (ajuda).

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