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Era de prata das histórias em quadrinhos

americanas
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A Era de Prata da histórias em quadrinhos


americanas (em Portugal, banda desenhada) foi um Era de prata das histórias em
período de avanços artísticos e sucesso comercial para as quadrinhos americanas
histórias em quadrinhos produzidas nos Estados Unidos,
Outros nomes Era de Prata
predominantemente no gênero de super heróis. Sucedendo
à Era de Ouro, e um interregno entre o final da Segunda Localização Estados Unidos
Guerra e meados da década de 1950, na qual o gênero havia Data 1956 - c. 1970
surgido, obtido sua popularidade inicial e entrado num Anterior Era de Ouro
significativo declínio,[1] a "Era de Prata" compreenderia as Posterior Era de Bronze
publicações lançadas entre 1956 e 1970 e antecederia a "Era
de Bronze".

A popularidade — e, consequentemente, a tiragem — das revistas em quadrinhos de super-heróis


diminuiu consideravelmente após a Segunda Guerra Mundial, ao passo que revistas com histórias de
terror, crime ou romance passavam a representar uma fatia cada vez maior do mercado. No início da
década de 1950, cresceu a controvérsia acerca da suposta ligação entre os quadrinhos e a
delinquência juvenil, e as próprias editoras responsáveis por estas revistas implementariam em 1954
o Comics Code Authority, cujo objetivo era regular o conteúdo publicado.

Em 1956, num mercado já afetado pelas mudanças causadas pelo órgão, foi publicada a revista
Showcase #4, que, ao apresentar uma nova versão do super-herói Flash, acabaria por reaquecer o
interesse pelo gênero. O imediato sucesso levou ao lançamento de inúmeras revistas, incluindo
Justice League of America, estrelada pela Liga da Justiça. O período é marcado ainda, a partir da
década de 1960, pelo surgimento de vários personagens da Marvel Comics, como o Quarteto
Fantástico, o Homem-Aranha e os Vingadores.

A formação dos super-heróis evoluiu durante a Era de Prata. Dentre os artistas que contribuíram
durante o período estão algumas das mais importantes figuras da história do gênero — escritores
como Stan Lee, Gardner Fox, John Broome e Robert Kanigher, e desenhistas como Curt Swan, Jack
Kirby, Gil Kane, Steve Ditko, Mike Sekowsky, Carmine Infantino, John Buscema e John Romita — e
enquanto os escritores incoporaram elementos de ficção científica nas origens e aventuras dos
personagens,[2] o desenvolvimento do personagem e seus conflitos pessoais tornaram-se quase tão
importantes quanto o mito, os super-poderes e as aventuras épicas, e a arte também evoluiu:
anatomia, perspectiva e expressões faciais começaram a ser retratadas de forma mais realista, e um
maior experimentalismo no posicionamento dos quadros que compõem as páginas também
começaria a ocorrer.

Índice
Etimologia
História
Antecedentes e contexto
Início e popularidade
O declínio dos quadrinhos de horror
Marvel Comics e a década de 1960
Término e possível sucessão
Os quadrinhos underground
A arte na Era de Prata
Legado
Evolução do gênero
Retorno e influência
Ver também
Notas
Referências
Bibliografia

Etimologia
O historiador e produtor cinematográfico Michael Uslan conseguiu determinar a origem do termo
"Era de Prata": uma carta publicada na 42ª edição da revista Justice League of America, publicada
em dezembro de 1965. Scott Taylor, um leitor de Westport, Connecticut, escreveu para a revista: "Se
vocês continuarem trazendo de volta os heróis da Era de Ouro [das décadas de 1930 e 1940], as
pessoas daqui vinte anos vão chamar esse período de 'Silver Sixties'!"[nota 1]. Uslan acreditava que a
hierarquia natural entre ouro, prata e bronze foi determinante para que a nova denominação se
tornasse imediatamente popular, e surgisse como uma substituição à quaisquer outras denominações
até então utilizadas, passando a ser adotada inclusive por lojistas, que dividiriam as revistas entre as
lançadas "na Era de Ouro" e as lançadas "na Era de Prata".[3]

História

Antecedentes e contexto

A "Era de Ouro" compreenderia o material produzido entre o final da década de 1930 e o final da
década seguinte, aproximadamente. Alguns dos mais conhecidos super-heróis foram criados nesse
período — Superman, Batman, Wonder Woman, Capitão Marvel e Capitão América — e as revistas
tornaram-se um divertimento barato, quase descartável, que se tornaria bastante popular entre a
população, particularmente com as tropas durante a Segunda Guerra Mundial.[4]

No início da década de 1950 as revistas passariam a ser apontadas como a razão por trás do aumento
na criminalidade juvenil. Dentre os críticos da indústria dos quadrinhos, destacou-se Fredric
Wertham, autor do livro Seduction of the Innocent, lançado em 1954, em que apontaria que a "culpa"
pela delinquência juvenil nos Estados Unidos não seria dos pais ou das escolas, mas dos quadrinhos.
Rapidamente os quadrinhos entraram em declínio.

O término da Era de Ouro é motivo de debate, mas considera-se geralmente como marco inicial da
Era de Prata a publicação da revista Showcase Comics #4, lançada pela DC em 1956. Naquela edição
apresentou-se uma nova versão do The Flash — o primeiro de muitos personagens a serem
repaginados pela editora nos anos seguintes sob o comando do editor Julius Schwartz.[2][5]
O sucesso destas séries ajudou a editora a encontrar um gênero viável que fosse bem sucedido apesar
das restrições do Comics Code Authority. Isto deu novo fôlego aos quadrinhos, e as vendas
começaram a se recuperar. O período também viu o crescimento da Marvel Comics sob a tutela do
escritor/editor Stan Lee e dos artistas/co-escritores Jack Kirby[5] e Steve Ditko, que introduziram
caracterizações mais sofisticadas e roteiros mais dinâmicos ao universos de super-heróis.[6] O
movimento de Quadrinhos Underground também teve início durante este período. Entretanto,
devido a seu conteúdo artístico, impacto e divulgação tão diferentes das grandes companhias, é
geralmente considerado um gênero em separado do meio.

Início e popularidade

A "Era de Prata" teve início em 1956, com a publicação, pela DC Comics,


de Showcase #4, que introduziu uma versão modernizada do personagem
Flash.[7] À época, apenas três super-heróis ainda tinham suas revistas e
histórias publicadas de forma regular pela editora — Superman, Batman e
Mulher Maravilha, mas até profissionais dos quadrinhos entendem que as
histórias do período não eram realmente dignas de nota: Superman
estava disponível "em grande quantidade, mas em pouca qualidade",
Batman possuía histórias cujo qualidade mal podia ser comparada à
obtida na década de 1940 e a Mulher Maravilha havia há muito deixado
de ser uma personagem com histórias interessantes. O lançamento de
Julius Schwartz, editor da
Showcase #4 ao mercado foi definido como algo que "implorava para ser
DC Comics no período. comprado". Com uma capa cativante — um rolo de filme ondulado
retratando o Flash correndo tão rápido que ele havia escapado da imagem
— a revista se tornou um sucesso imediato[8] Por trás da revitalização do
Flash estavam o editor Julius Schwartz, o escritor Gardner Fox e o artista Carmine Infantino.[9]
Schwartz havia sido agente literário de escritores de ficção científica, tais como Ray Bradbury e H. P.
Lovecraft,[10] nas décadas de 1940 e 1950, Fox se dividia entre roteiros de quadrinhos e histórias para
as revistas pulps Weird Tales, Planet Stories e Amazing Stories, Marvel Science Stories, Baseball
Stories, Big Book Football Western, Fighting Western, Football Stories, Lariat Stories, Ace Sports,
SuperScience, Northwest Romances, Thrilling Western, e Ranch Romances.[11]

Com o sucesso de Showcase #4, outros heróis da "Era de Ouro" foram reformulados e relançados sob
o tutela de Schwartz, como Lanterna Verde, Gavião Negro e Átomo. Murphy Anderson, Gil Kane e
Joe Kubert foram alguns dos artistas que contribuíram com as histórias que recriaram esses
personagem. Apenas os nomes dos personagem era mantido. Seus uniformes, identidades e
características eram sempre alteradas e as histórias possuíam maior influência da ficção científica:
explicações pseudo-científicas eram elaboradas para os poderes ao invés de origens mágicas.[2][12] Se
na Era de Ouro o Lanterna Verde era Alan Scott, um engenheiro cujos poderes originavam-se de um
anel energizado por uma lanterna mágica, por exemplo, seu substituto era Hal Jordan, um piloto de
avião cujos poderes originavam-se de um anel energizado por uma bateria energética de origem
alienígena que havia sido criada por uma força da paz intergalática da qual ele fazia parte.[9] A
inspiração foi a série literária Lensman de E. E. Smith, publicada em revistas pulp.[13]

Embora o início da Era de Prata seja comumente ligado ao surgimento do Flash, o Caçador de Marte
havia surgido quase um ano antes em Detective Comics #225, o que fez com que alguns historiadores
o considerassem o primeiro herói do período ao invés do velocista, ainda que as suas primeiras
histórias possuíssem mais semelhanças com histórias de detetive.[14] Justamente por ter se tornado
um super-herói apenas posteriormente que é considerado questionável considerá-lo o primeiro
personagem do período. O historiador Craig Shutt, em coluna publicada na revista Comics Buyer's
Guide apontaria sua discordância: "Não tivesse o Flash surgido, eu duvido que o Caçador de Marte
teria deixado de ser o protagonista de uma história secundária em 'Detective' e se tornado o
precursor de toda uma era"[nota 2][15] — originalmente, o Caçador de Marte era caracterizado como
um detetive chamado John Jones, que usava suas habilidades alienígenas para resolver crimes — não
muito diferente de outros detetives publicados pela editora e que usavam artifícios para resolver os
crimes que investigavam. Apenas em 1959 que John teria se tornado um super-herói com uniforme e
identidade secreta.[14][15] Outro super-herói cujo surgimento antecede o do Flash e que também é
considerado por alguns historiadores como o primeiro super-herói do período é o Capitão Cometa.[14]
Sua primeira história foi publicada em 1951, na 9ª edição da revista Strange Adventures.[16]

O declínio dos quadrinhos de horror

A Harvey Comics era, até então, uma das mais importantes editoras de histórias em quadrinhos em
atividade, mas, com o advento do Comics Code, se viu obrigada a descontinuar sua popular linha de
quadrinhos de horror. Buscando atingir um novo público, a Harvey começou a focar suas revistas no
público infantil com a publicação de personagens como Riquinho, Gasparzinho o Fantasminha
Camarada e Brotoeja. Kathy Merlock, em texto para a Universidade da Flórida apontou que os
quadrinhos da editora eram particularmente populares com meninas, mas atingiam crianças de 6 a
12 com sucesso. Muitos das histórias publicadas pela empresa apresentavam jovens garotas no papel
de protagonistas, e estas personagens costumeiramente "desafiavam estereótipos e mandavam uma
mensagem de aceitação para com aqueles que são diferentes", segundo Merlock[nota 3]. Ainda que
seus personagens tenham posteriormente inspirado filmes e outros produtos, os quadrinhos da
editora não possuem um valor no mercado de colecionadores tão digno de nota quanto o das histórias
publicadas pela Marvel e pela DC Comics no mesmo período.[17]

Outras empresas, como a Gilberton, a Dell Comics e a Gold Key


Comics, fazendo uso de suas reputações de editoras de
"quadrinhos saudáveis", evitaram tornar-se signatárias do
Comics Code e buscaram formas alternativas de continuar
publicando histórias com temas de horror.[18] A Gilberton, por
exemplo, usou sua renomada linha Classics Illustrated para
publicar quadrinizações de Frankenstein e Dr Jekyll and Mr
Hyde. A Dell publicou, em 1961, uma revista com versões em
quadrinhos dos episódios da série Twilight Zone, e, no ano
seguinte, uma revista com histórias do personagem Drácula. A
Western Publishing desfez sua parceira que tinha com a Dell
desde 1938, criando o selo Gold Key Comics, que assumiu a
licença para publicar os quadrinhos de Twilight Zone em
1962.[19] Até então ela já se dedicada ao gênero com a publicação
da revista Boris Karloff Thriller, baseada na série de televisão de
mesmo nome. Em 1965 a editora publicaria ainda outras três
revistas revistas baseadas em séries de televisão: The Addams This Magazine is Crazy da Charlton
Family, The Munsters e Ripley's Believe it or Not!.[20] Comics, uma revista satírica na
linha da revista Mad
A maior prejudicada pelos Comics Code foi a EC Comics, por
conta do código, a editora teve que cancelar vários de seus títulos
de horror,[21] a única revista mantida foi a Mad (uma revista satírica, surgida em 1952),[22] Em 1955,
temendo represarias do código, a EC resolveu mudar o formato da Mad, trocando o tradicional
formato comic book (17 x 26 cm, conhecido no Brasil como formato americano), para os formato
magazine, nos Estados Unidos, Magazine se refere a revistas num formato específico (21,5 x 28 cm,
no Brasil é o formato de publicações como a Super Interessante e a Set), revistas nesse formato não
são classificadas como infantis, por isso não precisaria de aprovação do código.[23] A revista também
aumentou o número de páginas e deixou de ser colorida para ser publicada em preto e branco.

Marvel Comics e a década de 1960


As histórias publicadas pela DC Comics foram
responsáveis por reacender, até 1960, o interesse pelos
quadrinhos de super-herói.[6] Em meados de 1961, com
a publicação, na 123ª edição da revista The Flash, da
história "Flash of Two Worlds", surgiria o conceito do
"Multiverso DC", uma representação ficcional da
interpretação da mecânica quântica que propõe a
existência de universo paralelos. A partir da história,
ficaria estabelecido que os personagens surgidos
durante o período denominado "Era de ouro das
Jack Kirby (esquerda) e Stan Lee (direita), histórias em quadrinhos americanas" (entre 1938 e
duas figuras instrumentais para a ascensão da 1955), bem como as histórias por eles protagonizadas,
Marvel Comics. pertenceriam a um universo paralelo denominado Terra
2, distinto daquele em que ocorriam as histórias
publicadas pela editora durante a década de
1960.[24][25]

Flash of Two Worlds estabeleceu ainda que os universos paralelos existiam simultaneamente e eram
separados por um campo vibracional que poderia ser atravessado, permitindo que heróis de
diferentes "mundos" atuassem juntos em determinadas histórias.[26] Em novembro daquele ano, a
Marvel Comics se aproveitaria do ambiente favorável e lançaria um dos mais aclamados e
importantes personagens do período, o Quarteto Fantástico. As histórias da editora possuíam,
segundo historiadores, histórias e personagens mais sofisticados[6] e, ao contrário dos personagens
de décadas anteriores, na Era de Prata os personagens possuíam maior humanidade, falhavam e
duvidam de si mesmos[27] A história pro trás do surgimento da equipe tornou-se uma lenda urbana e
é alvo de debate. Até então, a mais popular revista do mercado era estrelada pela Liga da Justiça, uma
equipe formada pelos mais populares personagens da DC Comics. Martin Goodman, publisher das
editores "Timely" e "Atlas" — que, posteriormente, iriam se tornar a Marvel Comics — alegadamente
teria ouvido durante uma partida de golfe ou de Jack Liebowitz ou de Irwin Donenfeld que a DC
Comics estaria tendo um enorme sucesso com a revista da Liga, o que teria motivado Goodman a
encomendar conceito similar para Stan Lee e Jack Kirby. O historiador Michael Uslan, embora não
negando que tal partida de golfe tenha ocorrido, questionou os detalhes da história — "Irwin
[Donenfeld] disse nunca ter jogado golfe com Goodman", afirmou em texto publicado na revista
Alter Ego em 2004. Segundo Uslan, Goodman teria sim tido tal conversa sobre a Liga da Justiça, mas
com funcionários da Independent News, empresa pertencente à DC Comis.[28][29]

Independente dos detalhes, é sabido que Martin Goodman teria encomendado ao editor e escritor
Stan Lee a criação de uma equipe de super-heróis, apontando a Liga da Justiça como um exemplo de
sucesso — e como resultado, Lee e Jack Kirby teriam criado o Quarteto Fantástico[30] O trabalho de
Lee ao lado de Kirby e de Steve Ditko, dois desenhistas que acumulavam ainda considerável
responsabilidade na elaboração do argumento das histórias, fez com que a Marvel começasse a obter
cada vez mais destaque. O sucesso do Quarteto Fantástico estimulou a editora a lançar onze novas
revistas em pouco mais de dois anos. As histórias buscavam atingir não apenas o público infantil, mas
também os adolescentes e os jovens nas faculdades.[31] Além do Quarteto, destacaram-se as revistas
do Homem-Aranha e do Hulk[32] Outros significativos personagens introduzidos no período incluem
o Homem de Ferro, Thor, Demolidor e os X-Men[33]

Em 1964, a Warren Publishing inicia uma série de magazines de horror,[34][35] muitos desenhistas
que trabalharam nos títulos de horror da EC, também desenharam para a Warren.[21]

Com o popular lançamento, em 1966, da série de televisão Batman, estrelada por Adam West, outras
editoras passaram a incluir histórias de super-heróis dentre as revistas que publicavam. A Archie
Comics, por exemplo, lançou a linha de revistas "Archie Adventures" (posteriormente renomeada
"Mighty Comics"), estrelada por heróis como "Fly", "Jaguar" e "Escudo". Posteriormente, com o
sucesso obtido por outras equipes de super-heróis, os três se juntariam a "Comet" e "Flygirl" na
equipe "Mighty Crusaders", série que teve roteiros de Jerry Siegel (criador do Superman) e arte de
Paul Reinman.[36][37]

Término e possível sucessão

É comumente aceito que a Era de Prata foi sucedida pela Era de


Bronze.[38] O marco de transição entre um período e o outro, entretanto,
não é claro, e existem diversas possibilidades tanto para o término de
uma quanto para o início da outra.[39] Uma possibilidade seria o ano de
1969, quando teriam sido publicadas as últimas revistas com preço de
capa de 12 cents.[40] O pesquisador Arnold T. Blumberg acredita que a
transição entre os dois períodos foi gradual, se estendendo desde o final
da década de 1960 até 1973, quando foi publicada a história The Night
Gwen Stacy Died. Nela, Gwen Stacy, a então namorada do super-herói
Homem-Aranha, é morta — um dos mais emblemáticos e memoráveis
momentos da história do gênero, segundo Blumberg: "[a morte de Gwen
Neal Adams, artista cujo Stacy] é o evento que muitos citam como o mais tocante e mais
trabalho ao lado do memorável na memória coletiva dos fãs", disse em artigo de 2003. A
escritor Denny O'Neil na história, segue defendendo, representaria o ápice de um ideal que vários
revista Green profissionais vinham defendendo naquele período de transição: abordar
Lantern/Green Arrow é temas mais maduros, ainda que estes estivessem sendo "filtrados" pela
comumente citado como "lente simplista dos super-heróis". A morte de Stacy representaria o fim
o marco zero da "Era de da inocência dos leitores e das histórias mais leves que haviam marcado o
Bronze". período.[41]

O historiador Will Jacobs sugere como marco de transição abril de 1970, mês em que Julius
Schwartz, o homem responsável por iniciar a Era de Prata, abandonou o cargo de editor da revista
Green Lantern, protagonizada por um dos heróis que ele havia ajudado a reinventar, em favor de
Denny O'Neil e Neal Adams[42] O trabalho da dupla é comumente apontado como o término da Era
de Prata. Se na década de 1960 o personagem era um dos mais expoentes exemplos do otimismo que
permeava as histórias do período, as histórias de O'Neil e Adams retratavam o Lanterna Verde como
um personagem que sabia que "os dias felizes" estavam para trás e questões mais sérias eram
levantadas.[4] Na coluna "Scott's Classic Comics Corner", um dos jornalistas do site americano Comic
Book Resources apontaria diversas possibilidades para esse término. Embora uma das mais aceitas
fosse a publicação de Green Lantern/Green Arrow #76, a primeira história de O'Neil e Adams, houve
outros eventos significativos naquele mesmo ano.[39]

Tão aceita quanto Green Lantern/Green Arrow #76 como "marco transitório" está a publicação de
Conan the Barbarian #1, pela Marvel Comics.[39] A revista, escrita por Roy Thomas, possui ainda
maior valor dentro do contexto em que se inseria: "Em 1970, a assim chamada Era de Prata dos
quadrinhos norte-americanos encerrava-se de vez. Conforme os veteranos das HQs (alguns dos
quais estavam na indústria desde seu nascimento!) se afastavam do gênero, uma nova safra, a
primeira composta por fãs de quadrinhos, tomava seu lugar. O expoente maior destes fãs que
viraram criadores foi Roy Thomas", disse o jornalista Pedro Hunter em texto publicado em 2001[43]
Não apenas revistas, mas atitudes tomadas por certos profissionais naquele ano também poderiam
representar o fim da Era de Prata: a aposentadoria do editor Mort Weisinger, até então responsável
pelas histórias de Superman, e a saída o emblemático desenhista e escritor Jack Kirby da Marvel
seriam outras possibilidades, sugere.[39] Independente de qual evento, especificamente, teria
engatilhado a transição, o surgimento de histórias mais "realistas", abordando temas de maior
relevância social, seria uma tendência que representaria o início da Era de Bronze.[44]
Se a "Era de Bronze" terminaria entre 1985 e 1986, com a publicação de histórias como Crise nas
Infinitas Terras,[45] Watchmen e The Dark Knight Returns, o "realismo" exarcebado do período
seguinte o levaria a ser denominado "Era de Ferro"[38] ou "Era Sombria dos quadrinhos".[46][47] O
escritor Grant Morrison, em seu livro Supergods, apontaria que 1970 marcaria o início não da "Era
de Bronze", mas sim da "Era Sombria", que se estenderia além de 1985 e seria marcada pela tentativa
de "levar o mundo real para os quadrinhos".[48]

Os quadrinhos underground

O historiador Peter Coogan, em seu livro The Secret Origin of the Superhero, destacou que, enquanto
a "Era de Ouro" compreendia toda a produção dos Estados Unidos no período, a "Era de Prata" e,
consequentemente, a "Era de Bronze", seriam denominações cuja aplicação seria restrita às histórias
em quadrinhos do gênero super-herói, como as publicadas pela Marvel e pela DC. Outros gêneros,
como as histórias infantis, teriam evoluído de forma separada.[38] Dentre esses outros gêneros,
destaca-se os quadrinhos underground, que, enquanto movimento artístico, transcorreu entre o final
da década de 1960 e o início da década de 1970 e eventualmente proporcionou a criação de um
mercado de quadrinhos "alternativos".[49]

John Strausbaugh, em artigo publicado no jornal americano The New York Times, argumentaria que
historiadores "tradicionais" dedicados Às histórias em quadrinhos defendiam que, enquanto a Era de
Ouro merecesse sim estudos, o único aspecto realmente digno de nota da Era de Prata seria o
surgimento dos quadrinhos underground.[4] Essas histórias eram geralmente produzidas
integralmente por uma mesma pessoa, que as roteirizava e desenhava, geralmente imprimindo um
estilo bastante peculiar tanto na arte quanto no diálogo, tornando o trabalho facilmente identificável.
Dentre os exemplos dessa "identidade visceral" estariam os trabalhos de Robert Crumb e Gilbert
Shelton.[50] O movimento underground foi em geral bem-recebido e inclusive apontado como uma
forma legítima de arte que representava o ideal das tiras de jornal, em que um mesmo profissional
assinava o trabalho.[51] Comumente publicados em preto-e-branco, os quadrinhos underground
eram distribuídos em livrarias e lojas dedicadas à contracultura e destinavam-se a um público adulto
antenado com os ideais do movimento.[50][52][53]

A arte na Era de Prata


Arlen Schumer, autor do livro The Silver Age of Comic Book Art, acredita que o trabalho do
desenhista Carmine Infantino com o personagem Flash seria o maior representante da forma como a
arte o design se apresentavam no período, algo "elegante" e "aerodinâmico".[4] Outros desenhistas
emblemáticos seriam Curt Swan, Gene Colan, Steve Ditko, Gil Kane, Jack Kirby e Joe Kubert.[54]

A partir do final da década de 1960, dois artistas apresentariam um estilo diferente não apenas do
que havia sido retratado na Era de Prata, mas da própria linguagem "quadros numa página" adotada
pelos quadrinhos desde a sua formação. Neal Adams, na DC Comics, e Jim Steranko, na Marvel,
subvertem a lógica por trás da organização das páginas e trouxeram para os quadrinhos uma
linguagem mais cinematográfica. Adams apresentava um estilo naturalista creditado por apresentar,
pela primeira vez em anos, um Batman tão sombrio quanto aquele retratado nas primeiras histórias
do personagem. Respeito à anatomia e um foco nas expressões faciais e nos gestos dos personagens
eram algumas das características de sua dinâmica arte, uma forte influência para as histórias em
quadrinhos modernas.[55][56][4]

Steranko, ao contrário de Adams, não era apenas um artista. O americano era um dos desenhistas do
período a acumular a função de roteirista, e seu sofisticado trabalho é considerado uma das maiores
forças da Marvel no final da década de 1960.[55][4] Steranko começou a sua carreira como arte-
finalista de Kirby, assistindo-o na revista Strange Tales, onde era publicada a série Nick Fury, Agent
of S.H.I.E.L.D., e quando Stan Lee decidiu colocar Steranko também como o responsável pelos
roteiros da série, Steranko decidiu extrapolar os aspectos de espionagem e ficção científica, já sua
primeira primeira história: em apenas 11 páginas Steranko mostrou elementos tão exagerados como a
"bomba afônica", que explodia de forma silenciosa, e a "máquina de raios-Q", que desintegrava a
nível molecular seus alvos.[57]

Legado

Evolução do gênero

Uma importante característica do período, e que se manteve nos anos seguintes, foi a evolução da
composição dos personagens. Uma das mais importantes temáticas do período seria a ficção
científica — temas científicos e alienígenas substituíram a mágica e os deuses nas histórias do
período[2][12][58] — mas este não é um entendimento unânime. Alguns historiadores defendem que a
magia continuou sendo um elemento importante[59] e que elementos da ficção científica já se faziam
presentes nas histórias da Era de Ouro[60][61][62] A composição dos leitores também foi alterada. O
público feminino infantil passou a ser almejado pelas editoras, destacando-se a personagem Brotoeja.
Se os quadrinhos, em geral, eram consumidos até então por crianças e adolescentes do sexo
masculino, os quadrinhos underground mostraram que as histórias também poderiam ter maior
apelo junto ao público adulto.[58]

Em janeiro de 1966, a série de televisão Batman estreou, com forte apelo junto ao público. A
considerável audiência da série foi testemunha de uma reinvenção, em outro meio, das histórias em
quadrinhos. Recontextualizadas, as características dos quadrinhos ali se faziam presentes: A narração
em voice-over eram reminiscente dos quadros de narração dos quadrinhos, e as onomatopéias típicas
das histórias apareceram na televisão com efeitos sonoros. A tiragem dos quadrinhos não apenas de
Batman, mas do mercado como um todo aumentou[63] e várias editoras começaram a publicar
histórias em quadrinhos protagonizadas por super-heróis. Essa tendência, entretanto, não perduraria
por muito tempo. Os novos super-heróis não continuariam sendo publicados além de 1969[36] e já
naquele ano a revista em quadrinhos mais vendida nos Estados Unidos não tinha um super-herói
como protagonista: A Archie Comics e suas revistas humorísticas, com apelo junto aos jovens, era a
mais popular editora.[64]

Retorno e influência

O historiador Peter Sanderson, em artigo publicado no site americano IGN, apontaria que a partir de
1986 teria surgido o "neo-silver movement" um movimento artístico cuja primeira representação
seria a história Whatever Happened to the Man of Tomorrow?, escrita por Alan Moore e publicada
naquele ano. A história de Moore representaria uma defesa do retorno dos princípios da Era de Prata,
ao atacar os princípios da Era de Bronze e, particularmente, Crise nas Infinitas Terras, minissérie
que, por sua vez, representava um ataque à Era de Prata. De acordo com Sanderson, cada geração dos
quadrinhos tende a se rebelar contra a anterior, e os escritores do movimento produziam histórias
que reconheciam e aproveitavam os aspectos mais sofisticados da Era de Prata. Outro significativo
exemplo dessa tendência seria a minissérie de 2003 Marvel 1602, escrita por Neil Gaiman e
publicada pela Marvel Comics.[65]

O jornalista Marcus Medeiros, do site brasileiro Omelete, apontaria o trabalho dos escritores Jeph
Loeb e Joe Kelly com as revistas de Superman entre 1999 e 2004 como exemplos da retomada dos
princípios e conceitos da Era de Prata. Em 2005, após a equipe sair definitivamente das revistas,
afirmou que eles haviam mantido a caracterização estabelecida pela geração anterior ao mesmo
tempo em que incorporam os elementos que haviam sido abandonados: "o objetivo dos roteiristas
era evoluir as bases estabelecidas por John Byrne e seus seguidores para conseguir um Super-
Homem mais humano — conseqüência de sua criação por Jonathan e Martha Kent — ao mesmo
tempo em que resgatariam a magia e a grandeza perdida da Era de Prata dos super-heróis". À
época, tais histórias foram bem-recebidas,[66][67][68][69] mas não de forma unânime. Robert
Greenberger, do Comic Book Resources, elogiaria a capacidade da equipe de revitalizar o personagem
e suas histórias, mas condenaria a falta de ineditismo — "Eles não trouxeram nada de novo, apenas
atualizaram as histórias contadas por Mort [Weisinger, editor das revistas do personagem até
1970]", disse, em texto de 2010.[70] Em 2011, Medeiros citaria uma das histórias de Loeb como um
exemplo do material com características opostas a outro período histórico dos quadrinhos, a Era de
Ferro[71].

Ver também
Histórias em quadrinhos dos Estados Unidos
Era de Ouro
Era de Bronze

Notas
1. Traduzido de "If you guys keep bringing back the heroes from the [1930s-1940s] Golden Age,
people 20 years from now will be calling this decade the Silver Sixties!"[3]
2. Traduzido de "Had Flash not come along, I doubt that the Martian Manhunter would've led the
charge from his backup position in Detective to a new super-hero age".[15]
3. Traduzido de "(...) defied stereotypes and sent a message of acceptance of those who are
different"[17]

Referências
1. George Kovacs, C. W. Marshall (2011). Classics and Comics. [S.l.]: Oxford University Press.
10 páginas. 9780199792368
2. Pedro Hunter (16 de Fevereiro de 2004). «HQs de luto por Julius Schwartz» (http://omelete.com.b
r/quadrinhos/hqs-de-luto-por-julius-schwartz/). Omelete
3. Alter Ego vol. 3, #54 (November 2005), p. 79
4. Strausbaugh, John (14 de dezembro de 2003). «ART; 60's Comics: Gloomy, Seedy, and
Superior» (http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9A0CEED81E3DF937A25751C1A9659
C8B63). The New York Times. Consultado em 28 de junho de 2008
5. Leandro Luigi Del Manto (2008). «Esbarrando na Era de Bronze» (https://web.archive.org/web/20
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Leitura adicional

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