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Comics Code Authority

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A CMAA - Comics Magazine Association of


America ou Associação Americana de Revistas em
Quadrinhos, organização a qual foi atribuída a
autoridade pela observância da aplicação do "Código
dos Quadrinhos" (Comic Code Authority) foi
criada na década de 1950 pelas editoras como uma
forma de autocensura no conteúdo dos quadrinhos
americanos, em resposta a uma recomendação do
Congresso e ao clamor moralista insuflado pelo
psiquiatra Fredric Wertham, autor do livro Seduction
of the Innocent.[1]

Essa autorregulamentação modificou o conteúdo das


revistas, a escolha de cores, temas e palavras. Todas Capa de revista de Publicação aprovada
que ostentavam o selo na capa estavam nesse padrão. horror em quadrinhos pelo Comics Code
pré-código chamada Authority.O selo do
O Comics Code surgido em 1954 era uma adaptação Mister Mystery #12 de código pode ser visto no
dos códigos existentes tanto na DC Comics, quanto julho de 1953. Arte de alto da capa, à direita.
na Archie Comics (editora que comandava a Bernard Baily.
associação).[2]

A grande prejudicada com o Comics Code foi a editora EC Comics que publicava títulos de horror.
Várias publicações da EC foram citadas por Wertham como de mau gosto.[3] Como forma de evitar
censuras na Revista Mad, a EC adotou um formato diferente das revistas em quadrinhos e passou
para o "magazine", 21,5 x 28 cm, formato conhecido no Brasil por ser usado na Revista Veja.[4]

Índice
Fim do Código
No Brasil
Ver também
Referências
Ligações externas

Fim do Código
A Comics Code Authority perdeu força com o tempo, grandes editoras como a Marvel já não
submetiam seus quadrinhos à aprovação do selo.[5]

Em 2010, a Bongo Comics abandona o código.[6] Em 2011, é vez da DC (que resolve adotar uma
classificação própria)[7] e da Archie Comics, decretando assim o fim do código.[6]
Em setembro do mesmo ano, a CBLDF - Comic Book Legal Defense Fund, uma associação criada
para defender a liberdade de expressão nas histórias em quadrinhos, adquiriu os direitos do selo para
usar em produtos licenciados. Todo o lucro arrecadado com as vendas dos produtos será usado em
despesas da fundação.[8]

No Brasil
Influenciado pelos Estados Unidos, nos anos de 1960, as quatro principais editoras brasileiras: Abril,
RGE, EBAL e O Cruzeiro criaram um código chamado "Código de Ética", este possuía um selo
parecido com o do código americano, que dizia: "Aprovado pelo código de ética" e era estampado na
capa dos gibis.[1][9]

Ver também
Código Hays

Referências
Notas

6. Érico Assis (25 de janeiro de 2011). «Selo do


1. Gonçalo Júnior. Companhia das Letras, ed. A Código de Ética é completamente abolido por
Guerra dos Gibis - a formação do mercado editoras de quadrinhos» (http://www.omelete.c
editorial brasileiro e a censura aos om.br/quadrinhos/selo-do-codigo-de-etica-e-c
quadrinhos, 1933-1964. 2004. [S.l.: s.n.] ompletamente-abolido-por-editoras-de-quadrin
ISBN 85-359-0582-0
hos/). Omelete
2. Gerard Jones (2006). Homens do Amanhã - 7. Sérgio Codespoti (21 de janeiro de 2011).
geeks, gângsteres e o nascimento dos gibis. «DC Comics abandona o sistema
[S.l.]: Conrad Editora. 85-7616-160-5 classificatório da Comic Code Authority» (htt
3. Alessandro Abrahão (8 de abril de 2009). «EC p://www.universohq.com/quadrinhos/2011/n21
Comics: da glória ao ocaso» (https://archive.i 012011_10.cfm). Universo HQ
s/Fukx7). Universo HQ. Consultado em 16 de 8. Samir Naliato (30 de setembro de 2011).
maio de 2010 «Comic Book Legal Defense Fund adquire os
4. Sérgio Codespoti (8 de maio de 2008). direitos do selo Comics Authority» (http://unive
«Quando a nomenclatura faz a diferença» (htt rsohq.com/quadrinhos/2011/n30092011_03.cf
ps://web.archive.org/web/20100829164910/htt m). Universo HQ
p://www.universohq.com/quadrinhos/2008/chia 9. da Silva, Diamantino (novembro de 2008).
roscuro_nomenclatura.cfm). Universo HQ. Guimarães, Edgard, ed. «Um certo código de
Consultado em 16 de maio de 2010 ética para as histórias em quadrinhos» (http://
5. «Marvel rompe com o Código de Ética» (http:// www.marcadefantasia.com/revistas/ego/qi/qi-9
www.universohq.com/noticias/marvel-rompe-c 1-100/qi95/qi95.pdf) (PDF). QI (95)
om-o-codigo-de-etica/). Universo HQ. 25 de
maio de 2001. Consultado em 15 de maio de
2010

Bibliografia

Alexandre Callari (2014). «O Comics Code Authority» (http://conhecimentoliteratura.com.br/sabia-


que-as-historias-em-quadrinhos-passaram-30-anos-censuradas/). Editora Escala. Conhecimento
Prático Literatura (51)

Craig Shutt (março de 1997). «Código de guerra». Editora Globo. Wizard (8)
Vassallo, Dr. Michael J. "A Look at the Atlas Pre-Code Crime and Horror Work of Stan Lee" (https://
www.webcitation.org/5lXOIlOSW?url=http://www.ess.comics.org/ess/docvstan.html). The Buyer's
Guide #1258 (26 de dezembro de 1997)

Web

Leopold, Todd. "The Pictures that Horrified America" (http://www.cnn.com/2008/SHOWBIZ/books/


05/08/comic.books)
O que foi o Código de Ética (https://web.archive.org/web/20101125143521/http://maniadecolecion
ador.com.br/comics%20code.htm)
Versão do código de 1971 (https://web.archive.org/web/20110706044942/http://www.reocities.co
m/Athens/8580/cca2.html)
Versão do código de 1988 (https://web.archive.org/web/20100709063557/http://www.reocities.co
m/Athens/8580/cca3.html)
Comics Code History: The Seal of Approval (http://cbldf.org/comics-code-history-the-seal-of-appro
val/)
CBLDF Receives Comics Code Authority Seal of Approval (http://cbldf.org/2011/09/cbldf-receives-
comics-code-authority-seal-of-approval/)

Ligações externas
Comics Code (https://www.lambiek.net/comics/code.htm) Lambiek

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