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No livro Knowledge and Decisions (1980), Thomas Sowell alega que “delegar
o processo decisório a ‘especialistas’ tem se tornado uma característica
central… da visão intelectual do processo decisório político-social”.
Economistas e outros cientistas sociais frequentemente se retratam como
conselheiros imparciais –na verdade, como peritos no assunto – cujo conselho
deveria ser seguido por aqueles que detêm o poder político.
Por que o prestígio público das ciências sociais sofreu um revés dramático em
meados de 1982, o ano que Nisbet publicou seus comentários? Nisbet notou e
rebateu as três razões padrão dadas pelos cientistas sociais:
Esse mascaramento das agendas políticas como ciência objetiva nos leva à
quarta explicação de Nisbet sobre a reputação pública negativa das ciências
sociais. Desde a 2ª Guerra Mundial, os cientistas sociais (com a notável
exceção de muitos economistas) tem sido quase unanime na sua defesa do
liberalismo político (por “liberalismo”, Nisbet fala do “novo liberalismo” do
século XX (progressivismo) nos Estados Unidos, a ideologia do “estado
assistencialista”, não o significado da antiga tradição do liberalismo clássico, o
qual defendia o estado mínimo e a liberdade individual). Como Nisbet explica:
Seria difícil encontrar em toda história uma cena mais flagrante de hipocrisia
do que aquela apresentada pelos cientistas sociais, fingindo-se cientistas
físicos, assegurando ao mundo que a objetividade era possível no estudo dos
seres humanos (assim como o era no estudo dos átomos), mas, ao mesmo
tempo, assegurando que suas hipóteses, princípios e conclusões fossem
demonstrados de forma simples em qualquer apresentação nas primárias dos
progressistas.. A ladainha do progressivismo era a ladainha da ciência social,
com possível exceção do campo econômico… qualquer conclusão de um
cientista social que não terminasse com um apelo ao governo nacional por
ação imediata, adequadamente financiada por impostos, era puramente
acidental…aqueles que participavam dos encontros dessas várias associações
nas décadas de 1960 e 1970 poderiam ser perdoados por não saberem
exatamente se eram encontros profissionais ou comícios em nome de
progressistas e outros radicais.