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Sumário
PROGRAMA DE AULA ..................................................................................................................... 3
BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................. 3
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4
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Processo Civil – Execução
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da
aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
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Processo Civil – Execução
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Programa de aula
Contato1
O módulo de execução é dividido em dois pontos principais:
i. Aspectos gerais da execução/efetivação judicial;
A doutrina tem preferido chamar de efetivação judicial. É espécie de teoria
geral da execução (teoria geral da efetivação).
ii. Cumprimento de sentença e processo autônomo de execução.
Algo parecido com um estudo de execução em espécie.
Bibliografia
Há livros muito completos, como, por exemplo, Manual de Execução de Araken de
Assis. Contudo, trata-se de manual muito extenso, por isso não é recomendado. Para fins
de concurso, recomenda-se o volume único do professor Daniel Assumpção da editora
Juspodivm. É uma leitura rápida e suficiente.
Outro livro de execução, que ainda não foi lançado, mas é recomendado, é o livro
do professor Fredie Didier. No entanto, é uma obra mais aprofundada, de leitura mais
extensa.
TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO
O professor destaca que em concursos tem caído questões mais controvertidas
objeto de informativos e precedentes do STF e STJ, bem como temas não tão específicos,
por exemplo, execução de alimentos (embora não tenha tanta relevância na área federal),
cumprimento de sentença (fase geral do cumprimento de sentença), processo autônomo
de execução e etc. Mas temas como expropriação de bens, detalhes sobre penhora,
arrematação, execução contra devedor insolvente não têm caído muito em concursos.
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Contatos: http://www.joaolordelo.com
joaolordelo.mpf@gmail.com
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Vale destacar que execução contra a fazenda pública (que cai muito) será objeto de
módulo específico.
1. Introdução
Execução é uma forma de tutela que tem por objetivo efetivar um direito definido
em um título executivo. São atividades que o julgador torna a fim de satisfazer um direito,
um crédito. Em muitas oportunidades, a execução (gênero) é chamada no NCPC de
execução, cumprimento de sentença, de efetivação. Ou seja, a execução pode ser
chamada de cumprimento de sentença, que é o cumprimento de um título executivo
judicial; processo autônomo de execução em relação aos títulos executivos extrajudiciais;
ou ainda efetivação (expressão mais ampla para execução).
Execução é uma forma de tutela que tem por objetivo efetivar um direito definido
em um título executivo. Título é a fonte de um direito (documento que representa a
existência de um direito).
1.1 Poderes jurídicos e execução
Os poderes jurídicos são constantemente divididos em (i) direitos potestativos e (ii)
direitos a uma prestação (direitos subjetivos em sentido estrito);
Direito potestativo é um direito de interferência, é um direito que não exige da
parte contrária uma prestação específica. Exemplo: divórcio – independe da vontade ou
prestação da outra parte.
Os direitos a uma prestação, por outro lado, são direitos subjetivos em que alguém
tem um crédito em relação a outra pessoa. Alguém tem uma faculdade de exigir de outra
pessoa uma conduta específica.
O entendimento clássico é de que a execução serve para efetivar direitos de
prestação, ou seja, direitos relacionados a obrigação de fazer, não fazer e dar. Por conta
disso, o entendimento clássico também é no sentido de que somente se sujeita a
execução a sentença condenatória; enquanto que a sentença constitutiva ou
desconstitutiva não dependeria de execução, uma vez que o efeito constitutivo ou
desconstitutivo se efetivaria com o próprio verbo (ato decisório) do órgão judicial.
Portanto, o entendimento clássico é que a sentença constitutiva não é título executivo.
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Veremos que o NCPC deixou claro que a sentença declaratória é título executivo.
Exemplo: declarar a existência de um débito em uma sentença.
Em relação à sentença constitutiva, o entendimento clássico é de que não daria
margem à execução, seja constitutiva positiva ou negativa. No entanto, o entendimento
moderno (Fredie Didier) é no sentido de que é possível extrair de sentenças constitutivas
atos materiais. O STF, por exemplo, tem precedentes no sentido de que a desconstituição
de um contrato gera como efeito material a devolução das coisas.
Exemplo: desconstituição de contrato de compra e venda. No final das contas,
haverá um dever de uma parte devolver uma prestação e a outra devolver a
contraprestação. Se o indivíduo comprou um carro e o contrato é desconstituído, há
obrigação de devolver o carro e a outra parte devolver o dinheiro.
A jurisprudência do STJ tem precedente de que a devolução de bens na
desconstituição de contrato de compra e venda pode ser extraída da própria sentença
desconstitutiva, o que revela a eficácia executória segundo o entendimento mais
moderno.
1.2 Processo autônomo de execução x Fase procedimental executiva
Antigamente, a atividade de execução não se desenvolvia no mesmo processo de
conhecimento. Assim, após a condenação no processo de conhecimento, para efetivar o
direito era necessário um novo processo, com citação da parte devedora (o que gerava
morosidade). Assim, havia um ambiente em que a execução se desenvolvia dentro de um
processo autônomo.
Com o passar do tempo, o processo foi se tornando sincrético, no sentido de tentar
efetivar as mais variadas tutelas (conhecimento, cautelar, executória) dentro de um
mesmo processo. Hoje, a tutela executiva pode ser concedida dentro de um processo
sincrético, havendo mera fase procedimental com intimação do devedor para
cumprimento da obrigação.
Hoje, há um sistema de autonomia das ações (que demanda o ajuizamento de uma
nova ação para a execução) apenas em situações excepcionais, notadamente quando não
há um título judicial.
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4) 1995
Em 1995, os juizados especiais foram criados pela Lei nº 9.099/95 como
procedimentos sincréticos como regra. Exceto para títulos extrajudiciais.
5) 2002
Em 2002, houve mais uma mudança no CPC/73. O artigo 461-A criou o processo
sincrético para a obrigação de entregar coisa. Ou seja, dispensava o processo autônomo
de execução.
6) 2005
Em 2005, a Lei nº 11.232 modificou uma série de artigos do CPC/73, criando o
processo sincrético também para a obrigação da pagar quantia, com algumas exceções: (i)
títulos executivos extrajudiciais, (ii) sentença penal, (iii) sentença estrangeira, (iv) sentença
arbitral, com o detalhe de que nesses casos, a partir da citação o procedimento era o do
cumprimento de sentença. Além disso, existia procedimento autônomo em algumas
execuções especiais: execução de alimentos, execução contra devedor insolvente e contra
a fazenda pública nos casos de obrigação de pagar.
7) Novo CPC (2015)
Pelo Novo Código de Processo Civil, a execução de todos os títulos executivos
judiciais segue o procedimento de cumprimento de sentença. Vale ressaltar que há alguns
títulos executivos judiciais que exigirão citação para a sua execução, pois vêm de um
processo que não é o processo cível (lugar da execução), a exemplo da sentença
estrangeira, sentença penal e arbitral. Esses títulos, portanto, ainda demandam a
instauração de processo autônomo, mas não seguem o rito dos processos autônomos
como os títulos extrajudiciais, mas sim o rito da fase de cumprimento de sentença.
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Perceba que nos casos do artigo 924 existe uma extinção da própria relação de
direito material, notadamente nos incisos II e V, o que impede nova discussão da matéria.
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Ou seja, nos casos do artigo, a execução será extinta e haverá formação de coisa julgada.
Esta sentença, inclusive, é apta ao ajuizamento de ação rescisória.
Exemplo: em processo autônomo de execução em que a prescrição fica evidente, é
possível indeferir a inicial, sem possibilidade de nova propositura, por conta da formação
da coisa julgada.
Desse modo, é possível afirmar que há cognição, há mérito e há coisa julgada na
execução.
3. Formas executivas
Basicamente, existem duas formas ou duas técnicas de execução. Existe a
execução direta (também conhecida como execução por sub-rogação) e existe a execução
indireta.
i. Execução por sub-rogação ou direta: ocorre quando o Estado-juiz substitui
a vontade do devedor. Aqui não existe colaboração do devedor.
Independentemente de sua participação ou vontade. Exemplo: na penhora
online o dinheiro passa diretamente para o credor, sem colaboração do
devedor. Busca e apreensão é outro exemplo. Essas técnicas de execução
são formas de execução direta.
ii. Execução indireta: tem por objetivo fazer uma pressão psicológica no
devedor. Aqui o Judiciário não pode substituir o devedor ou prefere não
fazê-lo, então realiza uma coerção mental para que o devedor cumpra a
sua obrigação. Essa execução indireta é feita através de decisões
mandamentais.
Essa pressão psicológica pode ocorrer:
Com uma ameaça de piora.
Exemplo: inclusão do executado no cadastro de restrição ao crédito (artigo
782, § 3º do CPC) – possibilidade de o juiz colocar o nome do executado no
cadastro de inadimplentes.
Art. 782. Não dispondo a lei de modo diverso, o juiz determinará os atos executivos, e
o oficial de justiça os cumprirá.
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Não existem no estudo da execução regras que determinem quando o juiz realizará
um forma direta ou indireta de execução. A técnica adotada dependerá do caso concreto.
Exemplo: indivíduo contrata artista para pintar quadro. Se o artista não realiza a
obrigação, o juiz não pode substituir a obrigação, por se tratar de obrigação infungível. Ao
final, tal obrigação se transformará em perdas e danos. O meio de se efetivar nesse caso
seria uma execução indireta.
Ademais, é possível usar uma forma de execução indireta, mesmo quando couber
execução direta. Geralmente, a execução indireta é com mais frequência tentada
inicialmente por ser menos onerosa. A tentativa inicial é fazer com que o cumprimento
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seja voluntário, vale dizer, que devedor cumpra a sua obrigação sem precisar de medida
coercitiva.
4. Princípios da execução
4.1. Nulla executio sine titulo (princípio do título executivo)
Trata-se de princípio básico que informa que não há execução sem título
executivo. Esse título executivo pode ser judicial, caso oriundo de atividade jurisdicional,
ou pode ser título executivo extrajudicial.
A obrigatoriedade da apresentação do título para a execução serve para a
segurança do executado, uma vez que a execução coloca o devedor em situação de
desvantagem, o que demanda a demonstração de elemento que aponte a verossimilhança
da situação de crédito (o título executivo).
Perceba que o novo CPC no artigo 515, I, deixou claro que não apenas as sentenças
são título executivo judicial, mas também as decisões interlocutórias.
Obs.: As decisões liminares que deferem pedido de tutela provisória, por exemplo,
decisão que determina fornecimento de medicamentos, geralmente são acompanhadas
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trabalhos forçados (o escravo devia sua força de trabalho ao credor). Isso também ocorreu
no período romano, mas seguiu até períodos mais modernos.
Por fim, o patrimônio passou a ser o elemento maior do direito obrigacional. Esta
foi a opção do nosso Código Civil desde o início. Atualmente não há que se cogitar que
alguém responda por dívida com o seu corpo, muito embora a prisão possa servir como
medida executiva, como veremos na execução de alimentos.
Obs.: Limitação da responsabilidade – impenhorabilidade
Existe limitação a essa responsabilidade do indivíduo por meio de seus bens, que é
basicamente a impenhorabilidade de alguns bens.
Há bens que são absolutamente impenhoráveis e alguns que são relativamente
impenhoráveis. Os relativamente impenhoráveis só podem ser penhorados na inexistência
de outros bens. São aqueles previstos no artigo 834. Já o 833 prevê os bens
absolutamente impenhoráveis. Vale lembrar que o NCPC optou por não colocar a
expressão absolutamente no artigo 833 (como fazia o CPC/73):
Art. 833. São impenhoráveis:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do
executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns
correspondentes a um médio padrão de vida;
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de
elevado valor;
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos
de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias
recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua
família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal,
ressalvado o § 2o;
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros
bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem
penhoradas;
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VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família;
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação
compulsória em educação, saúde ou assistência social;
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta)
salários-mínimos;
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos
da lei;
XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de
incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.
§ 1o A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio
bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição.
§ 2o O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para
pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como
às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo a
constrição observar o disposto no art. 528, § 8o, e no art. 529, § 3o.
§ 3o Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os equipamentos,
os implementos e as máquinas agrícolas pertencentes a pessoa física ou a empresa
individual produtora rural, exceto quando tais bens tenham sido objeto de
financiamento e estejam vinculados em garantia a negócio jurídico ou quando
respondam por dívida de natureza alimentar, trabalhista ou previdenciária.
Art. 834. Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e os rendimentos
dos bens inalienáveis.
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Público argumenta que a lei de ação popular autoriza a penhora e a ação de improbidade
é também ação coletiva.
4ª exceção: o STJ entende que honorários advocatícios, embora possuam natureza
alimentar, podem ser penhorados quando ultrapassar o razoável. REsp 1.264.358:
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL.
PRELIMINARES. AUSÊNCIA DE SIMILITUDE FÁTICA, DE COTEJO ANALÍTICO E DE
ATUALIDADE DA DIVERGÊNCIA. INOCORRÊNCIA. PENHORA DE HONORÁRIOS
PROFISSIONAIS. VERBA DE NATUREZA ALIMENTAR. IMPENHORABILIDADE.
RELATIVIZAÇÃO. ELEVADA MONTA. NÃO INCIDÊNCIA DO ART. 833, § 2º, DO NOVO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. IRRETROATIVIDADE DA LEI PROCESSUAL CIVIL. ATO
JURÍDICO PERFEITO. EMBARGOS DESPROVIDOS.
I - Não se vislumbram, no presente recurso, as preliminares invocadas pela
embargada em sede de impugnação, consistentes na ausência de similitude fática,
de cotejo analítico e de falta de atualidade da divergência, de modo que os
embargos podem ser conhecidos.
II - Pretende a embargante fazer prevalecer posicionamento firmado pela col.
Terceira Turma desta Corte no julgamento do AgRg no REsp n. 1.374.755/SP, da
relatoria do e. Ministro Sidnei Beneti, onde se assentou a impenhorabilidade absoluta
dos honorários profissionais.
III - Nos termos da Súmula Vinculante n. 47, do Supremo Tribunal Federal, "Os
honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do montante
principal devido ao credor consubstanciam verba de natureza alimentar cuja
satisfação ocorrerá com a expedição de precatório ou requisição de pequeno valor,
observada ordem especial restrita aos créditos dessa natureza".
IV - O Superior Tribunal de Justiça, não obstante possua firme jurisprudência no
sentido de reconhecer a natureza alimentar dos honorários advocatícios, o que
conduziria, a princípio, à sua impenhorabilidade, também já assentou premissa
afirmando que, sendo os honorários de elevada monta, como in casu, essa
característica pode ser relativizada, possibilitando a penhora desses valores.
(Precedentes).
V - Em homenagem à teoria do isolamento dos atos processuais, entendo
inaplicável o art. 833, § 2º, do CPC/2015 ao presente caso, uma vez que as decisões
que impuseram, confirmaram ou reformaram a determinação de penhora dos
honorários advocatícios foram tomadas sob a égide do CPC/1973, não sendo possível,
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com tal retroatividade, macular-se ato jurídico perfeito, o que se veda pela
Constituição Federal (art. 5º, inciso XXXVI) e pelo próprio CPC/2015, em seu art.
14.
Embargos desprovidos.
(EREsp 1264358/SC, Rel. Ministro FELIX FISCHER, CORTE ESPECIAL, julgado em
18/05/2016, DJe 02/06/2016)
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Renúncia à impenhorabilidade:
O devedor protegido pela impenhorabilidade pode renunciar a esse direito?
1ª corrente: corrente clássica do STJ. Entende que a impenhorabilidade é matéria
de ordem pública (pode ser conhecida a qualquer momento), indisponível e não pode ser
renunciada. REsp 864.962/RS
PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - IMPENHORABILIDADE DE BENS ÚTEIS E/OU
NECESSÁRIOS ÀS ATIVIDADES DA EMPRESA INDIVIDUAL - PRECEDENTES - AUSÊNCIA
DE PREQUESTIONAMENTO DO ARTIGO 97 DO CTN.
1- Não houve prequestionamento do artigo 97 do CTN. Incide o óbice da Súmula
282/STF, por analogia.
2 - Pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que os bens úteis e/ou
necessários às atividades desenvolvidas por pequenas empresas, onde os sócios
atuam pessoalmente, são impenhoráveis, na forma do disposto no art. 649, VI, do
CPC. Na hipótese, cuida-se de empresa individual cujo único bem é um caminhão
utilizado para fazer fretes, indicado à penhora pelo próprio devedor/proprietário.
3. Inobstante a indicação do bem pelo próprio devedor, não há que se falar em
renúncia ao benefício de impenhorabilidade absoluta, constante do artigo 649 do
CPC. A ratio essendi do artigo 649 do CPC decorre da necessidade de proteção a certos
valores universais considerados de maior importância, quais sejam o Direito à vida, ao
trabalho, à sobrevivência, à proteção à família. Trata-se de defesa de direito
fundamental da pessoa humana, insculpida em norma infraconstitucional.
4. Há que ser reconhecida nulidade absoluta da penhora quando esta recai sobre bens
absolutamente impenhoráveis. Cuida-se de matéria de ordem pública, cabendo ao
magistrado, de ofício, resguardar o comando insculpido no artigo 649 do CPC.
Tratando-se de norma cogente que contém princípio de ordem pública, sua
inobservância gera nulidade absoluta consoante a jurisprudência assente neste STJ.
5. Do exposto, conheço parcialmente do recurso e nessa parte dou-lhe provimento.
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No mesmo sentido:
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. BEM DE FAMÍLIA. IMPENHORABILIDADE.
RENÚNCIA. DESCABIMENTO. IMÓVEL DE PROPRIEDADE DA MÃE DO DEVEDOR.
PROVEITO ECONÔMICO REVERTIDO PARA O NÚCLEO FAMILIAR. INEXISTÊNCIA. NÃO
INCIDÊNCIA DO INCISO V DO ART. 3º DA LEI N. 8.009/1990.
1. A Lei n. 8.009/1990 é norma cogente e de ordem pública, por isso não remanesce
espaço para renúncia à proteção legal quanto à impenhorabilidade do bem de família.
2. A exceção prevista no inciso V do art. 3º da Lei n. 8.009/1990, referente à "hipoteca
sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar",
restringe-se a situações em que a garantia foi ofertada para constituição de dívida
que se reverte em proveito da própria entidade familiar, de modo que, nas hipóteses
em que a hipoteca em verdade é suporte a dívida de terceiros, a impenhorabilidade do
imóvel deve, em princípio, ser reconhecida.
3. No caso em apreço, muito embora o imóvel dado em garantia fosse de titularidade
da mãe do devedor, este morava em município diferente, tinha família e economia
próprias, além do que a dívida era particular (notadamente saldos negativos em
conta-corrente), de sorte que a exceção do art. 3º, inciso V, da Lei n. 8.009/1990 não
incide e a impenhorabilidade do imóvel deve ser reconhecida, porquanto não há
mínimos indícios de que o ato de disponibilidade tenha se revertido em proveito do
núcleo familiar da proprietária.
4. Recurso especial provido.
(REsp 1180873/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
17/09/2015, DJe 26/10/2015)
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Isso será rediscutido com o novo CPC pois ela criou cláusula geral atípica de
negócios jurídicos processuais no artigo 190.2
Vale mencionar, ainda, os enunciados da Súmula do STJ de nº 364 e 449:
O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel
pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas.
2
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes
plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e
convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
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A vaga de garagem que possui matrícula própria no registro de imóveis não constitui
bem de família para efeito de penhora.
(Súmula 449, CORTE ESPECIAL, julgado em 02/06/2010, DJe 21/06/2010)
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Trata-se de princípio antigo, que não faz muito sentido hoje, mas consta em livros de doutrina.
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juiz não poderia fixar multa por atraso, por falta de previsão de multa por atraso na
obrigação de pagar. Portanto, para ele as formas seriam típicas nos títulos extrajudiciais e
atípicas no judiciais.
Esta posição de Marinoni, contudo, não prevalece. Prevalece o entendimento do
enunciado 12 do FPPC (Fórum Permanente de Processualista Cíveis):
12 – (arts. 139, IV, 523, 536 e 771) A aplicação das medidas atípicas sub-rogatórias
e coercitivas é cabível em qualquer obrigação no cumprimento de sentença ou execução
de título executivo extrajudicial. Essas medidas, contudo, serão aplicadas de forma
subsidiária às medidas tipificadas, com observação do contraditório, ainda que diferido, e
por meio de decisão à luz do art. 489, § 1º, I e II. (Grupo: Execução)
O artigo prevê que o exequente pode ficar com o bem penhorado do devedor, em
vez de ficar com dinheiro, se for do seu interesse. Isso permite que a pessoa receba a
coisa penhorada, em vez de dinheiro. Não é algo muito ligado à tutela específica, mas o
código permite essa facilidade ao exequente.
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doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Esse princípio impede a realização de atos executivos que, sem gerar satisfação ao
exequente, gerem sacrifício ao executado, o que se demonstra no artigo 836 do CPC:
Art. 836. Não se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que o produto da
execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas
da execução.
Ou seja, não faz sentido penhorar bem do devedor quando se percebe que o valor
a receber da penhora será menor igual ao custo da execução.
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a) Legitimação ordinária primária (art. 778, a) Legitimação ordinária primária (art. 779,
caput) Ocorre quando o exequente I) mesma coisa do polo ativo.
consiste na pessoa indicada como credor Art. 779. A execução pode ser promovida contra: I –
no título executivo, atuando em nome o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
próprio por direito próprio.
b) Legitimação ordinária superveniente ou
Art. 778. Pode promover a execução forçada o secundária (incisos II e III)
credor a quem a lei confere título executivo. II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do
devedor;
b) Legitimação ordinária superveniente ou III - o novo devedor que assumiu, com o
secundária (§ 1º, exceto inciso I) O consentimento do credor, a obrigação resultante do
título executivo;
exequente, apesar de demandar em nome
próprio e em seu direito, não é o credor c) Legitimação extraordinária (incisos IV, V
originário do título, mas ganha a e VI)
legitimação em razão de um fato entendimento da doutrina:
superveniente ao título:
IV - o fiador do débito constante em título
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Esse dispositivo é basicamente uma reprodução do artigo 573 do CPC/73.
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c) Legitimação extraordinária O
exequente litiga em nome próprio, mas na
defesa de interesse alheio. É o caso do MP.
Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título
executivo.
§ 1o Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao
exequente originário:
I - Ministério Público, nos casos previstos em lei;
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte
deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo;
III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido
por ato entre vivos;
IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional.
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Enfim, toda vez que houver uma cessão, transferência do título, isso pode gerar
uma legitimação outra, que não a primária, uma legitimação secundária.
A legitimação no polo passivo está no artigo 779:
Art. 779. A execução pode ser promovida contra:
I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação
resultante do título executivo;
IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial;
V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito;
VI - o responsável tributário, assim definido em lei.
Art. 687. A habilitação ocorre quando, por falecimento de qualquer das partes, os
interessados houverem de suceder-lhe no processo.
Art. 688. A habilitação pode ser requerida:
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Obs.2: existe uma discussão muito grande no que tange ao fiador. O NCPC faz
referência à legitimidade do fiador como apenas aquele que consta no título executivo
extrajudicial. Então, se o fiador não constar no título extrajudicial, ele pode ser
considerado devedor se for condenado em processo de conhecimento (título judicial).
Mas se o fiador não constar nem no título executivo judicial, nem no extrajudicial, ele não
poderia ser demandado. Ocorre que muitas vezes o fiador não consta em nenhum título, a
exemplo do fiador judicial, que apenas apresenta compromisso (garantia em juízo) em
favor de uma das partes. O NCPC esqueceu a figura do fiador judicial. A doutrina tem dito
que o fiador judicial também responde na execução, porque caso contrário o objeto da
fiança se esgotaria.5
5
O professor recomenda o aprofundamento neste tema no material de apoio e em livros.
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lide, por sua vez, é uma demanda eventual, regressiva, e é típica de processo de
conhecimento, de modo que seu cabimento na execução também não é possível.
Na execução cabe: (i) recurso de terceiro; (ii) incidente de desconsideração da
personalidade jurídica; (iii) amicus curiae e (iv) assistência (controvertida).
Há discussão a respeito do cabimento da assistência porque o artigo 119 do CPC
faz alusão à ideia de cabimento se a sentença for favorável a uma das partes. Prevalece o
cabimento.
Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente
interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo
para assisti-la.
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6. Competência na execução
6.1. Competência para execução de título executivo JUDICIAL
O art. 516 traz regra de competência funcional (e, portanto, absoluta), ao dispor
que “o cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:”
Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I - os tribunais, nas causas de sua competência originária;
II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de
sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal
Marítimo.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo
do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens
sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de
fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada
ao juízo de origem.
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Art. 782. Não dispondo a lei de modo diverso, o juiz determinará os atos executivos, e
o oficial de justiça os cumprirá.
§ 1o O oficial de justiça poderá cumprir os atos executivos determinados pelo juiz
também nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na
mesma região metropolitana.
§ 2o Sempre que, para efetivar a execução, for necessário o emprego de força policial,
o juiz a requisitará.
§ 3o A requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do
executado em cadastros de inadimplentes.
§ 4o A inscrição será cancelada imediatamente se for efetuado o pagamento, se for
garantida a execução ou se a execução for extinta por qualquer outro motivo.
§ 5o O disposto nos §§ 3o e 4o aplica-se à execução definitiva de título judicial.
7. Título executivo
7.1. Natureza jurídico do título executivo
Como já se viu, não há execução sem título. O título é um documento que certifica
um ato jurídico normativo. Para parte da doutrina clássica (Liebman), o título não seria um
documento, mas sim um ato jurídico. Para outra parte da doutrina, título seria um
documento. A doutrina contemporânea mistura os dois entendimentos e afirma que o
título executivo seria um documento que certifica um ato jurídico normativo, permitindo a
deflagração de uma execução.
Os títulos executivos são marcados pelos princípios da taxatividade e da tipicidade:
a) Taxatividade o título é executivo se estiver em rol legal taxativo.
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