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1. Introdução ........................................................................................................................... 1
2. Mercantilismo..................................................................................................................... 2
2.6.4. Salário................................................................................................................... 7
3. Conclusão ........................................................................................................................... 8
4. Bibliografia......................................................................................................................... 9
1. Introdução
Com o colapso do regime antigo a Igreja passou a desempenhar um papel cada vez mais
activo, mas a crescente incompatibilidade entre as demandas financeiras do Estado e as regras
morais que inspiravam os procedimentos económicos”, criou a necessidade de uma nova
abordagem.
A necessidade de segurança convergiu para a formação de um novo tipo de poder, que tomou
forma numa das maiores invenções do Ocidente, o Estado moderno, mais centralizado e forte.
Ao prover essa segurança almejada surge a necessidade de metais preciosos para remunerar as
tropas, que eram o sustentáculo do poder real, da ordem interna e da defesa do reino.
Para estimular a oferta interna de bens e serviços e consequente enriquecimento do reino, este
acumula ouro e prata. A acumulação dos metais com os quais era feito o dinheiro não era
incomum no mundo antigo e na idade média, no período mercantilista, a Inglaterra e os países
da Europa Ocidental, dedicavam-se a obtenção de ouro como questão de política nacional.
1.3. Metodologia
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2. Mercantilismo
O termo mercantilismo provém do latim “mercari”, que significa mercantil, que quer dizer
fazer um negócio, que procede da raiz “merx” que significa mercadoria. O termo
“Mercantilismo” usado pela primeira vez em 1763, por Vitor Riquetti Marquês de Mirabeau,
e mais tarde, em 1776, foi popularizado por Adam Smith.
A sociedade guiada pela moral cristã dá lugar a uma sociedade de homens menos ético e
dominado por motivações egoístas. Os reis procuravam tornar o Estado poderoso política e
militarmente através do uso dos recursos disponíveis e substituir a Igreja na assistência aos
pobres sem causar crises sociais.
Segundo a visão bulionista o poder do Estado era função directa da riqueza do reino, cuja
grandeza se definia pelo acúmulo de metais preciosos. Avaliava-se que a disponibilidade
crescente de ouro e prata dotava as casas reais de capacidade para organizar mecanismos
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abrangentes e eficientes (tropas mercenárias etc.) para o exercício e a afirmação do poder no
plano interno e externo.
A Espanha foi um dos países que tinha facilidades para obter e acumular ouro e prata, pois
tinha um vasto e forte império colonial (principalmente o México e o Peru).
Anos depois, na Espanha, Luís Ortiz, na obra “Para que a moeda não saia do reino”, de
1558, defendeu um conjunto de medidas visando garantir o acúmulo de metais preciosos.
A França por não explorar directamente minas de ouro e prata buscava mecanismos de atrair
esses metais preciosos para o seu território através da produção manufactureira, mas
mantendo um justo equilíbrio entre os diferentes ramos da actividade económica nacional.
Com o incremento de metais preciosos no reino deu-se uma elevação generalizada nos preços
(a Revolução dos Preços) que foi analisada por Jean Bodin (1530-1596) em “Résponse aux
paradoxes de M. Malestroit”, de 1568. Segundo ele os altos preços provinham de três causas:
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a principal e quase exclusiva a abundância de ouro e prata, os monopólios e a exportação ou
consumo de luxo da aristocracia.
Nesta abordagem o ouro não é um fim em si, o que constitui riqueza é a produção de bens
manufacturados, assim a saída de ouro do reino passa a ser permitida desde que se tomem
providências que garantem que a balança comercial se mantenha superavitária ou favorável.
As colónias da Inglaterra possuíam poucos metais preciosos, então ofereciam à sua metrópole
pouca riqueza. Neste caso, os mercantilistas foram obrigados a criar outra abordagem que
buscava manter a economia em pleno emprego através da vigilância sobre os contratos
assinados com os estrangeiros, conhecidos como Balança comercial ou de contratos.
Na Inglaterra, o primeiro a fazer uma crítica ao metalismo baseado numa análise abrangente
das relações comerciais entre os países foi Edward Misselden (1608-1654), em sua obra “The
cicle of commerce”, de 1623, calculando a balança comercial da Inglaterra pela primeira vez.
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Para atingir esses objectivos, o autor propõe uma série de medidas, entre as quais, o apoio do
Estado às exportações e o emprego em massa da população na produção de mercadorias
destinadas ao mercado externo.
Segundo essa formulação, um Estado forte, capaz de estimular e apoiar a produção interna e
se impor aos Estados vizinhos, dependia de fontes inesgotáveis de receitas, e estas, por sua
vez, eram função da prosperidade dos negócios exercidos pelos súbditos.
A nação poderosa devia usar o seu território nas actividades produtivas como a agricultura, a
pesca, a mineração e a manufactura. Assim as autoridades do reino estimulavam o
desenvolvimento de indústrias em seus territórios.
Veit Ludwig Von Seckendorf (1626-1692) é considerado pai do cameralismo pois separou a
economia dos outros ramos sociais como a política e a administração pública com vista o
combate da falência do tesouro público.
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Os reis criavam impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do
exterior. Era uma forma de estimular a indústria nacional e também evitar a saída de moedas
para outros países.
Portugal foi o país que demonstrou maior flexibilidade na aplicação do mercantilismo, tendo
praticado três formas distintas de mercantilismo, com o objectivo de proteger a economia
portuguesa, que era marcada por uma grande dependência face ao exterior.
No século XVI, com a descoberta do caminho marítimo para as Índias, colocou em prática o
mercantilismo comercial, comprando e revendendo mercadorias do Oriente.
No século XVIII, durante o “ciclo do ouro” praticou o mercantilismo metalista sobre o Brasil,
explorando as minas de ouro e absorvendo as reservas de metais preciosos da sua colónia.
Com a crise do ouro, surgiu o mercantilismo industrial, com a produção de artigos destinados
ao abastecimento do mercado colonial.
2.6.1. Moeda
Para os mercantilistas a moeda para além de meio de troca, é uma medida de valor e um
activo financeiro. Com a primeira explicação de Jean Bodin que relacionava a elevação dos
preços das mercadorias à abundância do meio utilizado para medir o seu valor, elaborou-se os
rudimentos de uma análise quantitativa da moeda. Segundo essa visão, sempre que ocorre um
aumento na quantidade de moeda, os preços se elevam.
2.6.2. Preço
William Petty (1623-1687) iniciou sua análise do valor das mercadorias estabelecendo uma
distinção entre o preço político (verdadeiro preço corrente) e o preço natural. Segundo afirma,
o preço político da mercadoria é função das variações da oferta e da procura no mercado e, no
longo prazo, tende a igualar-se ao preço natural. O preço natural corresponde à expressão
monetária do tempo de trabalho necessário para produzir a mercadoria.
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2.6.3. Juro
Joseph Massie concebia o juro como uma parte do lucro e sua taxa, como uma função do
nível do lucro e do risco do investimento. Os mercantilistas defendiam que os negócios
viáveis devem possuir uma rentabilidade interna.
2.6.4. Salário
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3. Conclusão
O mercantilismo assumiu formas nacionais, das quais podem citar-se: Espanha, França,
Inglaterra, Alemanha, Portugal, Holanda, Dinamarca e Suécia.
O mercantilismo foi uma corrente muito heterogénea, por isso não foi uma crença social
sólida ou um rígido sistema de controlo e nem possuiu leis e precursores ou defensores
unificados, apenas tendências individuais específicas, onde as práticas económicas se
adaptavam às circunstâncias de cada nação, como fica claro ao analisar os tipos de
mercantilismo existentes.
Defendia a busca excessiva pelo ouro e pela prata, e se o país não tivesse minas de metais
preciosos, tinha que encontrá-los nas colónias ou, ser especialista em comércio para manter as
balanças comerciais favoráveis.
Na maior parte dos países mercantilistas a abundância de metais num reino elevou os preços
internos, reduziu o comércio e estimulou a aquisição de artigos mais caros no exterior,
provocando uma fuga de moedas metálicas e a consequente redução do volume de metais
acumulados até que se restaurassem os níveis anteriores de preço.
O mercantilismo foi uma fase de germinação da Economia como ciência, pois foi um
momento de grande fertilidade do pensamento económico, onde foram criadas algumas bases
da ciência económica e no século XVIII ela se consolidou.
Esta fase da evolução da sociedade e do pensamento económico foi caracterizada por uma
forte intervenção do Estado na economia.
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4. Bibliografia
Oliveira, R. d., & Gennari, A. M. (2009). História do Pensamento Económico. São Paulo:
Editora Saraiva.
Taylor, A. (1951). As Grandes Doutrinas Económicas (11 ed.). Portugal: Publicações Europa-
América, Lda.