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Rede Orgânicas

são o caminho à frente

"Se você tem uma maçã e eu tenho uma maçã e nós trocamos as maçãs, cada um de nós
continuará tendo uma maçã. Mas se você tem uma idéia e eu tenho uma idéia e nós
trocamos estas idéias, então cada um de nós terá duas idéias"

George Bernard Shaw (1856 - 1950)


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Os Peabirus compunham a primeira rede de colaboração do Brasil - o conjunto de


caminhos indígenas que lhes asseguravam o conhecimento e o domínio do espaço
geográfico sobre o continente sul americano do Atlântico aos Andes, ao Pacífico e à
Amazônia. Foi a conquista desta formidável tecnologia de rede, desenvolvida e
aprimorada pelos índios brasileiros, que permitiu o avanço do colonizador sobre o
espaço geográfico do Brasil nos últimos 500 anos.
Estamos de novo numa dessas fases da história marcadas pela conquista de novas
fronteiras e perspectivas para o crescimento econômico e o progresso em todos os
sentidos da humanidade. A diferença é que, agora, a expansão não se dá mais no espaço
físico, mas sim no espaço virtual. A emergência das tecnologias de informação e
comunicação, cuja primeira síntese é a Internet, gera a possibilidade de criação de novas
arquiteturas de relacionamento, que atraem novos atores, transforma os antigos,
possibilitando a inovação e apontando para novos limites e novas perspectivas
É este o paralelo que o Instituto Peabirus faz entre a nossa história e este novo momento
de desafio de um momento de transição - da sociedade industrial para a sociedade da
informação. As redes do ambiente http://www.peabirus.com.br compõem um conjunto
de plataformas com capacidade de contribuir para o processo de articulação das
comunidades em que estão inseridas, num mundo sem fronteiras e conectado em tempo
real.
Nesta operação em rede, ao contrário do que acontece na economia industrial, não há
controle do processo mas sim domínio, que é compartilhado - um processo bottom-up.
Este compartilhamento com o público promove profunda rearticulação das cadeias de
relacionamento em que atuamos, num processo de baixo para cima e com a participação
de todos os envolvidos. Com isso, os cidadãos, entidades e empresas conquistam
individualmente maior poder agregado e capacidade de transformar de forma positiva
sua realidade de atuação na sociedade e nas comunidades em que estão inseridas, junto
com suas cadeias de valores e de interesses.
As possibilidades sociais, políticas e econômicas num processo como este são inúmeras.
O objetivo da nova cadeia de valores que se forma na rede é gerar inovação e, com isso,
fomentar o desenvolvimento. As conquistas da era industrial são responsáveis pela
geração deste novo momento de inovação, num contexto de fragmentação e disrupção
da sociedade contemporânea. A rede e suas ferramentas apontam para uma nova ordem
mais difusa, complexa e sofisticada.
Desde o surgimento da Internet com sua atual configuração, a questão Redes Orgânicas
vem ganhando a atenção dos principais centros de tecnologia do mundo. Num dos mais
importantes destes centros, o Media Lab - o laboratório de mídia do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts -, há dois grupos de pesquisa com focos neste fenômeno.
Um deles, Redes Virais, está voltado à tecnologia que fundamenta sistemas de
comunicação de base ponto-a-ponto. O outro, Redes de Influência, engloba maneiras
em que sociedades do primeiro e do terceiro mundo alteram a tecnologia de fácil
conectividade para atender seus próprios interesses econômicos, culturais e sociais.
Na visão de Walter Bender, que durante cinco anos foi o diretor executivo do Media
Lab, Redes Orgânicas significa "sistemas de comunicação com raízes populares de uma
extremidade a outra que tanto as sociedades do primeiro mundo como as do terceiro
usam para forçar a tecnologia da conectividade fácil a se adequar a seus interesses
econômicos, culturais e sociais. Por reduzir a barreira econômica à inovação e por
adotar uma arquitetura mais modular e flexível, a computação se tornou acessível a
empreendedores, pequenos negócios e, em última análise, aos consumidores ... Além de
suas raízes populares, reflete as necessidades e os interesses da comunidade local e
desenvolve um comportamento global e emergente".
Ou seja: a arquitetura dos novos sistemas de comunicação é o que define o potencial de
inovação. Mas a adoção de inovação é definida pela sociedade, não pela tecnologia.
Esta é a mais importante premissa das Redes Orgânicas - o resultado depende da
coragem de cada um de nós de ir em frente e construir de forma colaborada e
compartilhada nossas possibilidades de futuro. A rede fomenta e promove a organização
dos ambientes culturais, políticos e econômicos e da ordem institucional em função dos
interesses locais e coloca de novo o indivíduo no centro do processo.

Instituto Peabirus

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