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Dimensionamento e Aplicações
MPhil. Sandro V. S. Cabral; Eng. Bernar H. G. Braga; Eng. Paulo H. A. Lima;
Arq. Tamires O. Cabral
Projectaço Projetos e Soluções Estruturais Ltda, e-mail: projetos@projectaco.com.br
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Figura 1.1 – Vagão em madeira da American Car and Foundry Co. com viga vagonada entre
eixos, 1903 (fonte:www.midcontinent.org)
A figura 1.2 mostra o tipo mais comum de estrutura vagonada: a viga de alma cheia
suportada por cabos. As estruturas vagonadas são compostas de elementos principais,
montantes e tirantes, geralmente cabos com forma catenária. A ausência de diagonais
diferencia a estrutura vagonada da treliça no contexto deste trabalho, exceto no caso particular
de apenas um montante.
viga
tirante
principal
montante
Figura 1.3: Fragmento do Gauntless viaduct, projetado por George Stephenson, 1825 – West
Auckland UK (fonte: Delony, 1996)
Figura 1.4: Ponte Royal Albert, projetada por Isambard Kingdom Brunel, 1859 – Cornwall
UK (fonte: www.structurae.de)
Figura 1.5: Ponte Paraíba do Sul, 1857 – São Paulo (fonte: BELLEI e PINHO, 2007)
Figura 1.7 Ponte Metro West no Liffey Valley projetada por Explorations architecture e Buro
Happold engineering, 2009 - Irlanda (fonte: www.dezeen.com)
O vagonamento pode ser concebido e executado virtualmente em qualquer material
estrutural, mas o aço é um dos materiais mais adequados por sua maior flexibilidade e maior
adequabilidade aos esforços envolvidos, especialmente nos tirantes. Uma análise mais
aprofundada na história dos materiais e das estruturas mostra que o desenvolvimento do ferro
e depois do aço e sua utilização na engenharia e arquitetura está intrinsecamente ligado ao
desenvolvimento e disseminação do uso das estruturas vagonadas.
Apesar das inúmeras aplicações, há poucos estudos sobre a concepção e o
dimensionamento deste tipo de sistema estrutural no Brasil, especialmente baseados nas novas
normas NBR 8800/2008 e NBR 14762/2010 que tratam, respectivamente, da análise e
dimensionamento de perfis laminados e formados a frio em aço. Este artigo é organizado em
três partes inter-relacionadas: concepção, dimensionamento e aplicações. A primeira parte
apresenta uma metodologia de concepção de estruturas vagonadas, a partir de uma
classificação tipológica/estrutural e parâmetros para o seu pré-dimensionamento. A segunda
parte apresenta um procedimento de análise e dimensionamento estrutural baseado nas NBR
8800 e NBR 14762. A terceira parte é desenvolvida ao longo do artigo com vários exemplos
de aplicação e também com dois exemplos de cobertas executadas em aço na cidade de João
Pessoa-PB, demonstrando a metodologia de concepção e o procedimento de dimensionamento
apresentados.
2. CONCEPÇÃO
Figura 2.2 Shopping Leblon projetado pelo arquiteto Eduardo Mondolfo – Rio de Janeiro
(fonte: arquivo Projectaço, 2009)
c) Parabólica ou três ou mais montantes – A figura 2.1c ilustra este tipo de vagonamento. A
figura 2.4 mostra um exemplo de coberta vagonada em aço com vários montantes. A
forma catenária ou parabólica dos tirantes é condição fundamental para um funcionamento
estrutural adequado.
Figura 2.4 Fase I Paddington Station Renovation projetada pelo arquiteto Nicholas Grimshaw,
1999- London UK – (fonte: http://grimshaw-architects.com/)
2.1.2 Quanto à direção do elemento principal:
Figura 2.6 Academia de Ciências da Califórnia projetada pelo arquiteto Renzo Piano, 2008 -
São Francisco USA (fonte: http://www.rpbw.com)
2.1.3 Quanto à direção e o sentido dos montantes:
a) Uma direção - As figuras 2.7a e 2.7b ilustram este tipo de vagonamento. A figura 2.8
mostra um exemplo de vagonamento parabólico unidirecional com montantes em uma
direção e um sentido. A figura 2.9 mostra um exemplo de vagonamento parabólico
unidirecional com montantes em uma direção e dois sentidos (figura 2.7b) aplicado em
uma fachada em vidro. Note que os montantes são em uma direção e um sentido nas
figuras 2.2, 2.3, 2.4 e 2.6.
Figura 2.8 BCP Alphaville projetado pelo arquiteto José Lucena - Barueri SP (fonte: Revista
Finestra, 2012)
Figura 2.9 Fachada da estação Waterloo projetada pelo arquiteto Nicholas Grimshaw, 1989 –
London UK – (fonte: www.grimshaw-architects.com)
b) Duas direções - As figuras 2.7c e 2.7d ilustram este tipo de vagonamento. A figura
2.10 mostra um exemplo de vagonamento triangular unidirecional com montantes em
duas direções e dois sentidos (figura 2.7d), neste caso a denominação específica é pilar
vagonado.
Figura 2.10 Pista de gelo Oxford projetada pelo arquiteto Nicholas Grimshaw, 1984 -
Oxford UK - (fonte: http://grimshaw-architects.com/)
2.1.4 Quanto ao tipo de elemento principal
a) Viga de alma cheia – A figura 2.11 mostra um esquema de uma viga de alma cheia
vagonada com dois montantes. O elemento principal da maioria das estruturas
vagonadas é a viga de alma cheia.
Figura 2.11 Centro de distribuição da Renault projetado arquiteto Norman Foster, 1982 -
Swindon UK (fonte: Macdonald, 2001)
2.2 Pré-dimensionamento
Alternativamente, pode-se utilizar o gráfico da figura 2.13, onde a altura (h) da viga
vagonada em aço é dada, a partir do vão livre em metros, pela curva superior para grandes
cargas e pela curva inferior para pequenas cargas. A linha azul na figura 2.13 mostra os
valores para h=0.055L, que é a média da fórmula empírica dada na figura 2.12.
Estudos na literatura sobre o pré-dimensionamento de treliças ou pilares vagonados ou
vagonamento bi ou multidirecional são muito escassos. Nestes casos, pode-se adotar as alturas
(h) dadas nas figuras 2.12 e 2.13 como primeira aproximação. No caso de pilares vagonados,
o funcionamento estrutural é semelhante ao de vigas vagonadas porque a flexão resultante a
ser combatida é associada a efeitos de 2ª ordem (flambagem).
Compressão
Compressão
Tração
3 ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO
A análise estrutural de estruturas vagonadas em aço pode ser feita segundo a NBR
8800/2008 e o dimensionamento dos perfis pode ser feito de acordo com as NBR 14762/2010
(perfis formados a frio) e NBR 8800/2008 (perfis laminados). Este trabalho se limita ao
dimensionamento de perfis tubulares retangulares formados por perfis U e U enrijecido
formados à frio e perfis tubulares circulares, barras de seção sólida e perfis fechados
laminados. O método dos estados limites últimos é considerado para o dimensionamento
através da NBR8800 e o método da resistência direta é considerado para a NBR14762.
De acordo com o item 4.9.2 da NBR8800, a análise é elástica (item 5.4.2.2), levando
em consideração a não-linearidade geométrica da estrutura. Neste caso, o coeficiente de
flambagem K pode ser tomado como igual a 1 segundo o item 4.9.6.2 da NBR 8800. De
modo geral, o índice de esbeltez de barras comprimidas, KL/r, onde L é o comprimento
destravado e r é o raio de giração da seção transversal da barra, não deve ser superior a 200.
É apresentado um roteiro de dimensionamento à tração, compressão e flexo-
compressão, esforços mais comuns em estruturas vagonadas, conforme item 2.3. Os esforços
são obtidos através de uma análise por elementos finitos usando as hipóteses de análise
mencionadas em 3.1. Em estruturas vagonadas, os perfis mais usuais sujeitos à flexo-
compressão, elementos principais e montantes, são tubulares circulares ou tubulares
retangulares.
(3.1)
Onde:
= força axial de tração solicitante de dimensionamento
= força axial resistente de dimensionamento
(3.3)
Onde:
3.3.1 Perfis retangulares formados à frio (duplo U e duplo U enrijecido com solda de costura
contínua)
O primeiro passo é fazer uma verificação da relação largura-espessura de modo a não
ultrapassar os valores estabelecidos na tabela 3.1 de acordo com a NBR 14672, a partir da
definição dos tipos de elementos dos perfis formados à frio de acordo com a figura 3.1.
Figura 3.1 – Ilustração dos tipos de elementos componentes de perfis formados a frio
(3.4)
Onde:
Para (3.5)
Para (3.6)
onde:
(3.7)
Para (3.9)
Para (3.10)
Onde:
(3.11)
(3.12)
é o coeficiente de poison, de valor 0,3 (de acordo com o item 4.6 da NBR14762:2010)
3.3.2 Perfis retangulares ou circulares tubulares laminados (perfis circulares, barras de seção
sólida e perfis fechados)
(3.13)
Onde:
(3.14)
Sendo:
A – área bruta;
Q = 1, na ausência de instabilidade local;
– fator redutor de capacidade resistente, determinado como segue:
Para (3.15)
para (3.16)
onde:
(3.17)
3.4.1 Perfis retangulares formados à frio (duplo U e duplo U enrijecido com solda de costura
contínua)
De acordo com o item C.4 da NBR14762, o valor característico do momento fletor
resistente deve ser tomado como o menor valor calculado para flambagem global, local e
distorcional, , , , respectivamente. O momento fletor resistente de cálculo é
dado por / , onde é igual a 1,10.
Sendo
é o momento fletor de flambagem global elástica, de acordo com o item 9.8.2.2, calculado
por:
(3.20)
Onde:
é o módulo de elasticidade transversal, adotado igual a 77000 Mpa;
é a constante de torção da seção.
Para (3.22)
Onde:
(3.23)
(3.24)
3.4.2 Perfis retangulares ou circulares tubulares laminados (perfis circulares, barras de seção
sólida e perfis fechados)
O dimensionamento segue o estabelecido no Anexo G da NBR8800/2008.
Para tubos circulares e relação D/t não superior à 0,45E/ :
, para (3.25)
, para (3.26)
, para (3.27)
Onde:
(3.28)
é o diâmetro do tubo;
é a espessura da chapa do elemento.
é o módulo de resistência (mínimo) elástico da seção, relativo ao eixo de
flexão;
(3.29)
(3.30)
, para (3.33)
Onde:
=Z (3.34)
= (3.35)
(3.36)
Onde:
é a força axial solicitante de dimensionamento de tração ou de compressão, a que for
aplicável;
é a força axial resistente de dimensionamento de tração ou compressão;
e são os momentos fletores solicitantes de dimensionamento, respectivamente em
relação aos eixos x e y da seção transversal.
e são os momentos fletores resistentes de dimensionamento, respectivamente em
relação aos eixos x e y da seção transversal.
(3.37)
Onde:
é o momento fletor solicitante calculado considerando as combinações de ações para os
estados limites de serviço, conforme o item 6.7.3;
é o momento fletor resistente, calculado conforme item 3.4 deste trabalho, mas
substituindo o produto por ;
é o momento de inércia da seção bruta.
4 APLICAÇÕES
4.1.1 Concepção
A escolha por uma estrutura vagonada em aço reside no fato de existir a necessidade
de criação de uma estrutura de coberta leve, no sentido econômico e estético, já que o uso é
para área de eventos.
A modulação de pilares mais adequada para a coberta é a retangular (figura 4.1) pois
já existem pilares em concreto armado na construção existente, onde são posicionadas as
vigas principais. Este fato conduz a um vagonamento unidirecional com apenas um montante
em uma direção porque o vão resultante é relativamente pequeno (cerca de 10.7m) pois existe
a necessidade de uma proteção adicional contra as intempéries no lado aposto á edificação
existente (figura 4.4). Os efeitos de sucção do vento são combatidos através de um tirante
auxiliar que resulta em um montante na viga vagonada com apenas um sentido.
Utilizando as definições do item 2.2 (figura 2.13), chega-se uma altura de viga
vagonada de aprox. 80 cm, considerando um vão total de 12.65m. As dimensões da viga
principal são 15x10 cm a partir das fórmulas dadas na figura 2.12 e utilizando l´=5.4m.
A viga principal é travada a cada 67cm pelas terças U50x25 ch2.65mm (figura 4.1),
com parte da estrutura apoiada em uma estrutura existente (figura 4.4), fazendo-se necessário
a verificação da estrutura existente às novas cargas oriundas da estrutura metálica.
Um tirante é introduzido para conter os efeitos de sucção causados pelo vento (figura
4.2), porém, neste trabalho, considera-se apenas os efeitos de cargas gravitacionais, além da
análise e dimensionamento apenas das vigas vagonadas.
Caso A: 1.08
Caso B: 1.08
γa2 1.3
Figura 4.6- Diagrama do esforço axial de compressão da viga principal (Fonte: arquivo
Projectaço)
Figura 4.7- Diagrama do esforço axial de tração dos tirantes (Fonte: arquivo Projectaço)
4.2.1 Concepção
A escolha por uma estrutura vagonada em aço reside no fato de existir a necessidade
de criação de uma estrutura de coberta leve, no sentido econômico e estético, já que o uso é
também para área de eventos como na coberta Terrasse Jardim.
Por outro lado, devido aos vãos não muito diferentes e na possibilidade de apoios em
todas as extremidades (figura 4.11) o vagonamento bidirecional é o mais adequado. Como os
vãos são maiores do que na coberta Terrasse Jardim opta-se por dois e três montantes em uma
direção para as vigas principais perpendiculares, respectivamente, para o vão menor e para o
vão maior. Os efeitos de sucção do vento são combatidos através de tirantes auxiliares que
resulta em montantes com apenas um sentido.
Utilizando as definições do item 2.2 (figura 2.13), chega-se uma altura total da viga
vagonada de aprox. 100 cm, considerando um vão total de 18.44m, que é a distância máxima
entre apoios na figura 4.11. As dimensões da viga principal são de aprox. 14x10 cm segundo
as fórmulas dadas na figura 2.12, utilizando l´=4.62m, mas a altura foi reduzida para 10cm
por se tratar de um vagonamento bidirecional.
Figura 4.11 – Planta baixa da coberta La Tertúlia com indicação das cargas nocionais (Fonte:
arquivo Projectaço)
As vigas principais são mutualmente travadas a cada 154cm (figura 4.11). Vários
tirantes são introduzidos para conter os efeitos de sucção causados pelo vento (figuras 4.12 e
4.13), porém, neste trabalho, considera-se apenas os efeitos de cargas gravitacionais, além da
análise e dimensionamento apenas das vigas vagonadas.
4.2.3 Combinações de carregamento
As combinações de carregamento são feitas seguindo o item 4.1.3, ou seja, calculando
as combinações Gu e Gq.
b) Montante: Valores dados na tabela 4.13. Note que neste caso o montante está apenas
sujeito à compressão (figura 4.15).
Figura 4.17 – Diagrama de esforço de compressão na viga principal (x) (Fonte: arquivo
Projectaço)
Figura 4.18 – Diagrama de esforço de compressão na viga principal (y) (Fonte: arquivo
Projectaço)
Tabela 4.15:Valores para dimensionamento de elementos comprimidos
Nc,RE (kN, Nc,RE (kN,
ELEMENTOS Nc,Rd (kN) Na (kN)
global) local)
Montante 306.91 306.91 255.76 18.74
Viga principal (x) 289.86 289.86 241.55 14.05
Viga principal (y) 498.32 497.32 414.43 67.61
Figura 4.20 – Diagrama de esforço de tração na direção y (ø3/4”) (Fonte: arquivo Projectaço)
Tirante Fa
Ag (m²) C bruta liquida
ø
( ) (MPa) (MPa) (kN)
(kN) (kN)
5/8” 0.0001587 300 420 1,10 1,35 1,00 43,28 39,37 26,43
3/4” 0,000272 300 420 1,10 1,35 1,00 74,18 67,44 66,80
Figura 4.21 – Diagrama de momento fletor da viga principal (x) (Fonte: arquivo Projectaço)
Figura 4.22 – Diagrama de momento fletor da viga principal (y) (Fonte: arquivo Projectaço)
O deslocamento avaliado segundo o Anexo G da NBR 14762, item 3.6 deste trabalho,
é o mesmo acima, visto que o momento de inércia da seção efetiva é igual ao momento de
inércia da seção bruta para os perfis formados a frio das vigas principais e não há esta re-
avaliação para perfis laminados (montantes) de acordo com a NBR8800/2008.
4 CONCLUSÕES
6 BIBLIOGRAFIA
NORMAS
NBR 8800/2008. Projeto de estrutura de aço e de estrutura mista de aço e concreto de
edifícios. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.
NBR 14762/2010. Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis
formados a frio. Rio de Janeiro, ABNT, 2010.
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