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Formas de Tributação

com Ênfase em Apuração


04/12/2015

NOTA SOBRE A AUTORA

Maria Paula Boyadjian Fernandes é Bacharel em Ciências Contábeis,


Pós Graduada em Planejamento Tributário e Administração Contábil e
Financeira, MBA em Contabilidade e Controladoria e mestranda em
Contabilidade
Atua na área contábil há 23 anos. É sócia da Boyadjian & Fernandes
Serviços Contábeis Ltda., onde presta serviços de consultoria contábil,
fiscal e trabalhista. É professora universitária, e atua como docente em
diversas cursos de aperfeiçoamento profissional. Além disso, ministra
palestras sobre temas relacionados as áreas contábil e tributária.
Contato: paula@boyadjianfernandes.com.br

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OBJETIVO

Nosso sistema tributário muda a todo instante e são inúmeras as dúvidas e


questionamentos sobre o tema. Por este motivo, o objetivo deste curso, é
apresentar aos alunos, as formas de tributação existentes no país,
demonstrar na prática a apuração dos federais (PIS, COFINS, IRPJ e CSLL) e a
identificar qual a forma menos onerosa de apurar os impostos.
As empresas enquadradas no Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro
Arbitrado sempre pagarão impostos, pois não há a figura do prejuízo. Já no
Lucro Real, o contribuinte somente fará o pagamento do IRPJ e CSLL se ao
encerrar o balanço apurar Lucro Fiscal. Com relação ao PIS e COFINS não
existe esta condição.

Bons Estudos!

INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

O processo de planejar, busca estudar toda a vida tributária da empresa e


adaptar a sua atividade à carga tributária. Medidas que vão de alterações da sua
própria estrutura jurídica, estabelecendo a mais vantajosa forma de se prestar
serviços, até a mais proveitosa maneira de se distribuir as sedes e filiais. Tudo
isto com a finalidade de proteger os sócios e a empresa e buscar benefícios
fiscais, portanto é o processo de escolha de ação ou omissão lícita.

Há alternativas legais válidas para grandes empresas, que são muitas vezes
inviáveis para as médias e pequenas empresas, dado o custo para gerar
determinadas informações. Por isso, a relação custo/benefício deve ser muito
bem avaliada.

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INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

O planejamento tributário é necessidade básica para todos os contribuintes,


tanto pessoas jurídicas quanto físicas, embora este trabalho deva ser aplicado de
forma isolada como ferramenta para um planejamento tributário.
Para isso, é necessário conhecer a situação do contribuinte, a fim de planejar seus
negócios no sentido de reduzir custos, como tributos.
Outra particularidade é a constante alteração na legislação, o que implica na
necessidade de o profissional estar sempre muito atento, para não levar o
contribuinte a cometer um crime contra a ordem tributária.

Tributação sobre a produção e o consumo


• IPI / ICMS / PIS e COFINS

Tributação sobre serviços


• ISS

Tributação sobre o trabalho


• Encargos sociais (INSS e FGTS)

Tributação sobre o patrimônio, o lucro e a


renda
• Pessoa física (PF) eou Pessoa Jurídica (PJ)

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QUANDO OPTAR

Simples Nacional

( ) Antes do recolhimento da DAS


( ) Através da adesão no portal do Simples Nacional
( ) n.d.a

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QUANDO OPTAR

Lucro Real – Presumido – Arbitrado

( ) Antes do recolhimento do Pis e da Cofins


( ) Antes da entrega das declarações
( ) Antes do recolhimento do IRPJ e da CSLL
( ) n.d.a

CÓDIGOS PARA RECOLHIMENTO DO IRPJ E CSLL

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CÓDIGOS PARA RECOLHIMENTO DO PIS E DA COFINS

NÃO CUMULATIVO PIS COFINS

PERCENTUAL 1,65% 7,60%

CÓDIGO DARF 6912


6912 5856
5868

PERMITE-SE TOMAR CRÉDITO

CUMULATIVO PIS COFINS

PERCENTUAL 0,65% 3%

CÓDIGO DO DARF 8109 2172

VETADO A TOMADA DE CRÉDITOS

IRPJ
ALÍQUOTAS - 15%
- 10% de adicional sobre a parcela do lucro
que exceder a R$ 240.000,00 ao ano ou R$
20.000,00 ao mês

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CSLL
- 9%
Bônus de Adimplência Fiscal
ALÍQUOTAS A partir do ano-calendário de 2003, as pessoas jurídicas
adimplentes com os tributos e contribuições administrados
pela RFB nos últimos cinco anos-calendário, submetidas ao
regime de tributação com base no lucro real ou presumido,
podem se beneficiar do bônus de adimplência fiscal de que
trata o art. 38 da Lei nº 10.637, de 2002.
O bônus de adimplência fiscal é calculado aplicando-se o
percentual de 1% (um por cento) sobre a base de cálculo da
CSLL

Base de Cálculo
Simples Nacional - A base de cálculo para o pagamento unificado dos
tributos pela sistemática do Simples Nacional será a receita bruta auferida
no mês.
Lucro Real - (+) Receitas (-) Custos (-) Despesas (+-) Ajustes determinados
pela legislação tributária
Lucro Presumido – Receitas (x) percentuais de presunção
Lucro Arbitrado – O contribuinte ou autoridade tributária determina
(arbitra) a base de cálculo. Quase sempre, resulta em uma maior carga
tributária para os contribuintes em comparação ao Lucro Real e
Presumido

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O Simples Nacional é um Regime Especial Unificado de


Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte previsto na
Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, e alterada pela
Lei Complementar n 139/2011, aplicável às
Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir
de 01.07.2007 em substituição ao Simples Federal.

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ENQUADRAMENTO

A opção pelo Simples Nacional dar-se-á somente na internet, por meio


do Portal do Simples Nacional, sendo irretratável para todo o ano-
calendário e deverá ser realizado no mês janeiro, até o seu último dia
útil, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário da
opção

LIMITES ANUAIS

Os limites anuais de receita bruta para efeito de enquadramento do simples


nacional são:
ME = 360.000,00
EPP = 3.600.000,00

Assim, para fins de opção e permanência do simples nacional, poderão ser


auferidas em cada ano-calendário receitas no mercado interno ate o limite de
3.600.000,00 e adicionalmente receitas decorrentes da exportação de
mercadorias, desde que as receitas de exportação de mercadorias também não
excedam 3.600.000,00. (Lei complementar 123/2006 e 139/2011)

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IMPORTANTE: Na hipótese de a receita bruta no ano calendário


ultrapassar o limite de 3.600.000,00, a parcela da receita bruta total
que exercer esse limite estará sujeita as alíquotas máximas previstas
nas tabelas dos anos I a V, majoradas em 20%.

EXCLUSÃO
A exclusão do Simples Nacional por opção terá feito para o ano-
calendário subseqüente.
As Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) que não
incorram em nenhuma das vedações previstas na Lei Complementar
nº 123, de 14.12.2006 e Lei Complementar n º 128 podem optar pelo
Simples Nacional.

OUTRAS FORMAS DE EXCLUSÃO DO SIMPLES

A alteração de dados no CNPJ, informada pela ME ou EPP à RFB,


equivalerá à comunicação obrigatória de exclusão do Simples
Nacional nas seguintes hipóteses:
 alteração de natureza jurídica para Sociedade Anônima, Sociedade
Empresária em Comandita por Ações, Sociedade em Conta de
Participação ou Estabelecimento, no Brasil, de Sociedade
Estrangeira;
 inclusão de atividade econômica vedada à opção pelo Simples
Nacional;
 inclusão de sócio pessoa jurídica;
 inclusão de sócio domiciliado no exterior;
 cisão parcial; ou
 extinção da empresa.

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EXCLUSÃO

 cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do
capital de outra empresa não beneficiada pelo Estatuto, desde que a
receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00 no ano
calendário (até 31.12.2011 o limite era de R$ 2.400.000,00);

REGIME DE RECONHECIMENTO DA RECEITA

O regime de reconhecimento da receita bruta será irretratável para todo


o ano-calendário.

Na hipótese de a ME ou EPP possuir filiais, devera ser considerado o


somatório das receitas brutas de todos os estabelecimentos.

A opção pelo regime de reconhecimento da receita bruta deverá ser


registrada em aplicativo disponibilizado no portal do simples nacional,
quando da apuração dos valores devidos relativos ao mês de:

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REGIME DE RECONHECIMENTO DA RECEITA

• Novembro de cada ano–calendário, com efeito para o ano calendário


subsequente, na hipótese de ME ou EPP já optante pelo simples
nacional;
• Dezembro, com efeitos para o ano calendário subsequente, na
hipótese de ME ou EPP em inicio de atividade, com efeitos da opção
pelo simples nacional no mês de dezembro.

Inicio dos efeitos da opção pelo simples nacional, nas demais hipóteses,
com efeitos para o próprio ano calendário.

TRIBUTOS ABRANGIDOS
O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante
documento único de arrecadação, dos seguintes tributos:
 Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);
 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(COFINS);
 Contribuição para o PIS/Pasep;
 Contribuição Patronal Previdenciária (CPP);
 Imposto sobre Operações Relativas à Circ. de Merc. e Sobre
Prest. de Serv. de Transp. Interest. e Interm. e de Comunicação
(ICMS);
 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

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BASE DE CÁLCULO

A base de cálculo para a determinação do valor devido mensalmente pela


ME ou EPP optante pelo Simples Nacional será a receita bruta total
mensal auferida (Regime de Competência) ou recebida (Regime de Caixa),
conforme opção feita pelo contribuinte. Na hipótese de a ME ou a EPP
possuir filiais, deverá ser considerado o somatório das receitas brutas de
todos os estabelecimentos.

No caso de opção pelo regime de caixa (receita efetivamente recebida),


deve-se observar o disposto na Resolução CGSN no 94/2011, sendo que a
opção pelo regime de caixa é irretratável para todo o ano-calendário. Para
mais infomações sobre essa forma de tributação vide Roteiro: "Simples
Nacional - Apuração pelo regime de caixa - Roteiro de Procedimentos".

SEGREGAÇÃO DA RECEITA

Muito embora a base de cálculo seja a receita bruta total mensal, para
fins do cálculo do Simples Nacional é preciso segregar a receita, pois
para cada tipo haverá uma tabela a ser aplicada.

Assim, as ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional deverão


considerar, destacadamente, mensalmente e por estabelecimento, para
fim de pagamento, conforme o caso aplicando a alíquota prevista nas
tabelas I a VI.

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GANHO DE CAPITAL

Para as empresas que estão no Simples Nacional, os ganhos


de capital sujeitam-se à incidência do IRPJ, à alíquota de 15%
e o vencimento do tributo é até o último dia útil do mês
subsequente ao da ocorrência do fato gerador em guia
distinta por meio de DARF e utilizando-se do código 0507.

ALÍQUOTAS A SEREM APLICADAS

O valor devido mensalmente pelas ME e EPP optantes pelo Simples


Nacional é determinado mediante aplicação das tabelas dos anexos da
Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006.
Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a
receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de
apuração.
Já o valor devido mensalmente, a ser recolhido pela ME ou EPP, será o
resultante da aplicação da alíquota correspondente sobre a receita bruta
mensal auferida.
A Lei Complementar define inclusive, qual anexo deverá ser utilizado de
acordo com a atividade operacional da empresa optante pelo Simples
Nacional.

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REGRA PARA DETERMINAÇÃO DA ALÍQUOTA

A regra geral é utilizar a receita bruta total acumulada nos 12 (doze)


meses anteriores ao do período de apuração (RBT12), identificando
nos anexos da LC 123/06 a alíquota aplicável segundo a faixa de
receita.

No caso de empresa em início de atividade no próprio ano-calendário


da opção pelo Simples Nacional, para efeito de determinação da
alíquota no primeiro mês de atividade, o sujeito passivo utilizará,
como receita bruta total acumulada, a receita do próprio mês de
apuração multiplicada por doze (RBT12 proporcionalizada).

REGRA PARA DETERMINAÇÃO DA ALÍQUOTA

Nos 11 (onze) meses posteriores ao do início de atividade, o sujeito


passivo utilizará a média aritmética da receita bruta total dos meses
anteriores ao do período de apuração, multiplicada por 12 (doze).

Na hipótese de início de atividade em ano-calendário imediatamente


anterior ao da opção pelo Simples Nacional, o sujeito passivo utilizará
a regra prevista no item 3 até alcançar 13 (treze) meses de atividade,
quando, então, adotará a regra prevista no item 1.

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ALÍQUOTAS

Art. 18. O valor devido mensalmente pela microempresa ou empresa de pequeno


porte, optante pelo Simples Nacional, será determinado mediante aplicação das
alíquotas constantes das tabelas dos Anexos I a VI desta Lei Complementar sobre a
base de cálculo de que trata o § 3o deste artigo, observado o disposto no § 15 do
art. 3o. (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção de
efeito)
§ 1o Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita
bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração.
§ 2o Em caso de início de atividade, os valores de receita bruta acumulada
constantes das tabelas dos Anexos I a V desta Lei Complementar devem ser
proporcionalizados ao número de meses de atividade no período.

ALÍQUOTAS

§ 2o Em caso de início de atividade, os valores de receita bruta


acumulada constantes das tabelas dos Anexos I a VI desta Lei
Complementar devem ser proporcionalizados ao número de meses de
atividade no período. (Redação dada pela Lei Complementar nº
147, de 2014) (Produção de efeito)
§ 3o Sobre a receita bruta auferida no mês incidirá a alíquota
determinada na forma do caput e dos §§ 1o e 2o deste artigo, podendo
tal incidência se dar, à opção do contribuinte, na forma
regulamentada pelo Comitê Gestor, sobre a receita recebida no mês,
sendo essa opção irretratável para todo o ano-calendário

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TABELAS DO SIMPLES NACIONAL

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio ANEXO I (Vigência a Partir de 01.01.2012)

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pas CPP ICMS
Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%
De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%
De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%
De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%
De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas ANEXO III (Vigência a Partir de 01.01.2012)

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pas CPP ISS
Até 180.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 2,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79%
De 360.000,01 a 540.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50%
De 540.000,01 a 720.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84%
De 720.000,01 a 900.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00%

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CONTRIBUIÇÃO PARA SEGURIDADE SOCIAL – INSS

As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional, no que se refere às


contribuições sociais a cargo da empresa serão tributadas da
seguinte forma:
a) atividade enquadrada nos Anexos I a III e V e VI da Lei
Complementar no 123/2006 - as contribuições patronais incidentes
sobre a remuneração dos trabalhadores serão substituídas pelo
regime do Simples Nacional;
b) atividade enquadrada no Anexo IV da Lei Complementar no
123/2006 - as contribuições patronais incidentes sobre a remuneração
dos trabalhadores serão recolhidas segundo a legislação aplicável
aos demais contribuintes e responsáveis (art. 22 da Lei no
8.212/1991).

c) exercício concomitante de atividades - as contribuições patronais


incidentes sobre a remuneração dos trabalhadores serão proporcionais
à parcela da receita bruta auferida nas atividades enquadradas no
Anexo IV da Lei Complementar no 123/2006, em relação à receita bruta
total auferida pela empresa.

Exercício concomitante de atividades é aquele realizado por trabalhador


cuja mão de obra é empregada de forma simultânea em atividade
enquadrada no Anexo IV em conjunto com outra atividade enquadrada
em um dos Anexos de I a III, V e VI, da Lei Complementar no 123/2006.

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APLICATIVO

O cálculo do valor devido na forma do Simples Nacional deverá ser


efetuado por meio do Programa Gerador do Documento de
Arrecadação do Simples Nacional - Declaratório (PGDAS-D), disponível
no Portal do Simples Nacional na internet.
As informações prestadas no PGDAS-D:
a) têm caráter declaratório, constituindo confissão de dívida e
instrumento hábil e suficiente para a exigência dos tributos e
contribuições que não tenham sido recolhidos resultantes das
informações nele prestadas;
b) deverão ser fornecidas à RFB mensalmente até o vencimento do
prazo para pagamento dos tributos devidos no Simples Nacional em
cada mês, relativamente aos fatos geradores ocorridos no mês
anterior.

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O cálculo relativamente aos períodos de apuração até dezembro de 2011,


deverá ser efetuado por meio do Programa Gerador do Documento de
Arrecadação do Simples Nacional (PGDAS), também disponível no Portal do
Simples Nacional na internet.

Fundamentação: art. 37 da Resolução CGSN no 94/2011.

VENCIMENTO

Até o último dia útil da primeira quinzena


do mês subseqüente àquele em que houver
sido auferida a receita bruta, para os fatos
geradores ocorridos até 28 de fevereiro de
2009.

Até o dia 20 do mês subseqüente àquele em


que houver sido auferida a receita bruta,
para os fatos geradores ocorridos a partir
de 1º de março de 2009.

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Exemplo 1

Empresa com início de atividade em 14/12/2001


Mês de apuração: 07/2012
Receita mês 07/2012: Venda R$ 17.600,00 – anexo I
Cálculo da RBT: Verificar a Receita Acumulada dos últimos 12 meses:

MESES Receita Mês Receita Bruta Total


Julho – 2011 R$ 17.500,00 R$ 17.500,00
Agosto – 2011 R$ 15.000,00 R$ 32.500,00
Setembro – 2011 R$ 16.500,00 R$ 49.000,00
Outubro – 2011 R$ 11.000,00 R$ 60.000,00
Novembro – 2011 R$ 13.000,00 R$ 73.000,00
Dezembro – 2011 R$ 18.000,00 R$ 91.000,00
Janeiro – 2012 R$ 10.000,00 R$ 101.000,00
Fevereiro – 2012 R$ 13.700,00 R$ 114.700,00
Março – 2012 R$ 15.500,00 R$ 130.200,00
Abril – 2012 R$ 18.100,00 R$ 148.300,00
Maio – 2012 R$ 9.800,00 R$ 158.100,00
Junho – 2012 R$ 20.000,00 R$ 178.100,00

Exemplo 1

A RBT é de R$ 178.100,00. Verificando na tabela do Anexo I, a alíquota é


de 4%, então o cálculo do Simples Nacional será:
Receita 07/2012 – R$ 17.600,00 x 4% = R$ 704,00.
O valor da DAS será de R$ 704,00

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Exemplo 2
✔ Empresa com início de atividade em 02/07/2013
✔ Mês de apuração: 07/2013
✔ Receita mês 07/2013: Venda R$ 22.500,00 – anexo I
Cálculo da RBT: Multiplicar a Receita do mês por 12:
Receita mês: R$ 22.500,00 x 12 = R$ 270.000,00
A RBT é de R$ 270.000,00. Verificando na tabela do Anexo I, a alíquota
é de 5,47%, então o cálculo do Simples Nacional será:
Receita 07/2013 – R$ 22.500,00 x 5,47% = R$ 1.230,75
O valor da DAS será de R$ 1.230,75

Exemplo 3

✔ Mês de apuração: 08/2012


✔ Receita mês 08/2012: Venda R$ 19.300,00 – anexo I
Cálculo da RBT: verificar a Receita Acumulada do mês de início até o mês
anterior ao da apuração
Julho - 2012 R$ 22.500,00
TOTAL R$ 22.500,00
Fazer a média aritmética dos meses e multiplicar por 12
R$ 22.500,00 x 12 = R$ 270.000,00
A RBT também é de R$ 270.000,00, pois a única receita de meses anteriores
é a do mês 07. A alíquota é de 5,47% do Anexo I, então o cálculo do Simples
Nacional será:
Receita 08/2012 – R$ 19.300,00 x 5,47% = R$ 1.055,71
O valor da DAS será de R$ 1.055,71

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Exemplo 4

✔Mês de apuração: 09/2012


✔ Receita mês 09/2012: Venda R$ 17.200,00 – anexo I
Cálculo da RBT: Verificar a Receita Acumulada do mês de início até
o mês anterior ao da apuração
Julho-2012 R$22.500,00
Agosto-2012 R$19.300,00
TOTAL R$41.800,00
Fazer a média aritmética do meses e multiplicar por 12
R$ 41.800,00 x 12 = R$ 250.800,00
A RBT é de R$ 250.800,00 verificando na tabela do Anexo I, a
alíquota é de 5,47%, então o cálculo do Simples Nacional será:
Receita 09/2012 – R$ 17.200,00 x 5,47% = R$ 940,84
O valor da DAS será de R$ 940,84

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04/12/2015

Lucro Presumido

É uma modalidade optativa de apurar o lucro e,


consequentemente, o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas
e a Contribuição Social sobre o Lucro das empresas que não
estiverem obrigadas à apuração do Lucro Real.

O lucro presumido é uma forma de tributação que leva em


consideração o percentual de presunção estabelecido pelo
Governo Federal sobre o faturamento.

OPÇÃO

Art. 121. IN 1515. As pessoas jurídicas não enquadradas nas


disposições contidas no art. 22, cuja receita total no ano-calendário
anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e
oito milhões de reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e
quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de
atividade no ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze)
meses, poderão optar pelo regime de tributação com base no lucro
presumido.
§ 1º Sem prejuízo do disposto no art. 140, a opção pela
tributação com base no lucro presumido será aplicada em relação a
todo o período de atividade da empresa em cada ano-calendário.

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04/12/2015

OPÇÃO

§ 2º A opção de que trata este artigo será manifestada com o


pagamento da primeira ou única quota do imposto devido
correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-
calendário.

§ 3º A pessoa jurídica que houver iniciado atividade a partir do


segundo trimestre manifestará a opção de que trata este artigo com
o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido relativa
ao período de apuração do início de atividade.

DETERMINAÇÃO

Art. 122. O lucro presumido será o montante determinado pela soma


das seguintes parcelas:
I - o valor resultante da aplicação dos percentuais de que tratam os §§
1º e 2º do art. 4º, sobre a receita bruta definida pelo art. 3º, relativa a cada
atividade, auferida em cada período de apuração trimestral, deduzida das
devoluções e vendas canceladas e dos descontos incondicionais
concedidos;
II - os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos
decorrentes de receitas não abrangidas pelo inciso I, auferidos no
mesmo período;
III - os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações
financeiras de renda fixa e renda variável;
IV - os juros sobre o capital próprio auferidos;

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04/12/2015

Base de Cálculo e Acréscimos

Ao Lucro Presumido, deverão ser adicionados os ganhos de capital,


demais receitas e resultados positivos não compreendidos na atividade
operacional da empresa, inclusive:

 Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações


financeiras;
 Os juros recebidos a título de remuneração do capital próprio;
 Os juros ativos e os descontos obtidos em pagamentos de
obrigações, etc.

A empresa poderá deduzir do RPJ devido no período:

 IRRF (notas fiscais, aplicação financeira)


 IR pago a maior ou indevidamente

Seção VII
Do Cálculo do Imposto
Art. 128. O imposto sobre a renda devido em cada trimestre
será calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% (quinze
por cento) sobre a base de cálculo.
§ 1º A parcela do lucro presumido que exceder o valor
resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo
número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à
incidência do adicional do imposto sobre a renda à alíquota de
10% (dez por cento).
§ 2º Para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá
deduzir, do imposto apurado em cada trimestre, observado o
disposto no § 4º do art. 2º:

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04/12/2015

I - os valores dos incentivos fiscais de dedução do imposto relativos ao


Programa de Alimentação do Trabalhador, às Doações aos Fundos dos Direitos
da Criança e do Adolescente, às Atividades Culturais ou Artísticas e à Atividade
Audiovisual, observados os limites e prazos previstos na legislação de
regência; (REVOGADO - IN 1556 DE 31.03.2015)
II - o imposto sobre a renda pago ou retido na fonte sobre receitas que
integraram a base de cálculo do imposto devido.
Seção VIII
Do Lucro Presumido - Regime de Caixa
Art. 129. A pessoa jurídica, optante pelo regime de tributação com base no
lucro presumido, que adotar o critério de reconhecimento de suas receitas de
venda de bens ou direitos ou de prestação de serviços com pagamento a prazo
ou em parcelas na medida do recebimento e mantiver a escrituração do livro
Caixa, deverá:

I - emitir a nota fiscal quando da entrega do bem ou direito ou da


conclusão do serviço;
II - indicar, no livro Caixa, em registro individual, a nota fiscal a que
corresponder cada recebimento.
§ 1º Na hipótese prevista neste artigo, a pessoa jurídica que mantiver
escrituração contábil, na forma da legislação comercial, deverá controlar
os recebimentos de suas receitas em conta específica, na qual, em cada
lançamento, será indicada a nota fiscal a que corresponder o
recebimento.
§ 2º Os valores recebidos adiantadamente, por conta de venda de
bens ou direitos ou da prestação de serviços, serão computados como
receita do mês em que se der o faturamento, a entrega do bem ou do
direito ou a conclusão dos serviços, o que primeiro ocorrer.

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04/12/2015

§ 3º Na hipótese prevista neste artigo, os valores recebidos, a


qualquer título, do adquirente do bem ou direito ou do
contratante dos serviços serão considerados como recebimento
do preço ou de parte deste, até o seu limite.
§ 4º O cômputo da receita em período de apuração posterior
ao do recebimento sujeitará a pessoa jurídica ao pagamento do
imposto com o acréscimo de juros de mora e de multa, de mora
ou de ofício, conforme o caso, calculados na forma da legislação
vigente.

ALÍQUOTAS

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04/12/2015

ALÍQUOTAS

SISTEMA CUMULATIVO – NÃO DÁ DIREITO A CRÉDITOS

Lucro Presumido

IRPJ e CSLL
O imposto de renda das pessoas jurídicas é calculado pela aplicação
da alíquota de 15% (quinze por cento) sobre a base de
cálculo/presunção (lucro presumido mais demais receitas e ganhos de
capital).
Incide também um adicional do imposto de renda à alíquota de 10%
(dez por cento) sobre a parcela da base de cálculo (lucro presumido
mais demais receitas e ganhos de capital) que exceder o valor
resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do
período de apuração, ou seja, R$ 60.000,00.
A Contribuição Social é calculada pela alíquota de 9% (nove por cento)
sobre a base de cálculo/presunção.

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04/12/2015

A apuração será
sempre trimestral,
existindo a opção do
recolhimento em
quotas. Cada quota
deverá ser de no
mínimo R$ 1.000,00

Percentuais - IRPJ

Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta são os abaixo


discriminados (RIR/1999, art. 223):
Atividades Percentuais (%)
Atividades em geral (RIR/1999, art. 518) 8,0
Revenda de combustíveis 1,6
Serviços de transporte (exceto o de carga) 16,0
Serviços de transporte de cargas 8,0
Serviços em geral (exceto serviços hospitalares) 32,0
Serviços hospitalares 8,0
Intermediação de negócios 32,0
Administração, locação ou cessão de bens e direitos de 32,0
qualquer natureza (inclusive imóveis)

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04/12/2015

Percentuais - CSLL

(Lei 10.684/2003) A base de cálculo da CSLL, devida pelas pessoas


jurídicas optantes pelo lucro presumido corresponderá a:

12% - da receita bruta nas atividades comerciais, industriais,


serviços hospitalares e de transporte;
32% - prestação de serviços em geral, exceto a de serviços
hospitalares e de transporte; intermediação de negócios;
administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e
direitos de qualquer natureza.

Alíquotas

O imposto de renda das pessoas jurídicas é calculado pela aplicação


da alíquota de 15% (quinze por cento) sobre a base de
cálculo/presunção (lucro presumido mais demais receitas e ganhos
de capital).
Incide também um adicional do imposto de renda à alíquota de 10%
(dez por cento) sobre a parcela da base de cálculo (lucro presumido
mais demais receitas e ganhos de capital) que exceder o valor
resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do
período de apuração, ou seja, R$ 60.000,00.

A Contribuição Social é calculada pela alíquota de 9% (nove por cento)


sobre a base de cálculo/presunção.

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04/12/2015

LUCRO PRESUMIDO

COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS

Não existe a opção de compensar os prejuízos fiscais


existentes para as empresas tributadas pelo Lucro Presumido

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04/12/2015

LUCRO PRESUMIDO

DISTRIBUIÇÃO DE LUCRO

A legislação do IR estabelece que os valores pagos a sócios ou


acionistas ou a titular de empresa tributada pelo lucro presumido,
a título de lucros ou dividendos, ficam isentos do imposto de renda
independentemente de apuração contábil.

Observa-se que essa isenção, porém, alcança somente o valor da


base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, deduzindo
do valor devido relativo aos seguintes tributos (art. 39, do RIR/99;
art. 48 da IN SRF nº 93/1997):

LUCRO PRESUMIDO

 IRPJ (inclusive o adicional, quando devido);


 CSLL;
 PIS/PASEP; e.
 COFINS.
Agora, se o lucro líquido apurado contabilmente for inferior ao
valor determinado de acordo com as regras do lucro presumido,
prevalecerá à isenção sobre a distribuição do lucro presumido
líquido do imposto, desde que existam lucros acumulados ou
reservas de lucros em montante suficiente, caso negativo a
parcela excedente será submetida à tributação com base na
tabela progressiva (IN SRF nº 93/1997).

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04/12/2015

Exercicio
Calcule o IRPJ, CSLL, PIS e COFINS de 2014 com base nos dados abaixo e
demonstre no livro diário os valores encontrados.

Período Serviço Aluguel Aplicação IRRF PCC (4,65%)


janeiro 8.000,00 2.000,00 170,00 750,00 302,25
fevereiro 8.000,00 2.000,00 250,00 85,00 302,25
março 10.000,00 2.000,00 190,00 230,00 302,25
abril 10.000,00 2.000,00 210,00 100,00 334,80
maio 12.000,00 2.000,00 300,00 - 334,80
junho 12.000,00 2.000,00 350,00 1.350,00 334,80
julho 14.000,00 2.000,00 300,00 150,00 348,75
agosto 14.000,00 2.000,00 300,00 150,00 348,75
setembro 16.000,00 2.000,00 300,00 633,00 348,75
outubro 26.000,00 12.000,00 300,00 1.180,00 372,00
novembro 48.000,00 12.000,00 300,00 1.600,00 372,00
dezembro 48.000,00 12.000,00 300,00 440,00 372,00
Total 226.000,00 54.000,00 3.270,00 6.668,00 4.073,40

INFORMAÇÕES ADICIONAIS PARA REALIZAÇÃO DOS CÁLCULOS:

ALÍQUOTA DO PIS E COFINS - SISTEMATICA CUMULATIVA


PIS – 0,65%
COFINS – 3%

ALÍQUOTAS DE PRESUNÇÃO A SEREM UTILIZADAS NO CÁLCULO DO IRPJ E


CSLL
IRPJ = COM E IND 8% E SERVIÇO 32% = BC
CSLL = COM E IND 12% E SERVIÇO 32% = BC

ALÍQUOTA DO IMPOSTO S/ O LUCRO


IRPJ – 15% + 10% ADICIONAL
CSLL – 9%

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04/12/2015

O que é lucro arbitrado?

O arbitramento de lucro e uma forma de apuração da base de cálculo


do imposto de renda utilizada pela autoridade tributaria ou pelo
contribuinte.
E aplicável pela autoridade tributaria quando a pessoa jurídica deixar
de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do
lucro real ou presumido, conforme o caso.

Quando conhecida a receita bruta, e, desde que ocorrida qualquer das


hipóteses de arbitramento previstas na legislação fiscal, o
contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto de renda
correspondente com base nas regras do lucro arbitrado.

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04/12/2015

Hipóteses de Arbitramento

Art. 130. O imposto sobre a renda devido será exigido a cada


trimestre, no decorrer do ano-calendário, com base nos critérios do lucro
arbitrado, quando:
I - o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não
mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais ou deixar de
elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal;
II - a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar
evidentes indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou deficiências que
a tornem imprestável para:
a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive a
bancária; ou
b) determinar o lucro real;

Hipóteses de Arbitramento

III - o contribuinte, não obrigado à tributação com base no lucro real,


deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da
escrituração comercial e fiscal, ou o livro Caixa, nos quais deverá estar
escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária;
IV - o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no
lucro presumido;
V - o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira
deixar de cumprir o disposto no § 1º do art. 76 da Lei nº 3.470, de 28 de
novembro de 1958;
VI - o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas
contábeis recomendadas, livro Razão ou fichas utilizadas para resumir e
totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário;

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04/12/2015

Hipóteses de Arbitramento

VII - o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à


autoridade tributária as informações necessárias para gerar o
FCONT por meio do Programa Validador e Assinador da Entrada
de Dados para o FCONT de que trata a Instrução Normativa RFB
nº 967, de 15 de outubro de 2009, no caso de pessoas jurídicas
sujeitas ao RTT;
VIII - o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à
autoridade tributária a ECF.

Receita Bruta Conhecida


Art. 131. O lucro arbitrado, quando conhecida a receita bruta, será o
montante determinado pela soma das seguintes parcelas:
I - o valor resultante da aplicação dos percentuais estabelecidos no §
1º sobre a receita bruta definida pelo art. 3º, de cada atividade, auferida
em cada período de apuração trimestral, deduzida das devoluções e
vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos;
II - os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos
decorrentes de receitas não abrangidas pelo inciso I, auferidos no mesmo
período;
III - os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações
financeiras de renda fixa e renda variável;
IV - os juros sobre o capital próprio auferidos;

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04/12/2015

Receita Bruta Conhecida

V - os valores recuperados, correspondentes a custos e despesas,


inclusive com perdas no recebimento de créditos, salvo se a pessoa
jurídica comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual
tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro real ou
que se refiram a período no qual tenha se submetido ao regime de
tributação com base no lucro presumido ou arbitrado;
VI - o valor resultante da aplicação dos percentuais de que trata o §
1º sobre a parcela das receitas auferidas em cada atividade, no
respectivo período de apuração, nas exportações às pessoas
vinculadas ou aos países com tributação favorecida que exceder ao
valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma prevista na
Instrução Normativa RFB nº 1.312, de 2012;

Receita Bruta Conhecida


VII - a diferença de receita financeira calculada conforme disposto no
Capítulo V e art. 58 da Instrução Normativa RFB nº 1.312, de 2012;
VIII - as multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por
pessoa jurídica, ainda que a título de indenização, em virtude de rescisão
de contrato, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 30.
§ 1º Nas seguintes atividades o percentual de que trata este artigo
será de:
I - 1,92% (um inteiro e noventa dois centésimos por cento) sobre a
receita bruta auferida na revenda, para consumo, de combustível
derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural;
II - 9,6% (nove inteiros e seis décimos por cento) sobre a receita
bruta auferida:

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04/12/2015

Receita Bruta Conhecida

a) na prestação de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e


terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e
citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas,
exames por métodos gráficos, procedimentos endoscópicos,
radioterapia, quimioterapia, diálise e oxigenoterapia hiperbárica,
desde que a prestadora destes serviços seja organizada sob a
forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);

b) na prestação de serviços de transporte de carga;

Receita Bruta Conhecida

c) nas atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos,


incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda,
bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para
revenda;
d) na atividade de construção por empreitada com emprego de todos
os materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais
incorporados à obra; e
e) nas demais atividades não mencionadas neste parágrafo;

III - 19,2% (dezenove inteiros e dois décimos por cento) sobre a receita
bruta auferida na prestação dos demais serviços de transporte;

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04/12/2015

Receita Bruta Conhecida

IV - 38,4% (trinta e oito inteiros e quatro décimos por cento) sobre a


receita bruta auferida com as atividades de:
a) prestação de serviços relativos ao exercício de profissão
legalmente regulamentada;
b) intermediação de negócios;
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e
direitos de qualquer natureza;
d) construção por administração ou por empreitada unicamente de
mão de obra ou com emprego parcial de materiais;
e) construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de
infraestrutura, no caso de contratos de concessão de serviços
públicos, independentemente do emprego parcial ou total de
materiais;

Receita Bruta Conhecida

f) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,


mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a
pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis
a prazo ou de prestação de serviços (factoring);
g) prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada neste
parágrafo.
§ 2º Conforme disposto no art. 3º, os valores decorrentes do ajuste a valor
presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976,
incluem-se na receita bruta a que se refere o inciso I do caput.
§ 3º Os valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o § 2º
apropriados como receita financeira no mesmo período de apuração do
reconhecimento da receita bruta, ou em outro período de apuração, não serão
incluídos na base de cálculo do lucro arbitrado.

40
04/12/2015

Receita Bruta Conhecida

§ 4º Os valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII


do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, incluem-se nas receitas relativas
aos incisos II a VIII do caput, independentemente da forma como estas receitas
tenham sido contabilizadas.
§ 5º Os valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o § 4º
apropriados como receita financeira no mesmo período de apuração do
reconhecimento das receitas relativas aos incisos II a VIII do caput, ou em outro
período de apuração, não serão incluídos na base de cálculo do lucro arbitrado.
§ 6º No caso de contratos de concessão de serviços públicos:
I - exclui-se da receita bruta a que se refere o inciso I do caput a receita
reconhecida pela construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento
da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de
direito de exploração;

Receita Bruta Conhecida

II - integram a receita bruta a que se refere o inciso I do caput, em conformidade


com o disposto no art. 3º, os valores decorrentes do ajuste a valor presente de
que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, vinculados
aos ativos financeiros a receber pela prestação dos serviços de construção,
recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento da infraestrutura.

§ 7º O lucro arbitrado será determinado pelo regime de competência.

§ 8º O ganho de capital nas alienações de ativos não circulantes investimentos,


imobilizados e intangíveis corresponderá à diferença positiva entre o valor da
alienação e o respectivo valor contábil.

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04/12/2015

Receita Bruta Conhecida

§ 9º Para fins do disposto no § 8º, poderão ser considerados no valor contábil, e


na proporção deste, os respectivos valores decorrentes dos efeitos do ajuste a
valor presente de que trata o inciso III do caput do art. 184 da Lei nº 6.404, de
1976.
§ 10. Para obter a parcela a ser considerada no valor contábil do ativo conforme
o § 9º, a pessoa jurídica terá que calcular inicialmente o quociente entre: (1) o
valor contábil do ativo na data da alienação, e (2) o valor do mesmo ativo sem
considerar eventuais realizações anteriores, inclusive mediante depreciação,
amortização ou exaustão, e a perda estimada por redução ao valor recuperável.
§ 11. A parcela a ser considerada no valor contábil do ativo conforme o § 9º
corresponderá ao produto: (1) dos valores decorrentes do ajuste a valor
presente com (2) o quociente de que trata o § 10.

Receita Bruta Conhecida

§ 12. Para fins do disposto no § 8º, é vedado o cômputo de qualquer


parcela a título de encargos associados a empréstimos, registrados
como custo nos termos do art. 73.

§ 13. Para fins da neutralidade tributária a que se refere o art. 161, deverá
ser considerada no valor contábil de que trata o § 8º eventual diferença
entre o valor do ativo na contabilidade societária e o valor do ativo
mensurado de acordo com os métodos e critérios contábeis vigentes em
31 de dezembro de 2007 observada na data da adoção inicial de que trata
o art. 160.

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04/12/2015

Receita Bruta Conhecida

§ 14. Na apuração do ganho de capital, os valores acrescidos em virtude


de reavaliação somente poderão ser computados como parte integrante
dos custos de aquisição dos bens e direitos se a empresa comprovar
que os valores acrescidos foram computados na determinação da base
de cálculo do imposto sobre a renda.
§ 15. O ganho de capital na alienação do ativo intangível a que se refere
o inciso I do § 6º corresponderá à diferença positiva entre o valor da
alienação e o valor dos custos incorridos na sua obtenção, deduzido da
correspondente amortização.
§ 16. No cálculo do valor a deduzir nos termos do § 15, aplica-se o
disposto nos §§ 19 e 20 do art. 122.

Receita Bruta Conhecida

§ 17. As receitas financeiras relativas às variações monetárias dos direitos de


crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio,
originadas dos saldos de juros a apropriar decorrentes de ajuste a valor
presente não integrarão a base de cálculo do lucro arbitrado.
§ 18. Os valores de que tratam os incisos VI e VII do caput deste artigo serão
apurados anualmente e acrescidos à base de cálculo do último trimestre do ano-
calendário, para efeitos de se determinar o imposto devido.
§ 19. As pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços em geral,
mencionadas nas alíneas “b”, “c”, “d”, “f” e “g” do inciso IV do § 1º, cuja receita
bruta anual seja de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) poderão utilizar,
para determinação do lucro arbitrado trimestral, o percentual de 19,2%
(dezenove inteiros e dois décimos por cento).

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04/12/2015

Receita Bruta Conhecida

§ 20. A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual de que trata


o § 19 para o pagamento trimestral do imposto, cuja receita bruta
acumulada até um determinado trimestre do ano-calendário exceder
ao limite de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), ficará sujeita ao
pagamento da diferença do imposto postergado, apurada em relação a
cada trimestre transcorrido.
§ 21. Para efeito do disposto no § 20, a diferença deverá ser paga em
quota única até o último dia útil do mês subsequente ao trimestre em
que ocorrer o excesso.
§ 22. Quando paga até o prazo previsto no § 21, a diferença apurada
será recolhida sem acréscimos.

Receita Bruta Conhecida

§ 23. Nas atividades desenvolvidas por bancos comerciais, bancos de


investimentos, bancos de desenvolvimento, agências de fomento, caixas
econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades
de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e
câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados
e de capitalização e entidades de previdência privada aberta, o percentual de que
trata o inciso I será de 45% (quarenta e cinco por cento).

§ 24. As pessoas jurídicas que se dedicarem às atividades de venda de imóveis


construídos ou adquiridos para revenda, de loteamento de terrenos e de
incorporação de prédios em condomínio terão seus lucros arbitrados,
deduzindo-se da receita bruta o custo do imóvel devidamente comprovado

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04/12/2015

Art. 132. Excetuam-se da regra estabelecida no § 7º do art. 131:

I - os rendimentos auferidos em aplicações de renda fixa;


II - os ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda variável;
III - os lucros derivados das atividades referidas no § 24 do art. 131, os quais serão
tributados na proporção da receita recebida ou cujo recebimento esteja previsto
para o próprio trimestre.
§ 1º Os rendimentos e ganhos líquidos de que tratam os incisos I e II do caput deste
artigo serão acrescidos à base de cálculo do lucro arbitrado por ocasião da alienação,
resgate ou cessão do título ou aplicação.
§ 2º Relativamente aos ganhos líquidos a que se refere o inciso II, o imposto sobre a
renda sobre os resultados positivos mensais apurados em cada um dos 2 (dois)
meses imediatamente anteriores ao do encerramento do período de apuração será
determinado e pago em separado, nos termos da legislação específica, dispensado o
recolhimento em separado relativamente ao terceiro mês do período de apuração.

Art. 132. Excetuam-se da regra estabelecida no § 7º do art. 131:

§ 3º Os ganhos líquidos referidos no inciso II, relativos a todo o trimestre de


apuração, serão computados na determinação do lucro arbitrado, e o montante do
imposto pago na forma prevista no § 2º será considerado antecipação,
compensável com o imposto sobre a renda devido no encerramento do período de
apuração.

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04/12/2015

Atividades Percentuais

Revenda de combustíveis 1,92%

Fabricação própria 9,6%

Revenda de mercadorias 9,6%

Industrialização p/ encomenda 9,6%

Transporte de cargas 9,6%

Serviços hospitalares 9,6%

Atividade rural 19,2%

Serv. Transporte/ exceto cargas 19,2%

Administração de consórcios 38,4%

Hotelaria e estacionamento 38,4%

Serv. Profissionais habilitados 38,4%

Representante comercial 38,4%

Adm. e locação de imóveis 38,4%

Corretagem em geral 38,4%

Serviços da construção civil 38,4%

Factoring 38,4%

Bancos, instituições financeiras e assemelhados 45%

ALÍQUOTAS

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04/12/2015

Pis e Cofins

Regime de incidência cumulativa


A base de cálculo é o total das receitas da pessoa jurídica, sem deduções em relação
a custos, despesas e encargos. Nesse regime, as alíquotas da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins são, respectivamente, de 0,65% e de 3%
As pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação
do imposto de renda, que apuram o IRPJ com base no lucro presumido ou arbitrado
estão sujeitas à incidência cumulativa.
As pessoas jurídicas, ainda que sujeitas á incidência não-cumulativa, submetem à
incidência cumulativa as receitas elencadas no art. 10, VII a XXV da Lei nº 10.833,
de 2003 (ver Receitas excluídas do regime de incidência não-cumulativa )

Do Lucro Arbitrado - Receita Bruta Desconhecida

Art. 136. O lucro arbitrado das pessoas jurídicas, correspondente a


cada trimestre, quando não conhecida a receita bruta, será determinado
através de procedimento de ofício, mediante a aplicação de uma das
seguintes alternativas de cálculo:
I - 1,5 (um inteiro e cinco décimos) do lucro real referente ao último
período em que a pessoa jurídica manteve escrituração de acordo com
as leis comerciais e fiscais;
II - 0,12 (doze centésimos) da soma dos valores do ativo circulante e do
ativo não circulante realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado
e intangível, existentes no último balanço patrimonial conhecido;

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04/12/2015

Do Lucro Arbitrado - Receita Bruta Desconhecida

III - 0,21 (vinte e um centésimos) do valor do capital, inclusive sua


correção monetária contabilizada como reserva de capital, constante do
último balanço patrimonial conhecido ou registrado nos atos de
constituição ou alteração da sociedade;
IV - 0,15 (quinze centésimos) do valor do patrimônio líquido constante
do último balanço patrimonial conhecido;
V - 0,4 (quatro décimos) do valor das compras de mercadorias
efetuadas no trimestre;
VI - 0,4 (quatro décimos) da soma, em cada trimestre, dos valores da
folha de pagamento dos empregados e das compras de matérias-
primas, produtos intermediários e materiais de embalagem;

Do Lucro Arbitrado - Receita Bruta Desconhecida

VII - 0,8 (oito décimos) da soma dos valores devidos no trimestre a


empregados;
VIII - 0,9 (nove décimos) do valor do aluguel devido no trimestre.
§ 1º As alternativas previstas nos incisos V, VI e VII, a critério da
autoridade lançadora, poderão ter sua aplicação limitada,
respectivamente, às atividades comerciais, industriais e de prestação
de serviços e, no caso de empresas com atividade mista, ser adotados
isoladamente em cada atividade.
§ 2º Para os efeitos da aplicação do disposto no inciso I, quando o lucro
real for decorrente de período-base anual, o valor que servirá de base
ao arbitramento será proporcional ao número de meses do período-
base considerado.

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04/12/2015

Do Lucro Arbitrado - Receita Bruta Desconhecida

§ 3º Nas alternativas previstas nos incisos V e VI, as compras serão


consideradas pelos valores totais das operações, devendo ser
incluídos os valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata
o inciso III do art. 184 da Lei nº 6.404, de 1976.
§ 4º À parcela apurada conforme o caput deste artigo, serão
adicionados, para efeitos de se determinar o lucro arbitrado, os valores
mencionados nos incisos II a VIII do art. 131 e art. 135.

Do Cálculo do Imposto

Art. 137. O imposto devido em cada trimestre será calculado mediante a


aplicação da alíquota de 15% (quinze por cento) sobre a base de cálculo, sem
prejuízo da incidência do adicional de que trata o § 3º do art. 2º.
§ 1º Para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir, do
imposto apurado em cada trimestre o imposto sobre a renda pago ou retido na
fonte sobre receitas que integraram a base de cálculo do imposto devido, desde
que pago ou retido até o encerramento do correspondente período de apuração.
§ 2º É vedada a aplicação de qualquer parcela do imposto devido sobre o
lucro arbitrado em incentivos fiscais.
Art. 138. A pessoa jurídica submetida à tributação com base no lucro real,
que não mantenha escrituração nos termos da legislação comercial e fiscal,
pagará o imposto sobre a renda devido trimestralmente mediante a utilização
das regras de tributação com base no lucro arbitrado.

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04/12/2015

Do Período de Abrangência

Art. 139. A apuração do imposto sobre a renda com base no lucro


arbitrado abrangerá todos os trimestres do ano-calendário, assegurada a
tributação com base no lucro real relativa aos trimestres não submetidos
ao arbitramento, se a pessoa jurídica dispuser de escrituração exigida
pela legislação comercial e fiscal que demonstre o lucro real dos
períodos não abrangidos por aquela modalidade de tributação.
Art. 140. A pessoa jurídica que, em qualquer trimestre do ano-
calendário, tiver seu lucro arbitrado, poderá optar pela tributação com
base no lucro presumido relativamente aos demais trimestres desse ano-
calendário, desde que não obrigada à apuração do lucro real.

DISTRIBUIÇÃO DE LUCRO

BASE DE CÁLCULO 342.000,00


(-) IRPJ 79.500,00
(-) CSLL 35.100,00
(-) PIS 13.650,00
(-) COFINS 63.000,00
(=) VALOR DISTRIBUÍVEL COMO LUCROS
OU DIVIDENDOS SEM INCIDÊNCIA DO IMPOSTO 150.750,00

50
04/12/2015

DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO

Art. 142. Aplica-se à contribuição social sobre o lucro líquido as


disposições contidas nos arts. 3º, 7º, 28, 33 a 114, 124 a 127, 133 a 135.

EXERCÍCIO

A Empresa JK precisa calcular os seus impostos com base no auto arbitramento.


Calcular o IRPJ, CSLL, PIS e COFINS com base nas informações abaixo:

Faturamento jan 420.000,00


Faturamento fev 230.000,00
Faturamento mar 180.000,00
Ganho de capital fev 23.000,00
Receita de aplicação jan 10.000,00
PCC jan 18.200,00
PCC fev 15.500,00
Desconto concedido mar 15.000,00
Desconto obtido fev 2.000,00
IRRF jan 6.200,00
IRRF fev 7.200,00
IRRF mar 8.200,00

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04/12/2015

Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas


adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas
pelo Decreto Lei 1598/77 e Decreto 3000/99

É a forma completa de apuração do Imposto de Renda e da


Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.

Para se apurar o lucro real é necessário manter escrituração


comercial regular (DIÁRIO) , incluindo o Livro de Apuração do
lucro (ECF)

52
04/12/2015

Os impostos são calculados com base no lucro tributável


apurado com base no Regulamento do Imposto de Renda.

O Fisco esclarece que a expressão lucro real significa o próprio


lucro tributável, para fins da legislação do imposto de renda.

LAIR LUCRO
LUCRO TRIBUTÁVEL
ESTIMADO

LUCRO

PRESUMIDO LUCRO
CONTÁBIL
LUCRO
FISCAL

LUCRO
TRIBUTÁVEL
LUCRO REAL

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04/12/2015

Lucro Líquido do Exercício

É a denominação legal do resultado apurado contabilmente no exercício,


por meio da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), conforme
artigo 187 da Lei 6.404/76.
A DRE evidencia o desempenho de uma entidade em um determinado
momento.
Para apurar o resultado contábil do exercício de uma empresa, basta
confrontar o total de despesas com o total de receitas ocorridas em um
determinado período.

Importante Nem sempre o lucro fiscal será igual ao lucro contábil.

54
04/12/2015

Estão obrigadas a optar pelo lucro real as pessoas jurídicas que


estiverem enquadradas em uma das seguintes situações:

1. que tenha receita total, no ano-


calendário anterior, seja superior ao
limite de R$ 78.000.000,00, ou
proporcional ao número de meses do
período, quando inferior a doze meses
(R$ 6.500.000,00 por mês de atividade)
Lei 12.814/2013

2. que tenham atividades de bancos comerciais, bancos de


investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,
sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de
crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores
mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários,
empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito,
empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de
previdência privada aberta;

55
04/12/2015

3. que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos


do exterior;

4. que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios


fiscais, relativos à isenção ou redução do imposto;

5. que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento


mensal pelo regime de estimativa;

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04/12/2015

6. que explorem as atividades de prestação


cumulativa e contínua de serviços de assessoria
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção
e riscos, administração de contas a pagar e a
receber, compras de direitos creditórios resultantes
de vendas mercantis a prazo ou de prestação de
serviços (factoring);

7. que explorem as atividades de securitização de


créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio
(Lei 12.249/2010).

Demais Empresas Optantes pelo Lucro Real

Para as pessoas jurídicas que não estão obrigadas a tributação


pelo lucro real, é opcional a forma de tributação, pois às vezes
acaba sendo compensatório principalmente para as prestadoras
de serviços que a base tributação é de 32%, conforme lei 9.259/95
art. 15.

Porém esse tipo de opção deve avaliar também o reflexo causado


no cálculo do PIS e da COFINS.

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04/12/2015

CÓDIGOS PARA RECOLHIMENTO DO IRPJ E CSLL

EMPRESAS OBRIGADAS IRPJ CSLL

TRIMESTRAL 0220 6012

ANUAL 2362 2484


AJUSTE ANUAL 2430 6773

EMPRESAS OPTANTES IRPJ CSLL

TRIMESTRAL 3373 6012

ANUAL 5993 2484


AJUSTE ANUAL 2456 6773

CÓDIGOS PARA RECOLHIMENTO DO PIS E DA COFINS

NÃO CUMULATIVO PIS COFINS

PERCENTUAL 1,65% 7,60%

CÓDIGO DARF 6912


6912 5868
5856
PERMITE-SE TOMAR CRÉDITO

CUMULATIVO PIS COFINS

PERCENTUAL 0,65% 3%

CÓDIGO DO DARF 8109 2172

VETADO A TOMADA DE CRÉDITOS

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04/12/2015

Periodicidade

Às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real é permitido


apurar o lucro real e, consequentemente, determinar o imposto de
renda e a contribuição social efetivamente devido:
 Trimestralmente; ou
 Anualmente.

Data do Recolhimento
 Apuração anual (estimativa) último dia útil do mês subsequente a
apuração.
Exemplo: PA: 31.01.2014 Venc.: 28.02.2014
 Apuração trimestral: O recolhimento trimestral é feito tendo por
base o encerramento de cada trimestre onde as contas são
encerradas e o imposto apurado recolhido no último dia do mês
subsequente.
Exemplo: PA: 31.03.2014 Venc.: 30.04.2014
O recolhimento através do DARF será efetuado de forma centralizadora, pelo
estabelecimento matriz da pessoa jurídica. (Lei 9.779 de 1999, Art. 15).

59
04/12/2015

ALÍQUOTA IRPJ E ADICIONAL

O imposto devido em cada mês será calculado mediante a aplicação da


alíquota de 15% (quinze por cento) sobre a base de cálculo.
É devido mensalmente o adicional do imposto de renda, a alíquota de
10% (dez por cento), sobre a parcela da base de cálculo apurada que
exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

ALÍQUOTA CSLL
A contribuição social será determinada mediante a aplicação da alíquota
de 9% (nove por cento) sobre a base de cálculo apurada conforme a
legislação vigente.

Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR)

A demonstração do lucro real relativa a cada período abrangido pelo


balanço/balancete de suspensão ou redução deverá ser transcrita no Livro
de Apuração do Lucro Real (LALUR) e no Livro de Apuração da CSLL (LACS).

FINALIDADE

O livro de Apuração do Lucro Real existe para assegurar a separação entre a

escrituração comercial e a fiscal, prevista no § 2° do art. 177 da Lei


n°6.404/76 (Lei das S/A).

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04/12/2015

ESCRITURAÇÃO
PARTE A

Registra os lançamentos de ajustes do lucro líquido do


período-base e à transcrição da demonstração do lucro real através
das adições, exclusões e compensações de prejuízos fiscais.

PARTE B

Destinado a controlar os valores que devam influenciar a


determinação do lucro real dos períodos-bases futuros e não
constem da escrituração comercial.

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1515, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2014

Art. 180. A pessoa jurídica tributada com base no lucro real deverá
escriturar o Lalur, o qual será entregue em meio digital.
§ 1º No Lalur:
a) serão lançados os ajustes do lucro líquido do período de apuração;
b) será transcrita a demonstração do lucro real e a apuração do Imposto
sobre a Renda;
c) serão mantidos os registros de controle de prejuízos a compensar em
períodos subsequentes, de depreciação acelerada e de outros valores que
devam influenciar a determinação do lucro real de períodos futuros e não
constem na escrituração comercial.

61
04/12/2015

RESULTADO # RESULTADO
CONTÁBIL = FISCAL

LIVRO DE APURAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO - 31/12/2012


HISTÓRICO
1. Prejuízo Líquido antes da CSLL (18.679,36)

2. (+) Ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT 1.000,00


( -) Ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT 500,00

3. Prejuízo após os ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT (18.179,36)

4. Adições

- Doações em 15.04.2012, conf. Livro diário nº 06, pág 50. 9.861,00


- Provisões não dedutíveis em 10.10.2012, conf. Livro diário nº 06, págs. 54 5.600,00
- Provisões não dedutíveis em 15.10.2012, conf. Livro diário nº 06, págs. 58 1.500,00
- Multas de Trânsito em 24.04.2012, conf. Livro diário nº 06, pág. 55 4.000,00
Total das Adições 20.961,00
5. Exclusões
- Resultado Positivo Equiv. Patrimonial em 31.12.2012, conf. Livro diário nº 06, pág. 85, 1.489,70
Total das Exclusões 1.489,70
6. Sub-total 1.291,94
7. (-) Compensação de prejuízo fiscal (30%) (387,58)
8. Lucro Real 904,36

Reconhecemos a exatidão do presente demonstrativo.

São Paulo, 31 de Dezembro de 2.012

--------------------------------- -------------------------------
Representante Legal Contador (a)

62
04/12/2015

LIVRO DE APURAÇÃO DO IRPJ

PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO - 31/12/2012


HISTÓRICO
1. Prejuízo Líquido antes do IRPJ (18.760,75)

2. (+) Ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT 1.000,00


( -) Ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT 500,00

3. Prejuízo após os ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT (18.260,75)

4. Adições
- CSLL 81,39
- Doações em 15.04.2012, conf. Livro diário nº 06, pág 50. 9.861,00
- Provisões não dedutíveis em 10.10.2012, conf. Livro diário nº 06, págs. 54 5.600,00
- Provisões não dedutíveis em 15.10.2012, conf. Livro diário nº 06, págs. 58 1.500,00
- Multas de Trânsito em 24.04.2012, conf. Livro diário nº 06, pág. 55 4.000,00
Total das Adições 21.042,39
5. Exclusões
- Resultado Positivo Equiv. Patrimonial em 31.12.2012, conf. Livro diário nº 06, pág. 85, 1.489,70
Total das Exclusões 1.489,70
6. Sub-total 1.291,94
7. (-) Compensação de prejuízo fiscal (30%) (387,58)
8. Lucro Real 904,36

Reconhecemos a exatidão do presente demonstrativo.

São Paulo, 31 de Dezembro de 2.012

--------------------------------- -------------------------------
Representante Legal Contador (a)

PARTE B - CSLL PARTE B - IRPJ

CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO
LUCRO LÍQUIDO DE EXERCÍCIOS FUTUROS LUCRO LÍQUIDO DE EXERCÍCIOS FUTUROS

PREJUIZOS FISCAIS PREJUIZOS FISCAIS

DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO

31.12.2009 Saldo anterior 150.000,00 31.12.2009 Saldo anterior 150.000,00

31.12.2010 Prejuizo Fiscal compensado 7.628,81 - 31.12.2010 Prejuizo Fiscal compensado 7.628,81 -
no período no período

31.12.2010 Saldo no final do exercício 142.371,19 31.12.2010 Saldo no final do exercício 142.371,19

63
04/12/2015

Compensação de Prejuízos Fiscais

Poderão ser compensados os prejuízos fiscais apurados em


períodos de apuração encerrados a partir de 1995, bem como os
saldos ainda não compensados, existentes em 31/12/94, de prejuízos
fiscais apurados a partir do ano calendário de 1991.

O prejuízo fiscal compensável é aquele apurado no Livro de


Apuração do Lucro Real – LALUR.

O limite de 30% não se aplica a empresas rurais e a titulares de Programas


Especiais de Exportação aprovados até 03.06.1993 (arts. 470, I, 510 e 512 do
RIR/99).

Em relação aos prejuízos fiscais e às bases negativas da CSSL de anos-


calendários anteriores não há diferença entre o lucro real trimestral e o balanço
ou balancete de suspensão ou redução de pagamento. Ambas as formas de
apuração terão que observar o limite de 30% na compensação. A diferença
surge nos prejuízos fiscais do ano em curso.

64
04/12/2015

COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS NÃO OPERACIONAIS

Para efeito de compensação dos prejuízos não operacionais em períodos-


base futuros, a pessoa jurídica que apurar prejuízo fiscal em algum período-
base iniciado a partir de 1996, deverá verificar se ele provém, no todo ou em
parte, de resultados negativos não operacionais.

Considera-se resultado não operacional a diferença, positiva ou negativa,


entre o valor pelo qual o bem ou direito do ativo permanente houver sido
alienado e o seu valor contábil.

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO – NÃO APLICABILIDADE DA


SEGREGAÇÃO DE PREJUÍZOS OPERACIONAIS E NÃO OPERACIONAIS

Na apuração da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro


(CSLL) não se aplica a segregação dos prejuízos operacionais e não
operacionais.

65
04/12/2015

As empresas tributadas pelo lucro real poderão deduzir:


a) Do imposto estimado mensal, se houver opção pelo pagamento mensal,
os seguintes incentivos:
Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT);
Operações de Caráter Cultural e Artístico;
Atividades Audiovisuais; e
Doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente.

a) Do imposto calculado com base no lucro real (trimestral ou anual) todos


os incentivos poderão ser aplicados

66
04/12/2015

Limite de Dedução Limite de Dedução


Espécie de Incentivo Cálculo do Incentivo Fundamentação Legal
Isolada Cumulativa

15% das despesas de custeio do


Pat líquidas das parcelas
Programa de
cobradas dos empregados ou Arts. 526, 540, 543 e
Alimentação do 4% do IRPJ normal 4% do IRPJ normal
15% de 1,99 x número de 581 a 588 do RIR/99
Trabalhador - PAT
refeições fornecidas no período,
o que for menor

Projetos aprovados com base no


art. 26 da Lei 8.313/91: até 40%
das doações e 30% dos
patrocínios
Operações de Caráter
Cultural e Artístico Projetos aprovados com base no 4% do IRPJ normal
art. 18 da Lei 8.313/91, com
alterações da Lei 9.874/99: até
4% do IRPJ normal, Art. 475 e 489 e 543 do
100% do somatório de doações
respeitando o limite RIR/99; Decretos
e patrocínios
específico para as 1.493 e 1494/95 e MP
Produção de obras e projetos atividades audiovisuais 2.228/01
audiovisuais, inclusive
operações nos termos do art. 39
3% do IRPJ normal
da MP 2.228/2001, produzidos
Atividade Audiovisual
com os recursos de que trata i
inciso X desse mesmo art. 39
Patrocínio a projetos
4% do IRPJ normal
audiovisuais
Doações aos fundos Arts. 543 e 591 do
dos direitos das RIR/99, art. 1º do
Doações efetivamente realizadas 1% do IRPJ normal
crianças e do Decreto 794/93, IN SRF
adolescente 86/94 e Lei 12.594/12
1% do IRPJ normal
Incentivos fiscais - Contribuições feitas aos Fundos Lei 9.250/95 art. 12,
Fundo Nacional do Controlados pelos Conselhos 1% do IRPJ normal alterado pela Lei
Idoso Municipais , Federais 12.213/10 e 12.594/12

Patrocinios ou doações
no apoio direto a Lei 11.438/06 e Lei
Patrocinios e doações realizadas 1% do IRPJ normal não tem limite global
projetos desportivos e 11.472/07
paradesportivos
Lei 12.715/2012
Programa Nacional de Apoio à
Pronon 1% do IRPJ normal não tem limite global alterada pela MP
Atenção Oncológica
582/2012

Programa Nacional de Apoio à Lei 12.715/2012


Pronas / PCD Atenção da Saúde da Pessoa 1% do IRPJ normal não tem limite global alterada pela MP
com Deficiência 582/2012

67
04/12/2015

Se a empresa optar pela apuração trimestral, o imposto será apurado e recolhido


trimestralmente. Nesse regime, os períodos de apuração são encerrados em 31 de março,
30 de junho 30 de setembro e 31 de dezembro.

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1515, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2014

Do Pagamento do Imposto

Art. 19. O imposto sobre a renda devido, apurado ao final de cada trimestre, será pago em
quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de
apuração.
§ 1º À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até 3 (três) quotas
mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos 3 (três) meses subsequentes ao
do encerramento do período de apuração a que corresponder.

§ 2º Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) e o imposto de
valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago em quota única, até o último dia
útil do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração.

§ 3º As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do


Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro
dia do segundo mês subsequente ao do encerramento do período de apuração até o
último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do
pagamento.

§ 4º A primeira quota ou quota única, quando paga até o vencimento, não sofrerá
acréscimos.

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04/12/2015

Base de Cálculo

O Lucro real do trimestre é à base de cálculo do imposto, determinada


segundo a lei vigente na data de ocorrência do fato gerador.

Integra a base de cálculo todos os ganhos e rendimentos de capital, qualquer


que seja a denominação que lhes seja dada, independentemente da natureza,
da espécie ou de existência de título ou contrato escrito, que decorram de ato
ou negócio que, pela sua finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na
norma específica de incidência do imposto.

Exemplo do Cálculo do IRPJ

CALCULO DO IRPJ TRIMESTRAL (JANEIRO A MARÇO)


LUCRO REAL DO TRIMESTRE R$ 100.000,00
(%) IMPOSTO DE RENDA DEVIDO 15 %
(=) IMPOSTO DE RENDA DEVIDO (a) R$ 15.000,00
ADICIONAL DO IRPJ = 100.000.00 (-) 60.000,00 (*) R$ 40.000,00
(%) ADICIONAL DO IMPOSTO DE RENDA 10%
(=) ADICIONAL DO IMPOSTO DE RENDA (b) R$ 4.000,00
(=) IRPJ A RECOLHER EM 31.04. XX (a) + (b) R$ 19.000,00

(*) O valor de R$ 60.000,00 é igual, o limite mensal de R$ 20.000,00, multiplicado pela


quantidade de meses do trimestre, ou seja, três meses. (R$ 20.000,00 x 3 = R$ 60.000,00)

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04/12/2015

Exemplo do Cálculo da CSLL

CALCULO DA CSLL TRIMESTRAL (JANEIRO A MARÇO)

LUCRO REAL DO TRIMESTRE R$ 100.000,00

(%) CSLL 9%

(=) CSLL A RECOLHER EM 31.04. XX R$ 9.000,00

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04/12/2015

Art. 4º (IN nº 1.515 de 24.11.2014) À opção da pessoa jurídica, o imposto poderá ser
pago sobre base de cálculo estimada.
No caso de exploração diversificada, será aplicado sobre a receita bruta de cada
atividade o respectivo percentual.
Esses percentuais são aplicados sobre a receita bruta.

Receita Bruta
A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas
operações de conta alheia.
Exclusões
Conforme art. 5, § 1º, da IN SRF n.º93/97, da receita bruta serão excluídas as vendas
canceladas, as devoluções de vendas e os descontos incondicionais concedidos, IPI.

Acréscimos

Art. 5º Serão acrescidos à base de cálculo, no mês em que forem


auferidos, os ganhos de capital, as demais receitas e os resultados
positivos decorrentes de receitas não compreendidas na atividade,
inclusive:

Esses acréscimos são adicionados à base de cálculo. Entre eles


destacamos:
 Os ganhos de capital auferidos nas alienações de bens e direitos do
Ativo Permanente;
 As variações monetárias ativas;

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04/12/2015

 A receita de locação de imóvel, quando a pessoa jurídica não exercer a


atividade de locação de imóveis, deduzida dos encargos necessários a
sua percepção;

 Receita de aplicação financeira somente quando não tiverem sido


submetida à incidência do IR/Fonte ou ao recolhimento mensal em
separado. Apenas para a base de cálculo do imposto de renda. Para a
contribuição social estas receitas entram na base de cálculo estimada.

Dos Valores Não Integrantes da Base de Cálculo

Art. 6º Ressalvado o disposto no inciso I do § 12 do art. 4º, não integram a base de


cálculo do imposto sobre a renda mensal, de que trata este Capítulo:
I - os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicação financeira de renda
fixa e de renda variável;
II - as receitas provenientes de atividade incentivada, na proporção do benefício de
isenção ou redução do imposto a que a pessoa jurídica, submetida ao regime de tributação
com base no lucro real, fizer jus;
III - as recuperações de créditos que não representem ingressos de novas receitas;
IV - a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas;

72
04/12/2015

Dos Valores Não Integrantes da Base de Cálculo

V - os lucros e dividendos decorrentes de participações societárias avaliadas


pelo custo de aquisição em empresas domiciliadas no Brasil;
VI - a contrapartida do ajuste por aumento do valor de investimentos avaliados
pelo método da equivalência patrimonial;
VII - os juros sobre o capital próprio auferidos;
VIII - O ganho proveniente de compra vantajosa de que trata o § 9º do art. 92,
que integrará a base de cálculo do imposto no mês em que houver a alienação ou
baixa do investimento;

Dos Valores Não Integrantes da Base de Cálculo

IX - as receitas de subvenções para investimento de que trata o art. 112 e as


receitas relativas a prêmios na emissão de debêntures de que trata o art. 113, desde que
os registros nas respectivas reservas de lucros sejam efetuados até 31 de dezembro do
ano em curso, salvo nos casos de apuração de prejuízo previstos no § 3º do art. 112 e no
§ 3º do art. 113.
Parágrafo único. Os rendimentos e ganhos a que se refere o inciso I do caput deste
artigo serão considerados na determinação da base de cálculo do imposto sobre a renda
mensal quando não houverem sido submetidos à incidência na fonte ou ao recolhimento
mensal previstos nas regras específicas de tributação a que estão sujeitos.

73
04/12/2015

Deduções
Para efeito de pagamento, poderá se deduzir do IRPJ devido:
O IR pago ou retido na fonte sobre as receitas que integram a base de cálculo,
inclusive o IR retido nos pagamentos efetuados por órgãos públicos,
fundações e autarquias (art. 64 da Lei 9.430/96).

Base de Cálculo
A base de cálculo do Imposto de Renda a ser pago mensalmente é o resultado
do somatório de um percentual aplicado sobre a receita bruta do mês,
acrescido de ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos. Os
percentuais aplicáveis sobre a receita bruta variam, dependendo do ramo de
atividade da pessoa jurídica e constam no art.15 da lei n.º 9.249/95 e artigo 22
da Lei 10.684/03 (CSLL).

Percentuais Estimados de IRPJ e CSLL

§ 1º A base de cálculo do imposto, em cada mês, será determinada mediante a


aplicação do percentual de 8% (oito por cento) sobre a receita bruta definida pelo art.
3º, auferida na atividade, deduzida das devoluções e vendas canceladas e dos
descontos incondicionais concedidos.

§ 2º Nas seguintes atividades o percentual de que trata este artigo será de:
I - 1,6% (um inteiro e seis décimos por cento) sobre a receita bruta auferida na revenda,
para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás
natural;
o § 1º.

74
04/12/2015

Percentuais Estimados de IRPJ e CSLL

II - 8% (oito por cento) sobre a receita bruta auferida:


a) na prestação de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, patologia
clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e
análises e patologias clínicas, exames por métodos gráficos, procedimentos
endoscópicos, radioterapia, quimioterapia, diálise e oxigenoterapia hiperbárica,
desde que a prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade
empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa);

b) na prestação de serviços de transporte de carga;

Percentuais Estimados de IRPJ e CSLL

c) nas atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação


imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem como a venda de imóveis
construídos ou adquiridos para revenda; e

d) na atividade de construção por empreitada com emprego de todos os materiais


indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais incorporados à obra;

III - 16% (dezesseis por cento) sobre a receita bruta auferida:


a) na prestação dos demais serviços de transporte; e

75
04/12/2015

Percentuais Estimados de IRPJ e CSLL

b) nas atividades desenvolvidas por bancos comerciais, bancos de investimentos,


bancos de desenvolvimento, agências de fomento, caixas econômicas, sociedades de
crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades
corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores
mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas
de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

IV - 32% (trinta e dois por cento) sobre a receita bruta auferida com as atividades de:

Percentuais Estimados de IRPJ e CSLL

a) prestação de serviços relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada;


b) intermediação de negócios;
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer
natureza;
d) construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou
com emprego parcial de materiais;
e) construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de infraestrutura, no
caso de contratos de concessão de serviços públicos, independentemente do emprego
parcial ou total de materiais;

76
04/12/2015

Percentuais Estimados de IRPJ e CSLL

f) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão


de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);
g) prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada neste parágrafo.
§ 3º Conforme disposto no art. 3º, os valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o
inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, incluem-se na receita bruta a que se refere o §
1º.
§ 4º Os valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o § 3º, apropriados como receita
financeira no mesmo período de apuração do reconhecimento da receita bruta, ou em outro período de
apuração, não serão incluídos na base de cálculo estimada.

§ 5º As pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, mencionados nas


alíneas “b”, “c”, “d”, “f” e “g” do inciso IV do § 2º, cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00
(cento e vinte mil reais), poderão utilizar, na determinação da parcela da base de cálculo do imposto
sobre a renda de que trata o § 1º deste artigo, o percentual de 16% (dezesseis por cento).
§ 6º A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual de que trata o § 5º para o pagamento
mensal do imposto, cuja receita bruta acumulada até determinado mês do ano-calendário exceder o
limite de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), ficará sujeita ao pagamento da diferença do imposto
postergado, apurada em relação a cada mês transcorrido.
§ 7º Para efeitos do disposto no § 6º, a diferença deverá ser paga até o último dia útil do mês
subsequente àquele em que ocorrer o excesso.
§ 8º Quando paga até o prazo previsto no § 7º, a diferença apurada será recolhida sem
acréscimos.

77
04/12/2015

Art. 10. (IN nº 1515) A pessoa jurídica poderá:

I - suspender o pagamento do imposto, desde que demonstre que o valor do imposto


devido, calculado com base no lucro real do período em curso, é igual ou inferior à
soma do imposto sobre a renda pago, correspondente aos meses do mesmo ano-
calendário, anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado;

II - reduzir o valor do imposto ao montante correspondente à diferença positiva entre


o imposto devido no período em curso, e a soma do imposto sobre a renda pago,
correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se
refere o balanço ou balancete levantado.

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04/12/2015

A suspensão ou redução do pagamento é aplicável inclusive sobre o


imposto de janeiro. Assim, se no mês de janeiro a empresa teve prejuízo
fiscal, não há imposto a ser recolhido.

A empresa que suspender ou reduzir o pagamento por estimativa, deverá


também escriturar a parte A do LALUR, em cada mês que efetuou a
suspensão ou redução do imposto conforme art. 13 da IN 1515 :

Art. 13. A demonstração do lucro real relativa ao período abrangido pelos balanços ou
balancetes a que se referem os arts. 10 a 12, deverá ser transcrita no Lalur, observando-
se o seguinte:
I - a cada balanço ou balancete levantado para fins de suspensão ou redução do imposto
sobre a renda, o contribuinte deverá determinar um novo lucro real para o período em
curso, desconsiderando aqueles apurados em meses anteriores do mesmo ano-
calendário;
II - as adições, exclusões e compensações, computadas na apuração do lucro real,
correspondentes aos balanços ou balancetes, deverão constar, discriminadamente, na
Parte A do Lalur, para fins de elaboração da demonstração do lucro real do período em
curso, não cabendo nenhum registro na Parte B do referido Livro.

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04/12/2015

“Reduzir o valor do imposto ao montante


REDUÇÃO correspondente à diferença positiva entre o imposto
devido no período em curso, e a soma do imposto
de renda pago correspondente aos meses do mesmo
ano-calendário, anteriores àquele a que se refere o
balanço ou balancete levantado.”

“Suspender o pagamento do imposto, desde que


demonstre que o valor do imposto devido, calculado
com base no lucro real do período em curso, é igual SUSPENSÃO
ou inferior à soma do imposto de renda pago,
correspondente aos meses do mesmo ano-
calendário, anteriores àquele a que se refere o
balanço ou balancete levantado”

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04/12/2015

Art. 21. O saldo do imposto apurado em 31 de dezembro, pelas pessoas jurídicas referidas no
§ 6º do art. 2º:
I - se positivo, será pago em quota única, até o último dia útil do mês de março do ano
subsequente, observado o disposto no § 1º;
II - se negativo, poderá ser objeto de restituição ou de compensação nos termos do art. 74
da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.
§ 1º O saldo do imposto a pagar de que trata o inciso I do caput será acrescido de juros
calculados à taxa referencial do Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente,
calculados a partir de 1º de fevereiro até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de
1% (um por cento) no mês do pagamento.
§ 2º O prazo a que se refere o inciso I do caput não se aplica ao imposto relativo ao mês de
dezembro, que deverá ser pago até o último dia útil do mês de janeiro do ano subsequente.

81
04/12/2015

O Pis e a Cofins foram instituídos pela Lei Complementar nº 7/70 e nº


70/91 respectivamente.
Os contribuintes são as pessoas jurídicas de direito privado, inclusive
as pessoas a elas equiparadas pela Legislação do Imposto de Renda.
As contribuições para o PIS e a COFINS inicialmente foram instituídas
pelo regime cumulativo, que consiste em um método de apuração em
que o tributo é exigido por inteiro toda vez que ocorre a incidência, sem
a possibilidade de creditar-se sobre os valores pagos nas operações
anteriores.
A partir da Lei 10.637/2002 e Lei 10.833/2003, foi instituído a estas
contribuições sociais o regime não cumulativo, que consiste em uma
sistemática de compensar-se o valor do tributo devido em cada
operação com o montante cobrado na operação anterior.

CÓDIGOS PARA RECOLHIMENTO


DO PIS E DA COFINS
NÃO CUMULATIVO PIS COFINS

PERCENTUAL 1,65% 7,60%


CÓDIGO DARF 6912 5856

PERMITE-SE TOMAR CRÉDITO

CUMULATIVO PIS COFINS

PERCENTUAL 0,65% 3,00%


CÓDIGO DARF 8109 2172

VETADO A TOMADA DE CRÉDITOS

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04/12/2015

Base de Cálculo

A base de cálculo das contribuições devidas pelas pessoas jurídicas de


direito privado, é o faturamento do mês, que corresponde à receita
bruta.
Entende-se por receita bruta a totalidade das receitas auferidas, sendo
irrelevante o tipo de atividade exercida pela pessoa jurídica e a
classificação contábil adotada para as receitas, consideradas as
exclusões, deduções e isenções permitidas pela legislação (Lei no 9.718,
de 1998, arts. 2o e 3o; Lei nº 10.637, de 2002, art. 1o; e Lei nº 10.833, de
2003, art. 1o).

DEMONSTRAÇÃO DA APURAÇÃO – REGIME CUMULATIVO

Vendas totais de mercadoria 130.000,00


(-) Devolução de vendas 10.000,00
(=) Base de Cálculo 120.000,00

Pis devido – 0,65% 780,00


Cofins – 3% 3.600,00

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04/12/2015

Regime Não Cumulativo


Entendendo os Créditos
Dos valores de Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins apurados, a pessoa jurídica
submetida à incidência não-
não-cumulativa poderá descontar créditos, calculados mediante
a aplicação das alíquotas de 7,6% (Cofins)
Cofins) e 1,65%
65% (Contribuição para o PIS/Pasep), sobre
os valores:
valores:
• das aquisições de bens para revenda efetuadas no mês;
mês;
• das despesas e custos incorridos no mês, relativos:
relativos:
• à energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica;
jurídica;
• a aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, utilizados nas atividades da
empresa;
empresa; etc,
etc,

Demonstração da Apuração
DEMONSTRAÇÃO DA APURAÇÃO – REGIME NÃO CUMULATIVO

Faturamento do mês 4.000.000,00

Créditos
(-) Bens adquiridos para revenda 500.000,00
(-) Devoluções 325.000,00
(-) Aluguel do prédio 58.000,00
(-) Despesas financeiras 180.000,00
(-) Depreciação 37.000,00

(=) BC 2.900.000,00

Pis devido - 1,65% 47.850,00


Cofins devido - 7,6% 220.400,00

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04/12/2015

RECEITA FINANCEIRA

A partir de 01.07.2015, as alíquotas do PIS e COFINS sobre receitas


financeiras, inclusive decorrentes de operações realizadas para fins de
hedge, auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração
não-cumulativa das referidas contribuições, serão de 0,65% e 4%,
respectivamente.
Aplica-se tal tributação inclusive às pessoas jurídicas que tenham apenas
parte de suas receitas submetidas ao regime de apuração não-cumulativa
da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS.
Ficam mantidas em 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por
cento) e 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento), respectivamente,
as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS aplicáveis
aos juros sobre o capital próprio.
Base: Decreto 8.426/2015.

EXERCÍCIO - LUCRO REAL TRIMESTRAL

1- Calcule o IRPJ a pagar e a CSLL a pagar conforme dados abaixo:

1º Trim. - Prejuízo fiscal de R$ 500.000,00


2º Trim. - Lucro real de R$ 120.000,00
3º Trim. - Lucro real de R$ 230.600,00
4º Trim. - Lucro real de R$ 155.000,00

Informações adicionais: A Empresa possui um saldo mensal de IRRF de R$ 750,00


e CSRF de R$ 300,00

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04/12/2015

PARTE A - LUCRO REAL TRIMESTRAL - IRPJ


DEMONSTRAÇÃO 1TRIM 2 TRIM 3 TRIM 4 TRIM
LUCRO CONTÁBIL
+ ADIÇÕES
- EXCLUSÕES
= LUCRO REAL ANTES DAS COMPENSAÇÕES
(-) COMPENSAÇÃO DE PREJUIZO FISCAL
= LUCRO APÓS A COMPENSAÇÃO
IRPJ 15%
ADICIONAL - 10%
IRPJ DEVIDO
(-) IRRF
IRPJ A RECOLHER - - -

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04/12/2015

Art. 21. O saldo do imposto apurado em 31 de dezembro, pelas pessoas jurídicas referidas no
§ 6º do art. 2º:
I - se positivo, será pago em quota única, até o último dia útil do mês de março do ano
subsequente, observado o disposto no § 1º;
II - se negativo, poderá ser objeto de restituição ou de compensação nos termos do art. 74
da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.
§ 1º O saldo do imposto a pagar de que trata o inciso I do caput será acrescido de juros
calculados à taxa referencial do Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente,
calculados a partir de 1º de fevereiro até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de
1% (um por cento) no mês do pagamento.
§ 2º O prazo a que se refere o inciso I do caput não se aplica ao imposto relativo ao mês de
dezembro, que deverá ser pago até o último dia útil do mês de janeiro do ano subsequente.

Exemplo:

IRPJ apurado em balanço em 31.12.2010 R$ 250.000,00


IRPJ pago por estimativa durante o ano de 2010 R$ 150.000,00
Saldo positivo a ser pago em março/2011 R$ 100.000,00

Agora, se a diferença apurada no ajuste anual for negativa, o saldo do Imposto


de Renda e da Contribuição Social poderá ser compensado já em janeiro do
próximo ano.
O saldo negativo de IRPJ e CSLL poderá ser compensado com tributos federais
de quaisquer espécies, vencidos ou vincendos, desde que a empresa apresente
a DCOMP para a Receita Federal.

87
04/12/2015

EXERCÍCIO
Com base nas informações abaixo, calcule o IRPJ e analise qual é a melhor forma de
apuração do imposto mês a mês, sabendo-se que a atividade da empresa é a prestação de
serviço.

REDUÇÃO EOU SUSPENSÃO


Resultado
Resultado fiscal irpj irpj irpj
fiscal
Mês Mensal devido adicional total
Janeiro 30.500,00
Fevereiro (18.200,00)
Março 2.500,00

ESTIMATIVA
Prestação Base de irpj irpj Irpj
Mês Serviço - 32% Cálculo devido adicional Total
Janeiro 30.000,00
Fevereiro 50.000,00
Março 60.000,00

RESOLUÇÃO

QUADRO RESUMO - IRPJ

Redução Razão
MÊS Suspensão
Estimativa Darf Forma
acumulado

Janeiro

Fevereiro

Março

88
04/12/2015

Referências

 Contabilidade Geral e Tributária


Lourivaldo Lopes
Ed. IOB

 Manual de Contabilização de Tributos


Luciano Gomes dos Reis
Ed. Atlas

 Contabilidade Tributária
Gustavo Pedro de Oliveira
Ed. Saraiva

 Regulamento do Imposto de Renda


www.planalto.gov.br

Obrigada!

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