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Imigração e emigração são palavras que descrevem o fluxo de indivíduos num país. A
imigração é o movimento de entrada de estrangeiros num país de forma temporária ou
permanente e a emigração é a saída de indivíduos do país.
Desde o século XII que os portugueses se começaram a espalhar pelo mundo. Primeiro
fizeram-no pela Europa (Flandres, Inglaterra, França). A partir do século XV espalharam-se por
África, e depois pela América, a seguir pela Ásia e a Oceânia. Em todo o mundo fundaram
milhares de cidades, criaram vários países ou estiveram na origem da sua independência,
retirando dos mesmos imensos valores culturais, que ainda hoje nos enriquecem.
A maioria destes portugueses acabou por adoptar a nacionalidade dos países que escolheram
para viver, apenas uma minoria regressou a Portugal. O que subsiste da sua presença em
muitos lugares, são certos traços fisionómicos, nomes de famílias portuguesas e costumes cujo
sentido há muito se perdeu no tempo. Apesar de tudo é espantoso que nos sítios mais
distantes da terra, milhões de pessoas continuem a manter uma relação muito viva com a
pátria dos seus antepassados.
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Tomé & Susel, 17 de Dezembro
Imigração & Emigração CP_4
Recentemente, o relatório da Organização das Nações Unidas sobre o
Desenvolvimento humano de 2009 aponta Portugal como o país do mundo que tem a melhor
política de integração dos imigrantes.
Vantagens da imigração:
Melhorias na segurança social. Esta imigração pode ser a única forma de assegurar o
equilíbrio da segurança social. Só com estes novos contribuintes será possível
assegurar as pensões do crescente número de idosos portugueses, como a própria
OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) reconheceu ao
recomendar, no último ano, que os países da União Europeia abram as portas a alguns
milhões de imigrantes nos próximos anos.
Uma grande oportunidade para a economia portuguesa minorar um dos seus piores
problemas: a baixa qualificação da sua mão-de-obra e consequente falta de
produtividade. A entrada de milhares de imigrantes da Europa de Leste com níveis de
qualificação muito acima da nossa média representa uma oportunidade se o país tiver
capacidade para os integrar na sociedade e lhes encontrar outras ocupações em
sectores onde a sua qualificação seja mais útil.
Desvantagens da imigração:
Um imigrante ilegal na Europa é uma mão-de-obra barata que pode ser usado em
serviços de conveniência e que leva a ao abuso dos Direitos Humanos.
Num mundo globalizado e cada vez mais móvel, em que todos os anos cerca de mil
milhões pessoas viajam ou deslocam-se para fora dos seus países, reforçam-se as
interacções espaciais entre lugares distantes e aceleram-se os mecanismos de difusão
espacial das doenças à escala planetária.
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Crescimento da violência, pela não integração social dos imigrantes.
Separação da família.
Discriminação / racismo.
Obtenção de autorização para ficar em alguns países mais tempo do que se tinha
previsto inicialmente.
Obtenção de autorização para fazer algo que presentemente não lhe é permitido
fazer, por exemplo ter permissão para trabalhar.
Trazer familiares para o país, por exemplo o(a) seu (sua) esposo(a), noivo(a), filhos.
Pedir um passaporte e não saber se tem direito a um passaporte desse país ou a outro
passaporte.
Se já está a viver nesse país, mas quer viajar (por exemplo, para ir de férias), saber se
o(a) deixarão voltar a entrar no mesmo.
Direito a votar.
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Vantagens e desvantagens que se colocam aos países europeus de acolhimento de
imigrantes:
Dispor de meios de subsistência suficientes, quer para o período da estada, quer para
a viagem para o país no qual a sua admissão esteja garantida.
Estes meios de subsistência poderão ser dispensados se for apresentado termo de
responsabilidade, emitido por um cidadão português ou estrangeiro habilitado a
permanecer regularmente em território português, que garanta as condições de
estada em território nacional e a reposição dos custos de afastamento, em caso de
permanência ilegal.
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Durante a permanência na zona internacional do aeroporto ou em centro de
instalação temporária, o estrangeiro a quem tenha sido recusada a entrada em
Portugal pode comunicar com a representação diplomática ou consular do seu país ou
com qualquer pessoa da sua escolha. Pode também beneficiar de assistência de
intérprete e de cuidados de saúde, incluindo a presença de médico, quando
necessário, e todo o apoio material necessário à satisfação das suas necessidades
básicas.
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Imigração & Emigração CP_4
Instituições de assistência aos imigrantes
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Tem como missão proporcionar ao imigrante respostas locais articuladas ao nível das
necessidades de acolhimento e integração e ajudar a resolver os seus problemas com eficácia
e humanidade, contribuindo para uma imagem de um Estado de Direito com rosto humano
que, cumprindo a Lei, quer acolher bem.
Integrado no Centro Nacional de Apoio ao Imigrante (CNAI), tem como missão acolher
e integrar os cidadãos imigrantes através do apoio à inserção e (re) inserção no mercado de
trabalho.
O objectivo do gabinete é implementar soluções que promovam a diminuição de barreiras e
facilitem a igualdade de oportunidades no acesso ao mercado de trabalho e à formação.
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Entrevista a um emigrante:
− Chamo-me João Tomé e tenho 24 anos e o ano passado tive 2 meses e meio na Noruega,
particularmente a sul na cidade de Stavanger.
− A principal razão foi o facto de lá ter a minha namorada, mas também por ser aventureiro e
gostar de descobrir novas culturas e também pensando nas questões financeiras, sendo a
Noruega um país super desenvolvido os ordenados são altíssimos em relação a Portugal.
− Sim, foi muito interessante. O choque cultural foi enorme e isso foi uma experiência
importante para mim porque também me ajudou a compreender muito melhor onde o
sistema português está a falhar, além disso a Noruega é um país lindíssimo.
− A língua é super difícil, e a reacção do povo Norueguês aos imigrantes não é muito amistosa.
− Não eram muitas porque sabia que iria ser muito difícil me estabelecer, visto que o prazo
máximo que tinha para arranjar um contrato de trabalho eram apenas 3 meses e o custo de
vida lá é muito elevado. Estas foram também as razões que fizerem voltar para Portugal.
− Sem dúvida alguma que sim, porque aprende-se sempre muito e gostava de conhecer mais
países e ver outras culturas diferentes.
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Entrevista a um imigrante:
Como se chama, qual o seu pais de origem e o que é que o levou a imigrar para Portugal?
− Chamo-me Marco tenho 27 anos venho de Minas Gerais, estado do Brasil e vim para
Portugal por ter cá a minha irmã estabilizada, daí ela me ter conseguido um emprego e assim
me ajudar a buscar uma qualidade de vida melhor fora do Brasil.
− Os salários no Brasil são baixíssimos e Portugal é muito melhor nesse aspecto e é um país
que partilha a mesma língua.
− Não muitas como já tinha emprego garantido, foi mais a dificuldade de adaptar-me à
sociedade e arranjar amigos.
− Tinha conhecimento de vários amigos brasileiros em Portugal que se tinham dado bem com
a sua migração para Portugal.
− Vou lá de férias todos os anos, talvez daqui a uns anos penso voltar de vez e lá comprar uma
propriedade.
As razões pelas quais os indivíduos migram são várias: para fugir dalguma guerra ou
conflito, para estudar, pela aventura, pelos estudos, pelo trabalho entre outras, mas a ambição
principal é a de melhorar as condições de vida. Umas vezes migrando-se com algum ponto de
referência família ou amigos no estrangeiro ou por os países serem homófonos. Cada vez se
torna mais fácil emigrar para certos países no mundo, levando a uma maior ligação
intercultural entre os povos.
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