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AÇÃO PREVIDENCIÁRIA
1 DOS FATOS
O requerente sofre graves problemas mentais, tendo inclusive que fazer uso de 5 tipos
de medicamentos em virtude do tratamento psiquiátrico que faz. Encontra-se em um quadro clínico
de depressão (CID F 32.2) e também apresenta transtorno bipolar de humor (CID F 31) (CID F 33
+F41 + F45) com frequentes problemas de perda de memória, como comprovam os laudos
médicos em anexo.
Ocorre que, quando foi renovar o seu benefício, após a realização da perícia, seu
pedido foi indeferido, não lhe restando outra alternativa que não o ajuizamento desta para ter
assegurado seu direito.
2 DO DIREITO
Ocorre que, em abril de 2008, mesmo sem ter havido qualquer melhora em seu
quadro clínico, o seu benefício foi cortado, sem maiores justificativas.
Art. 62. O segurado em gozo de auxílio-doença, insusceptível de recuperação para sua atividade
habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para o exercício de outra
atividade. Não cessará o benefício até que seja dado como habilitado para o desempenho de nova
atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não-recuperável, for aposentado
por invalidez.
No presente caso, nenhuma das alternativas previstas na lei foi atendida, já que não
houve a conversão do benefício em aposentadoria por invalidez e já que o requerente não está
reabilitado para exercer nenhuma atividade laboral.
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o
período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua
atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida,
será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz
e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-
lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
A perícia médica judicial, a ser designada por Vossa Excelência, certamente concluirá
da mesma forma.
Não obstante, como já exposto, contrariando todos os exames e laudos médicos ora
apresentados, o perito do INSS conclui que o autor não está incapacitado para o trabalho ou para a
sua atividade habitual, como se observa pela análise dos documentos juntados.
a) seja concedido o benefício da assistência judiciária gratuita, por ser o autor pobre nos termos da
lei, não podendo arcar com as despesas e custas processuais sem prejuízo do seu sustento;
b) seja concedida, inaudita altera pars, a antecipação dos efeitos da tutela pleiteada, para que a
autarquia ré efetue, mensalmente, o pagamento integral do benefício por incapacidade, a fim de
evitar prejuízos irreparáveis;
c) a citação do INSS para, querendo, oferecer resposta no prazo legal, sob as penas da lei;
d) seja intimado a autarquia ré para que junte aos autos o processo administrativo que denegou o
benefício ao autor;
e) seja julgado totalmente procedente os pedidos formulados, condenando a ré a implantar em
favor da autora a aposentadoria por invalidez, que deverá retroagir ao momento da cessação do
auxílio-doença, com as parcelas vencidas sendo pagas com as devidas atualizações;
f) ad argumentandum tantum, se Vossa Excelência não entender pela aposentadoria por invalidez,
o que se acredita ser improvável, que seja julgado procedente o pedido de restabelecimento do
auxílio-doença, que deverá retroagir até o momento da cessação ilegal do referido benefício, com
as parcelas vencidas sendo pagas com as devidas atualizações.
Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos,
especialmente documental e pericial.
Pede deferimento.
Local e data