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Peter Singer
Por isso na nossa relação com os outros assumimos diversos estatutos e papéis.
A forma como assumimos esses estatutos e desempenhamos esses papéis
assemelha-se a uma representação teatral, nós ao interagir com os outros em
contextos sociais diversos é como se usássemos máscaras diferentes consoante
a situação: com os nossos familiares mais próximos adoptamos um
comportamento, com os desconhecidos outro, com os colegas podemos ser
mais extrovertidos e mais introvertidos com os professores...
A questão que se coloca é a de saber o que é que há por detrás das máscaras:
aquilo que somos é o somatório das máscaras (uma síntese dos nossos
comportamentos)? Há um verdadeiro rosto para além das máscaras? Para lá
das máscaras está o vazio? Afinal, quem somos? Será que sabemos realmente
quem somos?
Em psicologia há uma ferramenta que permite equacionar de forma gráfica o que
está em causa nestas questões: a janela de Johari.
O termo janela alude à figura das janelas das casas, com o perímetro externo
rígido e, no local onde se encaixariam os vidros, encontram-se as áreas
separadas por divisões (caixilhos) que podem ser móveis. A palavra JOHARI é
uma configuração dos nomes Joseph e Harry.
O comportamento de auto exposição e o de buscar feedback são ferramentas
indispensáveis ao funcionamento da Janela de Johari, na qual pessoas e grupos
são observados e observadores quanto a componentes comportamentais, tais
como: pensamentos, impulsos, desejos, temores, fantasias, preconceitos,
esperanças, sonhos, objetivos, formas de ser e de agir, etc.